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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB 
FACULDADE UNB PLANALTINA – FUP 
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO - LEDOC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTRIBUIÇÕES DA FEIRA DE CIÊNCIAS REALIZADA 
NO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA MUNICIPAL 
CANABRAVA 
 
 
 
 
 
 
 
Wanderson Pereira Magalhães 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANALTINA - DF 
 2018 
 
 
 
WANDERSOM PEREIRA MAGALHÃES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTRIBUIÇÕES DA FEIRA DE CIÊNCIAS REALIZADA 
NO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA MUNICIPAL 
CANABRAVA 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Curso 
de Licenciatura em Educação do 
Campo, da Universidade de Brasília, 
como requisito parcial para a 
obtenção do título de Licenciado em 
Educação do Campo, com 
habilitação nas Áreas de Ciências da 
Natureza e Matemática. 
 
Orientadora: Profª. Drª. Priscilla 
Coppola de Souza Rodrigues 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANALTINA - DF 
 2018
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
À Deus, por ter concedido a graça de vencer mais uma etapa de minha vida, 
e por proporcionar momentos de sucesso durante minha caminhada. 
Aos meus pais, pelo incentivo que recebi deles em permanecer na 
universidade. À minha família, especialmente a esposa Jaqueline, na compreensão 
pelas minhas ausências, pelo incentivo e apoio desde o início, bem como o meu filho 
Yuri Gabriel. 
 A Escola Municipal Canabrava pelo apoio. 
A todos os professores, colaboradores e equipe da LEdoC, pelo carinho e 
dedicação, tendo contribuído de forma decisiva na conclusão do curso, mesmo sob 
severas dificuldades. 
À direção da FUP. 
Por fim, não me esqueceria da minha orientadora, Priscilla Coppola, que foi 
extremamente preocupada para que pudesse desenvolver um bom trabalho. 
Aos colegas da turma (07) Margarida Alves. 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 
O presente trabalho busca a realização de Feiras de Ciências no calendário escolar da 
Escola Municipal Rural Canabrava, como proposta de metodologia no ensino de 
Ciências, com a perspectiva voltada para sensibilizar, conscientizar e ensinar práticas 
à comunidade de como utilizar e preservar corretamente os recursos hídricos. Com o 
apoio da comunidade escolar, a pesquisa foi desenvolvida com a participação e 
engajamento dos educandos e da comunidade escolar, tanto nas aulas práticas e 
expositivas, quanto nas oficinas e no desenvolvimento dos experimentos. Como 
ferramenta para analisar o trabalho desenvolvido, houve aplicação de questionários 
semiestruturados à um grupo de educandos da comunidade escolar antes e após a Feira 
de Ciências. No início do processo, foi observada grande fragilidade dos educandos 
com relação ao conhecimento do tema “Água”, e sua relação com o ensino de 
Ciências. Porém, a aplicação da metodologia e explanações percebeu-se que os 
educandos envolvidos poderão desempenhar um papel social diferenciado na 
comunidade. 
 
 
Palavras chave: Feira de Ciências. Educação do Campo. Recursos Hídricos. 
 
 
 
 
RESUMEN 
 
 
En el presente trabajo se busca la realización de Feria de Ciencias en el calendario escolar de 
la Escuela Municipal Rural Canabrava, como propuesta de melodología, en el marco de la 
Feria de las Ciencias en el calendario escolar de la Escuela Municipal Rural Canabrava, como 
propuesta de melodología en la enseñanza de las ciencias, con la perspectiva volcada para 
sensibilizar, concientizar y enseñar prácticas a la comunidad de cómo utilizar y 
correlacionando los recursos hídricos. Con el apoyo de la comunidad escolar, la investigación 
fue desarrollada con la participación y compromiso de los educandos y de la comunidad 
escolar, tanto en las clases prácticas y expositivas como en los talleres y en el desarrollo de 
los experimentos. Como herramienta para analizar el trabajo desarrollado, hubo aplicación de 
cuestionarios semiestructurados a un grupo de educandos de la comunidad escolar antes y 
después de la Feria de Ciencias. En el início del proceso, se observó gran fragilidad de los 
educandos con relación al conocimiento del tema "Agua, y su relación con la enseñanza de 
las ciencias, pero la aplicación de la metodología y preservar explicaciones se percibió que 
los educandos involucrados cumplir un papel social diferenciado en la comunidade. 
 
Palabras clave: Feria de ciências. Educación del Campo. Recursos Hídricos. 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1. Introdução ................................................................................................07 
2. Referencial Teórico ..................................................................................09 
2.1 Educação do Campo .......................................................................09 
2.2 Feira de Ciências.................................................................................12 
3. Metodologia .............................................................................................14 
4. Resultados e Discussão ......................................................................16 
5. Considerações Finais ..............................................................................23 
6. Referências Bibliográficas ......................................................................24 
7. Apêndices .................................................................................................26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
A comunidade Canabrava está localizada a 100 km de distância da sede do 
município de Flores de Goiás-GO, onde situa a Escola Municipal Canabrava, que possui o 
ensino fundamental I e II, e também atende o ensino médio, através de uma extensão do 
Colégio Júlio Cesar Teodoro, tendo sua sede na cidade de Flores de Goiás, contando com um 
quadro composto por quatro professores. 
A comunidade escolar não tem acesso à água tratada, para suprir as necessidades, 
como paliativo, utiliza-se um poço artesiano. Essa água não é adequada para o consumo 
humano, devido às formações rochosas da região, essa água não é insípida, sendo, 
portanto salobra, podendo causar problemas de saúde a quem utiliza. Por se tratar de uma 
água inadequada parar o consumo, a comunidade escolar utiliza métodos diferentes entre 
os educandos, que uns trazerem de casa uma garrafinha com agua para seu próprio 
consumo, e o mais comum é buscar agua na casa de um vizinho próximo, que tem em sua 
propriedade uma rede de agua encanada de uma mina que vem da serra. 
A prática do agronegócio na região tem ameaçado o desempenho dos três rios que 
banham a comunidade, são eles: Canabrava, Bonifácio e Santa Maria. Essas práticas de 
monocultura utilizam de forma desenfreada, esses recursos hídricos para irrigação da lavoura, 
comprometendo a subsistência dos agricultores familiares e de suas famílias. Para Boff 
(1999), o que nós precisamos é superar a ditadura do modo- de-ser-trabalho-produção-
denominação. Ela nos mantém reféns de uma lógica que se mostra destrutiva da Terra e de 
seus recursos. Faz-se necessário buscar outras alternativas, para resguardar o patrimônio 
ambiental da região. O agronegócio se firma como a fusão severa de exclusão social, adjetivo 
não apropriado com a imagem de modernidade e desenvolvimento do mundo rural brasileiro 
que se tentar imprimir. Enfatizamos que a realização da Feira de Ciências na mesma é de 
grande apelo sociocultural, pois, busca contrapor a realidade vivida pelas escolas rurais, que 
é a reprodução da escola urbana com seu objetivo principal, o de excluir e subordinar. 
O município faz parte da bacia hidrográfica Tocantins-Araguaia. Na comunidade 
Canabrava existem outras fontes de água, sendo elas, o rio Bonifácio, o rio Canabrava e o 
rio Santa Maria, porém essas fontes de recursos hídricos e seus mananciais estão cada vez 
mais escassos devido ao uso indiscriminado do latifúndioe as dimensões criminosas do 
agronegócio. 
Durante o estágio obrigatório na Escola, foi identificada essa problemática, então 
surgiu a ideia de trabalhar a questão da gestão de recursos hídricos, que abastece essa Unidade 
Escolar. Partindo desse pressuposto, identificou- se como a água é utilizada pela comunidade 
escolar, quais os aspectos, as transformações que ocorreram no meio ambiente desde a 
 
8 
 
 
implantação da comunidade até sua atualidade. 
A feira de ciências, foi idealizada para a instituição de ensino, com o propósito 
de apresentar novos meios de apropriação do conhecimento, sendo que os educandos 
desta instituição, nunca haviam participado de um evento desta importância, em que 
eles pudessem ser os protagonistas, de fatos que acontecem na comunidade onde eles 
vivem. 
 Diante desse quadro exposto acima essa pesquisa tem como objetivos: 
 Introduzir a realização de Feiras de Ciências, no calendário escolar, como 
proposta de metodologia no ensino de Ciências, com a perspectiva voltada para 
conscientização e prática da comunidade, quanto à utilização dos recursos 
hídricos. 
 Identificar como a água é usada na comunidade e quais os ações contribuem 
para a escassez desse recurso. 
 Resgatar a realização da feira de ciências, com demonstração de 
experimentos científicos com o tema água, na Escola Municipal Canabrava. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO 
 
 
2.1 EDUCAÇÃO DO CAMPO 
 
Segundo Caldart (2012), o surgimento do conceito Educação do Campo é datado em 
julho de 1998, por ocasião da I Conferência Nacional por uma Educação Básica do Campo, 
evento sediado em Luziânia, Goiás. Desde então, muitas lutas e conquistas permeiam sua 
trajetória. O projeto Político pedagógico da Educação do Campo visa, a criação de um novo 
modo de fazer escola, de maneira seja excitada, o processo de transformação desde as 
circunstâncias sociais onde se encontram os indivíduos envolvidos nesse processo. É pautado 
num contexto bilateral, onde busca desenvolver todas as divisões do ser humano de modo 
relacional e tendo como base o princípio educativo do trabalho que forma e transforma as 
pessoas em direção à apropriação à ciência do conhecimento, pertencimento e do aprendizado 
de suas relações sociais. A Educação do Campo tem uma dialética diferenciada da pedagogia 
do capital, ela valoriza as práticas de realidades e identidades diferentes, mas que se conectam 
pelo projeto político de classe comum. A população mundial, vem crescendo de forma 
significativa nos últimos anos, enquanto que, seus costumes e cultura para com a 
preservação ambiental não progrediram. As fontes de recursos naturais não 
renováveis estão cada dia mais escassas, esse conjunto de fatores geram conflitos 
sociais de grande proporção, colocando as futuras gerações a mercê de um futuro 
duvidoso, no que se refere aos recursos sustentáveis. As principais necessidades 
sociais como a educação, saúde e bem estar, estão estreitamente relacionadas com a 
água potável e a higiene. A educação é essencial na obtenção de igualdade de 
oportunidades. Contudo, as crianças são impossibilitadas de ter um bom rendimento 
escolar, quando são afetadas pela falta de acesso à água, de qualidade e imprópria ao 
consumo humano, essa constante interfere plenamente no direito à educação 
(GUIMARÃES, 2007). 
Segundo Arroyo (2012), o reconhecimento da diversidade fortalece os 
princípios em que se assenta a construção teórica da Educação do Campo. Nesse 
sentido a Educação do Campo, abrange um projeto educacional grandioso e por 
isso não se restringe a educação escolar, é muito mais amplo. Mas é tarefa dessa 
pedagogia, é pensar e ir experimentando uma escola do campo, para o campo que 
inteire os esforços e construções do desenvolvimento e consequentemente da 
autonomia dos povos do Campo. 
A Educação do Campo contrapõe projetos que reduzam os horizontes de 
 
10 
 
 
formação da juventude e os impedem de ter uma trajetória com atividade criativa. 
Ainda citando Caldart (2012), a realidade que produz a Educação do Campo não é 
nova, mas ela inaugura uma forma de fazer seu enfrentamento. Ao afirmar a luta por 
políticas públicas que garantam o direito à educação, especialmente à escola, e a uma 
educação que seja no e do campo. A Educação do Campo é baseada na resistência à 
hegemonia do capital e para que toda essa luta de classes tenha resultado positivo é 
preciso que as comunidades do campo se unifiquem se fortaleçam, se em poderem 
de seus direitos como cidadãos, e tenha em mãos elementos básicos de justiça social, 
que os levem a permanecer no campo com dignidade. Esse projeto de Educação, 
forma pessoas para entender que a terra, a água, o conhecimento não podem ser 
propriedade privada, e sim que esses recursos são patrimônio da humanidade. Ela 
tem como princípio, desenvolver todas as dimensões do ser humano, intelectual, 
física afetiva e educar o sentidos, portanto nós não queremos uma Educação que 
deforme os sentidos humanos. Para Arroyo (2012) são nessas lutas pelo 
reconhecimento da diversidade que são enriquecidas a compreensão do humano e 
as teorias e projetos de formação humana são fortalecidos. Esses entraves, devem 
ser assumidos coletivamente, tanto pelos intelectuais da Educação do Campo, 
perpassando pela classe trabalhadora, pelos educadores e educadoras que lutam 
por uma educação emancipadora e pelos movimentos sociais do campo, pelos 
sujeitos que nele se insere e pela sociedade. 
Pensar em transformação da escola é pensar em questões como, o processo 
de exclusão da classe trabalhadora, que vem se constituindo nas relações sociais, 
pensar na disputa dos modelos de produção do campo, pensar nas relações de 
poder, na cultura, na exclusão dos povos trabalhadores das políticas públicas, 
pensar na soberania alimentar, no meio ambiente, nos processos formativos, enfim, 
em tudo que se baseia a sociedade. Para Molina e Sá (2012) existem questões que 
devem ser alteradas na escola do campo, pois necessita de compreender, que não 
deve ser pensada na transformação da escola sem compreender nas relações de 
poder dentro da escola, na organização do trabalho pedagógico e na revisão do 
projeto de formação do ser humano que permeia essas finalidades. 
Segundo Ribeiro (2013), o latifúndio visa preparar as populações rurais para 
o processo de subordinação ao modo da produção e necessidade do capital, 
combinando exclusão do direito à terra e formação de mão de obra que atenda às 
suas crescentes demandas. Tal afirmação é fundamentada quando a formação dos 
 
11 
 
 
beneficiários da educação do campo não acolhem os saberes necessários para sua 
permanência no minifúndio e mesmo sem atender essa principal utilidade a 
permanência de escolas rurais são refutadas pelo poder público. Por esse modo, se 
faz necessário projetos elaborados conjuntamente com os agricultores e que possam 
suprir suas necessidades. Isso é sentido quando das discussões para que haja 
valorização do profissional da educação do campo e a permanência de escolas 
rurais são refutadas pelo poder público. A valorização da educação do campo, 
pensando para os sujeitos que tem identidade própria e necessidade de formação e 
aplicação de projetos que deem sentido às suas demandas sociais, culturais e 
humanas.
 
12 
 
 
 
2.2 FEIRA DE CIÊNCIAS 
 
 
Barcelos (2010) destacam que as feiras de ciências são eventos 
institucionais, e que com isso, implicam a mobilização de muitas pessoas da 
comunidade escolar e de outros espaços para sua realização. Como qualquer outra 
atividade de ensino- aprendizagem que envolva criatividade e investigação na 
busca de soluções para um problema, há a necessidade da realização de projetos e 
de interações entre todos os participantes (estudantes, professores, coordenadores 
e escola), visto que, umevento dessa natureza depende de uma série de medidas e 
providências que devem ser pré- programadas. 
Para Corsini e Araújo (2007) a produção e construção de uma feira de ciência, 
exige uma preparação intensa para que a partir dela os pesquisadores tenham 
conhecimento do que está passando para seus ouvinte. Dessa forma, a exposição em 
uma Feira de Ciências poderia contribuir para o desenvolvimento cognitivo, servindo 
como complemento do ensino formal. Na escola os professores poderiam rever o 
conteúdo inicialmente abordado em exposições, vinculando o ensino formal com o 
não formal o que resultaria em avanços, para a comunidade escola trazendo para os 
educando um leque maior de conhecimento. 
Segundo Quadros (2004) trazer a importância do estudo de química com a 
hipótese de que o pensamento químico se constitua pela reflexão sobre o mundo 
material. os eixos temáticos têm sido propostos como tentativa de que, ao refletir 
sobre as coisas do meio, tais como ar, água, planta e outros que tenham relação com 
a meio onde aluno está inserido. Com isso o aluno percebe que o que está estudado, 
não está desligado da sua vida na comunidade despertando mais interesse na matéria, 
sendo que está tratando de uma questão que ele próprio está vivenciando na sua 
comunidade. 
A água é um recurso fundamental para a existência da vida, tudo que existe 
de bem da natureza está relacionado ao uso da água, ela constitui o bem da natureza 
que deveria ser tratado com todo o zelo, porém não é isso que acontece. Foi na água 
que a vida floresceu, e seria difícil imaginar a existência de qualquer forma de vida na 
ausência deste recurso vital (GRASSI, 2001). 
 
13 
 
 
Para Barros (SD) a despeito dos problemas apontados para pesquisa, a 
realização das feiras de ciências, mostras culturais e outros eventos similares geram um 
grande movimento na escola, pois colocam os estudantes em contato direto com a 
comunidade escolar e também de seu entorno, possibilitando que haja divulgação dos 
trabalhos desenvolvidos pelos estudantes, onde abre espaço para, que os pais e 
responsáveis possa participar diretamente na formação dos educandos. 
Segundo Vasconcelos (2015) estes eventos permitem explorar aspectos mais 
abrangentes na formação dos estudantes, pois são momentos onde os estudantes são 
protagonistas da sua própria formação, pois mostram a ciência como um processo 
contínuo e não como um produto pronto e acabado, além de estimular a investigação e a 
solução de problemas, de maneira interdisciplinar e contextualizada. 
Para Bacci e Pataca (2008) na sociedade em que vivemos, a água passou a ser 
vista como recurso hídrico e não mais como um bem natural, é fácil ver o porquê a agua 
passou a ser vista como um recurso hídrico diante dos acontecimentos. Passamos a 
usá-la indiscriminadamente, encontrando sempre novos usos, sem avaliar as 
consequências ambientais em relação à quantidade e qualidade da água. Para Bacci e 
Pataca (2008) a decisão de abordar a educação para a água, levando para a realidade 
dos educando como tema gerador para ser abordado a partir dessas dimensões se dá 
pelo fato de que sem eles não é possível enfrentar a fragmentação do conhecimento 
que predomina no ambiente escolar, impedindo a análise integrada de problemas 
reais, dificultando a relação de conceitos, procedimentos e atitudes nas diferentes 
disciplinas. 
Para Ferreira e Aoki (2016) foi em decorrência do grande crescimento da 
produção industrial e suas transformações, a partir século XIX, que começou a se 
tornar visível as primeiras consequências da nova forma de relação entre homem e 
natureza. Nesse período, o homem sente necessidade de crescimento e começa a 
perder o respeito pela natureza, essas transformações indicavam um processo de 
deterioração provocado no meio ambiente pelo homem. 
Segundo Ferreira e Aoki (2016) na atualidade, após pouco mais de dois séculos, 
a grande expansão econômica, como o crescimento da agropecuária e do crescimento 
das empresas, impulsionada pelas forças produtivas capitalistas, resultou em uma grande 
quantidade de problemas ambientais, sendo que para que houvesse tamanho crescimento 
a devastação ambiental e muito se tornou a única forma de crescimento em todos os 
sentido, e as sociedades humanas atingiram um limite crítico na sua relação com o 
 
14 
 
 
ambiente, ao comprometer não só a sobrevivência da natureza, como também a própria 
existência enquanto espécie. 
Para Ribeiro (2011), as áreas de preservação permanente por imposição da 
legislação vigente hoje, no Estado brasileiro, abrangem espaços territoriais e bens de 
interesse nacional especialmente protegidos, sendo, muitas vezes violado pelo o ser 
humano que muitas vezes não respeita as posições legais impostas por leis, onde 
muitas vezes era pra existir um uma reserva coberta ou não por vegetação, com a 
função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade 
geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar 
o bem-estar das populações humanas. 
Dessa forma, consideramos que devemos, como educadores, utilizar em sala de 
aula ferramentas que proporcione a desmistificação da ciência, evitando visões 
simplista como se a ciência fosse detentora da verdade absoluta e inquestionável ou, 
ainda, que o conhecimento seja algo pronto e acabado e que por isso deva ser 
memorizado pelo aluno e não para o aluno. Neste contexto, a feira de ciências, pode se 
configurar como espaço de elaboração (re) construções, discurso e socialização de 
conhecimento (FARIAS, 2006). 
 
3. METODOLOGIA 
 
A abordagem metodológica deste trabalho adotou a pesquisa-qualitativa, 
(LÜDKE; ANDRÉ, 1986) que foi realizada durante o último estágio do curso de 
Licenciatura em Educação do Campo (LEdoC). 
 Para LUDKE(1986) os focos de observação nas abordagem qualitativas de pesquisa 
são determinada basicamente pelo propósito específico do estudo que por sua vez derivam de um 
quadro teórico geral, traçado pelo pesquisador. 
A feira de ciência foi realizada no dia 30 de outubro de 2017 na Escola Municipal 
Canabrava com a turma do 7º ano do Ensino Fundamental II, foi construído a partir, de 
uma série de estudo e pesquisa para melhor compreensão da problemática, sendo que a 
partir da pesquisa e das aulas de confecção dos experimentos, ocorreu um entendimento 
maior do que estava acontecendo na comunidade, quais os fatos que estavam 
ocasionado o desabastecimento e falta da água no período de estiagem na 
comunidade. 
 
15 
 
 
Todo o trabalho foi planejado, e antes de ser aplicado foi apresentado à 
professora titular da turma para que ela fizesse suas sugestões e possíveis ajustes. 
A pesquisa que foi realizada no 7º ano do ensino fundamental, envolveu 
diretamente dez educandos, da Escola Municipal Canabrava, observando que todos os 
estudantes são da comunidade e vivem o mesmo dilema em relação ao problema de 
abastecimento de água na escola e na comunidade. 
No processo de preparação e realização da feira de ciências, foram reservadas 
dez aulas de 50 minutos cada, distribuídas da seguinte forma: duas aulas para 
apresentação e explicação dos conteúdos e do planejamento que seria desenvolvido na 
feira; outras duas aulas para pesquisa e realização de alguns experimentos que foram 
apresentados, sendo que nestas duas aulas inclui-se a saída de campo para coleta de 
dados para a feira; em uma outra aula os educandos responderam ao primeiro 
questionário; uma outra aula foi reservada para construção das maquetes; duas aulas 
destinadas a apresentação dos experimentos e resultados das pesquisas e a última aula 
reservada para os educandos responderem o segundo questionário. 
 
 
 
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 
Experimento Rio 
Bonifácio 
Experimento Rio 
Canabrava 
Experimento Rio Santa 
Maria 
 Este grupo desenvolveu um 
experimento em que pudesse 
representaruma nascente em 
uma realidade próxima a que se 
encontra o Rio Bonifácio. 
Demostrando assim uma 
nascente devastada com pouca 
arvore, assoreada. Para essa 
demonstração foi utilizado 
garrafa pete, cascalho e argila 
seca, uma mangueira 
transparente, e uma garrafa 
descartável com água para 
produzir um olho da água o 
mais próximo possível. 
Este grupo desenvolveu um 
experimento onde foi 
possível, demostrar a 
nascente por meio de um 
experimento bem próximo a 
realidade, com a nascente do 
rio Canabrava. Demostrando 
assim uma nascente onde e 
composta por três olhos da 
água, e todas está envolvida 
por uma grande aria de 
lavoura onde e pulverizada 
um grande volume de 
veneno, e que está também 
assoreada. Para esse 
experimento foi utilizado 
litros descartável, mangueias 
transparente, cascalho e foi 
feito também uma maquete 
para demostra a aria 
devastada. 
Este terceiro grupo, montou um 
experimento demostrando uma 
nascente, onde ainda está 
preservada pois se encontra em 
um bom estado, onde existe 
uma variedade considerável de 
arvore nas proximidade. Para 
esse experimento foi utilizado, 
também garrafas descartáveis e 
uma maquete demostrando o 
estado da nascente. 
 
16 
 
 
 
A partir da apresentação de como construir uma feira de ciência, foram 
desenvolvidas as propostas de pesquisa e experimentos considerando ideia levantadas 
pelos próprios educandos, com o objetivo de estimular o potencial cognitivo, a autonomia 
e a motivação para o aprendizado de ciências. 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Diante do exposto, a feira de ciências que aconteceu no dia 30 de outubro de 2017 
na escola da comunidade teve como objetivo conscientizar e informar, para a 
importância da preservação e manutenção da qualidade ambiental dos rios, para a 
comunidade. Foram feitas também, discussão e uma análise do que pode ser feito para 
garantir a preservação dos rios, sendo que esses afluentes constituem a única fonte 
de água disponível para a manutenção e permanência da referida comunidade que 
além do uso doméstico necessita desses recursos para a produção agrícola familiar. 
 Na Feira de Ciências com a construção das maquetes, espera-se que educandos 
tiveram despertada a consciência do que está ocasionando o problema da falta de água, 
pois representaram as nascentes e identificaram ações que muitas vezes passam 
despercebidas, mas quando, conscientizados puderam ter uma visão ampla do que 
pode ser feito para amenizar o problema da falta de água na comunidade. A Feira de 
Ciências se constitui um espaço democrático e de conscientização, para o 
desenvolvimento e a apresentação desses trabalhos, e ensaios de pesquisas. 
A preparação da feira de ciência realizada na Escola Municipal Canabrava, 
aconteceu com o apoio dos professores e da diretora da escola e foi planejada para 
uma turma do sétimo ano que era composta por 10 educandos, o processo da feira 
ocorreu passo a passo dentro do cronograma das aulas, o primeiro passo para começar 
o processo da feira foi ter uma conversa com os alunos, para ter um parâmetro de quem 
já tinha participado de uma feira antes, mesmo que na escola não tenha acontecido uma 
feira ou atividade com esse propósito, essa fala se fez necessária pois nessa turma 
havia educandos que eram oriundos de outras escolas. 
Depois desse levantamento, foi feita uma introdução do conceito de uma Feira 
de Ciência e como era preparada, e o passo a passo de como construir uma feira dentro 
do olhar dos educando. E quais os materiais para produzir experimentos e as 
maquetes, mas que fossem com materiais de fácil acesso. A partir dessa pesquisa e 
 
17 
 
 
socialização em sala de aula deu-se início então aos ensaios de como seriam montadas 
as maquetes para a apresentação. 
Nesse paralelo, os educandos responderam ao primeiro questionário, onde eles 
registraram a aprendizagem adquirida com os primeiros momentos de desenvolvimento 
do ensaio da feira de ciências. O questionário foi aplicado à nove educandos, ele 
continha seis perguntas objetivas e subjetivas. A sistematização deste material 
demonstrou que a maioria dos educandos não havia participado de uma Feira de 
Ciências antes, porém demonstraram grande interesse no tema proposto. A maioria dos 
entrevistados, vê muita importância da disciplina de ciências em sua vida, bem como 
tem simpatia por conteúdos relacionados à água. Curiosamente eles não conseguem 
relacionar os conteúdos do ensino de ciências com seu cotidiano e todos sabem da 
importância da utilização racional da água em suas vidas, e ao justificarem suas 
respostas disseram o seguinte: Sim, porque sem a água a gente não sobrevive”; “Por 
que os homens estão desmatando e os rios secando; “Por que se a gente não 
economizar vamos todos ficar sem água”; “Sim, porque você precisa dela”. 
A apresentação da feira de ciências, foi em forma de um seminário onde houve 
a participação de toda a escola. As turmas foram divididas em grupos temáticos. O 
primeiro grupo ficou com o tema rio Bonifácio, o segundo com o tema rio Canabrava, 
o terceiro grupo com o rio santa Maria, a ideia de dividir em pequenos grupos, surgiu 
dos próprios alunos, cada turma com um professor para auxiliar e um tema diferente. 
Toda a escolar esteve presentes, pois essa foi uma atividade pensada e desenvolvida no 
intuito de envolver toda a escolar, isso se fez necessário, pois o tema é de interesse de 
todos de forma direta. A feira de ciências, contou com uma grande mobilização por 
parte da Secretaria Municipal de Educação, que deram apoio em todas as ações 
planejadas, tais como, a mobilização dos educando do ensino médio, para um período 
em que pudesse reunir todos os educandos da escola contando com o transporte. 
Os educandos fizeram maquetes representando como ocorre o curso natural da 
água no leito do rios e os impactos na paisagem ambiental desse ecossistema, o que 
pode influenciar no comportamento da vazão de água nas nascentes, e como as 
atividades humanas podem impactar o processo natural de desenvolvimento desses 
cursos d’água. Foi realizada uma demonstração de como acontece a filtração da água 
no solo, com a utilização de materiais de fácil acesso; como algodão, solo, areia, pedra 
e pedregulhos. Foi mostrado também o que ocorre quando o solo é compactado, e a 
água das chuvas não consegue chegar até o lençol freático, e também o que ocorre 
 
18 
 
 
quando as nascentes não são protegidas e acabam sendo pisoteadas por criações de 
animais, para essa demonstração foi usada argila e barro branco. 
Após a realização da feira de ciências, os educandos do 7º ano responderam ao 
segundo questionário, a ideia dessa segunda abordagem foi mensurar o quão o 
conteúdo discutido e pesquisado foi absorvido e consequentemente avaliar o nível de 
conscientização adquirido após todas as vivencias acima relatadas. 
Foi planejada uma saída de campo com os educandos, mas infelizmente devido 
à distância das nascentes e por serem de difícil acesso não foi possível realizar essa 
atividade. Apesar de boa parte da turma já conhecer a realidade das nascentes, a 
intenção era de que todos participassem para uma melhor compreensão do tema. 
Sendo assim, como alguns já conheciam, foi feita uma breve demonstração de como 
era e em que estado se encontravam. Os próprios educandos se sensibilizaram com a 
discussão e levantaram questões, pois já tinham conhecimento da real situação das 
margens dos mesmos rios citados na apresentação. Sendo estes educandos filhos de 
moradores das margens dos rios, eles mesmos sentiam na pele a falta de água na 
comunidade. 
Para realizar o primeiro experimento foi utilizada uma vasilha, para representar 
como é uma nascente preservada, para esse experimento foi utilizado garrafas 
descartáveis, uma mangueira para mostrar como funciona a vazão de água numa 
nascente, sendo que nesse recipiente tinha o barro brancocom terra preta. No segundo 
experimento ocorreu a demonstração de uma nascente assoreada, onde foi utilizado o 
cascalho e o barro branco. E o outro foi demonstrado uma nascente pisoteada, que foi 
representada com argila. 
Depois dessa reprodução para os educandos, os experimentos foram 
demonstrados por eles através das maquetes simbolizando as nascentes e as margens 
dos rios. Foram utilizados isopor, tinta guaxe e pequenos galhos para reproduzir a mata 
ciliar. Esses instrumentos foram produzidos juntamente com os educandos e com o 
auxílio da professora. Após a preparação das maquetes, e dos experimentos, então 
ouve a preparação para a apresentação, sendo uma apresentação pensada em forma 
de seminário que, de acordo com o planejado era pra contar com a participação da 
comunidade, que infelizmente não saiu como planejado, pois no dia marcado para a 
apresentação da feira um dos transportes que trazia membros da comunidade e dos 
educandos quebrou e assim boa parte do público esperado não compareceu. Assim a 
feira aconteceu com um público mais reduzido. 
 
19 
 
 
O questionário foi o instrumento escolhido para a coleta de dados e as questões 
foram elaboradas de acordo com os objetivos específicos já informados anteriormente. 
Foi constatado que todos os participantes são moradores da comunidade As respostas 
dadas pelos educandos ao questionário aplicado antes da realização da feira de ciências 
são apresentadas nas tabelas a seguir. 
Os educandos da turma responderam ao questionário, com exceção de três que 
estavam suspensos das aulas por determinação da direção. Porém, eles participaram 
de todo o processo de desenvolvimento da feira. 
 
 
 
Questão 1 Sim Não 
Você já participou de uma Feira de 
Ciências? Se não, você gostaria? 
3 4 
Tabela 01 – Respostas dadas à questão 1. 
 
 
A feira de ciência é um método que facilita o envolvimento do estudante com a 
matéria, promovendo a oportunidade dos alunos vivenciarem a ciência em diversos 
momentos durante a aula, levando a ciência dos livros para sua realidade. A feira de 
ciência torna a aula em um ambiente agradável, com maior participação dos envolvidos, 
sendo que eles começam a fazer parte de estudo que envolve sua própria realidade. 
 
 
 
Questão 2 Pouco Médio Muito 
Qual a importância da disciplina 
de ciências em sua vida? 
1 4 2 
Tabela 02 – Respostas dadas à questão 2. 
 
 
Os estudantes consideram que a disciplina de ciências possui pouca 
importância, pois na escola em questão ela é abordada de uma forma clássica, sendo, 
pouco agradável, concentrada, em repetições e memorização de fórmulas, 
desvinculado do meio em que os educandos estão inserido, assim, a matéria se torna 
cansativa e entediante, por se tratar de uma realidade distante. 
 
 
 
 
20 
 
 
Questão 3 Sim Não 
Você gosta de conteúdos relacionados a 
água? 
7 0 
Tabela 03 – Respostas dadas à questão 3. 
 
 
 
Ao analisar as respostas dos educandos dadas à terceira questão, verifica-se que 
dentro da matéria de ciência os conteúdos mais chamativos para eles são os que 
aproximam o conteúdo da realidade, onde eles possam perceber proximidade entre a 
ciência e a meio onde estão inseridos, buscando uma melhor abordagem. 
 
 
Questão 4 Não Pouco Muito Regular 
Você consegue relacionar 
os conteúdos de ciências com 
seu cotidiano? 
1 2 1 3 
Tabela 04 – Respostas dadas à questão 4. 
 
 
De acordo com a pesquisa pode-se dizer que os conteúdos de ciências estão 
ainda muito distantes da realidade dos educandos. 
 
 
 
 
 
Tabela 05 – Respostas dadas à questão 5. 
 
 
Com os resultados da pesquisa pode-se perceber que os conteúdos são trabalhados 
separadamente da realidade dos educandos assim dificultando o entendimento sobre o 
assunto, sendo que estamos falando de adolescente. Após a realização da feira de ciências os 
estudantes responderam ao segundo questionário. 
 
 
Questão 1 Sim Pouco Não 
A Feira de ciências realizada em sua escola 
auxiliou seu interesse pelos conteúdos e pelas 
disciplinas de ciências? 
5 2 0 
Tabela 06 – Respostas dadas à questão 1. 
Questão 5: Qual experiência você já fez com água? 
Todos os sete estudantes responderam que nunca fizeram experiências com 
água. 
 
21 
 
 
 
 
Por ser a feira de ciências uma metodologia diferente da metodologia adotada pelos 
educadores da escola, a mesma traz uma proporção de oportunidade, de trabalhar o conteúdo de 
ciências, assim o resultado obtido através dos educandos é bastante satisfatório, pois estes 
estão mais envolvidos e interessados no conteúdo. 
 
 
 
 
 
 
Tabela 07 – Respostas dadas à questão 2. 
 
 
Ao analisar as respostas dadas à questão 2, pode-se observar que a feira de 
ciências motivou os estudantes a refletirem com relação ao desmatamento. 
 
 
Questão 3 Ruim Regula
r 
Bom Óti
mo 
Como você avalia a Feira de 
Ciências para seu conhecimento? 
0 1 4 2 
Tabela 08 – Respostas dadas à questão 3. 
 
 
A feira de ciência busca torna o conteúdo de ciência em um momento onde os educandos 
possam presenciar, e relacionar seu cotidiano e tudo o que o envolve com o que está dentro dos 
livros, tornando a ciência agradável e simples de estudar. 
 
 
Questão 4 Sim Não 
Você gostaria de fazer outras experiências científicas 
em sua escola? 
7 0 
Tabela 09 – Respostas dadas à questão 4. 
 
 
A ideia de uma feira de ciência na escola municipal Canabrava, despertou nos 
educandos o interesse sobre a matéria de ciência, por se a primeira feira realizada na 
escola, era esperado que eles estranhassem a ideia, porém foi totalmente ao contrário 
que ocorreu, pois os educando se dispuseram a fazer uma pesquisa sobre o assunto, 
para ter um conhecimento maior sobre o tema e aos poucos eles foram se motivando 
de forma natural, sem necessidade de cobrança por parte do professor titular da turma. 
Respostas dadas: “Por que a gente tem que falar.” / “Quase tudo.” / “Não desmatar.” 
/ “Porque mostra que não devemos desmatar.” / “Que o desmatamento prejudica as 
margens do rio.” 
Questão 2: O que mudou para você em relação à disciplina de ciências 
depois da Feira de Ciências? 
 
22 
 
 
 
 
 
 
Tabela 10 – Respostas dadas à questão 5. 
 
 
 
Questão 6: De 0 a 5 qual a importância de estudar 
sobre a água? 
Nota 
Por que é bom a gente saber mais. - 
Por que é importante a gente aprender como utilizar. 4 
Por que é bom e temos que preservar a água para o nosso futuro. 5 
A importância da água que você bebe e a sua vida. 5 
Muito boa. 5 
Para que as pessoas não desmatem mais. 1 
Porque nós temos que sabe usar a água e valorizá-la. 5 
Média: 3,57 
 
 
A feira foi pensada em conjunto com os educandos buscando estudar algo 
próximo da realidade dos mesmos, surgiu a ideia de fazer um trabalho relacionado 
a água, para que os estudantes percebessem o quanto ela é importante para a vida e 
também para que eles aprendessem que é preciso preservar, além de aprenderem a 
preservá-la. Com o objetivo de deixar o conteúdo de ciências mais próximo da 
realidade dos educandos e de uma maneira motivadora. A utilização da feiras de 
ciências, aulas práticas, entre outros, busca deixar mais fácil o aprendizado e a 
compreensão dos conteúdos. Assim, nas aulas de ciências, as aulas práticas são 
importantes como instrumentos de pesquisa, ou seja, o educando analisa fatos 
problematizados e conhece a teoria adquirida em sala de aula, tendo como fonte de pesquisa o 
meio no qual está inserido. 
 A feira de ciência traz para o contexto escolar, uma forma de entender a os 
conteúdos, de maneira clara, já que nessa perspectiva os educando começa a buscar meios de 
entender o conteúdo. Trabalhando as mateias e usado as informações para conseguir montar, 
assim, uma feira de ciencias, intendendo que só será capas de produzir um bom trabalho se 
estiver bem embasado, entre estudos e pesquisa para sim conseguir relacionar o material usado 
Questão5: Faça uma relação da feira de ciências com sua realidade? 
Respostas: “Doente na cabeceira do rio.” / “Um rio bonito.” / “A água está secando 
por que estão desmatando a beira dos rios.” / “Pouca árvore e água poluída. 
Um rio bem bonito e depois outras margens.” 
 
23 
 
 
com o meio que na qual faz parte como sujeito pesquisador e de pesquisa. 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
No presente trabalho, pode-se perceber que o intuito do mesmo, foi 
proporcionar meios para que os educandos pudessem enxergar a ligação entre os 
conteúdos estudados com sua realidade. Considerando os resultados obtidos, durante 
a pesquisa pode se dizer que o objetivo desse trabalho foi alcançado. 
A contextualização da feira de ciências no ensino de ciências tem sido foco de 
pesquisas nos tempos atuais, é proposto que a feira de ciência reforce o estudo de 
conteúdos como ponto inicial para ter melhoria no ensino-aprendizagem, facilitando 
assim, as informações que o educador vai ensinar em sala de aula. 
A feira de ciências é um recurso para divulgação do ensino de ciências na 
comunidade escolar. A construção de um experimento científico envolve o diálogo 
entre professor e aluno e entre os alunos. Esse aprendizado dialógico no processo 
de ensino e aprendizagem não formal é fundamental tanto para o professor quanto 
para o aluno. Aprendizado é troca, e o processo é importante para todos os 
envolvidos, na medida em que o professor consegue compreender como se dão as 
dificuldades dos estudantes; antevendo tais dificuldades, seu trabalho pode ser 
melhorado. É neste momento que o professor deve exercer sua principal função, de 
orientador do processo de ensino e aprendizagem do aluno – e não a de detentor 
absoluto do saber. 
Conforme o que foi apresentado, conclui-se que a feira de ciência é uma 
metodologia útil para o desenvolvimento e no ensino dos educandos, pois os 
resultados obtidos com o presente trabalho tiveram uma boa aceitação, alcançando 
assim os objetivos esperados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
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Brasil; ALENTEJANO, Paulo; FRIGOTTO, Gaudêncio (orgs). Dicionário da 
Educação do Campo. São Paulo: Expressão Popular; Rio de Janeiro: Escola 
Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, 2012, p. 231-238. 
 
BARCELOS Nora Ney Santos; JACOBUCCI Giuliano Buzá; JACOBUCCI 
Daniela Franco Carvalho. Quando o cotidiano pede espaço na escola, o projeto 
da feira de ciências “vida em sociedade” se concretiza. Instituto de Biologia, 
Universidade Federal de Uberlândia MG. 2010. 
 
BACCI Denise de la corte; PATACA, Ermelinda Moutinho; Educação para a 
água, estudos avançados. 2008. 
 
BARROS Thainá Grace Encina; Ewerton Vinicius Meira, David Tsyoshi Hiramatsu 
de castro, Fabiano Atunis. Feira de ciências: relato de experiência sobre a 
organização de um evento escolar. SD 
 
BOFF, Leonardo. Saber Cuidar: ética do humano-compaixão pela terra. 
Petrópolis, RJ. Vozes, 1999. 
 
CORSINI, Aline Mendes de Amaral; ARAUJO Elaine Sandra Nicoline Nabuco; Feira 
de ciência como espaço não formativo de: Um estudo com alunos e professores 
do ensino fundamental. 2007. 
 
ENGEL, Guido Irineu. Pesquisa Ação Educar, Curitiba, n. 16, p. 181-191. 2000. 
Editora da UFPR 
 
FARIAS, Luciana de Nazaré; Feiras de Ciências como uma oportunidade de 
(re) construção do conhecimento pela pesquisa. Luciana de Nazaré Farias; 
orientadora Terezinha Valim Oliveira Gonçalves- Belém, 2006. 
 
FERREIRA Ana Maria; AOKI Yolanda Shizue; Educação Ambiental e a 
problemática do uso da água: conhecer para cuidar. 2016. 
 
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 
São Paulo: Paz e Terra, 1970 (Coleção Leitura). 
 
GRASSI, Marcos Tadeu. As águas do planeta terra. Caderno temático da 
Química Nova na Escola, 2001. 
 
GUIMARÃES, Carvalho e Silva. Saneamento básico. Agosto de 2007. Disponível 
em: www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/downloads/.../Cap%201.pdf. Acessado em 
10/11/2017. 
 
LÜDKE. M; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São 
Paulo: EPU, 1986 
 
http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/downloads/.../Cap%201.pdf
 
25 
 
 
MOLINA, M.C., SÁ, MOURÃO, L.S. Escola do campo. In: CALDART, Roseli 
Salete; PEREIRA, Isabel Brasil; ALENTEJANO, Paulo; FRIGOTTO, Gaudêncio 
(orgs). Dicionário da Educação do Campo. São Paulo: Expressão Popular; Rio de 
Janeiro: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, 2012, p. 259-267. 
 
QUADROS Ana Luiza; A água como tema gerador do conhecimento químico. 
Relato de sala de aula. 2004. 
 
RIBEIRO, Glaucos Vinicius Biasetto; A origem histórica do conceito de ária de 
preservação permanente no Brasil. revista thema. 2011. 
 
RIBEIRO, Marlene. Movimento Camponês, trabalho e educação: liberdade, 
autonomia, emancipação: princípios /fins da formação humana. São Paulo: 
Expressão Popular, 2013. 456 p. 
 
VASCONCELOS Marcelo Holanda; FRANCISCO Welington; Feira de ciências 
e ensino por projetos: uma experiência educativa no norte do Brasil. 
Universidad Federal do Tocantins – Campus de Gurupi. 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
APÊNDICE 01 – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO 
 
 
Eu, Wanderson Pereira Magalhães, estudante de graduação do curso de Licenciatura em 
Educação do Campo da Faculdade UnB Planaltina – FUP estou realizando uma pesquisa 
que tem por objetivo investigar a concepção dos educandos da Escola Estadual Canabrava 
sobre a temática Feira de Ciências e seu uso nas aulas. 
Como público de interesse nessa pesquisa envolve os estudantes da Escola Municipal 
Canabrava solicitaram sua autorização para participação nesta pesquisa. 
Para a coleta de dados, farei uma entrevista, aplicando um questionário semi- estruturado. 
A participação na pesquisa é voluntária e o nome do/a participante não será divulgado em 
hipótese alguma. Garantimos o sigilo das informações, já que tudo o que o/a participante disser 
será tratado de forma agrupada. 
O uso posterior desses dados será restrito ao estudo e divulgação científica. Dúvidas sobre a 
pesquisa entre em contato: wandersonpereira004@gmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Priscilla Coppola de S. R. Wanderson Pereira Magalhães 
Professora da FUP Estudante de Graduação (FUP) 
 
pcoppola@unb.br wandersonpereira004@gmail.com 
 
 
Planaltina, de de 2018. 
mailto:wandersonpereira004@gmail.com
mailto:pcoppola@unb.br
mailto:wandersonpereira004@gmail.com
 
28 
 
 
 
 
APÊNDICE 02 – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS EDUCANDOS ANTES DA 
REALIZAÇÃO DA FEIRA DE CIÊNCIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 NOME: 
DATA: 
 
29 
 
 
 
APÊNDICE 03 – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS EDUCANDOS APÓS A 
REALIZAÇÃO DA FEIRA DE CIÊNCIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
( ) Ótimo 
 
 
 
( ) Sim 
 
 NOME: 
DATA: 
 
30 
 
 
 
APÊNDICE 04 – FOTOS 
 
 
 
Foto 1: Registro da aula prática da Feira de Ciências na Escola Municipal 
Canabrava. 
 
 
 
 
 
Foto 2: Oficina de construção de maquetes na Feira de Ciências na Escola 
Municipal Canabrava. 
 
 
31 
 
 
 
Foto 3: Montagem dos experimentos. 
 
 
 
 
 
 
Foto 4: Desenvolvimento da feira de ciências pelos estudantes. 
 
32

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