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ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney CURSO DE PSICANÁLISEE AFINS ADQUIRA O SEU CERTIFICADO CLICANDO ABAIXO: CLIQUE AQUI Elvys Tierney http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney DISCIPLINAS 1- Introdução à Psicologia 2- História daPsicanálise 3- Psicanálise Freudiana 4- Introdução àPsicanálise Lacaniana 5- Introdução à Psicanálise de Winnicott 6- Introdução à Psicanálise de Pichon Riviére 7- Introdução à Psicanálise Junguiana 8- Psicopedagogia 9- Psicopedagogia e Psicanálise 10- Mediação de Conflitos http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney 1- INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA A psicologia é uma ciência nova, e tem como escopo, estudar a mente humana. O termo psicologia é de origem grega, nascido a partir da junção de dois vocábulos gregos, psico e logia. Psico ou psiquê siginifica alma, enquanto que logia, estudo (BOCK; FURTADO, 2001). Desde o surgimento da psicologia, muitas correntes psicológicas se desdobraram dela. Dentre essas correntes, algumas foram de vital importância para o embasamento empírico da psicologia, contribuindo até mesmo, para a consolidação da mesma como ciência. Dentre essas correntes pode-se citar o Behaviorismo, termo que significa literalmente comportamento, a Gestalt e a Psicanálise. Destas três, a psicanálise ganhou mais popularidade perante os leigos. Sigmund Freud, Pavlov e Skinner, são alguns dos nomes que contribuiram para a formalização da psicologia como ciencia, bem como para a formulação e ramificação do seu bojo teórico (BOCK; FURTADO, 2001). http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney 2- HISTÓRIA DA PSICANÁLISE O movimento psicanalítico começou no século XIX com Sigmund Freud (1856-1939). O próprio Freud se intitula como o criador da psicanálise. A Psicanálise teve seus primórdios quando Freud (1856-1939) começou a trabalhar com Charcot (1825-1893), o qual se utilizava do método hipnótico para tratar dos seus pacientes histéricos. Convém ressaltar que a palavra histeria significa literalmente útero, uma vez que se acreditava que somente as mulheres eram vítimas da histeria. Tal pensamento, mais adiante, pelo próprio S. Freud, é desconstruído, provando-se que homens também se faziam vítimas da histeria (FREUD, 2000). Afirma Sigmund Freud em sua obra “Publicações Pré-Psicanalíticas e Esboços Inéditos”: Tive, assim, oportunidade de ver um grande número de pacientes, de examiná-los e de ouvir a opinião de Charcot a respeito deles. O que me parece ter tido maior valor do que essa efetiva aquisição de experiência foi, no entanto, o estímulo que recebi, durante os cincos meses que passei em Paris, do meu constante contato científico e pessoal com o Professor Charcot. (FREUD, 1886, p. 13). http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney Assim, Freud (1856-1939) passa a analisar, juntamente com o seu tutor, o Dr. Charcot (1825-1893), inúmeros casos de histeria e observa como Charcot conduz e trata dos seus pacientes. Freud e Charcot percebem que muitas das causas da histeria são traumas esquecidos, lembranças reprimidas e que, através da hipnose, os mesmos vinham à tona e com isso amenizava-se, de alguma maneira, os sintomas (reações psicossomáticas ou efeitos da histeria). Diante disto, tanto Charcot (1825-1893), como Freud (1856-1939) constatam que no psiquê humano existe um lado obscuro, escondido, secreto, o qual eles denominam de “Inconsciente”. (FREUD, 2000). Obtemos assim o nosso conceito de inconsciente a partir da teoria da repressão. O reprimido é, para nós, o protótipo do inconsciente. Percebemos, contudo, que temos dois tipos de inconsciente: um que é latente, mas capaz de tornar-se consciente, e outro que é reprimido e não é, em si próprio e sem mais trabalho, capaz de tornar-se consciente. Esta compreensão interna (insight) da dinâmica psíquica não pode deixar de afetar a terminologia e a descrição. Ao latente, que é inconsciente apenas descritivamente, não no sentido dinâmico, chamamos de pré-consciente; restringimos o termo inconsciente ao reprimido dinamicamente inconsciente, de maneira que temos agora três termos, consciente (Cs.), pré-consciente (Pcs.) e http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney inconsciente (Ics.), cujo sentido não é mais puramente descritivo. (FREUD, 1923, p. 9-10) Freud também teve a oportunidade de conhecer Josef Breuer (1842-1925). Eles debruçam-se a estudar pessoas que sofrem de histeria, assim como fazia Charcot; o caso mais famoso acompanhado por eles é o caso de Anna O. (FREUD, 2000). Freud e Breuer escrevem uma obra intitulada “Estudos sobre a Histeria”. Nela Freud relata que: Foi especialmente observável, em Anna O., o grau em que os produtos de seu “mau eu”, conforme ela própria o denominava, afetavam seu senso ético mental. Se esses produtos não tivessem sido continuamente eliminados, ter-nos- íamos confrontado com uma histérica do tipo malévolo [...]. Já descrevi o surpreendente fato de que, do começo ao fim da doença, todos os estímulos decorrentes do estado secundário, junto com suas conseqüências, eram eliminados de maneira permanente ao receberem expressão verbal na hipnose, e resta-me apenas acrescentar a certeza de que isso não foi uma invenção minha imposta à paciente por sugestão. (1985, p. 48) http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney 3- PSICANÁLISE FREUDIANA A partir desses estudos empíricos, Freud propõe, então, a sua primeira teoria sobre a estrutura da psique, que consiste no entendimento da mente sob três compartimentos ou divisões, denominadas por ele de regiões topográficas. Elas são: consciente, pré-consciente e inconsciente. O conceito de pré-consciente surgiu como um por menor desta teoria, não sendo, portanto, tão importante quando ao conceito do consciente e inconsciente. Contudo, percebendo que esta teoria não explicava plausivelmente todos os fenômenos psíquicos, o mesmo então propõe uma segunda teoria, desta vez dinâmica, sobre o aparelho psíquico: o id, o ego e superego. Era a primeira e a segunda tópica sobre o funcionamento da vida mental. Freud, inicialmente, formulou a teoria topológica da estrutura da mente, na qual encontramos os conceitos de mente inconsciente e mente consciente [...] a mente funciona através de trocas estabelecidas entre o ego, o superego e o id. O inconsciente se faz presente em todas essas instâncias psíquicas e em suasformas de funcionamento. (ASSIS, 2007, p. 35-37). A partir da elaboração destas teorias, Freud desenvolve o conceito de mecanismo de defesa e os estágios psicossexuais do desenvolvimento do sujeito; com relação aos estágios http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney psicossexuais, os mesmos consistem no estágio: oral, anal, fálico, latência e genital. É a partir desta “descoberta” que Freud embasa a sua teoria sobre a sexualidade infantil, que sofreu muito repúdio em sua época; concernente aos mecanismos de defesa, poder-se-ia citar: o recalque, a repressão, a projeção, a introjeção, voltando-se contra o self (Ana Freud), a sublimação, a formação reativa, a racionalização, etc. (ASSIS, 2007). Àrbila Luiza Armindo Assis define “Mecanismo de Defesa do Ego” como: [...] a luta e as estratégias que este empreende para defender-se de idéias , emoções e sentimentos muito desagradáveis ou até mesmo insuportáveis que foram recalcados e ameaçam vir à tona devido à pressão pulsional. O ego engendra certas manobras que permitem que esses conteúdos recalcados se expressem por meio de novas idéias, emoções e atitudes de forma a não causar tanta dor. (ASSIS, 2007, p. 50-51). Freud segue tecendo o corpo teórico do que denomina de “nova ciência” e elabora o conceito de pulsão de vida (Eros) e pulsão de morte (Tanatos), e ainda, o instinto de sexualidade, e o instinto de agressividade; a pulsão de vida relaciona-se a tudo aquilo que une e a pulsão de morte a tudo aquilo que separa. O mesmo vale para os instintos de sexualidade e agressividade respectivamente (SANTOS, 2007, p. 3). http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney Toda esta trama de conceito surge para explicar as causas de fenômenos comportamentais patológicos, os quais foram classificados por ele de: neurose (que se divide em obsessiva, de angústia e de histeria), psicose e perversão; a neurose seria um conflito entre o id e o ego; a psicose, um conflito entre o ego e o mundo externo; e a perversão, quando o ego rejeita, em determinada instância, as exigências o superego, daí surgindo, portanto, as perversões, tais como: a pedofilia, voyeurismo, etc.. Freud, em seu artigo escrito em 1824 cunha a fórmula básica para o surgimento das neuroses e psicoses. Ele diz: “a neurose é o resultado de um conflito entre o ego e o id, ao passo que a psicose é o desfecho análogo de um distúrbio semelhante nas relações entre o ego e o mundo externo”(FREUD, 1824, p. 1). Contudo, essas fórmulas ainda são muito superficiais para explicar tais fenômenos psíquicos, assim afirmou Freud. Segundo Freud, o presente e o futuro de um sujeito está fundado em seu passado, especialmente aquele passado que está oculto em seu inconsciente. Assim, para a alteração do presente e do futuro, é necessário se conhecer o passado e o que está escondido no mais profundo da alma (inconsciente). A teoria psicanalítica afirma que existem acontecimentos, pensamentos, sentimentos e traumas dos quais o sujeito não se lembra, ou seja, que estão em seu inconsciente, mas, que muitas vezes afeta o seu comportamento presente. A razão para esta “amnésia” do sujeito consiste em que, certas lembranças são demasiadamente dolorosas para o mesmo, ou seja, são insuportáveis. Então o ego, através do seu mecanismo de defesa http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney mais importante, a repressão, reprime toda esta lembrança para o inconsciente, expulsando-as da consciência (FREUD, 1923). Freud afirma que ser humano tem desejos e necessidades, e ele as diferencia; os desejos são de ordem psicológica, enquanto que as necessidades são de ordens fisiológicas; a repressão exacerbada desses desejos e necessidades podem gerar doenças psicossomáticas (doenças da alma que afetam o corpo) (FREUD, 1923). Em 1900 Freud lança seu Best-seller: “A Interpretação dos Sonhos I” e logo em seguida, “A Interpretação dos Sonhos II”. Nesta obra o mesmo trata dos assuntos voltados a interpretação dos sonhos uma vez que ele acredita que os sonhos são as janelas da alma, ou seja, meios para se acessar o inconsciente. Os outros meios são: os atos falhos ou chistes, a fala e a hipnose. Para se interpretar os sonhos é necessário o analista (psicanalista) ter em mente que o sonho tem o seu conteúdo manifesto (aquilo que o paciente lembra) e o seu conteúdo latente (o significado real de cada símbolo onírico). A transformação do conteúdo latente em conteúdo manifesto se dá pelo processo de condensação e deslocamento. Com relação aos conteúdos que aparecem nos sonhos, estes sofrem os processos de condensação e deslocamento, sendo necessário o trabalho de um psicanalista para que haja uma interpretação acertada, condizente com a história http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney de vida do indivíduo que produziu o sonho. [...] Entendemos por condensação o processo psíquico que reúne em um só elemento – uma pessoa, um objeto, uma cena – vários conteúdos significativos. Por exemplo: uma criança pode representar o próprio paciente quando este era pequeno e, ao mesmo tempo, pode representar seu filho, uma criança que viu chorando no dia anterior, um menino ao qual negou auxílio na rua e ainda outras figuras significativas para ele. [...] Segundo Freud, deslocamento refere-se ao fato de uma idéia, um sentimento ou uma emoção poderem ser deslocados de uma pessoa para um objeto, uma circunstancia ou vários outros elementos. (ASSIS, 2007, p. 36). Freud abandonou o método da hipnose por acreditar que nem todas as pessoas eram hipnotizáveis e, depois do método catártico (a catarse refere-se à purificação da alma por meio de uma descarga emocional provocada por um drama), desenvolve o método da associação livre (a psicanálise antes de ser ciência, era apenas um método de tratamento mediante a catarse, mas com seu desenvolvimento, transforma-se em um ramo da psicologia) que consistia em deixar o paciente deitado em divã, estimulando o mesmo a falar o que lhe viesse à mente, fazendo assim uma associação entre os seus pensamentos conscientes e, a partir das http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney entrelinhas da fala do paciente, o acesso ao inconsciente. Esta idéia veio de uma de suas pacientes (ASSIS, 2007). Ainda, outros conceitos foram tratados em sua volumosa obra, tais como: o complexo de Édipo, Narcisismo, resistência, transferência, contratransferência, etc., os quais serão abordados na matéria: Psicopedagogia e Psicanálise. http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney 4- INTRODUÇÃO Á PSICANÁLISE LACANIANA Outros psicanalistas se formaram dando prosseguimento à obrade Freud. Dentre os mais destacados estão: Jaques Lacan, Winnicott, Pichon Riviére, Ana Freud, Melanie Clair, C. G. Jung, etc. Como também, outras teorias e praticas terapêuticas surgiram para completar o pensamento psicanalítico freudiano, como o método a análise transacional, elaborado por Èric Berne (1958), cujo foco principal de seu bojo teórico é o PAC, os três estados do ego: pai, adulto e criança (BERNE, 1981). Concernente ao psicanalista Jacques Lacan, cujo nome completo é Jaques Èmile Lacan (1901-1981), o mesmo foi um psiquiatra e psicanalista Frances. Lacan vem por contribuir à psicanálise através de acréscimos ao bojo teórico da psicanálise. Lacan é considerado como um psicanalista ortodoxo, ou seja, fiel a obra de Freud. Lacan, ao fazer sua releitura da obra do mestre S. Freud, propõe um retorno à psicanálise ortodoxa, ou seja, a freudiana. No entanto, Lacan concede a psicanálise um cunho filosófico, antropológico e, principalmente linguístico, ampliando, assim, sua compreensão. A obra de Lacan compreendo um volume de 54 artigos e um livro, obra essa que foi traduzida para dezesseis línguas (ASSIS, 2007). Dentre os conceitos que foram acrescidos por Lacan ao escopo psicanalítico, pode-se citar o conceito de: sujeito, simbólico, imaginário, real, significante, nome-do-pai, e outros, segundo Assis em sua obra “Influências da psicanálise na educação: uma prática psicopedagógica (2007)”. http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney O sujeito para Lacan difere da noção de sujeito que se tem até então, noção essa que entendia o sujeito da consciência. Lacan propõe o sujeitodo inconsciente e do desejo. Isto retrata a importância que Lacan dava ao inconsciente humano, demonstrado, segundo a sua visão, que era o inconsciente que regia todo o comportamento humano (ASSIS, 2007). Os conceitos de simbólico, imaginário e real são inseparáveis na tópica lacaniana. A questão do simbólico consiste, segundo Lacan, no fator no qual todo um conjunto de signos e linguagem de certa maneira impostos pela sociedade, família, etc. configura a personalidade do sujeito, a partir de quando recém nascido. Mas não se restringe a esta explicação, pois também, o conceito de simbólico, na perspectiva lacaniana, se dá no sujeito a partir do momento que o mesmo consegue, de alguma forma, simbolizar, comunicar-se mediante alguma forma de simbolização. Lacan diz que os seres humanos são constituídos pelo desejo dos outros, pelo fato que ser constituídos a partir dos signos culturalizados que estão presente na sociedade e que se introjetam no sujeito (ASSIS, 2007). O conceito de imaginário, segundo Lacan, citado por Assis (2007), é o processo que se dá antes da simbolização, mediante uma introspecção da figura dos pais, ou seja, da imagem e idéias que se tem deles. Daí a importância dos pais pra o desenvolvimento infantil. È esta relação que constitui o ser, desde quando recém nascido (ASSIS, 2007). http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney O real, na conceituação lacaniana consiste nos desejos e fantasias presentes na mente inconsciente do recém nascido. Já o significante são palavras, objetos, ações ou quaisquer outras coisas que, para o sujeito, tem uma importância singular, e que por isso, o faz repetir esta palavra ação, etc. à sua revelia. E o conceito de nome-do-pai na teoria lacaniana se dá no processo no qual as normas, as regras, as palavras de ordem e de limite, ditadas pelo pai ou por algum parente que exerça tal função, é introspectada na mente infantil. Sobre Lacan e sua teoria relacionada ao nome-do-pai, Àrbila Assis pontua que: Vemos que essa função paterna vem ao encontro da necessidade essencial da educação (tanto familiar quanto Instituiçãor e social) de colocação dos limites que podem acontecer tanto sistematicamente quanto assistematicamente. Como função que é, não está atrelada objetiva e diretamente ao pai, podendo ser desempenhada por quem o substitui, independente do gênero. (ASSIS, 2007, p. 66). Conceito criado por Lacan, O NOME-DO-PAI, não é um termo de fácil entendimento. É notório que ele cria esse conceito a partir da teoria freudiana, especialmente passando pelo conceito do Complexo de Édipo. Contudo, quando Lacan introduz o conceito de nome-do-PAI, ele está juntando uma bagagem e interpretação da teoria de Freud, http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! juntamente com suas experiências pessoais com seu pai e seu avô, as quais lhe geraram traumas emocionais, bem como do próprio Lacan para com um dos seus progenitores, com relação ao qual não conseguiu pôr nele o seu nome, o nome do pai, por motivos conjugais. Assim, concernente a esse conceito, Lacan quer demonstrar a importância do nome do pai na criança no âmbito cultural e da linguagem, ou seja, da inserção da criança da esfera natural para a cultural, formando a identidade cultural do sujeito na sociedade e também nele mesmo, a partir do nome do pai. É importante não entender essa teoria de Lacan no quesito legal e documental, mas sim no aspecto psico-sócio-cultural. Para Lacan, inclusive, o Complexo de Édipo é a passagem da criança da esfera natural para a cultural, como já foi sinalizado acima. http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney 5- INTRODUÇÃO À PSICANÁLISE DE WINNICOTT Quanto a 1Donald Woods Winnicott, ele foi um dos grandes nomes da psicanálise, especialmente da psicanálise infantil, tendo alcançado renome internacional devido às suas contribuições para o entendimento da mente infantil, do seu desenvolvimento e personalidade. O foco do trabalho de Winnicott foi a relação afetiva da criança com a mãe. Este autor construiu seu bojo teórico dentro da psicanálise a partir da análise de crianças durante o seu trabalho enquanto pediatra e psicanalista. Ele interessou-se pelo trabalho com crianças ao dar assistência às crianças órfãs, vitimas da Segunda Grande Guerra. Contudo, Winnicott não se afastou da ortodoxia freudiana. Convém, entretanto, ressaltar que, apesar de Winnicott ser classificado um psicanalista freudiano, Winnicott não aceitava a idéia freudiana sobre o instinto da agressividade a partir da pulsão de morte, nem a relação libidinal que a criança, enquanto ainda bebê, estabelece, segundo Freud, com sua mãe (ASSIS, 2007). Em relação às contribuições teóricas de Winnicott para a Psicanálise pode-se destacar os conceito de objeto e fenômenos transicionais, segundo os quais: Fenômenos transicionais, portanto, são os fenômenos que ocorrem na passagem, na transição e que implicam desenvolvimento [...]. 1Nasceu em 1896 na Inglaterra e faleceu em 1971, aos 75 anos. Formou-se em médicina e optou pela pediatria. Na Grã-Bretanha foi o pioneiro concernente a psicanálise infantil. (ASSIS, 2007) http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney Para Winnicott, objeto transicional designa o que foi utilizado para fazer essa passagemou transição, ou seja, o dedo, o ursinho, a canção, o obrigado ou outros elementos [...]. (ASSIS, 2007, pg. 74) Nesse direcionamento, Assis (2007) procura esclarecer o conceito de objeto e fenômeno transicionais, a qual explica que esses objetos são recursos que a criança se utiliza para de desenvolver e se desapegar de sua mãe, enquanto que os fenômenos transicionais, são os processos, os fenômenos que ocorrem a partir de evento de desapego. Ainda, Winnicott valoriza muito a questão do brincar como importância para o desenvolvimento infantil. Para ele, o brincar equivale a uma terapia, a um processo terapêutico. Ele diz que na terapia, o paciente e o terapeuta brincam juntos. O brincar proporciona a comunicação sincera e espontânea, segundo esta vertente psicanalítica (ASSIS, 2007). http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney 6- INTRODUÇÃO À PSICANÁLISE DE PICHON RIVIERE Concernente a 2Pichon-Riviere, este foi também um psiquiatra e psicanalista, da terceira geração freudiana. Em 1938, juntamente com outros adeptos da teoria psicanalítica freudiana, Riviere forma o Núcleo Fundador do freudismo argentino e em 1942, o mesmo funda a Associacion Psicanalítica Argentina (APA). Assim, ele é considerado o pai da psicanálise argentina. (ASSIS, 2007) Pichon-Riviere direciona o seu trabalho psicanalítico para a prática grupal ou terapia de grupo. Desta maneira, em 1947 ele funda uma modalidade de trabalho, o qual ele mesmo denomina de grupo operativo, muito utilizado na prática psicopedagógica. Em 1959, Riviere funda a Instituição de Psicologia Social, na qual, mediante sua enorme simpatia, exposta durante suas aulas, agrega uma enorme quantidade de discípulos (ASSIS, 2007). Alguns conceitos da teoria psicanalítica de Pichon-Riviere são: o conceito de doença única, por meio do qual ele aproxima varias doenças, unificando-as; a noção do vínculo; que as formas de relações interpessoais, entre as pessoas. Com relação à teoria do vínculo, Riviere descreve quatro tipos de vínculos: “o vínculo paranoico” – o individuo se sente cobrado, perseguido, “o vínculo depressivo” – excesso de culpa, tendência à depressão, complexo de inferioridade nas suas relações interpessoais, o “vínculo hipocondríaco”– comunica-se mediante o seu corpo, mas sempre relacionado a doença, à queixa, à saúde, e “o vínculo histérico” – é 2Ele era de origem francesa, contudo, nasceu em Genebra. Aos 4 anos de idade seus pais mudaram-se para a Argentina. Aos 19 anos começou a estudar medicina em Buenos Aires, e mais tarde interessa-se pela psicanálise. (ASSIS, 2007) http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney a pessoa que se comunica através de dramatizações, contudo, o faz inconscientemente, no intuito de realizar suas fantasias. (ASSIS, 2007) Para Assis: Segundo Pichon-Riviere, a palavra “vínculo”, de um modo geral, designa as formas que são estabelecidas nas inter-relações pessoais. De um modo particular, refere à maneira como cada um se relaciona com o outro ou com os outros, ou seja, à estrutura específica que é criada, em cada caso e em cada momento, no relacionamento. (ASSIS, 2007, p. 84 – Grifos). http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney 7- INTRODUÇÃO À PSICANÁLISE JUNGUIANA Um dos grandes nomes da psicanálise, o qual não se poderia deixa de citar é Carl Gustav Jung (1875-1961), o qual, para muitos, é comparado ao próprio Freud, no que concerne a importância para o campo da psicanálise. Jung foi discípulo de Freud. Talvez o discípulo no qual Freud depositou maior confiança, chegando ao ponto de o eleger como presidente da entidade psicanalítica que Freud tinha fundado. No entanto, esta relação não perdura para sempre. O conflito de idéias surge e em consequência a separação entre os dois gênios (JUNG, 2000). A obra de Jung é numerosa e rica, e muitos acréscimos à psicanálise são feito por Jung, acréscimo esses de vital importância para o bojo psicanalítico. Dentre o bojo teórico tecido por C. G. Jung pode-se citar o conceito de inconsciente coletivo, conceito este que não tinha sido cunhado por Freud (Freud cunhou o conceito de inconsciente individual). Assim, Jung, entende que, além do inconsciente individual, todo ser humano carrega consigo um inconsciente coletivo. Este inconsciente coletivo consiste no seguinte: todo ser humano, ao nascer, já tráz em sua mente inconsciente uma série de informações que são herdadas dos seus antepassados, informações culturais dentre outras, que foram sendo descobertas, aperfeiçoadas e vividas por seus ancestrais. Isso facilita o recém nascido a adaptar-se mais rapidamente ao mundo no qual nasce, uma vez que, se assim não fosse, segundo Jung, o individuo teria que, novamente, ter que passar por todo o processo de evolução http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney cultural que a humanidade passou. Contudo, isso não é preciso, pois toda essa evolução cultural já vem prescrito no inconsciente no recém nascido, não necessitando que o mesmo repita novamente todo o processo (JUNG, 2000). Jung, em seu clássico Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo, define da seguinte maneira o que é o Inconsciente Coletivo: O inconsciente coletivo é uma parte da psique que pode distinguir-se de um inconsciente pessoal pelo fato de que não deve sua existência à experiência pessoal, não sendo, portanto uma aquisição pessoal. Enquanto o inconsciente pessoal é constituído essencialmente de conteúdos que já foram conscientes e, no entanto desapareceram da consciência por terem sido esquecidos ou reprimidos, os conteúdos do inconsciente coletivo nunca estiveram na consciência e portanto não foram adquiridos individualmente, mas devem sua existência apenas à hereditariedade. Enquanto o inconsciente pessoal consiste em sua maior parte de complexos, o conteúdo do inconsciente coletivo é constituído essencialmente de arquétipos. (JUNG, 2000, p. 53) Assim, percebe-se que na tópica Junguiana, o inconsciente coletivo é algo hereditário, herdado dos ancestrais. http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney A psicologia de Jung, para muitos estudiosos da área da psicanálise, volta-se para o campo também o metafísico e do religioso. É uma psicologia inovadora e diferente em muitos aspectos da tópica freudiana, contudo, não deixando de beber desta fonte (a freudiana). http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney 8- PSICOPEDAGOGIA A psicopedagogia é o ramo do saber que se debruça sobre o trato com as dificuldades de aprendizagem do sujeito, inclusive aquelas oriundas de causas emocionais, que é o foco deste trabalho. Assim, se torna necessário umabreve explanação sobre a história e os principais conceitos da psicopedagogia e como a mesma se utiliza dos pressupostos psicanalíticos dentre outros. Convém ressaltar que as duas ciências mães que formam este ramo do saber é a PEDAGOGIA e a PSICOLOGIA. Contudo, a sociologia, a filosofia, a biologia, a antropologia, dentre outras ciências acoplam o corpo de saber constituinte da psicopedagogia. A psicopedagogia surgiu na Europa no século XIX, a partir da tentativa de se descobrir as causas dos problemas de aprendizagem apresentados por certos alunos. Ela surgiu mediante os esforços tanto de educadores, filósofos e médicos, no intuito de se solucionar tais problemas. De acordo com Bossa (2000, p. 36), podemos situar historicamente o nascimento da psicopedagogia no século XIX, num contexto europeu, marcado por intensas mudanças políticas , sociais e econômicas [...] (apud GRASSI, p. 21-22). http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney Um dos grandes educadores e pensadores que contribuíram significativamente para o surgimento da psicopedagogia foi Pestallozzi (1746-1827). Ele desenvolveu a teoria dos “três estados do desenvolvimento humano”, os quais são: o estado natural, no qual o individuo vive unicamente para satisfazer os seus instintos; o estado social, no qual o sujeito busca inserir-se socialmente para satisfação das suas percepções e natureza; e por fim, o estado moral, no qual o sujeito busca fazer na sua vida aquilo que é correto ou, no mínimo, passa a entender qual o modo “honesto” de se viver, mesmo que não o viva (PESTALLOZZI, 1797). Pestallozzi fundou na Suíça um centro de educação por meio do trabalho, onde recebia crianças pobres de todas as idades, estimulando, sobretudo a percepção. Por último, ressaltamos a contribuição de Pestalozzi, que fundou um centro de educação por meio do trabalho destinado a crianças pobres de diferentes faixas etárias, cujas atividades se apoiavam na estimulação da percepção. (GRASSI, 2009, p. 25). Já a primeira Instituição de reeducação foi fundada na Europa, na França, por Seguin, depois que não aceitou a idéia de que não havia cura para os deficientes mentais (“incurabilidade” da deficiência mental). Seguin, assim como Pestallozi, dedicava o seu http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney tempo na educação de crianças com deficiências mentas, tidas como anormais em sua época. Em 1837, criou uma Instituição para crianças com deficiência mental e, em 1848, mudou-se para os Estados Unidos, onde teve suas idéias completamente aceitas. (GRASSI, 2009) Cabe ainda ressaltar que Séguin foi responsável pela implantação da educação especial no Hospital-Asilo de Bicêtre, na França, lançando, na análise de Guimarães e Ross (2003, p. 49) as bases da compreensão psicogenética da aprendizagem dos deficiente mentais. (GRASSI, 2009, p. 24). Outra figura de suma importância para o surgimento da psicopedagogia foi Maria Montessori (1870-1952), psiquiatra italiana, a qual criou o método de aprendizagem para crianças retardadas, que depois foi utilizado para todas as crianças, em muitas Instituições de todo o globo. Este referido método é usado ainda nos dias de hoje. A psicopedagogia do Brasil é influenciada por teóricos argentinos tais como: Jorge Visca, Sara Paín, Alícia Fernandes e outros. A partir disto, começaram a instalarem-se no Brasil cursos de caráter psicopedagógico, como também conferências a respeito desta temática. È no final da década de 70 que surgiram os primeiros cursos de especialização em psicopedagogia. A psicopedagogia Brasileira, portanto, foi fortemente influenciada para psicopedagogia argentina (BOSSA, 1994). http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney A psicopedagogia nasce a partir do limiar entre a pedagogia e a psicologia, numa tentativa de compreensão e solução dos problemas de déficit de aprendizagem, tais como as dificuldades com a leitura, com a escrita e com a aritmética, dentre outras nuances. A pedagogia é a ciência que estuda o processo de ensino- aprendizagem e a educação como um todo, enquanto que a psicologia debruça-se sobre os processos mentais e comportamentais. Deste casamento de ciências nasce, então, a psicopedagogia, no afã da compreensão sobre as dificuldades de aprendizagem do aluno/sujeito (PINEL, 2008). Muitas teorias e teóricos embasam a psicopedagogia. Dentre eles poderíamos citar: Jean Piaget, Vigotsky, David Ausubel e Freud. O psicopedagogo argentino Jorge Visca (1935-2000) baseia toda a sua prática psicopedagógica na junção das teorias freudianas, piagetianas e da psicologia social de Pichon-Riviere. A epistemologia criada por Jorge Visca propõe um trabalho integrado entre a Instituição de Genebra (psicogenética de Piaget), a Instituição psicanalítica (Freud) e a psicologia social (Enrique Pichón Rivière). Da psicogenética de Piaget, Visca aproveita o exame de raciocínio; da psicanálise, o conceito de transferência e contratransferência e, da psicologia social, a aprendizagem centrada na tarefa e nos grupos operativos. (LEAL, 2011, p.32-33). http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney 3Visca, considerado um dos maiores psicopedagogos da América Latina, fundou centros de estudos de psicopedagogia em Bueno Aires, Rio de Janeiro, Curitiba, São Paulo e Salvador. Ele foi o criador da Epistemologia Convergente, linha que propõe um trabalho clínico utilizando-se da integração, assim como foi citado acima por Leal, de três linhas da psicologia: a psicogenética de Piaget, a Instituição Psicanalítica de Freud e a Psicologia Social de Enrique Pichon Riviére (LEAL, 2011). Quanto a Piaget, o mesmo é o criador a Epistemologia Genética, assim denominada por ele. Nesta teoria, Piaget descreve quatro estágios de desenvolvimento da inteligência do sujeito: sensório motor, pré-operatório, concreto e formal. Vigotsky (1896-1934) desenvolve a sua teoria sócio-interacionista, na qual, dentre outras afirmações, desenvolve o conceito de “zona de desenvolvimento proximal”, que é entendida como a zona entre o desenvolvimento real da criança e o seu desenvolvimento potencial. É com esta abordagem que o educador e/ou psicopedagogo creditará ao seu aluno/paciente sempre a esperança, confiança e autoestima para uma auto-superação, acreditando sempre no crescimento e desenvolvimento do seu aluno, trabalhando, porém, em sua realidade e presente. David Ausubel (1918-2008) é um teórico do campo da psicologia e da educação que desenvolveu uma teoria da aprendizagem chamada de Aprendizagem significativa. Nesta teoria, Ausubel, 3Nasceu em Baradero, província de Buenos Aires, em 14 de maio de 1935 e faleceu em 2000. (LEAL, 2011) http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ http://pt.wikipedia.org/wiki/David_Ausubel http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=25_de_outubro_1918&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Nova_Iorque_-_9_de_julho_de_2008&action=edit&redlink=1 ADQUIRA SEU CERTIFICADOAQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney ensina que, para que haja aprendizagem, a nova informação precisa relacionar-se com o conhecimento prévio do aluno o qual ele chama de subsunçor. A esse processo dá-se o nome de “ancoragem”. Defensor das teorias cognitivistas, David Ausubel apresenta em 1985 a teoria da aprendizagem significativa, que prioriza a organização cognitiva dos conteúdos aprendidos de forma ordenada, possibilitando ao aluno uma gama de opções de associações de conceitos de modo a levar à consolidação do aprendizado ou a um novo aprendizado. (LAKOMY, 2008, p. 61). Segundo este teórico e pesquisador, não há aprendizagem sem esta relação, que ele denomina de ancoragem. Fazendo-se um paralelo de sua teoria com a teoria de Jean Piaget, percebe-se que os dois entram em consenso quando afirmam sobre a necessidade da relação do conhecimento prévio do aluno com o novo conhecimento. Segundo estes autores (Ausubel e Piaget) não há aprendizagem sem esta relação. Quando Sócrates introduz o seu método socrático da ironia e maiêutica, o mesmo demonstra que, para que aconteça uma verdadeira aprendizagem é necessário gerar um conflito cognitivo no aprendiz, o que não deixa de ser uma relação entre os saberes, como Foi defendido por Piaget e Ausubel. O método da maiêutica e da ironia ensina que é através do confronto que se chega ao conhecimento e a verdade. E este confronto, nada mais é que o choque da nova informação http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney transmitida pelo professor ou o meio (meio ambiente que cerca o aluno), com a informação já residente no individuo. Maiêutica é o método praticado por Sócrates (cuja mãe, Fenáreta, era parteira) para ‘fazer nascer os espíritos dos pensamentos naqueles que os possuem sem o saber’. Em Menão, Sócrates apresenta sua ‘arte’: não existe ensino, e sim recordação [...]; eu não lhe ensino nada, e tudo o que faço é questionar [...]; naquele que não sabe, existem a respeito das coisas que ele acredita desconhecer, pensamentos verdadeiros a respeito das coisas que ele não conhece [...]; não é por não ter recebido de alguém algum ensinamento, mas principalmente por ter sido questionado que ele adquirirá conhecimentos, retomando, de dentro de si mesmo, o conhecimento que ele mesmo se dá... A ‘ironia socrática’ mostra sua ação de interrogar fazendo- se de ignorante. Maiêutica e ironia se inscrevem na oralidade do diálogo, em sua dialética. Para Sócrates, seu fundamento é a reminiscência (relembrar): o conhecimento nada mais é do que uma recordação; o diálogo conduz a uma anamnese, a um trabalho sobre o próprio saber, mas também se fundamenta ontologicamente (a noesis). (MORANDI, 2007, p. 37 – Grifos do autor). http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney Neste sentido (que o saber é apenas uma recordação) ele difere da concepção Piagetiana e da concepção de David Ausubel, os quais trabalham com o saber construído pelo próprio sujeito aprendente como também, com o conhecimento oriundo do simbólico e da significação, ou seja, a aprendizagem significativa. Quanto à Sigmund Freud, o mesmo foi o pai da psicanálise (técnica terapêutica que investiga o inconsciente humano e uma das bases da psicologia moderna) (ASSIS, 2007). Contudo, um capítulo desta monografia será dedicado inteiramente ao mesmo. Esses teóricos aqui mencionados contribuem significativamente para a formação do bojo teórico da psicopedagogia, apresentando diversas teorias que buscam explicar a questão da aprendizagem humana (âmbito pedagógico), do funcionamento do psiquismo humano (âmbito psicológico), como também dos impasses no processo desta mesma aprendizagem (âmbito psicopedagógico). As dificuldades de aprendizagem podem ser classificadas em três itens: dificuldade de leitura e interpretação de textos, dificuldades de escrita e dificuldades com a aritmética. As nomenclaturas usadas para essas referidas dificuldades de aprendizagem são, respectivamente: dislexia, disgrafia, disortografia e discalculia. A diferença entre a disgrafia e disortografia consiste no fato em que a disgrafia é um problema de escrita no qual o paciente/aluno tem problemas de cansaço ao escrever, letras muito “feias”, escritas ou com muita força ou pouca força, falta de noção nos tamanhos da http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney letra, resumindo, é um problema espacial. Já disortografia se dá quando o aluno/paciente confundi as letras e os fonemas, ou seja, troca as letras, erra as posições das letras, das silabas, ignora por muitas vezes o espaçamento entre as palavras, suprime letras, vogais, consoantes, etc., não sendo um problema espacial mas sim ortográfico (NOGUEIRA, 2011). Contudo, outras nomenclaturas, para casos específicos relacionados aos problemas de aprendizagem, foram cunhadas. Leal (2011) descreve sete classificações: Em relação à expressão problemas de aprendizagem, Nunes e Silveira (2008, p. 175) propõe uma síntese, destacando sete tipos de problemas de aprendizagem mais comuns na atualidade: dislexia- déficit no reconhecimento e na compreensão de textos escritos; dislalia – dificuldades na articulação, omissões ou trocas de um ou vários fonemas; disfasia – atraso no início da fala; disostografia – dificuldades no grafismo; disgrafia – dificuldades com a estrutura escrita, sintaxe, pontuação, posição das letras, organização dos parágrafos etc.; discalculia – dificuldades com o raciocínio lógico-matemático; transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) – dificuldades em manter a atenção, controlar os impulsos e inquietação motora. (2011, p. 52-53 – Grifos do autor) http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney Contudo, este assunto relacionado às dificuldade de aprendizagem será tratado com mais detalhes no capítulo quatro desta monografia. Atualmente a psicopedagogia se divide em dois ramos: a Clínica e a Institucional. A psicopedagogia Institucional debruça-se no trabalho psicopedagógico preventivo e, em sua maioria, grupal, enquanto que o psicopedagogo Clínico, no trabalho psicopedagógico terapêutico e/ou curativo e, sempre, individual. O especialista em Psicopedagogia pode atuar tanto em nível clínico quanto institucional, pois ele se propõe a compreender e atuar nos vínculos presentes entre o ato de ensinar e a ação de aprender, assim como nas possíveis barreiras que impedem seu fluir harmonioso. (PINEL, 2011, p. 10) http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney 9- PSICANÁLISE E PSICOPEDAGOGIA É de suma importância para a práxis psicopedagógica, o conhecimento de diversas teorias sobre o ensino aprendizagem e sobre o desenvolvimento do sujeito, como também dos processos psíquicos, e a psicanálisetem muito a contribuir com este campo do saber. Muitos dos problemas de aprendizagem que são observados em alunos em sala de aula ou não, não são de ordem cognitiva, motora, nem por falta de metodologias adequadas por parte do professor, mas sim, por questões afetivas, emocionais da parte do aluno (a). “Ao escutar seus pacientes, Freud acreditava que seus problemas se originaram de desejos que foram reprimidos e ficaram no inconsciente.” (ALMEIDA, 2011, p. 12) É diante desta demanda, que a teoria psicanalítica surge como uma ferramenta extremamente útil para a compreensão e, até mesmo, solução dos tais problemas de ensino-aprendizagem. Fundada por S. Freud (1856-1939), a psicanálise tem revolucionado o mundo contemporâneo através das suas descobertas e dos seus postulados. Muitos dos seus conceitos e expressões são usados corriqueiramente por muitas pessoas, se tornando assim, tais conceitos, expressões do próprio senso-comum (ALMEIDA, 2011). Diante disto, muitas das verdades descobertas pela psicanálise vêm como base e como caminho para o entendimento e até mesmo tratamentos dos problemas de aprendizagem de ordem emocional de muitas pessoas, sejam elas, adultos, jovens ou crianças, uma http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney vez que, erroneamente, devido ao método cientifico do positivismo, toda doença, inclusive as de cunho psíquico ou mental era tratada segundo este método, ou seja, buscava-se explicações de cunho orgânico, fisiológico para explicar tais fenômenos, ou seja, atribuía- se sempre causas físicas aos fenômenos psíquicos (DUPAS, 2007). É neste ínterim que a psicanálise vem contribuir significativamente no tratamento das neuroses, como também das psicoses, revelando, não uma causa física para a ocorrência delas, mas comprovando que a maior causa das neuroses humanas se dá por conflitos de cunho emocional. A partir desta “descoberta”, a psicopedagogia, um ramo do saber que compila principalmente conhecimentos da pedagogia e da psicologia, tem sido extremamente beneficiada. Pois, o psicopedagogo que conhece as teorias psicanalíticas, especialmente a freudiana, terá um olhar positivista para o seu paciente/aluno, buscando causas físicas para os problemas de aprendizagem, mas não somente terá este olhar; terá, antes de tudo, um olhar historiográfico, um olhar que compreende que os fatores emocionais e de desejo, influem sobremaneira na vida de um sujeito, inclusive nos processos de aprendizagem. PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM Atualmente muito se fala sobre os problemas de aprendizagem. Isso devido ao elevado índice de evasão Instituição, repetência, baixo rendimentos Instituição, dentre outros. No capítulo dois desta monografia, foi falado resumidamente as principais classificações http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney relacionadas aos problemas de aprendizagem Instituição. Dentre elas ressaltamos a disgrafia, a disortografia, a dislexia e a discaculia. Contudo, ainda se torna necessário aprofundar este estudo e esmiuçar este ramo do conhecimento e diferenciar o que seria: problemas de aprendizagem e dificuldades de aprendizagem, e ainda, distúrbios ou transtorno de aprendizagem, uma vez que muita confusão se faz, ainda, concernente a estes conceitos. E esclarecer se são ou não a mesma coisa dentro deste ramo do saber. Uma vez que uns pensam que são coisas distintas, enquanto outros não. Muitos autores, segundo Leal (2011) conceituam dificuldades de aprendizagem com o mesmo sentido e significado de distúrbios de aprendizagem, transtornos de aprendizagem ou ainda, fracasso Instituição. Contudo, muitos pesquisadores e profissionais da área afirmam que já existem muitos estudos e classificações que diferem esses conceitos, acima citados, um dos outros (LEAL, 2011). De acordo o documento elaborado pelo grupo de trabalho nomeado pela portaria n° 555/2007, prorrogada pela portaria n 948/2007, entregue ao Ministério de Educação em 07 de janeiro d 2008, intitulado: Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, a terminologia adotada deve ser Transtornos Funcionais Específicos. Porém, ainda, a nomenclatura fracasso Instituição é muitos utilizada e dificilmente substituída. Segundo Rovira (apud NUNES; SILVEIRA, 2008, p. 176-177) “a expressão fracasso Instituição é a mais conhecida e difícil de ser http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney substituída, embora seja um termo excludente, por não deixar nuances” (grifo do original). De acordo com este autor, a expressão fracasso Instituição é um conceito global, significando que o aluno fracassou em sua totalidade, de modo geral, durante os seus anos de estudo. Assim, esta expressão não é específica e objetiva, não servindo, portanto, para um bom diagnostico psicopedagógico. Para Paz (apud JOSÉ; COELHO, 2008, p. 23): Podemos considerar o problema de aprendizagem como um sintoma, no sentido de que não aprender não configura um quadro permanente, mas ingressa numa constelação peculiar de comportamentos, [...]. Além disso, os autores que se dedicam a esse assunto usam os termos problema e distúrbio de maneira indiscriminada. Assim, percebe-se que não há uma definição ou conceituação fechada concernente a esses termos, ficando, assim, a critério de cada autor a definição que achar melhor, de acordo com sua veia e base teórica. Kirk (1962, p. 263) afirma que: Uma dificuldade (ou distúrbio) de aprendizagem refere-se a um atraso, desordem ou retardo do desenvolvimento em um ou mais processos da fala, leitura, escrita, aritmética ou outro resultado Instituição do sujeito causado por uma http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney desvantagem psicológica devido a uma possível disfunção cerebral e/ou distúrbios emocional ou comportamental. Ela não é o resultado de retardo mental, privação sensorial ou de fatores culturais e educacionais. O que chama atenção na citação acima são duas coisas. Primeiro: o autor entende dificuldades de aprendizagem como a mesma coisa de distúrbios de aprendizagem; segundo: o mesmo deixa claro que nem todo distúrbio ou dificuldade de aprendizagem é oriunda de questões cerebrais ou fisiológicas, mas sim, podendo ser também de questões emocionais e/ou comportamentais, assunto este que trataremos mais detalhadamente no capitulo 3 deste trabalho. Alguns outros autores preferem chamar de transtornos de aprendizagem toda dificuldade ou problema Instituição que aluno apresenta, que o impede de desenvolver o seu aprendizado. Já outros usam várias nomenclaturas para a mesma situação de dificuldade ou problemas de aprendizagem. Leal (2011) afirma que: Segundo Garcia Sanchez (citado por Nunes Silveira, 2008, p. 174), “a definição mais aceita entre os estudiosos do tema tem sido a de um conjunto heterogêneo de ‘transtornos’que se expressa no campo da linguagem, da leitura, da escrita e das habilidades matemáticas, que podem aparecer ao longo do ciclo vital”. Alguns autores fazem uso de mais de uma terminologiana mesma definição do conceito, como é o caso http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney de Drouet (2000, p. 93): todos os ‘distúrbios’ da fala, da audição, emocionais, do comportamento, etc. – tem sua origem em causas diversas, porém todos eles se constituem em ‘obstáculos’ a aprendizagem, prejudicando-a ou mesmo impedindo-a. São, portanto, ‘problemas’dentro do processo de ensino-aprendizagem. (2011, p. 53- 54) Assim, a terminologia adequada, ou seja, se problema, distúrbio, transtorno, ou outros, fica a critério do pesquisador ou profissional da área da psicopedagogia. No entanto, o fica evidente nesta pesquisa é que é unanime entre os autores é a divisão das referidas dificuldade de aprendizagem em campos, a saber: da leitura, da escrita, da aritmética, e do comportamento. O que são, comumente denominados pelos teóricos de (respectivamente): dislexia, disgrafia e disortografia, discalculia e TDAH – transtorno do déficit de atenção e hiperatividade. Convém ressaltar que este último transtorno pode apresentar-se com o déficit somente de atenção TODA, somente com o déficit de hiperatividade TDH, ou com os dois déficits TDAH. A disgrafia é um problema de aprendizagem existente há muito tempo, contudo, sendo somente estudado nos últimos anos. A mesma é uma dificuldade de escrita, na qual a pessoa não consegue produzir uma escrita aceitável, apesar de possuir um nível intelectual normal e de não possuir problemas neurológicos ou fisiológicos. Já a disortografia é a incapacidade para transcrever http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney corretamente a linguagem oral. Tanto a disgrafia como a disortografia podem ser encaradas com: a dificuldade em codificar no papel a linguagem falada, ou seja, dificuldade em transformar em linguagem escrita a linguagem falada (LEAL, 2011). A palavra dislexia, de origem grega, vem das raízes “dis”, que significa “distúrbio” ou “disfunção” e “lexis” que significa “palavra” ou, em latim, “leitura”. Assim, pode-se se dizer que a dislexia é uma dificuldade na compreensão ou reconhecimento das palavras, ou seja, dificuldades em decodificar as letras silabam e palavras. Numa explanação mais simplificada, poder-se-ia dizer que a dislexia é a dificuldade com a leitura (LEAL, 2011, p. 78). A discalculia pode ser encarada como a dificuldade relacionada às operações aritméticas ou matemáticas. Existem poucos estudos pormenorizados sobre a discalculia, contudo, já é notório a manifestação deste problema de aprendizagem em muitas crianças, jovens e/ou adultos. Convém ressaltar que a dicalculia não é a má vontade ou falta de aptidão para o campo da matemática, ou, ainda, ausência de predisposição para resoluções de problemas matemáticos de cunho mais complexos. A discalculia é, na verdade, um trantorno ou dificuldade para realizar operações matemáticas elementares, de adição, subtração, divisão e multiplicação. Segundo Leal (2011, p. 81) o índice de acometidos da discalculia é de 5% de toda a população. http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney O TRATAMENTO DOS PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM DE ORDEM EMOCIONAL NUMA ÓTICA PSICANALÍTICA O ser humano é o ser mais complexo dentre os seres existentes na Terra. Essa sua complexidade não se dá apenas no âmbito físico, biológico ou fisiológico, mas especialmente no campo da subjetividade e afetividade. No decorrer da história, os estudos psicológicos sobre o ser humano tem se debruçado apenas no campo fisiológico (a parte física e biológica do ser humano), numa tentativa de desvendamento de distúrbios comportamentais e posteriormente de problemas de aprendizagem. Contudo, certos avanços e descobertas tem mudado a visão no que concerne à compreensão das alterações comportamentais e dos problemas de aprendizagem. Ou seja, tem se descoberto que muitos dos problemas comportamentais e de aprendizagem apresentados por determinadas pessoas tem sua gênese não no fisiológico, mas, principalmente no campo da afetividade, da subjetividade humana. O teórico considerado como o maior pensador concernente a análise da subjetividade humana é Sigmund Freud (o resumo de suas teorias foram discutidas no capítulo dois desta obra). O homem não é meramente um objeto, mas um sujeito. Enquanto sujeito, compreende-se que o mesmo é constituído por uma história e símbolos particulares, ou seja, pessoais. A história e a simbologia que compõe um sujeito não é a mesma que compõe outro. É a http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney chamada digital da alma. É isto que compõe a subjetividade humana. (DUPAS, 2007) Assim, os problemas de aprendizagem apresentados por muitos alunos não decorrem de falhas no campo físico de sua mente ou cérebro, mas sim, no campo da sua historicidade e no seu campo simbólico. São esses campos que tecem a afetividade e a motivação do sujeito e, consequentemente, o caráter enigmático dos problemas de aprendizagem. Enigmáticos, no sentido de trazer significados mais amplos e intangíveis que os aparentes à primeira vista, significados que estão associados à história de cada aluno e que fazem com que cada aluno que apresente dificuldade de aprendizagem tenha também suas motivações pessoais e individualizadas para apresentá-las (DUPAS, 2007). Dito de outro modo, o processo de aprendizagem de cada aluno tem aspectos subjetivos simbolicamente definidos, e muitas vezes, quando há dificuldades neste processo, nem o próprio aluno tem acesso imediato a um saber que explique as causas da sua dificuldade ou do seu baixo desempenho nas disciplinas Instituições. Muitos autores consideram que a motivação está relacionada às emoções naturais dos alunos nas relações humanas. Teóricos consideram que os aspectos motivacionais estão atrelados às crenças e valores por parte do aluno, e isso, de alguma forma, interfere no seu processo de aprendizagem, ou seja, no modo como os alunos enfrentam a vida Instituição. (DUPAS, 2007) http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney Um dos exemplos de como a questão da afetividade interfere na aprendizagem é na relação professor-aluno. Quando esta relação é sadia, observa-se que absorção por parte do aluno do conteúdo ministrado pelo professor é bem maior. Quando esta relação não é sadia, percebe-se um baixo rendimento Instituição/acadêmico por parte do aluno. Outro exemplo se dá quando o aluno sofre problemas familiares, tais como: separação dos pais, pedofilia, brigas entre os pais, “mimo” demais por parte dos pais ou violência por parte dos pais/representantes, etc. os quais geram um déficit de aprendizagem muito grande no aluno. Assim, a despeito de que Freud, em sua volumosa obra não discorre de modo frequente e prioritário sobre o processo da educação e da aprendizagem, a teoria psicanalítica, em muito, contribui para a compreensão e clínica dos tais problemasde aprendizagem apresentados por determinados alunos. Outro ponto paralelo que se pode encontrar entre a teoria Freudiana e o processo de ensino aprendizagem é a questão do diagnóstico inicial, o qual é possível através da fala do aluno para um maior entendimento da sua subjetividade, como também a questão da relação transferência. [...] O aprofundamento da analogia permite delinear de forma bastante precisa as funções e a importância do diagnóstico inicial, caracterizando suas metas como problematização do desconhecido, a instauração da relação transferencial pedagógica e a categorização de http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney estruturas básicas de pensamento do aluno a partir de sua relação com os princípios científicos [...] (VILLANI, 2007, p.01). Freud coloca em sua obra que, entre o analista (psicanalista) e o paciente ocorre um processo de transferência. Esse processo consiste no seguinte: os sentimentos que o paciente retém como forma sintomática, devido a algum trauma do passado, sejam eles sentimentos de ódio, de amor, de repudio, etc., são de alguma forma transferidos para o analista (psicanalista). E, segundo Freud, sem esta relação transferencial entre analista e paciente, a pratica da clinica psicanalítica ficaria inviável e ela se dá mediante a fala (associação livre). Freud discorre da seguinte forma: O que está em pauta não pode ser outro fator senão a submissão do paciente em relação ao analista, derivada de seu complexo paterno - em outras palavras, a parte positiva daquilo que chamamos de transferência (1923, p. 69). Esse mesmo processo transferencial ocorre na relação professor- aluno, e é a partir desta relação transferencial que o processo de aprendizagem se instala ou se bloqueia. Desta maneira, sentimento de raiva, ódio, amor, culpa, desejo, medo, etc. que a criança tem guardado dentro de si, devido a algum trauma familiar, por exemplo, poderá ser transferido para a pessoa do professor. Assim, o http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney processo transferencial pode ser de cunho positivo ou negativo. Freud afirma: Esta transferência é ambivalente; compreende tanto atitudes positivas e afetuosas, quanto negativas e hostis em relação ao analista que, via de regra, é posto no lugar de um dos pais do paciente- pai ou mãe (CUNHA, 1978, 23). Diante deste possível fator, é imprescindível que o psicopedagogo faça constantemente uma avaliação diagnóstica do seu paciente, como também uma anamnese (do grego “Ana”, “trazer de novo” e “mnesis”, “memória”, é uma entrevista realizada pelo profissional de saúde ao seu paciente ou familiares e amigos do mesmo, que com o objetivo de colher informações relacionadas à doença. A psicanálise propõe uma “re-vivênvia” dos fatos traumáticos para uma possível cura ou desaparecimento dos sintomas. Isto demonstra que, segundo a teoria psicanalítica, o paciente precisa, mediado pelo analista, se colocar não como objeto de suas lembranças traumáticas, mas, como sujeito. Este mesmo raciocínio se dá para o processo de aprendizagem. É necessário que o aluno se debruce sobre o objeto de estudo, que o construa e desconstrua, para que assim haja uma verdadeira aprendizagem por parte o educando. E, diante disto, as dificuldades de aprendizagem apresentadas por certos alunos, e que são de ordem emocional, são, evidentemente, bem atendidas pela intervenção psicopedagógica subsidiada pelas teorias da http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_grega http://pt.wikipedia.org/wiki/Entrevista http://pt.wikipedia.org/wiki/Paciente ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney psicanálise. Assim, os problemas de aprendizagem de ordem emocional, pode ser solucionados ou, no mínimo, amenizados, a partir desta parceria, uma vez que a psicanálise tem a função de conduzir o seu paciente (aluno) a fazer uma “catarse” de todo conteúdo traumático e reprimido que bloqueia o paciente (aluno) a realizar suas tarefas elementares, especialmente, as Instituições e acadêmicas. É mediante este estudo que fica notório a importância que tem as descobertas de Freud para a solução dos problemas de aprendizagem de ordem emocional. Convém frisar que o professor e o psicopedagogo assumirão papel de mediadores deste processo de aprendizagem (do aluno), permitindo assim, que o próprio aluno seja sujeito e não objeto da sua aprendizagem. Este percepção é extremamente essencial na práxis docente e psicopedagógica uma vez que cada aluno apreende o conteúdo Instituição de uma forma particular, de acordo com a sua historicidade, simbologias e motivações próprias. É nesta perspectiva que, tanto o professor como o psicopedagogo atuará diante do seu aluno/paciente mediante uma escuta ativa, ou seja, que perceba as nuances do seu aluno/paciente através da sua fala, dos atos falhos, dos seus esquecimentos. Lembrando sempre que o erro faz parte da aprendizagem, sem erro, não há aprendizagem. É necessário enxergar/ouvir o aluno/paciente, mas não somente ouvir o que o aluno diz verbalmente, mas também ouvi-lo através das entrelinhas, através de olhar psicanalítico/psicológico/psicopedagógico, sabendo que por muitas http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney vezes o mecanismo de defesa do ego denominado “formação reativa” atuará fazendo o aluno/paciente se comportar exatamente o contrário do que realmente é, sente, pensa, etc., como também o mecanismo de defesa do ego denominado “racionalização” fará com que o mesmo justifique o seu comportamento camuflando a verdadeira causa. Esses referidos mecanismos de defesa foram postulados por S. Freud. Segundo Assis: Ocorre, assim, que os mecanismos que o ego utiliza para se proteger de sofrimentos são elaborados inconscientemente e, desse modo, permanecem em sua maneira de atuar. Ou seja, não temos consciência de que nosso comportamento está sendo determinado por esses mecanismos (2011, p. 51) Um dos mecanismos de defesa postulado por Freud que mais tem relação com a prática institucional é a sublimação. O mecanismo de defesa da sublimação consiste num redirecionamento de toda a libido e pulsão, como também dos instintos de sexualidade e agressividade, para práticas socialmente aceitas, como por exemplo, a canalização de toda a energia psíquica do sujeito para a prática de esportes, artes, estudos, etc. Assim, este referido mecanismo de defesa, de fato, segundo a postulação freudiana, é o que proporciona o advento da educação, dos estudos, a busca pelo saber, dentre outras coisas. Sendo assim, é de vital importância que o psicopedagogo, em seu trabalho clínica ou institucional, procure desenvolver este mecanismo, visando promover no seu http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney cliente/aluno um comportamento e praticas que fujam da perversão social e permita ao mesmo, um crescimentoem sua vida intelectual, Instituição, acadêmica. O mecanismo de sublimação apresenta-se como real campo da educação, como a grande possibilidade de constituição do sujeito ético. Ele nos mostra o caminho para a transformação das forças pulsionais social e individualmente inadequadas e prejudiciais se utilizadas à revelia do ímpeto impensado do desejo em realizações no campo da ciência, da pesquisa, da arte, da ação social, enfim, das produções benéficas. (ASSIS, 2011, p. 58) Assis, na proposição anterior esclarece que, até mesmo, o próprio fazer científico, tais como as descobertas científicas, o debruçamento para a pesquisa acadêmica, etc. deriva da atuação deste mecanismo de defesa. Assim, a psiquê humana, segundo esta colocação de Freud, analisada por Assis (2007), consegue realizar suas pulsões mais primitivas e animalescas através da sublimação, ou seja, de algo que beneficia, não somente a si mesmo, mas todo um conjunto social. É, portanto, através do estimulo deste mecanismo que o fazer educativo se fará no sujeito/estudante, que apresente determinado problema de aprendizagem. http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney Ainda, sobre a importância deste mecanismo de defesa para o fazer educativo mediado pela atuação psicopedagógica, Assis (2007) acrescenta: Ao educador compete propiciar oportunidades para a canalização da pulsão na forma da sublimação. Para isso, pode lançar mão de estratégias variadas, de acordo com o interesse manifestado pelo aluno. Temos, para tanto, as brincadeiras, os esportes, a música, a dança, o teatro, os contos e as fábulas, os contos de fada, a leitura, o desenho, a pintura, a modelagem, a elaboração de textos, a pesquisa, os passeios, as amostras de ciências e matemática e outros recursos que podem abrir novos horizontes para as atividades da criança. (ASSIS, 2011, p. 58) Algo a ressalvar na colocação do autor é a oportunidade e possibilidade que o educador, em especial, o psicopedagogo, tem para canalizar a pulsão do seu aluno/paciente para as referidas práticas sociais aceitas. Em outros termos, desenvolver no sujeito aprendente e como muitas vezes dificuldades de aprendizagem, o mecanismo da sublimação. Esse processo de sublimação nada mais é que um redirecionamento emocional, afetivo das pulsões elementares do ser humano para práticas que beneficie a sociedade como um todo. Entende-se assim que, a estimulação do mecanismo de defesa da sublimação por parte do psicopedagogo, apresenta-se como um http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney recurso de solução de barreiras emocionais (situações emocionais, afetivas mal resolvidas), uma vez que permite a canalização de toda esta energia afetiva, emocional para a dedicação aos estudos, por exemplo. E, o psicopedagogo encontrando o caminho para realizar esta tal estimulação, evidentemente, essas barreiras emocionais que se colocam como entrave no processo educativo do sujeito, serão desfeitas. Desta maneira, mediante este cruzamento teórico dos postulados freudianos e os conceitos da psicopedagogia, é possível prestar um atendimento de maior qualidade e mais significativo à realidade psíquica do paciente/aluno. Diante do exposto, nota-se que a contribuição da psicanálise freudiana para a atuação psicopedagógica é de fundamental importância. No entanto, doutrinas psicanalíticas de outros teóricos também contribuem significativamente para a atuação psicopedagógica, como por exemplo, a vertente lacaniana. No capítulo três desta monografia, um resumo sobre a biografia e postulados de Lacan já foram discorridos. Assim, aqui neste capítulo quatro, far-se-á uma análise, a partir de Assis (2007) de como esses tais postulados lacanianos subsidiam a prática educativa e psicopedagógica e contribuem para o tratamento dos problemas de aprendizagem de ordem emocional. Para Assis (2007), os conceitos lacanianos, quando aplicados à prática educativa e psicopedagógica, melhoram o desenvolvimento e consequentemente, o desempenho Instituição da criança. http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney Temos na obra lacaniana, a valorização dos aspectos cognitivos tendo em vista o libertar-se de amarras imaginárias para a assunção ao status do simbólico. Talvez, também, decorra daí o desejo inerente à criança de saber, de conhecer, desejo ao qual os educadores devem ficar atentos para o satisfazer quando surgirem. Aproveite-se, para tanto, o objeto para o qual a curiosidade infantil se direciona no momento como conteúdo de enriquecimento da ação educativa, tendo em vista favorecer o desenvolvimento da criança, ou seja, a saída gradativa e progressiva da dependência em direção à autonomia. (ASSIS, 2007, p. 68) A mesma autora, ainda descreve o conceito lacaniano do “sujeito suposto saber” (a criança confere ao educador e/ou psicopedagogo qualidade de “aquele que tudo sabe”) como possibilidade ao educador aperfeiçoar o seu trato com crianças, durante o seu atendimento, não satisfazendo a sua vaidade quando ocorrer o fenômeno do “sujeito suposto saber” por parte da criança através do fenômeno da transferência. Não permitindo, assim, o educador e/ou psicopedagogo, que, mediante a contratransferência, o mesmo acabe retroalimentando este tal fenômeno, sendo que, o referido fenômeno tem dois viés: o positivo e o negativo. (ASSIS, 2007) Quanto ao positivo, poder-se-á citar que através do fenômeno “o sujeito suposto saber” a criança depositará certa confiança no seu http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/ ADQUIRA SEU CERTIFICADO AQUI Todos os direitos autorais desta obra estão assegurados. Está avisado! INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 Prof. Elvys Tierney tutor (educador, terapeuta, psicopedagogo), e isso permitirá que o mesmo (educador, psicopedagogo) possa, então, direcionar, ou redirecionar a criança ao caminho correto. Por outro lado, este citado fenômeno pode levar a criança a sofrer frustrações, quando o seu tutor, que alimentou este fenômeno na criança, apresentar falhas, erros, etc. o que poderá ocasionar uma decepção no educando. (ASSIS, 2007) Por isso, assim como acontece com a “transferência” o mesmo acontece com o fenômeno “o sujeito suposto saber”, ou seja, para que os mesmos proporcionem algo benéfico no educando, é necessário que o tutor saiba conduzir o desencadear deste processo, tomando muito cuidado com a contratransferência (ASSIS, 2007). É assim que será possível ao psicopedagogo ajudar o seu paciente, fazendo com que o mesmo (o paciente) não se “escore” no seu terapeuta/psicopedagogo, mas sim, seja apenas mediado pelo mesmo, e, a partir disto, busque o seu próprio caminho na construção do seu saber. O conceito de ‘sujeito suposto’ saberpermite aos educadores perceber o quanto a criança pode colocá-los no lugar daquele que tudo sabe, conferindo-lhes a posição de oniscientes. O psicopedagogo saberá ser honesto consigo próprio e com a sua criança, ao não satisfazer a sua vaidade através de uma contratransferência. Não ocupará esse lugar, mas sim irá aproximar- se da criança como continente e como limite, isto http://ead.institutoedukar.com.br/cursos/certificado-curso-psicanalise/
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