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GENÉTICA DE VÍRUS - CAPÍTULO 08

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GENÉTICA DE VÍRUS 
RESUMO – BIOLOGIA MOLECULAR
SNUTAD E SIMMONS – FUNDAMENTOS DE GENÉTICA 6. ED.
CAPÍTULO 08 – PAG. 164 A 169
Amanda Beatriz Adriano da Silva[footnoteRef:1] [1: Discente do Curso de Biomedicina, Universidade do Estado do Pará, Campus VIII, Marabá/PA. ] 
	 As bactérias e os vírus estão presentes em todo o planeta, as bactérias possuem um papel importante no ecossistema, algumas apresentam-se patológicas com no caso da M. tuberculosis e outras participam da produção de produtos ou até mesmo vivem de forma comensal na microbiota humana. Atuam no meio ambiente desempenhando funções primordiais para a manutenção da vida na terra, permitindo a sobrevivência de grandes organismos multicelulares como no caso dos seres humanos. Dessa forma, no século 20 os estudos sobre o material genético dos microrganismos foram intensificados, os geneticistas visualizaram a possibilidade de aprofundar o conhecimento genético ao nível bioquímico através de vírus e bactérias, sendo base para a biologia molecular. 
	O fato de serem organismos pequenos, com reprodução rápida e formação de grandes populações em questão de dias, além da possibilidade de crescer em meio de cultura possibilitando ao pesquisador identificar suas modificações químicas e necessidades em relação as substancias para crescimento, fizeram que os mesmos se tornassem modelos ideais para pesquisa. Ademais, antibióticos podem ser utilizados para verificação de organismos resistentes ou sensíveis, e apresentam estruturas e fisiologia relativamente simples, dessa forma, com tais vantagens os avanços da biologia molecular garantiram diversas informações sobre os genomas de muitos vírus e bactérias. 
	Os vírus se apresentam como um dilema, entre o questionamento se não ou não denominados como seres vivos ou não, por muitos pesquisadores. Como no caso do vírus do mosaico do tabaco (TMV) que pode ser cristalizado e armazenado durante anos não apresentando nenhuma característica de ser vivo, ou seja, não se reproduz, não cresce e não se desenvolve, todavia, quando está sobre a folha do tabaco ocorre a infecção nas células vegetais e começa sua reprodução, absorção de energia com resposta a sinais celulares. O capítulo discute sobre vírus que infectam bactérias, sua organização, genomas e métodos desenvolvidos por pesquisadores para a realização da análise.
	Nesse sentido, temos os bacteriófagos que são vírus capazes de infectar bactérias, tem-se dois que participaram de forma importante para o esclarecimento de conceitos genéticos, ambos infectam o bacilo presente no cólon – Escherichia coli. Podem ser divididos em dois grupos (virulentos e temperados) baseado no estilo de vida nas células infectadas. Existe um bacteriófago virulento que utiliza o mecanismo metabólico da célula hospedeira para realizar sua reprodução e acaba destruindo a célula hospedeira no processo, chama-se de fago T4, outro bacteriófago é lambda que infecta a E. coli denominado como fago temperado, onde o mesmo pode realizar uma associação com o hospedeiro e replicar o seu genoma junto com o genoma da célula a cada replicação ou pode destruir a célula como a T4 faz.
	As informações genéticas do fago T4 são armazenadas em uma molécula de DNA bifilamentar encontrada dentro de uma cabeça proteica, sua (fago) estrutura apresenta constituição basicamente de proteínas e DNA, sua cauda possui vários componentes importantes, na cavidade central tem-se um canal utilizado para injetar o DNA do fago na bactéria. Descobriu-se que o mesmo possui uma cauda que atua contraindo e empurrando o centra da cauda através da parede da bactéria, isso faz com que as seis fibras da cauda sejam usadas para localizar receptores na célula hospedeira com fixação através das espículas da cauda. O fago T4 é um fago lítico, ou seja, após a replicação o mesmo destrói a célula hospedeira e produz aproximadamente 300 vírus por célula infectada. 
	Nesse sentido, quando ocorre a infecção na célula hospedeira, o vírus afeta a síntese de proteínas que bloqueiam a transcrição, tradução e replicação de genes bacterianos, possibilitando que o fago assuma o controle do mecanismo metabólico do hospedeiro, pode-se sintetizar nucleases que realizam a decomposição do DNA do hospedeiro e, em contrapartida, outras proteínas iniciam a replicação do DNA do fago. Em seguida, ocorre o acumulo na célula hospedeira depois de 25 minutos aproximadamente é codificada a lisozima que lisa a parede celular bacteriana e rompe a célula, ocasionando a liberação dos 300 fagos. Em relação ao vírus, sabe-se que existem tipos diferentes de alelos mutantes, existem mutações termissensíveis que podem ser muito uteis para seu combate, os bacteriófagos T4 selvagens crescem em uma temperatura de 25°C a 42°C, e os termossensíveis crescem em 25°C mas a 42°C não resistem.
	O fago lambda, possui um clico de vida mais complexo que o T4, o seu genoma apresenta cerca de 50 genes em uma molécula de DNA bifilamentar com 48.502 pares de bases, essa molécula encontra-se na cabeça do lambda. Quando o fago lambda infecta a célula da E. coli, a molécula de DNA do fago é convertida em uma forma circular que irá participar de todos os processos intracelulares subsequentes, podendo o cromossomo seguir duas vias – via lítica ou via lisogênica. Na via lítica ocorre a reprodução e codificação de enzimas que lisam a célula hospedeira, já na via lisogênica onde é inserido no cromossomo da bactéria hospedeira, em seguida tem-se a replicação junto com o cromossomo da célula hospedeira (prófago). 
	Todavia, para a continuação os genes do prófago não devem codificar produtos que participam da via lítica (enzimas participantes da replicação do DNA do fago, proteínas estruturais necessárias para a morfogênese do fago e lisozima que catalisa a lise celular). Através de recombinação no sitio-específico (attP no lambda e attB no cromossomo da hospedeira) do DNA ocorre a implantação odo cromossomo do lambda, isso se deve pela integrasse que realiza a inserção covalente, essa integração acontece na região central dos sítios de ligação. Nesse sentido, sabe-se que estudos que foram desenvolvidos a partir da utilização do fago lambda contribuíram para descobertas sobre os fenômenos genéticos, assim, como o fago T4 por todas as vantagens que foram descritas anteriormente.

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