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Análise Jurídica do Facebookaço em Vadaluz

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126
Radical Radio e Outros vs. Vadaluz
Memoriais do Estado de Vadaluz
ÍNDICE
1. Referências bibliográficas
1.1 Livros e artigos jurídicos 
1.2 Casos legais 
	1.2.1 Convenção Americana de Direitos Humanos
	1.2.2 Convenção de Viena
	1.2.3 Pacto de San Jose da Costa Rica
2. Declaração de Fatos
2.1 O Facebookaço e as eleições
	2.2 Participação da Radio Su-Version e da Radical Radio nos fatos
	2.3 Situação das rádios perante o órgão regulador
	2.4 Medidas adotadas pelo Governo em resposta ao Facebookaço
3. Análise legal
3.1 Preliminares de admissibilidade - Esgotamento dos recursos internos
3.2 Ausência de competência ratione personae da Corte IDH
3.3 Da não violação do artigo 7
3.4 Da não violação do artigo 8 e 25
3.5 Da não violação do artigo 13
3.6 
4. Petitório
	
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.1 Livros e artigos Científicos
Boletim Jurisprudencial da Corte Interamericana de Direitos Humanos nº 5 Janeiro - Abril 2016 
1.2 Casos Legais
Parecer consultivo OC-22/16
2. DECLARAÇÃO DOS FATOS
2.1 O Facebookaço e as eleições 
A República Federativa de Vadaluz é uma democracia estável desde o século XIX, quando se tornou independente. O Estado participou das negociações da Carta da OEA em 1948 e ratificou todos os tratados interamericanos de direitos humanos, sendo também parte dos principais tratados da ONU sobre direitos humanos. O atual Presidente do país é o Sr. Atílio Escalante Norris, em mandato desde 2018, tendo índice de aprovação na ordem de 80% da população.
No período que precediam as eleições para deputados federais, foi promovida por alguns partidários uma reforma constitucional a fim de permitir um segundo mandato presidencial. Durante as eleições que aconteceriam em 2020, o Partido Vadaluzense Popular (PVP) havia proposto fazer uma consulta popular mediante a chamada Cédula da Democracia, com o objetivo de obter a opinião da população sobre um segundo mandato do Presidente Escalante, cujo escrutínio seria realizado pelo Tribunal Eleitoral de Vadaluz. Embora o resultado não fosse vinculante porque a Constituição não o reconhece como procedimento válido de reforma constitucional, mas apenas como mecanismo de consulta. 
Os líderes do Partido pela Renovação Democrática de Vadaluz (RDV) e de setores de opinião se opuseram à Cédula da democracia, por considerarem que, após essa consulta, poderiam ser deixados de cumprir os preceitos constitucionais afim de permitir um segundo mandato presidencial. Dois meses antes das eleições, um grupo de estudantes, também contrários a consulta popular, organizou uma passeata nacional e internacional, apoiado por alguns meios de comunicação entre os quais a Radical Radio e a Radio Su-Versión. 
Com a grande proximidade das eleições, a polarização política e a tensão crescente entre a população, o Governo Federal deu ordens para que em defesa da democracia, impedisse qualquer manifestação de violência ou perturbação social. Em San Pedro de los Aguados, onde grupos pró-Governo e contrários ao Governo fariam passeatas, o Presidente Municipal, determinou que todas as unidades policiais da cidade acompanhassem as passeatas, para evitar distúrbios ou conflitos. 
2.2 Participação da Radio Su-Version e da Radical Radio nos fatos
A Radical Radio foi o primeiro veículo de comunicação em massa em Vadaluz a cobrir e apoiar a iniciativa do Facebookaço, unindo-se ao grupo de estudantes em sua página do Facebook. Em suas transmissões, dedicou vários programas de opinião a comentários e promoção da iniciativa, utilizando inclusive espaços dedicados a comerciais para promover a manifestação; sendo acusada por alguns setores de opinião, acerca de um de seus programas, por ser um espaço de promoção do ódio entre classes e conflitos sociais pela disputa de terras.
Faltando poucos dias para as eleições, a Radical Radio concentrou-se em grupos do Facebook diferentes da passeata, com conteúdo agressivo e crítico em relação ao Presidente em exercício. 
A Radio Su-Versión, por sua vez, estabeleceu um convênio de cooperação com a Radical Radio, retransmitindo alguns programas dessa e, em alguns eventos especiais, ambas as emissoras transmitem em cadeia. San Pedro de los Aguados é o único lugar do país em que uma estação comercial e uma emissora comunitária trabalham em conjunto. 
Ao cobrir as eleições, a Radical Radio denunciou que poderia ocorrer fraude eleitoral em várias cidades, sustentando que o governo de Gorgia planejava cometer uma fraude monumental nas eleições, convocando os cidadãos a defender seus direitos a todo custo contra o “avanço autoritário da oligarquia latifundiária”. Ainda em sua transmissão, William Garra reportou que membros da Guarda Federal haviam sido enviados para impedir o Facebookaço em San Pedro, dizendo que haviam sido contratadas pessoas alheias à comunidade para uma passeata pró-Governo. 
Com esta informação, no dia da passeata, os manifestantes contrários ao Governo seguiram por um caminho diferente daquele autorizado pelas autoridades, encontrando o grupo pró-Governo, entrando em conflito, resultando em 6 (seis) mortos, sendo 5 civis e um policial, e 5 (cinco) feridos.
No dia das eleições, ambas as rádios faziam transmissões. Horas após o início da votação, um grupo de aproximadamente 25 jovens tentou se apropriar de várias urnas localizadas na praça principal de San Pedro de los Aguados com a intenção de incendiá-las. Vários moradores da área tomaram conhecimento do ocorrido e agrediram os jovens, iniciando uma briga entre os grupos que resultou em mais 3 mortes. 
2.3 Situação das rádios perante o órgão regulador
A Radical Radio, conhecida anteriormente como Radio Cadena Básica, funcionava desde 1965. Foi procedida a troca de nome da emissora em junho de 2013, autorizada pela COFERETEL que a época da mudança, advertiu que os registros continham uma inconsistência quanto aos nomes dos titulares da concessão e da representante legal da emissora. 
Por não atender à solicitação de atualização de dados e cumprimento dos requisitos de funcionamento determinados pela Lei Orgânica de Telecomunicações para concessões, a Radical Radio teve determinado o cancelamento de sua concessão. 
Já a Radio Su-Version, rádio da Associação de Comunidades Sem Terra de San Pedro de los Aguados (ACOSINTI) nunca teve aprovada sua licença de radiofusão comercial. Contudo, em 2013, devido às boas relações com o Presidente Municipal de San Pedro, teve suas instalações transferidas para um prédio do município, onde teve acesso a alguns equipamentos de propriedade da cidade. Com ordem da COFERETEL para fechar todas as emissoras ilegais conhecidas no país e o fisco de seus equipamentos, no dia 19 de abril de 2020, a Radio Su-Version teve seus equipamentos apreendidos. 
2.4 Medidas adotadas pelo Governo em resposta ao Facebookaço
Em março de 2007, a ACOSINTI apresentou um recurso de ação constitucional contra o Serviço Comunitário de Radiofusão Sonora, pertencente à COFERETEL, alegando violação de seu direito à informação, por supostamente não ter havido resposta da agência reguladora sobre a abertura de licitações. A Primeira Corte de Circuito de Gorgia decidiu em seu favor, tendo o Serviço de Radiofusão cumprido a ordem judicial. Descontente com a resposta recebida, a ACOSINTI apresentou à Primeira Corte uma petição alegando desacato por não cumprimento de ordem judicial, que foi indeferida dias depois. 
Em 25 de junho de 2020, o Ministério Público indiciou 30 pessoas, pelos delitos de “furtos de bens do Estado”, sob a acusação de terem se apropriado e utilizado indevidamente o espectro de rádio da nação. A acusação formal foi apresentada em 14 de julho de 2020, contra Melanie Pereira Peroni, Byron Dayle e Francis Hoffman, perante o Primeiro Tribunal Penal de Delitos Federais. Em 8 de novembro de 2020, Melanie Pereira e Francis Hoffman foram condenados a dois anos de prisão. Na mesma sentença, houve a anulação do processo contra Byron Dayle. Os condenados recorreram e a sentença foi mantida em sua totalidade pelo Tribunal Penal deRecursos. 
Em 30 de junho de 2020, o Ministério Público indiciou Melanie Pereira, Byron Dayle (ambos da Radical Radio) e Francis Hoffman (Radio Su-Version) pelos delitos de “instigação para delinquir” e “difamação”. O Ministério Público justificou suas acusações com base em gravações do programa de rádio em que se discutiu a criação de aproximadamente 50 (cinquenta) grupos no Facebook que promovem ódio contra o Presidente e incitam a violência contra ele; também se baseou em gravações da emissora convidando os ouvintes a participarem do Facebookaço, e gravações da cobertura dos eventos de 3 e 10 de março de 2020. O Terceiro Tribunal Pena de Delitos Federais declarou Melanie Peroni e Francis Hoffman culpados, absolvendo Byron Dayle. Os condenados recorreram da decisão que foi mantida pelo Tribunal de Recursos. 
Em 2 de julho de 2020, o Ministério Público indiciou William Garra por ter cometido em 3 de março de 2020 os delitos de instigação para delinquir, difamação e homicídio. O Terceiro Tribunal condenou o acusado, que recorreu. Porém, o Tribunal Federal de Recursos confirmou a condenação. 
Em 10 de abril de 2020, Byron Dayle apresentou petição perante o juiz competente solicitando que fosse declarada a nulidade da decisão administrativa que declarou o cancelamento da concessão outorgada à emissora. O referido processo encontra-se em fase probatória. 
Em 30 de abril de 2020, Byron Dayle e Melanie Pereira apresentaram uma ação constitucional perante a Segunda Corte de Circuito de Cedulópolis, alegando que o cancelamento da concessão outorgada à emissora Radical Radio vulnerava seu direito ao devido processo, à liberdade de expressão, opinião e empreendimento; assim vulnerando o direito à informação e à participação democrática da comunidade de Vadaluz. Em 15 de maio de 2020, a Segunda Corte de Circuito denegou a ação constitucional. Os suplicantes recorreram e em 2 de junho de 2020, o Primeiro Tribunal de Recursos de Cedulópolis confirmou a decisão nos mesmos termos proferidos pelo juízo a quo. 
Em 5 de maio de 2020, Francis Hoffman apresentou uma ação constitucional contra a COFERETEL, alegando que o fechamento da emissora e o confisco de seus equipamentos vulnerava os direitos à liberdade de expressão e informação, propriedade e devido processo administrativo. Em 26 de maio de 2020, o Tribunal competente emitiu sentença de primeira instância denegando o pedido. Em 30 de maio de 2020 o demandante recorreu, tendo o Tribunal de Recursos de Gorgia confirmado a sentença nos mesmos termos. 
Em 2 de dezembro de 2020, a Federação Interamericana de Mídia para a Democracia peticionou à Comissão Americana alegando suposta violação dos artigos 7, 8, 13, 21, 24 e 25 – todos relativos à obrigação de respeito e garantia do artigo 1.1 da CADH em relação às duas rádios, bem como de Melanie Pereira, Byron Dayle, Francis Hoffmann, William Garra e da população de Vadaluz em seu conjunto. 
O Estado interpôs exceções preliminares e de mérito perante a Comissão, que submeteu o caso à Corte, alegando supostas violações dos artigos 8, 13 e 25 da convenção Americana – todos relativos ao artigo 1.1 do mesmo instrumento, indicados no relatório de mérito da CIDH. 
3. ANÁLISE GERAL (MÉRITOS)
Preliminares de admissibilidade
3.1 Exaustão dos recursos internos
O Estado de Vadaluz, em atenção ao artigo 46 da Convenção Americana de Direitos Humanos, contesta a admissibilidade deste caso perante a Corte, ante o não esgotamento dos recursos internos do Estado. O artigo subscrito lista os requisitos de admissibilidade das petições a serem apresentadas perante a Corte, requisito este que é violado ao haver ainda dentro da jurisdição interna do Estado, processo administrativo, iniciado por Byron Dayle e que encontra-se em fase probatória, não havendo sequer decisão que pudesse ser contestada. 
Este processo tem duração média estipulada entre 4 e 6 anos de duração, não tendo passado sequer metade do menor prazo previsto, não havendo demora injustificada no processo, cuja incidência representaria uma exceção. Para além disso, não há na ação em questão qualquer violação de direitos que cause risco tamanho que seja necessária intervenção da Corte Interamericana antes do esgotamento dos recursos internos.
3.2 Ausência de competência ratione personae da Corte IDH
A CADH prevê em seu preâmbulo e artigo 1.2, “para os efeitos da Convenção, pessoa é todo ser humano” que, embora tenha garantido seu direito ao reconhecimento de personalidade jurídica, esta personalidade “não poderiam apresentar petições ou ter acesso ao Sistema Interamericano em qualidade das supostas vítimas.”(1). Este é o entendimento da Corte com base na Convenção Americana de Direitos Humanos e na Convenção de Viena. 
Análise das questões legais de acordo com a Convenção Americana sobre Direitos Humanos e outros instrumentos internacionais aplicáveis citados no problema. 
artigo 1.1 (obrigação de respeitar os direitos) - Os Estados Partes nesta Convenção comprometem-se a respeitar os direitos e liberdades nela reconhecidos e a garantir seu livre e pleno exercício a toda pessoa que esteja sujeita à sua jurisdição, sem discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra natureza, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social.
artigo 13 (liberdade de pensamento e de expressão)
artigo 21 (direito à propriedade privada)
artigo 24 (igualdade perante a lei)
PETITÓRIOS
1) Capa: conter nome do caso e o papel designado 
2) Índice: Listar todas as seções (e subseções) e número de páginas correspondentes do memorial
3) Referências bibliográficas: Deverá conter duas partes: a) lista de livros e artigos jurídicos utilizados no memorial; b) lista de casos legais citados no memorial. A parte B deverá conter a descrição de cada referência bibliográfica de modo a permitir que o leitor identifique e localize a referência numa publicação; devendo incluir o número da página do memorial nas quais cada justificativa é citada. 
4) Declaração dos fatos: Limitados aos fatos estipulados e às presunções necessárias derivadas do problema e quaisquer esclarecimentos ao problema. A declaração dos fatos não poderá conter fatos sem base, distorção de fatos, declarações argumentativas ou conclusões legais. 
5) Análise geral (méritos): A discussão das questões legais apresentadas no caso deverá incluir: a) uma análise sobre questões preliminares de admissibilidade (ex. exaustão dos recursos internos) se aplicável; b) uma análise das questões legais de acordo com a Convenção Americana sobre Direitos humanos e outros instrumentos internacionais aplicáveis citados no problema. 
6) Petitório: Nenhum argumento legal deverá ser apresentado nesta seção. 
*IMPORTANTE: Manter esta ordem. 
Número máximo de páginas: 30
Formatação: fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento duplo entre linhas, margens esquerda e superior 3 cm, direita e inferior 2 cm.
Notas de rodapé: Fonte Times New Roman, tamanho 10, espaçamento simples. Deverão se limitar à informação que permita a localização dos casos ou relatório citado no texto do memorial. Não deverão conter argumentos legais substantivos. 
Envio: via e-mail, até o dia 30/10 – tccprofkarina@gmail.com – Incluir no e-mail o número da equipe e nomes dos membros no texto de corpo do e-mail. Arquivo em word com título “126”. Caso não receba a confirmação de recebimento da professora, entrar em contato nas 24h seguintes.
Pontuação: serão consideradas as habilidades da equipe em identificar assuntos, pesquisar assuntos, usar a jurisprudência e doutrina pertinente, e pela persuasão de raciocínio analítico e de argumentação.
O Tribunal Administrativo é o ente judicial de primeira instância competente para resolver conflitos entre o cidadão e o Estado (jurisdição do contencioso administrativo). A segunda instância é de competência da turma político- administrativa da Suprema Corte de Justiça.
Processo 1: iniciado em 10/04/2020 por Byron Dayle. Processo administrativoque em 15/01/2021 estava em fase probatória.
Processo 2: 30/04/2020 por Byron Dayle e Melanie Pereira. Ação constitucional. Alegação sobre os direitos violados acerca do cancelamento da concessão da rádio. Decisão em última instância: O cancelamento da licença havia sido realizado no cumprimento da lei e a Corte não observava violação evidente no devido processo. 
Processo 3: 05/05/2020 por Francis Hoffmann. Ação constitucional. Decisão de última instância: a atuação da administração esteve de acordo com os procedimentos estipulados na lei orgânica de Telecomunicações.
Processo 4: 14/07/2020 pelo MP contra Melanie, Byron e Francis. Melanie e Francis condenados a 2 anos e prisão ou multa de U$ 200K. Melanie pagou a multa, Francis foi preso e Byron teve o processo contra ele anulado. 
Processo 5: 20/07/2020 pelo MP contra Melanie, Byron e Francis. Condenados a 6 meses de prisão ou multa de U$ 15k. Melanie pagou?, Francis foi preso, Byron teve a ação anulada contra si.
Processo 6: 25/07/2020 por MP contra William Garra. condenado a 12 anos de prisão. 
O processo perante o Sistema Interamericano.
Em 2 de dezembro de 2020, a Federação Interamericana de Mídia para a Democracia apresentou uma petição à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), alegando suposta violação dos direitos estipulados nos artigos 7, 8, 13, 21, 24 e 25 – todos relativos à obrigação de respeito e garantia do artigo 1.1 (Artigo 1. Obrigação de respeitar os direitos - 1. 	Os Estados Partes nesta Convenção comprometem-se a respeitar os direitos e liberdades nela reconhecidos e a garantir seu livre e pleno exercício a toda pessoa que esteja sujeita à sua jurisdição, sem discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra natureza, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social.) da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, em detrimento da Radical Radio e Radio Su-Versión, bem como da Sra. Melanie Pereira Peroni e dos Senhores Francis Hoffman, William Garra e da população de Vadaluz em seu conjunto.
Em 15 de dezembro de 2020, a Comissão procedeu à tramitação da petição e transmitiu ao Estado as comunicações pertinentes, dando-lhe dois meses para apresentar sua resposta. Em sua resposta datada de 15 de janeiro de 2021, Vadaluz afirmou que não haviam sido caracterizadas violações de direitos humanos, tendo em vista que as ações judiciais e administrativas se ativeram totalmente às normas em vigor. Em segundo lugar, o Estado alegou que pessoas jurídicas não podiam recorrer ao Sistema Interamericano e que, portanto, a petição deveria ser declarada inadmissível. Em terceiro lugar, o Estado acrescentou que estava pendente na jurisdição interna uma ação perante o contencioso administrativo. Em quarto lugar, o Estado manifestou ter sido aprovada uma nova Lei Orgânica de Comunicações pela qual, entre outros aspectos, foi regulada a concessão de licenças de maneira tripartite assegurando-se espaços equitativos para estações comerciais, comunitárias e institucionais. Acrescentou que a partir de janeiro de 2022 seria aberta uma licitação para a outorga de licenças podendo concorrer todas as pessoas interessadas.
A CIDH decidiu emitir um relatório em conformidade com o artigo 37.3 (Artigo 37. Procedimento sobre o mérito - 3. Em caso de gravidade e urgência ou quando se considerar que a vida de uma pessoa ou sua integridade pessoal corre perigo real e iminente, e uma vez aberto o caso, a Comissão solicitará às partes que enviem suas observações adicionais sobre o mérito num prazo razoável, fixado pela Comissão ao considerar as circunstâncias de cada caso.) de seu regulamento mediante o qual declarou o caso admissível e observou violações dos artigos 8, 13 e 25 da Convenção Americana – todos relativos ao artigo 1.1 do mesmo instrumento em detrimento de Melanie Pereira Peroni, Byron Dayle, Francis Hoffman e William Garra.
Uma vez cumprido o prazo e os requisitos estabelecidos na Convenção Americana e no Regulamento da Comissão e levando em conta que o Estado de Vadaluz não adotou nenhuma ação com vistas a dar cumprimento às recomendações da Comissão, o caso foi submetido à jurisdição da Corte Interamericana de Direitos Humanos em 25 de dezembro de 2021, alegando-se violações dos mesmos artigos indicados no relatório de mérito da CIDH.
Por sua parte, os representantes das vítimas apresentaram à Corte seu memorial de pedidos, argumentos e provas no qual, com base nos fatos relatados pela CIDH em sua demanda, reiteraram que as emissoras Radical Radio e Radio Su-Versión devem ser consideradas supostas vítimas no caso que se encontra perante a Corte.

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