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21 Imunoensaios Ensaios Conjugados

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IMUNOENSAIOS ENSAIOS CONJUGADOS 
 
1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Imunoensaios: Ensaios Conjugados 
Radioimunoensaio: um dos métodos mais sensíveis para análise quantitativa das reações antígeno-
anticorpo. Tem como princípio: a quantidade de reagente marcado (ag ou ac) quantifica o ag ou ac 
não marcado na amostra. Pode ser competitivo ou por excesso de reagente. 
 
Radioimunoensaio de fase sólida: um dos reagentes é imobilizado nas cavidades de placas plásticas 
de micro titulação; as placas são sensibilizadas com antígeno ou anticorpo. 
 
Radioimunoensaio direto de competição com antígeno marcado: uma quantidade fixa e limitada de 
anticorpo é ligada a um suporte sólido; adiciona-se uma quantidade fixa e pequena de antígeno mar-
cado, misturada com a amostra em teste ou com as soluções padrão que contém concentrações co-
nhecidas de um antígeno não marcado. Após um período de incubação remove-se o antígeno não 
ligado e faz-se a medida da radioatividade da fase sólida. 
 
Radioimunoensaio de competição com anticorpo marcado: uma quantidade fica do antígeno é imobili-
zada em um suporte sólido. Adiciona-se uma quantidade fixa de anticorpo marcado específico, mistu-
rada com a amostra em teste ou uma série de soluções padrão com concentrações variadas do antí-
geno solúvel. Após um período de incubação o anticorpo marcado que não se ligou a fase sólida e o 
antígeno solúvel é removido por lavagem e faz-se a medida da radioatividade da fase sólida. 
 
Ensaio imunorradiométrico: anticorpos monoespecíficos marcados são utilizados para quantificar o 
antígeno. Excesso de anticorpo na fase sólida. Dois sítios de anticorpo. Autorradiografia: utiliza emul-
são radiossensível para registrar a distribuição espacial de isótopos radioativos em determinado te-
cido, célula, organela ou molécula, podendo localizar substancias, estruturas ou processos biológicos. 
 
- autoradiografia: utiliza emulsão radio-sensível para registrar a distribuição de isótopos radioativos 
em determinado,tecido, célula, organela ou molécula. Técnicas: immunoblotting, dot-blot, precipitados 
em gel, imunodifusão, imunoeletroforese e imunofixação. Três etapas: 1. Aplicação da emulsão 2. Ex-
posição 3. Revelação. Emulsão preparada com haletos de prata = brometos, cloretos, haletos. E ex-
posição capta o decaimento dessas substâncias. 
 
- imunofluorescência: baseia-se na capacidade das moléculas de anticorpo se ligar covalentemente a 
fluorocromos sem perder sua reatividade específica com o antígeno. A marcação do anticorpo pelo 
florocromo resulta em conjugado especifico em que se deve determinar a concentração da γ-globu-
lina, relação fluoresceína/proteína e o título para determinação de atividade imunológica. 
 
Obs.: ac marcado deve ser purificado, para aumentar eficiência e evitar colorações não específicas. 
 
Teste de imunofluorescência direta: empregado na pesquisa e localização de ag em células ou teci-
dos (por intermédio de um ac específico marcado). Ac não ligado é removido por lavagens. O prepa-
rado observado em microscópio de fluorescência. Teste de elevada sensibilidade e especificidade, 
mas requer um conjugado para cada sistema. Principal aplicação: imunocitoquímica, pesquisa de 
clamydia trachomatis, treponema pallidum, estreptococos β-hemolíticos, etc). 
 
Teste de imunofluorescência indireta: empregado para amplificar o sinal e aumentar a sensibilidade. 
 
Para pesquisa de ag: incubação da célula ou tecido em que se queira pesquisar ag com o ac especí-
fico, após lavagem, a preparação é incubada com conjugado antiimunoglobulina produzida em outra 
espécie animal. 
 
Para pesquisa de ac: ag padronizados são fixados em lâminas de vidro. Soro do paciente é diluído e 
incubado com ag. Após lavagem, a preparação é incubada com conjugado fluorescente (anti-ig mar-
cada, se houver ac no soro o conjugado reage com ac específico para o ag). Pode-se detectar ig de 
determinadas classes e subclasses. Para pesquisa de igm, pode haver falso positivo, pois o fator reu-
matóide é igm e utiliza anti-igm – quando a igg se liga ao ag, expõe novos sítios na porção fc, aos 
quais igm se liga – é necessário absorção ou separação do fator reumatóide. Teste de referência de 
muitas doenças. 
 
Sistema avidinabiotina: técnica de amplificação. Avidina (glicoproteína derivada da albumina) possui 
IMUNOENSAIOS ENSAIOS CONJUGADOS 
 
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alta afinidade por biotina (vitamina do complexo b). Biotina contém domínio ativo que se liga a amino-
ácidos, portanto se ligar a ac. Avidina pode ser satura com fluoresceína sem perder a afinidade pela 
biotina. Após reação ag-ac não marcado, biotina marcada com segundo ac é adicionada (como mui-
tas moléculas de biotina se liga ao ac, há amplificação do sinal) e em seguida adicionado a avidina 
marvada com fluoresceína. 
 
- microscopia imunoeletrônica: identificação de ac e ag a nível ultraestrutural. Bastante similar à imu-
nofluorescência. Pode-se utilizar controles positivos e negativos – por ser uma técnica que pode per-
der sensibilidade devido o processamento do material. Conjugado: moléculas elétron-densas. 
 
- imunoenzimáticos: baseadas na utilização de ag ou ac marcados com enzimas e permitem a detec-
ção, quantificação e titulação de substâncias. 
 
- localização de componentes celulares. 
 
- medidas de pequenas concentrações de ag, ac ou haptenos. 
 
- detecção de imunoprecipitados. 
 
Imunoperoxidase: emprega mesmo princípio da imunofluorescência, com a diferença de que utiliza 
enzima em vez de fluorocromo. A enzima converte o cromógeno (substrato + doador de elétrons) em 
produto insolúvel (pode ser colorido) que precipita no sítio de reação (sendo visualizado ao microscó-
pio óptico). Pode ser utilizada na pesquisa de ac, como na imunofluorescência indireta. 
 
- enzimaimunoensaio: é um método quantitativo, em que a reação ag-ac é monitorada por medida da 
atividade enzimática. Vantagens: elevada sensibilidade; utiliza reagentes estáveis; pode ser adaptado 
a testes simples como a automação. 
 
Homogêneo: não há necessidade de separação dos complexos ag-ac formados e dos não formados, 
pois a interação ag-ac que modula a atividade da enzima. Utilizada para molécula menores. 
 
Heterogêneo: há a necessidade de separação pois a atividade da enzima não é modulada pela inte-
ração ag-ac. Utilizada para moléculas maiores. 
 
Requisitos para a enzima: alta atividade específica, produto da reação estável, fácil quantificação, fa-
cilmente obtida na sua forma pura, facilmente conjugada, sem perda da atividade, preço acessível. A 
enzima mais utilizada é a peroxidase. 
 
Obs.: quando o ag apresenta atividade de peroxidase, pode-se utilizar outro sistema, como fosfatase 
alcalina. 
Elisa (enzyme-linked immunosorbent assay): ensaio heterogênio princípio básico é a imobilização de 
um dos reagentes na fase sólida, enquanto o outro reagente pode ser ligado a uma enzima, com pre-
servação tanto da atividade enzimática como da imunológica do ac. Após o desenvolvimento de cor, 
a determinação pode ser feita visualmente para resultados qualitativos, ou medindo-se a densidade 
óptica da solução, espectrofotometricamente. 
 
Ensaio para anticorpos: 
 
a) método indireto: placas plástica são sensibilizadas com ag, reage com ac da amostra. Conjugado 
anti-ig humana reage com ac capturado. Reação é revelada com solução cromógena (reação é inter-
rompida e a intensidade de cor é estimada a olho nu ou fotometricamente). Vantagens: utiliza um 
único conjugado para diferentes sistemas; determinação de ac de classes diferentes. 
 
B) método de captura para anticorpo igm: fase sólida é sensibilizada com anti-igm específico para re-
gião fc. Soro teste é incubado, havendo a captura de qualquer igm da amostra. A seguir, incuba-se 
com ag marcado ou não marcado, seguido de ac específico marcado. Detecção de igm pelo método 
indireto pode haver resultado falso positivo devido à presença simultânea de ac igg e fator reumató-
ide, que pode reagir com conjugado anti-igm. Pode ocorrer,também, falso negativo se houver ex-
cesso de igg, que competirá pelos sítios de ligação com maior afinidade. 
 
IMUNOENSAIOS ENSAIOS CONJUGADOS 
 
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Ensaios para antígenos: 
 
a) método de captura: fase sólida sensibilizada com anticorpo específico. Amostra teste incubada 
com fase sólida. A seguir, incuba-se com excesso de ac específico marcado. Revela-se com adição 
do substrato (taxa de degradação é proporcional à concentração do ag). 
 
B) método de competição com antígeno marcado: placas sensibilizadas com ac específico. Incuba as 
placas com conjugado ag-enzima e amostra (ou padrão). Após obtenção do equilíbrio, lava-se e in-
cuba com solução do substrato da enzima. Reação é interrompida e faz a leitura, espectrofométrica 
(relação inversamente proporcional à concentração de ag). 
 
C) método da competição com anticorpo marcado: ag é ligado à placa e a ligação do ac marcado é 
competitivamente inibida pelo ag da amostra (ou padrão). Demais etapas semelhantes às método da 
competição com anticorpo marcado e densidade óptica também é inversamente proporcional. 
 
D) método da inibição para haptenos: placas sensibilizadas com haptenos. Incubadas com amostra 
(pesquisa de haptenos) e ac contra hapteno. Após lavagem adiciona anti-ig marcada com enzima, ao 
mesmo tempo executa um teste sem hapteno e a diferença da absorbância na amostra e na referên-
cia reflete o nível de hapteno. 
 
Emit (enzyme-multiplied immunoassay): ensaio homogêneo. Ocorre inibição da atividade enzimática 
após a ligação ag-ac. 
 
Slfia (substrate-labeled fluorescent immunoassay): ensaio homogêneo. O sistema revelador é a fluo-
rescencia; quanto maior a fluorescência, mais hapteno havia na amostra. 
 
- quimioluminescência: fenômeno em que se obtém energia luminosa a partir de uma reação química. 
A energia química gerada como resultado da dissociação de ligações fracas produz compostos inter-
mediários em um estado eletronicamente excitado que, quando retornam ao estado de energia inicial, 
emitem luz. Detecção antígeno-anticorpo utilizando enzima e uma molécula, que atuará como subs-
trato e emissor de luz. Muitas variações da técnica - luminol, acridina, indol. 
 
- turbidimetria: método de medida da diminuição da intensidade da luz transmitida, em relação a inci-
dente, através de uma suspensão de partículas, devido à reflexão, absorção ou espalhamento. As lei-
turas são feitas em unidades de absorbância, que reflete a relação entre a luz incidente e a transmi-
tida. Duas leituras: uma antes de colocar o anticorpo, outra depois. Medida cinética: realizadas leitu-
ras constantes, durante a reação. Limitação da técnica: amostras turvas. 
 
- nefelometria: método direto de medida do espalhamento, em um determinado ângulo, de uma luz 
incidente por partículas em suspensão, sendo uma técnica sensível para quantificar as reações de 
precipitação entre antígenos e anticorpos. A quantidade de complexo formado pela reação antígeno-
anticorpo, quando há uma concentração constante e em excesso de anticorpo, se vai adicionando an-
tígeno, depende diretamente da concentração do antígeno e é caracterizada por uma curva parabó-
lica. 
 
Nefelometria de ponto final: leitura feita no platô da reação. Tempo de incubação: 10 minutos a uma 
hora. 
 
Nefelometria cinética: monitoramento contínuo da reação. Mais rápido: 10 segundos ou 2 minutos. 
 
Nefelometria x turbidimetria: a nefelometria apresenta maior sensibilidade, enquanto a turbidimetria 
apresenta maior precisão e reprodutibilidade. 
 
- citometria de fluxo: técnica que permite medidas rápidas em partículas ou células enquanto elas 
passam uma a uma através de um sensor, sendo as medidas realizadas em partícula de cada vez e 
não como valores médios da população total. Analisa eletronicamente os sinais gerados pelas células 
em suspensão, quando elas são interceptadas por um feixe de luz que pode ser um laser ou uma 
lâmpada de arco voltaico, que forneça comprimentos de onda específicos. 
Exames Parasitológicos 
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A gota de sangue é colocada no centro de uma lâmina, coberta com uma lamínula e examinada ao 
microscópio óptico imediatamente após. Poderão ser vistos parasitos vivos ou mortos. 
 
Em Esfregaço 
 
Pode ser de dois tipos: de gota espessa ou delgado. O primeiro tipo é muito utilizado em diagnósticos 
epidemiológicos. É um método de enriquecimento, mas a identificação específica dos parasitos é difi-
cultada. Já o esfregaço delgado é utilizado para identificação da forma e da espécie de vários parasi-
tos. Ambas as técnicas serão descritas a seguir: 
 
Esfregaço Delgado 
 
- Colocar uma gota de sangue na extremidade direita de uma lâmina (Figura 02a); 
- Pegar outra lâmina segurar por cima com a mão direita e, com uma inclinação de 45°, encostar adi-
ante da gota (Figura 02b); 
- Deixar a gota se espalhar pela superfície de contato das duas lâminas; 
- Puxar a gota espalhada até o final da lâmina (Figura 02c - d); 
- Secar rapidamente; 
- Fixar a lâmina em metanol e corar pelo Giemsa. 
 
Esfregaço em Gota Espessa 
 
- Colocar o sangue no centro da lâmina; 
- Espalhar, com o auxílio de outra lâmina, o sangue sobre uma área de cerca de 1 cm2; 
- Deixar secar; 
- Corar pelo Giemsa; 
- Exame parasitológico de fezes 
 
O exame parasitológico de fezes (EPF) tem como objetivo diagnosticar parasitos intestinais por meio 
da pesquisa das diferentes formas parasitárias que são eliminadas nas fezes. 
 
Muitas vezes, o número de formas parasitárias eliminadas com as fezes é pequeno, havendo neces-
sidade de recorrer a processos de enriquecimento para concentrá-las. 
Os principais métodos de enriquecimento são: sedimentação espontânea, sedimentação por centrifu-
gação, flutuação espontânea, centrífugo-flutuação e concentração de larvas de helmintos por migra-
ção ativa, em razão do hidrotropismo e termotropismo positivos. 
 
Vamos às características dos dois principais princípios utilizados nos exames de fezes: 
 
a) Técnicas de flutuação: 
 
Princípio: baseia-se na diferença de densidade específica entre os ovos de helmintos, cistos de proto-
zoários e o material fecal, a fim de que esses organismos flutuem na superfície dos reagentes (rea-
gentes de alta densidade). 
 
Vantagens: formação na superfície do tubo de uma membrana clara com poucos detritos fecais e a 
remoção seletiva de ovos e cistos, mesmo quando em pequeno número no bolo fecal. 
 
Desvantagens: alta densidade dos reagentes – alteração na parede dos ovos e dos cistos – dificul-
tando a identificação – exame dentro de 10 a 20 minutos. 
 
Técnicas de flutuação mais usadas: solução saturada de NaCl (WILLIS); sulfato de zinco ( Faust). 
 
b) Técnicas de sedimentação: 
 
Princípio: os organismos são sedimentados pela gravidade ou centrifugação. Apresenta uma ação 
inversa à flutuação: os cistos, ovos e larvas são retidos no fundo do tubo, enquanto os detritos são 
suspensos para a superfície, não interferindo no diagnóstico. 
 
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Objetivos: aumento do número de ovos operculados, larvas ou cistos, e a separação das gorduras da 
maioria dos detritos. 
Desvantagens: grande quantidade de detritos fecais no sedimento a identificação dos parasitas se 
torna mais difícil do que por técnicas de flutuação. 
 
Técnicas de sedimentação mais usadas: 
 
- Lutz (água corrente); 
- Hoffman, Pons & Janer (HPJ) (água corrente); 
- Ritchie (formalina – éter); 
- Blagg (mertiolato - iodo –formaldeído) (MIF). 
 
Não existe um método capaz de diagnosticar ao mesmo tempo todas as formas parasitárias, por isso, 
o ideal é que exista uma combinação entre técnicas de flutuação e sedimentação. 
 
A seguir serão descritos os métodos mais utilizados na análise clínica. Em todos eles é necessário 
percorrer todo o campo da seguinte forma: 
 
Exame Direto a Fresco 
 
- Identificar a lâmina com um lápis de cera; 
- Colocar uma gota de salina no centro da metade esquerda da lâmina euma gota de lugol na me-
tade direita da lâmina; 
- Com o auxílio de um abaixador de língua ou um palito, peguei uma pequena porção da amostra e 
misture com a gota de solução salina; 
- Da mesma forma, misture uma porção de fezes com a solução de lugol; 
- Coloque uma lamínula sobre cada uma das gotas, tomando o cuidado para não formar bolhas de ar 
e examine ao microscópio. 
 
Método de Sedimentação Espontânea 
 
- Colocar aproximadamente 2 gramas de fezes em um frasco ou copo descartável com cerca de 5 ml 
de água e homogeneizar bem com bastão de vidro ou palito descartável; 
- Acrescentar mais 20 ml de água; 
- Filtrar a suspensão em gaze cirúrgica dobrada quatro vezes em um cálice cônico; 
- Completar o volume do cálice com água; 
- Deixar essa suspensão em repouso por duas horas; 
- Descartar o sobrenadante cuidadosamente, colocar mais água e deixar em repouso por mais 60 mi-
nutos; 
- Repetir os dois procedimentos anteriores até que o material esteja límpido e bom para leitura; 
- Para coletar o sedimento, desprezar o líquido sobrenadante, homogeneizar o sedimento e coletar 
uma gota e colocar em uma lâmina; 
- Cobrir com lamínula e examinar ao microscópio. 
 
Método de Blagg ou MIFC ou sedimentação por centrifugação 
 
- Coletar as fezes frescas em conservador MIF; 
- Homogeneizar; 
- Filtrar a suspensão em gaze dobrada em copo plástico descartável; 
- Transferir 2 ml do filtrado para um tubo cônico de 15 ml; 
- Acrescentar 5 ml de éter sulfúrico e agitar; 
- Centrifugar por um minuto; 
- Inverter o tubo para desprezar o líquido; 
- Acrescentar ao tubo gotas de salina ou lugol; 
- Inverter o tubo em uma lâmina; 
- Cobrir com uma lamínula e examinar ao microscópio. 
 
Método de Willis 
 
- Colocar 10 gramas de fezes em um frasco ou copo descartável; 
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- Diluir as fezes em solução saturada de açúcar ou sal; 
- Completar o frasco com água; 
- Colocar na boca do frasco uma lâmina que deverá estar em contato com o líquido; 
- Deixar em repouso por cinco minutos; 
- Retirar rapidamente a lâmina voltando para cima a parte molhada; 
- Cobrir com lamínula e levar ao microscópio. 
 
Método de Baermann Moraes 
 
- Tomar 8 a 10 gramas de fezes; 
- Colocar as fezes em gaze dobrada; 
- Colocar o material sobre um funil de vidro contendo um tubo de borracha conectado à extremidade 
inferior de sua haste; 
- Fechar o tubo de borracha com uma pinça de Hoffman; 
- Adicionar ao funil água aquecida a 45°C até cobrir o material fecal; 
- Deixar em repouso por uma hora; 
- Abrir a pinça dentro de um tubo de centrífuga, coletando cerca de 7 ml de líquido; 
- Centrifugar; 
- Coletar o sedimento e analisar ao microscópio. 
Método de Kato-Katz 
 
- Preparar uma solução de verde-malaquita de acordo com a seguinte fórmula: glicerina (100 ml), 
água destilada (100 ml) e verde-malaquita 3% (1 ml);- Cortar papel celofane semipermeável em peda-
ços de 24 por 30 mm e deixá-los mergulhados na solução de verde-malaquita por pelo menos 24 ho-
ras; 
- Colocar, sobre um papel higiênico, uma amostra das fezes a serem examinadas; 
- Comprimir as fezes com um pedaço de tela metálica similar a de náilon; 
- Retirar as fezes que passaram para a parte superior da tela e transferi-las, com auxílio de um palito, 
para o orifício (6 mm de diâmetro) de um cartão retangular de plástico colocado sobre uma lâmina de 
microscopia; 
- Após encher completamente o orifício, retirar o cartão deixando as fezes sobre a lâmina de vidro; 
- Cobrir as fezes com a lamínula de papel celofane, inverter a lâmina, sobre uma folha de papel ab-
sorvente, e comprimi-la; 
- Aguardar de uma a duas horas e examinar ao microscópio, contando todos os ovos da preparação; 
- O número de ovos encontrados no esfregaço fecal, multiplicado por 23, corresponderá ao número 
de ovos por grama de fezes. 
 
Método de Graham ou fita adesiva 
 
- A coleta poderá ser feita no laboratório ou instituir o paciente para que o faça em casa, de preferên-
cia; 
- Ao despertar pela manhã, antes que o paciente faça higiene ou troque de roupas, fazer a coleta do 
material; 
- Fixar sobre uma lâmina limpa e desengordurada uma tira de fita durex um pouco menor que o com-
primento da lâmina. Nas extremidades colar duas tiras de papel, as quais servirão de suporte para 
segurar e também para a identificação; 
- No momento de usar, retirar cuidadosamente a fita da lâmina. Com a face adesiva voltada para fora, 
colocar um tubo de ensaio (ou abaixador de língua) na face interna (sem cola), como suporte, segu-
rando nas tiras de papel; 
- Afastar os glúteos do paciente e encostar rápida e firmemente a fita adesiva sobre o ânus; 
- Após a coleta, colar novamente sobre a lâmina, procurando evitar a formação de bolhas de ar; 
- Examinar ao microscópio com pequeno aumento, percorrendo todos os campos. 
Identificação de proglotes de Taenia pelo método de ácido acético 
 
- Colocar a(s) proglote(s) a ser(em) identificada(s) em pequeno recipiente contendo ácido acético gla-
cial; 
- Decorridos pelo menos 15 minutos, retirá-la e comprimi-la entre duas lâminas; 
- Examinar sob iluminação intensa (artificial); 
- Os caracteres do útero e suas ramificações permitirão distinguir se a proglote grávida em exame é 
de T. solium ou T. saginata; 
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- É aconselhável utilizar lâminas largas para comprimir as proglotes como medida de cautela para 
uma eventual contaminação do examinador, pelos ovos do parasita (principalmente em se tratando 
da T. solium); 
- O mecanismo de ação do ácido acético está baseado na dissolução de sais, calcários e carbonato 
de cálcio que impregnam o corpo do parasita. 
- Taenia saginata: proglotes grávidas: útero com ramificações laterais finas, dicotômicas e numero-
sas. 
- Taenia solium: proglotes grávidas: útero com ramificações espessas, dendríticas e em pequena 
quantidade. 
Fungos, Vírus e Bactérias 
Bactérias 
 
As bactérias são organismos unicelulares, sendo em média dez vezes menores do que uma célula 
eucarionte. 
Costumam possuir uma parede celular rígida que envolve externamente a membrana plasmática, 
constituída por uma trama de peptídeos (proteínas) interligados a polissacarídeos (açúcares). Essa 
substância é responsável pela forma, proteção física e osmótica do organismo. 
Algumas espécies de bactérias possuem uma cápsula uniforme, espessa e viscosa, atribuindo uma 
proteção extra contra a penetração de vírus (bacteriófagos), resistência à ofensiva dos glóbulos bran-
cos (fagocitose), além de proporcionar adesão quando conjuntas em colônia. 
Considerando o aspecto estrutural geral, uma bactéria é basicamente constituída por uma membrana 
plasmática. Podendo essa invaginar, formando uma dobra (mesossomo) concentrada em enzimas 
respiratórias. 
Mergulhados no hialoplasma existem: um único filamento de DNA circular, contendo todas as infor-
mações (genes) necessárias ao funcionamento biológico bacteriano; vários ribossomos dispersos no 
hialoplasma; e grãos de glicogênio, utilizados como reservatório de nutrientes. 
O material genético localiza-se normalmente em uma região chamada de nucleoide, havendo, em al-
guns casos, moléculas menores de DNA (os plasmídeos), contendo genes que desempenham fun-
ções diversas, por exemplo: resistência a antibióticos e ação tóxica injetada em bactérias competido-
ras, induzindo a degradação (morte). 
Fungos 
 
Os fungos podem ser unicelulares ou pluricelulares, compostos por hifas, que nada mais são do que 
filamentos de células que formam uma rede, chamada de micélio. Essa estrutura se estende até o ali-
mento, realizando a absorção de seus nutrientes. 
Os fungos não possuem clorofila, como nas plantas, por isso não podem realizar fotossíntese, ou 
seja, não são capazes de produzir o seu próprio alimento. 
Eles soltam ao seu redor uma substância chamada exoenzima, que é praticamente igual à uma en-
zima digestiva. 
Essas enzimas digerem moléculas orgânicas do ambiente, e então o fungoabsorve o seu alimento 
que foi digerido pelas exoenzimas. Os fungos terrestres podem se reproduzir sexuada e assexuada-
mente. 
 
Vírus 
 
Formados, principalmente, por proteínas e ácidos nucleicos, os vírus são acelulados e só têm condi-
ções de realizar suas atividades vitais quando estão no interior de outras células vivas. Assim, são 
considerados parasitas intracelulares obrigatórios. 
IMUNOENSAIOS ENSAIOS CONJUGADOS 
 
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Em razão dessas características peculiares, os vírus não são reconhecidos exatamente como seres 
vivos. Entretanto, é consenso que são sistemas biológicos, por possuírem ácidos nucleicos em sua 
constituição, além de sistemas de codificação genética. 
O ácido nucleico pode ser tanto DNA quanto RNA, sendo que alguns poucos vírus podem possuir os 
dois. Em relação à reprodução, o vírus costuma infectar a célula hospedeira ligando suas proteínas 
virais à proteína receptora desta. 
Assim, acontece a multiplicação do material genético e, utilizando os ribossomos, nucleotídeos, ami-
noácidos e mitocôndrias celulares, eles comandam a síntese de proteínas e ácidos nucleicos, utili-
zando a energia oriunda do metabolismo do hospedeiro. 
Assim, dão origem a novos vírus que, exceto quando ocorrem mutações, são semelhantes entre si. 
Esses poderão invadir outras células que, possivelmente, terão seu funcionamento prejudicado. As-
sim, um indivíduo com seu organismo infectado apresentará os sintomas típicos da doença viral que 
contraiu. 
Parasitas 
O que são: 
Os parasitas são seres vivos que retiram de outros organismos os recursos necessários para a sua 
sobrevivência. 
Informações sobre os parasitas (características principais eles são considerados agressores, pois 
prejudicam o organismo hospedeiro através do parasitismo). 
O parasita pode viver muitos anos em seu hospedeiro sem lhe causar grandes malefícios, ou seja, 
sem prejudicar suas funções vitais. 
Entretanto, alguns deles podem até levar o organismo à morte, neste caso, porém, o parasita sucum-
birá junto com seu hospedeiro, uma vez que, era através dele, que ele se beneficiava unilateralmente. 
Dentre as diferentes espécies de parasitas, existem os parasitas facultativos, que são assim chama-
dos por não necessitarem unicamente de um hospedeiro para sobreviver. 
Esta espécie é capaz de sobreviver tanto dentro (na forma parasita) quanto fora (vida livre) de outro 
organismo vivo. É o caso das larvas de moscas que podem desenvolver-se tanto em feridas necrosa-
das (como parasitas) ou em matéria orgânica em estado de decomposição (como larvas de vida li-
vre). 
O parasita é capaz de se reproduzir disseminando seus ovos, e estes, costumam infectar outros hos-
pedeiros, dos quais eles retirarão seus meios de sobrevivência através do parasitismo. 
Transmissão de Parasitas 
Eles podem ser transmitidos entre os seres humanos através do contato pessoal ou do uso de obje-
tos pessoais. 
Podem também ser transmitidos através da água, alimentos, mãos sem a devida higienização, po-
eira, através do solo contaminado por larvas, por hospedeiros intermediários (moluscos) e por muitos 
outros meios. 
Os seres que parasitam o homem são divididos em cinco filos: 
Protozoa: composto por seres unicelulares e microscópicos (ex: giárdia, trichomonas, etc). 
Platyhelminthes: vermes de forma achatada (ex: taenia solium e saginata) 
Nematoda: vermes de forma arredondada (ex: ascaris lumbricoides, causadora da ascaridíase). 
Acantocephala: vermes de forma arredondada com pseudo-segmentação. 
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Arthropoda: formado por insetos, ácaros em geral (ex: aracnídeos, insetos). 
Curiosidade: 
- A parasitologia é a ciência voltada para o estudo dos parasitas. Os cientistas que atuam nesta área 
estudam o ciclo de vida dos parasitas, doenças transmitidas, formas de combate aos parasitas huma-
nos, genética e morfologia destes seres. 
Análise Clínica 
A análise clínica é o ramo de conhecimento que trabalha com o estudo de alguma substância de 
forma a coletar dados e apontar diagnósticos a respeito da saúde do paciente. 
Essas análises ocorrem a partir de um exame feito a pedido de um médico e são entregues em labo-
ratórios próprios para realização desses exames. 
As análises podem ser realizadas por vários profissionais diferentes como: farmacêuticos, bioquími-
cos, médicos ou biomédicos, sendo que esses devem ter previamente o conhecimento necessário na 
área de análise clínica e conforme as regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, órgão fisca-
lizador. 
A análise clínica, como já foi dito, é feita a partir de um exame pedido pelo médico. Essa análise 
ajuda a diagnosticar algum dado ou característica que possa ajudar no diagnóstico de alguma ano-
malia ou problema de saúde. 
O exame pode incluir, por exemplo, a coleta de materiais como urina, sangue, fezes ou outros, para 
serem analisadas e servirem para construir dados. Como esse material pode variar de natureza e de 
utilidade, os profissionais que irão analisá-lo também são variados. 
Central de Material Esterilizado 
A Central de Material Esterilizado acompanhou o desenvolvimento das instituições hospitalares e es-
tabelecimentos de saúde no Brasil. 
 
As atividades básicas como limpeza, preparo e acondicionamento dos instrumentais cirúrgicos eram 
realizadas na própria unidade de internação pela equipe de enfermagem. 
 
A Central de Material Esterilizado realizava apenas o processo de esterilização dos artigos médico-
hospitalares. 
 
A partir da década de 50 começaram a surgir as centrais de materiais parcialmente centralizadas, ou 
seja, parte dos artigos médico-hospitalares era processada nas unidades de internação e a outra 
parte já estava sendo processada na central. 
 
Já nas últimas décadas, houve um avanço tecnológico e um grande desenvolvimento de técnicas e 
procedimentos cirúrgicos. 
Os artigos médico-hospitalares e os equipamentos utilizados nos procedimentos cirúrgicos e anesté-
sicos tornaram-se cada vez mais sofisticados e modernos, exigindo assim, uma qualificação dos pro-
cessos envolvidos na esterilização de materiais. 
 
Os processos que antes eram realizados nas unidades de internação passaram a ser realizados na 
Central de Materiais Esterilizados ainda pela equipe de enfermagem, porém com uma supervisão di-
reta do enfermeiro. 
 
Definição 
 
Silva (1998) definiu a Central de Material Esterilizado como uma unidade de apoio técnico a todas as 
áreas assistenciais, responsável por tarefas como processamento, limpeza, preparo, esterilização, 
estocagem e distribuição dos artigos a todas as unidades consumidoras. 
 
Podemos ainda definir a Central de Material Esterilizado como uma unidade, um setor ou um serviço 
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destinado à limpeza, ao acondicionamento, à esterilização, estocagem e distribuição de artigos mé-
dico-hospitalares. 
 
Vantagens e Atividades 
 
Existem diversas vantagens em manter a Central de Material Esterilizado em um local centralizado. 
 
Dentre as principais vantagens podemos citar: 
 
Garantir que de todas as etapas do reprocessamento do material, ou seja, limpeza, secagem, pre-
paro, acondicionamento, desinfecção e esterilização sejam realizadas corretamente, passando por 
processos padronizados e controlados. 
 
Utilização dos artigos sem que haja risco ou comprometimento da qualidade do serviço prestado ao 
cliente, desde o recebimento até sua distribuição e, ainda, segurança ocupacional. 
 
Otimização do trabalho, facilidade no treinamento e supervisão dos profissionais que atuam na Cen-
tral, racionalização do trabalho, maior controle e produtividade da unidade. 
 
As atividades desenvolvidas pela Central de Material Esterilizado seguem a normatização da RDC nº 
307 que determina as seguintes atividades básicas: 
 
- Receber, desinfetar e separar os artigos médico-hospitalares; 
 
- Realizar a lavagem dos artigos; 
 
- Receber as roupasvindas da lavanderia; 
 
- Preparar os artigos médico-hospitalares; 
 
- Preparar as roupas em pacotes; 
 
- Esterilizar as roupas e artigos hospitalares por meio de métodos físicos e/ou químicos; 
 
- Realizar o controle biológico e de validade dos artigos esterilizados; 
 
- Armazenar as roupas e artigos médico-hospitalares; 
 
- Distribuir os materiais e pacotes de roupas esterilizadas; 
 
Proteger e zelar pela segurança dos profissionais que trabalham na Central de Materiais. 
 
Localização 
 
A Central de Material Esterilizado deve estar localizada preferencialmente próxima das unidades for-
necedoras como lavanderia, almoxarifado, farmácia e ter um fácil acesso aos setores consumidores, 
principalmente o centro cirúrgico e o centro obstétrico, o pronto-socorro e as unidades de terapia in-
tensiva. 
 
Consideramos as seguintes áreas em uma Central de Material Esterilizado: 
 
Área suja: expurgo, destinado ao recebimento e lavagem dos artigos encaminhados pelas diversas 
unidades; Área limpa: destinada ao preparo dos materiais e da montagem da carga do processo de 
esterilização; Área estéril: destinada a retirada dos materiais e roupas já esterilizados e acondiciona-
mento destes materiais. 
 
Fluxo de Materiais 
O fluxo na Central de Material Esterilizado deve ser unidirecional e contínuo, evitando desta forma o 
cruzamento de artigos médico-hospitalares sujos com os limpos. Os profissionais que trabalham na 
área suja não podem transitar pela área limpa e vice-versa. 
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Os instrumentadores cirúrgicos devem entender com clareza essa noção, pois, muitas vezes, neces-
sitam realizar o processamento dos materiais cirúrgicos que utilizaram na cirurgia. 
 
As barreiras físicas são instaladas entre as áreas da Central de Material Esterilizado, justamente com 
o objetivo de manter o fluxo unidirecional. O acesso de pessoas fica restrito apenas aos profissionais 
que ali trabalham, ou para aqueles que recebem uma autorização para entrar no setor. 
 
No fluxograma abaixo podemos analisar as unidades fornecedoras e consumidoras da Central de Ma-
terial Esterilizado, justificando assim as principais vantagens para a instituição hospitalar em manter 
um setor centralizado 
 
Recursos Humanos 
 
Os profissionais que trabalham na Central de Material Esterilizado são: 
Enfermeiro: responsável pelo estabelecimento de rotinas do setor e pelo gerenciamento de toda a 
unidade; 
 
Técnico de Enfermagem: desempenhar atividades com um nível de complexidade intermediária; 
 
Auxiliar de Enfermagem: responsável pelo processo de esterilização dos artigos médico-hospitalares 
e roupas; 
 
Auxiliar administrativo: responsável por realizar o serviço administrativo como, por exemplo, realiza-
ção de pedidos de almoxarifado e também servir como um elo entre o ambiente interno e externo da 
Central; 
 
Auxiliar de Limpeza: responsável pela higienização da estrutura física da Central de Material. 
 
É importante lembrar que todos estes profissionais são subordinados ao enfermeiro da unidade, de-
vendo todos trabalhar em harmonia para que a qualidade do serviço reflita no consumidor final, ou 
seja, o paciente. 
 
Classificação de Artigos: 
 
Os artigos processados na Central de Material Esterilizado são divididos em três classificações, são 
elas: 
 
Artigos críticos: são produtos ou artigos utilizados em procedimentos invasivos, ou seja, que há pene-
tração na pele, mucosas, em tecidos subepiteliais e também no sistema vascular, incluindo ainda 
todo e qualquer material que esteja conectado diretamente com essas regiões do corpo. 
Podemos citar como exemplo as agulhas, bisturis, implantes cirúrgicos, cateteres intravenosos, instru-
mentais cirúrgicos e soluções injetáveis. Estes artigos devem sempre passar por um processo de es-
terilização. 
 
Artigos semicríticos: são aqueles produtos ou artigos que entram em contato com a pele não íntegra 
do paciente, mesmo restrito às suas camadas, ou ainda aqueles que entram em contato com a mu-
cosa íntegra como, por exemplo, a sonda nasoenteral e equipamentos utilizados na manutenção do 
aporte respiratório pacientes. Estes artigos requerem desinfecção de alto nível ou até mesmo a este-
rilização. 
 
Artigos não críticos: são os produtos ou artigos que entram em contato com a pele íntegra do paci-
ente ou mesmo aqueles que nem chegam a ter contato direto com o paciente. 
Podemos citar como exemplo, os termômetros, o esfigmomanômetro e artigos destinados a higiene 
pessoal dos pacientes. Nestes artigos não há necessidade de utilizar o processo de esterilização e 
sim apenas um processo de desinfecção de baixo ou médio nível. 
Métodos para o exame parasitológico de fezes 
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Amostras fecais 
São examinadas devido à presença de protozoários e larvas de helmintos ou ovos. Os estágios de 
protozoários encontrados em fezes são trofozoítas e cistos. Os estágios de helmintos normalmente 
encontrados em fezes são ovos e larvas, ainda que possam ser vistos vermes adultos ou segmentos 
de vermes. Vermes adultos ou segmentos de tênia são normalmente visíveis a olho nu, mais ovos lar-
vas, trofozoitas, e cistos podem ser vistos somente com microscópio. 
• Identificação de parasitas em esfregaços corados 
Em esfregaços corados, amebas, trofozoítas e cistos de amebas, e flagelados serão vistos. O cito-
plasma corara verde-azulado ou verde; o núcleo, inclusões, com células vermelhas ou bactérias cor-
pos cromatoides e cistos de ameba e fibrilas em flagelados coração de vermelho ou púrpura. O glico-
gênio é dissolvido durante o processo de coloração e não é visível em preparações coradas. 
• Swab anal para oxiúros 
É usado para detectar a presença de oxiúros (enterobios vermiculares). Os oxiúros são mais comuns 
em crianças que adultos. Freqüentemente, contudo, se uma criança numa família tem oxiúros, os ou-
tros membros da família serão infectados. Ovos de oxiúros são normalmente encontrados em dobras 
da pele ao redor dos anus. Eles raramente aparecem nas fezes. 
• Esfregaço fecal espesso em celofane para diagnosticas esquistossomoses intestinais (técnica de 
Kato-Katz) 
Essa técnica tem provado uma eficiência significante dos diagnósticos de esquistossomoses e hel-
mintos intestinais. A técnica não é conveniente para examinar larvas, cistos ou ovos de certos parasi-
tas intestinas. 
• Método direto 
No método direto as fezes são examinadas ao microscópio, entre lamina e lamínula, diluídas numa 
densidade que dá para se ler as letras de um jornal através do preparado. 
Fezes preservadas são úteis para a detenção de cistos de protozoários e de ovos e larvas de helmin-
tos, mas a pesquisa de trofozoítos deve ser feita, pelo método direto, com fezes frescas, não preser-
vadas. 
• Métodos de concentração de fezes 
Foram descritos vários métodos de concentração de parasitos encontrados de fezes. 
Eles facilitam o encontro de parasitas diminuindo as matérias fecais na preparação a ser observada 
ao microscópio. Concentrando os parasitos baseando nas diferenças de densidade existente entre as 
formas dos parasitos e o material fecal ou fazendo com que certas larvas migrem para o material fe-
cal e sejam concentrados no fundo de um funil. 
Os três métodos envolvem: a) Sedimentação, com os parasitos sendo concentradas no sedimento 
obtido por gravidade ou centrifugação; b) Flutuação, onde os parasitos flutuam ou são condensados 
num sedimento por meio de uma solução de densidade diferente da sua; c) Migração, onde certas 
larvas vivas migram para fora do material fecal e são coletadas no fundo de um funil. 
• Método de concentração por sedimentação (ou método Hoffmann) 
Este método é recomendado para a pesquisa de ovos pesados, como o do Shistosoma mansoni, re-
velando também ovos e larvas de outros helmintos. Mesmo não sendo ideal para a pesquisa de cis-
tos, estes poderão ser observados, especialmente se for corado a preparação. 
• Método de concentraçãopor flutuação 
Os métodos de flutuação se utilizam da centrifugação para a lavagem do material fecal, seguida da 
suspensão desse material em liquido de densidade determinada, cuja constituição e modo de uso de-
pendem do método empregado. 
São encontrados Schistosoma, larvas de Strongyloides, assim como cistos de protozoários, 
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• MIF 
Centrífugo-sedimentação em um sistema éter-mertiolate. É indicado na pesquisa de larvas, ovos de 
helmintos e cistos de protozoários. 
• Método de Ritchie 
Tem como atributo principal a concentração que realiza de cistos de protozoários, ovos e larvas de 
helmintos. Útil para coccídios.Esta técnica é também referida como processo pelo formol-éter 
• Método de Willis (ou método da solução saturada de cloreto de sódio) 
Tem como fundamento a flutuação de ovos de helmintos e cistos de protozoários em uma solução 
saturada de NaCl em água a 30%. È indicado na pesquisa de ovos de helmintos e cistos de protozoá-
rios. 
É um método ainda usado, mas devido à alta possibilidade de contaminar todo o local de trabalho, 
deve ser abandonado. Deveria ser imediatamente proibido em hospitais, mesmo se forem emprega-
das fezes preservadas. É substituído em grandes vantagens, pelos outros métodos de rotina (sedi-
mentação e Ritchie). 
• Método de Faust 
A técnica de Willis (1921) foi modificada por Faust et al. (1939), na qual a solução saturada de cloreto 
de sódio foi substituída pela solução de sulfato de zinco. Fundamenta-se na propriedade que apre-
sentam certos ovos de Helmintos de flutuarem na superfície de uma solução de densidade elevada e 
de aderirem ao vidro. Este procedimento simples e eficiente está indicado para pesquisa de ovos com 
densidade especifica baixa como os de Ancilostomídeos. 
Foram descritas várias modificações e hoje serve tanto para fezes frescas como conservados em MIF 
ou em formalina. 
• Métodos de concentração por migração 
Baseados na extração de larvas do solo, vários autores adaptaram métodos para a pesquisa de 
Strongyloides stercoralis em fezes humanas. A larva desse helminto, com grande avidez à água 
morna, migra através do material fecal até atingir a água e aí, não tendo sustentação, sedimenta no 
fundo do recipiente. 
• Método e Baermann 
Este método é baseado no hidro-termo-tropismo positivo das larvas pela ação da gravidade. É um 
método seletivo para pesquisa de larvas e não específico, pois podemos encontrar cistos e ovos de 
outros parasitos. Indicado para a pesquisa de larvas de Strongyloides stercorales e de Ancilostomi-
deos. 
• Método de Rugai 
Rugai simplificou o método de Baermann, utilizando a própria latinha como receptáculo para as fezes 
e um cálice de sedimentação, em vez de funil. Indicado para a pesquisa de larvas de Strongyloides 
stercorales e de Ancilostomideos. 
• Métodos de contagem de ovos nas fezes 
Em infecções de helmintos que apresentam uma liberação relativamente constante de ovos, tem sido 
usada a contagem de ovos para avaliação da intensidade da infecção. 
Apesar de desenvolvidos para a contagem de ovos de ancilostomídeos, esses métodos têm sido usa-
dos também para a contagem de ovos de Ascaris lumbricóides e de Trichuris trichiura. As contagens 
são apenas estimativas, uma vez que há restrições diárias e que apresentam estreitas ligações com a 
dieta e com o sistema imunológico do hospedeiro. 
A contagem pode ser útil na determinação do papel da infecção na doença (como, por exemplo, na 
anemia) e na verificação do sucesso ou não do tratamento. 
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• Método do esfregaço de espesso de celofane 
Nesse método, desenvolvido por Kato e Miura (1954), um pedaço de celofane substitui a lamínula de 
vidro. É recomendado para inquéritos coprolagicos, por ser rápida e simples a preparação dos esfre-
gaços fecais, e pelo baixo custo na pesquisa de ovos de helmintos. 
• Preparações salinas 
Nas preparações sem coloração são pesquisadas a presença de cistos, ovos e lavas, e a motilidade 
dos trofozoítas, quando presentes. Entretanto, não é possível estabelecer um diagnostico especifico, 
no caso de formas trofozoíticas, na base de um exame direto a fresco e temporário. Este tem so-
mente um valor de orientação. Nesse caso as fezes deverão ser fixadas e um esfregaço fecal corado 
deverá ser preparado. Para pesquisa de ovos, o exame direto a fresco sem coloração oferece bons 
resultados, mas para o de cistos e de larvas é necessário preparar um esfregaço corado, com vistas 
ao estudo das características morfológicas das diferentes espécies. O primeiro exame das amostras 
fecais deve ser através de esfregaços salinos. Nunca deve ser usada a água corrente ou destilada, 
pois os trofozoítas são distorcidos podendo ser deformados e rompidos. 
• Método da eclosão 
As técnicas de eclosão são reconhecidas como das mais sensíveis para o diagnóstico parasitológico 
da esquitossomíase. Elas são indispensáveis para a avaliação da cura após tratamento, nos estudos 
clínicos. 
• Preparações perianais 
As preparações perianais são muito úteis para a detecção de infecções por Enterobius vermiicularis, 
podendo ser também úteis no diagnóstico de infecções por Taenia. 
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