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Tendências da epidemiologia atual e suas interfaces

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Tendências da Epidemiologia atual e suas interfaces 
 
Praticamente, todos os agravos à saúde já foram ou estão sendo estudados 
através de estudos epidemiológicos. A base de dados para a moderna Epidemiologia 
foram as estatísticas vitais, ou seja, informações sobre nascimentos, óbitos, 
morbidades, sendo possível realizar as investigações etiológicas. Tornou-se claro 
que os agentes microbianos e físicos não eram capazes de explicar todas as 
questões de Etiologia e prognóstico das doenças. Dessa forma, originou-se a Teoria 
da Multicausalidade, com a necessidade da Epidemiologia Analítica Multivariada. 
 
Depois de toda essa retrospectiva histórica, até os dias de hoje, é 
importante destacar os pilares da Epidemiologia atual: 
 
 Ciências biológicas (Clínica, Patologia, Microbiologia, Parasitologia, 
Imunologia): Epidemiologia Clínica e a aplicação do método epidemiológico 
na Clínica; 
 Ciências sociais: A Epidemiologia Social representa o renascer da 
determinação social da doença; 
 Estatística (coleta e análise de dados). 
 
Pierre Lévy define interface como "... superfície de contato, de tradução, 
de articulação entre dois espaços, duas espécies, duas ordens de realidade 
diferentes." E é exatamente a compreensão das interfaces da Epidemiologia com os 
diversos campos dos saberes que será elucidada. 
 
Observamos a força dos processos sociais na determinação do papel da 
Epidemiologia na Saúde Coletiva. Dentro desse contexto, é imprescindível destacar 
a articulação da Epidemiologia com a Filosofia, com as Ciências Sociais e Humanas; 
com os conceitos políticos, como classes sociais, poder, justiça e desigualdades, 
vem sendo introduzidos à problematização da saúde, permitindo, dessa forma, o 
 
 
 
 
 
 
 
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conhecimento pleno da saúde dos indivíduos e das sociedades humanas, dos seus 
determinantes e dos meios para sua preservação. 
 
 Vale a pena destacar que a Epidemiologia sofre influência de praticamente 
todos os campos do conhecimento humano: o saber científico, o saber filosófico, a 
arte, a religião e o senso comum. Além disso, o estudo da Epidemiologia permite 
uma articulação ideal entre a Educação e a Comunicação nas práticas de saúde, 
que é imprescindível para a formação dos profissionais da área.

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