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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUDESTE MINEIRO - UNICSUM ARQUITETURA E URBANISMO APS - ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS 0º PERÍODO | 2020-2 Juiz de Fora 2020 2 Alunos Alunos A OBRA DE ARTE POR MEIO DA ARQUITETURA E DO URBANISMO: ARQUITETURA EFÊMERA 0º PERÍODO | 2020-2 Trabalho apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo, do Centro Universitário do Sudeste Mineiro, como parte das exigências para a avaliação das atividades realizadas durante o semestre vigente. Orientação: Prof. Mestre Coorientação: Demais professores do semestre Juiz de Fora 2020 3 Sumário INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4 DESENVOLVIMENTO ................................................................................................... 6 Arquitetura Efêmera ..................................................................................................... 6 SOBRE O MOVIMENTO ............................................................................................... 9 Arte Contemporânea ..................................................................................................... 9 Características da Arte Contemporânea ..................................................................... 11 Principais movimentos e artistas da Arte Contemporânea ......................................... 12 SOBRE O ARTISTA ..................................................................................................... 14 - Vik muniz ................................................................................................................. 14 PRINCIPAIS OBRAS .................................................................................................... 15 - Double Mona Lisa (Peanut butter and jelly) - (Figura 8) ......................................... 15 - The Bearer Irma (Figura 9) ...................................................................................... 16 - BEIJA-FLOR, DA SÉRIE SUCATA DE METAL ................................................. 17 SOBRE A OBRA DESENVOLVIDA ........................................................................... 18 CONCLUSÃO................................................................................................................ 20 REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 22 4 INTRODUÇÃO A arte “moderna”, da década de 60 em diante, trouxe mudanças em ideias quanto ao conceito de arte com o surgimento de obras site-especific, onde o espaço, a implantação da obra, passou a influir no significado desta. Essas obras quebraram barreiras ao sair do ambiente de arte tradicional, como as galerias, por exemplo, e passar a ocupar locais como a cidade. A partir deste ponto de vista, ao ocupar a cidade, a arquitetura tornou-se uma tela, um suporte de arte no ambiente urbano. Assim o espaço físico transformou-se ator na relação entre a arquitetura e arte, reforçando a arquitetura como base para arte. E este espaço físico não constitui meramente um ambiente para as obras de arte (os objetos), mas um local de promoção de experiências para as pessoas que nele se encontram. Ao observar uma obra, a primeira impressão abrange o ambiente físico onde esta se encontra e como este se relaciona com outros elementos da arquitetura existentes. Este espaço não meramente material, se diferencia dos outros observados pelas ciências exatas, ao incluir a percepção dele pelos sentidos, colocando como expressão do ser humano. Na (figura 1), ao propor uma escultura monumental que não poderia ser vista em sua totalidade o artista provoca no público o sentimento de vertigem e relativiza nossa noção de espaço, fazendo com que sentimentos como medo, em relação a proporção pessoa obra, ou mesmo aflição, diante de tão monumental objeto se aflorem. Assim os sentimentos se colocam como parte necessária nesta relação entre o público da obra e o espaço que a suporta. 5 Figura 1: Marsys Fonte: https://www.wikiart.org – Acesso em 21/09/2022 Maderuelo (2008) afirma que quando um espaço é diferenciado a ponto de ser inequivocamente reconhecido por suas qualidades físicas e seu nome próprio, é porque houve uma projeção sentimental por parte do ocupante ou do espectador que o reconhece e nomeia para distingui-lo dos outros; desta forma, esse espaço se torna um lugar. Por fim, quando a convivência com o outro, o estranho, se torna algo tão complexo ao ponto de a segurança da cidade se tornar diminuída, perde-se o pertencimento com o local onde se vive, o outro se torna o estranho (aquele que não reconheço) e o local deixa de ser um lugar e volta a ser um espaço material. Assim, necessita-se de um agente agregador para que a vivência seja retomada e o outro não se torne um desconhecido, para que se retorne a este lugar. Este agente é a arte utilizando-se da arquitetura da cidade como suporte. https://www.wikiart.org/ 6 DESENVOLVIMENTO Arquitetura Efêmera A arquitetura efêmera existe desde o barroco e seus primeiros indícios datam do século XVI. No entanto, esse estilo tem sido visto hoje como uma tendência por representar valores e anseios da sociedade contemporânea. Contando com um forte caráter abstrato e experimental, esse gênero também é lúdico, livre e se baseia na temporalidade. Ou seja, trata-se de um estilo que tem como base construções passageiras e transitórias que duram pouco tempo. Nesse sentido, uma obra pode tanto sumir definitivamente de um determinado lugar como também pode ser transferida para outro. Tudo depende da intenção do autor do projeto de arquitetura efêmera e da história que ele deseja contar. Um ponto interessante desse gênero é que ele não é apenas composto por obras e construções, ele vai muito além e traz uma criatividade incrível. Alguns exemplos de arquitetura efêmera na contemporaneidade são: desfiles, vitrines, exposições e painéis interativos. Isto é, esse estilo pode desde promover uma marca, o trabalho de um determinado artista como também expressa o objetivo de um arquiteto em destacar um espaço e de utilizar materiais transitórios. Outras características desse modelo são: brevidade; baixo custo; espontaneidade. versatilidade; utilização de materiais diferentes; originalidade; economia de recursos; Outro aspecto dos projetos da arquitetura efêmera é o fato de eles oferecerem a possibilidade de participação das pessoas. Isso porque os seus métodos de construção são tão simples que podem ser compreendidos e aplicados por leigos. Nesse contexto, um bom exemplo desse estilo foi a criação de uma biblioteca ao ar livre (figura 2). Elaborada com engradados de bebida, essa obra fez tanto sucesso que tomou o lugar de sua construção original. https://laart.art.br/blog/o-que-e-arte-abstrata/ https://digilandia.io/gestao-e-lideranca/como-desenvolver-a-criatividade/ https://laart.art.br/blog/arquitetura-contemporanea/ 7 Figura 2: Biblioteca ao ar livre Fonte: https://laart.art.br – acesso em 21/09/2022 É interessante observar que a sensação de exclusividade descrita acima também se fez presente nas construções barrocas de festas, uma vez que, nesse período remoto, quem tinha acesso a elas era somente a nobreza e as classes mais abastadas da sociedade. Nesse cenário, é importante saber que esse estilo teve destaque no barroco pelo fato da monarquia desejar exaltar o seu poder. Logo, os detalhes e os ornamentosforam valorizados e expressavam um sentido transitório. Essa percepção também foi relacionada à morte e, assim, questionou o significado da riqueza diante da efemeridade da vida. Dessa forma, buscou prestigiar a vivacidade e a espontaneidade dos momentos. Já na idade contemporânea, assim marcada pelo desenvolvimento industrial e pelos inúmeros avanços científicos e tecnológicos, esse estilo foi bastante destacado por exposições, espetáculos e eventos publicitários. Esse conceito é bastante aplicado até hoje. Um bom exemplo é o Serpentine Gallery Pavilion (figura 3), um dos eventos mais esperados do ano em Londres. Trata- se de um pavilhão temporário que abriga exposições e que tem como objetivo valorizar a arte promovendo o acesso gratuito para as pessoas. 8 Figura 3: Serpentine Gallery Pavilion Fonte: https://laart.art.br – acesso em 21/09/2022 Isso sem falar no Pavilhão de Barcelona (figura 4), de Ludwig Mies van der Rohe, um edifício famoso por suas formas geométricas e pela inovação dos materiais utilizados que se tornou um ícone do modernismo. Essa obra acabou sendo demolida. Porém, ela foi tão importante para história da arquitetura moderna que acabou sendo reerguida e, hoje, conta com uma nova instalação formada por lasers e luzes projetados. Figura 4: Pavilhão de Barcelona Fonte: https://laart.art.br – acesso em 21/09/2022 9 Outro estilo importante no século XX foi arquitetura do gelo (figura 5). Nesse sentido, museus, hotéis e palácios são considerados alguns dos mais marcantes exemplos de arquitetura efêmera do período. Vale destacar que esses projetos tiveram como fonte de inspiração os iglus, obras importantes e representativas da arquitetura vernacular. Figura 5: Arquitetura do gelo Fonte: https://laart.art.br – acesso em 21/09/2022 SOBRE O MOVIMENTO Arte Contemporânea A arte contemporânea não tem um registro inicial certeiro. Isto é, não existe um consenso entre os estudiosos que determinem seu começo. Porém, pode-se dizer que essa tendência artística tenha começado no período pós-guerra, na década de 1950, e continua até hoje. Do latim, o vocábulo “contemporanĕu” corresponde a união dos termos “com” (junto) e “tempus” (tempo), ou seja, significa que ou quem do mesmo tempo ou época. Utiliza-se essa palavra como adjetivo para indicar o tempo presente, atual. Dessa forma, essa corrente https://laart.art.br/blog/arquitetura-vernacular/ 10 também é conhecida como “arte do pós-guerra” e, por surgir propondo uma ruptura com a arte moderna, é denominada, também, de “arte pós-moderna” como podemos ver no exemplo, (figura 6). Figura 6: Escultura da Artista Alemã Rebecca Horn, Barcelona, Espanha Fonte: https://www.todamateria.com.br – acesso em 21/09/2022 Em um sentido generalista, a arte contemporânea se refere a toda produção artística da atualidade, como pintura, dança, escultura, fotografia e performance na arte. Nesse cenário, esse estilo propõe uma releitura do que é arte, por meio de novas técnicas e pensamentos. Desse modo, desconecta-se dos padrões artísticos anteriores. Subjetiva, inovadora e original, essa corrente não tem como proposta analisar a obra de maneira direta. Pelo contrário, esse estilo valoriza tanto a obra como a percepção do artista ao criá-la, a sua integração com seu trabalho e o seu processo criativo. Após a Segunda Guerra Mundial, na década de 1950, o mundo vivenciou um período intenso, caracterizado pela globalização, avanço tecnológico e pelo desenvolvimento de novas mídias. De forma simplificada, esse estilo surgiu em um período em que o mundo e a cena artística transitavam da era industrial https://laart.art.br/blog/arte-moderna/ https://www.todamateria.com.br/ https://laart.art.br/blog/esculturas-famosas/ https://laart.art.br/blog/historia-fotografia/ https://laart.art.br/blog/performance-na-arte/ 11 (moderna), baseada no consumo, para a era da comunicação e da digitalidade, caracterizada pela informação e diálogo. Esse panorama deu origem a uma nova mentalidade, que buscou romper com padrões preestabelecidos e valorizar a ação do inconsciente no processo criativo, entre outras linhas de pensamento menos ortodoxas. Logo, a arte contemporânea despontou explorando novas linguagens, técnicas e experimentações. Em outras palavras, esse estilo prestigia a atitude do artista. Logo, prioriza a sua liberdade criativa e não o objeto artístico final. Esse processo acontece de forma profunda. Afinal, além de focar na experimentação da produção artística, também promove a reflexão e o rompimento de paradigmas. Nesse contexto, é fundamental destacar a liberdade do artista da arte contemporânea. Isso porque, durante séculos, a arte foi atrelada às vontades da Igreja, da sociedade ou do governo. Ou seja, o artista não exercia seu papel com autonomia. Nesse cenário, a arte contemporânea surgiu como uma espécie de libertação. Afinal, esse estilo promove a liberdade de criação de modo intenso, sem amarras ou censura. Essa manifestação artística não apresenta um estilo único, mas vários, como o minimalismo, a arte conceitual, a pop art, a arte efêmera, a arte de rua e a performance artística. Características da Arte Contemporânea Embora apresente alguns valores da Arte Moderna tais como inovações, experimentações e diluição de fronteiras entre as formas artísticas, a Arte Contemporânea representa a ruptura com alguns aspectos da Arte Moderna. Abrindo espaço para uma diversidade de estilos, perspectivas e técnicas, a Arte Contemporânea, abandonou diversos paradigmas da Arte Moderna, trazendo valores para a constituição de uma nova mentalidade artística. Houve a ampliação da abrangência de linguagens artísticas com a inclusão de dança, música, moda, fotografia, pintura, teatro, escultura, literatura, performances, happenings, instalações, videoarte, entre outras. Outro aspecto marcante da arte na contemporaneidade são os avanços tecnológicos, impulsionados pela corrida espacial. Essa característica pode ser observada nos objetos construídos com formatos aerodinâmicos e alusivos ao espaço. A https://laart.art.br/blog/arte-conceitual/ https://laart.art.br/blog/pop-art/ https://laart.art.br/blog/arte-efemera/ 12 consciência ecológica e o reaproveitamento de materiais também são características observadas na Arte Contemporânea. Na Arte Contemporânea os artistas possuem uma grande liberdade de criação, de modo que eles podem transitar entre os diferentes períodos. Eles possuem liberdade total para se expressar, tanto tecnicamente como conceitualmente. As principais características da arte contemporânea são: • Abandono dos padrões habituais; • Fusão de arte e vida; • Uso de novas tecnologias e mídias; • Junção de estilos artísticos; • Interatividade das obras; • Questionamentos da definição de arte; • Aproximação da cultura popular; • Uso de materiais diferentes para a produções artísticas; • Liberdade e efemeridade artística. Principais movimentos e artistas da Arte Contemporânea Os principais movimentos e escolas vanguardistas que surgiram com base na Arte Contemporânea estão associados à ideia da comunicação, e não do consumo. Geralmente, esses movimentos se revelam através das variadas linguagens e por meio da constante experimentação de novas técnicas. A Arte Contemporânea abarca alguns movimentos artísticos importantes entre os quais, destacam-se: Pop Art, Arte Conceitual, Arte Digital, Fotografia, Instalação, Arte Urbana, Body Art, Arte povera, Arte de Novas Mídias, Hiperrealismo, Fotorrealismo, Op Art e Arte cinética. Alguns artistas contemporâneos são reconhecidos mundialmente por seus trabalhos, entre eles estão: Andy Warhol, Bansky, Damien Hirst, Jean-Michel Basquiat, Anselm Kiefer,Richard Serra, Bill Viola, Jeff Koons, Marina Abramovic, Gerhard Richter, Takashi Murakami, Lucian Freud, Keith Haring. https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/pop-art https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/body-art https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/op-art 13 No Brasil, a Arte Contemporânea começou a se desenvolver a partir da década de 1950, com o movimento vanguardista conhecido por Neoconcretismo. Desde então, alguns artistas se tornaram conhecidos por uma arte inovadora, viva e autoral. Entre os principais artistas brasileiros que fomentaram a arte contemporânea estão: Hélio Oiticica (1937 - 1980); Romero Britto (1963); Ferreira Gullar (1930 - 2016); Amilcar de Castro (1920 - 2002); Lygia Clark (1920 - 1988); Lygia Pape (1927 - 2004); Aluísio Carvão (1920-2001; Franz Weissmann (1911-2005); Hércules Barsotti (1914-2010); Willys de Castro (1926 - 1988); Cildo Meireles (1948-); entre outros. Um dos exemplos dessa arte foi a obra-instalação “Invenção da cor, Penetrável Magic Square #5, De Luxe”, de 1977, de Hélio Oiticica, que foi feita a partir de maquetes chamadas de proposições ambientais (figura 7). Figura 7 - Invenção da cor, Penetrável Magic Square #5, De Luxe Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br – acesso em 26/09/2022 https://www.educamaisbrasil.com.br/ 14 SOBRE O ARTISTA - Vik Muniz Vik Muniz é um artista plástico brasileiro que produz obras voltadas para a sustentabilidade. Além da pintura, ele trabalha com a produção de esculturas e fotografia. Atualmente, Vik Muniz é conhecido mundialmente por suas obras inusitadas onde utiliza técnicas e materiais como alimentos, algodão, materiais recicláveis, cabelo, arame, serradura, pó, terra, dentre outros. Vicente José de Oliveira Muniz nasceu em São Paulo no dia 20 de dezembro de 1961. Estudou Publicidade e Propaganda na FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado). Depois disso, resolveu focar nos estudos voltados para a produção de obras visuais. No início da década de 80 mudou-se para os Estados Unidos. Viveu durante 1 ano em Chicago e depois em Nova York, onde abriu um ateliê de arte. Ali, ficou muito conhecido e suas obras foram apresentadas em diversos meios de comunicação, inclusive no conceituado New York Times. Essas publicações foram essenciais para que o trabalho de Vik fosse reconhecido em outros lugares do globo. A partir disso, museus muito conceituados no mundo contataram o artista. 15 Isso foi o começo de uma vida artística de sucesso que prevalece até hoje. Vik expôs suas obras em diversos museus o que o tornou cada vez mais renomado. Elas foram expostas no Brasil, Estados Unidos, Canadá, México, Austrália, dentre outros. Além disso, diversos museus do mundo possuem acervos com suas obras, por exemplo, Minas Gerais, São Paulo, Los Angeles, Londres, Paris, Madri, Tóquio, Moscou, etc. Vik Muniz tem um arsenal de obrar e sendo uma boa parte reproduções de obras conceituadas e conhecidas pelo publico. Nas suas adaptações alguns dos materiais usados são comestíveis e reciclados, como por exemplo, geleias, chocolate, açúcar, catchup, doce de leite, entre outros, a aplicação muitas das vezes é a partir de um conta-gotas. Alem disso, Vik Muniz também retratou em suas obras diversos artistas e figuras públicas, como por exemplo, Pelé, Freud, Barack Obama e Elvis Presley. PRINCIPAIS OBRAS - Double Mona Lisa (Peanut butter and jelly) - (Figura 8) Nessa obra, Vik Muniz recriou em 1999 a clássica obra de Leonardo da Vinci, a Monalisa. Na sua versão da Monaliza, foi utilizado geleia de uva e manteiga de amendoim sob tela branca lisa com dimensões de 119,5 x 155 cm. O artista justifica o uso de materiais alternativos com a seguinte citação: “A arte é sobretudo a habilidade de olhar para uma coisa e enxergar outra”. 16 Figura 8 – Cópia da Mona Lisa de Leonardo da Vinci Fonte: https://www.ebiografia.com – acesso em 26/09/2022 - The Bearer Irma (Figura 9) O ambiente escolhido para a criação dessa obra, uma das mais importantes, foi o maior lixão a céu aberto da América Latina, o lixão de Gramacho, baixada do Rio de Janeiro no ano de 2008. Para a concretização desse trabalho, Vik teve ajuda dos catadores de lixo que já trabalhavam e conheciam o lugar. Primeiro Vik fotografou os trabalhadores e com os materiais recolhidos pelos próprios trabalhadores durante a seção de fotos foram feitas aplicações dos lixos das fotos em escala gigantesca. Todo o processo foi gravado e acabou resultando em um documentário “lixo extraordinário”. https://www.ebiografia.com/ 17 Figura 9 – The Bearer Irma Fonte: https:// www.culturagenial.com – acesso em 20/11/2022 - BEIJA-FLOR, DA SÉRIE SUCATA DE METAL Vik Muniz idealizou esta obra em 2012 para a exposição no Armory show, em Nova Iorque, e dessa vez utilizou pedaços de metais aplicados em imagens voltados para flora e fauna com intenção de causar um efeito hiper- realista, além disso, o que chama atenção na obra é que quando olhamos para o beija- flor (figura 10), associamos a um pequeno animal, mas ao observamos os elementos da imagem existem latas e rodas de veículos, que não são objetos pequenos mas que analisados em conjunto proporcionam uma perspectiva interessante. https://www.ebiografia.com/ 18 Figura 10 – Beija-flor Fonte: https://www.hypeness.com.br– acesso em 20/11/2022 SOBRE A OBRA DESENVOLVIDA Através de estudos de caso e aprofundamento dos temas, tomamos conhecimento da importância em incluir o tema no projeto de galeria de arte visto que foge do esperado quando falamos de exposição de obras de arte. Na concepção volumétrica, buscamos algo que impactasse e destoasse do entorno, traduzindo em algo palpável, o que a arte deve ser, algo notável, sentido e que os nossos olhos encontre facilmente em meio a uma paisagem. https://www.hypeness.com.br/ 19 O tema escolhido para as exposições, reciclagem, foi exposto na fachada para proporcionar visibilidade e gerar uma prévia para o que será encontrado no interior do edifício. . Fonte: Grupo Fonte: Grupo 20 De acordo com dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2020, cada brasileiro produz, em média, 379,2 kg de lixo por ano. Apesar de termos consciência da importância e necessidade de reduzir ao máximo os reduzidos, porém, é necessário designar novos usos para os resíduos do nosso cotidiano. CONCLUSÃO Buscamos transcender o movimento artístico em obras com matérias recicláveis percebendo a importância da reutilização dos matérias e dando aos artistas destes seguimentos oportunidades para apresentar suas obras, proporcionando lugar de reunião, debates, estudos e diálogos com a população. Compreendemos em nossas pesquisas que uma obra prima não é necessária o luxo ao extremo e sim boas dozes de criatividade, inovação, resiliência e dedicação. Apesar de se tratar de um tema interessante e ser uma forma de estimular o nosso olhar a reconhecer a arte em outras formas e não apenas no que tem um alto valor econômico, vemos que não é divulgado da forma que deveria e não temos meios para que os artistas consigam apresentar o seu trabalho e conquistar o público. Fonte: Grupo 21 As grandes marcas, que acabam dominando as mídias e criando tendências, poderiam ser estimuladas a divulgar e apresentar ao público esse estilo, podendo assim causar impactos positivos na sociedade como gerar empregos e dar apoio aos catadoresde lixo. 22 REFERÊNCIAS • A RELAÇÃO ENTRE ARQUITETURA E ARTE: A ARQUITETURA COMO SUPORTE PARA A ARTE. Curitiba, 2019. Disponível em: http://riut.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/17069/1/CT_CEART_III_2019_04.pdf#:~:t ext=A%20arquitetura%20se%20junta%20ao%20tecido%20de%20obras%2C,ent re%20a%20arquitetura%20e%20a%20arte%2C%20tornando- se%20h%C3%ADbridas. Acesso em: 4 out. 2022. • ARQUITETURA EFÊMERA: O QUE É E POR QUE ELA ATRAI TANTOS OLHARES?. [S. l.], 2020. Disponível em: https://laart.art.br/blog/arquitetura- efemera/. Acesso em: 1 nov. 2022. • ARTE Contemporânea. [S. l.], 2019. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/arte-contemporanea/. Acesso em: 10 nov. 2022. • BARBOSA, Jaque. Conheça as novas criações de Vik Muniz, feitas com sucata de metal. [S. l.], 2013. Disponível em: https://www.hypeness.com.br/2013/03/conheca-as-novas-criacoes-de-vik-muniz- feitas-com-sucata-de-metal/. Acesso em: 11 nov. 2022. • BIOGRAFIA de Vik Muniz. [S. l.], 2019. Disponível em: https://www.ebiografia.com/vik_muniz/. Acesso em: 11 nov. 2022. • O QUE É ARTE CONTEMPORÂNEA: OS PRINCIPAIS ARTISTAS E MOVIMENTOS DO PERÍODO. [S. l.], 2020. Disponível em: https://laart.art.br/blog/o-que-e-arte- contemporanea/#:~:text=Em%20um%20sentido%20generalista%2C%20a%20art e%20contempor%C3%A2nea%20se,pensamentos.%20Desse%20modo%2C%2 0desconecta- se%20dos%20padr%C3%B5es%20art%C3%ADsticos%20anteriores. Acesso em: 10 nov. 2022. • PIRES, Yolanda. Aumento da produção de lixo no Brasil requer ação coordenada entre governos e cooperativas de catadores Fonte: Agência Senado. [S. l.], 2021. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2021/06/aumento-da- producao-de-lixo-no-brasil-requer-acao-coordenada-entre-governos-e- cooperativas-de- catadores#:~:text=Segundo%20dados%20do%20Panorama%20dos,de%201%2 0kg%20por%20dia. Acesso em: 11 nov. 2022. • TENDÊNCIA que propõe expressões artísticas originais com técnicas inovadoras. [S. l.], 2019. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/arte-contemporanea. Acesso em: 11 nov. 2022. • VIK Muniz. [S. l.], 2019. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/vik- muniz/. Acesso em: 11 nov. 2022.
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