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Classe Trematoda

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Classe Trematoda
 
Filo: Platelmintos 
Corpo achatado 
Hermafroditas 
Sistema digestório incompleto 
 
Morfologia típica 
Glândulas vitelógenas: onde são formados os ovos 
 
Família Fasciolidae 
Taxonomia: 
Filo: Plathelminthes 
Classe: Trematoda 
Sub-classe: Digenea 
Família: Fasciola 
Espécie: Fasciola hepática 
Habitat: ductos biliares 
Ambiente: presentes em áreas úmidas, alagadiças ou 
sujeitas a inundações. 
Hospedeiros definitivos: ruminantes, suínos, equinos, 
cães, homem 
Hospedeiros intermediários: caramujos do gênero 
Lymnae 
Três espécies: Lymnae viatrix, L. columela e L. 
cubensis 
Principais características: 
↪Moluscos com biótopo preferido: aguas superficiais 
(lagos, represas, plantações de arroz e pastagens 
alagadiças). 
↪Hermafroditas com elevado potencial biótico 
↪Resistentes as secas 
Distribuição geográfica: 
No Brasil: São Paulo (Vale do Paraíba), Paraná 
(Curitiba), Bahia (Ilhéus), Mato Grosso, Minas Gerais. 
Morfologia do ovo da fascíola: 
Grande 
Opérculo: por onde a larva (miracídio) que está se 
desenvolvendo sai do ovo. 
 
Morfologia da Fasciola: 
Corpo com aspecto de folha 
Cor castanha avermelhada 
Ventosa oral na extremidade anterior 
Cecos muito ramificados 
Testículos e ovário muito ramificados 
Possui cone cefálico: ventosa oral + faringe 
 
 
Ciclo evolutivo (heteróxeno): precisa de mais de um 
hospedeiro para completar o ciclo. 
Reprodução sexuada: 
↪Auto-fecundação: produção de grande quantidade 
de ovos que são eliminados pelos ductos biliares e 
serão liberados pelas fezes do HD. Os ovos são 
liberados não embrionados, a embriogênese ocorre 
no ambiente. 
Reprodução assexuada: onde ocorre o 
desenvolvimento e multiplicação do parasito no HI. 
↪Miracídios liberados do ovo → transformação em 
esporocisto → liberação das rédias → transformação 
em cercarias, as quais vão deixar o HI e se encistar 
no ambiente na forma de metacercária 
Formas evolutivas: 
A- Fascíola adulta 
B- Ovo não embrionado da fascíola 
C- Ovo embrionado no ambiente que produziu 
uma larva em seu interior 
D- Miracídio (larva que estava dentro do ovo e que 
penetra no HI) 
E- Esporocisto 
F- Rédias 
G- Cercárias 
H- Metacercárias 
 
Ciclo evolutivo: 
1. Ovos no ambiente 
2. Ovos embrionados 
3. Miracídio (sai pelo opérculo do ovo) 
4. Encontra o caramujo e penetra pela pele 
4a. Esporocitos 
4b. Rédia 
4c. Cercária 
5. Cercária sai do hospedeiro e vai pro ambiente 
6. Cercária se encista em metacercaria 
7. Ingestão da metacercária 
8. Metacercária é liberada no intestino, migra para 
os canais hepáticos e biliares e depois é 
excretado o ovo da fascíola adulta nas fezes. 
 
Ciclo evolutivo mais detalhado: 
1. Fascíola adulta no fígado produz ovos e eles são 
drenados pelos ductos biliares para chegar ao 
intestino 
2. No intestino os ovos são liberados juntamente 
com as fezes 
3. Ovos não embrionados são eliminados 
4. Ovos vão embrionar no ambiente e vão liberar 
miracídios no ambiente aquático 
5. Miracídio penetra no caramujo e se transforma 
em esporocisto 
6. Esporocisto por meio de reprodução assexuada 
dá origem as rédias de primeira geração 
7. As rédias de primeira geração saem do 
esporocisto e produzem mais cercarias dentro de 
si, sendo transformada em rédias de segunda 
geração 
8. Rompimento da rédia e liberação das cercarias 
9. Cercaria migra para vegetações aquáticas e na 
vegetação ela se encista dando origem a forma 
de metacercaria 
10. Metacercaria é ingerida pelo HD, atravessam o 
intestino e caem na cavidade abdominal e migram 
para o fígado. 
PPP: 10 a 12 semanas 
Patogenia: 
Formas imaturas: hemorragias e inflamações. 
Instalação de bactérias anaeróbias → hepatite 
necrótica →toxemia → morte 
Formas adultas: irritação e inflamação das paredes e 
obstruções dos canais biliares acarretando quadro de 
icterícia. 
Sinais clínicos: 
Forma crônica: ganho de peso reduzido, baixa 
ingestão de alimentos, redução da produção de leite, 
anemia, emaciação, edema submandibular e ascite. 
Forma aguda: inapetência, dor abdominal, perda de 
peso, anemia, ascite e depressão. A morte súbita 
ocorre em apenas alguns dias. 
Diagnóstico parasitológico: 
Exames coproparasitológico: 
↪Técnica de sedimentação para ovos pesados 
↪Técnica dos quatro tamises 
Necropsia parasitológica 
Controle: 
Destruição do hospedeiro intermediário e das 
formas livres do parasito 
Tratamento dos animais parasitados 
Drenagem de áreas alagadiças e aplicação de 
molusquicidas nas pastagens para destruição dos 
caramujos. 
Manejo do rebanho e das pastagens 
Família Dicrocoelidae: Eurytrema 
Eurytrema: comum em animais de produção 
Tremátodeo muito comum no Brasil 
Espécies: E. coelomaticum e E. pancreaticum 
Habitat: ductos pancreáticos 
Hospedeiros definitivos: 
E. coelomaticum: bovinos, caprinos, ovinos, bubalinos, 
leporinos e camelídeos 
E. pancreaticum: bovinos, caprinos, ovinos, bubalinos, 
suínos, camelídeos, cervídeos e homem 
Primeiro hospedeiro intermediário: moluscos 
(Bradybaena similares) 
Segundo hospedeiro intermediário: gafanhoto de 
pastagens, “esperanças” Conocephalus 
Morfologia do adulto: 
Coloração vermelha com manchas escuras 
Cecos simples e curtos 
Testículos arredondados posteriores ao acetábulo 
(ventosa ventral) 
Vitelárias foliculares na região mediana lateral do 
corpo 
Ovário posterior aos testículos 
Ovos escuros e pequenos 
 
Ciclo de vida de Eurytrema pancreaticum 
Parasito adulto nos ductos pancreáticos do HD 
produz ovos que serão eliminados pelas fezes → 
ovos ingeridos pelo primeiro HI → ovos sofrem 
divisões e se diferenciam → se reproduz 
assexuadamente → produz cercarias → cercarias 
são eliminadas e fica aderida ao capim → capim é 
ingerido pelo segundo HI → cercarias se encistam 
(metacercaria) no hospedeiro → metacercaria é 
ingerida pelos bovinos que pastam e ingerem 
também insetos → liberação da metacercaria dentro 
do HD 
 
 
Ciclo biológico mais detalhado 
Parasito adulto nos ductos pancreáticos do HD se 
reproduzem sexuadamente → liberam os ovos 
embrionados nas fezes → ovos ingeridos pelos 
moluscos ovos liberam os miracídios → a partir do 
miracidio há a produção da primeira geração de 
esporocistos que formam 100 esporocistos de 
segunda geração → cada esporocisto de segunda 
geração dá origem a 200 cercarias → cercarias são 
eliminadas nas fezes e ficam presas nas pastagens 
se aglutinam formando “bola mucilaginosa” (forma de 
proteção contra dissecação) a qual é atraente para 
ser ingerida pelo gafanhoto → cercarias ingeridas 
pelo gafanhoto → cercarias se encistam 
(metacercaria) nos tecidos → HD ingere o gafanhoto 
no tubo digestivo o inseto é digerido e ocorre o 
desincestamento das metacercarias → as formas 
jovens do Eurytrema ficam no intestino delgado e 
uma vez que aumente de tamanho, elas atravessam 
a parede do intestino delgado e vão para o 
pâncreas → a forma adulta permanece no pâncreas 
 
PPP: 2 meses a um ano 
Patogenia: 
Pancreatite crônica e até mesmo obstrução dos 
canais pancreáticos 
Não existem dados sobre os sintomas dessa 
parasitose 
Doença frequentemente observada nos exames 
post-mortem 
Diagnóstico: 
Diagnóstico clinico geralmente não é feito 
Exame coproparasitológico: 
Ovos pequenos e escuros 
Difíceis de serem identificados e detectados 
Família Dicrocoelidae: Platynosomum fastosum 
Hospedeiro definitivo: felinos 
Hospedeiro intermediário: três hospedeiros - 
moluscos, isópodos (crustáceos terrestres) e lagartos 
(lagartixas) 
Habitat: vesícula e canais biliares 
Morfologia: muito semelhante ao Eurytrema 
Testículos (idem Eurytrema) 
Vitelárias no terço médio 
Útero em toda a região posterior 
 
Ciclo biológico: 
Adulto presente nos canalículos biliares e fígado do 
felino e libera os ovos embrionados nas fezes → 
ovos ingeridos pelo primeiro HI (caramujo) → 
liberação do miracidio → em 28 dias forma 
esporocistos → formaçãode cercarias no interior 
dos esporocistos esporocisto e vão para o solo → 
no solo são ingeridos pelos isópodes → liberação 
das cercarias e diferenciação em metacercarias → 
isópode é ingerido pelo terceiro HI (lagartos) → 
metacercarias ficam nos tecidos → lagartos são 
predados pelos felinos → digestão e liberação das 
metacercarias no intestino → migram para o fígado 
e ductos biliares 
 
Patogenia: 
Quadro clinico: diarreia, vomito, anemia, icterícia, 
emagrecimento 
Ações patológicas: dilatação da vesícula e canais 
biliares 
Diagnóstico: 
Exame coproparasitológico 
Necrópsia parasitológica 
Família Paramphistomatidae – Paramphistomum 
cervi 
Hospedeiro definitivo: ruminantes 
Hospedeiro intermediário: moluscos dos gêneros 
Biomphalaria e Drepanotrema 
Habitat: 
No HD: rúmen e reticulo (adultos), ID (fase imatura) 
No ambiente: regiões baixas, úmidas e alagadiças 
Morfologia: 
Corpo cônico mais longo posteriormente 
Côncavo ventralmente e convexo dorsalmente 
Quando vivo tem cor vermelho-clara 
Orifício genital 
Ventosa oral na extremidade anterior e ventosa 
ventral (por onde ele faz a fixação) de posição 
subterminal na extremidade posterior, maior que a 
oral. 
 
 
Ciclo biológico 
Adultos no rúmen e reticulo do HD → reprodução 
sexuada → liberação de ovos embrionados nas 
fezes (ovos só evoluem na presença de agua) → 
ovos na água liberam miracidios → miracidios 
penetram no HI → diferenciação em esporocistos e 
depois em rédias → formação de 3 gerações de 
rédias até a formação de cercarias (período de 60 
dias) → cercarias abandonam os moluscos e nadam 
e se fixam em vegetação aquática e se diferenciam 
em metacercarias → metacercaria ingerida pela 
vegetação pelo HD → digestão e metacercaria se 
desincista no intestino delgado e permanece na 
mucosa dele por um tempo até amadurecer → 
adulta migra para o retículo e o rúmen → 
reprodução sexuada 
 
 
Patogenia: 
Considerados pouco patogênicos. Formas maduras 
no rúmen praticamente apatogênicas. 
Retardo no crescimento dos animais 
Fase mais patogênica: presença das formas imaturas 
na profundidade da mucosa intestinal 
Infecções maciças gera morte 
Diagnóstico: 
Clínico: difícil 
Exame coproparasitológico: ovos claros, quase 
transparentes, difícil visualização 
Necrópsia parasitológica 
Família Schistosomatidae – gênero Schistosoma 
Espécies: 
Schistosoma bovis: bovinos e ovinos 
Schistosoma nasale: bovinos 
Schistosoma suis: suínos e cães 
Schistosoma mansoni: homem 
Epidemiologia: Schistosoma mansoni 
Maior parte dos infectados são assintomáticos, uma 
vez que ele usa os hospedeiros para reprodução. 
Focos isolados em vários estados 
Atinge todas as faixas etárias 
Gênero Schistosoma: 
Hospedeiro definitivo: homem 
Hospedeiro intermediário: moluscos do gênero 
Biomphalaria 
Habitat: 
↪No HD: sistema sanguíneo 
↪No ambiente: regiões alagadiças 
Características morfológicas: 
↪Dioicos (sexos separados) 
↪As fêmeas são mais longas e delgadas que os 
machos 
↪2 ventosas na extremidade anterior 
↪Corpo coberto de espinhos que permitem a 
migração pelos vasos 
↪Macho mantem a fêmea “abraçada” durante a 
copula, dentro do canal ginecóforo 
 
Ciclo biológico: 
↪Nos hospedeiros definitivos, os machos e fêmeas 
habitam o sistema porta. 
↪No sistema porta, ocorre a copula e produzem 
ovos → migram pelos seus espinhos pelos vasos 
mesentéricos → nos vasos mesentéricos fazem a 
postura dos ovos em vênulas da mucosa retal (300 
a 400/dia) → ovos, com o auxílio do espinho ovo 
característico que permite a perfuração da mucosa 
e ganham a luz intestinal → fezes → ovos precisam 
da agua para compeltar o ciclo, onde ele libera o 
miracidio → miracidio (um miracidio dá origem a 
300.000 cercarias) adentra nos HI (caramujo) 
esporocisto → cercaria (forma infectante) → 
cercaria penetra pela pele do HD → cercaria vai pela 
corrente sanguínea ou linfática → coração → 
pulmões → coração esquerdo (grande circulação) 
→ se aloja na veia porta e se transforma na forma 
adulta do parasito 
 
Patogenia por forma: 
↪Ovos: são elementos fundamentais da 
sintomatologia da esquistossomose 
• Causam ferimentos no epitélio intestinal para que 
cheguem as fezes 
 
↪Cercárias: dermatite cercariana (causa coceira 
para que o HD coce e ela consiga entrar) 
↪Vermes adultos: ação espoliadora (se alimenta de 
ferro e glicose) 
• Granulomas hepáticos provocam obstruções nos 
ramos intra-hepáticos da veia porta, levando a 
hipertensão portal. 
• A hipertensão leva a esplenomegalia (aumento 
do baço), varizes e ascite (presença de liquido 
nas cavidades – barriga d’água). 
Diagnóstico parasitológico: 
↪Exame coproparasitológico: visualização dos ovos 
↪Método de Kato 
Controle: 
↪Controle dos vetores; 
↪Evitar áreas alagadiças (regiões endêmicas); 
↪Educação sanitária (humanos); 
↪Saneamento básico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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