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Resumo - Pre-natal

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1 G.O I | LUCAS SILVA 
Assistência Pré-Natal 
 
Conceitos Fundamentais 
Os programas de pré-natal devem incluir: 
• Cuidados pré-concepcionais 
• Diagnóstico precoce da gestação 
• Avaliação pré-natal inicial 
• Consultas de acompanhamento. 
• OMS → Recomenda pelo menos 6 
consultas, sendo 1 no 1º trimestre; 2 no 2º 
trimestre e 3 no 3º trimestre. 
• FEBRASGO → Recomenda consultas 
mensais até 28 semanas, quinzenais entre 
28 e 36 semanas e semanais até o parto. 
• Gestantes de alto risco deve ser avaliadas 
com maior frequência. 
 
Principais objetivos 
• Identificar gestantes com fatores de risco 
o Diabetes gestacional, hipertensão, 
prematuridade. 
• Prevenir transmissão vertical de infecções 
• Tratar doenças intercorrentes 
 
CONSULTA PRECONCEPCIONAL 
• Deve ocorrer pelo menos três meses antes 
da suspensão da anticoncepção. 
• A consulta deve incluir histórico 
ginecológico e obstétrico e uma anamnese 
detalhada de cada paciente. 
• Exames de rastreio devem ser realizados: 
o Hemograma, glicemia de jejum, VDRL, 
anti-HIV, HbsAg, Anti-Hbs, 
toxoplasmose, rubéola e TSH. 
o Identificar possíveis comorbidades que 
possam trazer complicações a 
gestação e parto. 
• O parceiro também deve ser submetido a 
uma investigação. 
 
DIAGNÓSTICO DA GESTAÇÃO 
• O diagnóstico precoce é importante pro 
início do pré-natal e pra determinação 
exata da idade gestacional (IG). 
• Dados clínicos: Sinais e sintomas 
o Atraso menstrual ou amenorreia 
secundária; náuseas e vômitos; 
polaciúria e nictúria; movimentos fetais; 
tubérculos de Montgomery; mastalgia. 
• Dados laboratoriais: Detecção da fração 
de β-hCG (β gonadotrofina coriônica 
humana). É produzido pelo trofoblasto 
após implantação. 
o Negativo: nível menor que 5 mUI/mL 
o Positivo: nível maior que 25 mUI/mL 
• Ultrassonografia: O saco gestacional é 
visível após 4-5 semanas de atraso 
menstrual. 
 
Primeira consulta 
• Deve apresentar na primeira consulta: 
o Anamnese detalhada, exame físico e 
exames complementares. 
o Condição de saúde da mãe e feto 
o Idade gestacional 
o Planejamento do pré-natal 
o Número de consultas pré-natal 
o Orientações gerais e expectativas 
• É importante o acompanhamento do 
parceiro durante todo o pré-natal. 
 
IDADE GESTACIONAL 
• Corresponde ao número de semanas 
desde o primeiro dia da DUM até a data 
estimada. 
• Cálculo → Somar o número de dias da 
DUM até a primeira consulta e dividir por 7. 
• Resultado = IG em semanas 
 
 
 
• Quando o resultado não der um valor 
exato, o número depois da vírgula será os 
dias → Na IG só é contado até 6 dias 
o Ex.: DUM foi no dia 20/05/2021 e a 
consulta no dia 14/11/2021. O total é 
178 dias, dividido por 7 = 25,4 → 25 
semanas e 4 dias. 
 
IG por DUM e USG, qual usar? 
• Utilizar a DUM, se: 
o IG por USG de até 8sem6d, com 
diferença entre DUM e USG de 5 dias. 
o USG de 9-13sem6d, com diferença de 
7 dias da DUM. 
o USG de 16-21sem6d, com diferença de 
até 10 dias da DUM. 
o USG de 22-27sem6d, com diferença de 
até 14 dias da DUM. 
o USG maior que 28sem e diferença de 
21 dias pra DUM. 
 
 
2 G.O I | LUCAS SILVA 
• Utilizar a USG, se: 
o A diferença entre a USG e a DUM for 
maior que 5 dias. 
o USG de 16-21sem6d, com diferença 
maior que 10 dias da DUM. 
o USG de 22-27sem6d, com diferença 
maior que 14 dias da DUM. 
o USG maior que 28 semanas com 
diferença maior que 21 dias da DUM. 
 
DATA PROVÁVEL DO PARTO 
• Calculada somando-se 7 dias ao dia da 
DUM e subtraindo-se 3 meses ao mês em 
que ocorreu a DUM. 
o Se a DUM for nos meses de janeiro, 
fevereiro ou março deve-se somar 9 
meses. 
• Ex.: DUM em 13/09/04 
o 13+7 = 20; 9-3 = 6 → DPP: 20/06/05 
 
• Ex.: DUM em 10/02/04 
o 10+7 = 17; 2+9 = 11 → DPP: 17/11/04 
 
• Ex.: DUM em 27/01/04 
o 27+7 = 34-31 = 3 → Quando passa de 
30/31 dias (a depender do mês), deve-
se subtrair o valor com a quantidade de 
dias que tem aquele mês. 
o 1+9 = 10+1 = 11 → Quando viramos um 
mês nos dias, deve-se somar 1 no mês. 
o DPP: 03/11/04 
 
Pré-Natal Odontológico 
• Deve ser encaminhada para um dentista 
para realizar acompanhamento no pré-
natal → Infecção dental pode induzir um 
parto prematuro. 
 
Anamnese Pré-natal 
• Identificação 
• Antecedentes pessoais 
• Antecedentes familiares 
• Antecedentes ginecológicos 
o DUM 
o DPP 
o Sinais e sintomas 
• Antecedentes obstétricos 
o História obstétrica atual e pregressa 
o G_P_A_C_ → Detalhar aborto, 
natimorto, cesárea. 
• Gestantes africanas estão mais propensas 
a desenvolver pré0eclâmpsia. 
 
Exame Físico Obstétrico 
• Resumo de Propedêutica ginecológica e 
obstétrica. 
 
Exames Complementares 
PRIMEIRO TRIMESTRE: 
• Tipagem sanguínea e fator Rh → 
Identificar possível incompatibilidade. 
o Gestante Rh-negativa ou não se sabe 
o Rh dos parceiros: Solicitar Coombs 
indireto (dosagem de anti-D). 
✓ Se coombs negativo: repetir 
mensalmente a partir da 24ª 
semana. 
✓ Se coombs positivo: encaminhar 
para pré-natal de alto risco. 
 
• Hemograma completo → Avaliar níveis 
de hemoglobina (Hb) e hematócrito (Ht). 
o Hb < 11 ou Ht < 33% → Anemia. 
o Hb < 10,5 e Ht < 32% → Anemia no 
terceiro trimestre. 
 
• Sorologia para sífilis (VDRL/FTA-Abs) 
o VDRL na primeira consulta e repetir no 
terceiro trimestre. 
o Se VDRL positivo → Solicitar FTA-Abs 
para confirmar e descartar falso-
positivo. 
 
• Sorologia para toxoplasmose (IgG/M) 
o Na ausência de IgG e IgM no primeiro 
exame → Repetir no 2º e 3º trimestre. 
o IgG-positivo e IgM-negativo → Imune 
e só repete se for imunodeprimida. 
o IgM-positivo e IgG-positivo → 
Solicitar teste de avidez. 
✓ Alta avidez = Indica infecção 
antiga, exclui infecção recente. Não 
precisa tratar. 
✓ Baixa avidez = Indica infecção 
aguda e precisa tratar. 
 
• Sorologia para HepB 
o Se a gestante for negativa e o anti-
HBs for não reagente → Imunizar 
antes ou durante a gestação. 
o Se o anti-HBs for reagente → 
Gestante imunizada. 
o Se gestante for positiva com HBsAg 
reagente → Risco de infecção do RN 
no parto. Garantir imunoprofilaxia. 
 
 
 
3 G.O I | LUCAS SILVA 
• Sorologia para HepC → Reservado para 
gestante de risco (HIV). 
 
• Sorologia para rubéola (IgG e IgM) 
o Se negativo → Vacinar no puerpério. 
o IgM-positivo → Medicina fetal. 
 
• Sorologia para HIV 1 e 2 → Tratar 
paciente, garantir diminuição da carga viral 
e investigar parceiro. 
o Negativo → Repetir no 3º trimestre e 
na internação hospitalar. 
o Positivo → Aconselhamento e 
tratamento. 
 
• Glicemia de jejum 
o Normal: < 92 
o DMG: 92-125 
o DM1ou2: >125 
 
 
 
• Investigação de TSH → Rastreio de 
tireoideopatias. 
• Sumário de urina e urocultura com 
antibiograma → Identificar presença de 
bactérias assintomáticas. 
• Parasitológico de fezes 
• Cultura de secreção vaginal 
• Citologia oncótica 
• USG transvaginal → Idade gestacional. 
• USG morfológica no primeiro trimestre 
e Risco de PE 
o 1º trimestre → Triagem de 
cromossomopatias. Avaliar osso nasal, 
transluscência nucal e ducto venoso. 
o 2º trimestre → Avaliar malformações. 
o 3º trimestre → Crescimento fetal, 
líquido amniótico e placenta. 
 
 
 
 
 
SEGUNDO TRIMESTRE 
• Repetir → Hemograma, sorologias (sífilis 
e toxo), EAS e Urocultura com 
antibiograma. 
• TOTG 75g → Realizado em pacientes com 
GJ < 92. 
 
 
 
• USG morfológica 2T → 20-24 semanas 
• Ecocardiograma fetal → 24-26 semanas. 
No SUS só realiza se a mãe for cardiopata 
ou história de RN cardiopata. 
 
TERCEIRO TRIMESTRE 
• Repetir → Hemograma, sorologias 
(todas), EAS e Urocultura com 
antibiograma. 
• USG após 34 semanas 
• Pesquisa de colonização vaginal e 
perianal por Streptococcus → 35 – 37 
semanas para profilaxia no parto. 
 
Nutrição 
• Reduz a morbimortalidade materno-infantil 
o Ganho médio: 12,5 Kg 
o Obesas: 9,1 Kg 
• Ganho de peso no 1º trimestre varia de 0,5 
a 2 Kg. 
• A mãe ganha em média 400g por semana, 
no 2º e 3º trimestre. 
• Baixo ganho de peso → Restrição de 
crescimento intrauterino e prematuridade.• Alto ganho de peso → Macrossomia fetal 
e cesariana. 
 
 
 
 
4 G.O I | LUCAS SILVA 
SUPLEMENTOS E VITAMINAS 
• Vitaminas com risco potencial para o feto 
são → A, B6, C e D. 
• Ácido fólico → Iniciar pelo menos 3 
meses antes da gestação e até os 2-3 
primeiros meses. Completar 12 semanas. 
o Dose: 4mg/dia 
• Ferro → Iniciar com 16 semanas e 
suplementar até 8 semanas após parto. 
o Dose: 30 a 40 mg/dia 
o Se anemia ferropriva: 40 a 120 mg/dia. 
• Cálcio → Para gestantes que não 
consomem leite ou com risco de HAS. 
o Dose: 600mg/dia 
• Vitamina B12 e D → Se veganas 
• Vitamina B6 → Em caso de gestantes que 
não se alimentam adequadamente como 
usuárias de drogas, adolescentes ou 
gestação múltiplas. 
 
Vacinação 
• Seguras e de rotina: 
o dT → Difteria e Tétano. 
✓ Incompleta com 2 doses: DTPa 
após 20 semanas. 
✓ Desconhecido: 2 doses de dT e 2 
dose de dTPa após 20 semanas, 
com intervalo de 30 dias entre elas. 
o dTPa → Difteria, tétano e coqueluche 
✓ 3 doses completas: dTPa após 20 
semanas. 
✓ Doses incompletas: 1 dose dT e 
DTPa após 20 semanas, com 
intervalo de 30 dias entre elas. 
o Hepatite B 
✓ Cartão vacinal incompleto ou 
desconhecido deve-se completar o 
esquema de 3 doses: 0-1-6 meses 
o Influenza → Reforço anual. 
• Situações especiais: 
o Hepatite A 
o BCG 
o Pneumo/meningococo 
o Raiva 
• Contraindicadas: 
o Sarampo 
o Rubéola 
o Caxumba 
o Varicela 
o Febre amarela → Avaliar risco e 
benefício 
 
 
Principais queixas 
• Náuseas e vômito: até as 16 semanas 
• Lombalgia 
• Varizes 
• Doenças hemorroidária 
• Pirose 
• Sialorreia 
• Constipação intestinal 
• Fadiga e sonolência 
• Cefaleia 
• Leucorreia 
• Candidíase vaginal 
 
Particularidades 
• Atividade física → Tomar cuidado com 
quedas e acidentes no abdome. 
• Trabalho → Reduzir trabalhos com 
esforço físico e em pé. 
• Atividade sexual → O sêmen pode 
aumentar exposição a agentes infecciosos 
e pode estimular o parto. Não é 
contraindicado em gestações sem risco. 
• Carros → Utilizar cinto de 3 pontos. Evitar 
dirigir após 36 semanas. 
• Viagens → Pode haver complicações 
clínicas e obstétricas nos voos. 
• Manter hidratação adequada 
• Cosméticos → Evitar produtos de cabelo 
que contenham amônia, chumbo ou outros 
metais pesados. Tomar cuidado com 
agentes teratogênicos (consultar médico). 
 
Aleitamento 
• Incentivar o aleitamento materno exclusivo 
até 6 meses de vida. 
• Orientar sobre pega 
• Exame físico das mamas

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