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NBR15812-3_2017

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edição
ABNT NBRNORMA 
BRASILEIRA
ICS ISBN 978-85-07-
Número de referência 
34 páginas
15812-3
Primeira
09.08.2017
Alvenaria estrutural — Blocos cerâmicos 
Parte 3: Métodos de ensaio
Masonry — Clay blocks 
Part 3: Test methods
91.080.30 07085-6
ABNT NBR 15812-3:2017
 © ABNT 2017
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser 
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Prefácio ...............................................................................................................................................vi
1 Escopo ................................................................................................................................1
2 Referências normativas .....................................................................................................1
3	 Termos	e	definições ...........................................................................................................1
4	 Ensaio	para	a	determinação	da	resistência	à	compressão	de	paredes .......................1
4.1 Aparelhagem .......................................................................................................................1
4.1.1	 Dispositivos	para	aplicação	de	cargas ............................................................................1
4.1.2	 Defletômetros .....................................................................................................................2
4.2	 Construção	das	paredes	para	ensaio	–	Procedimento	de	preparação .........................2
4.2.1 Generalidades .....................................................................................................................2
4.2.2	 Dimensões	das	paredes	–	Corpos	de	prova ....................................................................3
4.2.3 Assentamento dos blocos .................................................................................................3
4.2.4	 Amarração ...........................................................................................................................3
4.2.5 Grauteamento .....................................................................................................................3
4.2.6 Capeamento ........................................................................................................................3
4.2.7 Cura ou idade de ensaio ....................................................................................................4
4.2.8 Transporte e manuseio ......................................................................................................4
4.3	 Execução	do	ensaio ...........................................................................................................4
4.3.1 Corpos de prova .................................................................................................................4
4.3.2	 Aplicação	do	carregamento ..............................................................................................5
4.4 Relatório do ensaio ............................................................................................................5
5	 Ensaio	para	a	determinação	da	resistência	à	compressão	de	pequenas	paredes	–	
Aparelhagem .......................................................................................................................7
5.1	 Dispositivos	para	aplicação	de	cargas ............................................................................7
5.2	 Construção	das	pequenas	paredes	para	ensaio	–	Procedimento	de	preparação .......8
5.2.1 Generalidades .....................................................................................................................8
5.2.2	 Dimensões	das	pequenas	paredes	–	Corpos	de	prova ..................................................8
5.2.3 Assentamento dos blocos .................................................................................................8
5.2.4	 Amarração ...........................................................................................................................8
5.2.5 Grauteamento .....................................................................................................................8
5.2.6 Capeamento ........................................................................................................................8
5.2.7 Cura ou idade de ensaio ....................................................................................................9
5.2.8 Transporte ...........................................................................................................................9
5.3	 Execução	dos	ensaios .......................................................................................................9
5.3.1 Corpos de prova .................................................................................................................9
5.3.2	 Aplicação	do	carregamento ..............................................................................................9
5.4 Relatório de ensaio ..........................................................................................................10
6	 Ensaio	para	a	determinação	da	resistência	à	compressão	de	prismas ..................... 11
6.1 Aparelhagem .....................................................................................................................11
6.2	 Procedimento	de	preparação	dos	prismas	para	o	ensaio ........................................... 11
6.2.1	 Construção	do	prisma .....................................................................................................12
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6.2.2 Assentamento dos blocos ...............................................................................................12
6.2.3 Grauteamento ...................................................................................................................12
6.2.4 Capeamento ......................................................................................................................12
6.2.5 Cura ou idade do ensaio ..................................................................................................13
6.2.6 Transporte .........................................................................................................................13
6.3	 Execução	do	ensaio .........................................................................................................13
6.4 Relatório de ensaio ..........................................................................................................14
7	 Ensaio	para	adeterminação	da	resistência	ao	cisalhamento	de	paredes .................15
7.1 Aparelhagem .....................................................................................................................15
7.1.1	 Dispositivos	para	aplicação	de	cargas ..........................................................................15
7.1.2	 Extensômetros	e	defletômetros ......................................................................................16
7.2	 Procedimento	de	preparação	das	paredes	para	o	ensaio ............................................17
7.2.1 Generalidades ...................................................................................................................17
7.2.2	 Dimensões	das	paredes	ou	corpos	de	prova ................................................................17
7.2.3	 Amarração .........................................................................................................................17
7.2.4 Prismas .............................................................................................................................17
7.2.5 Capeamento ......................................................................................................................17
7.2.6 Cura ou idade do ensaio ..................................................................................................17
7.2.7 Transporte e manuseio ....................................................................................................17
7.3	 Execução	do	ensaio .........................................................................................................18
7.3.1 Corpos de prova ...............................................................................................................18
7.3.2	 Aplicação	do	carregamento ............................................................................................18
7.4	 Expressão	dos	resultados ...............................................................................................18
7.5 Relatório dos ensaios ......................................................................................................19
8	 Ensaio	para	a	determinação	da	resistência	à	flexão	simples	e	à	flexo-compressão	
de paredes ........................................................................................................................20
8.1 Aparelhagem .....................................................................................................................20
8.2	 Construção	das	paredes	para	ensaio	–	Procedimento	de	preparação .......................21
8.2.1 Generalidades ...................................................................................................................21
8.2.2	 Dimensões	das	paredes ..................................................................................................22
8.2.3	 Amarração .........................................................................................................................22
8.2.4 Assentamento ...................................................................................................................22
8.2.5 Grauteamento ...................................................................................................................22
8.2.6 Capeamento ......................................................................................................................22
8.2.7 Cura ou idade de ensaio ..................................................................................................23
8.2.8 Transporte e manuseio ....................................................................................................23
8.3	 Execução	do	ensaio .........................................................................................................23
8.3.1 Corpos de prova ...............................................................................................................23
8.3.2	 Aplicação	do	carregamento ............................................................................................24
8.4 Relatório de ensaio ..........................................................................................................24
9	 Ensaio	para	a	determinação	da	resistência	à	tração	na	flexão	de	prismas ...............24
9.1	 Aparelhagem	e	instrumentação ......................................................................................24
9.2	 Preparação	do	corpo	de	prova .......................................................................................25
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9.3	 Execução	dos	ensaios .....................................................................................................26
9.4	 Expressão	dos	resultados ...............................................................................................28
9.5 Relatório do ensaio ..........................................................................................................28
Anexo A (normativo) Cálculo da resistência característica ............................................................30
Anexo B (normativo) Procedimento	para	extração	de	corpo	de	prova	testumunho 
em alvenaria executada ...................................................................................................32
B.1 Escopo ..............................................................................................................................32
B.2 Antecedentes ....................................................................................................................32
B.3	 Execução ...........................................................................................................................32
Figuras
Figura	1	–	Esquema	do	ensaio	de	compressão	simples	de	parede ...............................................2
Figura	2	–	Exemplo	de	gráfico	de	tensão	×	deformação .................................................................6
Figura	3	–	Esquema	para	o	ensaio	de	determinação	da	resistência	de	pequenas	paredes	(fpa), 
com	a	instrumentação	para	a	determinação	do	módulo	de	deformação	(Ep) e do 
coeficiente	de	Poisson	(νpa) ..............................................................................................7
Figura	4	–	Esquema	para	o	ensaio	de	determinação	da	resistência	do	prisma	(fp) com a 
instrumentação	para	a	determinação	do	módulo	de	deformação	(Ep) ....................... 11
Figura	5	–	Esquema	do	sistema	de	reação .....................................................................................15
Figura	6	–	Dispositivos	metálicos....................................................................................................16
Figura	7	–	Esquema	do	ensaio	de	flexão	simples	em	paredes .....................................................20
Figura	8	–	Esquema	do	ensaio	de	flexo-compressão	em	paredes ...............................................21
Figura	9	–	Ilustração	esquemática	do	elemento	de	carregamento	do	ensaio .............................25
Figura	10	–	Prisma	composto	de	cinco	blocos	com	dois	blocos	de	sobrecarga	posicionados	
no topo ..............................................................................................................................26
Figura	11	–	Ilustração	esquemática	do	ensaio ...............................................................................27
Figura	12	–	Detalhamento	esquemático	do	ensaio ........................................................................27
Figura	B.1	–	Esquema	de	corte	para	a	retirada	de	prisma	oco	de	alvenaria ...............................33
Figura	B.2	–	Esquema	de	corte	para	a	retirada	de	prisma	grauteado	de	alvenaria....................34
Tabela
Tabela	A.1	─	Valores	de	Ø	em	função	da	quantidade	de	elementos	de	alvenaria ......................31
v
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Prefácio
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. 
As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), 
dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais 
(ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas 
no tema objeto da normalização.
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais 
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados 
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. 
Nestes casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas 
para exigência dos requisitos desta Norma.
A ABNT NBR 15812-3 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cerâmica Vermelha (ABNT/CEE-179), 
pela Comissão de Estudos de Blocos Cerâmicos (CE-179:000.001). O Projeto circulou em Consulta 
Nacional conforme Edital nº 03, de 29.03.2017 a 25.05.2017.
A ABNT NBR 15812, sob o título geral “Alvenaria estrutural – Blocos cerâmicos”, tem previsão de 
conter as seguintes partes:
 — Parte 1: Projetos;
 — Parte 2: Execução e controle de obras;
 — Parte 3: Métodos de ensaio.
O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:
Scope
This Standard specifies test methods and preparation procedures for masonry elements built with clay 
blocks, including prism, small wall and wall compression load testing, and masonry elements tested 
to shear, flexural and flexural-compression loading.
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Alvenaria estrutural — Blocos cerâmicos 
Parte 3: Métodos de ensaio
1 Escopo
Esta Norma estabelece o procedimento de preparo e os métodos de ensaio de elementos em alve-
naria construídos com blocos cerâmicos (prisma, pequena parede e parede), submetidos a esforços 
de compressão axial, cisalhamento, flexão e flexo-compressão.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se 
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 5738, Concreto ‒ Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova
ABNT NBR 5739, Concreto ‒ Ensaios de compressão de corpos de prova cilíndricos
ABNT NBR 15270-2, Componentes cerâmicos ‒ Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de 
vedação e para alvenaria racionalizada Parte 2: Métodos de ensaio
ABNT NBR 13279, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos ‒ Determinação 
da resistência à tração na flexão e à compressão
ABNT NBR 15812-1, Alvenaria estrutural ‒ Blocos cerâmicos ‒ Parte 1: Projetos
ABNT NBR 15812-2, Alvenaria estrutural ‒ Blocos cerâmicos ‒ Parte 2: Execução e controle de obras
ABNT NBR 15961-2:2011, Alvenaria estrutural ‒ Blocos de concreto ‒ Parte 2: Execução e controle 
de obras
3 Termos	e	definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 15812-1.
4 Ensaio	para	a	determinação	da	resistência	à	compressão	de	paredes
4.1 Aparelhagem
4.1.1 Dispositivos	para	aplicação	de	cargas
As paredes devem ser ensaiadas aplicando-se cargas uniformemente distribuídas. Isto pode ser 
conseguido em um sistema de reação como o mostrado na Figura 1, devendo ser usados, no mínimo, 
dois macacos hidráulicos equiespaçados. O sistema de reação e de carregamento devem permitir 
a determinação da carga de ruptura com exatidão de 3 %. O uso de um macaco único é permitido 
apenas em condição especial de máquina de grande porte e com garantia da distribuição uniforme 
do carregamento sobre toda as faces das paredes.
ABNT NBR 15812-3:2017NORMA BRASILEIRA
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Dimensão em centímetros
Viga de reação
Macacos hidráulicos
Vida de
distribuição
de carga
D3 D3
D1
D1
D2
b = 120
h 
= 
26
0
h/
3
h/
3
h/
6
h/
6
Chapa
metálica
D2
Legenda
D defletômetro
T espessura das paredes
Figura	1	–	Esquema	do	ensaio	de	compressão	simples	de	parede
4.1.2 Defletômetros
Os encurtamentos médios das paredes devem ser determinados por meio de no mínimo dois defletô-
metros, com resolução de 0,01 mm, instalados nas laterais da parede, conforme a Figura 1.
Adicionalmente, nas paredes com índice de esbeltez maior que 25, deve ser instalado um defletô-
metro no meio do terço superior da parede, para a determinação do deslocamento horizontal desta. 
Nos casos em que o índice de esbeltez da parede é menor do que 25, a colocação deste defletômetro 
é opcional.
NOTA O índice de esbeltez é a relação entre a altura e a espessura da parede.
4.2 Construção	das	paredes	para	ensaio	–	Procedimento	de	preparação
4.2.1 Generalidades
As paredes devem ser construídas em ambientes protegidos, com temperatura de (25 ± 10) °C e 
umidade relativa do ar de 40 % a 90 %.
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As paredes devem ser construídas entre duas guias (gabaritos) e com o uso de fio de prumo e nível, 
a fim de se garantir a verticalidade.
As paredes devem ser pintadas com cal para realçar as fissuras e para permitir a observação do modo 
de ruptura.
Durante a construção das paredes devem ser moldados corpos de prova da argamassa de assenta-
mento e, se a parede for grauteada, do graute.
4.2.2 Dimensões	das	paredes	–	Corpos	de	prova
Os corpos de prova devem ter as dimensões que os tornem representativos da estrutura real e devem 
ser construídos de forma que sejam minimizadas as influências das variações das características 
dos materiais e da mão de obra na resistência das paredes. Não sendo praticável reproduzir as 
paredes nas suas dimensões reais, admite-se como sendo corpos de prova representativos aqueles 
que tenham por dimensões mínimas 1,20 m × 2,60 m (largura × altura).
4.2.3 Assentamento dos blocos
A argamassa pode ser colocada sobre toda a superfície útil dos componentes ou apenas nas suas 
faces laterais, conforme o elemento real que se quer simular. A espessura das juntas deve ser igual 
a (10 ± 3) mm, exceto em casos especiais, onde se pretende simular outras espessuras de juntas. 
Existindo armaduras, elas devem ser posicionadas durante o assentamento.Recomenda-se atender 
a todas as demais especificações do controle geométrico na produção da alvenaria, indicadas na 
ABNT NBR 15812-2.
4.2.4 Amarração
A forma de amarração entre os blocos deve ser a mesma da parede que se quer simular no laboratório. 
As paredes estruturais devem ser construídas com os blocos dispostos de forma a ter amarração.
4.2.5 Grauteamento
Quando houver o grauteamento, efetuá-lo em etapas de altura não superior a 1,40m e após no 
mínimo 16h do término do assentamento dos blocos. O graute deve ser adensado com soquete 
metálico ou com vibrador apropriado. Demais procedimentos executivos devem seguir prescrições 
da ABNT NBR 15812-2.
4.2.6 Capeamento
As paredes devem ser capeadas com as seguintes prescrições:
 a) a face superior da parede deve ser regularizada por capeamento com argamassa de resistência 
à compressão igual ou superior à argamassa de assentamento;
 b) a superfície onde o capeamento será executado não pode se afastar do plano mais que 0,08 mm 
para cada 400 mm;
 c) o capeamento deve apresentar-se plano e uniforme no momento do ensaio;
 d) a espessura média do capeamento não pode exceder 10 mm.
Sobre este capeamento deve ser colocada uma chapa metálica rígida, se o ensaio for realizado em 
uma prensa; ou uma viga metálica rígida de distribuição de carga, se o ensaio for realizado em um 
pórtico de reação.
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A disposição da argamassa de capeamento (nas paredes longitudinais dos blocos ou sobre toda 
a área destes) deve seguir a mesma disposição da argamassa de assentamento.
4.2.7 Cura ou idade de ensaio
A idade básica para a execução dos ensaios de paredes é de 28 dias, contados a partir do término 
do assentamento ou do grauteamento, quando houver.
No entanto, havendo interesse especial, esta data pode ser alterada, visando a simulação de condi-
ções de obra. Na mesma data devem ser ensaiados a argamassa e o graute (ver 4.3.1.3 e 4.3.1.4).
4.2.8 Transporte e manuseio
Quando houver necessidade do transporte do corpo de prova para a máquina de ensaio, no fim do 
período de cura ou idade de ensaio, essa operação deve ser efetuada com as paredes na vertical, 
sem choques que possam comprometer a integridade do corpo de prova.
4.3 Execução	do	ensaio
4.3.1 Corpos de prova
4.3.1.1 Número de paredes
A resistência das paredes deve ser determinada com o resultado de ensaio de no mínimo três corpos 
de prova.
4.3.1.2 Número de blocos
A resistência dos blocos deve ser determinada conforme a ABNT NBR 15270-2, com no mínimo 
13 corpos de prova.
4.3.1.3 Argamassa de assentamento
Durante a construção de cada parede, devem ser moldados seis corpos de prova da argamassa de 
assentamento. Dois corpos de prova devem ser representativos da argamassa usada no terço inferior 
das paredes, dois devem ser moldados durante o assentamento das fiadas que constituem o terço 
central e os outros dois devem ser representativos da argamassa usada no terço superior das paredes. 
Se as paredes tiverem dimensões superiores a 1,20 m × 2,60 m, devem ser moldados dois corpos 
de prova para cada seis fiadas assentadas. A argamassa deve ser moldada e ensaiada conforme a 
ABNT NBR 13279 ou ABNT NBR 15961-2:2011, Anexo D.
4.3.1.4 Graute
De cada parede grauteada devem ser moldados seis corpos de prova de graute. Esse número inde-
pende do número de vazios grauteados. Destes corpos de prova três devem ser representativos da 
metade inferior das paredes e os outros devem ser representativos da metade superior, correspon-
dendo às duas etapas de grauteamento. Se o grauteamento for realizado em mais de duas etapas, 
devem ser moldados três corpos de prova em cada etapa. O graute deve ser moldado conforme a 
ABNT NBR 5738 e ensaiado conforme a ABNT NBR 5739.
4.3.1.5 Prisma
De cada parede devem ser construidos e ensaiados dois corpos de prova de prisma, confome a 
Seção 6.
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4.3.2 Aplicação	do	carregamento
Os procedimentos para a aplicação do carregamento são os seguintes:
 a) ensaiar todos os corpos de prova, de modo que a carga seja aplicada na direção em que o 
esforço deve ocorrer na prática;
 b) montar o dispositivo de carga conforme mostrado na Figura 1;
 c) instrumentar o corpo de prova antes de iniciar o ensaio de compressão;
 d) durante o ensaio, a tensão aplicada na área bruta deve se elevar progressivamente à razão de 
(0,05 ± 0,01) MPa/s;
 e) inicialmente, aplicar dois ciclos de carga e descarga, até o valor de 50 % da carga de ruptura 
estimada;
 f) após os ciclos iniciais de carga e descarga, aplicar a carga de forma crescente, em incrementos 
da ordem de 10 % do valor da carga de ruptura estimada, sendo feitas leituras dos encurtamentos 
do corpo de prova a cada novo incremento de carga, de forma a ser possível traçar o gráfico 
conforme a Figura 2. Para a realização das leituras, o tempo de permanência na respectiva 
posição de carregamento não pode ser menor que 3 min;
 g) o ensaio deve ser considerado finalizado quando o último incremento de carga levar o corpo de 
prova à ruptura.
4.4 Relatório do ensaio
O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:
 a) identificação do solicitante;
 b) identificação da amostra e de todos os corpos de prova;
 c) data do recebimento da amostra;
 d) data do assentamento;
 e) data do grauteamento, se houver;
 f) condições de cura;
 g) data do ensaio;
 h) características geométricas das paredes e descrição da instrumentação utilizada e sua posição;
 i) características gerais da construção das paredes, disposição da argamassa de assentamento 
e do graute;
 j) registros das especificações e resultados de ensaio de resistência a compressão dos componentes 
(prisma, blocos, argamassa e graute);
 k) valores da área bruta média das paredes, expressos em milímetros quadrados (mm2);
 l) cargas de ruptura individuais, expressas em newtons (N);
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 m) resistências individuais, característica (ver Anexo A) e média das paredes determinadas na área 
bruta, expressas em megapascals (MPa), com aproximação decimal e valor do coeficiente de 
variação;
 n) valores individuais e médios do módulo de deformação secante (Ep), e gráficos traçados durante 
o ensaio para cada corpo de prova, conforme a Figura 2. O módulo de deformação secante (Ep) 
deve ser calculado no intervalo correspondente a 5 % e 30 % da tensão de ruptura do gráfico, 
conforme a Figura 2, de cada corpo de prova;
 o) carga do surgimento da primeira fissura (quando for possível sua observação);
 p) descrição do modo de ruptura, podendo-se usar fotografias ou desenhos;
 q) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios;
 r) referência a esta Norma.
500
400
300
200
100
0
0 1,0 2,0 3,0
Deformação (x 10-3)
T M
Legenda
Eixo vertical Tensão (MPa)
Figura	2	–	Exemplo	de	gráfico	de	tensão	×	deformação
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5 Ensaio	 para	 a	 determinação	 da	 resistência	 à	 compressão	 de	 pequenas	
paredes	–	Aparelhagem
5.1 Dispositivos	para	aplicação	de	cargas
A aparelhagem necessária usada para a aplicação dos carregamentos deve satisfazer as seguintes 
condições:
 a) a prensa, ou pórtico de reação, deve permitir a acomodação dos corpos de prova e das chapas e 
perfis de distribuição de carga. A altura mínima útil disponível na prensa deve ser igual à do corpo 
de prova, mais a espessura dos capeamentos nas faces, acrescidos de 1 cm;
 b) nos casos em que seja necessário avaliar a deformabilidade das pequenas paredes, por meio 
da determinação do módulo de deformação (Ep) e do coeficiente de Poisson (νpa), devem ser 
instaladas bases de extensômetros mecânicos nas duas faces maiores das pequenas paredes. 
Alternativamente a determinação do módulo de deformação (Ep) pode ser feita com dois 
defletômetros instalados lateralmente, como mostrado esquematicamente na Figura 3.
L
H/3
3/4 L
H
/3
H
/3
H
Sentido de
aplicação da carga
Extensômetros
mecânicos
Defletômetros
Base para
aplicação
da carga
Figura	3	–	Esquema	para	o	ensaio	de	determinação	da	resistência	de 
pequenas	paredes	(fpa),	com	a	instrumentação	para	a	determinação	do	módulo 
de	deformação	(Ep)	e	do	coeficiente	de	Poisson	(νpa)
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5.2 Construção	das	pequenas	paredes	para	ensaio	–	Procedimento	de	preparação
5.2.1 Generalidades
As pequenas paredes devem ser construídas em ambientes protegidos, com temperatura de 
(25 ± 10) °C e umidade relativa do ar de 40 % a 90 %.
As pequenas paredes devem ser construídas entre duas guias (gabaritos) e com o uso de fio de 
prumo e nível, a fim de se garantir a verticalidade.
As pequenas paredes devem ser pintadas com cal para realçar as fissuras e para permitir a obser-
vação do modo de ruptura.
Durante a construção das paredes devem ser moldados corpos de prova da argamassa de assenta-
mento e, se a parede for grauteada, do graute.
5.2.2 Dimensões	das	pequenas	paredes	–	Corpos	de	prova
Recomenda-se que o corpo de prova tenha no mínimo um comprimento (C) equivalente a dois blocos 
e altura (H) equivalente a cinco vezes a espessura do bloco, e não inferior a 70 cm.
5.2.3 Assentamento dos blocos
A argamassa pode ser colocada sobre toda a superfície útil dos componentes ou apenas nas suas 
faces laterais, conforme o elemento real que se quer simular. A espessura das juntas deve ser igual 
a (10 ± 3) mm, exceto em casos especiais, onde se pretende simular outras espessuras de juntas. 
Existindo armaduras, elas devem ser posicionadas durante o assentamento. Recomenda-se atender 
a todas as demais especificações do controle geométrico na produção da alvenaria, indicadas na 
ABNT NBR 15812-2.
5.2.4 Amarração
As pequenas paredes estruturais devem ser construídas com os blocos dispostos de forma a ter 
amarração.
5.2.5 Grauteamento
Quando houver o grauteamento, efetuá-lo em etapas de altura não superior a 1,40 m e após no 
mínimo 16 h do término do assentamento dos blocos. O graute deve ser adensado com soquete 
metálico ou com vibrador apropriado. Demais procedimentos executivos devem seguir os requisitos da 
ABNT NBR 15812-2.
5.2.6 Capeamento
Inicialmente, as pequenas paredes devem ser capeadas conforme 6.2.4, porém com espessura 
máxima de 10 mm. Sobre este capeamento é colocada uma chapa metálica rígida, se o ensaio 
for realizado em uma prensa; ou uma viga metálica rígida de distribuição de carga, se o ensaio for 
realizado em um pórtico de reação.
A disposição da argamassa de capeamento (nas paredes longitudinais dos blocos ou sobre toda a 
área destes) deve seguir a mesma disposição da argamassa de assentamento.
Após esta fase, as paredes devem ser instrumentadas, caso seja necessário determinar o módulo 
de deformação (Ep) e o coeficiente de Poisson (νpa).
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5.2.7 Cura ou idade de ensaio
A idade de referência para a execução dos ensaios de pequenas paredes é de 28 dias, contados 
a partir do término do assentamento ou do grauteamento, quando houver.
No entanto, havendo interesse especial, esta data pode ser alterada, visando a simulação de condi-
ções de obra. Nesta mesma data devem ser ensaiados a argamassa e o graute.
5.2.8 Transporte
Quando houver necessidade do transporte do corpo de prova para a máquina de ensaio, no fim do 
período de cura, esta operação deve ser efetuada com as paredes na vertical, sem choques que 
possam comprometer a integridade do corpo de prova.
5.3 Execução	dos	ensaios
5.3.1 Corpos de prova
5.3.1.1 Número	de	pequenas	paredes
A resistência das pequenas paredes deve ser determinada com o resultado de ensaio de no mínimo 
três corpos de prova.
5.3.1.2 Número de blocos
A resistência dos blocos deve ser determinada conforme a ABNT NBR 15270-2, com no mínimo 13 
corpos de prova.
5.3.1.3 Argamassa de assentamento
De cada pequena parede devem ser moldados e ensaiados dois corpos de prova de argamassa, 
conforme a ABNT NBR 13279 ou ABNT NBR 15961-2:2011, Anexo D.
5.3.1.4 Graute
De cada pequena parede grauteada devem ser moldados dois corpos de prova de graute, conforme 
a ABNT NBR 5738, e ensaiados conforme a ABNT NBR 5739.
5.3.2 Aplicação	do	carregamento
Os procedimentos para aplicação do carregamento são os seguintes:
 a) ensaiar todos os corpos de prova, de modo que a carga seja aplicada na direção em que o 
esforço deve ocorrer na prática;
 b) colocar o corpo de prova na prensa ou pórtico, de modo que o seu centro de gravidade esteja 
no eixo de carga da prensa ou pórtico;
 c) instrumentar o corpo de prova antes de iniciar o ensaio de compressão;
 d) durante o ensaio, a tensão aplicada na área bruta deve se elevar progressivamente à razão 
de (0,05 ± 0,01) MPa/s;
 e) opcionalmente, podem ser aplicados dois ciclos de carga e descarga, até o valor de 50 % 
da carga de ruptura estimada;
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 f) aplicar a carga de forma crescente, em incrementos da ordem de 10 % do valor da carga de ruptura 
estimada, sendo feitas leituras dos encurtamentos do corpo de prova a cada novo incremento de 
carga, de forma a ser possível traçar o gráfico, conforme a Figura 2. Para a realização das leituras, 
o tempo de permanência na respectiva posição de carregamento não pode ser menor que 3 min;
 g) o ensaio deve ser considerado finalizado quando o último incremento de carga levar o corpo de 
prova à ruptura.
5.4 Relatório de ensaio
O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:
 a) identificação do solicitante;b) identificação da amostra e de todos os corpos de prova;
 c) data do recebimento da amostra;
 d) data do assentamento;
 e) data do grauteamento, se houver;
 f) condições de cura;
 g) data do ensaio;
 h) características geométricas das pequenas paredes e descrição da instrumentação utilizada e sua 
posição;
 i) características gerais da construção das paredes, disposição da argamassa de assentamento 
e do graute;
 j) registros das especificações e resultados de ensaio de resistência à compressão dos compo-
nentes (blocos, argamassa e graute);
 k) se as pequenas paredes forem construídas na obra, identificação do pavimento representado 
por elas;
 l) valores da área bruta média das pequenas paredes, expressos em milímetros quadrados (mm2);
 m) cargas de ruptura individuais, expressas em newtons (N);
 n) resistências individuais, característica (ver Anexo A) e média das pequenas paredes determinadas 
na área bruta, expressas em megapascals (MPa), com aproximação decimal e valor do coeficiente 
de variação;
 o) nos ensaios com solicitação da determinação do módulo de deformação (Ep), apresentar os 
valores individuais e médios obtidos e gráficos de cada ensaio, conforme a Figura 2. O módulo 
de deformação (Ep) deve ser calculado no intervalo correspondente a 5% e 30% da tensão de 
ruptura do gráfico, conforme a Figura 2, de cada corpo de prova;
 p) carga do surgimento da primeira fissura (quando for possível sua observação);
 q) descrição do modo de ruptura, podendo-se usar fotografias ou desenhos;
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 r) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios;
 s) referência a esta Norma.
6 Ensaio	para	a	determinação	da	resistência	à	compressão	de	prismas
6.1 Aparelhagem
A prensa usada para a aplicação dos carregamentos deve permitir a acomodação dos corpos de prova 
e das chapas de distribuição de carga, quando elas forem necessárias, e atender às especificações 
da ABNT NBR 15270-2.
A altura mínima útil disponível na prensa deve ser igual ao dobro da altura dos blocos, mais a espessura 
da argamassa de assentamento e dos capeamentos nas faces, acrescidos de 1 cm.
Nos casos em que seja necessário avaliar a deformabilidade dos prismas de dois ou mais blocos 
por meio da determinação do módulo de deformação (Ep), podem ser instaladas bases de extensô-
metros mecânicos em duas faces dos prismas.
Alternativamente, a determinação do módulo de deformação (Ep) pode ser feita com dois defletô-
metros instalados lateralmente, como mostrado esquematicamente na Figura 4. Neste caso o tempo 
de permanência de cada carregamento não pode ser inferior a 3 min.
 
Sentido de aplicação da carga
Extensômetros mecânicos
Defletômetros
Base para
distribuição da carga
Prisma de dois blocos
Figura	4	–	Esquema	para	o	ensaio	de	determinação	da	resistência	do	prisma	(fp) com a 
instrumentação	para	a	determinação	do	módulo	de	deformação	(Ep)
6.2 Procedimento	de	preparação	dos	prismas	para	o	ensaio
Os prismas devem ser construídos conforme 6.2.1 a 6.2.3. Alternativamente, nos casos em que 
se deseja saber a resistência de alvenarias já executadas, os prismas podem ser obtidos conforme 
o Anexo B.
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6.2.1 Construção	do	prisma
Cada corpo de prova é um prisma oco ou cheio, constituído de dois blocos principais sobrepostos 
e uma junta de assentamento. No caso de tijolos, o prisma deve ser constituído de quatro tijolos 
sobrepostos e três juntas de assentamento, de forma que a altura do prisma seja pelo menos o dobro 
da largura do tijolo. Os blocos e tijolos devem ser íntegros e isentos de defeitos.
Os prismas devem ser identificados, limpos e colocados em ambiente protegido que preserve suas 
características originais.
Devem ser obedecidas as seguintes condições na preparação dos prismas:
 a) o capeamento deve ser total (disposto em toda a superfície dos blocos) e apresentar-se plano e 
uniforme no momento do ensaio, não sendo permitidos remendos;
 b) a camada de argamassa de capeamento deve cobrir toda a área líquida do bloco.
6.2.2 Assentamento dos blocos
Para o preparo dos prismas, devem ser usados níveis, prumo e colher de pedreiro.
Os prismas devem ser preparados sobre uma base plana, indeformável e limpa; a base deve ser 
impermeável para o caso de prismas cheios. Essa base, firme e continuamente apoiada, deve ter no 
mínimo as dimensões dos blocos.
Inicialmente deve-se colocar um bloco sobre a base nivelada. Em seguida, deve ser disposta a 
argamassa sobre toda a face do bloco, incluindo todos os septos laterais e transversais. O outro bloco, 
do mesmo lote, deve ser assentado sobre a argamassa, evitando-se movimentos horizontais. Com um 
martelo de borracha e o auxílio de um nível de prumo, colocar o bloco em sua posição final, resultando 
uma junta com (10 ± 3) mm.
6.2.3 Grauteamento
Deve ser removido o eventual acúmulo de argamassa no fundo dos furos a serem preenchidos. 
O grauteamento deve ser efetuado após no mínimo 16 h do assentamento. Antes do grauteamento, 
cada vazado do prisma deve ser molhado. O graute deve ser vertido dentro dos furos dos blocos 
e adensado em duas camadas de 12 golpes/camada, com a haste de socamento descrita na 
ABNT NBR 5738. A superfície superior do graute deve ser rasada e alisada por meio de colher de 
pedreiro, e imediatamente coberta por um filme impermeável.
6.2.4 Capeamento
O capeamento deve cumprir as seguintes prescrições:
 a) as faces do prisma em contato com as placas da prensa devem ser regularizadas por capeamento 
com pasta de cimento, gesso ou argamassa com resistência superior a 70 % da resistência dos 
blocos na área líquida;
NOTA Na prática tem se verificado que capeamento realizado com cimento CP-V ARI cumpre com 
o requisito acima, para blocos usualmente comercializados.
 b) a superfície onde o capeamento será executado não pode se afastar do plano mais que 0,08 mm 
para cada 400 mm;
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 c) o capeamento deve apresentar-se plano e uniforme no momento do ensaio;
 d) a espessura média do capeamento não pode exceder 3 mm.
6.2.5 Cura ou idade do ensaio
Os prismas devem permanecer na temperatura e umidade do assentamento, ao abrigo do sol e vento, 
durante o tempo estipulado para a cura.
Após a construção, os prismas devem ser mantidos imóveis durante pelo menos sete dias.
6.2.6 Transporte
A movimentação dos prismas não pode ser realizada antes de sete dias de sua execução e, para seu 
transporte, os prismas devem ser solidarizados por meio de chapas de madeira, colocadas nos topos 
e amarradas por meio de arames ou outro dispositivo, de modo a garantir a integridade do conjunto. 
O transporte não pode ser realizado antes dessa operação ser completada.
6.3 Execução	do	ensaio
Os procedimentos para a execução dos ensaios são os seguintes:
 a) ensaiar todos os corpos de prova, de modo que a carga seja aplicada na direção do esforço queo bloco deve suportar durante o seu emprego na alvenaria;
 b) colocar o corpo de prova na prensa, de modo que o seu centro de gravidade esteja no eixo de 
carga dos pratos da prensa;
 c) instrumentar o corpo de prova antes de iniciar o ensaio de compressão;
 d) executar o ensaio de compressão, regulando os comandos da prensa, de forma que o carregamento 
seja aplicado à velocidade especificada na ABNT NBR 15270-2;
 e) opcionalmente, podem ser aplicados dois ciclos de carga e descarga, até o valor de 50 % da 
carga de ruptura estimada;
 f) aplicar a carga de forma crescente, em incrementos da ordem de 10 % do valor da carga de 
ruptura estimada, até atingir 50 % dessa carga. Fazer as leituras dos encurtamentos do corpo 
de prova a cada novo incremento de carga, de forma a ser possível traçar o gráfico, conforme 
a Figura 2. Para a realização das leituras, o tempo de permanência na respectiva posição de 
carregamento não pode ser menor que 3 min; 
 g) atingida a carga correspondente a 50% da estimada para a ruptura do corpo de prova, aplicar 
o carregamento a uma velocidade que permita que a ruptura aconteça entre 1 min e 2 min 
(não incluindo o tempo necessário para carregamento até 50 % da carga de ruptura);
 h) o ensaio à compressão da argamassa de assentamento deve ser executado de acordo com a 
ABNT NBR 13279 ou ABNT NBR 15961-2:2011, Anexo D;
 i) o ensaio à compressão do graute deve ser executado de acordo com a ABNT NBR 5739;
 j) o ensaio à compressão dos blocos deve ser executado de acordo com a ABNT NBR 15270-2.
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6.4 Relatório de ensaio
O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:
 a) identificação do solicitante;
 b) identificação da amostra e de todos os corpos de prova;
 c) data do recebimento da amostra;
 d) data do assentamento;
 e) data do grauteamento;
 f) condições de cura;
 g) data do ensaio;
 h) tipo do prisma, oco ou cheio;
 i) registros das especificações e resultados de ensaio de resistência à compressão dos compo-
nentes (blocos, argamassa e graute);
 j) se construídos na obra, identificar o pavimento representado pelo prisma;
 k) valores da área bruta nominal dos prismas, expressos em milímetros quadrados (mm2);
 l) cargas de ruptura individuais, expressas em newtons (N);
 m) resistências individuais, característica (ver Anexo A) e média dos prismas, determinadas na área 
bruta, expressas em megapascals (MPa), com aproximação decimal, e valor do coeficiente de 
variação;
 n) nos ensaios com solicitação da determinação do módulo de deformação (Ep) e coeficiente 
de Poison (νp), apresentação dos valores individuais e médios obtidos, bem como gráficos 
tensão × deformação de cada ensaio. O módulo de deformação (Ep), secante, deve ser calculado 
no intervalo correspondente a 5 % e 30 % da tensão de ruptura do gráfico, conforme a Figura 2, 
de cada corpo de prova;
 o) desenho esquemático de como os corpos de prova foram ensaiados, ressaltando a posição dos 
furos;
 p) descrição do modo de ruptura, podendo-se usar fotografias ou desenhos;
 q) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios;
 r) referência a esta Norma.
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7 Ensaio	para	a	determinação	da	resistência	ao	cisalhamento	de	paredes
7.1 Aparelhagem
7.1.1 Dispositivos	para	aplicação	de	cargas
As paredes devem ser ensaiadas aplicando-se cargas concentradas de compressão segundo uma 
das suas diagonais. Este arranjo pode ser conseguido em uma prensa hidraúlica ou com um sistema 
de reação como mostrado na Figura 5.
Para possibilitar a aplicação da carga e impedir esmagamentos pontuais, as duas extremidades 
carregadas dos corpos de prova devem ser protegidas com dispositivos metálicos, como mostrado na 
Figura 6.
O sistema de reação e de carregamento deve permitir a aplicação das cargas com exatidão mínima 
de 3 %.
Dimensão em metros
g
Macaco hidráulico
Estrutura de reação
Distribuidor de carga
Capeamento
Parede
1,2
0
Base rígida
g
Figura	5	–	Esquema	do	sistema	de	reação
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Dimensão em milímetros
160
89
a) Vista lateral
13
0,
3
14
4,
45
15
,9
0
16
,90
45°
b) Vista frontal
9,50
25
r 3x 50
13
0,
3
14
4,
45
25x x x
9,50
c) Perspectiva
Figura	6	–	Dispositivos metálicos
7.1.2 Extensômetros	e	defletômetros
Os alongamentos e encurtamentos nas faces das paredes devem ser determinados por meio 
de quatro aparelhos, instalados nestas faces, cuja resolução deve ser de 0,01 mm, no caso de defle-
tômetros, ou 20 × 10-6, no caso do uso de extensômetros.
Em quaisquer dos casos, recomenda-se uma base de medida de no mínimo 500 mm, disposta con-
forme indicado na Figura 5.
NOTA O valor do espaçamento entre enrijecedores (x) depende da espessura das paredes.
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7.2 Procedimento	de	preparação	das	paredes	para	o	ensaio
7.2.1 Generalidades
As paredes devem ser construídas em ambiente protegido da incidência de luz e de ventos canalizados; 
nestas condições a temperatura deve ser de (25 ± 10) °C e a umidade relativa de 40 % a 90 %.
As paredes devem ser construídas por um mesmo pedreiro e executadas conforme a 
ABNT NBR 15812-2.
As paredes devem ser construídas entre duas guias metálicas ou pontaletes de madeira, a fim de ser 
garantida sua verticalidade. É obrigatório o uso do fio de prumo e nível.
As paredes devem ser pintadas com cal para realçar as fissuras e para permitir a observação do modo 
de ruptura.
7.2.2 Dimensões	das	paredes	ou	corpos	de	prova
Os corpos de prova devem ter as dimensões que os tornem representativos da estrutura real, de modo 
que sejam minimizadas as influências das variações das características dos materiais e da mão de 
obra na resistência das paredes.
Não sendo praticável reproduzir as paredes nas mesmas dimensões reais, admite-se como sendo 
corpos de prova representativos aqueles que tenham dimensões mínimas de 1,20 m × 1,20 m, 
sendo que a espessura deve ser a mesma da parede real.
7.2.3 Amarração
A forma de amarração entre os blocos deve ser a mesma da parede que se quer simular no laboratório.
7.2.4 Prismas
De cada parede devem ser construidos e ensaiados dois prismas, conforme a Seção 6.
7.2.5 Capeamento
Deve ser feito um capeamento dos cantos das paredes para possibilitar a acomodação nos disposi-
tivos metálicos de carga (ver Figura 6).
7.2.6 Cura ou idade do ensaio
A idade básica para a execução dos ensaios de paredes é de 28 dias, contados a partir do término 
do assentamento ou do grauteamento, quando houver.No entanto, havendo interesse especial, esta data pode ser alterada, visando a simulação de condições 
de obra. Nesta mesma data devem ser ensaiados a argamassa e o graute.
7.2.7 Transporte e manuseio
Nos casos de paredes construídas fora do local em que devem ser ensaiadas, estas podem ser trans-
portadas para o local do ensaio, desde que nesse transporte não ocorram choques ou esforços que 
as danifiquem. Recomenda-se que sejam transportadas na vertical. Não se recomenda o transporte 
dos corpos de prova antes de sete dias de cura.
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7.3 Execução	do	ensaio
7.3.1 Corpos de prova
7.3.1.1 Número de paredes
A tensão de cisalhamento convencional (τalv) deve ser determinada com o resultado de ensaio de no 
mínimo 3 corpos de prova.
7.3.1.2 Número de blocos
A resistência dos blocos deve ser determinada conforme a ABNT NBR 15270-2, com no mínimo 13 
corpos de prova.
7.3.1.3 Argamassa de assentamento
Para cada parede devem ser moldados no mínimo dois corpos de prova de argamassa.
7.3.1.4 Graute
De cada parede grauteada devem ser moldados dois corpos de prova do graute.
7.3.2 Aplicação	do	carregamento
A carga deve ser aplicada à velocidade de (0,02 ± 0,01) MPa/s, em incrementos que possibilitem 
traçar a curva, conforme a Figura 2. Deve-se escolher os incrementos de modo a se ter no mínimo dez 
pontos, com o tempo de permanência de cada carregamento não inferior a 3 min. As medidas devem 
ser efetuadas até próximo da carga de ruptura.
7.4 Expressão	dos	resultados
Os resultados devem ser expressos de modo que se possa obter os principais parâmetros indicativos 
da resistência e deformabilidade, como a seguir:
 a) cálculo da tensão de cisalhamento convencional (τalv):
alv
(0,70 )P
A
τ =
onde
P é a carga de ruptura média de três paredes, expressa em newtons (N);
A é a média da área bruta (ou líquida) das duas faces contíguas ao carregamento, expressa em 
milímetros quadrados (mm2);
NOTA Pode ser a área líquida quando se tratar de componentes vazados, conforme a definição da 
ABNT NBR 15270-2.
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 b) cálculo da distorção da parede (γalv):
alv
o2
V H
L
∆ + ∆γ =
onde
γalv é a distorção, expressa em milímetros por milímetros (mm/mm);
∆V é o encurtamento vertical, expresso em milímetros (mm);
∆H é o alongamento horizontal, expresso em milímetros (mm);
Lo é o comprimento da base de medida, expresso em milímetros (mm).
NOTA As bases vertical e horizontal devem ser as mesmas.
 c) módulo de deformação transversal (Galv), expresso em Megapascals, sendo calculado entre 5 % 
e 30 % da tensão de ruptura:
alv
alv
alv
G τ=
γ
7.5 Relatório dos ensaios
O relatório dos ensaios deve conter as seguintes informações:
 a) características geométricas das paredes;
 b) registros das especificações e resultados dos ensaios de resistência à compressão dos compo-
nentes (blocos, argamassa e graute) e do prisma;
 c) descrição da aparelhagem utilizada e sua posição nas paredes;
 d) tensões de ruptura individuais e médias dos componentes (blocos);
 e) tensões de ruptura individuais e média da argamassa de assentamento usada em cada parede;
 f) tensões de ruptura individuais e médias do graute usado em cada parede;
 g) cálculo da tensão de cisalhamento convencional (τalv);
 h) cálculo do ângulo de distorção da parede (γalv);
 i) módulo de deformação transversal (Galv);
 j) tensão de rupturas das paredes;
 k) descrição do modo de ruptura das paredes;
 l) gráficos tensão × deformação, conforme a Figura 2;
 m) descrição de eventuais anormalidades surgidas nos ensaios;
 n) fotografias podem ser usadas para mostrar as condições gerais dos ensaios e para registrar as 
suas eventuais peculiaridades;
 o) referência a esta Norma.
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8 Ensaio	 para	 a	 determinação	 da	 resistência	 à	 flexão	 simples	 e	 à	 flexo-
compressão	de	paredes
8.1 Aparelhagem
O sistema de reação e de carregamento deve ser composto por pórtico de reação, macacos hidráu-
licos e manômetros e/ou células de carga, conforme as Figuras 7 ou 8, em função da natureza das 
cargas, e deve permitir a determinação da carga de ruptura com exatidão mínima de 3 %. Existindo 
também carga vertical distribuída sobre a parede, esta carga deve ser aplicada por no mínimo dois 
macacos hidráulicos equidistantes com relação à carga aplicada.
Os deslocamentos horizontais nas paredes devem ser determinados por meio de defletômetros. 
No caso das paredes ensaiadas à flexão simples, é suficiente o emprego de um defletômetro, conforme 
indicado na Figura 7. Tratando-se de flexo-compressão, pode-se usar um ou mais defletômetros. 
Recomenda-se usar no mínimo um defletômetro, instalado no meio do vão, conforme indicado na 
Figura 8. Os defletômetros devem ter resolução mínima de 0,01 mm.
Dimensão em centímetros
Defletômetro
Macaco hidráulico
Estrutura de reação
Cavalete de madeira
Estrutura de reação
9
5
h/
3
h/
3
h/
3
9
5
Figura	7	–	Esquema	do	ensaio	de	flexão	simples	em	paredes
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Dimensão em centímetros
Defletômetro
Macaco hidráulico
Macacos hidráulicos
Estrutura de reação
Cavalete de madeira
Estrutura de reação
9,
5
h/
3
h/
3
h/
3
9,
5
Figura	8	–	Esquema	do	ensaio	de	flexo-compressão	em	paredes
8.2 Construção	das	paredes	para	ensaio	–	Procedimento	de	preparação
8.2.1 Generalidades
As paredes devem ser construídas em ambiente protegido da incidência de luz e de ventos canalizados; 
nestas condições a temperatura deve ser de (25 ± 10) °C e a umidade relativa de 40 % a 90 %.
As paredes devem ser construídas por um mesmo pedreiro e devem ser executadas de acordo 
com a ABNT NBR 15812-2.
As paredes devem ser construídas entre duas guias metálicas ou pontaletes de madeira, com o uso 
de fio de prumo e nível, a fim de ser garantida sua verticalidade.
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Quando a parede ou painel real a representar tiver uma cinta de amarração, esta também deve estar 
presente no corpo de prova de ensaio (ver Figuras 7 e 8).
As paredes devem ser pintadas de cal, para realçar as trincas e para permitir a observação do modo 
de ruptura.
8.2.2 Dimensões	das	paredes
Em casos especiais,os corpos de prova podem ter as dimensões que os tornem representativos da 
estrutura real, de modo que sejam minimizadas as influências das variações das características dos 
materiais e da mão de obra na resistência das paredes.
Não sendo praticável reproduzir as paredes nas suas dimensões reais, admite-se como sendo corpos 
de prova representativos aqueles que tenham por dimensões mínimas 1,20 m × 2,60 m (largura × altura).
8.2.3 Amarração
A forma de armação entre os blocos deve ser a mesma da parede que se quer simular o desempenho 
no laboratório.
8.2.4 Assentamento
A argamassa pode ser colocada sobre toda a superfície útil dos componentes ou apenas nas suas 
faces laterais, conforme o elemento real que se quer simular. A espessura das juntas deve ser igual 
a (10 ± 3) mm, a não ser nos casos especiais onde se pretende simular outras espessuras de juntas. 
Existindo armaduras, elas devem ser posicionadas durante o assentamento. Recomenda-se atender 
a todas as demais especificações do controle geométrico na produção da alvenaria, indicadas na 
ABNT NBR 15812-2.
8.2.5 Grauteamento
Quando houver o grauteamento, efetuá-lo em etapas de altura não superior a 1,40 m e após no mínimo 
16 h do término do assentamento dos blocos. O graute deve ser adensado com soquete metálico 
ou com vibrador apropriado.
8.2.6 Capeamento
As paredes submetidas a flexão simples não precisam de capeamento.
No caso do ensaio à flexo-compressão, as paredes devem ser capeadas atendendo às seguintes 
prescrições:
 a) a face superior da parede deve ser regularizada através de capeamento com argamassa com 
resistência superior a 70% da resistência dos blocos na área líquida;
 b) a superfície onde o capeamento será executado não pode se afastar do plano mais que 0,08 mm 
para cada 400 mm;
 c) o capeamento deve apresentar-se plano e uniforme no momento do ensaio;
 d) a espessura média do capeamento não pode exceder 10 mm.
Sobre este capeamento deve ser colocada uma chapa metálica rígida, se o ensaio for realizado em 
uma prensa; ou uma viga metálica rígida de distribuição de carga, se o ensaio for realizado em um 
pórtico de reação.
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A disposição da argamassa de capeamento (nas paredes longitudinais dos blocos ou sobre toda a 
área destes) deve serguir a mesma disposição da argamassa de assentamento.
8.2.7 Cura ou idade de ensaio
A idade básica para a execução dos ensaios de paredes é de 28 dias, contados a partir do término 
do assentamento ou do grauteamento, quando houver.
No entanto, havendo interesse especial, esta data pode ser alterada, visando a simulação de condições 
de obra. Nesta mesma data são ensaiados a argamassa e o graute.
8.2.8 Transporte e manuseio
Nos casos de paredes construídas fora do local em que devem ser ensaiadas, estas podem ser 
transportadas para o local do ensaio, desde que neste transporte não ocorram choques ou esforços 
que as danifiquem. Recomenda-se que sejam transportadas na vertical.
8.3 Execução	do	ensaio
8.3.1 Corpos de prova
8.3.1.1 Número de paredes
A resistência média à flexão das paredes deve ser determinada com o resultado de ensaio de no 
mínimo três corpos de prova.
8.3.1.2 Número de blocos
A resistência dos blocos deve ser determinada conforme a ABNT NBR 15270-2, com no mínimo 13 
corpos de prova.
8.3.1.3 Argamassa de assentamento
Durante a construção de cada parede devem ser moldados seis corpos de prova da argamassa de 
assentamento. Dois corpos de prova devem ser representativos da argamassa usada no terço inferior 
das paredes, dois devem ser moldados durante o assentamento das fiadas que constituem o terço 
central e os outros dois devem ser representativos da argamassa usada no terço superior das paredes. 
Se as paredes tiverem dimensões superiores a 1,20 m × 2,60 m, devem ser moldados dois corpos 
de prova para cada seis fiadas assentadas. A argamassa deve ser moldada e ensaiada conforme 
a ABNT NBR 13279 ou a ABNT NBR 15961-2:2011, Anexo D.
8.3.1.4 Graute
De cada parede grauteada devem ser moldados dois corpos de prova de graute. Este número 
independe do número de vazios grauteados. Destes corpos de prova um deve ser representativo 
da metade inferior da parede e o outro deve ser representativo da metade superior, correspondendo 
às duas etapas de grauteamento. Se o grauteamento for realizado em mais de duas etapas, deve 
ser moldado pelo menos um corpo de prova em cada etapa. O graute deve ser moldado conforme a 
ABNT NBR 5738 e ensaiado conforme a ABNT NBR 5739.
8.3.1.5 Prisma
De cada parede devem ser construídos e ensaiados dois prismas conforme a Seção 6.
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8.3.2 Aplicação	do	carregamento
Inicialmente devem ser aplicados dois ciclos de carga e descarga, próximos a 50 % da carga de 
ruptura estimada. Na sequência, as cargas devem ser aplicadas segundo um número de vezes que 
permita o traçado do gráfico, conforme a Figura 2. Sugere-se que o valor de cada incremento de carga 
seja 10 % da carga de ruptura provável, com o tempo de permanência de cada incremento não inferior 
a 3 min. Quando houver indícios de ruptura, a aparelhagem deve ser retirada. Em seguida as cargas 
devem ser incrementadas até a ruptura. Tratando-se de flexo-compressão, as cargas verticais são 
aplicadas em primeiro lugar.
8.4 Relatório de ensaio
O relatório dos ensaios deve conter as seguintes informações:
 a) características geométricas das paredes, dos componentes (blocos) e dos prismas, e o 
posicionamento dos eventuais furos grauteados;
 b) características gerais da construção das paredes, traços da argamassa de assentamento e do 
graute, e a localização, por meio de desenhos, da posição das armaduras com a indicação dos 
seus diâmetros;
 c) condições de cura das paredes, da argamassa e do graute;
 d) datas de assentamento, da execução do grauteamento e da realização dos ensaios, detalhando 
fases particulares, quando existirem;
 e) descrição da aparelhagem utilizada e sua posição nas paredes;
 f) registros das especificações e resultados de ensaio de resistência à compressão dos compo-
nentes (blocos, argamassa e graute) e prisma;
 g) carga de ruptura das paredes;
 h) tensão de flexão máxima obtida em cada parede;
 i) carga do surgimento de primeira fissura (quando possível a sua observação);
 j) descrição do modo de ruptura, podendo-se usar fotografias ou desenhos;
 k) gráficos cargas × deslocamentos horizontais, conforme a Figura 2;
 l) descrição de eventuais anormalidades surgidas nos ensaios;
 m) referência a esta Norma.
9 Ensaio	para	a	determinação	da	resistência	à	tração	na	flexão	de	prismas
9.1 Aparelhagem	e	instrumentação
Devem ser utilizados para a realização deste ensaio:
 a) quatro roletes constituídos de tubos de aço, com diâmetro de 2,5 cm e comprimento de 40 cm;
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 b) uma prancha de madeira de rigidez e dimensões adequadas para suportar os blocosde carrega-
mento (ver Figura 9);
 c) balança com resolução de 1 N.
Opcionalmente, pode ser utilizada máquina de ensaio que permita controle de carregamento e precisão 
dentro da faixa de ruptura prevista.
 
Rolete
Prancha de madeira
Figura	9	–	Ilustração	esquemática	do	elemento	de	carregamento	do	ensaio
9.2 Preparação	do	corpo	de	prova
Cada corpo de prova deve ser um prisma constituído de cinco blocos cerâmicos, sobrepostos, íntegros 
e isentos de defeitos.
Os prismas devem ser preparados sobre uma base plana, indeformável e limpa. A base deve ser 
impermeável para o caso de prismas cheios. Essa base, firme e continuamente apoiada, deve ter no 
mínimo as dimensões dos blocos.
Inicialmente, deve-se colocar um bloco sobre a base nivelada. O outro bloco do mesmo lote deve ser 
assentado sobre camada de argamassa, evitando-se movimentos horizontais. Com um martelo de 
borracha e o auxílio de um nível de prumo, colocar o bloco em sua posição final, resultando em uma 
junta com (10 ± 3) mm. Assentar blocos até atingir a altura de cinco blocos ou tijolos.
Durante o assentamento devem ser tomados os seguintes cuidados:
 a) usar um gabarito para manter o prumo e o esquadro dos prismas;
 b) limpar a face de assentamento;
 c) não reposicionar o bloco após a sua colocação.
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Logo após o assentamento do último bloco, colocar mais dois blocos sem assentar sobre o prisma, 
para servirem como sobrecarga (ver Figura 10). Não movimentar os prismas no período de cura.
O número mínimo de corpos de prova para este ensaio não pode ser inferior a seis.
Sobrec
arga
19
1
1
1
1
19
19
19
19
Figura	10	–	Prisma composto de cinco blocos com dois blocos 
de sobrecarga posicionados no topo
9.3 Execução	dos	ensaios
Inicialmente, determinar a massa dos blocos que devem ser utilizados para o carregamento, bem 
como da prancha de madeira e dos roletes de aço.
Determinar a massa de cada prisma a ser ensaiado ou estimar sua massa, considerando a massa 
média dos blocos cerâmicos, sem considerar a argamassa de assentamento.
Em seguida, realizar os seguintes procedimentos:
 a) colocar o prisma na horizontal, cuidadosamente;
 b) apoiar o prisma sobre dois roletes de aço posicionados nos eixos longitudinais dos blocos 
extremos;
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 c) usar outros dois roletes de aço, posicionando-os nos eixos dos blocos centrais para apoiar a 
prancha que deve servir de apoio para os blocos de carregamento (no caso de uso de máquina 
de ensaio, essa prancha deve ser centralizada com o centro de carga da máquina e não há 
necessidade de blocos para carregamento), conforme a Figura 12;
 d) colocar os blocos sobre a prancha, carregando o prisma sem provocar choques, a uma 
velocidade de quatro blocos por minuto (no caso de uso de máquina de ensaio, respeitar a taxa 
de carregamento de 500 N/min);
 e) formar uma pilha estável com os blocos de carregamento conforme Figura 11;
 f) anotar o número de blocos que provocou a ruptura do prisma (ou carga de ruptura da máquina de 
ensaio), descrevendo como esta ocorreu.
 
Figura	11	–	Ilustração	esquemática	do	ensaio
L
H
b b
Figura	12	–	Detalhamento	esquemático	do	ensaio
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9.4 Expressão	dos	resultados
O valor individual do resultado de cada prisma ensaiado deve ser calculado, considerando a área 
bruta dos blocos cerâmicos, conforme as seguintes equações:
( ) 2
8 2
G L P bHM
× ×= +
t 2
6Mf
c
=
× 
onde
P é a massa total da sobrecarga (roletes + madeira + blocos) ou carga de ruptura indicada na 
 máquina de ensaio;
G é a massa total do prisma;
H é a altura do prisma;
L é o comprimento livre entre apoios;
b é a distância entre o apoio e o ponto de aplicação de carga;
c é o comprimento do bloco;
l é a largura do bloco;
M é o momento máximo.
Os resultados dos ensaios devem ser avaliados como a seguir:
 a) calcular a resistência à tração na flexão média, considerando, dos resultados obtidos nos ensaios, 
apenas os 50 % maiores valores;
 b) descartar os resultados dos corpos de prova cujos valores individuais de resistência à tração na 
flexão sejam inferiores a 30 % do valor médio de resistência à tração na flexão, obtido em 9.4-a). 
Calcular o valor característico da resistência à tração na flexão dos prismas de blocos cerâmicos 
conforme o Anexo A, utilizando um número mínimo de quatro corpos de prova com resultados válidos.
9.5 Relatório do ensaio
O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:
 a) identificação do solicitante;
 b) identificação da amostra e de todos os corpos de prova;
 c) data do recebimento da amostra;
 d) data do assentamento;
 e) condições de cura;
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 f) data do ensaio;
 g) características geométricas dos prismas, indicando os valores do comprimento do bloco cerâmico 
(c), sua largura (l) e a distância entre o apoio e o ponto de aplicação de carga (b);
 h) características gerais da construção dos prismas e disposição da argamassa de assentamento;
 i) registros das especificações e resultados de ensaio de resistência à compressão dos componentes 
(blocos e argamassa);
 j) cargas de ruptura individuais, expressas em newtons (N);
 k) resistências individuais, característica e média da tensão de tração na flexão, calculadas na área 
bruta, expressas em megapascals (MPa), com aproximação decimal e valor do coeficiente de 
variação;
 l) descrição do modo de ruptura, podendo-se usar fotografias ou desenhos;
 m) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios;
 n) referência a esta Norma.
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Anexo A 
(normativo) 
 
Cálculo da resistência característica
A resistência característica do elemento de alvenaria calculado com os resultados obtidos nos ensaios 
deve ser igual ou superior à resistência característica especificada pelo projetista estrutural.
Para amostragem menor do que 20 e maior do que seis corpos de prova, calcular a resistência 
característica pela equação a seguir:
e (1) e(2) e (i 1)
ek, est,1 e (i)
( ... )
1
f f f
f f
i
−+ + = − − 
ek, est,2 e (1)f f= ×φ
ek, est,3 ek, est,1 ek, est,2f maior valor entre f

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