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RETINOPATIA Complicação da diabetes mellitus, mais comum em pacientes com DM1 do que DM2. Quanto maior o tempo de evolução de DM e pior o controle glicêmico, maior o risco para retinopatia diabética. A base da doença é microangiopatia diabética com danos relacionados direta e indiretamente com a hiperglicemia FATORES DESENCADEANTES: Microangiopatia diabética com danos relacionados direta e indiretamente com a hiperglicemia Duração do DM 10 a 15 anos depois Controle não rigoroso da DM Hemoglobina glicada elevada HAS Doença renal em pacientes diabéticos albuminúria e redução da TFG associado a retinopatia Gestação Dislipidemia não controlada maior tendencia a edema macular a acúmulo de exsudatos duros Tabagismo Cirurgia intraocular (catarata) Obesidade Anemia FISIOPATOLOGIA: Microangiopatia espessamento da membrana basal capilar Oclusão capilar Pela hiperglicemia crônica Microangiopatia + oclusão capilar causam hipoxia retiniana, quebra da barreira hematorretiniana e aumento da permeabilidade vascular. Assim, ocorre hemorragias, exsudatos e edema retiniano, além de edema macular. Por outro lado, a oclusão e isquemia microvasculares favorecem o aparecimento de exsudatos algodonosos, alterações capilares, shunts arteriovenosos e neovascularização. Efeitos da hiperglicemia crônica sobre a retinopatia: Aumento da atividade da via dos polióis Formação de produtos de glicação avançada Estresse oxidativo Ativação da proteinoquinase C (PKC) Aumento de atividade da via da hexosamina Dislipidemia Hormônio do crescimento (GH): O GH contribui para o desenvolvimento e progressão da retinopatia. Deficiência de GH efeito protetor contra a retinopatia Plaquetas e viscosidade sanguínea: O aumento da agregação plaquetária e diminuição da deformidade dos eritrócitos em pacientes diabéticos, predispõe a aletecimeto da circulação sanguínea, dando endotelial e oclusão capilar. Isso pode causar isquemia retiniana e contribuir para o desenvolvimento de retinopatia. Aldose redutase e fatores vasoproliferativos: O aumento persistente da glicemia faz com que o excesso de glicose seja metabolizado pela via da aldose redutase, sendo convertida em álcool (sorbitol, dulcitol). Nesse sentido, o elevado nível de sorbitol afeta os pericitos intramurais dos capilares retinianos, prejudicando a autorregulação dos capilares. Com isso, tem-se um enfraquecimento da estrutura da parede do capilar que pode levar a formação de microaneurismas. Complicações crônicas da diabetes OBJETIVOS: 1. Compreender os fatores desencadeantes, fisiopatologia, critérios diagnósticos e manifestações clínicas das complicações crônicas da diabetes (retinopatia, nefropatia, neuropatia e pé diabético) 2. Entender o papel da equipe multi no acompanhamento do pé diabético Rompimento hemorragias retinianas superficiais e profundas O aumento da permeabilidade dos vasos leva ao vazamento de fluido e de material rico em proteínas e lipídeos que causam o espessamento retiniano e exsudatos na mácula, provocando a diminuição da visão central. Proteinoquinase C: Hiperglicemia ativação da isoforma PKC-beta quebra da barreira hematorretiniana pela ativação de fatores de crescimento vascular. Edema macular: Hiperglicemia aumento dos níveis de diacilglicerol aumento da PKC ativada modificação da permeabilidade e do fluxo sanguíneo. Hipoxia: Progressão da doença oclusão dos capilares retinianos hipoxia tecidual. Infarto da camada de fibras nervosas formação de exsudatos algodonosos que estão associados a estase do fluxo axoplasmático Hipoxia retiniana eleva a expressão intraocular de moléculas que aumentam a quebra da barreira hematorretiniana e levam a proliferação vascular Fatores angiogênicos: Fator de crescimento semelhante a insulina (IGF-1) Fator de crescimento fibroblástico básico Fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF) A hipoxia ativa alguns mecanismos compensatórios, surgindo anormalidade do calibre vascular (variação do calibre, tortuosidade e dilatação) que sinalizam o aumento da hipoxia. Além disso, pode levar a anormalidades microvasculares intrarretinianas como o crescimento de novos vasos ou remodelamento de vasos preexistentes por proliferação endotelial intrarretiniana com o objetivo de criar shunts nessas áreas de não perfusão capilar. Neovascularização: Isquemia retiniana produção de fatores vasoproliferativos estimula a formação de novos vasos. 1. Quebra da matriz extracelular por meio das proteases 2. Formação de novos vasos originados de vênulas retinianas Quando esses vasos ultrapassam a membrana limitante interna, passam a ser chamados de neovasos estágio proliferativo da retinopatia. Rompimento desses vasos por tração vítrea hemorragia vítrea e/ou sub- hialóidea Inicialmente, esses neovasos são associados a pequena quantidade de tecido fibroglial. Com o aumento da densidade do tecido neovascular, ocorre a progressão do tecido fibroglial. Nesse sentido, quando ocorre a regressão desses vasos encontra-se apenas o tecido fibroso avascular aderido a retina e a hialoide posterior. Contração do vítreo cria forças tracionais sobre a retina edema retiniano, descolamento tracional retiniano e formação de rupturas retinianas, além de descolamento regmatogênico da retina MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Estágios iniciais pacientes assintomáticos Manchas no campo visual Distorção da imagem Redução da acuidade visual Microaneurismas (sinal mais precoce de retinopatia) Escotomas Visão embaçada CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS: A avaliação da retinopatia deve-se sempre levar em conta a dosagem de glicemia em jejum e da hemoglobina glicada. Exame oftalmológico completo, incluindo um exame detalhado da retina com a pupila dilatada Angiofluoresceinografia microaneurismas = pontos de hiperfluorescência com pouco aumento tardio Rompimento hemorragias intrarretinianas Micro-hemorragias puntiformes hemorragias nas camadas mais profundas da retina (nuclear interna ou plexiforme externa) = pontos hipofluorescentes Vela hemorragias superficiais e mais extensas localizadas na camada de fibras nervosas Edema retiniano e exsudatos duros causado pela quebra da barreira hematorretiniana – mais comum em pacientes com dislipidemias Manchas algodonosas = infartos da camada de fibras nervosas pela oclusão das arteríolas pré-capilares Loops venosos e ensalsichamento venosos = variações do calibre e do trajeto venoso em áreas de não perfusão capilar aumento da isquemia Anormalidades microvasculares intrarretinianas = leitos capilares remodelados com shunts arteriovenulares Edema macular que ocorre por dano aos capilares retinianos e quebra da barreia hematorretiniana Neovasos retinianos define a RD proliferativa Classificação: 1. RD não proliferativa Presença de microaneurismas retinianos Presença de micro-hemorragias Presença de exsudatos duros, manchas algodonosas, loops com ensalsichamento venosos e anormalidades microvasculares intrarretinianas 2. RD proliferativa a. Inicial neovasos presentes, mas não preenchem critério para alto risco b. Alto risco: Neovascularização de disco em mais de 1/3 da área do disco óptico Neovascularização de disco associada a hemorragia vítrea ou sub-hialóidea Neovascularização em qualquer parte em mais de ½ do diâmetro da papila associada a hemorragia vítrea ou sub- hialóidea NEFROPATIA Comprometimento glomerular. Sua incidência varia entre 20-40% em ambos os tipos de diabetes mellitus. A nefropatia ou glomerulopatia diabética geralmente se apresenta ao médico com proteinúriamanifesta no exame de urina convencional (EAS) ou mais de 300 mg na urina de 24h. Estes pacientes costumam ser assintomáticos do ponto de vista renal, porém, já possuem uma glomerulopatia avançada que leva ao estado de rins terminais em menos de sete anos. Alguns pacientes, antes de evoluírem para insuficiência renal avançada, podem desenvolver proteinúria na faixa nefrótica (> 3,5 g/24h), eventualmente com repercussão clínica (síndrome nefrótica). Diminuição da TFG A glomerulopatia diabética é caracterizada histopatologicamente pelo processo de glomeruloesclerose difusa ou focal (lesão de Kimmelstiel- Wilson, que, embora seja a mais característica da ND, não é a mais comum, nem patognomônica, também podendo ser observada na doença de cadeia leve), associado à expansão do mesângio e ao espessamento da membrana basal. Hipertrofia e hiperfiltração glomerular aumento do rim e hiperfunção Espessamento da membrana basal glomerular e expansão mesangial Microalbuminúria Nefropatia proteinúria franca Insuficiência renal progressiva Rim de fase terminal (síndrome urêmica) FISIOPATOLOGIA: Deposição em excesso de proteínas da matriz extracelular nos glomérulos TFG-beta = mediador do acúmulo de proteínas Foi demonstrada a ativação do SRAA pela hiperglicemia, contribuindo para muitas das alterações patológicas observadas na ND. A angiotensina II parece estar envolvida em muitos processos patológicos da ND, entre eles alterações hemodinâmicas, hipertrofia, acúmulo de matriz extracelular, indução de fatores de crescimento. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Proteinúria HAS Perda da função renal Síndrome urêmica CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS: A classificação da DRC leva em consideração os níveis da TFGe (graus 1 a 5) e os valores de albuminúria (A1- A3). Existe a possibilidade de diferentes combinações dessas variáveis, que podem ter impacto no manejo e no prognóstico do paciente, conforme proposto pelo KDIGO. Independentemente do estágio de TFGe, o grau de albuminúria se associa com o risco de doença cardiovascular (DCV), progressão da DRC e mortalidade aumentada. NEUROPATIA Neuropatias diabéticas são complicações crônicas mais prevalentes do DM, constituindo um grupo de distúrbios heterogêneos que afeta partes diferentes do sistema nervoso. Presença de sintomas e sinais de disfunção dos nervos periféricos em indivíduos com DM após a exclusão de outras causas Distúrbio sensitivo-motor, simétrico e depende do comprimento, decorrente de alterações metabólicas e microvasculares resultantes de exposição a hiperglicemia de longa duração e de distúrbios metabólicos Tipos: 1. Polineuropatia distal simétrica (PNDS) 2. Neuropatias autonômicas diabéticas (NAD) 3. Neuropatia autonômica cardiovascular (NAC) 4. Neuropatias atípicas e reversíveis FATORES DESENCADEANTES: Síndrome metabólica Obesidade Sinalização comprometida da insulina (DM1) Resistência insulínica (DM2) Hiperglicemia Mal controle glicêmico Associação de fatores de risco cardiovascular Hipertrigliceridemia HAS Tabagismo Dislipidemia Maior duração da diabetes Retinopatia diabética Hemoglobina glicada elevada FISIOPATOLOGIA: A neuropatia periférica se instala a partir de lesão neural em nervos longos que fazem a inervação dos dedos dos pés e progride de forma proximal. Toxicidade da hiperglicemia e seus desdobramentos metabólicos intracelulares que em conjunto com a resistência insulínica e a dislipidemia, por meio da oxidação lipídica, intensificam os processos inflamatórios Estresse oxidativo intracelular disfunção mitocondrial, sobrecarregando o retículo endoplasmático e promovendo danos ao DNA com lesão celular funcional reversível. Sinalização comprometida da insulina e a resistência insulínica resulta em lesão da célula nervosa Hiperglicemia crônica desenvolvimento de lesão e disfunção neuroaxonal. O excesso intracelular de glicose aumenta o fluxo da via poliol que leva ao aumento de sorbitol e frutose pela maior atividade das enzimas aldose redutase, sorbitol desidrogenase, além do aumento do estresse oxidativo. Glicólise excessiva sobrecarrega a cadeia de transporte mitocondrial de elétrons geração de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio Aumento da osmolalidade celular Redução do transportador NADPH Estresse oxidativo Fluxo aumentado da via hexosamina lesão inflamatória excesso de espécies reativas de oxigênio alterações intracelulares no reticulo endoplasmático e DNA danos e alterações funcionais da célula nervosa Óxido nítrico (vasodilatador) antagoniza a trombose inibe o crescimento de células do músculo liso vascular e a produção do peptídeo vasoconstritor (endotelina-1). Com a redução do óxido nítrico disponível, cria-se um ambiente tóxico para as células endoteliais. Membrana basal das células endoteliais, glicosilada diminuem a vasodilatação quando associada a baixa quantidade de óxido nítrico, além de baixa resposta aos efeitos vasodilatadores da substância P, da bradicinina, da histamina e do polipeptídio intestinal vasoativo Produtos de glicação avançada (AGE) aumentam e iniciam uma cascata inflamatória por meio de NADPH oxidase e de ativação de macrófagos com produção de citocinas inflamatórias, fatores de crescimento, moléculas de adesão intracelular e fatores vasculares dano a função biológica das proteínas. AGE interagem com receptores Toll, com RAGE e citocinas pró-inflamatórias Aumento da glicose intracelular formação de diacilglicerol ativação da proteinoquinase C, cujas isoformas PKC- alfa e PKC-beta atuam nos nervos e artérias epineurais Além disso, os ácidos graxos livres causam danos diretos as células de Schwann e promovem a liberação de citocinas inflamatórias pelos adipócitos e macrófagos. Oxidação ou glicação de LDL LDL se liga a receptores extracelulares Cascatas de sinalização Ativação do NADPH oxidase Estresse oxidativo intracelular Oxidação do colesterol formação de oxisterol apoptose dos neurônios Resistência insulínica inibição da via fosfatidilinositol-3 quinase disfunção mitocondrial e estresse oxidativo lesão nas fibras nervosas e agravamento da neuropatia. Sinalização insuficiência deficiência de peptídeo C redução da atividade da Na-K-ATPase e da NO sintase endotelial disfunção nervosa redução do fluxo sanguíneo e hipoxia endoneural MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Dor neuropática Disautonomias CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS: Classificação: 1. Neuropatia diabética típica evolução crônica, relacionada ao tempo de exposição hiperglicêmica, fatores metabólicos e cardiovasculares. Simétrica Distal Sensitivo-motora Dor neuropática Disautonomias 2. Neuropatia diabética atípica surge em qualquer época do curso do DM com evolução monofásica ou flutuante. Dor neuropática aguda ou subaguda Disautonomias PÉ DIABÉTICO “infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos moles do pé associadas a neuropatia e/ou doença arterial nas extremidades dos membros inferiores em pessoas com diabetes melito” Ulcerações em pés de pacientes diabéticos (UPD) precedem mais de 80% das amputações, com piora na qualidade de vida do paciente diante do impacto pessoal e para a família decorrente do tratamento hospitalar prolongado, do absenteísmo e da aposentadoria precoce, além de elevado custo para o sistema de saúde. Esses pés com ulcerações em geral mostram-se comprometidos principalmente por isquemia e neuropatia. A associação de doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) afeta amplamente os resultados do tratamento do pé diabético em relação à cicatrização de úlceras, amputações de membros inferiores e mortalidade. A DAOP é uma comorbidadecausada, principalmente, pela aterosclerose. O pé diabético representa uma das complicações mais devastadoras do diabetes mellitus e envolve infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos profundos, associadas com anormalidades neurológicas e graus variados de doença arterial periférica. O desenvolvimento do pé diabético resulta da integração da neuropatia com a vasculopatia, com ou sem a presença de infecção. A gangrena diabética é multifatorial, contudo tem na neuropatia diabética, na vasculopatia diabética (isquemia) e na disfunção leucocitária (facilitando a ação dos micro- organismos) as suas principais causas. Se conseguimos palpar o pulso pedioso do membro acometido, provavelmente a principal causa desencadeante da lesão não foi vascular, mas, sim, neurológica. A neuropatia diabética tem um papel primordial, pois impede que o paciente note que apareceu uma calosidade ou ferida no pé, que acaba por ulcerar e infectar-se. A neuropatia autonômica contribui pela secura podal (anidrose), predispondo a fissuras ou pequenas rachaduras. A perda da sensibilidade proprioceptiva desestabiliza a musculatura do arco plantar, levando à distribuição de toda a pressão do peso do corpo para apenas uma área, geralmente a região tenar – um local comum de úlcera diabética. A infecção aliada à isquemia distal pode levar à gangrena úmida. Neuropatia periférica: (perda de sensibilidade nas extremidades, fazendo com que pequenos traumas abertos ou fechados passem despercebidos; causados por calçados inadequados ou estresse contínuo repetitivo em superfícies ósseas, que origina calosidades e /ou ulcerações, das quais 45 a 60% são puramente neuropáticas, enquanto 45% apresentam concomitância com algum grau de isquemia); (atrofia da musculatura crural anterior e/ou dos músculos intrínsecos, levando a deformidades no pé, como pé caído, equino, dedos em garra e proeminência plantar da cabeça dos metatarsos → podem culminar em restrição articular, aumento da pressão plantar no antepé e em locais não fisiológicos, gerando ulcerações); ô (autossimpatectomia, disfunção termorregulatória microvascular e shunts arteriovenosos, provocando a perfusão tecidual e resposta microvascular às lesões, além da consequente pela seca com descamações e fissuras DAOP: geralmente acomete o território infragenicular e é frequentemente associada a oclusões segmentares longas. Cerca de 8% dos pacientes já apresentam algum grau de comprometimento macrovascular no primeiro diagnóstico de diabetes, sendo que, após 20 anos de curso de doença, esse quadro atinge até 45% desses pacientes. Apesar de raramente gerar diretamente lesões ou ulcerações, uma vez instalada, a insuficiência arterial resulta em cicatrização prolongada e aumento significativo no risco de amputação. Infecção: a hiperglicemia prejudica a função dos leucócitos de combate aos patógenos bacterianos, levando ao comprometimento da resposta imunológica, o que permite um aumento na velocidade e extensão da evolução dos processos infecciosos em pacientes diabéticos. Quando associados à isquemia que leva à restrição à entrega de antibioticoterapia na área infectada e à neuropatia periférica, pode acarretar infecções graves, sistêmicas, por vezes com danos teciduais irreversíveis e até mesmo com risco à vida. Alteração na mobilidade: a glicosilação do colágeno durante a evolução do diabetes gera enrijecimento de estruturas capsulares e ligamentares, principalmente em articulações do tornozelo, subtalar e primeira metatarsofalangeana, que causam um aumento na pressão plantar. Associada a tal restrição articular, soma-se as alterações do tecido conjuntivo, com o aumento da espessura da fáscia plantar com limitação à dorsiflexão do hálux, com diminuição da espessura da gordura plantar, enrijecimento da pele e propensão à formação de calosidades. FATORES DESENCADENTES: o perfil demográfico típico do paciente que evolui com UPD e/ou amputação é de indivíduos com DM tipo 2 (DM2) de longa duração, do sexo masculino, com comorbidades (principalmente doença renal do diabetes em estágio avançado ou em fase terminal e limitada deambulação. O pé diabético é classificado em seis graus de lesão (classificação de Wagner). EQUIPE MULTI O acompanhamento por equipe multidisciplinar é o principal pilar na condução de pacientes portadores de diabetes. A avaliação desses pacientes compreende a anamnese e o exame físico detalhado, com avaliação de pés, de maneira estática e dinâmica, observando deformidades, pele, fâneros, calosidades e palpação de pulsos. Essencial que a UBS faça os cuidados, atualizando as planilhas para que haja acompanhamento e até mesmo busca ativa dos pacientes para manutenção desse acompanhamento, em consultas de 2x2 meses. O risco do pé diabético é estratificado para consequente agendamento de consultas de manejo e orientação ao paciente sobre as manutenções glicêmicas, uso de calçados adequados e possível preparação cirúrgica para amputação. Estratégias populacionais de prevenção a DM2: Detecção: glicemia em jejum, TOTG e HbA1c. Pode-se usar escores clínicos para aumentar sensibilidade e especificidade. Importante saber o que fazer com os resultados dos exames. Glicemia de jejum alterada (ADA) (maior ou igual a 100mg/Dl e menor que 126mg/dL).
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