Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

ASPECTOS MECÂNICOS DA RESPIRAÇÃO
· FUNÇÃO:
· Realiza as trocas gasosas
· Tem um papel importante na regulação do equilíbrio ácido-básico (controle do ph)
· Filtra o ar que inalamos (pelos e mucos nasais)
· Olfato
· Emite sons
· DIVISÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO:
· Zona de condução/porção condutora: promove apenas condução, não há troca gasosa; nariz, faringe, laringe, traquéia, brônquios e bronquíolos (vias aéreas)
· Zona respiratória/porção respiratória: bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos pulmonares; há a zona morta, uma parte dos bronquíolos que não faz troca gasosa (assim como também há regiões deste que fazem mais troca que outras)
· ALVÉOLOS PULMONARES:
· São pequenos sacos aéreos constituídos por apenas uma camada de células para permitir a hematose pulmonar (troca de dióxido de carbono por oxigênio através da difusão)
· Os alvéolos estão inseridos em uma porção aerada, rico em gás (seja ele carbônico ou oxigênio)
· O alvéolo é uma estrutura celular, e células são formadas 80% de água (e isso é importante porque a água possui alta tensão superficial)
· A tensão da água só está presente na superfície/interface
· A água do meio (imagine a águe presente em um copo) está rodeada por mais moléculas de água por todos os lados, diferentemente da molécula de água da superfície, que de certa forma não está ligado a outras moléculas de água na parte de cima, e isso que faz com que exista uma resultante de forças de coesão formando uma tensão superficial- Tensão superficial é um fenômeno físico que ocorre devido a resultante de forças de coesão entre as moléculas do fluido na interface/superfície. Isso cria uma membrana elástica na superfície, dificultando a penetração de partículas
· A água é formada por duas moléculas de hidrogênio e uma molécula de oxigênio -> a molécula de oxigênio é negativa e atrai elétrons, enquanto que as moléculas de hidrogênio são positivas -> as moléculas de oxigênio irão atrair mais moléculas de hidrogênio, o que faz com que várias moléculas de H2O se unam (ligação de hidrogênio e poder de coesão) 
· O líquido surfactante pulmonar possui propriedades tensoativas, o que diminui a tensão superficial da região alveolar, facilitando as trocas gasosas. Ora, alvéolos formados por células -> células são formadas de água -> a água tem tensão superficial -> isso dificultaria a troca de gases pois eles teriam que vencer a barreira da tensão -> o surfactante vem para quebrar essa tensão e facilitar a troca de gasesPROVA: tensão superficial X surfactante pulmonar
- A COVID acaba destruindo o pneumócito tipo II, o que interfere a produção de surfactante (diminui a produção) e também causa edema pulmonar (que dificulta a troca gasosa por criar uma barreira no espaço alveolar. O esforço para respirar deve ser muito mais forte.
· O líquido surfactante é formado pelo pneumócito tipo II 
· O surfactante também atua na complacência pulmonar
· PROVA: Síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido/Síndrome da membrana hialina (SDRRN): É um distúrbio respiratório no qual os alvéolos dos pulmões do recém-nascido não permanecem abertos por causa da elevada tensão superficial resultante da produção insuficiente de surfactante; o bebê, durante o período embrionário, não produz corretamente líquido surfactante, o que acaba gerando o colabamento alveolar, e isso impede as trocas gasosas; essa síndrome ocorre, via de regra, em bebês prematuros (porque não dá tempo de produzir o surfactante de forma satisfatória), e a solução é através do medicamento chamado CurosurfPROVA: músculos da inspiração e da expiração
· MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS: Saída e entrada de ar nos pulmões – diferença de pressão. 
· Inspiração: Diafragma (altura e área de base; quando ele contrai, acaba por puxar e aumentar a altura do pulmão; aumenta também a área da base; aumenta a área da caixa torácica; diafragma contrai para baixo) e intercostais externos (alça de balde); a inspiração normal é um processo ativo porque é involuntário e envolve contração muscular
· Expiração: expiração normal é um processo passivo pois envolve o relaxamento muscular; retração elástica PROVA: observar que os intercostais externos atuam na inspiração normal, enquanto que o intercostal interno atua na expiração forçada
· Na inspiração forçada ou insuficiência respiratória outros músculos podem ajudar, como é o caso do esternocleidomastóideo e escalenos
· Na expiração forçada outros músculos podem ajudar, como é o caso dos abdominais e intercostal interno
· LÍQUIDO PLEURAL:
· O pulmão não é muscular, mas ele consegue contrair e distender graças a pleura (visceral e parietal) que associa o pulmão a outros músculos e a caixa torácica
· Entre as pleuras temos o líquido pleural que possui propriedades adesivas -> quando a pleura parietal se afasta, a pleura visceral também tende a se afastar
· O pulmão sempre tende a colapsar porque é formado por tecido elástico -> se ele consegue se expandir, ele tende também a voltar ao normal; ele só não colapsa por causa do líquido pleural
· COMPLACÊNCIA PULMONAR:PROVA: diferença de fibrose (diminui a complacência pela formação de tecido fibroso; diminui a distendibilidade o que diminui a complacência) e enfisema pulmonar (aumenta a complacência, o pulmão tende a expelir muito gás porque distende mais)
· É a capacidade do pulmão se expandir quando está sob determinada pressão (relação volume X pressão)
· O surfactante aumenta a complacência pulmonar, diminui o trabalho respiratório e produz o isolamento entre o líquido pleural e a região interna do pulmão
· Complacência = distensibilidade
· Tem ar para entrar, mas o pulmão não distende bem para que ele possa entrar 
· FUNÇÃO PRIMÁRIA: O sistema respiratório busca promover trocas gasosas através da inspiração e expiração. O córtex (voluntário) e o tronco encefálico (involuntário) são os responsáveis pelo controle da respiração – já que nem sempre a gente respira quando quer. 
· O controle involuntário da respiração gera um ritmo padrão; as fibras nervosas que transmitem a informação a musculatura efetora do sistema respiratório; os estímulos têm origem em geradores presentes no tronco encefálico.
· O sistema de controle respiratório é composto por três componentes principais: sensores (monitoram variáveis importantes; mecanorreceptores estão presentes na questão da distensão dos pulmões; quimiorreceptores centrais e periféricos relacionados ao ph2, pco2), controlador central (recebe as informações e sinaliza os efetores para realizarem e a respiração; coordena essas informações e sinaliza para os efetores), efetores (acorre o aumento ou diminuição da atividade do diafragma, intercostais, abdominais e acessórios).OBS: Algumas anestesias causam bloqueio bulbar – esse é o pior efeito adverso da anestesia e pode causa parada respiratória, já que o bulbo efetua a respiração involuntária e ele será bloqueado pelo medicamento.
· O centro respiratório é formado por diversos grupos de neurônios localizados bilateralmente no bulbo e na ponte do tronco cerebral, que vão controlar de forma rítmica a atividade desse sistema. Dentro do tronco encefálico, quem controla a respiração é ponte e bulbo. 
· O centro respiratório é o centro bulbar, e no bulbo nós possuímos uma série de neurônios, são eles:PROVA: Centros respiratórios e grupos respiratórios; quimiorreceptores
· Grupo respiratório dorsal – situado no núcleo do trato solitário; contém neurônios responsáveis principalmente pela inspiração
· Grupo respiratório ventral – situado no complexo de Botzinger; contém neurônios responsáveis pela expiração e também inspiração
· Grupo respiratório ventrolateral rostal – não muito importante
· Grupo respiratório ventrolateral caudal – não muito importante
· O centro respiratório pontino/pneumotáxico: sua função consiste essencialmente no controle da frequência e da amplitude respiratória, realizando a função de modular o padrão básico gerado pelo bulbo – sua função principal é “desligar a inspiração”
· O centro respiratório pontino/apnêustico:atua junto com o pneumotáxico para controlar a intensidade da inspiração
· Córtex cerebral: a respiração está sob controle voluntário em uma extensão considerável; córtex pode anular a função do tronco encefálico dentro de limites; outras partes do cérebro podem alterar o padrão respiratório também (como raiva, medo, ansiedade e etc – sistema límbico e hipotalâmico)
· Existem dois tipos de quimiorreceptores (são estruturas que são sensíveis a diferenças químicas no meio em que estão inseridos): central e periférico. Os centrais estão localizados no bulbo e são sensíveis a variação de PCO2 (porque essa variação gera uma mudança involuntária na concentração de H+, o que faz com que os quimiorreceptores centrais percebam a mudança). Os quimiorreceptores periféricos estão localizados na aorta e carótidas, e são sensíveis/respondem a variação da PO2 arterial e aumento da PCO2 e H+ (a própria aorta e carótida, através dos quimiorreceptores, podem modular a respiração com a percepção de variáveis).PROVA: Capacidades e volumes pulmonares; capacidade vital X capacidade pulmonar total
· Volumes pulmonares: Volume corrente (respiração normal), volume de reserva inspiratório (é a inspiração forçada até o limite), volume de reserva expiratório (é a expiração forçada até o limite), volume residual (aquele volume que não é possível expulsar do pulmão), volume pulmonar máximo
· Capacidade pulmonar: capacidade inspiratória (volume corrente + volume de reserva inspiratória), capacidade residual funcional (volume de reserva expiratório + volume residual), capacidade vital (volume de reserva inspiratório + volume corrente + volume de reserva expiratório) e capacidade pulmonar total (capacidade vital + volume residual)

Mais conteúdos dessa disciplina