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RESUMO: REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DO AERONAUTA (RPA) LEGISLAÇÃO a) Direito: Leis Brasileiras — hierarquia: - 1º Cons6tuição Federal; - 2º Lei 7.585/86, Código Brasileiro de Aeronáu6ca; - 3º Lei 7.183/84, Regulamentação da Profissão do Aeronauta - 4º Lei 13.745/17, nova RPA; b) Mudança gradaAva da RPA de 1984 para a RPA de 2017. Durante a transição há alguns ar6gos válidos da an6ga lei; c) Regula profissões: Piloto de Aeronave, comissários de voo e mecânicos de voo (aeronautas); d) Tripulante de voo: Piloto de voo e mecânico de voo; - Tripulante de cabine: comissários de voo; - TV e TC exercem funções no transporte aéreo público regular e não regular; taxi aéreo, SAE (Serviço Aéreo Especializado — instrução de voo); demais Serviços definidos pelo CBA de 1986; serviço aéreo privado, sem fins lucra6vos. e) Tripulante Extra a Serviço: Em deslocamento a trabalho sem exercer função a bordo; será assim considerado, contabilizando no que diz respeito aos limites de jornada de trabalho, repouso e remuneração; assegura-se assento em cabine de passageiros (exceto em cargueiro); f) Instrutor de voo: Piloto de aeronave contratado para ministrar aula de voo em aeronave empregada no SAE. g) Pilotos, Mecânicos de Voo e Comissários é restrito a brasileiros natos/naturalizados; h) Empresas brasileiras para voos internacionais poderão contratar comissários estrangeiros até 1/3 dos cms a bordo da aeronave. i) Empresas brasileiras em voos domésAcos operando no Brasil deverão contratar apenas brasileiros natos/ naturalizados, contrato CLT e Leis brasileiras; j) Instrutores de voo estrangeiros, na falta de brasileiros poderão ser admi6dos provisoriamente por período restrito de acordo com a ANAC. FUNÇÕES a) Tripulantes de voo: - Comandante: Piloto em comando responsável pela operação e segurança da Aeronave. - Copiloto: Auxiliar direto do comandante na operação e controle dos sistemas da aeronave. b) Tripulante de cabine: auxiliares do comandante, cumprem normas de segurança, atendimento de bordo. Guarda de bagagens, de documentos, de valores em local apropriado e seguro atestada a segurança pelo empregador; guarda de malas postais e cargas, quando em local onde não haja pessoal de solo para tal. Outras tarefas delegadas pelo comando. Pode-se acumular outras funções conforme qualificação, se assim autorizado pela autoridade da Aviação Civil; c) Tripulação: Conjunto de aeronautas (de voo e de cabine), com intenção de voo, se tomam tripulantes, ou seja, com a função a bordo; Tripulante: Não poderá exercer mias de uma função a bordo, mesmo que licenciado; e) Todos são subordinados técnica e disciplinarmente ao comandante; f) Comandante: Autoridade máxima desde a apresentação para o voo até a conclusão da viagem e entrega da aeronave. g) Tripulação: Mínima, simples, composta e de revezamento: - Mínima: Comandante + copiloto. - Simples: Comandante + copiloto + 1 comissário por porta - Composta: 2 Comandantes + copiloto + mecânico de vôo (quando exigido nas especificações da aeronave) + 1 comissário por porta. Uma tripulação composta somente poderá ser u6lizada em voos internacionais, exceto nas seguintes situações, quando poderá ser u6lizada em voos domés6cos: atender atrasos por meteorologia desfavorável, manutenção não programada, quando definido em acordo ou convenção cole6va de trabalho; atendimento de missão humanitária (enfermos; órgãos, etc;) - Revezamento: 2 Comandantes + 2 copilotos + mecânico de vôo (quando exigido nas especificações da aeronave) + 2 comissários por porta. Será assegurado aos tripulantes de voo e de cabine, quando es6verem em voos com tripulação composta ou de revezamento, descanso a bordo da aeronave, em acomodações adequadas, de acordo com as especificações definidas em norma6va estabelecida pela autoridade de aviação civil brasileira. h) Um 6po de tripulação só poderá ser transformado na origem do voo e até o limite de três horas, contadas a par6r da apresentação da tripulação previamente escalada. REGIME DE TRABALHO a) Contrato de trabalho formalizado diretamente com o operador da aeronave; b) O operador poderá fazer uso de tripulação instrutora temporariamente e por tempo determinado, sem vínculo de contrato de trabalho quando em seu quadro de tripulação não houver instrutores habilitados para o equipamento que se pretende operar, se autorizado pela ANAC. c) BASE CONTRATUAL: Matriz/Filial onde o contrato de trabalho do tripulante es6ver registrado; d) Quando INICIAR/FINALIZAR programação de voo em aeroporto situado a mais de 50km da base: - Tempo de deslocamento até o aeroporto designado será jornada de trabalho não remunerado; - Fim da jornada em aeroporto diferente da base a mais de 50km terá um repouso mínimo regulamentar com +2hrs.; e) CCT 2017/2018 - INICIAR ou TERMINAR voo em aeroporto diferente da base — 50km; a Tripulação terá direito a +1 hora de repouso; - INICIAR e TERMINAR voo em aeroporto diferente da base — 50km; Tripulação terá direito a +2 horas de repouso; JORNADA DE TRABALHO a) Jornada: duração do trabalho do aeronauta desde a apresentação ao encerramento dos trabalhos; b) Jornada na base contratual será contada a par6r da hora de apresentação do tripulante no LOCAL DE TRABALHO c) Fora da base contratual, a jornada será contada a par6r da hora da apresentação do tripulante em local estabelecido pelo empregador. d) FIM DA JORNADA: A jornada será considerada encerrada trinta minutos após a parada final dos motores, no caso de voos domés6cos, e quarenta e cinco minutos após a parada final dos motores, no caso de voos internacionais. Em caso de interrupção de jornada, os tripulantes de voo ou de cabine, quando compondo tripulação mínima ou simples, poderão ter suas jornadas de trabalho acrescidas até a metade do tempo da interrupção, nos seguintes casos: - Quando houver interrupção da jornada fora da base contratual, superior a três horas e inferior a seis horas consecu6vas, e for proporcionado pelo empregador um local para descanso,separado do público, com controle de temperatura e luminosidade; - Quando houver interrupção da jornada fora da base contratual, superior a seis horas e inferior a dez horas consecu6vas, e for proporcionado pelo empregador quartos individuais, com banheiro priva6vo, condições adequadas de higiene e segurança, mínimo ruído, controle de temperatura e luminosidade. LIMITES DE VOO E POUSO LIMITES MENSAIS E ANUAIS a) Em caso de desvio para aeroporto de alterna6va, será permi6do o acréscimo de mais um pouso aos limites estabelecidos. b) Tripulantes que operam aeronaves convencionais e turbo- hélice poderão ter o limite de pousos estabelecido aumentado de mais dois pousos. c) Quando os tripulantes operarem diferentes 6pos de aeronaves, o limite inferior será respeitado. d) O trabalho realizado como tripulante extra a serviço será computado para os limites da jornada de trabalho diária, semanal e mensal, não sendo considerado para o cômputo dos limites de horas de voo diários, mensais e anuais. SOBREAVISO E RESERVA a) Sobreaviso: Sobreaviso é o período de tempo nunca inferior a três horas e não excedente a doze horas, no qual os tripulantes permanecem em local de sua escolha à disposição dos empregadores, devendo apresentar-se no aeroporto ou em outro local determinado no prazo de até noventa minutos (cidades com um aeroporto)e 150 minutos (cidades com 2 ou mais aeroportos), após recebimento de comunicação para o início de nova tarefa. — 8 mensais b) Reserva: Reserva é o período de tempo no qual os tripulantes de voo ou de cabine permanecem, por determinação do empregador, em local de trabalho à sua disposição por no mínimo 3h e no máximo 6h. — Não há limite de reservas. VIAGEM a) Trabalho realizado pela tripulação desde a saída até o regresso; b) Pode compreender 1 ou + jornadas; c) Poderá passar pela base, sem ter sido dispensado desde que obedecida a programação da escala; d) Poderá o empregador exigir complementação de voo para realizar serviços inadiáveis; e) O empregador não poderá exigir complementação de voo ou qualquer a6vidade ao fim da viagem, no retorno a base, podendo, obedecida a regulamentação, a tripulação aceitar ou não, sem penalidades se recusado pela tripulação. GIG: origem — Apresentação 45’ antes do voo; REC: Des6no — 30’ após corte dos motores — pernoite; GIG/REC: 1 Etapa Tempo de Voo (HV) — A contar do início do taxi da aeronave Jornada — 45’ + 2:20’ + 30’ = 3:35’ (1 jornada); COMPARATIVO DA DURAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO Tripulação LEI 7.183/84 LEI 13.745/17 Mínima Simples 11h 11h 09h 09h Composta 14h 12h Revezamento 20h 16h COMPARATIVO DE HORAS DE VOO — POUSO Tripulação LEI 7.183/84 LEI 13.745/17 H/Voo — Pousos H/Voo — Pousos Mínima Simples 9h30 - 05 9h30 - 05 8h - 04 8h - 04 Composta 12h - 06 11h - 05 Revezamento 15h - 04 14h - 04 COMPARATIVO DE HORA MENSAL Tipo de Aeronave LEI 7.183/84 LEI 13.745/17 Aeronave Convencional 100hrs N/A Turboélice 90h 85h Jato 85h 80h Helicópteros 90h N/A COMPARATIVO DE POUSO Tipo de Aeronave LEI 7.183/84 LEI 13.745/17 Aeronave Convencional +1 pouso + 2 pousos Turboélice +1 pouso + 2 pousos REC CORTE MOTOR 45’ Apresentação GIG ********** Voo 2:20’ ******** 30’ Se, por exemplo, seguisse para FOR: Então: JORNADA: 4:35’ (GIG/FOR); HV: 3:20’ GIG/REC e REC/FOR: 2 etapas; g) ETAPA: Onde se iniciou o voo (origem) à 1ª escala, ou entra 2 escalas subsequentes, inclusive a final (des6no); h) BASE: Base contratual. Domicílio. Apresentação para início de viagem. i) ESCALA: Local onde a aeronave faz pouso intermediário antes do des6no final. j) JORNADA: Dia de trabalho (dado ao início da apresentação até 30’ depois do corte de motores), independente da duração da viagem. REPOUSO: a) Período ininterrupto, após jornada, tripulação fica desobrigada da prestação de serviço. b) Fora da Base: acomodação adequada (QUARTO INDIVIDUAL COM BANHEIRO PRIVATIVO, HIGIÊNICO, CONTROLE DE RUÍDO, TEMPERATURA E LUMINOSIDADE); transporte do aeroporto até o hotel e vice-versa; c) Em caso de custeio da tripulação, o reembolso ocorrerá em até 30 dias após o pagamento; d) Tempo mínimo de descanso conforme jornada: e) Quando ocorrer o cruzamento de três ou mais fusos horários em um dos sen6dos da viagem,o tripulante terá, na base contratual, o repouso acrescido de duas horas por cada fuso cruzado. FOLGA a) Não inferior a 24h. Consequentemente na base. Remunerada. Desobrigado da a6vidade de trabalho. b) Início: A folga deverá ter início,no máximo,após o sexto período consecu6vo de até vinte e quatro horas, contada a par6r da apresentação dos tripulantes,observados os limites da duração da jornada de trabalho e do repouso. c) Os tripulantes terão número de folgas mensal não inferior a oito, devendo ainda, pelo menos duas destas, compreender um sábado e um domingo consecu6vos. d) Os limites poderão ser alterados, desde que estabelecidos em acordo ou convenção cole6va de trabalho e não ultrapassemos parâmetros. REMUNERAÇÃO: a) Salário-base: 2.127,44 (CCT 2017/2018) b) Soma das quan6as recebidas; c) Não é remuneração: ajuda de custo, diárias de hospedagem e alimentação, transporte. d) Pode ser FIXA ou FIXA (salário-base) + VARIÁVEL (horas de voo); e) Voo noturno para fins remuneratórios: 21:00Z às 09:00Z do dia seguinte; f) Hora de voo noturna para remuneração = 52’ e 30’’ g) Frações de horas serão computadas para remuneração. ALIMENTAÇÃO: a) Durante viagem: direito a remuneração em terra ou em voo; b) Tripulante extra a serviço também terá direito a alimentação; c) Em terra: tempo mínimo para alimentação 45’ e máximo 60’ d) Em voo, Servida em intervalo máximo de 4 em 4h. e) Em reserva/treinamento tem direito a alimentação, entre 12 às 14h e 19 às 21h. por 60’ de intervalo. f) Os intervalos para alimentação não serão computados na duração da jornada de trabalho. g) Horários e valores (CCT 2017/2018): ASSISTÊNCIA MÉDICA E EPI: a) Fora da Base: Em urgência, assistência médica paga e remoção, via aérea, para a base. Tratamentos pagos pela empresa; b) Uniformes e EPI’s serão gratuitos; c) Vestuários, equipamentos e acessórios para serviço não são considerados salário. FÉRIAS: a) 30 dias consecu6vos ou 15+15 (conforme a Lei 13.745/17) b) A concessão de férias será par6cipada ao tripulante, por escrito, com a antecedência mínima de trinta dias. c) A empresa manterá atualizado um quadro de concessão de férias, devendo exis6r um rodízio entre os tripulantes do mesmo equipamento quando houver concessão em alta temporada. d) Ressalvados os casos de rescisão de contrato, as férias não serão conver6das em abono pecuniário. e) a remuneração das férias e do décimo terceiro salário do aeronauta será calculada pela média do salário fixo e variável no período aquisi6vo. f) O pagamento da remuneração das férias será efetuado até dois dias antes de seu início. CERTIFICADOS E HABILITAÇÕES a) O empregador custeará CMA e CCT; b) Responsabilidade do Tripulante manter em dia seu CMA/ CCT c) O empregador deve controlar a validade do CMA/CCT. d) O empregador realizará o reembolso no prazo de 30 dias em caso de custeio de algum cer6ficado por parte do REPOUSO Jornada DESCANSO 12h 12h 12h a 15h 16h +15h 24h COMPARATIVO DE HORA MENSAL Refeição Hora Vale Refeição R$ Café da Manhã 05:00h às 08:00h 18,68 Almoço 11h às 13:00h 74,74 Jantar 19:00 às 20:00h 74,74 Ceia 00:00h à 01:00h 74,74 45’ Apresentação GIG **** Voo 2:20’ ****REC **** 1:00 **** FOR tripulante, inclusive cer6ficado de proficiência linguís6ca, vistos, etc. TRANSFERÊNCIA a) Provisória: O deslocamento do tripulante de sua base, por período mínimo de trinta dias e não superior a cento e vinte dias, para prestação de serviços temporários, sem mudança de domicílio, à qual retorna tão logo cesse a incumbência que lhe foi atribuída; - Após cada transferência provisória, o tripulante deverá permanecer na sua base por,pelo menos, cento e oitenta dias. - Serão assegurados aos tripulantes acomodações, alimentação e transporte a serviço e, ainda, transporte aéreo de ida e volta, e, no regresso, uma licença remunerada de dois dias para o primeiro mês, mais um dia para cada mês ou fração subsequente, sendo que, no mínimo, dois dias não deverão coincidir com o sábado, domingo ou feriado. b) Permanente: o deslocamento do tripulante de sua base, por período superior a cento e vinte dias, com mudança de domicílio. - Na transferência permanente, serão assegurados ao tripulante pela empresa: I – Ajuda de custo, para fazer face às despesas de instalação na nova base, não inferior a quatro vezes o valordo salário mensal, calculado o salário variável por sua taxa atual, mul6plicada pela média do correspondente trabalho nos úl6mos doze meses; II – O transporte aéreo para si e seus dependentes; III - A translação da respec6va bagagem;e IV - uma dispensa de qualquer a6vidade relacionada com o trabalho pelo período de oito dias, a ser fixa do por sua opção, com aviso prévio de oito dias à empresa, dentro dos sessenta dias seguintes à sua chegada à nova base. c) A transferência provisória poderá ser transformada em transferência permanente. d) O tripulante deverá ser no6ficado pelo empregador com a antecedência mínima de sessenta dias na transferência permanente e de quinze dias na provisória. ORGÃOS DA CLASSE: - Sindicato dos Aeronautas ACORDOS: LEI 13.745/17 — CCT 2017/2018 OUTROS DOCUMENTOS: a) RBAC 117 — Requisitos para gerenciamento de risco de fadiga humana. b) RBHA 063 — Mecânico de Voo e Comissário de Voo c) Portaria 3016/88 d) CBA — Código Brasileiro de Aeronáu6ca e) Estatuto do Sindicato Nacional dos Aeronautas f) Portaria 6 do MTPS
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