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Módulo Psicanalise E Afins

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INSTITUTO EDUKAR - 18.484.524/0001-60 
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DISCIPLINAS 
 
1- Introdução à Psicologia 
2- História daPsicanálise 
3- Psicanálise Freudiana 
4- Introdução àPsicanálise Lacaniana 
5- Introdução à Psicanálise de Winnicott 
6- Introdução à Psicanálise de Pichon Riviére 
7- Introdução à Psicanálise Junguiana 
8- Psicopedagogia 
9- Psicopedagogia e Psicanálise 
10- Mediação de Conflitos 
 
 
 
 
 
 
 
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1- INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA 
 
A psicologia é uma ciência nova, e tem como escopo, estudar a 
mente humana. O termo psicologia é de origem grega, nascido a 
partir da junção de dois vocábulos gregos, psico e logia. Psico ou 
psiquê siginifica alma, enquanto que logia, estudo (BOCK; 
FURTADO, 2001). 
 
Desde o surgimento da psicologia, muitas correntes psicológicas se 
desdobraram dela. Dentre essas correntes, algumas foram de vital 
importância para o embasamento empírico da psicologia, 
contribuindo até mesmo, para a consolidação da mesma como 
ciência. Dentre essas correntes pode-se citar o Behaviorismo, termo 
que significa literalmente comportamento, a Gestalt e a Psicanálise. 
Destas três, a psicanálise ganhou mais popularidade perante os 
leigos. Sigmund Freud, Pavlov e Skinner, são alguns dos nomes 
que contribuiram para a formalização da psicologia como ciencia, 
bem como para a formulação e ramificação do seu bojo teórico 
(BOCK; FURTADO, 2001). 
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2- HISTÓRIA DA PSICANÁLISE 
 
O movimento psicanalítico começou no século XIX com Sigmund 
Freud (1856-1939). O próprio Freud se intitula como o criador da 
psicanálise. 
 
A Psicanálise teve seus primórdios quando Freud (1856-1939) 
começou a trabalhar com Charcot (1825-1893), o qual se utilizava 
do método hipnótico para tratar dos seus pacientes histéricos. 
Convém ressaltar que a palavra histeria significa literalmente útero, 
uma vez que se acreditava que somente as mulheres eram vítimas 
da histeria. Tal pensamento, mais adiante, pelo próprio S. Freud, é 
desconstruído, provando-se que homens também se faziam vítimas 
da histeria (FREUD, 2000). Afirma Sigmund Freud em sua obra 
“Publicações Pré-Psicanalíticas e Esboços Inéditos”: 
 
Tive, assim, oportunidade de ver um grande 
número de pacientes, de examiná-los e de ouvir a 
opinião de Charcot a respeito deles. O que me 
parece ter tido maior valor do que essa efetiva 
aquisição de experiência foi, no entanto, o 
estímulo que recebi, durante os cincos meses 
que passei em Paris, do meu constante contato 
científico e pessoal com o Professor Charcot. 
(FREUD, 1886, p. 13). 
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Assim, Freud (1856-1939) passa a analisar, juntamente com o seu 
tutor, o Dr. Charcot (1825-1893), inúmeros casos de histeria e 
observa como Charcot conduz e trata dos seus pacientes. Freud e 
Charcot percebem que muitas das causas da histeria são traumas 
esquecidos, lembranças reprimidas e que, através da hipnose, os 
mesmos vinham à tona e com isso amenizava-se, de alguma 
maneira, os sintomas (reações psicossomáticas ou efeitos da 
histeria). Diante disto, tanto Charcot (1825-1893), como Freud 
(1856-1939) constatam que no psiquê humano existe um lado 
obscuro, escondido, secreto, o qual eles denominam de 
“Inconsciente”. (FREUD, 2000). 
 
Obtemos assim o nosso conceito de inconsciente 
a partir da teoria da repressão. O reprimido é, 
para nós, o protótipo do inconsciente. 
Percebemos, contudo, que temos dois tipos de 
inconsciente: um que é latente, mas capaz de 
tornar-se consciente, e outro que é reprimido e 
não é, em si próprio e sem mais trabalho, capaz 
de tornar-se consciente. Esta compreensão 
interna (insight) da dinâmica psíquica não pode 
deixar de afetar a terminologia e a descrição. Ao 
latente, que é inconsciente apenas 
descritivamente, não no sentido dinâmico, 
chamamos de pré-consciente; restringimos o 
termo inconsciente ao reprimido dinamicamente 
inconsciente, de maneira que temos agora três 
termos, consciente (Cs.), pré-consciente (Pcs.) e 
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inconsciente (Ics.), cujo sentido não é mais 
puramente descritivo. (FREUD, 1923, p. 9-10) 
 
Freud também teve a oportunidade de conhecer Josef Breuer 
(1842-1925). Eles debruçam-se a estudar pessoas que sofrem de 
histeria, assim como fazia Charcot; o caso mais famoso 
acompanhado por eles é o caso de Anna O. (FREUD, 2000). Freud 
e Breuer escrevem uma obra intitulada “Estudos sobre a Histeria”. 
Nela Freud relata que: 
 
Foi especialmente observável, em Anna O., o 
grau em que os produtos de seu “mau eu”, 
conforme ela própria o denominava, afetavam 
seu senso ético mental. Se esses produtos não 
tivessem sido continuamente eliminados, ter-nos- 
íamos confrontado com uma histérica do tipo 
malévolo [...]. Já descrevi o surpreendente fato de 
que, do começo ao fim da doença, todos os 
estímulos decorrentes do estado secundário, 
junto com suas conseqüências, eram eliminados 
de maneira permanente ao receberem expressão 
verbal na hipnose, e resta-me apenas 
acrescentar a certeza de que isso não foi uma 
invenção minha imposta à paciente por sugestão. 
(1985, p. 48) 
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3- PSICANÁLISE FREUDIANA 
 
A partir desses estudos empíricos, Freud propõe, então, a sua 
primeira teoria sobre a estrutura da psique, que consiste no 
entendimento da mente sob três compartimentos ou divisões, 
denominadas por ele de regiões topográficas. Elas são: consciente, 
pré-consciente e inconsciente. O conceito de pré-consciente surgiu 
como um por menor desta teoria, não sendo, portanto, tão 
importante quando ao conceito do consciente e inconsciente. 
Contudo, percebendo que esta teoria não explicava plausivelmente 
todos os fenômenos psíquicos, o mesmo então propõe uma 
segunda teoria, desta vez dinâmica, sobre o aparelho psíquico: o id, 
o ego e superego. Era a primeira e a segunda tópica sobre o 
funcionamento da vida mental. 
 
Freud, inicialmente, formulou a teoria topológica 
da estrutura da mente, na qual encontramos os 
conceitos de mente inconsciente e mente 
consciente [...] a mente funciona através de 
trocas estabelecidas entre o ego, o superego e o 
id. O inconsciente se faz presente em todas 
essas instâncias psíquicas e em suasformas de 
funcionamento. (ASSIS, 2007, p. 35-37). 
 
 
A partir da elaboração destas teorias, Freud desenvolve o conceito 
de mecanismo de defesa e os estágios psicossexuais do 
desenvolvimento do sujeito; com relação aos estágios 
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psicossexuais, os mesmos consistem no estágio: oral, anal, fálico, 
latência e genital. É a partir desta “descoberta” que Freud embasa a 
sua teoria sobre a sexualidade infantil, que sofreu muito repúdio em 
sua época; concernente aos mecanismos de defesa, poder-se-ia 
citar: o recalque, a repressão, a projeção, a introjeção, voltando-se 
contra o self (Ana Freud), a sublimação, a formação reativa, a 
racionalização, etc. (ASSIS, 2007). 
 
Àrbila Luiza Armindo Assis define “Mecanismo de Defesa do Ego” 
como: 
 
[...] a luta e as estratégias que este empreende 
para defender-se de idéias , emoções e 
sentimentos muito desagradáveis ou até mesmo 
insuportáveis que foram recalcados e ameaçam 
vir à tona devido à pressão pulsional. O ego 
engendra certas manobras que permitem que 
esses conteúdos recalcados se expressem por 
meio de novas idéias, emoções e atitudes de 
forma a não causar tanta dor. (ASSIS, 2007, p. 
50-51). 
 
Freud segue tecendo o corpo teórico do que denomina de “nova 
ciência” e elabora o conceito de pulsão de vida (Eros) e pulsão de 
morte (Tanatos), e ainda, o instinto de sexualidade, e o instinto de 
agressividade; a pulsão de vida relaciona-se a tudo aquilo que une 
e a pulsão de morte a tudo aquilo que separa. O mesmo vale para 
os instintos de sexualidade e agressividade respectivamente 
(SANTOS, 2007, p. 3). 
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Toda esta trama de conceito surge para explicar as causas de 
fenômenos comportamentais patológicos, os quais foram 
classificados por ele de: neurose (que se divide em obsessiva, de 
angústia e de histeria), psicose e perversão; a neurose seria um 
conflito entre o id e o ego; a psicose, um conflito entre o ego e o 
mundo externo; e a perversão, quando o ego rejeita, em 
determinada instância, as exigências o superego, daí surgindo, 
portanto, as perversões, tais como: a pedofilia, voyeurismo, etc.. 
Freud, em seu artigo escrito em 1824 cunha a fórmula básica para o 
surgimento das neuroses e psicoses. Ele diz: “a neurose é o 
resultado de um conflito entre o ego e o id, ao passo que a psicose 
é o desfecho análogo de um distúrbio semelhante nas relações 
entre o ego e o mundo externo”(FREUD, 1824, p. 1). Contudo, 
essas fórmulas ainda são muito superficiais para explicar tais 
fenômenos psíquicos, assim afirmou Freud. Segundo Freud, o 
presente e o futuro de um sujeito está fundado em seu passado, 
especialmente aquele passado que está oculto em seu 
inconsciente. Assim, para a alteração do presente e do futuro, é 
necessário se conhecer o passado e o que está escondido no mais 
profundo da alma (inconsciente). 
 
A teoria psicanalítica afirma que existem acontecimentos, 
pensamentos, sentimentos e traumas dos quais o sujeito não se 
lembra, ou seja, que estão em seu inconsciente, mas, que muitas 
vezes afeta o seu comportamento presente. A razão para esta 
“amnésia” do sujeito consiste em que, certas lembranças são 
demasiadamente dolorosas para o mesmo, ou seja, são 
insuportáveis. Então o ego, através do seu mecanismo de defesa 
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mais importante, a repressão, reprime toda esta lembrança para o 
inconsciente, expulsando-as da consciência (FREUD, 1923). 
 
Freud afirma que ser humano tem desejos e necessidades, e ele as 
diferencia; os desejos são de ordem psicológica, enquanto que as 
necessidades são de ordens fisiológicas; a repressão exacerbada 
desses desejos e necessidades podem gerar doenças 
psicossomáticas (doenças da alma que afetam o corpo) (FREUD, 
1923). 
 
Em 1900 Freud lança seu Best-seller: “A Interpretação dos Sonhos 
I” e logo em seguida, “A Interpretação dos Sonhos II”. Nesta obra o 
mesmo trata dos assuntos voltados a interpretação dos sonhos uma 
vez que ele acredita que os sonhos são as janelas da alma, ou seja, 
meios para se acessar o inconsciente. Os outros meios são: os atos 
falhos ou chistes, a fala e a hipnose. 
 
Para se interpretar os sonhos é necessário o analista (psicanalista) 
ter em mente que o sonho tem o seu conteúdo manifesto (aquilo 
que o paciente lembra) e o seu conteúdo latente (o significado real 
de cada símbolo onírico). A transformação do conteúdo latente em 
conteúdo manifesto se dá pelo processo de condensação e 
deslocamento. 
 
Com relação aos conteúdos que aparecem nos 
sonhos, estes sofrem os processos de 
condensação e deslocamento, sendo necessário 
o trabalho de um psicanalista para que haja uma 
interpretação acertada, condizente com a história 
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de vida do indivíduo que produziu o sonho. [...] 
Entendemos por condensação o processo 
psíquico que reúne em um só elemento – uma 
pessoa, um objeto, uma cena – vários conteúdos 
significativos. Por exemplo: uma criança pode 
representar o próprio paciente quando este era 
pequeno e, ao mesmo tempo, pode representar 
seu filho, uma criança que viu chorando no dia 
anterior, um menino ao qual negou auxílio na rua 
e ainda outras figuras significativas para ele. [...] 
Segundo Freud, deslocamento refere-se ao fato 
de uma idéia, um sentimento ou uma emoção 
poderem ser deslocados de uma pessoa para um 
objeto, uma circunstancia ou vários outros 
elementos. (ASSIS, 2007, p. 36). 
 
 
Freud abandonou o método da hipnose por acreditar que nem todas 
as pessoas eram hipnotizáveis e, depois do método catártico (a 
catarse refere-se à purificação da alma por meio de uma descarga 
emocional provocada por um drama), desenvolve o método da 
associação livre (a psicanálise antes de ser ciência, era apenas um 
método de tratamento mediante a catarse, mas com seu 
desenvolvimento, transforma-se em um ramo da psicologia) que 
consistia em deixar o paciente deitado em divã, estimulando o 
mesmo a falar o que lhe viesse à mente, fazendo assim uma 
associação entre os seus pensamentos conscientes e, a partir das 
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entrelinhas da fala do paciente, o acesso ao inconsciente. Esta idéia 
veio de uma de suas pacientes (ASSIS, 2007). 
 
Ainda, outros conceitos foram tratados em sua volumosa obra, tais 
como: o complexo de Édipo, Narcisismo, resistência, transferência, 
contratransferência, etc., os quais serão abordados na matéria: 
Psicopedagogia e Psicanálise. 
 
 
 
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4- INTRODUÇÃO Á PSICANÁLISE LACANIANA 
 
Outros psicanalistas se formaram dando prosseguimento à obrade 
Freud. Dentre os mais destacados estão: Jaques Lacan, Winnicott, 
Pichon Riviére, Ana Freud, Melanie Clair, C. G. Jung, etc. Como 
também, outras teorias e praticas terapêuticas surgiram para 
completar o pensamento psicanalítico freudiano, como o método a 
análise transacional, elaborado por Èric Berne (1958), cujo foco 
principal de seu bojo teórico é o PAC, os três estados do ego: pai, 
adulto e criança (BERNE, 1981). 
 
Concernente ao psicanalista Jacques Lacan, cujo nome completo é 
Jaques Èmile Lacan (1901-1981), o mesmo foi um psiquiatra e 
psicanalista Frances. Lacan vem por contribuir à psicanálise através 
de acréscimos ao bojo teórico da psicanálise. Lacan é considerado 
como um psicanalista ortodoxo, ou seja, fiel a obra de Freud. Lacan, 
ao fazer sua releitura da obra do mestre S. Freud, propõe um 
retorno à psicanálise ortodoxa, ou seja, a freudiana. No entanto, 
Lacan concede a psicanálise um cunho filosófico, antropológico e, 
principalmente linguístico, ampliando, assim, sua compreensão. A 
obra de Lacan compreendo um volume de 54 artigos e um livro, 
obra essa que foi traduzida para dezesseis línguas (ASSIS, 2007). 
 
Dentre os conceitos que foram acrescidos por Lacan ao escopo 
psicanalítico, pode-se citar o conceito de: sujeito, simbólico, 
imaginário, real, significante, nome-do-pai, e outros, segundo Assis 
em sua obra “Influências da psicanálise na educação: uma prática 
psicopedagógica (2007)”. 
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O sujeito para Lacan difere da noção de sujeito que se tem até 
então, noção essa que entendia o sujeito da consciência. Lacan 
propõe o sujeitodo inconsciente e do desejo. Isto retrata a 
importância que Lacan dava ao inconsciente humano, demonstrado, 
segundo a sua visão, que era o inconsciente que regia todo o 
comportamento humano (ASSIS, 2007). 
 
Os conceitos de simbólico, imaginário e real são inseparáveis na 
tópica lacaniana. A questão do simbólico consiste, segundo Lacan, 
no fator no qual todo um conjunto de signos e linguagem de certa 
maneira impostos pela sociedade, família, etc. configura a 
personalidade do sujeito, a partir de quando recém nascido. Mas 
não se restringe a esta explicação, pois também, o conceito de 
simbólico, na perspectiva lacaniana, se dá no sujeito a partir do 
momento que o mesmo consegue, de alguma forma, simbolizar, 
comunicar-se mediante alguma forma de simbolização. Lacan diz 
que os seres humanos são constituídos pelo desejo dos outros, 
pelo fato que ser constituídos a partir dos signos culturalizados que 
estão presente na sociedade e que se introjetam no sujeito (ASSIS, 
2007). 
 
O conceito de imaginário, segundo Lacan, citado por Assis (2007), é 
o processo que se dá antes da simbolização, mediante uma 
introspecção da figura dos pais, ou seja, da imagem e idéias que se 
tem deles. Daí a importância dos pais pra o desenvolvimento 
infantil. È esta relação que constitui o ser, desde quando recém 
nascido (ASSIS, 2007). 
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O real, na conceituação lacaniana consiste nos desejos e fantasias 
presentes na mente inconsciente do recém nascido. Já o 
significante são palavras, objetos, ações ou quaisquer outras coisas 
que, para o sujeito, tem uma importância singular, e que por isso, o 
faz repetir esta palavra ação, etc. à sua revelia. E o conceito de 
nome-do-pai na teoria lacaniana se dá no processo no qual as 
normas, as regras, as palavras de ordem e de limite, ditadas pelo 
pai ou por algum parente que exerça tal função, é introspectada na 
mente infantil. 
 
Sobre Lacan e sua teoria relacionada ao nome-do-pai, Àrbila Assis 
pontua que: 
 
Vemos que essa função paterna vem ao encontro 
da necessidade essencial da educação (tanto 
familiar quanto Instituiçãor e social) de colocação 
dos limites que podem acontecer tanto 
sistematicamente quanto assistematicamente. 
Como função que é, não está atrelada objetiva e 
diretamente ao pai, podendo ser desempenhada 
por quem o substitui, independente do gênero. 
(ASSIS, 2007, p. 66). 
 
 
Conceito criado por Lacan, O NOME-DO-PAI, não é um termo de fácil 
entendimento. É notório que ele cria esse conceito a partir da teoria 
freudiana, especialmente passando pelo conceito do Complexo de 
Édipo. Contudo, quando Lacan introduz o conceito de nome-do-PAI, 
ele está juntando uma bagagem e interpretação da teoria de Freud, 
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juntamente com suas experiências pessoais com seu pai e seu avô, as 
quais lhe geraram traumas emocionais, bem como do próprio Lacan 
para com um dos seus progenitores, com relação ao qual não 
conseguiu pôr nele o seu nome, o nome do pai, por motivos conjugais. 
Assim, concernente a esse conceito, Lacan quer demonstrar a 
importância do nome do pai na criança no âmbito cultural e da 
linguagem, ou seja, da inserção da criança da esfera natural para a 
cultural, formando a identidade cultural do sujeito na sociedade e 
também nele mesmo, a partir do nome do pai. É importante não 
entender essa teoria de Lacan no quesito legal e documental, mas sim 
no aspecto psico-sócio-cultural. Para Lacan, inclusive, o Complexo de 
Édipo é a passagem da criança da esfera natural para a cultural, como 
já foi sinalizado acima.
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5- INTRODUÇÃO À PSICANÁLISE DE WINNICOTT 
 
Quanto a 1Donald Woods Winnicott, ele foi um dos grandes nomes 
da psicanálise, especialmente da psicanálise infantil, tendo 
alcançado renome internacional devido às suas contribuições para 
o entendimento da mente infantil, do seu desenvolvimento e 
personalidade. O foco do trabalho de Winnicott foi a relação afetiva 
da criança com a mãe. Este autor construiu seu bojo teórico dentro 
da psicanálise a partir da análise de crianças durante o seu trabalho 
enquanto pediatra e psicanalista. Ele interessou-se pelo trabalho 
com crianças ao dar assistência às crianças órfãs, vitimas da 
Segunda Grande Guerra. Contudo, Winnicott não se afastou da 
ortodoxia freudiana. Convém, entretanto, ressaltar que, apesar de 
Winnicott ser classificado um psicanalista freudiano, Winnicott não 
aceitava a idéia freudiana sobre o instinto da agressividade a partir 
da pulsão de morte, nem a relação libidinal que a criança, enquanto 
ainda bebê, estabelece, segundo Freud, com sua mãe (ASSIS, 
2007). 
 
Em relação às contribuições teóricas de Winnicott para a 
Psicanálise pode-se destacar os conceito de objeto e fenômenos 
transicionais, segundo os quais: 
 
Fenômenos transicionais, portanto, são os 
fenômenos que ocorrem na passagem, na 
transição e que implicam desenvolvimento [...]. 
1Nasceu em 1896 na Inglaterra e faleceu em 1971, aos 75 anos. Formou-se em médicina e 
optou pela pediatria. Na Grã-Bretanha foi o pioneiro concernente a psicanálise infantil. (ASSIS, 
2007) 
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Para Winnicott, objeto transicional designa o que 
foi utilizado para fazer essa passagemou 
transição, ou seja, o dedo, o ursinho, a canção, o 
obrigado ou outros elementos [...]. (ASSIS, 2007, 
pg. 74) 
 
Nesse direcionamento, Assis (2007) procura esclarecer o conceito 
de objeto e fenômeno transicionais, a qual explica que esses 
objetos são recursos que a criança se utiliza para de desenvolver e 
se desapegar de sua mãe, enquanto que os fenômenos 
transicionais, são os processos, os fenômenos que ocorrem a partir 
de evento de desapego. 
 
Ainda, Winnicott valoriza muito a questão do brincar como 
importância para o desenvolvimento infantil. Para ele, o brincar 
equivale a uma terapia, a um processo terapêutico. Ele diz que na 
terapia, o paciente e o terapeuta brincam juntos. O brincar 
proporciona a comunicação sincera e espontânea, segundo esta 
vertente psicanalítica (ASSIS, 2007). 
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6- INTRODUÇÃO À PSICANÁLISE DE PICHON RIVIERE 
 
Concernente a 2Pichon-Riviere, este foi também um psiquiatra e 
psicanalista, da terceira geração freudiana. Em 1938, juntamente 
com outros adeptos da teoria psicanalítica freudiana, Riviere forma 
o Núcleo Fundador do freudismo argentino e em 1942, o mesmo 
funda a Associacion Psicanalítica Argentina (APA). Assim, ele é 
considerado o pai da psicanálise argentina. (ASSIS, 2007) 
 
Pichon-Riviere direciona o seu trabalho psicanalítico para a prática 
grupal ou terapia de grupo. Desta maneira, em 1947 ele funda uma 
modalidade de trabalho, o qual ele mesmo denomina de grupo 
operativo, muito utilizado na prática psicopedagógica. Em 1959, 
Riviere funda a Instituição de Psicologia Social, na qual, mediante 
sua enorme simpatia, exposta durante suas aulas, agrega uma 
enorme quantidade de discípulos (ASSIS, 2007). 
 
Alguns conceitos da teoria psicanalítica de Pichon-Riviere são: o 
conceito de doença única, por meio do qual ele aproxima varias 
doenças, unificando-as; a noção do vínculo; que as formas de 
relações interpessoais, entre as pessoas. Com relação à teoria do 
vínculo, Riviere descreve quatro tipos de vínculos: “o vínculo 
paranoico” – o individuo se sente cobrado, perseguido, “o vínculo 
depressivo” – excesso de culpa, tendência à depressão, complexo 
de inferioridade nas suas relações interpessoais, o “vínculo 
hipocondríaco”– comunica-se mediante o seu corpo, mas sempre 
relacionado a doença, à queixa, à saúde, e “o vínculo histérico” – é 
 
2Ele era de origem francesa, contudo, nasceu em Genebra. Aos 4 anos de idade seus pais 
mudaram-se para a Argentina. Aos 19 anos começou a estudar medicina em Buenos Aires, e 
mais tarde interessa-se pela psicanálise. (ASSIS, 2007) 
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a pessoa que se comunica através de dramatizações, contudo, o 
faz inconscientemente, no intuito de realizar suas fantasias. (ASSIS, 
2007) 
 
Para Assis: 
 
Segundo Pichon-Riviere, a palavra “vínculo”, de 
um modo geral, designa as formas que são 
estabelecidas nas inter-relações pessoais. De um 
modo particular, refere à maneira como cada um 
se relaciona com o outro ou com os outros, ou 
seja, à estrutura específica que é criada, em cada 
caso e em cada momento, no relacionamento. 
(ASSIS, 2007, p. 84 – Grifos). 
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7- INTRODUÇÃO À PSICANÁLISE JUNGUIANA 
 
Um dos grandes nomes da psicanálise, o qual não se poderia deixa 
de citar é Carl Gustav Jung (1875-1961), o qual, para muitos, é 
comparado ao próprio Freud, no que concerne a importância para o 
campo da psicanálise. Jung foi discípulo de Freud. Talvez o 
discípulo no qual Freud depositou maior confiança, chegando ao 
ponto de o eleger como presidente da entidade psicanalítica que 
Freud tinha fundado. No entanto, esta relação não perdura para 
sempre. O conflito de idéias surge e em consequência a separação 
entre os dois gênios (JUNG, 2000). 
 
A obra de Jung é numerosa e rica, e muitos acréscimos à 
psicanálise são feito por Jung, acréscimo esses de vital importância 
para o bojo psicanalítico. Dentre o bojo teórico tecido por C. G. Jung 
pode-se citar o conceito de inconsciente coletivo, conceito este que 
não tinha sido cunhado por Freud (Freud cunhou o conceito de 
inconsciente individual). 
 
Assim, Jung, entende que, além do inconsciente individual, todo ser 
humano carrega consigo um inconsciente coletivo. Este 
inconsciente coletivo consiste no seguinte: todo ser humano, ao 
nascer, já tráz em sua mente inconsciente uma série de 
informações que são herdadas dos seus antepassados, 
informações culturais dentre outras, que foram sendo descobertas, 
aperfeiçoadas e vividas por seus ancestrais. Isso facilita o recém 
nascido a adaptar-se mais rapidamente ao mundo no qual nasce, 
uma vez que, se assim não fosse, segundo Jung, o individuo teria 
que, novamente, ter que passar por todo o processo de evolução 
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cultural que a humanidade passou. Contudo, isso não é preciso, 
pois toda essa evolução cultural já vem prescrito no inconsciente no 
recém nascido, não necessitando que o mesmo repita novamente 
todo o processo (JUNG, 2000). 
 
Jung, em seu clássico Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo, 
define da seguinte maneira o que é o Inconsciente Coletivo: 
 
O inconsciente coletivo é uma parte da psique 
que pode distinguir-se de um inconsciente 
pessoal pelo fato de que não deve sua existência 
à experiência pessoal, não sendo, portanto uma 
aquisição pessoal. Enquanto o inconsciente 
pessoal é constituído essencialmente de 
conteúdos que já foram conscientes e, no entanto 
desapareceram da consciência por terem sido 
esquecidos ou reprimidos, os conteúdos do 
inconsciente coletivo nunca estiveram na 
consciência e portanto não foram adquiridos 
individualmente, mas devem sua existência 
apenas à hereditariedade. Enquanto o 
inconsciente pessoal consiste em sua maior parte 
de complexos, o conteúdo do inconsciente 
coletivo é constituído essencialmente de 
arquétipos. (JUNG, 2000, p. 53) 
 
Assim, percebe-se que na tópica Junguiana, o inconsciente coletivo 
é algo hereditário, herdado dos ancestrais. 
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A psicologia de Jung, para muitos estudiosos da área da 
psicanálise, volta-se para o campo também o metafísico e do 
religioso. É uma psicologia inovadora e diferente em muitos 
aspectos da tópica freudiana, contudo, não deixando de beber 
desta fonte (a freudiana). 
 
 
 
 
 
 
 
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8- PSICOPEDAGOGIA 
 
A psicopedagogia é o ramo do saber que se debruça sobre o trato 
com as dificuldades de aprendizagem do sujeito, inclusive aquelas 
oriundas de causas emocionais, que é o foco deste trabalho. Assim, 
se torna necessário umabreve explanação sobre a história e os 
principais conceitos da psicopedagogia e como a mesma se utiliza 
dos pressupostos psicanalíticos dentre outros. Convém ressaltar 
que as duas ciências mães que formam este ramo do saber é a 
PEDAGOGIA e a PSICOLOGIA. Contudo, a sociologia, a filosofia, a 
biologia, a antropologia, dentre outras ciências acoplam o corpo de 
saber constituinte da psicopedagogia. 
 
A psicopedagogia surgiu na Europa no século XIX, a partir da 
tentativa de se descobrir as causas dos problemas de 
aprendizagem apresentados por certos alunos. Ela surgiu mediante 
os esforços tanto de educadores, filósofos e médicos, no intuito de 
se solucionar tais problemas. 
 
 
 
 
 
De acordo com Bossa (2000, p. 36), podemos 
situar historicamente o nascimento da 
psicopedagogia no século XIX, num contexto 
europeu, marcado por intensas mudanças 
políticas , sociais e econômicas [...] (apud 
GRASSI, p. 21-22). 
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Um dos grandes educadores e pensadores que contribuíram 
significativamente para o surgimento da psicopedagogia foi 
Pestallozzi (1746-1827). Ele desenvolveu a teoria dos “três estados 
do desenvolvimento humano”, os quais são: o estado natural, no 
qual o individuo vive unicamente para satisfazer os seus instintos; o 
estado social, no qual o sujeito busca inserir-se socialmente para 
satisfação das suas percepções e natureza; e por fim, o estado 
moral, no qual o sujeito busca fazer na sua vida aquilo que é correto 
ou, no mínimo, passa a entender qual o modo “honesto” de se viver, 
mesmo que não o viva (PESTALLOZZI, 1797). Pestallozzi fundou 
na Suíça um centro de educação por meio do trabalho, onde 
recebia crianças pobres de todas as idades, estimulando, sobretudo 
a percepção. 
 
Por último, ressaltamos a contribuição de 
Pestalozzi, que fundou um centro de educação 
por meio do trabalho destinado a crianças pobres 
de diferentes faixas etárias, cujas atividades se 
apoiavam na estimulação da percepção. 
(GRASSI, 2009, p. 25). 
 
 
 
Já a primeira Instituição de reeducação foi fundada na Europa, na 
França, por Seguin, depois que não aceitou a idéia de que não 
havia cura para os deficientes mentais (“incurabilidade” da 
deficiência mental). Seguin, assim como Pestallozi, dedicava o seu 
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tempo na educação de crianças com deficiências mentas, tidas 
como anormais em sua época. Em 1837, criou uma Instituição para 
crianças com deficiência mental e, em 1848, mudou-se para os 
Estados Unidos, onde teve suas idéias completamente aceitas. 
(GRASSI, 2009) 
 
Cabe ainda ressaltar que Séguin foi responsável 
pela implantação da educação especial no 
Hospital-Asilo de Bicêtre, na França, lançando, na 
análise de Guimarães e Ross (2003, p. 49) as 
bases da compreensão psicogenética da 
aprendizagem dos deficiente mentais. (GRASSI, 
2009, p. 24). 
 
Outra figura de suma importância para o surgimento da 
psicopedagogia foi Maria Montessori (1870-1952), psiquiatra 
italiana, a qual criou o método de aprendizagem para crianças 
retardadas, que depois foi utilizado para todas as crianças, em 
muitas Instituições de todo o globo. Este referido método é usado 
ainda nos dias de hoje. 
 
A psicopedagogia do Brasil é influenciada por teóricos argentinos 
tais como: Jorge Visca, Sara Paín, Alícia Fernandes e outros. A 
partir disto, começaram a instalarem-se no Brasil cursos de caráter 
psicopedagógico, como também conferências a respeito desta 
temática. È no final da década de 70 que surgiram os primeiros 
cursos de especialização em psicopedagogia. A psicopedagogia 
Brasileira, portanto, foi fortemente influenciada para psicopedagogia 
argentina (BOSSA, 1994). 
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A psicopedagogia nasce a partir do limiar entre a pedagogia e a 
psicologia, numa tentativa de compreensão e solução dos 
problemas de déficit de aprendizagem, tais como as dificuldades 
com a leitura, com a escrita e com a aritmética, dentre outras 
nuances. A pedagogia é a ciência que estuda o processo de ensino- 
aprendizagem e a educação como um todo, enquanto que a 
psicologia debruça-se sobre os processos mentais e 
comportamentais. Deste casamento de ciências nasce, então, a 
psicopedagogia, no afã da compreensão sobre as dificuldades de 
aprendizagem do aluno/sujeito (PINEL, 2008). 
 
Muitas teorias e teóricos embasam a psicopedagogia. Dentre eles 
poderíamos citar: Jean Piaget, Vigotsky, David Ausubel e Freud. O 
psicopedagogo argentino Jorge Visca (1935-2000) baseia toda a 
sua prática psicopedagógica na junção das teorias freudianas, 
piagetianas e da psicologia social de Pichon-Riviere. 
 
A epistemologia criada por Jorge Visca propõe 
um trabalho integrado entre a Instituição de 
Genebra (psicogenética de Piaget), a Instituição 
psicanalítica (Freud) e a psicologia social 
(Enrique Pichón Rivière). Da psicogenética de 
Piaget, Visca aproveita o exame de raciocínio; da 
psicanálise, o conceito de transferência e 
contratransferência e, da psicologia social, a 
aprendizagem centrada na tarefa e nos grupos 
operativos. (LEAL, 2011, p.32-33). 
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3Visca, considerado um dos maiores psicopedagogos da América 
Latina, fundou centros de estudos de psicopedagogia em Bueno 
Aires, Rio de Janeiro, Curitiba, São Paulo e Salvador. Ele foi o 
criador da Epistemologia Convergente, linha que propõe um 
trabalho clínico utilizando-se da integração, assim como foi citado 
acima por Leal, de três linhas da psicologia: a psicogenética de 
Piaget, a Instituição Psicanalítica de Freud e a Psicologia Social de 
Enrique Pichon Riviére (LEAL, 2011). 
 
Quanto a Piaget, o mesmo é o criador a Epistemologia Genética, 
assim denominada por ele. Nesta teoria, Piaget descreve quatro 
estágios de desenvolvimento da inteligência do sujeito: sensório 
motor, pré-operatório, concreto e formal. 
 
Vigotsky (1896-1934) desenvolve a sua teoria sócio-interacionista, 
na qual, dentre outras afirmações, desenvolve o conceito de “zona 
de desenvolvimento proximal”, que é entendida como a zona entre 
o desenvolvimento real da criança e o seu desenvolvimento 
potencial. É com esta abordagem que o educador e/ou 
psicopedagogo creditará ao seu aluno/paciente sempre a 
esperança, confiança e autoestima para uma auto-superação, 
acreditando sempre no crescimento e desenvolvimento do seu 
aluno, trabalhando, porém, em sua realidade e presente. 
 
David Ausubel (1918-2008) é um teórico do campo da psicologia e 
da educação que desenvolveu uma teoria da aprendizagem 
chamada de Aprendizagem significativa. Nesta teoria, Ausubel, 
 
3Nasceu em Baradero, província de Buenos Aires, em 14 de maio de 1935 e faleceu em 2000. 
(LEAL, 2011) 
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http://pt.wikipedia.org/wiki/David_Ausubel
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=25_de_outubro_1918&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Nova_Iorque_-_9_de_julho_de_2008&action=edit&redlink=1
 
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ensina que, para que haja aprendizagem, a nova informação 
precisa relacionar-se com o conhecimento prévio do aluno o qual 
ele chama de subsunçor. A esse processo dá-se o nome de 
“ancoragem”. 
 
Defensor das teorias cognitivistas, David Ausubel 
apresenta em 1985 a teoria da aprendizagem 
significativa, que prioriza a organização cognitiva 
dos conteúdos aprendidos de forma ordenada, 
possibilitando ao aluno uma gama de opções de 
associações de conceitos de modo a levar à 
consolidação do aprendizado ou a um novo 
aprendizado. (LAKOMY, 2008, p. 61). 
 
Segundo este teórico e pesquisador, não há aprendizagem sem 
esta relação, que ele denomina de ancoragem. Fazendo-se um 
paralelo de sua teoria com a teoria de Jean Piaget, percebe-se que 
os dois entram em consenso quando afirmam sobre a necessidade 
da relação do conhecimento prévio do aluno com o novo 
conhecimento. Segundo estes autores (Ausubel e Piaget) não há 
aprendizagem sem esta relação. Quando Sócrates introduz o seu 
método socrático da ironia e maiêutica, o mesmo demonstra que, 
para que aconteça uma verdadeira aprendizagem é necessário 
gerar um conflito cognitivo no aprendiz, o que não deixa de ser uma 
relação entre os saberes, como Foi defendido por Piaget e Ausubel. 
O método da maiêutica e da ironia ensina que é através do 
confronto que se chega ao conhecimento e a verdade. E este 
confronto, nada mais é que o choque da nova informação 
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transmitida pelo professor ou o meio (meio ambiente que cerca o 
aluno), com a informação já residente no individuo. 
 
Maiêutica é o método praticado por Sócrates 
(cuja mãe, Fenáreta, era parteira) para ‘fazer 
nascer os espíritos dos pensamentos naqueles 
que os possuem sem o saber’. Em Menão, 
Sócrates apresenta sua ‘arte’: não existe ensino, 
e sim recordação [...]; eu não lhe ensino nada, e 
tudo o que faço é questionar [...]; naquele que 
não sabe, existem a respeito das coisas que ele 
acredita desconhecer, pensamentos verdadeiros 
a respeito das coisas que ele não conhece [...]; 
não é por não ter recebido de alguém algum 
ensinamento, mas principalmente por ter sido 
questionado que ele adquirirá conhecimentos, 
retomando, de dentro de si mesmo, o 
conhecimento que ele mesmo se dá... A ‘ironia 
socrática’ mostra sua ação de interrogar fazendo- 
se de ignorante. Maiêutica e ironia se inscrevem 
na oralidade do diálogo, em sua dialética. Para 
Sócrates, seu fundamento é a reminiscência 
(relembrar): o conhecimento nada mais é do que 
uma recordação; o diálogo conduz a uma 
anamnese, a um trabalho sobre o próprio saber, 
mas também se fundamenta ontologicamente (a 
noesis). (MORANDI, 2007, p. 37 – Grifos do 
autor). 
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Neste sentido (que o saber é apenas uma recordação) ele difere da 
concepção Piagetiana e da concepção de David Ausubel, os quais 
trabalham com o saber construído pelo próprio sujeito aprendente 
como também, com o conhecimento oriundo do simbólico e da 
significação, ou seja, a aprendizagem significativa. 
 
Quanto à Sigmund Freud, o mesmo foi o pai da psicanálise (técnica 
terapêutica que investiga o inconsciente humano e uma das bases 
da psicologia moderna) (ASSIS, 2007). Contudo, um capítulo desta 
monografia será dedicado inteiramente ao mesmo. 
 
Esses teóricos aqui mencionados contribuem significativamente 
para a formação do bojo teórico da psicopedagogia, apresentando 
diversas teorias que buscam explicar a questão da aprendizagem 
humana (âmbito pedagógico), do funcionamento do psiquismo 
humano (âmbito psicológico), como também dos impasses no 
processo desta mesma aprendizagem (âmbito psicopedagógico). 
 
As dificuldades de aprendizagem podem ser classificadas em três 
itens: dificuldade de leitura e interpretação de textos, dificuldades de 
escrita e dificuldades com a aritmética. As nomenclaturas usadas 
para essas referidas dificuldades de aprendizagem são, 
respectivamente: dislexia, disgrafia, disortografia e discalculia. A 
diferença entre a disgrafia e disortografia consiste no fato em que a 
disgrafia é um problema de escrita no qual o paciente/aluno tem 
problemas de cansaço ao escrever, letras muito “feias”, escritas ou 
com muita força ou pouca força, falta de noção nos tamanhos da 
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letra, resumindo, é um problema espacial. Já disortografia se dá 
quando o aluno/paciente confundi as letras e os fonemas, ou seja, 
troca as letras, erra as posições das letras, das silabas, ignora por 
muitas vezes o espaçamento entre as palavras, suprime letras, 
vogais, consoantes, etc., não sendo um problema espacial mas sim 
ortográfico (NOGUEIRA, 2011). Contudo, outras nomenclaturas, 
para casos específicos relacionados aos problemas de 
aprendizagem, foram cunhadas. Leal (2011) descreve sete 
classificações: 
 
Em relação à expressão problemas de 
aprendizagem, Nunes e Silveira (2008, p. 175) 
propõe uma síntese, destacando sete tipos de 
problemas de aprendizagem mais comuns na 
atualidade: dislexia- déficit no reconhecimento e 
na compreensão de textos escritos; dislalia – 
dificuldades na articulação, omissões ou trocas 
de um ou vários fonemas; disfasia – atraso no 
início da fala; disostografia – dificuldades no 
grafismo; disgrafia – dificuldades com a estrutura 
escrita, sintaxe, pontuação, posição das letras, 
organização dos parágrafos etc.; discalculia – 
dificuldades com o raciocínio lógico-matemático; 
transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade 
(TDAH) – dificuldades em manter a atenção, 
controlar os impulsos e inquietação motora. 
(2011, p. 52-53 – Grifos do autor) 
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Contudo, este assunto relacionado às dificuldade de aprendizagem 
será tratado com mais detalhes no capítulo quatro desta 
monografia. 
 
Atualmente a psicopedagogia se divide em dois ramos: a Clínica e a 
Institucional. A psicopedagogia Institucional debruça-se no trabalho 
psicopedagógico preventivo e, em sua maioria, grupal, enquanto 
que o psicopedagogo Clínico, no trabalho psicopedagógico 
terapêutico e/ou curativo e, sempre, individual. 
 
O especialista em Psicopedagogia pode atuar 
tanto em nível clínico quanto institucional, pois ele 
se propõe a compreender e atuar nos vínculos 
presentes entre o ato de ensinar e a ação de 
aprender, assim como nas possíveis barreiras 
que impedem seu fluir harmonioso. (PINEL, 2011, 
p. 10) 
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9- PSICANÁLISE E PSICOPEDAGOGIA 
 
É de suma importância para a práxis psicopedagógica, o 
conhecimento de diversas teorias sobre o ensino aprendizagem e 
sobre o desenvolvimento do sujeito, como também dos processos 
psíquicos, e a psicanálisetem muito a contribuir com este campo do 
saber. 
 
Muitos dos problemas de aprendizagem que são observados em 
alunos em sala de aula ou não, não são de ordem cognitiva, 
motora, nem por falta de metodologias adequadas por parte do 
professor, mas sim, por questões afetivas, emocionais da parte do 
aluno (a). “Ao escutar seus pacientes, Freud acreditava que seus 
problemas se originaram de desejos que foram reprimidos e ficaram 
no inconsciente.” (ALMEIDA, 2011, p. 12) 
 
É diante desta demanda, que a teoria psicanalítica surge como uma 
ferramenta extremamente útil para a compreensão e, até mesmo, 
solução dos tais problemas de ensino-aprendizagem. 
 
Fundada por S. Freud (1856-1939), a psicanálise tem revolucionado 
o mundo contemporâneo através das suas descobertas e dos seus 
postulados. Muitos dos seus conceitos e expressões são usados 
corriqueiramente por muitas pessoas, se tornando assim, tais 
conceitos, expressões do próprio senso-comum (ALMEIDA, 2011). 
 
Diante disto, muitas das verdades descobertas pela psicanálise vêm 
como base e como caminho para o entendimento e até mesmo 
tratamentos dos problemas de aprendizagem de ordem emocional 
de muitas pessoas, sejam elas, adultos, jovens ou crianças, uma 
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vez que, erroneamente, devido ao método cientifico do positivismo, 
toda doença, inclusive as de cunho psíquico ou mental era tratada 
segundo este método, ou seja, buscava-se explicações de cunho 
orgânico, fisiológico para explicar tais fenômenos, ou seja, atribuía- 
se sempre causas físicas aos fenômenos psíquicos (DUPAS, 2007). 
 
É neste ínterim que a psicanálise vem contribuir significativamente 
no tratamento das neuroses, como também das psicoses, 
revelando, não uma causa física para a ocorrência delas, mas 
comprovando que a maior causa das neuroses humanas se dá por 
conflitos de cunho emocional. 
 
A partir desta “descoberta”, a psicopedagogia, um ramo do saber 
que compila principalmente conhecimentos da pedagogia e da 
psicologia, tem sido extremamente beneficiada. Pois, o 
psicopedagogo que conhece as teorias psicanalíticas, 
especialmente a freudiana, terá um olhar positivista para o seu 
paciente/aluno, buscando causas físicas para os problemas de 
aprendizagem, mas não somente terá este olhar; terá, antes de 
tudo, um olhar historiográfico, um olhar que compreende que os 
fatores emocionais e de desejo, influem sobremaneira na vida de 
um sujeito, inclusive nos processos de aprendizagem. 
 
PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM 
 
Atualmente muito se fala sobre os problemas de aprendizagem. 
Isso devido ao elevado índice de evasão Instituição, repetência, 
baixo rendimentos Instituição, dentre outros. No capítulo dois desta 
monografia, foi falado resumidamente as principais classificações 
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relacionadas aos problemas de aprendizagem Instituição. Dentre 
elas ressaltamos a disgrafia, a disortografia, a dislexia e a 
discaculia. 
 
Contudo, ainda se torna necessário aprofundar este estudo e 
esmiuçar este ramo do conhecimento e diferenciar o que seria: 
problemas de aprendizagem e dificuldades de aprendizagem, e 
ainda, distúrbios ou transtorno de aprendizagem, uma vez que 
muita confusão se faz, ainda, concernente a estes conceitos. E 
esclarecer se são ou não a mesma coisa dentro deste ramo do 
saber. Uma vez que uns pensam que são coisas distintas, enquanto 
outros não. 
 
Muitos autores, segundo Leal (2011) conceituam dificuldades de 
aprendizagem com o mesmo sentido e significado de distúrbios de 
aprendizagem, transtornos de aprendizagem ou ainda, fracasso 
Instituição. Contudo, muitos pesquisadores e profissionais da área 
afirmam que já existem muitos estudos e classificações que diferem 
esses conceitos, acima citados, um dos outros (LEAL, 2011). 
 
De acordo o documento elaborado pelo grupo de trabalho nomeado 
pela portaria n° 555/2007, prorrogada pela portaria n 948/2007, 
entregue ao Ministério de Educação em 07 de janeiro d 2008, 
intitulado: Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva 
da Educação Inclusiva, a terminologia adotada deve ser 
Transtornos Funcionais Específicos. Porém, ainda, a nomenclatura 
fracasso Instituição é muitos utilizada e dificilmente substituída. 
Segundo Rovira (apud NUNES; SILVEIRA, 2008, p. 176-177) “a 
expressão fracasso Instituição é a mais conhecida e difícil de ser 
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substituída, embora seja um termo excludente, por não deixar 
nuances” (grifo do original). De acordo com este autor, a expressão 
fracasso Instituição é um conceito global, significando que o aluno 
fracassou em sua totalidade, de modo geral, durante os seus anos 
de estudo. Assim, esta expressão não é específica e objetiva, não 
servindo, portanto, para um bom diagnostico psicopedagógico. 
 
Para Paz (apud JOSÉ; COELHO, 2008, p. 23): 
 
Podemos considerar o problema de 
aprendizagem como um sintoma, no sentido de 
que não aprender não configura um quadro 
permanente, mas ingressa numa constelação 
peculiar de comportamentos, [...]. Além disso, os 
autores que se dedicam a esse assunto usam os 
termos problema e distúrbio de maneira 
indiscriminada. 
 
Assim, percebe-se que não há uma definição ou conceituação 
fechada concernente a esses termos, ficando, assim, a critério de 
cada autor a definição que achar melhor, de acordo com sua veia e 
base teórica. 
 
Kirk (1962, p. 263) afirma que: 
 
Uma dificuldade (ou distúrbio) de aprendizagem 
refere-se a um atraso, desordem ou retardo do 
desenvolvimento em um ou mais processos da 
fala, leitura, escrita, aritmética ou outro resultado 
Instituição do sujeito causado por uma 
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desvantagem psicológica devido a uma possível 
disfunção cerebral e/ou distúrbios emocional ou 
comportamental. Ela não é o resultado de retardo 
mental, privação sensorial ou de fatores culturais 
e educacionais. 
 
O que chama atenção na citação acima são duas coisas. Primeiro: 
o autor entende dificuldades de aprendizagem como a mesma coisa 
de distúrbios de aprendizagem; segundo: o mesmo deixa claro que 
nem todo distúrbio ou dificuldade de aprendizagem é oriunda de 
questões cerebrais ou fisiológicas, mas sim, podendo ser também 
de questões emocionais e/ou comportamentais, assunto este que 
trataremos mais detalhadamente no capitulo 3 deste trabalho. 
 
Alguns outros autores preferem chamar de transtornos de 
aprendizagem toda dificuldade ou problema Instituição que aluno 
apresenta, que o impede de desenvolver o seu aprendizado. Já 
outros usam várias nomenclaturas para a mesma situação de 
dificuldade ou problemas de aprendizagem. Leal (2011) afirma que: 
 
Segundo Garcia Sanchez (citado por Nunes 
Silveira, 2008, p. 174), “a definição mais aceita 
entre os estudiosos do tema tem sido a de um 
conjunto heterogêneo de ‘transtornos’que se 
expressa no campo da linguagem, da leitura, da 
escrita e das habilidades matemáticas, que 
podem aparecer ao longo do ciclo vital”. Alguns 
autores fazem uso de mais de uma terminologiana mesma definição do conceito, como é o caso 
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de Drouet (2000, p. 93): todos os ‘distúrbios’ da 
fala, da audição, emocionais, do comportamento, 
etc. – tem sua origem em causas diversas, porém 
todos eles se constituem em ‘obstáculos’ a 
aprendizagem, prejudicando-a ou mesmo 
impedindo-a. São, portanto, ‘problemas’dentro do 
processo de ensino-aprendizagem. (2011, p. 53- 
54) 
 
Assim, a terminologia adequada, ou seja, se problema, distúrbio, 
transtorno, ou outros, fica a critério do pesquisador ou profissional 
da área da psicopedagogia. No entanto, o fica evidente nesta 
pesquisa é que é unanime entre os autores é a divisão das referidas 
dificuldade de aprendizagem em campos, a saber: da leitura, da 
escrita, da aritmética, e do comportamento. O que são, comumente 
denominados pelos teóricos de (respectivamente): dislexia, disgrafia 
e disortografia, discalculia e TDAH – transtorno do déficit de 
atenção e hiperatividade. Convém ressaltar que este último 
transtorno pode apresentar-se com o déficit somente de atenção 
TODA, somente com o déficit de hiperatividade TDH, ou com os 
dois déficits TDAH. 
 
A disgrafia é um problema de aprendizagem existente há muito 
tempo, contudo, sendo somente estudado nos últimos anos. A 
mesma é uma dificuldade de escrita, na qual a pessoa não 
consegue produzir uma escrita aceitável, apesar de possuir um 
nível intelectual normal e de não possuir problemas neurológicos ou 
fisiológicos. Já a disortografia é a incapacidade para transcrever 
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corretamente a linguagem oral. Tanto a disgrafia como a 
disortografia podem ser encaradas com: a dificuldade em codificar 
no papel a linguagem falada, ou seja, dificuldade em transformar 
em linguagem escrita a linguagem falada (LEAL, 2011). 
 
A palavra dislexia, de origem grega, vem das raízes “dis”, que 
significa “distúrbio” ou “disfunção” e “lexis” que significa “palavra” 
ou, em latim, “leitura”. Assim, pode-se se dizer que a dislexia é uma 
dificuldade na compreensão ou reconhecimento das palavras, ou 
seja, dificuldades em decodificar as letras silabam e palavras. Numa 
explanação mais simplificada, poder-se-ia dizer que a dislexia é a 
dificuldade com a leitura (LEAL, 2011, p. 78). 
 
A discalculia pode ser encarada como a dificuldade relacionada às 
operações aritméticas ou matemáticas. Existem poucos estudos 
pormenorizados sobre a discalculia, contudo, já é notório a 
manifestação deste problema de aprendizagem em muitas crianças, 
jovens e/ou adultos. Convém ressaltar que a dicalculia não é a má 
vontade ou falta de aptidão para o campo da matemática, ou, ainda, 
ausência de predisposição para resoluções de problemas 
matemáticos de cunho mais complexos. A discalculia é, na verdade, 
um trantorno ou dificuldade para realizar operações matemáticas 
elementares, de adição, subtração, divisão e multiplicação. 
Segundo Leal (2011, p. 81) o índice de acometidos da discalculia é 
de 5% de toda a população. 
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O TRATAMENTO DOS PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM DE 
ORDEM EMOCIONAL NUMA ÓTICA PSICANALÍTICA 
 
O ser humano é o ser mais complexo dentre os seres existentes na 
Terra. Essa sua complexidade não se dá apenas no âmbito físico, 
biológico ou fisiológico, mas especialmente no campo da 
subjetividade e afetividade. 
 
No decorrer da história, os estudos psicológicos sobre o ser 
humano tem se debruçado apenas no campo fisiológico (a parte 
física e biológica do ser humano), numa tentativa de 
desvendamento de distúrbios comportamentais e posteriormente de 
problemas de aprendizagem. 
 
Contudo, certos avanços e descobertas tem mudado a visão no que 
concerne à compreensão das alterações comportamentais e dos 
problemas de aprendizagem. Ou seja, tem se descoberto que 
muitos dos problemas comportamentais e de aprendizagem 
apresentados por determinadas pessoas tem sua gênese não no 
fisiológico, mas, principalmente no campo da afetividade, da 
subjetividade humana. O teórico considerado como o maior 
pensador concernente a análise da subjetividade humana é 
Sigmund Freud (o resumo de suas teorias foram discutidas no 
capítulo dois desta obra). 
 
O homem não é meramente um objeto, mas um sujeito. Enquanto 
sujeito, compreende-se que o mesmo é constituído por uma história 
e símbolos particulares, ou seja, pessoais. A história e a simbologia 
que compõe um sujeito não é a mesma que compõe outro. É a 
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chamada digital da alma. É isto que compõe a subjetividade 
humana. (DUPAS, 2007) 
 
Assim, os problemas de aprendizagem apresentados por muitos 
alunos não decorrem de falhas no campo físico de sua mente ou 
cérebro, mas sim, no campo da sua historicidade e no seu campo 
simbólico. São esses campos que tecem a afetividade e a 
motivação do sujeito e, consequentemente, o caráter enigmático 
dos problemas de aprendizagem. Enigmáticos, no sentido de trazer 
significados mais amplos e intangíveis que os aparentes à primeira 
vista, significados que estão associados à história de cada aluno e 
que fazem com que cada aluno que apresente dificuldade de 
aprendizagem tenha também suas motivações pessoais e 
individualizadas para apresentá-las (DUPAS, 2007). 
 
Dito de outro modo, o processo de aprendizagem de cada aluno 
tem aspectos subjetivos simbolicamente definidos, e muitas vezes, 
quando há dificuldades neste processo, nem o próprio aluno tem 
acesso imediato a um saber que explique as causas da sua 
dificuldade ou do seu baixo desempenho nas disciplinas 
Instituições. 
 
Muitos autores consideram que a motivação está relacionada às 
emoções naturais dos alunos nas relações humanas. Teóricos 
consideram que os aspectos motivacionais estão atrelados às 
crenças e valores por parte do aluno, e isso, de alguma forma, 
interfere no seu processo de aprendizagem, ou seja, no modo como 
os alunos enfrentam a vida Instituição. (DUPAS, 2007) 
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Um dos exemplos de como a questão da afetividade interfere na 
aprendizagem é na relação professor-aluno. Quando esta relação é 
sadia, observa-se que absorção por parte do aluno do conteúdo 
ministrado pelo professor é bem maior. Quando esta relação não é 
sadia, percebe-se um baixo rendimento Instituição/acadêmico por 
parte do aluno. Outro exemplo se dá quando o aluno sofre 
problemas familiares, tais como: separação dos pais, pedofilia, 
brigas entre os pais, “mimo” demais por parte dos pais ou violência 
por parte dos pais/representantes, etc. os quais geram um déficit de 
aprendizagem muito grande no aluno. 
 
Assim, a despeito de que Freud, em sua volumosa obra não 
discorre de modo frequente e prioritário sobre o processo da 
educação e da aprendizagem, a teoria psicanalítica, em muito, 
contribui para a compreensão e clínica dos tais problemasde 
aprendizagem apresentados por determinados alunos. 
 
Outro ponto paralelo que se pode encontrar entre a teoria Freudiana 
e o processo de ensino aprendizagem é a questão do diagnóstico 
inicial, o qual é possível através da fala do aluno para um maior 
entendimento da sua subjetividade, como também a questão da 
relação transferência. 
 
[...] O aprofundamento da analogia permite 
delinear de forma bastante precisa as funções e a 
importância do diagnóstico inicial, caracterizando 
suas metas como problematização do 
desconhecido, a instauração da relação 
transferencial pedagógica e a categorização de 
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estruturas básicas de pensamento do aluno a 
partir de sua relação com os princípios científicos 
[...] (VILLANI, 2007, p.01). 
 
Freud coloca em sua obra que, entre o analista (psicanalista) e o 
paciente ocorre um processo de transferência. Esse processo 
consiste no seguinte: os sentimentos que o paciente retém como 
forma sintomática, devido a algum trauma do passado, sejam eles 
sentimentos de ódio, de amor, de repudio, etc., são de alguma 
forma transferidos para o analista (psicanalista). E, segundo Freud, 
sem esta relação transferencial entre analista e paciente, a pratica 
da clinica psicanalítica ficaria inviável e ela se dá mediante a fala 
(associação livre). Freud discorre da seguinte forma: 
 
O que está em pauta não pode ser outro fator 
senão a submissão do paciente em relação ao 
analista, derivada de seu complexo paterno - em 
outras palavras, a parte positiva daquilo que 
chamamos de transferência (1923, p. 69). 
 
 
 
Esse mesmo processo transferencial ocorre na relação professor- 
aluno, e é a partir desta relação transferencial que o processo de 
aprendizagem se instala ou se bloqueia. Desta maneira, sentimento 
de raiva, ódio, amor, culpa, desejo, medo, etc. que a criança tem 
guardado dentro de si, devido a algum trauma familiar, por exemplo, 
poderá ser transferido para a pessoa do professor. Assim, o 
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processo transferencial pode ser de cunho positivo ou negativo. 
Freud afirma: 
 
Esta transferência é ambivalente; compreende 
tanto atitudes positivas e afetuosas, quanto 
negativas e hostis em relação ao analista que, via 
de regra, é posto no lugar de um dos pais do 
paciente- pai ou mãe (CUNHA, 1978, 23). 
 
Diante deste possível fator, é imprescindível que o psicopedagogo 
faça constantemente uma avaliação diagnóstica do seu paciente, 
como também uma anamnese (do grego “Ana”, “trazer de novo” e 
“mnesis”, “memória”, é uma entrevista realizada pelo profissional de 
saúde ao seu paciente ou familiares e amigos do mesmo, que com 
o objetivo de colher informações relacionadas à doença. 
 
A psicanálise propõe uma “re-vivênvia” dos fatos traumáticos para 
uma possível cura ou desaparecimento dos sintomas. Isto 
demonstra que, segundo a teoria psicanalítica, o paciente precisa, 
mediado pelo analista, se colocar não como objeto de suas 
lembranças traumáticas, mas, como sujeito. 
 
Este mesmo raciocínio se dá para o processo de aprendizagem. É 
necessário que o aluno se debruce sobre o objeto de estudo, que o 
construa e desconstrua, para que assim haja uma verdadeira 
aprendizagem por parte o educando. E, diante disto, as dificuldades 
de aprendizagem apresentadas por certos alunos, e que são de 
ordem emocional, são, evidentemente, bem atendidas pela 
intervenção psicopedagógica subsidiada pelas teorias da 
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http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_grega
http://pt.wikipedia.org/wiki/Entrevista
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paciente
 
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psicanálise. Assim, os problemas de aprendizagem de ordem 
emocional, pode ser solucionados ou, no mínimo, amenizados, a 
partir desta parceria, uma vez que a psicanálise tem a função de 
conduzir o seu paciente (aluno) a fazer uma “catarse” de todo 
conteúdo traumático e reprimido que bloqueia o paciente (aluno) a 
realizar suas tarefas elementares, especialmente, as Instituições e 
acadêmicas. É mediante este estudo que fica notório a importância 
que tem as descobertas de Freud para a solução dos problemas de 
aprendizagem de ordem emocional. 
 
Convém frisar que o professor e o psicopedagogo assumirão papel 
de mediadores deste processo de aprendizagem (do aluno), 
permitindo assim, que o próprio aluno seja sujeito e não objeto da 
sua aprendizagem. Este percepção é extremamente essencial na 
práxis docente e psicopedagógica uma vez que cada aluno 
apreende o conteúdo Instituição de uma forma particular, de acordo 
com a sua historicidade, simbologias e motivações próprias. 
 
É nesta perspectiva que, tanto o professor como o psicopedagogo 
atuará diante do seu aluno/paciente mediante uma escuta ativa, ou 
seja, que perceba as nuances do seu aluno/paciente através da sua 
fala, dos atos falhos, dos seus esquecimentos. Lembrando sempre 
que o erro faz parte da aprendizagem, sem erro, não há 
aprendizagem. 
 
É necessário enxergar/ouvir o aluno/paciente, mas não somente 
ouvir o que o aluno diz verbalmente, mas também ouvi-lo através 
das entrelinhas, através de olhar 
psicanalítico/psicológico/psicopedagógico, sabendo que por muitas 
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vezes o mecanismo de defesa do ego denominado “formação 
reativa” atuará fazendo o aluno/paciente se comportar exatamente o 
contrário do que realmente é, sente, pensa, etc., como também o 
mecanismo de defesa do ego denominado “racionalização” fará 
com que o mesmo justifique o seu comportamento camuflando a 
verdadeira causa. Esses referidos mecanismos de defesa foram 
postulados por S. Freud. Segundo Assis: 
 
Ocorre, assim, que os mecanismos que o ego 
utiliza para se proteger de sofrimentos são 
elaborados inconscientemente e, desse modo, 
permanecem em sua maneira de atuar. Ou seja, 
não temos consciência de que nosso 
comportamento está sendo determinado por 
esses mecanismos (2011, p. 51) 
 
Um dos mecanismos de defesa postulado por Freud que mais tem 
relação com a prática institucional é a sublimação. O mecanismo de 
defesa da sublimação consiste num redirecionamento de toda a 
libido e pulsão, como também dos instintos de sexualidade e 
agressividade, para práticas socialmente aceitas, como por 
exemplo, a canalização de toda a energia psíquica do sujeito para a 
prática de esportes, artes, estudos, etc. Assim, este referido 
mecanismo de defesa, de fato, segundo a postulação freudiana, é o 
que proporciona o advento da educação, dos estudos, a busca pelo 
saber, dentre outras coisas. Sendo assim, é de vital importância que 
o psicopedagogo, em seu trabalho clínica ou institucional, procure 
desenvolver este mecanismo, visando promover no seu 
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cliente/aluno um comportamento e praticas que fujam da perversão 
social e permita ao mesmo, um crescimentoem sua vida intelectual, 
Instituição, acadêmica. 
 
O mecanismo de sublimação apresenta-se como 
real campo da educação, como a grande 
possibilidade de constituição do sujeito ético. Ele 
nos mostra o caminho para a transformação das 
forças pulsionais social e individualmente 
inadequadas e prejudiciais se utilizadas à revelia 
do ímpeto impensado do desejo em realizações 
no campo da ciência, da pesquisa, da arte, da 
ação social, enfim, das produções benéficas. 
(ASSIS, 2011, p. 58) 
 
Assis, na proposição anterior esclarece que, até mesmo, o próprio 
fazer científico, tais como as descobertas científicas, o 
debruçamento para a pesquisa acadêmica, etc. deriva da atuação 
deste mecanismo de defesa. Assim, a psiquê humana, segundo 
esta colocação de Freud, analisada por Assis (2007), consegue 
realizar suas pulsões mais primitivas e animalescas através da 
sublimação, ou seja, de algo que beneficia, não somente a si 
mesmo, mas todo um conjunto social. É, portanto, através do 
estimulo deste mecanismo que o fazer educativo se fará no 
sujeito/estudante, que apresente determinado problema de 
aprendizagem. 
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Ainda, sobre a importância deste mecanismo de defesa para o fazer 
educativo mediado pela atuação psicopedagógica, Assis (2007) 
acrescenta: 
 
Ao educador compete propiciar oportunidades 
para a canalização da pulsão na forma da 
sublimação. Para isso, pode lançar mão de 
estratégias variadas, de acordo com o interesse 
manifestado pelo aluno. Temos, para tanto, as 
brincadeiras, os esportes, a música, a dança, o 
teatro, os contos e as fábulas, os contos de fada, 
a leitura, o desenho, a pintura, a modelagem, a 
elaboração de textos, a pesquisa, os passeios, as 
amostras de ciências e matemática e outros 
recursos que podem abrir novos horizontes para 
as atividades da criança. (ASSIS, 2011, p. 58) 
 
Algo a ressalvar na colocação do autor é a oportunidade e 
possibilidade que o educador, em especial, o psicopedagogo, tem 
para canalizar a pulsão do seu aluno/paciente para as referidas 
práticas sociais aceitas. Em outros termos, desenvolver no sujeito 
aprendente e como muitas vezes dificuldades de aprendizagem, o 
mecanismo da sublimação. 
 
Esse processo de sublimação nada mais é que um 
redirecionamento emocional, afetivo das pulsões elementares do 
ser humano para práticas que beneficie a sociedade como um todo. 
Entende-se assim que, a estimulação do mecanismo de defesa da 
sublimação por parte do psicopedagogo, apresenta-se como um 
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recurso de solução de barreiras emocionais (situações emocionais, 
afetivas mal resolvidas), uma vez que permite a canalização de toda 
esta energia afetiva, emocional para a dedicação aos estudos, por 
exemplo. E, o psicopedagogo encontrando o caminho para realizar 
esta tal estimulação, evidentemente, essas barreiras emocionais 
que se colocam como entrave no processo educativo do sujeito, 
serão desfeitas. 
 
Desta maneira, mediante este cruzamento teórico dos postulados 
freudianos e os conceitos da psicopedagogia, é possível prestar um 
atendimento de maior qualidade e mais significativo à realidade 
psíquica do paciente/aluno. 
 
Diante do exposto, nota-se que a contribuição da psicanálise 
freudiana para a atuação psicopedagógica é de fundamental 
importância. No entanto, doutrinas psicanalíticas de outros teóricos 
também contribuem significativamente para a atuação 
psicopedagógica, como por exemplo, a vertente lacaniana. 
 
No capítulo três desta monografia, um resumo sobre a biografia e 
postulados de Lacan já foram discorridos. Assim, aqui neste 
capítulo quatro, far-se-á uma análise, a partir de Assis (2007) de 
como esses tais postulados lacanianos subsidiam a prática 
educativa e psicopedagógica e contribuem para o tratamento dos 
problemas de aprendizagem de ordem emocional. 
 
Para Assis (2007), os conceitos lacanianos, quando aplicados à 
prática educativa e psicopedagógica, melhoram o desenvolvimento 
e consequentemente, o desempenho Instituição da criança. 
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Temos na obra lacaniana, a valorização dos 
aspectos cognitivos tendo em vista o libertar-se 
de amarras imaginárias para a assunção ao 
status do simbólico. Talvez, também, decorra daí 
o desejo inerente à criança de saber, de 
conhecer, desejo ao qual os educadores devem 
ficar atentos para o satisfazer quando surgirem. 
Aproveite-se, para tanto, o objeto para o qual a 
curiosidade infantil se direciona no momento 
como conteúdo de enriquecimento da ação 
educativa, tendo em vista favorecer o 
desenvolvimento da criança, ou seja, a saída 
gradativa e progressiva da dependência em 
direção à autonomia. (ASSIS, 2007, p. 68) 
 
A mesma autora, ainda descreve o conceito lacaniano do “sujeito 
suposto saber” (a criança confere ao educador e/ou psicopedagogo 
qualidade de “aquele que tudo sabe”) como possibilidade ao 
educador aperfeiçoar o seu trato com crianças, durante o seu 
atendimento, não satisfazendo a sua vaidade quando ocorrer o 
fenômeno do “sujeito suposto saber” por parte da criança através do 
fenômeno da transferência. Não permitindo, assim, o educador e/ou 
psicopedagogo, que, mediante a contratransferência, o mesmo 
acabe retroalimentando este tal fenômeno, sendo que, o referido 
fenômeno tem dois viés: o positivo e o negativo. (ASSIS, 2007) 
 
Quanto ao positivo, poder-se-á citar que através do fenômeno “o 
sujeito suposto saber” a criança depositará certa confiança no seu 
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Prof. Elvys Tierney 
 
tutor (educador, terapeuta, psicopedagogo), e isso permitirá que o 
mesmo (educador, psicopedagogo) possa, então, direcionar, ou 
redirecionar a criança ao caminho correto. Por outro lado, este 
citado fenômeno pode levar a criança a sofrer frustrações, quando o 
seu tutor, que alimentou este fenômeno na criança, apresentar 
falhas, erros, etc. o que poderá ocasionar uma decepção no 
educando. (ASSIS, 2007) 
 
Por isso, assim como acontece com a “transferência” o mesmo 
acontece com o fenômeno “o sujeito suposto saber”, ou seja, para 
que os mesmos proporcionem algo benéfico no educando, é 
necessário que o tutor saiba conduzir o desencadear deste 
processo, tomando muito cuidado com a contratransferência 
(ASSIS, 2007). É assim que será possível ao psicopedagogo 
ajudar o seu paciente, fazendo com que o mesmo (o paciente) não 
se “escore” no seu terapeuta/psicopedagogo, mas sim, seja apenas 
mediado pelo mesmo, e, a partir disto, busque o seu próprio 
caminho na construção do seu saber. 
 
O conceito de ‘sujeito suposto’ saberpermite aos 
educadores perceber o quanto a criança pode 
colocá-los no lugar daquele que tudo sabe, 
conferindo-lhes a posição de oniscientes. O 
psicopedagogo saberá ser honesto consigo 
próprio e com a sua criança, ao não satisfazer a 
sua vaidade através de uma contratransferência. 
Não ocupará esse lugar, mas sim irá aproximar- 
se da criança como continente e como limite, isto 
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