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Prof. Dr. Fernando Oliveira UNIDADE I Ética Notarial A moral é um conjunto de normas, regras, valores e costumes que rege uma sociedade ou um grupo de indivíduos. Essas normas, regras, valores e costumes são considerados os parâmetros do nosso juízo sobre os fatos, os acontecimentos e os comportamentos dos homens diante de situações como as descritas anteriormente. O objetivo da moral é normalizar as ações dos indivíduos de um agrupamento humano. Ética notarial: o que é moral? Mas a moral é histórica precisamente porque é um modo de comportar-se de um ser – o homem – que, por natureza, é histórico, isto é, um ser cuja característica é a de estar-se fazendo ou se autoproduzindo constantemente tanto no plano de sua existência material, prática, como no de sua vida espiritual, incluída nesta a moral. Ao ponderarmos sobre essa questão, temos a definição de mais um conceito fundamental para nossos estudos na área: ética é uma reflexão que fazemos sobre os vários padrões morais instituídos pelas diversas culturas e sociedades dos mais variados períodos e contextos históricos. Moral – perspectiva histórica Ser ético, portanto, é refletir sobre os valores que permeiam as sociedades, sejam do nosso tempo, sejam dos tempos antigos. Assim, quando buscamos identificar os princípios e os fundamentos que estão na base dos valores morais, quando nos questionamos sobre o porquê da existência desses valores, estamos sendo éticos. Ser ético X moral Diferença entre moral e ética: você sabe diferenciar a partir dos conceitos? Na esfera moral, temos conjuntos de valores e costumes cristalizados por um agrupamento humano que são considerados válidos ou inválidos, bons ou maus, justos ou injustos e benéficos ou maléficos para a sociedade como um todo, tendo em vista ainda que, se os atos dos indivíduos convergem para o que é considerado válido, são atos morais; se convergem para o que é considerado inválido, são considerados imorais. Ética notarial Na esfera civil, os valores, os costumes e as regras morais consideradas como fundamentais para o grupo se tornam leis. Essas leis são fruto de uma convenção entre os indivíduos que compõem a sociedade e são de caráter obrigatório, válidas para todos aqueles que pertencem ao grupo, para garantir o que este compreende como justiça, assegurando direitos considerados por ele como fundamentais. A moral é uma construção social mais do que uma ação de orientação normativa própria do indivíduo; podemos dizer que a moralidade está determinada por uma exigência exterior. Ética e moral É o instrumento de que se vale a sociedade para organizar as ações individuais. Tem correspondência com a lei, com as convenções sociais e com a história. É característico dos sistemas morais oferecerem uma razão que justifique os preceitos, comandos, normas de conduta, proibições etc. A nossa história ocidental está repleta de testemunhos sobre nossa inclinação para justificar racionalmente os atos morais. A vida na sociedade ocidental, no que diz respeito à moral, é uma vida meditada; somos críticos das regras e valores da sociedade, como o fez Platão na Apologia de Sócrates. Moral e ética Esse legado chegou à Idade Média, uma época impregnada de religiosidade, em que os critérios de bem e mal estão vinculados à fé e à esperança de vida após a morte. Nesse período, o comportamento ético não foi moldado tão só por doutrinas ideais, mas também por modelos pessoais. No âmbito de abrangência da ética como filosofia moral, está a pessoa humana, considerada a partir de seu “ser" e sua conduta virtuosa ou viciosa. História da ética e da moral A liberdade, acompanhada de responsabilidade, possibilitará a você tornar-se um ser ético. É importante salientarmos que liberdade não é falta de controle para fazer isso ou aquilo; a liberdade é a capacidade do ser racional de ter condições de pensar antes de atuar e atuar pensando em cada ato que executa de forma consciente. Por ser livre, o ser humano pode atuar de diferentes maneiras, mas, por ser um ser racional, deve agir de forma ética. Ética X liberdade A ética não pode ser vista dissociada da realidade sócio-histórica-cultural, ainda que, nesse primeiro período do desenvolvimento da ética, que vai desde os gregos clássicos até a Idade Moderna, encontremos teorias abstratas como a de Platão ou de influência religiosa como ocorreu na Idade Média com o advento do cristianismo. Nesse percurso acadêmico e disciplinar, dividiremos o nosso livro-texto em duas partes. A primeira unidade refletirá sobre esse processo e caminhada histórica do homem via conceito da ética e moral adotadas em cada período histórico e cultural. Unidade 1 – conteúdos A partir do conceito de ética e liberdade, podemos considerar como verdadeiro: a) A liberdade, acompanhada de responsabilidade, possibilitará a você tornar-se um ser ético. b) A liberdade é a capacidade do ser racional de ter condições de pensar antes de atuar e atuar pensando em cada ato que executa de forma consciente. c) A ética não pode ser vista dissociada da realidade sócio-histórica-cultural, ainda que nesse primeiro período do desenvolvimento da ética, que vai desde os gregos clássicos até a Idade Moderna. d) Na esfera civil, os valores, os costumes e as regras morais consideradas como fundamentais para o grupo se tornam leis. e) Todas as alternativas estão corretas. Interatividade A partir do conceito de ética e liberdade, podemos considerar como verdadeiro: a) A liberdade, acompanhada de responsabilidade, possibilitará a você tornar-se um ser ético. b) A liberdade é a capacidade do ser racional de ter condições de pensar antes de atuar e atuar pensando em cada ato que executa de forma consciente. c) A ética não pode ser vista dissociada da realidade sócio-histórica-cultural, ainda que nesse primeiro período do desenvolvimento da ética, que vai desde os gregos clássicos até a Idade Moderna. d) Na esfera civil, os valores, os costumes e as regras morais consideradas como fundamentais para o grupo se tornam leis. e) Todas as alternativas estão corretas. Resposta O termo “ética", do grego ethika, de ethos, “comportamento, costume". Filosofia moral que envolve o estudo ou modo como devem viver os homens. Está subdividida segundo a forma de estudo em: ética analítica, cristã, da libertação, da população, da reforma, da situação deontológica, dialética, do Antigo Testamento, do fazer, do Novo Testamento, do ser, do trabalho, empírica, evangélica, existencialista, feminista, geral, hindu, industrial, institucional, islâmica, judaica, maniqueísta, médica, medieval, normativa, patrística, pessoal, profissional, psicológica, tomista etc. O conceito de ética Saiba mais: ética – etimologia: o termo “ética", do grego ethika, de ethos, “comportamento, costume". Ética judaica : parte de um conjunto de verdades reveladas a respeito de Deus, das relações do homem com seu Criador e do modo de vida prático que o homem deve seguir para obter a salvação. Ética estoica: tem a ver com o direito romano e a moral cristã; o mais importante é a exaltação da natureza, que é animada pela divindade. Para Zenão, a virtude consiste em viver em harmonia com a natureza. A lei natural aparece acima dos costumes e das leis dos povos. Etimologia da ética A ética dos bens ou dos fins: doutrina ética iniciada pela filósofo grego Aristóteles. Ao contrário do empirismo relativista, essa doutrina admite a existência de um valor absoluto, que é o bem supremo. Ética socrática, platônica e aristotélica: a ética socrática é aquela caracterizada por bom caráter e valores morais. A posição ética de Sócrates argumenta que o homem não é mau, mas é ignorante. Esse ponto de vista é chamado de "intelectualismo moral" e afirma que a virtude pode ser conhecida e, acima de tudo, pode ser ensinada, no princípio do "eu". Ética A ética aristotélica (Aristóteles, filósofogrego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande, 384 a.C. – Atenas, 322 a.C.) consiste no imperativo hipotético, que visa a um fim, fim no qual é a felicidade. Ética de Epicuro: epicurismo (escola de filosofia helenística fundada em Atenas por Zenão de Cítio no início do século III a.C.). A finalidade de sua ética consiste em propiciar a felicidade aos homens, de modo que esta possa libertá-los das mazelas que os atormentam, quer advenham de circunstâncias políticas e sociais, quer sejam causadas por motivos religiosos. Ética aristotélica Ética empírica: iniciada pelos sofistas, a ética empírica tem sido defendida pelos relativistas e materialistas de todos os tempos. Seu fundamento é a experiência. Seu ponto de vista é de que as normas do comportamento ético derivam da própria atividade livre do homem. Ética cristã: a ética na qual entende-se como forma de manifestação das representações por derivações verticais/divinas, sendo os mandamentos supremos que passam a atuar como reguladores do comportamento humano, mandamentos esses que são egressos de regras de condutas morais e éticas procedentes de Deus e apontam para Deus como fim último. Ordem de caráter sobrenatural, o que só lhe é possível quando passado a viver segundo a revelação divina. Tipos de ética Ética na sociedade atual: a ética em seus moldes atuais, mesmo que com princípios universais, tem se tornado e tende a se tornar “subjetiva” e “relativa”, não dando para descrever uma ética em sua moral prática absoluta. Partindo de três perguntas básicas, podemos perceber a subjetividade implicada na ética- moral. O que posso fazer? O que devo fazer? O que quero fazer? Ética – o que fazer? / o que devo fazer? É nesse trilhar de tais pressupostos filosóficos no que tange à ética que buscaremos estabelecer o diálogo tão necessário, buscando tomar posição frente à realidade de nossa ação e prática notarial e jurídica junto aos homens em sociedade para embasar nossas ações e práticas sociais. Trataremos do objeto da ética e sua finalidade, bem como seus campos de abrangência, com suas categorias, sejam descritivas, normativas e metaéticas. Utilizando-se da linguagem e dos valores morais apreendidos em sociedade local e global, discutiremos sobre ética e justiça, bem como o saber ético necessário para o campo notarial. Ética O direito e, por consequência, o jurídico na sociedade contemporânea apresentam-se como espelho da constante transformação cultural, bem como da imensa quantidade de direitos. A linguagem utilizada como expressão de tal sociedade é, antes de tudo, a manifestação dos discursos de diversos sujeitos sociais em busca de afirmação. Acrescenta-se ainda que não há uma esfera única de compreensão e muito menos de interpretação, mas inúmeras possibilidades, pois várias são as possibilidades da narrativa de apreensão, compreensão e interpretação do mundo. Direito, ética e sociedade A palavra “moral” é derivada de mos, mores, termo latino para verter o termo grego ethos, do qual deriva a palavra ética. Visto que é anacrônico empregar o termo “moral” quando se trata da ética grega do período dos trágicos, de Sócrates, de Platão, de Aristóteles, e considerando que, quando o termo é empregado pelos latinos, não recebe a distinção supramencionada, quando utilizarmos a palavra “moral” em expressões como “moralmente boa”, não estaremos fazendo qualquer distinção entre “moral” e “ética”, mas estaremos tomando ambos os termos como sinônimos. Moral – o que trata? A ética tem então o seu nome (assim como vários outros tantos conceitos da filosofia) derivado do grego, derivado de ethos, que, comumente, é vertido para o português como hábito, costume. Daí não se segue que a ética tem como grande propósito mapear os costumes de um grupo social para, então, elaborar um corpo de regras a partir de tal mapeamento. A ética tem muito menos como propósito examinar como as coisas são, como são os hábitos e costumes de uma comunidade, como os indivíduos dessa comunidade agem normalmente nas inter-relações pessoais, do que examinar como os indivíduos, como agentes morais, deveriam agir. Ética A ética, à semelhança de outras disciplinas, tem como uma das suas funções propiciar uma boa organização nas diversas sociedades para que os seus indivíduos possam nela viverem bem. Para isso, não basta constatar como são as ações dos indivíduos, mas tratar de como eles deveriam agir para que a sociedade venha a se manter organizada e, com isso, possa promover uma boa vida para os indivíduos. Ética e moral O conceito de moral, etimologicamente, remete-nos ao termo equivalente: a) À ética. b) Ao social. c) Aos costumes. d) À responsabilidade. e) Nenhuma das alternativas está correta. Interatividade O conceito de moral, etimologicamente, remete-nos ao termo equivalente: a) À ética. b) Ao social. c) Aos costumes. d) À responsabilidade. e) Nenhuma das alternativas está correta. Resposta A confusão que acontece entre as palavras moral e ética existe há muitos séculos. A própria etimologia destes termos gera confusão, sendo que ética vem do grego ethos, que significa “modo de ser”, e moral tem sua origem no latim, que vem de mores, significando “costumes”. Esta confusão pode ser resolvida com o esclarecimento dos dois temas. Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade e adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano. Ética e moral A moral sempre existiu, pois todo ser humano possui a consciência moral que o leva a distinguir o bem do mal no contexto em que vive. Surgindo realmente quando o homem passou a fazer parte de agrupamentos, isto é, nas sociedades primitivas, nas primeiras tribos. Já a ética teria surgido com os gregos (Sócrates, séc. IV a.C.), pois, para tal, exige-se maior grau de cultura. Ela investiga e explica as normas morais, pois leva o homem a agir não só por tradição, educação ou hábito, mas principalmente por convicção e inteligência. Ética e moral Enfim, ética e moral são os maiores valores do homem livre. Ambos significam “respeitar e venerar a vida”. O homem, em seu livre-arbítrio, “forma” ou destrói seu meio ambiente, apoia a natureza e suas criaturas ou subjuga tudo quanto pode dominar, e, assim fazendo, torna- se ele mesmo o bem ou o mal do planeta. Desse modo, a ética e a moral formam-se numa mesma realidade. Só Sócrates procura sondar o homem em sua interioridade e o aperfeiçoamento do interior humano, e com o objetivo de alcançar a excelência da alma humana. E o caminho para alcançar essa excelência humana era examinando-se a si mesmo. A realidade da ética A ética socrática é a corrente filosófica que busca explicar e compreender a virtude e a bondade. Refere-se às abordagens morais do filósofo Sócrates, um dos primeiros pensadores a elevar a filosofia moral. Sócrates afundou na história da filosofia como o primeiro ético, sendo uma referência para sua busca para encontrar uma definição do que é bom. Ética socrática Sua contribuição para a ética se baseia na concepção didática de conceitos. Platão acreditava que a ética consiste na busca pela felicidade por meio não somente do indivíduo, pois um indivíduo não pode ser feliz em uma comunidade viciosa, mas também a coletividade deve alcançar tal felicidade. Estabelecendo tais conceitos de maneira a não incutir dúvidas entre aqueles que interagem. Para o filósofo, a pólis é o próprio terreno da vida moral, e, por esse motivo, buscou elaborar um Estado ideal, que era constituído da mesma forma que o homem, que possui sua alma dividida em três dimensões, a saber: a. Racional; b. Irascível; c. E o apetite. Estabelecendo ainda uma hierarquia entre seus membros de acordo com a função de cada um. Ética para Platão Aristóteles foi discípulo de Platão e também desenvolveu uma reflexão ética racionalista, mas discordou de seus mestres em alguns pontos. Ele propôsuma teoria ética do “meio- termo”, em que a virtude estaria em procurar o ponto de equilíbrio entre o excesso e a deficiência. Seguindo essa teoria, a virtude está entre dois vícios: o vício por excesso e o vício por deficiência. Um exemplo, para ilustrar, seria a virtude do respeito próprio, que se encontra de um lado com sua presença exagerada resultando no vício da vaidade e do outro lado com sua total ausência resultando no vício da baixa autoestima. Ética aristotélica Então, ele tem uma posição mais realista acerca desse pensamento se comparado a Sócrates e Platão, pois ele acredita que a felicidade, além de depender de virtudes, depende de bens materiais. Segundo o filósofo, a felicidade é uma atividade da alma identificada com a virtude, porém necessita de bens exteriores, pois não é possível realizar atos nobres sem os meios. E, por não poder ser deixada ao acaso, Aristóteles concorda com a ideia de Platão quanto a não nascermos virtuosos, mas sim sermos ensinados a ser virtuosos. Para ele, as virtudes intelectuais devem ser ensinadas e as morais devem ser praticadas de forma a se tornarem quase como uma segunda natureza. A ética em Aristóteles Ética aristotélica Fonte: Adaptado de: https://static.significados.com.br/foto/tica-aristotelica-2-cke.jpg VÍCIO VÍCIOVIRTUDE ÉTICA ARISTOTÉLICA omissão excesso justa medida sumo bem FELICIDADE Assim, a ética aristotélica é uma ética teleológica (busca um fim) e eudaimônica (o fim é identificado como felicidade). Para Aristóteles, a felicidade é o sumo bem, o objetivo último das ações humanas. Aristóteles compara a eudaimonia ao alvo que orienta a pontaria de um arqueiro. Assim, a felicidade é o alvo que orienta as ações humanas. Para ele, a busca pela felicidade faz parte da natureza humana, e essa felicidade só pode ser alcançada a partir da virtude. As boas ações conduzem os seres humanos para o bem, e as más ações só são praticadas por ignorância, porque vão contra a sua própria natureza. Ética em Aristóteles A ética de Epicuro A ética epicurista significa essencialmente que “o prazer é o princípio e o fim da vida feliz”, em que o prazer é critério de escolha e aversão – pois tende-se a ele para fugir da dor – e o critério com o qual avaliamos todos os bens. Há dois tipos de prazer: o estável, que consiste na privação da dor, e o prazer em movimento, que consiste no gozo e na alegria. A ética de Epicuro Na presente proposta filosófica, a ética assumida por essa corrente aponta a felicidade como fim da vida e princípio, estamos falando de(a): a) Ética aristotélica. b) Ética platônica. c) Ética socrática. d) Ética judaica. e) Ética de Epicuro. Interatividade Na presente proposta filosófica, a ética assumida por essa corrente aponta a felicidade como fim da vida e princípio, estamos falando de(a): a) Ética aristotélica. b) Ética platônica. c) Ética socrática. d) Ética judaica. e) Ética de Epicuro. Resposta Estoicismo é uma escola e doutrina filosófica surgida na Grécia Antiga, que preza a fidelidade ao conhecimento e o foco em tudo aquilo que pode ser controlado somente pela própria pessoa. Despreza todos os tipos de sentimentos externos, como a paixão e os desejos extremos. O estoicismo também ensina a manter uma mente calma e racional, independentemente do que aconteça. Ensina que isso ajuda o ser humano a reconhecer e se concentrar naquilo que pode controlar e a não se preocupar e aceitar o que não pode controlar. Ética estoica Os princípios da filosofia estoica, que norteiam os seguidores da doutrina, são: A virtude é o único bem e caminho para a felicidade; A pessoa deve sempre priorizar o conhecimento e o agir com a razão; O prazer é um inimigo do sábio; O universo é governado por uma razão universal natural e divina; Princípios da filosofia estoica As atitudes têm mais valor que as palavras, ou seja, o que é feito tem mais importância do que o que é dito; Os sentimentos externos tornam o ser humano um ser irracional e não imparcial; Não se deve perguntar por que algo aconteceu na sua vida, e sim aceitar sem reclamar, focando apenas no que pode ser modificado e controlado naquela situação; Agir de forma prudente e assumir a responsabilidade sobre os seus atos; Tudo ao nosso redor acontece de acordo com uma lei de causa e efeito. Princípios Patrocinou a ideia de que o homem deve agir sob uma ética cuja principal base é a honestidade, utilizando a sabedoria para controlar seus instintos e demonstrando senso de justiça e caráter sem prejudicar o direito dos demais. Cícero foi também um dos principais expoentes na teoria do principal legado da história romana para a civilização ocidental: o direito romano. Por meio da influência estoica grega, conferiu ao direito um aspecto de arte organizada a partir de um reduzido número de princípios, enfatizando direitos naturais que seriam decisivos para construção dos pilares no conceito de um Estado de direito, recorrendo às leis, que estariam em um patamar acima dos homens, para manter a ordem e respeito às regras sociais. Ética de Cícero Em resumo, as principais ideias de Santo Agostinho são agrupadas assim: A fé e a razão; A primeira certeza e suas confissões; A iluminação divina; O problema do mal. Filosofia ética em Agostinho Isso gerou um problema. Afinal, de onde vem o mal então? Basta viver para perceber em si e no mundo muitas coisas más. Se nada cria isso, por que os homens lidam com o mal no decorrer da vida? Se existe apenas um Deus, que é bom, e Ele é a origem de todo o bem… O que é o mal? De onde vem o mal? O mal em Agostinho É comum pensar que o livre-arbítrio é um tipo de liberdade concedida para que se escolha entre o bem e o mal. Mas isso é um equívoco no escopo do pensamento agostiniano. O livre-arbítrio não é concedido para que se escolha o mal, mas sim uma condição para escolher o bem. Aqueles que escolhem o mal, usam errado a liberdade recebida e serão mais infelizes. Em A Cidade de Deus, é essa a situação dos demônios. Aqueles que escolherem o bem, terão usado corretamente a liberdade recebida e serão felizes. Essa é a situação dos santos anjos. O mesmo se aplica aos homens. Livre-arbítrio em Agostinho S. Tomás de Aquino parte da lógica sustentada da liberdade do ser humano – o livre-arbítrio –, o que, para mim, é ideia agradável. O ser humano é livre; Deus não lhe tolheu a liberdade. O ordenamento finalista do universo não elimina nem diminui a liberdade do homem. O mal e o bem O mal é a ausência do bem, isto é, o mal não é substancial. Nesse aspecto, S. Tomás de Aquino segue S. Agostinho na teoria da não substancialidade do mal, em confronto com as ideias de Mani (maniqueísmo). Também esta ideia é-me agradável; o mal não é intrínseco ao ser humano senão na sua condição de ignorância ou ausência de sabedoria, da mesma forma que o mal é a ausência do bem. O mal e o bem em Tomás de Aquino A lei natural para Tomás de Aquino Em toda a ética de S. Tomás de Aquino, está presente o direito natural (jusnaturalismo). Existe uma lei eterna – uma lei que governa todo o universo e que existe na lógica do surgimento desse universo. A lei natural que existe no homem é um reflexo (ou uma “participação”) dessa lei eterna que rege o universo. A lei natural tem três características fundamentais: A inclinação para o bem natural. A autoconservação do homem – como a de qualquer ser vivo – é uma revelação desta primeira característica. Por isso, o aborto e o suicídio (eutanásia) vão contra a lei natural. Tomás de Aquino A inclinação especial para determinados atos, que são os que a natureza ensinou a todos os animais, como a união do macho e da fêmea, a educação dos filhos e outros semelhantes. Por isso, o comportamento e a cultura gay vai contra a lei natural. A inclinação para o bem segundo a natureza racional que é própria do homem, como é a inclinação para conhecer a verdade,a sociabilidade, a cultura, a tradição etc. Tomás de Aquino – ética O dualismo enfrentado entre bem e o mal na perspectiva ética foi apontado por: a) Tomás de Aquino. b) Sócrates. c) Santo Agostinho. d) Epicuro. e) Platão. Interatividade O dualismo enfrentado entre bem e o mal na perspectiva ética foi apontado por: a) Tomás de Aquino. b) Sócrates. c) Santo Agostinho. d) Epicuro. e) Platão. Resposta ATÉ A PRÓXIMA! Número do slide 1 Ética notarial: o que é moral? Moral – perspectiva histórica Ser ético X moral Ética notarial Ética e moral Moral e ética História da ética e da moral Ética X liberdade Unidade 1 – conteúdos Interatividade Resposta O conceito de ética Etimologia da ética Ética Ética aristotélica Tipos de ética Ética – o que fazer? / o que devo fazer? Ética Direito, ética e sociedade Moral – o que trata? Ética Ética e moral Interatividade Resposta Ética e moral Ética e moral A realidade da ética Ética socrática Ética para Platão Ética aristotélica A ética em Aristóteles Ética aristotélica Ética em Aristóteles A ética de Epicuro Interatividade Resposta Ética estoica Princípios da filosofia estoica Princípios Ética de Cícero Filosofia ética em Agostinho O mal em Agostinho Livre-arbítrio em Agostinho O mal e o bem em Tomás de Aquino Tomás de Aquino Tomás de Aquino – ética Interatividade Resposta Número do slide 50
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