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web aulas da Disciplina Temas Atuais da Educação

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UNIDADE 2 – TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS E POLIDOCÊNCIA E
O ENSINO COLABORATIVO
1. OS TEMAS TRANSVERSAIS NOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
Possivelmente, você já ouviu falar sobre os temas contemporâneos transversais.
Mas, sabia que esta não é uma proposta exatamente nova?
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), já em 1996, fomentaram uma
proposta pedagógica alicerçada em temas transversais.
INDICAÇÃO DE VÍDEO
Você conhece os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)? Antes da criação
da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os Parâmetros curriculares nacionais
- diretrizes elaboradas pelo Governo Federal - norteavam a educação básica no
Brasil. Para conhecer um pouco mais, assista ao vídeo Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs). Disponível em: https://bit.ly/37V6MR0. Acesso em: 19 jul. 2021. 
Os temas transversais expressam conceitos e valores básicos para a democracia
e para a cidadania. Fundamentam-se em questões de grande relevância para a
sociedade e caracterizam-se por não dependerem de uma ou outra disciplina,
mas perpassarem por todas as áreas do conhecimento.
SAIBA MAIS
Para entender as discussões sobre os temas transversais apontados pelos PCNs,
é essencial compreender os conceitos de interdisciplinaridade e transversalidade
como dimensões pedagógicas da ação docente. O artigo indicado, a seguir,
discute a interdisciplinaridade dentro do contexto escolar e, ainda, a
transversalidade sugerida pelos PCNs.
BOVO, Marcos Clair. Interdisciplinaridade e transversalidade como dimensões da
ação pedagógica. Revista Urutágua. nº7, Maringá, 2009. Disponível
em: https://bit.ly/3evGaK4. Acesso em: 19 jul. 2021
https://www.youtube.com/watch?v=Qv1OMttm8tM
https://bit.ly/3evGaK4
Os temas transversais apontados pelos Parâmetros Curriculares
Nacionais compreendem seis áreas, a saber:
● Ética: respeito mútuo, justiça, diálogo, solidariedade.
● Orientação sexual: corpo, matriz da sexualidade, relações de gênero,
prevenção das doenças sexualmente transmissíveis.
● Meio ambiente: os ciclos da natureza, sociedade e meio ambiente,
manejo e conservação ambiental.
● Saúde: autocuidado, vida coletiva.
● Pluralidade cultural: pluralidade cultural e a vida das crianças no Brasil,
constituição da pluralidade cultural no Brasil, o ser humano como agente
social e produtor de cultura, pluralidade cultural e cidadania.
● Trabalho e consumo: relações de trabalho, trabalho, meio ambiente e
saúde, consumo, meios de comunicação de massas, publicidade e vendas;
direitos humanos, cidadania.
INDICAÇÃO DE LINK
É essencial que você, futuro professor, conheça os Parâmetros Curriculares
Nacionais, esse documento tão importante. Para tanto, veja
em: https://bit.ly/3j34eqc. Acesso em: 19 jul. 2021.
Destacamos que, ao trabalhar com temas transversais, a escola rompe com a
fragmentação dos conteúdos em blocos rígidos, voltando-se à
interdisciplinaridade e à transversalidade.
QUESTÃO PARA REFLEXÃO
Interdisciplinaridade e transversalidade são sinônimos?
Assim, é essencial entendermos que interdisciplinaridade e transversalidade não
são sinônimos. O Parecer Nº 7, do Conselho Nacional de Educação (CNE), aponta
que a transversalidade refere-se à dimensão didático-pedagógica e a
interdisciplinaridade à abordagem de como ocorre a produção do
conhecimento, “como uma forma de organizar o trabalho didático-pedagógico
em que temas, eixos temáticos são integrados às disciplinas, às áreas ditas
convencionais de forma a estarem presentes em todas elas” (CNE/CEB, 2010).
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf
1.1 TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS
Segundo o dicionário on-line Michaelis, o termo contemporâneo refere-se a algo
que é do tempo atual. Já o termo transversal, diz respeito àquilo que segue
direção oblíqua ou perpendicular ao ponto de referência ou que cruza
determinado ponto.
Assim, entendemos que um tema contemporâneo transversal é um tópico atual
que não pertence a uma área do conhecimento, mas perpassa por todas elas.
Conforme consta na BNCC (2018),
“Na escola, são os temas que atendem às demandas da sociedade contemporânea, ou
seja, aqueles que são intensamente vividos pelas comunidades, pelas famílias, pelos
estudantes e pelos educadores no dia a dia, que influenciam e são influenciados pelo
processo educacional.”
Desse modo, entendemos que uma abordagem transversal pode contribuir para
o tratamento desses temas na escola, haja vista que a transdisciplinaridade, em
linha gerais, visa romper barreiras e desconstruir a fragmentação dos saberes,
em busca de uma articulação e relação entre eles, como assinala Cordeiro
(2019). 
  A educação brasileira tem passado por significativas alterações, dentre elas,
destacam-se as mudanças no processo de ensino e aprendizagem decorrentes
da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Documento que serve de
sustentação para a Educação básica brasileira e direciona quais os
conhecimentos e as habilidades os alunos têm o direito de aprender durante
toda a vida escolar. 
Nesse sentido, a BNCC reconhece que a Educação Básica deve promover o
desenvolvimento humano global, assim, buscando temáticas que afetam a vida
em aspectos gerais e sociais, esses tópicos foram incorporados, pela BNCC, com
uma abordagem transversal e integradora. 
Essas temáticas são colocadas como os Temas Contemporâneos Transversais, os
quais contêm aprendizagens indispensáveis a todos os estudantes e, portanto,
são uma referência obrigatória para elaboração ou adequação dos currículos e
demais propostas pedagógicas. É necessário considerar que os componentes
curriculares devem articulá-los com aspectos que afetam a vida humana em
todas as escalas - global, regional e individual - permeando o “desenvolvimento
dos conteúdos da base nacional comum e da parte diversificada do currículo”
(CNE/CEB, 2010, p. 5).
A BNCC aponta seis macroáreas que, por sua vez, englobam 15 temas, os quais
são:
● Meio ambiente: Educação Ambiental e Educação para o Consumo;
● Economia: Trabalho, Educação Financeira e Educação Fiscal;
● Saúde: Saúde e Educação Alimentar e Nutricional;
● Cidadania e civismo: Vida familiar e social, Educação para o Trânsito,
Educação em Direitos Humanos, Direitos da Criança e do Adolescente e
Processo de envelhecimento, respeito e valorização do Idoso;
● Multiculturalismo: Diversidade Cultural e Educação para valorização do
multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras;
● Ciência e Tecnologia: Ciência e Tecnologia.
1.3 PROPOSTAS PARA TRABALHAR OS TEMAS CONTEMPORÂNEOS
TRANSVERSAIS
O trabalho com os temas contemporâneos transversais pode partir de uma
parceria com as famílias, haja vista que muitos dos conceitos relacionam-se com
a realidade e o contexto dos alunos.
QUESTÃO PARA REFLEXÃO
Por que trabalhar com temas como diversidade cultural?
Por exemplo, para trabalhar os componentes curriculares História e Geografia,
com o tema diversidade cultural, é possível iniciar com a proposição de um
levantamento no qual os alunos observarão as diversidades culturais e étnicas
que existem na própria classe. Em sequência, o aluno pode escolher um colega
para entrevistar e identificar sua origem e características de identidade,
observando pontos como local de nascimento, descendência, valores etc.
INDICAÇÃO DE LINK
A diversidade é um tema que deve ser trabalhado desde a Educação Infantil.
Para tanto, o professor precisa saber de que maneira esse tópico deve ser
abordado. A revista Nova Escola apresenta propostas que possibilitam essa
prática. Disponível em: https://bit.ly/3xZ2gLT. Acesso em: 20 jul. 2021.
Ao partirmos dessa realidade que nos traz, corriqueiramente, grandes desafios,
um tema importante é o multiculturalismo, ou seja, dentre os temas
contemporâneos transversais abordados na BNCC, nos voltamos a “Educação
para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais
brasileiras”.
https://novaescola.org.br/conteudo/125/diversidade-desde-a-educacao-infantil
INDICAÇÃO DE VÍDEO
Um dos temas transversais volta-se ao multiculturalismo.Mas, como trabalhar
em sala de aula? O vídeo indicado traz essa reflexão, bem como diferentes
possibilidades para o trabalho. Disponível em: https://bit.ly/3AVVl8d. Acesso em:
20 jul. 2021.
Essa temática centra a complexidade própria do ser humano,
independentemente do lugar que ele ocupa nesse momento, ou seja, envolve
alunos, professores, demais funcionários da escola, família, membros da
comunidade nos seus mais diferentes aspectos. Portanto, tem papel essencial
nos diferentes contextos (social, cultural, familiar, profissional, econômico) em
que estamos imersos. Logo, é impossível delimitar essa temática a um ou alguns
componentes curriculares, o que exige de nós, educadores, uma postura
transdisciplinar. Posto isto, é urgente refletirmos sobre como transpor entre os
componentes curriculares. 
Para ilustrar, destacamos o ensino da arte, o qual perpassa por questões
relacionadas à diversidade étnica e cultural e, ainda, outras características
referentes aos diversificados grupos culturais que compõem a sociedade e a
cultura brasileira. 
Neste cenário, nos reportamos à Ana Mae Barbosa (1998), uma das primeiras
arte-educadoras a mencionar a importância do multiculturalismo e a
importância de reconhecer as incontáveis manifestações artísticas brasileiras: do
teatro às canções de roda e brincadeiras de rua; do artesanato à Literatura de
Cordel; da música e do cancioneiro; de festas comunitárias e do folclore; dos
repentistas às artes plásticas e tantas outras que refletem a multiculturalidade
brasileira.
Além disso, podemos considerar a importância da formação de leitores, bem
como o acesso à Literatura e, neste cenário, considerar as literaturas que
consideram a pluralidade cultural, como a própria literatura de cordel, literatura
indígena, culturas marginais e outras, trazendo a perspectiva de outras óticas
sobre a localização sócio-político-cultural do narrador/autor e do ouvinte/leitor.
Ao entendermos Ciências como as formas de conhecimento produzidas pelo
homem, nos reportamos, também, ao entendimento de relações entre o
homem, sua saúde, problemas ambientais e noção de sustentabilidade. Dessa
forma, o professor que irá trabalhar Ciências nesta perspectiva multicultural e
transversal, pode resgatar os valores humanos relacionados ao aprendizado
científico, construindo a consciência social e ambiental que os diversos povos e
comunidades manifestam.
https://www.youtube.com/watch?v=lpH5FMgkOEY
Ainda neste cenário, podemos pensar em História e Geografia, que permeiam as
discussões entre o resgate do passado das diferentes sociedades e as relações
estabelecidas na sociedade contemporânea. Assim, fomentando reflexões em
torno das diferentes memórias que constroem diferentes realidades no dia de
hoje.
Destacamos que, neste processo, o professor pode motivar os educandos a
observar a diversidade étnica e cultural do país e no núcleo em que estão
inseridos.
2. POLIDOCÊNCIA E ENSINO COLABORATIVO
O prefixo poli- provém do grego polýs e significa “muito”. Assim, em Língua
Portuguesa, utilizamos para formar palavras que indicam a ideia de muitos,
vários ou grande número. Além de polidocência, cerne deste tópico, destacamos
outros vocábulos iniciados com o prefixo -poli, como: policromático, policultura,
polissílaba, polivalente e outros.
SAIBA MAIS
Oliveira, Martins e Duarte (2018) refletem sobre os desafios enfrentados pelos
professores em um espaço de polidocência e ensino colaborativo.
OLIVEIRA; Breynner R.; MARTINS, Lídia G.; DUARTE, Adriana Otoni S. Tensões e
contradições do trabalho polidocente na formação de professores na
modalidade a distância: uma análise do programa nacional escola de gestores na
Universidade Federal de Ouro Preto. RIAEE – Revista Ibero-Americana de
Estudos em Educação, Araraquara, v. 13, n. 2, p. 638-656, abr./jun., 2018.
Posto isto, entendemos que a polidocência relaciona-se à ideia de muitos ou
vários indivíduos voltados ao processo de aprendizagem ou, ainda, à ideia de
diferentes competências e atribuições sob a responsabilidade de um mesmo
profissional. Assim, recorremos à definição de Mill et al. (2010, p. 25):
[...] polidocência, constituída por uma equipe de educadores e assessores que –
juntos, porém não na mesma proporção – mobilizam os saberes de um
professor: os conhecimentos específicos da disciplina; os saberes
didático-pedagógicos do exercício docente, tanto para organizar os
conhecimentos da disciplina nos materiais didáticos quanto para acompanhar os
estudantes; e os saberes técnicos, para manuseio dos artefatos e tecnologias
processuais, para promover a aprendizagem de conhecimentos dos estudantes.
Autor da citação
Dessa forma, entendemos que a polidocência tem, em sua essência, a ideia de
pluralidade e multiplicidade, a fim de promover o ensino e aprendizagem dos
alunos.
QUESTÃO PARA REFLEXÃO
Como o trabalho docente pode promover o ensino e aprendizagem de alunos de
maneira eficiente?
Neste sentido, entendemos que essa é uma realidade dos contextos
contemporâneos, todavia, ressaltamos que não é um cenário exclusivo dos dias
atuais, haja vista que o processo de ensino e aprendizagem é, historicamente,
constituído por muitos profissionais e importantes transformações. A primeira
reflexão que vamos tomar é que, ao longo do tempo, ocorreram diferentes
divisões do trabalho da escola em seus diferentes níveis e modalidades.
Nesta perspectiva, Santos e Oliveira (2009) ilustram esse processo de divisão
com a introdução do supervisor pedagógico e, nos anos iniciais do Ensino
Fundamental, de professores especializados por matéria. Além disso, em alguns
espaços mais privilegiados, foram incluídos, nas escolas, profissionais
não-docentes como psicólogos, fonoaudiólogos e outros.
Ainda, LeVasseur e Tardif (2004) apresentam uma visão crítica sobre a
polidocência, explicando que, no contexto de crise orçamentária dos estados e
de neoliberalismo, surgiram os novos modos de gestão dos sistemas escolares,
os quais podem levar a uma desprofissionalização ou proletarização de
determinados serviços, bem como à busca por um modelo comercial na
educação, o qual relaciona-se com a divisão de trabalho nas escolas e a
ascensão do trabalho técnico.
SAIBA MAIS
LeVasseur e Tardif (2004) refletem sobre a divisão do trabalho nas escolas e o
aumento de agentes técnicos, os quais caracterizam-se por auxiliar os
profissionais docentes e os não-docentes inseridos na escola, como psicólogos. 
LEVASSEUR, Louis; TARDIF, Maurice. Divisão do trabalho e trabalho técnico nas
escolas das sociedades ocidentais. Educação & Sociedade, Campinas, v. 25, n.
89, p. 1275–1297, set./dez. 2004. Disponível em: https://bit.ly/3gi4yjg. Acesso em:
22 jul. 2021.
https://www.scielo.br/j/es/a/fWsCX5L3yyMyds5VW6rMGpP/?format=pdf&lang=pt
2.1 SABERES ARTICULADOS NA AÇÃO DOCENTE
Tardif e Raymond (2000) refletem sobre as transformações estabelecidas na
relação entre trabalho e identidade do indivíduo. Neste sentido, se uma pessoa
leciona por 20 anos, a sua identidade carrega marcas de sua própria atividade e,
ainda, parte de sua identidade é construída sobre as marcas de sua atividade e
sua atuação profissional.
INDICAÇÃO DE VÍDEO
Entenda sobre a relação existente entre identidade e trabalho assistindo ao
vídeo O papel do trabalho na construção da identidade. Veja
em: https://bit.ly/2Uw00Ov. Acesso em: 05 ago. 2021.
Posto isto, uma vez que o trabalho modifica o trabalhador e a sua identidade, é
capaz de modificar, também, o seu saber trabalhar. Em suma, entendemos que,
com o passar dos tempos, em toda profissão, os saberes dos trabalhadores são
transformados, ou seja, os saberes necessários para a realização de
determinada atividade são, progressivamente, modificados.
Ao refletir na profissão in loco, seja por meio da própria prática, seja por
interação com profissionais mais experientes, ou seja, relaciona-se diretamente
com os diversos papéis desempenhados pelos professores.
QUESTÃO PARA REFLEXÃO
Qual é a importância da articulação de saberes teóricos e experiência para a
prática docente?Montmollin (1996) e Tersac (1996) explicam que os saberes ligados ao trabalho
são situados em um espaço de tempo, haja vista que decorrem das exigências
daquele determinado momento.
Ao refletir sobre a ação docente, considerando um contexto de polidocência,
Tardif, Lessard e Lahaye (1991) destacam a existência de uma diversidade de
saberes necessários ao professor, os quais possibilitam que atuem e realizem o
que lhe são exigidos na sua prática profissional cotidiana.
https://www.youtube.com/embed/lpUdYqgger0
Neste sentido, apresentamos um quadro adaptado de Tardif e Raymond (2000),
o qual reflete os saberes docentes.
O quadro apresentado propõe uma identificação e classificação de saberes dos
professores. Todavia, Tardif e Raymond (2000) não estabelecem critérios a fim
de segmentar os saberes em classes cognitivas diferentes, mas, direciona-se ao
pluralismo do saber profissional.
SAIBA MAIS
Tardif e Raymond (2000) explicam sobre os saberes docentes, bem como o
impacto desses saberes na construção de conhecimentos.
TARDIF, Maurice; RAYMOND, Danielle. Saberes, tempo e aprendizagem do
trabalho no magistério. Educação & Sociedade, Campinas, v. 21, n. 73, p.
209-244, dez. 2000. Disponível em: https://bit.ly/3CUjT38. Acesso em: 05 ago.
2021.
Ressaltamos a urgência em refletir sobre esses saberes, haja vista que coexistem
na vivência pedagógica, seja em maior ou menor grau em cada contexto. Neste
sentido, para cada ação que o profissional há que realizar, determinado saber
será recrutado tendo em vista o contexto de trabalho permeado pela
polidocência.
Destacamos, neste sentido, a evidência em fenômenos importantes que são, por
vezes, pouco discutidos, apesar de estarem no cotidiano docente.
Frequentemente, entende-se que esses saberes estão guardados em um
“reservatório de conhecimentos” para que o professor acesse quando
necessário. 
Todavia, é imperativo assimilarmos que a construção desses saberes é
processual e renova-se a cada novo desafio e, principalmente, a cada nova
demanda da sua carreira e a cada novo papel que precisa ser desempenhado.
INDICAÇÃO DE LINK
A prática pedagógica, historicamente, sofre alterações. Neste sentido,
precisamos refletir, cotidianamente, sobre esses movimentos que impactam os
saberes docentes recrutados para as mais variadas práticas e papéis
desempenhados. Para auxiliar nesta reflexão, indicamos a leitura de uma
matéria intitulada A prática pedagógica na educação atual. Veja
em: https://bit.ly/37ZXq6K. Acesso em: 05 ago. 2021.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-73302000000400013&script=sci_abstract&tlng=pt
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-pratica-pedagogica-educacao-atual.htm
Dessa forma, entendemos que os saberes recrutados são modificados a cada
novo papel desempenhado pelo profissional docente.
RESUMO DA UNIDADE
Nesta unidade, refletimos sobre os temas transversais, os quais foram,
inicialmente, inseridos na Educação Básica por meio dos Parâmetros
Curriculares Nacionais. Hoje, com nova roupagem, figuram na Base Nacional
Comum Curricular como temas contemporâneos transversais.
  Além disso, estudamos acerca da concepção de polidocência e ensino
colaborativo, discussões que permeiam os papéis desempenhados pelos
professores ao longo dos tempos e, em especial, atualmente.

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