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TCC 1-Reutilização Residuos Solidos - Pronto para entrega 31 Maio 2018

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Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO 
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
RAIMUNDO NONATO CHAVES MOREIRA 
SANTHIAGO ALVES RODRIGUES 
RECICLAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE CONSTRUÇÃO E 
DEMOLIÇÃO PARA FABRICAÇÃO DE BLOCOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA, PI 
2018 
1 
 
RAIMUNDO NONATO CHAVES MOREIRA 
SANTHIAGO ALVES RODRIGUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECICLAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE CONSTRUÇÃO E 
DEMOLIÇÃO PARA FABRICAÇÃO DE BLOCOS 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Coordenação do Curso de 
Engenharia Civil do Centro Universitário 
Santo Agostinho como requisito parcial à 
obtenção do título em Bacharel em 
Engenharia Civil. 
 
Orientador: Profª Esp Acilayne Freitas de 
Aquino 
 
 
 
 
TERESINA, PI 
2018 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
M835r Moreira, Raimundo Nonato Chaves. 
 Reciclagem de resíduos sólidos de construção e demolição 
para fabricação de blocos / Raimundo Nonato Chaves Moreira e 
Santhiago Alves Rodrigues – 2018. 
77 p. 
 Monografia (Bacharel em Engenharia Civil) – Centro 
Universitário Santo Agostinho, Teresina, 2018. 
Orientação: Profª Esp. Acilayne Freitas de Aquino. 
 1. Resíduos Sólidos. I . Rodrigues, Santhiago Alves. II. Título. 
 
 CDD 628.44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
RAIMUNDO NONATO CHAVES MOREIRA 
SANTHIAGO ALVES RODRIGUES 
 
 
RECICLAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO 
PARA FABRICAÇÃO DE BLOCOS 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Coordenação do Curso de 
Engenharia Civil do Centro Universitário 
Santo Agostinho como requisito parcial à 
obtenção do título em Bacharel em 
Engenharia Civil. 
 
Orientador: Esp. Acilayne Freitas de 
Aquino 
 
 
 
Data de aprovação: ____ de junho de 2018. 
 
 
 
 
 
____________________________________________ 
Prof. Esp. Danilo Teixeira Mascarenhas de Andrade 
Centro Universitário Santo Agostinho 
 
 
 
___________________________________ 
Profª. Esp. Acilayne Freitas de Aquino 
Centro Universitário Santo Agostinho 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a minha esposa 
Rosângela Moura e meu filho, Vitor 
Henrique que sempre estarão presentes em 
minha vida. 
 
Dedico este trabalho a minha esposa Iara 
Galvão Ribeiro Rodrigues e ao meu filho 
Nicolas Santhiago Rodrigues Galvão que 
não mediram esforços para me ajudar nessa 
etapa tão importante da minha vida. 
 
Dedicatória 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
Agradeço primeiramente a Deus, por me dar força e saúde para superar todas as 
barreiras e dificuldades para a conclusão deste curso. 
A minha esposa Rosângela Maria de Moura Chaves e o meu filho Vitor Henrique 
Jesus de Moura Chaves, por compreender minha ausência e por ter superado e conquistado 
juntamente comigo essa vitória, e que durante toda essa trajetória foram meus pilares e os 
maiores incentivadores. 
A todos os meus familiares e amigos. 
A todo seu corpo docente, direção, administração e funcionários da UNIFSA, que 
também contribuíram para essa conquista. 
A professora Esp Acilayne Freitas de Aquino minha orientadora pela dedicação, 
empenho, paciência e o mais verdadeiro censo de profissionalismo, aos professores Ronaldo 
Siqueira e Danilo Teixeira por nos passar uma Gama de informações e conhecimentos 
técnicos ao longo do curso, que foram fundamentais para conclusão deste trabalho. 
Aos meus amigos: Santhiago, Junior e Aluízio pela amizade, camaradagem, 
dedicação e que durante toda essa trajetória estivemos sempre juntos superando todas as 
dificuldades. 
E, a todos que contribuíram, seja de forma direta ou indireta, para o sucesso desta 
obra, fica registrado aqui, o meu muitíssimo obrigado! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente a Deus, que com sua infinita sabedoria, me permitiu chegar até aqui. 
As minhas eternas avós, Ana Alves Rodrigues (In memoriam) e Francisca Alves 
Rodrigues (In memoriam), fonte de força, dedicação e inspiração na minha vida. 
A minha mãe Saíra Maria Alves Rodrigues, pelo apoio e carinho sempre me dado. 
A minha querida esposa, Iara Galvão Ribeiro Rodrigues e ao meu filho Nicolas 
Santhiago Rodrigues Galvão que souberam tolerar, com paciência, muitas vezes a minha 
ausência para que eu pudesse me dedicar aos meus estudos. 
A Orientadora Profª Esp Acilayne Freitas de Aquino, pela sua disposição, paciência, 
dedicação e incentivo à conclusão deste trabalho. 
Ao meu amigo Raimundo Nonato Chaves Moreira, pela amizade, ajuda e 
cumplicidade durante este longo período de exclusiva dedicação ao curso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A reciclagem é uma importante ferramenta 
para podermos amenizar o grande problema 
do acúmulo de lixo no mundo, mas também 
é importante nós reciclarmos nossas ideias, 
conceitos e valores para que sejamos seres 
humanos melhores e mais conscientes. 
Ulysses Santos 
8 
 
RESUMO 
MOREIRA, R. N. C; RODRIGUES, S. A. Reciclagem de resíduos sólidos de construção e 
demolição para fabricação de blocos. 2018. 76 p. Monografia (Graduação em Engenharia 
Civil) – Centro Universitário Santo Agostinho. Teresina: UNIFSA, 2018. 
 
Este trabalho contribuirá para o esclarecimento de uma série de atividades em 
relação à valorização dos Resíduos de Construção e Demolição – RCD, que mostrará ao setor 
da indústria da construção civil, que podemos minimizar os impactos ao meio ambiente com a 
reciclagem desses materiais e tanto em relação ao consumo de recursos naturais não 
renováveis quanto à geração de resíduos sólidos. Esclarecer aos geradores de resíduos à 
existência de legislação específica e voltada para essa atividade, que proíbe o despejo desses 
resíduos em qualquer local e sim direcioná-los para os aterros sanitários. Mostrar o 
comportamento desses materiais recicláveis por meio de resultados de ensaios laboratoriais 
executados, conforme a norma vigente sobre os resíduos sólido, em um laboratório de ensaios 
e controle tecnológicos apenas com os agregados graúdos de RCD provenientes de uma obra 
de reforma, na Rua Professor José Amável, especificamente na Vila Militar do 2º BEC na 
cidade de Teresina - PI, com o intuito de avaliar sua composição granulométrica e 
propriedades físicas. As coletas das amostras de resíduos sólidos foram realizadas in loco, e 
realizados os ensaios laboratoriais com o objetivo de conhecer suas propriedades físicas, tais 
como: granulometria, massa unitária, massa específica, análise da composição gravimétrica e 
absorção de água. Esses agregados depois de analisados foram utilizados para fabricação de 
corpo de prova para concreto não estrutural, com resistência característica de 15MPa e 
submetido a uma cura de 7, 14 e 28 dias conforme as normas NBR 7215/1996 em vigor, 
sendo aos 7, 14 e 28 dias foram encontrados resistência médias de 7,09Mpa, 8,87Mpa e 
16,69Mpa respectivamente, e seu resultado foi alcançado como esperado. 
 
 
Palavras-chaves: reciclagem, concreto, resíduos sólidos de construção e resistência. 
 
 
 
 
9 
 
ABSTRACT 
MOREIRA, R. N. C; RODRIGUES, S. A. Recycling of solid construction and demolition 
wastes for the manufacture of blocks. 2018. 76 p. Monography (Graduation in Civil 
Engineering) - Center University Saint Augustine. Teresina: UNIFSA, 2018. 
 
 
This work will contribute to the clarification of a series of activities in relation to the 
valorization of Construction and Demolition Waste - RCD, which will show to the sector of 
the civil construction industry, that we can minimize the impacts to the environment with the 
recycling of these materials and both in consumption of non-renewable natural resources in 
the generation of solid waste.Clarify to the generators of waste the existence of specific 
legislation focused on this activity, which prohibits the dumping of this waste in any place, 
but directs them to landfills. Show the behavior of these recyclable materials by means of 
results of laboratory tests carried out according to the current standard on solid waste in a 
laboratory of technological tests and control only with the large aggregates of RCD coming 
from a renovation work, in Rua Professor José Amável, specifically in the Military Village of 
the 2nd BEC in the city of Teresina - PI, in order to evaluate its granulometric composition 
and physical properties. Samples of solid waste samples were collected in loco, and laboratory 
tests were carried out with the objective of knowing their physical properties, such as: 
granulometry, unit mass, specific mass, analysis of the gravimetric composition and water 
absorption. These aggregates, after being analyzed, were used for the fabrication of test 
specimens for non-structural concrete with a characteristic strength of 15MPa and submitted 
to a cure of 7, 14 and 28 days in accordance with the norms NBR 7215/1996 in force, being at 
7, 14 and 28 days were found average resistance of 7.09Mpa, 8.87Mpa and 16.69Mpa 
respectively, and its result was reached as expected. 
 
Keywords: recycling, concrete, solid construction waste and resistance. 
 
 
 
 
 
10 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
Figura 01 Descarte de resíduos............................................................................................ 39 
Figura 02 Entulho................................................................................................................ 39 
Figura 03 Coleta de Amostra............................................................................................... 40 
Figura 04 Coleta de Amostra............................................................................................... 40 
Figura 05 Trituração dos resíduos....................................................................................... 42 
Figura 06 Peneiramento....................................................................................................... 42 
Figura 07 Pesagem dos resíduos.......................................................................................... 42 
Figura 08 Pesagem dos resíduos.......................................................................................... 42 
Figura 09 Amostra 50Kg..................................................................................................... 43 
Figura 10 Separação da amostra.......................................................................................... 43 
Figura 11 Quarteamento da amostra.................................................................................... 44 
Figura 12 Espalhamento amostra........................................................................................ 44 
Figura 13 Quarteamento...................................................................................................... 44 
Figura 14 Pesagem da amostra............................................................................................ 45 
Figura 15 Lavagem da amostra........................................................................................... 45 
Figura 16 Lavagem da amostra........................................................................................... 45 
Figura 17 Peneiramento para Abrasão................................................................................ 47 
Figura 18 Secagem em estufa.............................................................................................. 47 
Figura 19 Abrasão Los Angeles........................................................................................... 48 
Figura 20 Abrasão Los Angeles........................................................................................... 48 
Figura 21 Peneira # 1,7mm.................................................................................................. 48 
Figura 22 Lavagem para estufa............................................................................................ 48 
Figura 23 Granulometria...................................................................................................... 51 
Figura 24 Granulometria...................................................................................................... 51 
Figura 25 Granulometria...................................................................................................... 51 
Figura 26 Granulometria...................................................................................................... 51 
Figura 27 Separação dos grãos............................................................................................ 52 
Figura 28 Massa unitária...................................................................................................... 54 
Figura 29 Volume de vazios................................................................................................ 54 
Figura 30 Material pesado para o traço................................................................................ 62 
Figura 31 Preparação do traço............................................................................................. 62 
Figura 32 Slump Test........................................................................................................... 63 
11 
 
Figura 33 Fabricação do corpo de prova.............................................................................. 63 
Figura 34 Corpo de prova.................................................................................................... 63 
Figura 35 Corpo de prova.................................................................................................... 65 
Figura 36 Cura do corpo de prova....................................................................................... 63 
Figura 37 Corpo de prova.................................................................................................... 64 
Figura 38 Corpo de prova.................................................................................................... 64 
Figura 39 Rompimento do corpo de prova......................................................................... 65 
Figura 40 Rompimento do corpo de prova......................................................................... 65 
Figura 41 Rompimento do CP............................................................................................ 65 
Figura 42 Rompimento do CP............................................................................................ 65 
Figura 43 Rompimento do CP............................................................................................ 65 
Figura 44 Rompimento do CP............................................................................................ 66 
Figura 45 Rompimento do CP............................................................................................ 66 
Figura 46 Rompimento do CP............................................................................................ 66 
Figura 47 Rompimento do CP............................................................................................ 66 
Figura 48 Rompimento do CP............................................................................................ 66 
Figura 49 Rompimento do CP............................................................................................ 66 
Quadro 01 Caracterização do material.................................................................................. 46 
Quadro 02 Abrasão “Los Angeles”........................................................................................ 47 
Quadro 03 Massa unitária amostra 01...................................................................................52 
Quadro 04 Volume de vazios amostra 01.............................................................................. 52 
Quadro 05 Massa unitária amostra 02................................................................................... 53 
Quadro 06 Volume de vazios amostra 02.............................................................................. 53 
Quadro 07 Massa unitária amostra 03................................................................................... 53 
Quadro 08 Volume de vazios amostra 03.............................................................................. 53 
Quadro 09 Resultado das amostras 01, 02 e 03..................................................................... 54 
Quadro 10 Classe de agressividade ambiental(CAA)........................................................... 56 
Quadro 11 Concreto com desvio padrão............................................................................... 57 
Quadro 12 Curva Abrams dos cimentos................................................................................ 58 
Quadro 13 Determinação do consumo de água..................................................................... 59 
Quadro 14 Volume compactado seco(Vb) do agregado graúdo por m³ de concreto............ 60 
Quadro 15 Proporção de agregados....................................................................................... 61 
Quadro 16 Traço unitário em relação ao cimento................................................................. 62 
 
12 
 
Quadro 17 Cálculo para confecção do corpo de prova 15Mpa............................................. 64 
Quadro 18 Resultado da resistência à compressão do concreto 15Mpa................................ 65 
A = (ms - m) / m x 100 - Absorção de água, em %.................................................................. 56 
Cc = [ Ca/(a/c)] – Determinação do consumo de cimento........................................................ 60 
Cb = Vb. b - Determinação do consumo de agregado graúdo................................................ 61 
Cm = γm x Vm - determinação da quantidade do agregado miúdo em massa.......................... 61 
d = m / (m - ma) - Massa específica do agregado seco............................................................. 55 
ds = ms / (ms - ma) - Massa específica agregado saturado seca............................................... 55 
da = m / (ms - ma) - Massa específica aparente do agregado seco........................................... 55 
Ev = (100 x [(d1 x ρw) - ρap]) / (d1 x ρw) - índice de volume de vazios nos agregados......... 53 
Fc = 4F / (π x D²) - resistência à compressão............................................................................ 64 
fcmj = fckj + 1,65 x sd - resistência média do concreto à compressão..................................... 58 
ρap = (mar - mr) / V - massa unitária do agregado em Kg/m³.................................................. 52 
P = (m - m1) / m * 100 - Perda por abrasão.............................................................................. 47 
Vm =1 –[(Cc/ γc) + (Cb/ γb) + ( Ca/ γa)] – Determinação consumo agregado miúdo............. 61 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 Composição granulométrica dos agregados graúdo natural e reciclado.................. 49 
Tabela 2 Massa específica e unitária dos agregados graúdos................................................. 49 
Tabela 3 Absorção dos agregados ......................................................................................... 49 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ABCP Associação Brasileira de Cimento Portlad 
AR Áreas de Riscos 
ARC Agregado de resíduo de concreto 
ARM Agregado de resíduo misto 
CAA Classe de Agressividade Ambiental 
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente 
d Massa específica do agregado seco 
da Massa específica do agregado na condição saturado superfície seca 
d1 Massa específica aparente do agregado seco 
d2 Massa específica do agregado saturado superfície seca 
d3 Massa específica do agregado 
m Massa da amostra seca 
ma Massa em água da amostra 
mar Massa do recipiente mais o agregado 
mf Massa da amostra seca após a lavagem 
MF Módulo de Finura 
mi Massa original da amostra seca 
mt Massa total 
m1 Massa da amostra 1 
m2 Massa da amostra 2 
NBR NM Normalização no Mercosul 
PNRS Programa Nacional de Resíduos Sólidos 
P Perda por abrasão 
ρa Massa específica da água 
ρap Massa unitária do agregado 
ρw Massa específica de água 
RCC Restos da Construção Civil 
RCD Resíduos de Construção e Demolição 
RCD-R Restos de Construção e Demolição Reciclados 
V Volume 
Va Volume de água 
 
15 
 
LISTA DE SÍMBOLOS 
Kg/dm³ Kilograma por decímetro cúbico 
# Abertura de Malha de peneira do laboratório para peneiramento de agregados 
cm³ Centímetro cúbico 
mm Milímetro 
% Porcentagem 
KN/m³ Quilo Newton por metro cúbico 
g Grama 
kg Quilograma 
°C Grau Celsius 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO................................................................................................. 18 
1.1 Tema................................................................................................................... 18 
1.2 Problema de Pesquisa........................................................................................ 21 
1.3 Hipóteses............................................................................................................. 22 
1.4 Objetivos............................................................................................................. 23 
1.4.1 Objetivo Geral..................................................................................................... 23 
1.4.2 Objetivos Específicos.......................................................................................... 23 
1.5 Justificativa........................................................................................................ 23 
2 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................ 26 
2.1 Resíduos Sólidos de Construção e Demolição( RCD)..................................... 26 
2.2 Coleta e Seleção de materiais sólidos(RCD).................................................... 29 
2.3 Análise das características dos materiais........................................................ 32 
2.4 Aplicação dos resíduos recicláveis.................................................................... 34 
2.4.1 Aplicabilidade na Pavimentação......................................................................... 35 
2.4.2 Aplicabilidade como concreto não Estrutural..................................................... 36 
2.4.3 Aplicabilidade como Argamassa de assentamento.............................................. 37 
3 METODOLOGIA.............................................................................................. 38 
3.1 Procedimento metodológico.............................................................................. 38 
3.1.1 Tipo de Pesquisa.................................................................................................. 38 
3.2 População e Amosta........................................................................................... 39 
3.3 Riscos e Benefícios............................................................................................. 40 
3.4 Procedimento de coletas de dados.................................................................... 40 
3.5 Procedimento de análise de dados.................................................................... 41 
3.5.1 Análise Granulométrica do Agregado Graúdo Reciclado...................................41 
4 RESULTADOS E DISCURSÃO...................................................................... 43 
4.1 Agregado – Amostragem................................................................................... 43 
4.1.1 Agregados – Quarteamento da amostra............................................................... 43 
4.1.2 Agregados de reciclagem..................................................................................... 44 
4.1.3 Agregados graúdos – Ensaio Abrasão “ Los Angeles”....................................... 46 
4.1.4 Agregados – Granulometria................................................................................. 48 
4.1.5 Agregados graúdos do RCD – Determinação da composição............................. 50 
4.1.6 Determinação de massa unitária e volume de vazios.......................................... 52 
17 
 
4.1.7 Agregados graúdos – Determinação absorção água, massas Esp e Aparente.... 54 
4.1.8 Concreto de cimento Portland............................................................................. 56 
4.1.8.1 Cálculo de resistência de dosagem...................................................................... 57 
4.1.8.2 Concreto com Desvio Padrão desconhecido....................................................... 57 
4.1.8.3 Dosagem do concreto de cimento Portland......................................................... 58 
5 CONCLUSÃO.................................................................................................... 67 
 REFERÊNCIAS................................................................................................. 69 
 APÊNDICE A - Ensaio de composição granulométrica das amostras 1 e 2 73 
 
APÊNDICE B - Resultado da granulometria e Curva granulométrica das 
amostras 1 e 2..................................................................................................... 
 
74 
 
APÊNDICE C - Ensaio de granulometria agregado graúdo (6,3 a 25,0 
mm)..................................................................................................................... 
 
75 
 APÊNDICE D - Curva granulométrica do agregado graúdo........................ 76 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
1 INTRODUÇÃO 
1.1 Tema 
Esta pesquisa tem como tema a reciclagem de resíduos sólidos de demolição para 
utilização na construção civil. A construção civil é uma das atividades mais antigas da 
humanidade, começando de forma artesanal até os dias de hoje. Os resíduos gerados por essas 
indústrias são despejados nos ambientes urbanos e vêm se multiplicando cada vez mais, 
chegando a causar grandes transtornos à sociedade, mas nem por isso deve-se permitir 
qualquer postura condescendente da sociedade (BRASIL, 1995). 
Com o desenvolvimento dos grandes centros urbanos e com o intenso crescimento 
populacional e industrial típico de países em desenvolvimento, a construção civil tem gerado 
grandes volumes de materiais sólidos que se transformam em problemas urbanos uma vez que 
nem todas as cidades possuem aterros sanitários para depósito desses resíduos, e gera diversos 
impactos ao meio ambiente que sofre os efeitos desde a extração da matéria-prima necessária 
para construção civil à energia necessária utilizada em todo processo construtivo (SOUZA; 
ASSIS; SOUTO, 2014). 
Desde a antiguidade já se tinha preocupação com a reciclagem de resíduo de 
construção e demolição (RCD). A Europa, após a segunda guerra mundial passou pela 
reconstrução, hoje praticamente todos os países do continente europeu pratica essa atividade 
especialmente na Holanda. A reciclagem de resíduos de construção hoje encontra-se em 
estágio avançado, temos no Brasil hoje, tanto os governos municipal, estadual e federal 
trabalhando para introduzir políticas públicas voltadas para a reciclagem, apresentando ideias 
tecnológicas para esse fim. Durante as construções, essas ideias são adotadas por especialistas 
e estudantes da área, afim de contribuir para um melhor gerenciamento dos resíduos, 
buscando uma sustentabilidade socioambiental, na reutilização de materiais rejeitados. 
(SOUZA, 2014). 
A construção civil é, sem dúvida, responsável pelo maior consumo de recursos 
naturais de qualquer economia. Podemos atribuir a indústria da construção civil como a maior 
geradora de resíduos em massa dentro da malha urbana. Em razão da falta de políticas 
adequada, boa parte destes resíduos é disposta irregularmente, impedindo ruas e obstruindo 
córregos, contribuindo assim para uma politica de poluição nos grandes médio e pequenos 
centros urbanos. A limpeza desses resíduos contribui com um custo muito alto para os cofres 
públicos, recursos esses que poderiam estar sendo direcionados para a criação de melhor 
infraestrutura para a população em geral (PINTO, 1999). 
19 
 
No Brasil hoje apenas algumas municípios possuem políticas voltadas para os RCD e 
praticam reciclagem dos resíduos, gerando empregos e utilizando os agregados gerados como 
base de pavimentação e outros tipos de serviços úteis voltado para construção civil. 
Dependendo do tipo de obra podem existir nos canteiros de obras argamassadeiras capazes de 
gerar uma argamassa reciclada deste tipo de resíduo (MIRANDA, 2000). 
Dentre os países que já dominam essa técnica de reciclagem destacam-se Japão, 
Inglaterra e Holanda. Esses países já vêm ao longo do tempo buscando e praticando vários 
tipos de manobras e artimanhas para chegar ao seu processo de reciclagem diversificando suas 
aplicações em componentes, tanto pela substituição parcial quanto pela substituição total dos 
agregados naturais pelos obtidos pela reciclagem de RCD(LIMA, 1999; HANSEN, 1992). 
A classificação dos Resíduos de Construção e Demolição – RCD é bastante útil e no 
que se refere à quantificação e qualificação de sua geração ou produção e suas propriedades 
podem ser oriundos de: material de obras viárias, material de escavação, demolição de 
edificações, construção, renovação de edifícios e limpeza de terrenos (SWANA, 1993). 
Esse resíduo de construção e demolição ou popularmente conhecido como entulho, 
são dotados de características bastante interessantes. Produzido num setor onde existe uma 
gama de diferentes técnicas e metodologias de produção e o controle da qualidade e 
características de produção desses resíduos é recente, a composição e quantidade produzida 
dependem do estágio de desenvolvimento do setor industrial local, a qualidade da mão de 
obra, técnicas construtivas empregadas, adoção de programas de qualidade, etc. (ZORDAN, 
2000). 
O despejo desse resíduo quando realizado de forma irregular gera diversas agressões 
ao meio ambiente. O consumo desses resíduos naturais pela construção civil é muito grande 
gerando a cada dia toneladas de materiais que são despejados ou abandonados na maioria das 
vezes em locais impróprios. Assim, desenvolvendo meios para sua reciclagem, a aplicação 
dos produtos gerados poderá apresentar grandes vantagens competitivas sobre os produtos 
tradicionais. Dessa forma é provável que podemos encontrar mercado para produtos oriundo 
de agregado reciclado com preços competitivos e qualidade, para isso os produtos precisam 
ser submetido a testes (JOHN, 2000). 
No nosso País, os aterros sanitários ou centrais de reciclagem geralmente são 
públicos, pertencentes aos municípios. Estima-se que o maior volume do agregado produzido 
pela reciclagem de RCD é utilizado na pavimentação, apesar de outras utilizações incipientes 
como blocos de concreto para pavimentação e vedação. A reciclagem dos RCD como 
agregados para base de pavimentação tem se tornado um fator revolucionário e de grande 
20 
 
importância, uma vez que um grande número de municípios tem suas ruas desprovidas de 
pavimentos. Estudo realizado por Pinto (1999) mostram que o consumo de agregados 
reciclados podem chegar a quase 50% de todo material gerado (PINTO, 1999). 
A abertura de novos mercados étambém uma condição para o surgimento de centrais 
de reciclagem privadas, pois os órgãos públicos são virtualmente os únicos consumidores de 
agregado para base de pavimentação. Esta dependência de um consumidor único, sujeito a 
inconstâncias políticas, certamente eleva significativamente o risco de negócios privados 
nesta área (PINTO, 1999). 
De acordo com a Resolução nº 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente - 
CONAMA, de 5 de julho de 2002, atribui como sendo os geradores desses resíduos as 
pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis por tais atividades e/ou 
empreendimentos. Sendo que esse material é proveniente de construções, reformas, reparos e 
demolições de obras de construção civil, além dos resultantes da preparação e da escavação de 
terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, todos os tipos de concreto, rochas em geral, 
metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, ferragens, forros, argamassa, gesso, 
telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente 
chamados de entulhos de obras (BRASIL, 2002). 
A Resolução nº 307/2002 do CONAMA define agregado reciclado como o material 
granular proveniente do beneficiamento de resíduos de construção que apresentem 
características técnicas para a aplicação em obras de edificação, de infraestrutura, em aterros 
sanitários ou outras obras de engenharia, definidos como materiais Classe A, onde cerca de 
95% dos resíduos sólidos são compostos dessa classe (NUNES,2004; FERNANDES, 2013). 
Para Languell (2001), o sucesso do reuso dos materiais de reciclagem devem levar 
em consideração os fatores regionais e estes tem que ser avaliados para medir se aquela 
cidade ou região apresenta condições favoráveis ou não ao sucesso da implantação do 
programa de reciclagem de materiais sólidos. Atualmente tem-se trabalhado bastante para 
desenvolvimento de novas técnicas nos processos construtivos afim de aliviar a produção 
desses resíduos, sendo um dos fatos primordial a qualificação profissional de funcionários. 
 Mesmo com todas as políticas voltada para fiscalização e produção desses materiais, 
é fato que o grande acúmulo de RCD e RCC oriundo da indústria da construção civil, faz com 
que as autoridades locais tomem medidas políticas para tratar desse problema de uma forma 
mais responsável para que a reciclagem dos RCC e RCD traga consigo uma série de 
benefícios, tais como a redução no consumo de recursos não renováveis, redução de áreas 
21 
 
para aterros, redução no consumo de energia, redução na poluição, podendo ainda (SIMONI 
et al, 2015). 
 
1.2 Problema de Pesquisa 
Devido ao grande volume de resíduo de construção e demolição gerado pela 
construção civil nos pequenos, médios e grandes centros urbanos de todo o país, abrangendo 
os diversos setores da engenharia, há hoje uma preocupação por parte do poder público em 
todas as esferas: federal, estadual e municipal, em destinar locais adequados para depósitos 
desses resíduos. No entanto devido às grandes cobranças do poder público, os geradores 
físicos ou jurídicos devem destinar nos locais adequados os resíduos por eles produzidos 
(MARINHO et al, 2014). 
Existia em tramitação na câmara, após 21 anos de debate, uma matéria sobre o 
Programa Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS a Lei 12.305 foi aprovado na Câmara dos 
Deputados em 11 de março de 2010, no Senado Federal em 7 de julho de 2010, onde a 
principal pauta era que todos os geradores de resíduos tinha o dever e comprometimento de 
que tais resíduos sólidos gerados devam ter seu destino ambientalmente adequado (PEREIRA 
NETO, 2011). 
A grande cobrança do poder público fez com que os geradores de resíduos 
providenciassem adequados locais à seus resíduos sólidos provenientes de construção ou 
demolição, obedecendo a um Projeto de Gerenciamento de RCC e RCD elaborado pela 
empresa geradora, que além de dar uma solução a um grande problema, ainda pode gerar 
vários empregos com o material reciclado, que poderiam apresentam características 
semelhantes ou maiores. Esses materiais se bem dosados após analisado em laboratório 
poderá apresentar valor de resistência à compressão superior ao concreto com agregado 
natural (VERAS; FERREIRA, 2012). 
Procurando uma solução para esses resíduos diversas empresas vem apostando em 
um desenvolvimento parcial e sustentável avaliando efetivamente com empenho e grande 
cautela, uma vez que os resíduos oriundo da reciclagem devem ser estudados e trabalhados de 
forma correta, pois assim haverá uma grande contribuição para construção civil e 
consequentemente para o meio ambiente. A reciclagem desses materiais de origem de RCD e 
RCD deve garantir que a produção de um produto de qualidade para que seja inserido num 
mercado auxiliando na construção civil (SIMONI et al, 2015). 
 
22 
 
Com o crescimento populacional e o desenvolvimento dos grandes centros a 
tendência é que os impactos negativos devido à extração de matéria-prima para uso da 
construção civil sejam imensos. Conforme alerta John(2000), com a expansão da atividade no 
da construção civil favorece um consumo muito grande de agregados, somente para a 
produção de concreto e argamassa, um valor estimado em 210 milhões de toneladas por ano 
de agregados naturais. Porém os impactos causados pelo setor com a utilização de agregados 
naturais incluem a exploração descontrolada de recursos naturais não-renováveis, a fabricação 
de cimento e suas emissões de gás carbônico na atmosfera, e a poluição do ar gerada pelo 
transporte até os grandes centros (SCHNEIDER, 2003). 
 Esses materiais produtos dos recursos minerais naturais quando produzido de 
maneira inadequadamente polui o solo, deteriora a paisagem urbana, compromete o tráfego de 
pedestres e de veículos, danifica a drenagem urbana e constitui uma séria ameaça à saúde 
pública. Além disso, o acúmulo de RCD em local inadequado ou a sua disposição 
desprotegida atrai resíduos não inertes, oferecendo, simultaneamente, água, alimento e abrigo 
para muitas espécies de vetores de patogênicos, tais como: ratos, baratas, moscas, vermes, 
bactérias, fungos e vírus (SCHNEIDER, 2003). 
Com um grande impulso e crescimento na área da construção civil no Brasil, há 
consequentemente um aumento considerável de volume de material oriundo de RCC e RCD 
ideal para ser reciclado, que provavelmente seria despejado em aterros sanitários controlados 
ou não, ou em terrenos baldios. Esses resíduos poderiam passar por uma triagem e seleção e 
serem posteriormente analisados em laboratório, tanto suas propriedades bem como suas 
características e granulometria, afim de serem reaproveitados e utilizados em obras nos 
diversos setores da construção civil. Diante disso chegou-se ao seguinte problema de 
pesquisa: Podemos reciclar os resíduos sólidos de construção e demolição para 
fabricação blocos? 
 
 
1.3 Hipóteses 
 
H0 Os Resíduos de Construção e Demolição não podem ser reutilizados como 
agregado para fabricação de blocos. 
 
H1 Os Resíduos de Construção e Demolição podem ser reutilizados como agregado 
para fabricação de blocos. 
23 
 
1.4 Objetivos 
1.4.1 Geral 
Verificar se os resíduos graúdos de construção e demolição (classe A), podem ser 
aplicados como um material alternativo para a fabricação de blocos de concreto, em 
substituição ao agregado graúdo natural. 
1.4.2. Específicos 
Analisar as propriedades granulométricas dos resíduos graúdos de construção e 
demolição. 
Realizar ensaio abrasão Los Angeles, em laboratório dos resíduos graúdos. 
Realizar ensaios de resistência à compressão em concretos moldados com traço com 
resíduos graúdos de RCD com Fck 15Mpa. 
 
1.5 Justificativa 
A preocupação com o destino do grande volume de resíduos sólidos oriundo de 
construção e demolição faz com que se tenha um grande avanço na reciclagem dos agregados 
e um investimento em tecnologia para o setor, podendo serempregado na pavimentação e 
outras aplicações ( MOTA, 2005; BLANKENAGEM e GUTHRIE, 2006). 
A reciclagem de Resíduos de Construção e Demolição, como agregado para ser 
empregado na construção civil, teve seu berço na Europa com o fim da segunda guerra 
mundial. No Brasil hoje essa atividade ainda esta engatinhando, uma vez que há escassez de 
agregados e a área para depósito desses resíduos principalmente em grandes centros urbanos 
onde o crescimento é significante e locais para depósito é deficiente. Países da Europa, como 
a Holanda onde seu poder de reciclagem que é bastante diversificado pode atingir cerca de 
90% e estes agregados reciclados são aplicados na construção de rodovias, pois tem um custo 
bastante reduzido em comparação ao natural para esta utilização (ZWAN, 1997; 
DORSTHORST; HENDRIKS, 2000). 
Os Resíduos de Construção e Demolição, chegam a atingir uma variação de cerca de 
68% da massa de resíduos sólidos urbanos em nosso país. Essa grande massa de resíduos, 
quando destinada em locais não adequados para tal, contribui para degradação do meio 
ambiente, consequentemente compromete a qualidade da vida urbana e sobrecarrega os 
serviços municipais de limpeza pública. Nesse contexto, é de suma importância a reciclagem 
desses resíduos para se evitar uma crescente degradação (PINTO, 2003). 
O mercado da construção civil apresenta grande diversidade, e uma gama de opções 
de áreas para aplicação de resíduos reciclados, é uma atividade que requer poucos gastos com 
24 
 
agregados e seu transporte, contribuindo para que a atividade ambiental se torne equilibrada. 
Outro fator importante é que os materiais necessários para sua produção não precisam de 
grande sofisticação técnica. A distância do material transportado (DMT) é fundamental do 
ponto de vista de análise da possibilidade de sua reutilização. A utilização pode ser: na 
superestrutura (base), Infraestrutura (sub-base) de pavimentos, produção de concretos sem 
fins estruturais, produção de blocos de concreto, utilização em projetos de drenagem, entre 
outros (LEITE, 2001). 
A grande produção de material/resíduos oriundo de descarte da obra de construção 
civil e o seu despejo em locais não adequados, promove transtorno nas cidades quando 
descartados nas ruas sem nenhum tipo de preocupação, causando assim problemas de 
saneamento básico e poluição do meio ambiente. Contudo houve uma preocupação no sentido 
de reutilizar esses resíduos, reciclando para serem utilizados em obras de construção civil sem 
perca de qualidade do material e colaborando para com o meio ambiente. A indústria da 
construção civil tão pouco tinha essa preocupação em dar destino aos resíduos por ela 
gerados, com o passar do tempo havia a necessidade de que esse material gerado tivesse um 
destino apropriado, uma vez que as autoridades perceberam que esses resíduos eram 
despejados com frequência nas ruas e em terrenos baldios sem qualquer controle (ÂNGULO; 
ZORDAN; JOHN, 2001). 
Um país em desenvolvimento como o Brasil, onde a população está crescendo, a 
tendência é que o mercado da construção civil também cresça causando um grande aumento 
na produção de resíduos sólidos. Estudos revelam que cada construção ou demolição gera em 
torno de 10% a 20% dos resíduos. Esses resíduos de materiais após serem submetidos a 
ensaios laboratoriais e resultado adequado com as normas vigente serão utilizados na 
construção civil nas mais variadas atividades (PINTO, 1989; PICCHI, 1993; FERNANDES, 
2013). 
 Uma grande preocupação pela busca de materiais renováveis e a reciclagem dos 
resíduos gerados pela indústria da construção civil e pela nossa sociedade, visando à 
preservação do meio ambiente e contribuindo para um melhor padrão de vida da sociedade 
deu-se desse modo, o estímulo à reciclagem dos resíduos gerados pela construção civil. 
Dando-se maior atenção à reciclagem de resíduos( RCC e RCD), fará com que os impactos 
ambientais tenha uma grande redução, tal atitude contribuirá para diminuição das extrações de 
matéria prima e, com as políticas de voltadas para destinação mais correta e aplicáveis dos 
materiais recicláveis viabilizando economia para as empresas e principalmente um grande 
retorno para o meio ambiente (LEITE, 2014; CARNEIRO; BRUM; CASSA, 2001). 
25 
 
Com a grande diversidade de situações os profissionais da área da construção civil 
devem investir em mais conhecimentos e aspectos tecnológicos na área da reciclagem de 
resíduos sólidos proveniente de construção e demolição, para a reutilização desse material no 
mercado da construção civil, dando-o uma melhor competitividade no mercado com as 
características compatíveis com as do agregado virgem (FERNANDES, 2013). 
Com o incentivo dos órgãos governamentais por meio de políticas voltada para 
controle de geração desses resíduos e seu reaproveitamento, pode-se combater na redução e 
reutilização desse material não renovável e pode contribuir para uma redução dos custos nos 
empreendimentos e até mesmo do gerenciamento de agregados novos, ressaltando ainda que 
os resíduos de RCC e RCD podem ser materiais reciclados no final de sua vida útil e na 
possibilidade de serem novamente reciclados, criando uma cadeia circular, podendo entrar 
como substituição ou adição a outros agregados para fabricação de concreto entre outros 
(AMADEI, 2012). 
Os resíduos gerados pelas indústrias da construção civil têm como destino o lixo ou 
até mesmo nas ruas sem nenhum controle. Esses materiais depois de um grande incentivo 
podem ser transformados em matéria prima de qualidade para construção civil, tornando a 
atividade sustentável e oferecendo alternativas para a execução de obras de diversos tipos em 
benefício da própria indústria, da sociedade e principalmente para o meio ambiente que 
sofrem as consequências com o desenvolvimento urbano (DIAS, 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1 Resíduos sólidos de construção e demolição ( RCD) 
A indústria da construção civil é reconhecida como uma das mais importantes 
atividades que contribui para o desenvolvimento econômico e social do país, no entanto é 
considerada como uma grande geradora de impactos ambientais, quer seja pelo extração de 
recursos naturais, pela modificação da paisagem ou pela geração de resíduos. O setor tem um 
grande desafio: como conciliar uma atividade produtiva desta magnitude com as condições 
que conduzam a um desenvolvimento sustentável consciente? É uma pergunta, embora antiga, 
ainda sem respostas satisfatórias. Sem dúvida, por ser uma questão bastante complexa, requer 
mudanças culturais e ampla conscientização (SANTOS et al, 2012). 
A principal atividade do setor industrial de construção, demolição e reforma, sempre 
vem seguido de sobras e/ou produção de resíduos que seriam desperdiçados e isso representa 
uma grande fatia no total representativo da massa da obra (PINTO, 2003). Com uma grande 
contribuição para com o meio ambiente, a demolição seletiva tem sido bastante favorável, 
com uma desvantagem devido ao custo elevado, mas esses gastos podem dar um grande 
retorno em se tratando de materiais encontrados no próprio local de trabalho, tal procedimento 
pode-se reduzir uma imensa quantidade de resíduos gerados do setor da construção civil, que 
seriam jogados nos aterros sanitários urbanos ou até mesmo nas ruas das cidades e sem 
controle, contribuindo para uma mega redução ao impacto ambiental tendo em vista que a 
elevada quantidade de resíduos produzidos com as demolições no setor da construção civil 
(GOMES, 2012). 
Devido a grande geração de resíduos e para uma melhor classificação dos materiais 
produzidos foi necessário a implantação de programas de gestão desse resíduo. Um 
mecanismo importante criado para tal finalidade foi a Resolução 307 (CONAMA, 2002), a 
qual define, para a construção civil, quatro classes de resíduos, que deverão ter tratamentos 
distintos:Classe A– resíduos reutilizáveis ou recicláveis, como agregados, tijolos, blocos, telhas, placas 
de revestimento, argamassas, concretos, tubos, meio-fio, solos de terraplanagem, etc; 
Classe B – resíduos recicláveis para outras destinações, tais como plásticos, papel/papelão, 
metais, madeiras, etc; 
Classe C – resíduos ainda sem tecnologias ou aplicações economicamente viáveis para a sua 
reciclagem/recuperação, tais como os oriundos do gesso(tratamento pelo gerador); 
Classe D – perigosos, como tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados 
(tratamento pelo fabricante). 
27 
 
Com o desenvolvimento de novas técnicas construtivas no setor da construção civil 
diversas empresas vêm apostando e aderindo às novas inovações tecnológicas, pois a 
construção civil ainda vem passando por diversos problemas relacionados à destinação final 
do seu resíduo de construção( RCD e RCC). Explorados por várias décadas, os recursos 
naturais, estes que mantém de pé a indústria da construção civil vem sofrendo escassez devido 
sua exploração desordenada, provocando assim graves problemas ambientais, e agravando 
ainda nos grandes centros urbanos, ocasionado pelo acúmulo e geração de muitos entulhos, 
sendo a reciclagem destes uma alternativa para redução desses resíduos (SILVA; MACIEL, 
2014). 
Os resíduos de construção civil têm origens nas perdas e desperdícios em todas as 
etapas de execução de construção, compreendendo, portanto as fases de: concepção, execução 
e utilização. As perdas e desperdícios podem ser divididos em dois grupos: aquelas que saem 
das obras, os denominados entulhos, e aqueles que ficam incorporadas à mesma como, por 
exemplo, em sobre espessura de emboço (AGOPYAN et al., 2003). Estima-se que cerca de 
50% do desperdício são incorporados à própria obra, denominados perdas incorporadas, e 
outros 50% saem na forma de entulho. A tabela 1 apresenta as taxas de desperdício de acordo 
com os materiais utilizados em médias e grandes construções (Espinelli, 2005). 
A política voltada para a reciclagem dos materiais oriundos de entulhos, contribui 
significativamente para uma redução da poluição causada por esses resíduos e garante um 
meio ambiente mais limpo sustentável, onde provavelmente o descarte indevido desses 
resíduos traria consequência incalculáveis ao meio ambiente e aos centros urbanos. A 
ausência de um aterro para o destino adequado desses resíduos, com certeza irá gerar grandes 
consequências ao meio ambiente e interferir na qualidade de vida da população (OLIVEIRA, 
2015). 
Os geradores de resíduos houve por bem fazer a reutilização desses resíduos 
oriundos de construção e demolição em um processo sustentável completo, para diminuir a 
poluição que ora é preocupante nos grandes centros urbanos, com isso preserva-se as reservas 
naturais de matéria prima, ocorrendo ganhos financeiros e ainda promovendo oportunidades 
de trabalho. Para que haja a reciclagem dos RCD e RCC é preciso que se tenha uma especial 
atenção dos órgãos públicos responsáveis pela fiscalização e a conscientização de empresários 
do setor da construção civil, visando políticas voltadas para essa atividade (OLIVEIRA, 
2015). 
Devido à ausência de politicas pública no país voltadas para os resíduos, esses por 
sua vez podem chegar a representar 60% do volume de lixo despejados nos aterros sanitários, 
28 
 
fazendo com que seja degradada uma imensa área só para destinação desse material, diante do 
exposto há uma necessidade dos órgãos públicos acompanharem o andamento junto as 
empresas da destinação correta dos seus resíduos de RCD e RCC gerados, cumprindo todas as 
determinações impostas por parte dos órgãos competentes (SILVA; FERNANDES, 2012). 
A coleta e análise dos resíduos poderiam ser divididas em etapas. Como primeira 
etapa, abrangia o diagnóstico dos resíduos gerados nas obras. Já na Segunda etapa envolveria 
o mapa de resíduos que classifica as informações coletadas na etapa anterior a partir da 
legislação e normalização vigente. A terceira etapa visaria na identificação dos riscos à saúde 
e segurança dos trabalhadores, transporte e manipulação dos resíduos. A quarta etapa 
consistiria na elaboração de um Plano de Gerenciamento contendo os procedimentos a serem 
adotados no manejo de resíduos e segregação: identificação dos locais de disposição; 
acondicionamento; coleta; tratamento e/ou disposição final de cada grupo de resíduos 
(GIRARDELLO; FRANÇA; VICENZI, 2015). 
Quinta e ultima etapa do plano contemplaria a implementação do Plano de 
Gerenciamento nas obras em execução, objetivando suporte adequado às empresas do ramo 
da construção civil no que diz respeito à correta segregação, acondicionamento e destinação 
dos resíduos sendo necessária a realização de um treinamento com os funcionários com o 
auxílio de material pedagógico desenvolvido como cartilhas, adesivos para identificação dos 
recipientes de cada classe e mapas para a rota dos resíduos (GIRARDELLO; FRANÇA; 
VICENZI, 2015). 
Diante da política voltada para os resíduos de construção e demolição(RCD) onde 
seria proibido o depósito destes em aterros sanitários, a redução na oferta de agregados 
naturais somando-se ao aumento de sua demanda e a crescente exigência para o 
desenvolvimento de aplicações sustentáveis para tais resíduos impulsionaram o 
desenvolvimento de aplicações para este material, por outro lado há necessidade de produzir 
estratégias e o estabelecimento na melhoria e na qualidade dos agregados reciclados, ou seja 
menos porosos, no entanto para chegar a resultados em que possa proporcionar materiais mais 
densos e aumentar nas frações mais finas onde a diferença reflete diretamente nas 
propriedades físicas dos agregados reciclados (ULSEN et al, 2014). 
Devido a grande extração de minerais para utilização na construção civil, os seus 
geradores vem buscando alternativas para minimizar os danos causados ao meio ambiente, e 
em se tratando disso os mais diversos setores da construção civil vem tendo uma devida 
preocupação em minimizar os efeitos negativos apostando na reciclagem dos RCD e RCC e 
proporcionando desenvolvimento para o setor da construção civil e de grande importância 
29 
 
para a economia principalmente das empresas diretamente envolvidas nesse processo e 
destacando-se pela diversidade de produtos, quantidade e qualidade para um cenário de 
crescimento dentro da construção civil (SOUZA, 2015). 
Para a coleta dos resíduos de construção e demolição (RCD e RCC), para o 
transporte dos materiais e seu devido acondicionamento não levam em conta as consequências 
que o mau uso e o tratamento inadequado, uma vez que os resíduos sólidos possui uma grande 
potencial econômico e após reciclados podem ser fonte de renda ou encomia para o 
empreendimento que deve ser observado em toda a cadeia geradora de RCD e RCC, a 
produção e o descarte final são os que exigem maior cuidado ocasionando economia no uso 
de matérias primas surgindo os materiais provenientes do desperdício e das sobras do 
processo que passam a exigir maior cuidado com sua gestão ambiental (FERREIRA; 
CRUVINEL; COSTA, 2014). 
 
2.2 Coleta e seleção de materiais sólidos (RCD) 
Segundo Pinto (1999), visando dar um melhor destino aos materiais gerados no setor 
da construção civil RCD e RCC e evitando assim um problema dos municípios brasileiros na 
atualidade, houve por bem a importante necessidade de adotar uma política de 
conscientização coletiva e reciclagem de forma sustentável com a implantação de um plano de 
coleta e gerenciamento voltado para o setor da construção civil, no qual tem como os 
principais responsáveis aqueles que mais geram esses resíduos sólidos oriundos do mercado 
da construção civil. 
Para Oliveira (2015), com relação aos resíduos podemos dar um destaque para 
aqueles que no processo de seleção dos materiais apresentam melhores características, 
podemos citar a argamassa que pode ser reutilizadapor diversas vezes, na obra tão logo após 
seu peneiramento e misturado novamente a areia e ao cimento para um novo traço de 
qualidade para assentamento, revestimento e outros, substituindo os agregados naturais. A 
reciclagem no Brasil ainda é pouco explorada, uma vez que não possuímos cultura de 
reciclagem e tão pouco uma política voltada para reciclagem de resíduos oriundo de 
construção e demolição. As normas criadas recentemente vêm dando um incentivo a algumas 
empresas nos últimos anos, além de contribuir para conservação do meio ambiente, irá 
garantir regras mais claras no gerenciamento desse material e dando um destino correto aos 
RCD. 
A coleta dos resíduos oriundos do concreto, cerâmica, reboco e emboço, depois de 
separados serão passados por uma coluna de peneiras e distribuídos os grãos de acordo com a 
30 
 
norma em vigor que determina o seu limite máximo para as peneiras de 0,15 mm a 9,5 mm 
para agregado miúdo com Módulo de Finura – MF menor que 2,0 para areia muito fina, 2,0 < 
MF < 2,4 para areia fina, 2,4 < MF < 3,2 para areia média e MF > 3,2 para areia grossa e 
variando entre os limites máximos para as peneiras de 2,36 a 75 mm para agregado graúdo 
com desgaste por abrasão “Los Angeles” inferior a 50% em massa, todo o material sólido será 
proveniente de resíduo de construção e demolição(RCD) de modo que obedeça os requisitos 
da norma onde todo o material selecionado passará por um processo de seleção manual (fase 
de segregação) (ANGULO et al, 2013). 
Conforme a Resolução CONAMA Nº 307/2002, que define que todo o material 
proveniente de atividades de construção e demolição de obras no setor civis, assim como 
restos de obras, autoconstrução ou reformas pode ser considerado como resíduo de construção 
e demolição (RCD), e ainda os classificam como materiais de classe A, não deixando também 
de determinar a destinação final e correta dos RCC. Segundo Silva (2014), essa resolução 
estabelece diretrizes e critérios para a gestão e controle dos resíduos oriundos de obras, 
definindo a sua classificação quanto à sua origem, e a destinação adequada para esses resíduos 
de provenientes de construções (RCD) afim de que sejam reciclados ou reutilizados como 
agregados e aplicado na própria indústria da construção civil. (SILVA; MACIEL, 2014). 
O aprimoramento da destinação correta dos resíduos tem contribuído para uma 
seleção e separação desses resíduos cuja finalidade é reutiliza-los na própria obra, evitando 
assim gastos e trabalhos com o transporte de resíduos de construção para um local licenciado 
pela prefeitura, um grande volume e a deposição irregular nos grandes centros urbanos 
ocasionam transtornos à população local. A existência de legislação vigente visando 
contribuir para o aprimoramento dessa atividade com a definição e atribuição de 
responsabilidade do destino final para cada gerador de resíduos sólidos de construção civil 
(RIBEIRO; DIAS, 2013). 
Além da aplicação dos resíduos de construção e demolição (RCD) na própria 
construção civil eles também podem ser utilizados em outras atividades. Utilizaram-se os 
Resíduos gerados nas atividades de Construção Civil e Demolição Reciclados – RCD-R 
provenientes de concretos, argamassas e reboques (material cinza), que foram caracterizados 
inicialmente por fluorescência e difratometria de raios-X. O desempenho dos RCD-R cinza 
como corretivo de acidez foi avaliado pela produção de matéria seca da alfafa (Medicago 
sativa cv. Crioula) e pela medida dos atributos químicos do solo. Os resultados sugerem que 
os RCD-R cinza (origem de concretos) apresentam características interessantes para utilização 
como corretivos da acidez de solos (LASSO et al, 2013). 
31 
 
Segundo Veras (2012), para evitar a degradação ao meio ambiente devido a grande 
extração de recursos naturais que a indústria da construção civil necessita as autoridades de 
algumas cidades brasileiras adotaram politicas voltada para o controle de resíduos de 
construção (RCD e RCC), fazendo com que todos esses materiais sólidos que são descartados 
com as construções e demolições sejam reutilizados, evitando assim que sejam despejados 
sem controle no meio ambiente. 
À medida que consomem, em grandes quantidades esses recursos naturais, maior 
será a quantidade de energia utilizada para a sua extração, transporte, resultando em grande 
volume de resíduos nas diversas obras de reformas e demolição de edificações, necessitando, 
portanto de um importante o planejamento de estudo e criação de um projeto de viabilidade da 
reciclagem e reaproveitamento dos RCD e RCC, onde a demolição e reforma não dará origem 
a um novo problema para disposição do material, mas sim na utilização do material reciclado 
como material alternativo em novas obras de habitação (VERAS, 2012). 
Capaz de reutilizar quase todo resíduos sólido que produz, a indústria da construção 
civil utiliza-se de todo processo de coleta e seleção dos materiais para garantir que os resíduos 
tenha uma destinação correta e seja extraída o mínimo possível de recursos naturais do meio 
ambiente. Diferentemente de outros setores industriais que diminuem a utilização de suas 
matérias-primas, a indústria da construção civil não pode reduzir a quantidade dos materiais 
necessários para construção de uma obra, uma vez que a qualidade, a durabilidade e a 
segurança são primordiais na construção civil (JESUS et al, 2014). 
Por outro lado se faz necessário encontrar alternativas para a destinação dos resíduos 
gerados na própria obra, de modo que a reciclagem seja na própria obra ou em usinas 
implantadas para tal evitando gastos desnecessários com transporte destes. Entretanto a 
solução dos problemas ambientais deve partir das próprias empresas geradoras de resíduos 
sólidos por meio de seu Plano de Gerenciamento de obras e pelos engenheiros responsáveis 
(JESUS et al, 2014) 
É fato que o aumento dos resíduos sólido gerados no setor da construção civil 
aumentará fazendo com que as autoridades locais tomem providencias imediatas para coleta e 
destinação correta dos RCD e RCC, que representam uma boa parcela desses resíduos em 
torno de 61% desses resíduos, e que seriam despejados nas ruas ou aterros sanitários sem 
controle adequado, principalmente evitando aglomerações urbanas ou rurais de RCD e RCC, 
sem o devido critério ambiental, salientando de igual modo economia para as empresas 
envolvidas e reduzindo os custos na aquisição de agregados naturais (GUEDES; 
FERNANDES, 2013). 
32 
 
No entanto se o empreendimento seguir seu Plano de Gestão para reaproveitamento 
dos RCD e RCC poderá ao final da obra obter resultados significativos e satisfatórios com 
redução no desperdício em torno de 46%, mas para isso deverá obter uma segregação seletiva 
dos RCD e RCC de pelo menos 31% somado a algo próximo de 23% de reaproveitamento e 
reuso no momento da execução do empreendimento contribuindo para um desenvolvimento 
sustentável e com isso ganhando reconhecimento junto às autoridades fiscalizadoras e 
evitando novas explorações de agregados naturais (GUEDES; FERNANDES, 2013). 
 
2.3 Análise das características dos materiais 
Após o processo de coleta e separação dos resíduos, estes necessitam passar por um 
critério de estudo para definir suas características e estabelecendo-se uma relação entre a 
porosidade (absorção de água) e o teor dos agregados de RCD mistos, serão utilizados os 
resultados para calcular a absorção de água dos agregados, realizando uma ponderação entre a 
massa e a respectiva absorção de água de cada fase constituinte do agregado (SILVA; 
MACIEL, 2014). 
De posse dos resultados e com o objetivo de analisar por meio de ensaios 
tecnológicos a viabilidade de utilizar a técnica de reciclagem para fazer economia com RCD 
na aplicação de agregados reciclados em concretos, em proporções dosadas. Deverá ser 
realizada uma análise metodológica entre o concreto produzido com agregadonatural e 
reciclado. Os resultados devem indicar que agregados reciclados podem melhorar algumas 
propriedades do concreto como a resistência à compressão e durabilidade medida através da 
estimativa de sua vida útil (SILVA; MACIEL, 2014). 
De acordo com Brasileiro (2013), os estudos comprovam que os materiais residuais 
de construção e demolição são de qualidade e podem ser reaproveitados em diversos 
processos construtivos: fabricação de concreto, fabricação de pré-moldados (blocos, meio-fio, 
dentre outros), confecção de tijolos, calçadas, fabricação de argamassas de assentamento e 
revestimento, camadas de base e sub-base para pavimentação de cobertura primária de vias, 
camadas drenantes e etc. 
Pesquisadores, políticos, governos e a própria sociedade estão se voltando cada vez 
mais para esta realidade, buscando a redução da sua geração e visando o reaproveitamento no 
meio de legislações e de diversas aplicações principalmente na indústria da construção civil, 
que na forma de agregados reciclados de grande qualidade, grande responsável em promover 
o seu retorno à cadeia da produtiva da construção civil. Todo o processo de seleção do RCD 
deverá ser de forma manual onde deverá ser excluído dos RCD os materiais como: madeira, 
33 
 
plástico, ferragens e isopor, aproveitando-se apenas o composto básico formado por 
concretos, argamassas, brita, seixo rolado, cerâmicas vermelhas (telhas, tijolos e lajotas), 
cerâmicas de revestimento (pisos e azulejos), e granitos. (OLIVEIRA, 2015). 
As empresas voltadas para construção civil precisam ter um elaborado sistema no 
próprio canteiro de obras ou caso seja mais em conta contratar uma empresa especializada, 
uma vez que o material é muito heterogêneo e dificulta uma segregação correta. Para isso 
todo material gerados pelas indústrias da construção civil devem ter uma destinação correta e 
com separação desses resíduos, seguindo um Plano de Gestão de Resíduos Sólidos, de acordo 
com sua classe que é determinada pela Resolução CONAMA N° 307/2002 (OLIVEIRA, 
2015). 
Segundo Fukunishi, (2014), os resíduos sólidos de construção e demolição são os 
maiores prejudicadores do meio ambiente, produzido a vários e vários anos pela indústria da 
construção esses geram impactos alarmantes ao meio ambiente e em todo o ciclo natural da 
vida, sendo correto afirmar que seja qual for o tipo de resíduos este pode causar de algum 
modo pode ser prejudicial ao meio ambiente, entretanto se for aplicado à técnica básica de 
reciclagem e um descarte correto dos RCD e RCC baseado nas quantidades amenizará os 
efeitos ao meio ambiente. No entanto a grande preocupação por parte dos órgãos públicos é 
visível com a função de orientar o desenvolvimento de normas, programas, projetos e ações, 
entretanto ficam devendo quanto aos dados de geração de RCD e RCC. 
Visando minimizar os impactos ao meio ambiente com a extração sem controle de 
matéria prima e o despejo inadequado dos dejetos gerados na construção civil foi estabelecido 
a Resolução CONAMA nº 307/2002, onde deu ênfase para uma melhor destinação desses 
dejetos, estabelecendo padrões e procedimentos condizentes para a gestão de RCC por meio 
do Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil – PIGRCC (SANTOS 
et al, 2012). 
Após selecionados os agregados oriundo dos resíduos sólidos de construção e 
demolição, estes serão separados e serão submetidos a diversos testes e análise em 
laboratório, afim de determinar através de suas características a sua melhor reutilização na 
obra em substituição aos agregados naturais que compõem o concreto, tanto a brita quanto a 
areia, para e se é possível emprego em projetos estruturais, não ocorrendo aproveitando para 
concreto não estrutural e na confecção de argamassas de assentamento e de revestimento. 
Serão realizados ensaios em todos os agregados a fim de no final da análise podemos obter 
um concreto de boa qualidade e com o padrão de sua resistência mecânica de acordo com a 
norma. A realização de vários tipos de traços, até mesmo com a adição de agregados naturais 
34 
 
com o intuito de se obter um resultado satisfatório e de encontro com a norma em vigor, 
atingindo com isso índices equivalentes ao concreto convencional produzido nos canteiros de 
obras (NOGUEIRA, 2013). 
A obtenção de um concreto ou argamassa com matérias provenientes de agregados 
reciclados deve-se dar importância ao estudo preliminar de algumas características tais como: 
composição, teor de contaminantes, granulometria, teor de material pulverulento e capacidade 
de absorção de água, que podem influenciar diretamente na qualidade do concreto ou da 
argamassa. Em toda construção a granulometria e de muita importância, para os reciclados de 
resíduos sólidos não pode deixar de ser importante também, uma granulometria é de grande 
importante na determinação de argamassas ou concretos, pois influenciam diretamente na 
trabalhabilidade, resistência mecânica, consumo de aglomerantes, absorção de água, 
permeabilidade, etc. (VERAS, 2012). 
Quando fazemos a extração de matéria prima do meio ambiente podemos encontrar 
algumas dificuldades para obtenção de uma melhor qualidade do material, com os resíduos 
sólidos não poderia ser diferente com a excelência para que todos os integrantes dos setores 
da construção civil possam interpretar e entender toda o processo e aplicação dos materiais 
provenientes dessa segregação e analise de laboratório. Caso haja a necessidade de adotar 
medidas que posam combinar desenvolvimento sustentável de maneira efetiva e objetivo 
delineado pelos empreendimentos tornando um desafio a ser implementado e conquistado 
(GUEDES; FERNANDES, 2013). 
 
2.4 Aplicação dos Resíduos Recicláveis 
Dentre as várias possibilidades, a reciclagem de RCD pode ser aplicada para diversos 
fins, tais como: camadas de base e sub-base para pavimentação, coberturas primárias de vias, 
fabricação de argamassas de assentamento e revestimento, fabricação de concretos, fabricação 
de pré-moldados (blocos, meio-fio, dentre outros), camadas drenantes etc, Outras formas de 
utilização dos materiais oriundos da construção civil e também pelo grande volume produzido 
pela mesma uma política voltada para reciclagem seria uma alternativa para darmos destinos a 
milhares de metros cúbicos de entulhos que seriam despejados nas ruas dos grandes centros, 
onde essa produção de entrulhos são bem maiores devido ao desenvolvimento desses grandes 
centros (BRASILEIRO, 2013). 
Hoje a pavimentação de áreas residenciais, áreas urbanas, praças e até mesmo 
comerciais com material recicláveis que antes seriam despejados em aterros sanitários está 
tomando uma alternativa coerente. Sem dúvida se no país hoje não houvesse de certa forma 
35 
 
atrasado na implantação de novas e determinadas regras para a ampliação da reciclagem dos 
resíduos que são produzidos hoje pela indústria da construção civil e poder adotar uma 
política voltada para essa natureza de forma a diminuir à crescente exploração de jazidas para 
extração de agregados naturais juntamente com a redução de áreas destinadas a aterros 
(BRASILEIRO, 2013). 
 
2.4.1 Aplicabilidade na pavimentação 
Na pavimentação do tipo concreto asfáltico mais de 90% em peso do total da mistura 
corresponde à agregados de várias granulometrias. Como freio à crescente exploração de 
jazidas para extração de agregados naturais juntamente com a redução de áreas destinadas a 
aterros e à ampliação de técnicas de reciclagem de resíduos sólidos, diversos pesquisadores 
têm aplicado agregados reciclados na pavimentação asfáltica, com a finalidade de impulsionar 
o seu retorno à cadeia da construção civil (BRASILEIRO, 2013). 
Os Resíduos de Construção e Demolição(RCD) podem ser utilizados na reciclagem 
de agrados para utilização em pavimentação dos mais variados tipos. Na mistura com solo 
em bases, sub-bases e revestimentos primários de pavimentação emárea que não recebam 
carregamento exagerado. Para uma aplicabilidade dessa natureza são várias suas vantagens: 
um gasto não muito alto na utilização não precisando dispor alta tecnologia, economia de 
energia durante o processo de preparação do resíduos; maior utilização de resíduos oriundos 
de obras de pequeno porte e demolições que não reciclam seus resíduos no próprio canteiro de 
obras (LEITE, 2014). 
Segundo Zordan (2009) discorre sobre outras vantagens: A menor utilização de 
tecnologia e baixo custo operacional, a possibilidade de uso de todos minerais constituintes do 
RCD e a economia de energia de britagem do RCD. Um aspecto importante com a utilização 
de agregados de RCD de maneira correta no serviço de pavimentação de avenidas, ruas, 
rodovias e estradas contribuindo assim para uma boa qualidade de vida para população tanto 
com a redução de poeira quanto na limpeza do município onde foi realizada a aplicação 
(FARIAS, 2010). 
Outra importância do uso de materiais reciclados de RCD na pavimentação se reflete 
na redução de custo com transporte e manutenção veicular e em outros benefícios de difícil 
mensuração, como a integração social e o acesso garantido independente da estação do ano. 
Esses agregados de RCD podem ser utilizados também na recuperação de áreas degradadas, 
independentemente dos motivos que levaram à degradação, devido sua boa capacidade de 
compactação a grande diversidade presente nos componentes dos RCD (FARIAS, 2010). 
36 
 
2.4.2 Aplicabilidade como concreto não estrutural 
Alguns pesquisadores japoneses, citados por HANSEN (1992), e PIETERSEN e 
RAAY (1998) concordam que se até 30 % dos agregados naturais fossem substituídos por 
agregados reciclados e mesmo assim suas características e propriedades não haveria 
mudanças significativas nas propriedades dos concretos quando comparados a concretos 
convencionais. Porém, vale a pena mencionar que VRIES, citado por BAZUCO (1999), 
afirma que um baixo teor de substituição de agregados naturais por agregados reciclados não 
é suficiente do ponto de vista ambiental. 
Segundo Leite, (2014), os RCD reciclados podem garantir a substituição dos 
agregados naturais na confecção de concreto não estrutural, sem perder suas características, 
tornando-o mais econômica e de maneira geral contribui para sustentabilidade. Possui um 
desempenho de concorrência com o agregado natural tanto em preço como em qualidade. 
Porém, muita das vezes, os RCD reciclados são impedidos de serem utilizados sem função 
estrutural por conterem teores de argamassas, de contaminantes e de materiais pulverulentos. 
De acordo com estudos realizados os reciclados podem contribuir com um rendimento em 
torno de 20% na substituição dos agregados naturais utilizados no concreto estrutural e ou 
alvenaria por reciclados. 
Na utilização dos agregados reciclados de resíduos de construção e demolição (RCD) 
em blocos de concreto é uma solução economicamente interessante e com uma característica 
super-resistente. Dependendo da triagem realizada no RCD ou técnica de reciclagem 
utilizada, esses agregados reciclados passam a apresentar características bem distintas de 
composição e porosidade (de 3% a 20% de absorção de água), que podem ser 
compatibilizadas com os diferentes níveis de exigência mecânica em uso dos blocos 
(ÂNGULO, 2011). 
Blocos de concreto podem ser classificados em três classes de resistência 
característica (fbk) distintas (ABNT, 2014). Blocos classe C (fbk ≥ 3,0 MPa) são 
componentes sem função estrutural utilizados na execução na alvenaria de vedação, enquanto 
blocos classe A (fbk ≥ 8,0 MPa) e classe B (4,0 ≤ fbk 8,0 MPa) são componentes estruturais 
apropriados para a execução da alvenaria estrutural (ANGULO; FIGUEIREDO, 2011) 
A qualidade dos RCD reciclados é condição necessária para garantir a sua 
aplicabilidade, e durante todo o processo de segregação e em todas as etapas de analise em 
laboratório deve haver um acompanhamento minucioso dos estudos relativos às propriedades 
dos agregados reciclados e essencial importância para a confecção do concreto, pois deverá 
haver uma variabilidade das características dos agregados naturais (porosidade, mineralogia); 
37 
 
a procedência do resíduo sendo ele RCD e a etapa da obra que foi coletada pode afetar 
significativamente na qualidade dos agregados reciclados e gerados na própria obra. Para 
tanto a qualidade do concreto pode ser afetada pela falta de um estudo mais adequado da 
origem do resíduo e suas características (VERAS, 2012). 
 
2.4.3 Aplicabilidade como argamassa de assentamento 
Podemos ter inúmeras vantagens se utilizarmos os Resíduos de Construção e 
Demolição(RCD) como argamassas de assentamento de tijolos, blocos, chapisco ou 
revestimentos. Esses agregados provenientes da reciclagem dos RCD podem ser observados 
no próprio canteiro de obras, tais como: redução dos custos no transporte de agregados 
naturais, do consumo de cimento e ganho na resistência à compressão do material reciclado 
em relação às argamassas convencionais (LEITE, 2014). 
Segundo Veras (2012), os vazios existentes na argamassa podem ser preenchidos 
com a presença de partículas finas, até o limite recomendado pela norma, facilitando e com 
uma boa trabalhabilidade da areia pelo cimento, já o excesso dessas partículas na mistura do 
concreto poderá causar prejuízos às propriedades da argamassa, pois as mesmas envolvem as 
partículas do cimento. 
O volume de utilização de conglomerados minerais em obras, o desperdício inerente 
à forma de transporte e à técnica de aplicação de blocos de alvenaria e de argamassas, fez com 
que as empresas tomassem uma medida para combater o desperdício, chegando a conclusão 
que a reutilização de entulho para a produção de argamassas teria um retorno satisfatório. Isto 
por se tratar de material não estrutural e também por este procedimento gerar economia tanto 
no consumo de materiais (agregado), como nos gastos com "bota-fora". Indicando ainda que a 
diferença de custo por m3 desta argamassa em relação a uma mista tradicional é da ordem de 
42% mais barata (LEVY, 1997). 
Com a reutilização dos RCC no próprio canteiro de obras diminui-se a poluição do 
canteiro e dar um destino correto com um excelente gerenciamento dos resíduos. Dando 
ênfase a reutilização dos agregados para produção de argamassas produzidas com RCC tem 
um acréscimo na sua resistência, possivelmente aconteceram em função da maior absorção de 
água dos agregados reciclados, fazendo com que as argamassas produzidas com os RCC 
retenham mais água, propiciando com isso uma melhor hidratação dos grãos de cimento e a 
formação de uma quantidade superior de cristais hidratados (OLIVEIRA, 2015). 
 
 
38 
 
3 METODOLOGIA 
3.1 Procedimentos Metodológicos 
Para o desenvolvimento do trabalho, buscou-se o conhecimento necessário na leitura 
e compreensão de Normas para ensaios tecnológicos da ABNT, resoluções e estudos que 
abrangem a manipulação do RCD, sendo observado que na Europa já existe um mercado 
desenvolvido nesse segmento devido à escassez de recursos naturais em países da região. 
Segundo a resolução nº 307/2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(Conama), os resíduos da classe A podem ser reutilizados, trazendo vários benefícios tanto 
para sociedade como para o meio ambiente, tais como na substituição de materiais naturais 
para confecção do concreto convencional, na limpeza das cidades, dos rios, represas, terrenos 
baldios e no esgotamento sanitário. 
Verificou-se que na cidade de Teresina-PI, não há nenhuma empresa pública ou 
privada que disponha de alguma usina ou máquina de reciclagem de RCD. A resolução citada 
no parágrafo anterior criou diretrizes, critérios e procedimentos para uma boa gestão dos 
resíduos, dando uma maior atenção na destinação correta e disciplinando ações necessárias de 
forma a minimizar danos ao meio ambiente. Neste sentido, foi realizado os ensaios

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