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DIREITOS FUNDAMENTAIS

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Direitos 
fundamentais 
 
Histórico 
• Decreto do rei persa Ciro II: permitiu 
que os povos exilados na Babilônia 
retornassem a suas terras de origem, 
ou a restrição de penas corporais no 
Império Romano. 
• Declaração de Direitos do Bom Povo 
de Virgínia (1776): primeira 
declaração moderna de direitos 
fundamentais. 
o Uma das 13 colônias inglesas 
na América, à qual se seguiu a 
Constituição dos EUA, aprovada 
na Convenção de Filadélfia 
(1787), e que foi objeto de 
diversas emendas garantidoras 
de importantes direitos 
fundamentais (liberdade de 
religião, direito de propriedade 
etc.). 
• Declaração dos Direitos do Homem 
e do Cidadão (1789): fruto da 
Revolução Francesa e de sua luta 
contra o absolutismo. 
• Declaração Universal dos Direitos 
do Homem (1948): proclamada pela 
Assembleia Geral das Nações Unidas 
em Paris. 
o Reconheceu diversos direitos: 
dignidade da pessoa humana, 
direito à vida, à liberdade etc. 
 
Gerações de direitos 
fundamentais 
• Primeira geração: formada por 
direitos individuais que buscavam 
proteger o indivíduo perante os 
excessos e abusos do Estado. 
o São direitos ligados sobretudo 
às liberdades: liberdade de 
reunião, direito de ir e vir etc. 
• Segunda geração (séc. XX): direitos 
que exigem uma prestação do Estado. 
o Não basta que o Estado se 
abstenha de cometer abusos e 
violar os direitos individuais. 
o Ele deve atuar para consolidar 
direitos sociais e culturais. 
o Geração dos direitos sociais e 
coletivos: direito à saúde, 
direitos da seguridade social 
etc. 
• Terceira geração (metade do séc. 
XX): associada aos ideais de 
solidariedade e fraternidade. 
o Surgem os direitos difusos: 
direito ao meio ambiente 
equilibrado etc. 
 
Conceito 
• Direitos humanos: tratados no âmbito 
do direito internacional e se referem 
genericamente a todos os seres 
humanos, sem considerar as 
peculiaridades de cada país ou 
comunidade. 
o Possuem a pretensão de serem 
atemporais e universais, 
aplicáveis a todos os povos e 
em todos os tempos. 
• Direitos fundamentais: tratados de 
maneira diferente por cada Estado, de 
acordo com as suas próprias 
Constituições. 
o Como cada ornamento jurídico 
dispõe diferentemente acerca 
do rol de direitos fundamentais, 
eles nem sempre 
correspondem ao rol de direitos 
humanos. 
o São apenas aqueles 
estabelecidos pelo Estado, 
conforme o seu Direito Positivo 
interno. 
Direitos e garantias 
• Direitos fundamentais: enunciados 
que estabelecem o conteúdo de um 
direito. 
o Exemplo: direito à vida, à 
liberdade religiosa etc. 
• Garantias fundamentais: 
instrumentos previstos na Constituição 
para a defesa e proteção daqueles 
direitos. 
o Exemplo: habeas corpus (que 
busca proteger o direito à 
liberdade de locomoção). 
 
Características 
• Universalidade: os direitos são de 
todos os humanos. 
• Relatividade: não há direitos 
absolutos, eles podem sofrer 
restrições. 
• Historicidade: os direitos 
fundamentais foram conquistados 
historicamente e as mudanças na 
sociedade influenciam a leitura que se 
faz deles. 
• Inalienabilidade: os direitos não 
possuem conteúdo econômico e não 
podem ser negociados ou transferidos. 
• Imprescritibilidade: os direitos não se 
extinguem pelo decurso do tempo e o 
seu exercício não se sujeita a qualquer 
prazo. 
• Irrenunciabilidade: não se pode 
renunciar aos direitos fundamentais. 
o O titular do direito pode até não 
o exercer, mas isso não implica 
a renúncia ao direito. 
• Aplicabilidade imediata: os direitos 
valem imediatamente e independem 
de concretização legislativa, de 
regulamentação, para surtirem seus 
efeitos. 
o O titular pode invocá-los com 
base apenas na Constituição. 
• Não exaustividade ou atipicidade: 
um direito não precisa estar positivado 
na Constituição para ser considerado 
fundamental. 
o É possível ter direitos 
fundamentais fora do catálogo 
formal previsto na Constituição 
(podem estar em tratados 
internacionais de direitos 
humanos, por exemplo). 
 
Classificações 
• Variam conforme o autor e o critério 
adotado. 
• Uma delas, por exemplo, divide os 
direitos fundamentais de acordo 
com o conteúdo: 
o Direitos fundamentais do 
homem-indivíduo: reconhecem 
autonomia aos particulares e se 
identificam com os direitos 
individuais (liberdade, igualdade 
e propriedade). 
o Direitos fundamentais do 
homem-nacional: definem a 
nacionalidade. 
o Direitos fundamentais do 
homem-cidadão: direitos 
políticos (direito de eleger e ser 
eleito). 
o Direitos fundamentais do 
homem-social: direitos 
“assegurados ao homem em 
suas relações sociais e 
culturais” (direito à saúde e à 
educação). 
o Direitos fundamentais do 
homem membro de uma 
coletividade: direitos coletivos 
(direito de petição e direito de 
greve). 
o Direitos fundamentais de 
terceira geração ou do homem-
solidário: classe mais recente 
de direitos (direito ao meio 
ambiente, à paz e ao 
desenvolvimento). 
• Outra classificação: 
o Direitos individuais (art. 5º). 
o Direito à nacionalidade (art. 12). 
o Direitos políticos (art. 14 a 17). 
o Direitos sociais (art. 6º e 193). 
o Direitos coletivos (art. 5º). 
o Direitos solidários (art. 3º e 
225). 
o Direitos econômicos (art. 170 e 
seguintes). 
 
Eficácias 
• Eficácia vertical: aplicação dos 
direitos fundamentais entre indivíduo e 
o Estado. 
• Eficácia horizontal: aplicação dos 
direitos fundamentais nas relações 
privadas. 
• Teoria da eficácia indireta ou 
mediata: um primeiro entendimento 
defende que essa aplicação deve ser 
feita pelo legislador. 
o E se a lei, ao tratar de direito 
privado, violar direitos 
fundamentais ou não os 
proteger adequadamente, será 
inconstitucional. 
o Os direitos fundamentais não 
devem ser automaticamente 
aplicados às relações entre 
particulares. 
• Teoria da eficácia direta ou 
imediata: um segundo entendimento 
defende que essa aplicação deve ser 
feita pelo juiz, independentemente da 
atuação do legislador. 
o Este, ao julgar as causas, deve 
levar em consideração os 
direitos fundamentais, mesmo 
que sejam causas privadas. 
o A principal porta de entrada dos 
direitos fundamentais na 
atividade jurisdicional são as 
cláusulas de direito privado 
(bons costumes, boa-fé, ordem 
pública). Elas devem ser 
concretizadas, devem ser lidas 
de uma maneira que protejam e 
promovam os direitos 
fundamentais.

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