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Resumo de Conceito, Estrutura, Hierarquia e Classificação (Direito Constitucional)

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CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO
Ressalte-se que a doutrina não é pacífica na definição do conceito de constituição, que pode ser analisado sob diversos pontos de vista. Veremos alguns deles a seguir:
Sentido sociológico
Essa concepção preocupa-se em definir o que a constituição 'realmente é', ou seja, seu significado material, independentemente de como foi criada. Exite duas constituições que convivem lado a lado no estado:
· Escrita que consiste em uma folha de papel comum.
· Real (efetivo) é à soma dos fatores de poder real que regem um determinado país.
Idealmente, há correspondência completa entre a constituição escrita e a real. Se isso não acontecer, a constituição atual (vinculante) tem precedência no conflito entre as duas constituições.
Sentido político
A constituição é o resultado da vontade do povo que detém o poder constituinte. Portanto, essa teoria é considerada voluntarista ou decisionista. A constituição é uma coisa e leis constitucionais são outra:
· Lei Constitucional: seriam dispositivos que formalmente fazem parte do texto constitucional, mas tratam de assuntos menos importantes.
· Constituição: Segundo ele, trata-se apenas de assuntos de grande importância jurídica (decisões políticas fundamentais), como a organização do Estado.
Sentido jurídico
A constituição como norma jurídica pura, sem considerações sociológicas, políticas ou filosóficas. É a norma originária e fundamental do Estado, organizando e estruturando o poder político, limitando a ação estatal e definindo os direitos e garantias individuais. A lei deve ser analisada puramente, sem considerações filosóficas ou sociológicas. A ordem jurídica é assim entendida como um sistema no qual há uma escala hierárquica de normas.
Deste ponto de vista, as normas jurídicas subordinadas (normas constituídas) sempre se sobrepõem às normas jurídicas superiores (normas fundadoras). Assim, o decreto extrai sua validade das leis simples; A validade das leis simples, no que lhe concerne, depende da constituição.
ESTRUTURA DAS CONSTITUIÇÕES
As Constituições são geralmente divididas em três partes: um preâmbulo, uma parte dogmática e disposições transitórias.
· Preâmbulo: É a parte que antecede o próprio texto da Constituição. Serve para definir as intenções da constituição do legislador, proclamar os princípios da nova constituição e romper com a ordem jurídica existente.
· A parte dogmática: É o próprio texto da constituição que define os direitos e deveres criados pelo legislador. É o corpo definitivo da Carta Magna. Em princípio, tais regulamentos não têm caráter transitório, mas podem ser alterados pelo legislador secundário por meio de emendas constitucionais.
· Disposições transitórias: O objetivo é integrar o antigo sistema jurídico ao novo quando uma nova constituição for aprovada e garantir a segurança jurídica. Assim a parte dogmática e a parte transitória pode ser modificada. Além disso, também pode servir de paradigma para a revisão da constitucionalidade da lei.
HIERARQUIA DAS NORMAS
PIRÂMIDE DE KELSEN
Esta pirâmide foi inventada por um jurista austríaco para apoiar sua teoria, com base na suposição de que as normas jurídicas inferiores privam as normas jurídicas superiores de sua validade.
A pirâmide de Kelsen tem a Constituição em seu ápice porque ela é a base de vigência das demais normas do sistema. Portanto, nenhuma disposição do ordenamento jurídico pode contrariar a Constituição. Na constituição existem normas constitucionais primárias e normas constitucionais derivadas.
· Normas constitucionais originárias: São o produto da autoridade constitucional primária (a autoridade que elabora a nova constituição). Fazem parte do texto constitucional desde sua adoção.
· Normas constitucionais derivadas: Aquelas resultantes da manifestação do poder constitucional derivado, são as chamadas emendas constitucionais, que também estão no topo da pirâmide de Kelsen.
Observe dois pontos importantes, que não há hierarquia entre normas constitucionais primárias e nenhuma hierarquia entre normas constitucionais primárias e normas constitucionais derivadas.
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES
Classificação por origem
As Constituições de são classificadas de acordo com sua origem da seguinte forma:
· Outorgas, impostas, ditatoriais ou autocráticas: aquelas impostas que surgem sem a participação do povo. Resultam de uma vontade unilateral da classe ou do dirigente no sentido de limitar seu próprio poder por meio da edição de um texto constitucional
· Democrático, popular, anunciado ou eleito: nascido da participação popular, por meio de um processo democrático. Geralmente são resultados do trabalho da Assembleia Legislativa Nacional especialmente convocada para elaborá-los.
· Cesaristas ou Bonapartistas: admitidos, mas requerem referendo. O texto é elaborado sem a participação do público, portanto, apenas o povo precisa ratificá-lo.
Classificação por forma
Quanto à forma, as constituições podem ser:
· Escritos ou instrumentais: São elaborados pelo corpo fundador especificamente encarregado dessa tarefa. Eles consistem em documentos cerimoniais que estabelecem a organização básica do estado.
· Não escritos, usuais ou consuetudinários: aqueles cujas normas podem ser encontradas em diversas fontes normativas, tais como leis, costumes, jurisprudências, acordos e convenções. Eles não são preparados por uma unidade dedicada, mas vêm de vários centros que fazem modelos. Ao contrário do que muitos podem acreditar, eles também têm regras escritas.
Classificação por modo de elaboração
Pela forma como são elaboradas, as Constituições podem ser:
· Dogmáticos ou sistemáticos: São escritos e elaborados por um organismo designado para esse fim em tempo determinado. Eles são divididos em:
· Ortodoxos: se refletem uma ideologia.
· Heterodoxo ou eclético: quando seus padrões vêm de diferentes ideologias.
· Históricos: também chamados de costumes, são do tipo não escrito. Eles estão sendo lentamente moldados com tradições e são uma síntese de valores históricos estabelecidos pela sociedade.
Classificação por estabilidade
Na hierarquização das constituições quanto à estabilidade, leva-se em consideração o grau de dificuldade de alteração do texto constitucional.
· Imutável, granita, inviolável ou permanente: É uma constituição cujo texto nunca pode ser mudado. Ele afirma ser eterno.
· Superrígida: É uma constituição na qual existe um núcleo imaterial (cláusulas de pedra) que não pode ser alterado. No entanto, outras normas podem ser alteradas por meio de um processo legislativo diferente e mais difícil do que o usual.
· Rígida: Modifica-se com procedimento mais difícil que outras leis. Está sempre escrito lá.
· Semi-rígido ou semi-flexível: Para algumas normas, o processo de alteração legal é mais difícil do que o normal; para outros não.
· Flexível: Pode ser alterado com o processo legislativo ordinário, ou seja, com o mesmo processo legislativo com o qual se alteram as leis universais.
Classificação por conteúdo
· Constituição Material: É um conjunto de normas escritas e não escritas que regem os aspectos fundamentais da vida estatal. Desse ponto de vista, todo estado possui uma constituição, afinal, todos os estados possuem regras de organização e funcionamento, mesmo que não estejam refletidas no texto escrito. Além disso, é bem possível que existam normas fora do texto constitucional escrito, mas que, por tratarem de aspectos essenciais da vida estatal, são consideradas parte da constituição substantiva do estado.
· Constituição formal ou processual: É o conjunto de normas que se inserem no texto da constituição rígida, seja qual for o seu conteúdo. A Constituição de 1988 na totalidade é de natureza formal, tendo sido aprovada solenemente pela Assembleia Legislativa.
Classificação por comprimento ou extensão
Em extensão, as constituições podem ser analíticas ou sintéticas.
· Analítico, amplos, volumosos ou longos: São extensos em conteúdo, tratam de assuntos diversos da organização básica do Estado. Eles contêm apenasdisposições constitucionais formais.
· Sintético, conciso, sucinto ou curto: limitado aos elementos constitutivos materialmente. É o caso da Constituição americana, que tem apenas sete artigos. Os detalhes de direitos e deveres foram deixados para leis inconstitucionais.
Classificação por destino
As constituições dividem-se segundo a sua finalidade em garantia, direção ou equilíbrio.
· Garantia constitucional: Visa principal a proteção das liberdades públicas contra a arbitrariedade do Estado. Reforce a omissão e proteja os indivíduos de abusos do poder público.
· Diretor Constitucional: é ele quem estabelece as diretrizes que devem orientar a atuação do Estado e dispõe para esse fim as chamadas normas programáticas.
· Equilíbrio constitucional: É aquele que visa reger por um determinado período o ordenamento jurídico do Estado nele constituído. Após esse período, uma nova constituição será redigida ou seu texto ajustado. Isso é típico dos regimes socialistas.

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