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Classe Nematoda Família Dioctophymatidae - Dioctophyma renale Conhecido como verme gigante do rim. Verme muito grande Morfologia: Fêmeas ovíparas: bota ovos com presença de um embrião em seu interior. Orifício oral circundado por seis papilas Cor avermelhada Bolsa copuladora dos machos em forma de campânula (forma de sino) Um espículo em cada macho, os quais são responsáveis pela abertura da vulva. Ovos segmentados na postura, de casca espessa e rugosa. Hospedeiros: H.ospedeiro definitivo: cão (errantes), carnívoros silvestres, gatos, ratos, suínos, bovinos, equinos e homem. ↪Localização adulto: parênquima renal (rim direito), eventualmente ureteres, bexiga, uretra, bolsa escrotal, cavidade peritoneal. Hospedeiro intermediário: ↪1° hospedeiro: anelídeo oligoqueta - Lumbriculus variegatus (parasito das brânquias de crustáceos)., as larvas L2 se localizam no celoma e outros tecidos. ↪2° hospedeiro: peixes – as larvas L3 e L4 se localizam no fígado. Ciclo de vida (indireto): precisa de dois hospedeiros Parasito no HD localizado preferencialmente no rim direito → copula e formação de ovos no rim ovos são drenados na bexiga e saem na urina → no ambiente evolui uma larva L1 dentro do ovo (1-7 meses de desenvolvimento) → anelídeo ingere o ovo com a L1 dentro → dentro do HI, L1 eclode passa por uma ecdise e vira larva do tipo L2 e se encista no celoma e em outros tecidos → anelídeo presente nas brânquias dos crustáceos é ingerido juntamente com o crustáceo pelos peixes → dentro do peixe, a L2 atravessa o intestino do peixe e vai para o fígado → no fígado ela sofre uma ou duas ecdises dando origem a larva L3 e L4 (infectante) → HD ingere o peixe cru tem a L4 liberada no seu intestino e ela atravessa a parede do duodeno e se aloja no rim até sofrer uma ecdise e se transformar em adulto PPP: dois anos Se o cão ingerir o anelídeo ou o crustáceo com anelídeo ele será infectado também, em que essa larva fica no intestino dele até sofrer todas suas ecdises e depois ir para o rim. Patogenia: Ação histolítica da secreção das glândulas esofagianas gera a destruição do rim (geralmente o direito) Hipertrofia compensatória do outro rim que não foi acometido, sendo assim ele aumenta de tamanho para trabalhar pelos dois. Destruição do parênquima (comido pelo parasito) do rim ficando apenas um saco com os parasitas Podem ser encontrados 3 ou 4 vermes, sendo comum apenas um. Sinais clínicos: Cães: possui sinais inespecíficos – apatia, tristeza, emagrecimento, presença de sangue na urina, aumento da cavidade abdominal (acumulo de liquido). A maioria dos animais são assintomáticos, uma vez que o parasito se adapta tão bem ao corpo do hospedeiro. Diagnóstico: Ultrassonografia Análise do sedimento urinário Diagnóstico post-mortem (necropsia). Diagnostico parasitológico da urina Controle: Identificação e tratamento dos animais infectados. O tratamento é a remoção do rim. Alimentação dos cães, principalmente os que estão acostumados a comer carne crua; Evitar exposição dos cães a regiões costeiras, podendo encontrar vísceras que foram retiradas por pescadores dos peixes. Superfamília Filarioidea - Dirofilaria immitis Taxonomia: Família Onchocercidae Subfamília Dirofilariinae Gênero Dirofilaria Espécies: Dirofilaria immitis (única do Brasil, causa a dirofilariose) e Dirofilaria repens Características gerais: São helmintos afilados, filariformes (meio mais gordo e pontas mais finas), com 2 a 50 cm de comprimento. Em geral, as fêmeas têm o dobro do tamanho dos machos Fêmeas são vivíparas (libera a larva formada), dando origem a formas pré-larvárias alongadas, denominadas microfilárias (larva liberada pela fêmea) Hospedeiros: Definitivos: cães, canídeos selvagens, ocasionalmente gatos e raramente humanos Intermediários: mosquitos da família Culicidae. Características morfológicas: Grandes e finos; machos medem de 12 a 16 cm e fêmeas, 25 a 30 cm Extremidade anterior simples Machos com extremidade posterior espiralada, onde ele possui duas espiculas e papilas. Fêmeas vivíparas – “larvíparas”. Vetor: os transmissores são mosquitos hematófagos dos gêneros Aedes, Culex, Mansonia e Anopheles. Ciclo de vida: Adultos alojados no coração do cão e eles copulam geração das microfilarias que caem na corrente sanguínea, principalmente nos capilares periféricos mosquito ingere as microfilarias L1 → no mosquito se aloja por um dia nos túbulos de Malpighi → L1 se transforma em L2 tendo capacidade de penetrar na cavidade corporal → desenvolve na L3 (infectante) a qual migra para o aparato bucal do mosquito → mosquito ao se alimentar de um animal ele inocula a L3 nos vasos sanguíneos do animal → no HD se desenvolve nos tecidos subcutâneos e musculares por meses fazendo sua muda de L3 para L4 e por fim L5 → L5 é a forma jovem que penetra nas veias sanguíneas até chegar no coração e nele se desenvolve até virar L5 adulta → adultos copulam e dão origem a microfilarias Gato: o único diferencial é que o parasito vá para o pulmão além do coração. Localização – habitat Larvas: túbulos de Malpighi do HI e vasos sanguíneos do HD Adultos: coração do cão (preferencialmente na artéria pulmonar, depois ventrículo direito e por ultimo átrio direito), veia cava caudal, veias hepáticas, ocasionalmente em brônquios. Quadro clinico: Assintomático até 9 meses pós-infecção (período de muda de L3 até L5 no HD) Sinais após atividade física: intolerância ao exercício, tosse seca, respiração ofegante Anorexia – emagrecimento Ascite - Edema generalizado Morte – insuficiência cardíaca Patogenia: Hipertrofia (lesões são tampadas por tecido fibroso) e inflamação dos tecidos afetados (coração, artérias e veias, pulmão) Congestão pulmonar - arteríolas pulmonares (ficam com o calibre menor) Pequenos nódulos de larvas que se acumulam em algumas regiões. Dirofilariose humana: Assintomáticas em 54 a 80% dos casos. Microfilárias → vasos sanguíneos → artérias pulmonares Sofrem duas mudas e tornam-se vermes adultos Adultos retidos e morrem no leito arterial: produção de granulomas. Nódulos pulmonares solitários Diagnóstico: Pesquisa de microfilárias na circulação Por meio de esfregaço sanguíneo: Técnica da gota espessa e Técnica de Knott Imunológico Necropsia Prevenção: Controle de vetores Identificação e tratamento dos animais infectados Superfamília Spiruroidea Características básicas: Parasitos pequenos (centímetros) Filariformes: formato de fio Heteroxenos (precisa de um HI para completar o ciclo fora do HD): artrópodes são HI Ovovivíparas: ovos com larva no interior no ambiente Ovos elipsoides, casca fina e lisa Três famílias: Família Spiruridae: Habronema, Spirocerca, Tetrameres, Ascarops, Gongylonema Família Physalopteridae: Physaloptera Família Thelaziidae: Thelazia, Oxyspirura Gênero Habronema: infecções em equinos Morfologia: ↪13-22 mm (fêmeas) e 8-14 mm (machos) de comprimento ↪Asas cervicais na porção anterior, uma ou duas asas ↪Extremidade posterior do macho enrolada com espículos desiguais Espécies: ↪Habronema muscae: infecção gástrica ↪H. majus (H. microstoma): infecção gástrica e cutânea ↪Draschia megastoma (Habronema megastoma): infecção gástrica e migração de larvas na pele Hospedeiros: ↪Hospedeiros definitivos: equídeos localizando no estômago ↪Hospedeiro intermediário: moscas do gênero Musca e Stomoxys Biologia: ↪Fêmeas ovovivíparas (larva L1) ↪Ovos larvados eclodem ainda no trato digestivo do HD ou logo que atingem o meio exterior com as fezes ↪Biologia de Muscidae: possui ciclo evolutivo de 3 estágios (larva, pupa e adulto). ↪Musca domestica e Stomoxys calcitrans desovam nas fezes dos equídeos ↪24 horas: larvas das moscas eclodem nas fezes e ingeremas larvas de Habronema ↪4-5 dias: larvas das moscas → pupas → após mais 5 -6 dias → moscas adultas ↪Desenvolvimento sincrônico da larva de Habronema spp com as larvas dos dípteros (mosca) ↪L3 (infectante) de Habronema spp é encontrada nas peças bucais da mosca adulta ↪Tempo para que a larva de Habronema se torne infectante é igual a duração do ciclo completo da mosca: 10-12 dias ↪Condições ambientais influenciam tanto a evolução das larvas das moscas como a das larvas do nematóide Via de infecção natural: ↪Moscas pousam nos lábios, narina ou no olho do equino, as L3 são ingeridas pelos animais uma vez que ela sai da tromba da mosca diretamente para o equino. ↪Larvas podem ser ingeridas com as moscas inteiras com alimentos ou água. ↪L3 evolui até adulto sem realizar migrações ficando somente no estomago, essa doença é chamada de habronemose gástrica Ciclo de vida: ↪Adulto na mucosa gástrica do HD copulam → ovos postos no tubo digestivo e são eliminados juntamente com as fezes → ovo sai larvado nas fezes ou ele eclode no trato intestinal e libera a larva nas fezes → larva nas fezes, moscas fazem a ovoposição nas fezes e em 24 horas os ovos eclodem e a larva da mosca ingere a larva do Habronema → dentro da mosca a larva sofre ecdises tanto na fase larval ou na pupar de L1 para L2 e de L2 para L3 → quando emergir da pupa o individuo migra para a tromba da mosca → mosca pousa no equino e deposita a larva → larva no tubo digestivo, ela penetra na parede gástrica podendo ir para o lúmen estomacal e sofre sua ultima ecdise virando adulto Ações patológicas: ↪H. muscae e H. microstoma: causa hipersecreção das glândulas gástricas promovendo gastrite catarral ↪Draschia megastoma: formação de granulomas caracterizados por grandes nódulos fibrosos. Esse nódulo podem aumentar de tamanho causando obstrução na região pilórica do estômago ↪PPP: 2 meses Sinais clínicos da habronemose gástrica: ↪Infecções por Habronema muscae e H. majus: quadro de gastrite crônica com emagrecimento e debilidade ↪Infecções pela Draschia megastoma: hemorragias estomacais, cólicas, perfuração do estômago, peritonite (geralmente morte do animal.). Diagnóstico da habronemose gástrica: ↪É difícil pelos exames laboratoriais rotineiros de fezes, pois os ovos e larvas são muito pequenos e transparentes. ↪Exame coproparasitológico ↪Necropsia ↪Xenodiagnóstico: utiliza o HI para tentar identificar larvas presentes dentro dos seus tecidos a partir de necropsia. • Coleta fezes dos equídeos suspeitos e inocula nessas fezes ovos de Musca criadas em laboratório que irão se alimentar das larvas presentes na fezes do equin, espera a mosca se transformar adulta e realiza a necropsia para tentar encontrar os parasitos em seus tecidos. • Nos casos positivos, encontram-se larvas infectantes na tromba das moscas A forma de infecção mais importante do ponto de vista biológico é somente pelas larvas de Habronema que chegam ao estômago dos equídeos se transformam em adultos. No entanto, pode ocorrer infecção em outras regiões: ↪Moscas pousam nas mucosas nasal ou ocular ou lesões cutâneas. A L3 da Habronema abandona a mosca nesses locais. ↪Ações patológicas: • Larvas depositadas nas narinas: podem ir para os pulmões ocasionando nódulos e bronquites, causando a Habronemose pulmonar • Larvas depositadas na região periocular: migra para a conjuntiva gerando conjuntivites, causando a Habronemose ocular Habronemose cutânea (“ferida de verão”): ↪Larvas depositadas sobre ferimentos cutâneos: proliferação acentuada de tecido conjuntivo para tentar cicatrizar o local, vasos neoformados e o granuloma tem um aspecto de “esponja” ou “tumor” ↪Comum em animais estabulados: maior quantidade de moscas. ↪Áreas mais sujeitas: redor dos olhos, boleto, flanco, periferia da coroa do casco ↪Frequente nas estações quentes do ano, pois prolifera mais moscas e seu ciclo é mais rápido. ↪Lesão hemorrágica e “atrativa” (úmida) para as moscas causadoras de miíases cutâneas 9infecçoes por larvas de moscas). ↪Tendência de alastrar-se devido deposição contínua de L3 de Habronema dificultando a cicatrização (“Tumor”). ↪Importância clínica: se atingir articulações dos membros determinam a inutilização do animal, pois ele não consegue se locomover. ↪Diagnóstico: aspecto típico da lesão, biópsia (larva do nematódeo), raspado de pele. Profilaxia de Habronemose: combate a moscas e manejo e descarte adequado de fezes Gênero Spirocerca - Spirocerca lupi: Morfologia: ↪3 - 5,5 cm – machos ↪5,5 - 8 cm – fêmeas ↪Duas extremidades afiladas ↪Espículo esquerdo maior que o direito ↪Extremidade posterior da fêmea inclinada para face dorsal Habitat: esôfago e estômago (aorta em menor quantidade) Formação de nódulos para se protegerem e dentro deles há vários parasitos (1-1.5 cm de diâmetro). Hospedeiros: ↪Hospedeiro definitivo: canídeos domésticos e silvestres ↪Hospedeiro intermediário: besouros (Coleópteros coprófagos) ↪Hospedeiro paratênico: se alimentam do HI e mantem o parasito dentro de si e passa para o HD por predação. Suínos, aves, morcegos, anfíbios, roedores, corujas, moluscos, repteis e galinhas. Biologia: ↪Adultos dentro de nódulos nas paredes do esôfago e estômago. ↪Fêmeas → ovos larvados → luz do tubo digestivo (fístulas) ↪Ovos nas fezes dos canídeos → coleópteros coprófagos ↪No tubo digestivo dos besouros → L1 eclode e migra para a cavidade geral → encistamento → L3 infectante ↪Hospedeiros paratênicos: camundongos, ratos, galinhas, cobras, morcegos, lagartos e rãs. ↪No cão a L3 é liberada dos tecidos do coleóptero e/ou do hospedeiro paratênico → parede gástrica pega a corrente sanguínea → via sanguínea (artérias) migra para a aorta, onde forma nódulos para ocorrer L3 → L4 ↪Algumas permanecem em nódulos na parede da aorta (minoria) e realizam a ultima ecdise L4 para adulto. ↪Outras (maioria) migram sob a mucosa através dos tecidos adjacentes vindo a se instalar na parede do esôfago e estomago formando nódulos (L4 → adulto) ↪PPP: 5 meses Infecção passiva: ocorre pela cavidade oral ou pela ingestão de HI ou pelo predatismo de hospedeiro paratênico. Ciclo biológico: ↪L3 no HD migram pela parede do estomago até as artérias e chega a aorta → na aorta ela forma um nódulo para fazer sua ecdise virando L4, a qual pode continuar nos nódulos e fazer a ultima ecdise e virar adulta, ou sai do nódulo → L4 migra pela parede da aorta até chegar no esôfago e estomago onde se encista (forma nódulo) tendo sua ultima ecdise virando adulto, o nódulo possui uma fistula (orifício pequeno) onde a fêmea deposita seus ovos → ovos larvados são liberados no ambiente e ingeridos pelos HI → liberação da L1 no HI e faz duas ecdises virando a L3 (infectante) → cão se infecta pela ingestão da L3 contida no HI ou por meio de hospedeiro paratênico que ingeriu o besouro Patogenia e sinais clínicos: ↪Assintomáticos ↪Obstruções gástricas e esofágicas: disfagias, vômitos, tosse, emagrecimento, aneurisma (nódulos presentes na aorta que se rompe podendo causar hemorragia até gerar morte). Diagnóstico: ↪Clínico: dificuldade de ingestão de alimentos, vômitos frequentes, anorexia e emagrecimento, radiologia com a observação dos nódulos ↪O diagnóstico pelo exame de fezes é difícil, uma vez que os ovos são muito pequenos e claros. Profilaxia: impedir cão de ingerir HI e HP e evitar os cães de ter acesso as fezes (coprofagia). Gênero Physaloptera - Physaloptera preputiales Hospedeiros: ↪Hospedeiro definitivo: gatos (mais frequente) e cães habitando o estomago. ↪Hospedeiro intermediário: coleópteros coprófagos, grilos e baratas Hematófago: pequenas hemorragias e erosões na mucosa gástrica gerando quadros de gastrite e anemia. Morfologia: ↪1,3 a 5 cm de comprimento ↪Machose fêmeas com uma projeção na extremidade posterior semelhante a um prepúcio ↪Vulva da fêmea fertilizada protegida por uma substância cimentante em forma de anel impedindo a saída dos espermatozoides. ↪Espículos: esquerdo maior que direito Biologia: 1. Ovos larvados nas fezes liberados para o meio ambiente 2. Ovos ingeridos por artrópodes (grilos, baratas e coleópteros coprófagos) 3. No tubo digestivo eclodem as L1 →migram para cavidade geral do HI → migram para o intestino onde se encistam → L2 (11-16 dias) → L3 infectante (11 dias) → HD ingere o HI 4. No estômago do HD a L3 é liberada, fixa-se na mucosa gástrica e evolui até a forma adulta ↪Gato ou cão: infecção passiva através da ingestão do HI junto com o alimento ↪PPP: 60-90 dias Ciclo de vida: ↪HD libera os ovos pelas fezes → ovos larvados nas fezes → ovos ingeridos pelos HI → ecdises de L1 a L3 infectante dentro do HI → HI ingeridos pelos HD e são liberadas as L3 na parede estomacal → na parede estomacal ela faz as outras mudas até se transformar em adulto Patogenia: erosão no ponto de adesão à mucosa, provocando gastrite e enterite com intensa mucosidade. Sinais clínicos: anemia (hematofagia), gastrite e enterite. Diagnóstico: ↪Diagnóstico clínico é difícil ↪Diagnóstico laboratorial pode ser falho, porque os ovos são muito pequenos e claros de difícil observação ↪Achado de necropsia: vermes fixados à mucosa estomacal ↪Diagnóstico diferencial com outro ascarídeo, uma vez que os outros geralmente estão no trato intestinal Controle: ↪Tratamento animais acometidos ↪Impedir ingestão HI e HP ↪Combate aos HI Família Trichostrongylidae São nematódeos que acometem animais de produção (bovinos, ovinos e caprinos) parasitando principalmente o trato gastrointestinal. Gêneros: Haemonchus, Ostertagia, Trichostrongylus, Cooperia, Nematodirus Características: ↪Vermes pequenos (capilares, < 4 cm). ↪Dimorfismo Sexual ↪Ovos de casca fina contendo 8 a 16 células no seu interior ↪Ciclo evolutivo direto: não há presença de hospedeiros intermediários. ↪Mais importantes e patogênicos nematódeos do gado. Grandes pernas econômicas: diminuição na produção de carne, queda no ganho de peso, mortalidade. É comum infecções mistas: o paciente é acometido por mais de um gênero dessa família. Morfologia: Machos possuem bolsa copuladora bem evidente com dois espículos (abertura da genitália feminina). Identificação dos indivíduos adultos: a partir da morfologia dos machos, das extremidades anterior e posterior e da genitália das fêmeas. Ovos são muito parecidos entre os gêneros e quase impossível de identificar qual é qual. Com exceção do gênero Nematodiru, que possui ovos maiores. Papilas cervicais: ambos os sexos apresentam, está presente na região anterior e só é visto nos gêneros Haemonchus e Ostertagia. Apêndice vulvar: presente nas fêmeas dos gêneros Haemonchus e Ostertagia. Gubernáculo: presente nos machos dos gêneros Haemonchus, Ostertagia, Trichostrongylus Particularidades morfológicas de acordo com o gênero: ↪Haemonchus: possui espículos em forma de anzol, possuem dois ganchos em suas extremidades, na porção proximal há uma lanceta bucal (saindo da cavidade bucal para se alimentar pela hematofagia). ↪Ostertagia: estrutura do espículo dividida em dois. ↪Trichostrongylus: possui dois espículos de tamanho desigual e possui sulco excretor (excreção de seus componentes). ↪Cooperia: espículos de tamanho iguais, com pontas finas e simples. ↪Nematodirus: espículos finos e longos. • Peculiaridades dos ovos: ovos maiores. Ovos larvados no ambiente que a L1 até a L3 são desenvolvidas dentro do ovo, o que nos outros a L1 se desenvolve no ambiente. Ciclo evolutivo: Hospedeiros: bovinos, carprinos e ovinos. Habitat: ↪Intestino delgado: Nematodirus, Trichostrongylus, Cooperia. ↪Abomaso (estômago dos ruminantes): Trichostrongylus, Haemonchus e Ostertagia ↪Trichostrongylus axei: abomaso de ruminantes e estômago Ciclo evolutivo: adultos presentes no intestino delgado e abomaso → copulam e ovo sai do hospedeiro juntamente com as fezes → em condições ideais de oxigenação de umidade, o ovo libera uma larva L1 que se alimenta de material presente nas fezes sofre ecdise e se transforma em L2 → L2 se alimenta do material nas fezes e sofre ecdise se transformando em L3 infectante → L3 possui cutícula dupla (não perde a cutícula de L2 na ecdise, então ela tem a cutícula de L2 e L3) que fornece maior proteção no ambiente, não consegue se alimentar devido a cutícula da L2, logo, seu fornecimento de energia é através de reservas energéticas em células intestinais → L3 fica nas gramíneas/pastagem → animal se alimenta da pastagem e ingere essa L3 → no intestino/abomaso a L3 sofre ecdise se transformando em L4 e dela para adulto PPP: varia entre os gêneros ↪Haemonchus: varia entre 11-13 dias ↪Ostertagia: varia entre 15-23 dias ↪Trichostrongylus: varia entre 15-23 dias ↪Cooperia: varia entre 17-22 dias Ciclo evolutivo do Nematodirus: adultos presentes no intestino delgado e abomaso → copulam e ovo sai do hospedeiro juntamente com as fezes → em condições ideais de oxigenação de umidade, o ovo desenvolve uma larva L1 que sofre ecdise virando L2 → L2 sofre ecdise e vira L3 → L3 sai do ovo e vai para o ambiente possui cutícula dupla (não perde a cutícula de L2 na ecdise, então ela tem a cutícula de L2 e L3) que fornece maior proteção no ambiente, não consegue se alimentar devido a cutícula da L2, logo, seu fornecimento de energia é através de reservas energéticas em células intestinais → L3 fica nas gramíneas/pastagem → animal se alimenta da pastagem e ingere essa L3 → no intestino/abomaso a L3 sofre ecdise se transformando em L4 e dela para adulto. ↪PPP: varia de 15 a 25 dias Número de ovos liberados diariamente: Grau de infecção: Dependente dos seguintes fatores: ↪Ambiente: se há ambiente propício para o desenvolvimento do parasito. • Umidade, temperatura ideal, microclima nas fezes para desenvolvimento das larvas. ↪Hospedeiros susceptíveis • Raça, susceptibilidade individual do animal (animal mais propício a desenvolver a infecção), estado fisiológico (imunidade), idade (filhotes com imunidade menor) ↪Parasito: características da larva • Resistência da larva ao ambiente (possibilitando ela ficar meses no ambiente), capacidade migratória acentuada (hidrotropismo positivo – se locomove para região com mais umidade), infecção de forma passiva (não precisa de hospedeiro intermediário e é ingerido passivamente pela vegetação) Principais espécies: Patogenia: causada pelas lesões causadas pelas larvas (L4 e adulto) dependendo do órgão que elas estão. Abomaso: abomasite (inflamação) Intestino delgado: enterite Parasitos que ingerem células da mucosa gera irritação da mucosa gástrica e intestinal propiciando quadros de diarreia e perda de peso. Gêneros Haemonchus e Ostertagia são hematófagos que propicia a perda de sangue, anemia. Sinais clínicos: Diagnóstico: Diagnóstico clinico: diarreia acentuada, emagrecimento, anemia (parasitos hematófagos). Exame laboratorial: exame coprocultura para identificação da L3, e exame de fezes para quantificar e identificar os tipos de ovos presentes ↪Exame de coprocultura: Necropsia: identificação dos vermes adultos presente nas vilosidades da mucosa. Os hematófagos estão aderidos nas vilosidades da mucosa (coloração avermelhada ou enegrecida). Controle: Método pré-parasitário no ambiente: descontaminação das pastagens – aplicação de substancias para matar larvas, pastejo alternado com outras espécies animais (elas não desenvolvem a infecção caso ingira a larva), pastejo de animais mais resistentes a infecção. Método parasitário no hospedeiro:vermifugação – anti-helmínticos. Superfamília Ascaroidea Características gerais: Relativamente grandes 3 lábios grandes Macho: sem asa caudal bem desenvolvida (com muitas papilas caudais e 2 espículas) Fêmea ovípara Migração Pulmonar Ciclo Pulmonar Monoxeno Bolsa copulatória do macho: Morfologia do ovo: Redondos “Casca” ou membrana externa espessa é formada por 3 camadas para proteger contra a dessecação: ↪Membrana interna (lipídica ): impermeável a água ↪Membrana quitinosa (quitina + proteínas): opérculo ↪Membrana externa (proteica): produzida pelo ovário Toxocara canis: Habitat: intestino delgado de cães e canídeos silvestres Hospedeiros Paratênicos: hospedeiros de transporte Zoonose Cosmopolita Morfologia: ↪Macho: 4-10 cm, apêndice digiforme posterior presente ↪Fêmea: 6-18 cm, abertura vulvar no quarto anterior do corpo ↪Ovos: circulares, escuros, de casca grossa e rugosa Diferenciação: Ciclo biológico: cadela grávida possui a larva nos tecidos infecta via transplacentária ou amamentação → filhote infectado defeca no ambiente o ovo não larvado → no ambiente o ovo fica larvado de L1 para L2 → esse ovo L2 é ingerido no ambiente pela cadela grávida (HD), ou pelo filhote (HD), ou pelo ser humano (hospedeiro paratênico – larva fica no tecido), ou roedor (hospedeiro paratênico – larva fica no tecido) → filhote ou cadela ingere pelo ambiente ou se alimenta do roedor e se infecta. ↪Forma infectante: ovo embrionado na fase L2 ↪Muito resistentes (meses/anos) Ciclo biológico mais detalhado: ↪Migração hepatotraqueal (cães jovens até 2-3 meses de idade): L2 no fígado → coração → através da circulação chega ao pulmão e sofre ecdise virando L3 → traqueia → faringe → deglutida → estômago → intestino delgado ↪PPP: 30 dias Cães adultos: evolução hepatotraqueal ocorre com menos frequência e sim ocorre a migração somática. ↪Migração somática: larvas continuam na circulação arterial → tecidos somáticos do cão → permanecem em estado de quiescência durante meses → larvas (L2) saem do estado de quiescência → voltam à circulação → migram para o feto (infecção pré-natal ou transplacentária) ↪As larvas de Toxocara canis atingem o feto em 15 dias (infecção congênita). Após o 42° dia de gestação o feto está infectado por essas larvas em quiescência. Nascimento do filhote: as larvas estão no fígado e pulmões do animal, ao nascer as larvas L3 completam a migração hepato-traqueal e no intestino delgado mudam para L4 ↪Ovos de Toxocara são eliminados com apenas 2- 3 semanas de idade ↪PPP da infecção intra-uterina: 21 dias para L4 Transmissão lactogênica: ↪Larvas enquistadas são reativadas → sangue → glândulas mamárias → filhote infectado ↪No filhote ocorre a migração larvária na mucosa intestinal. ↪3 primeiras semanas de lactação Quatro modos de infecção: ↪1.. Direta: ingestão de ovos embrionados ↪2. Transplacentária ↪3. Lactogênica (galactogênica) ↪4. Indireta: ingestão de hospedeiros paratênicos. Hospedeiros paratênicos: ↪Roedores: • Enquistamento das L2 em diversos órgãos • Infecção por ingestão de tecidos dos hospedeiros paratênicos contendo larvas enquistadas. ↪Homem: ingestão L2 • Larva Migrans: Visceral (LMV), Ocular, Cutânea Epidemiologia: ↪Aumento da prevalência em cães com menos de 6 meses, porque são os que mais comem coisas do chão ↪Alta intensidade e distribuição é causada por 3 fatores: • Alta produção de ovos (700 ovos para cada grama de fezes) • Ovos resistentes (sobrevive durante anos no solo) • Reservatório nos tecidos somáticos da cadela, o que dificulta a percepção dele presente. Sintomas: vômitos, diarreia, inquietação, abdome volumoso e distendido Diagnóstico: ↪Ovos característicos nas fezes que são analisados pelo Método de Flutuação (Técnica de Gordon & Whitlock modificado) - câmara de McMaster (OPG). Prevenção e controle: ↪Higiene ↪Programa de vermifugação (cadelas/filhotes) ↪Cuidado com as crianças Toxocara cati Habitat: intestino delgado do gato e outros felídeos. Morfologia: ↪Machos: 3 a 6 cm ↪Fêmeas: até 10 cm Ciclo biológico: infecção pode ser por via lactogênica, ambiental (come algo infectado do ambiente) e oral (ingere hospedeiro paratênico). As ações sobre o hospedeiro e o diagnóstico são semelhantes aos de Toxocara canis. Toxocaris leonina Habitat: intestino delgado de cães, gatos e outros felídeos Morfologia: ↪Macho: 2- 7 cm ↪Fêmea: 2-10 cm ↪Asas cervicais estreitas e alongadas – lanceolado ↪Ovos de casca espessa e lisa Ciclo biológico: ↪Hospedeiro definitivo: ovos de Toxascaris eclodem no estômago → intestino delgado (fixação) → muda para L4 → adulto. ↪Hospedeiro intermediário: L2 no ambiente é ingerida pelo hospedeiro intermediário → larvas eclodem no tubo digestivo → atravessam a parede intestinal → cavidade peritoneal → penetram diretamente em vários tecidos → ficam quiescentes (dormentes) ↪Forma infectante: ovo com L2 ou HI com L3 enquistadas no tecido (roedores) ↪Dificilmente realiza ciclo pulmonar e não há infecção pré-natal Gênero Dictyocaulus Dictyocaulus viviparus: nematóide causador de distúrbios bronquiopulmonares. Morfologia: ↪Vermes delgados semelhantes a um fio de linha ↪Alimentam-se do exsudato inflamatório (espuma inflamatória) ↪Localização: alvéolos, brônquios, bronquíolos e traqueia Ciclo biológico: L1 nas fezes ou no catarro nasal → no ambiente tem ecdise para L2 → L2 ecdise para L3 (forma infectante) → bovino ingere a L3 → L3 vai para o abomaso → intestino delgado é absorvido e vai para corrente linfática → chega aos linfonodos mesentéricos e ocorre ecdise de L3 para L4 → coração → artérias pulmonares → pulmão → vermes adultos → ovos embrionados → faringe → L1 nas fezes ou no catarro nasal ↪PPP: 22 a 28 dias Fase de penetração: 1° ao 7° dia (assintomática) Fase de pré-patência: 8° ao 25° dia - larvas nos alvéolos e bronquíolos formando o infiltrado espumoso (gera tosse). Fase de patência (infestação): 25° ao 60° dia ↪Grande quantidade de muco, adultos eliminam ovos que são aspirados com as larvas → causa enfisema, pneumonia, ↑ frequência respiratória e morte dependendo do quadro. ↪A ↑ presença de vermes com muco → obstrução brônquica → enfisema Sinais clínicos: ↪Forma aguda: tosse, cianose (mucosa azulada pela falta de ar), respiração acelerada (taquipnéia) e difícil (dispneia – falta de ar). Respiram com a cabeça e pescoço distendido (corrimento nasal) com a tentativa do ar entrar. ↪Forma crônica: tosse, dispneia, letargia (ficam parados quando exercitados), corrimento nasal Epidemiologia: ↪Acomete principalmente bezerros no 1° ano de pastoreio (desmama até 18 mês de idade) ↪Resposta imune específica rápida aos 18 meses eliminando os vermes (Imunidade se dá pelo contato prévio + idade) ↪↑ incidência em regiões serranas onde tem mais umidade ↪Sudeste acontece mais no outono-inverno ↪Idade dos animais (mais jovens -> mais susceptíveis) Diagnóstico: ↪A campo: histórico da região, presença de sinais clínicos, período do ano/Idade dos animais acometidos. ↪Laboratorial ↪Necropsia Controle e prevenção: ↪Altura de pastagens: manter altura mais baixa para evitar a proliferação de larvas no orvalho ↪Pastagens com terreno em declive evitar bezerros, pois são regiões mais úmidas que contem mais larvas. Gênero Metastrongylus Parasitos de brônquios, bronquíolos, tecido pulmonar ou vasos sanguíneo dos pulmões Ciclo: monóxeno (direto) ou heteróxeno (indireto) Não parasita o homem Morfologia: ↪Cápsula bucal reduzida ou ausente ↪Bolsa copuladora as vezes reduzida ↪Orifício oral: 2 lábios trilobados ↪Filiformes esbranquiçados ↪Fêmea: extremidade posterior cônica, vulva próximo ao ânus e úteros paralelos, ovovivípara ↪Macho: espículosmuito longos e finos terminando em forma de gancho ↪Macho menor que as fêmeas (são maiores para acondicionar os ovos dentro) ↪Ovos elípticos, casca espessa e larvados quando na ovoposição. Hospedeiros: ↪Hospedeiro definitivo: suíno (pulmão, brônquios, alvéolos) ↪Hospedeiro intermediário: minhocas Nutrição: exsudato inflamatório (Trato Respiratório) Caracterização das espécies do gênero: Biologia: ↪Ovos de Metastrongylus não eclodem no aparelho respiratório ou digestivo dos suínos. ↪Ovos são ingeridos por minhocas: ocorre o desenvolvimento larvário dentro da minhoca de L1 → L2 → L3 Ciclo evolutivo: suíno ingere fezes com a minhoca que contém ovos embrionados L3 → através da circulação chega na faringe → ovos eliminados por tosse ou deglutidos e saem as fezes ↪L3 se liberta na parede intestinal vasos linfáticos linfonodos mesentéricos (L3 para L4) circulação linfática e veia cava coração pulmões onde completa sua evolução até adulto (24-30d) ↪PPP: 4 semanas Epidemiologia: ↪Prevalente em suínos jovens (4 a 6 semanas) ↪Essa infecção é mais vista em animais criados no solo que pode se alimentar de fezes contaminadas com minhocas. Ação patogênica: ↪Quadro clínico: “bronquite parasitária dos suínos” ↪Pneumonia secundária ↪Petequias (manchas devido a evolução das larvas) – causa perda econômica ↪Obstrução bronquíolos em adultos ↪Morte parasitas nos bronquíolos → encapsulados → nódulos. ↪Parasitose restrita a suínos criados extensiva ou semi-extensivamente, uma vez que eles têm acesso a terra onde tem a minhoca. Sinais clínicos: bronquite parasitária, dispnéia, tosse, descarga nasal abundante, retardo no crescimento (baixa alimentação), infecções secundárias (baixa imunidade). Diagnóstico: flutuação em sal (ovos larvados), exame de fezes ou muco expectorado, necropsia em pulmão Controle: ↪Controlar o HI (minhoca) ↪Manter animais locais secos e limpos ↪Fazer exames de fezes regularmente ↪Tratar os animais doentes e separa-los. Família Ascarididae Gênero Ascaris - Ascaris suum Morfologia: ↪Macho: 15-25 cm – várias papilas pré-cloacais e poucas pós-cloacais ↪Fêmea: 20 a 40 cm – 2 papilas pós-anais ↪Círculo em amarelo: extremidade posterior encurvada para face ventral ↪3 lábios contendo uma serrilha de dentículos: mordisca as paredes do intestino ↪Ausência de asa caudal e asa cervical Nutrição: substancias líquidas do quimo intestinal Postura de grande quantidade de ovos (200.000 cada) Condições favoráveis: ovo infectante (L2) em 30 dias Viáveis em locais úmidos e sombreados por até 2 anos Sensíveis a dessecação e à incidência de luz solar direta, apesar das 3 camadas existentes. Ciclo de vida: eliminação dos ovos nas fezes pelos suínos → L2 se desenvolve dentro do ovo no ambiente → suíno ingere o ovo diretamente da terra ou ingere minhoca (hospedeiro paratênico) que se alimentou do ovo → ovos eclodem no estômago e no intestino delgado → L2 na mucosa intestinal pega a circulação sanguínea ou linfática → sistema porta fígado (ecdise em L3) → veia cava → coração pulmão (sofre ecdise para L4) → L4 rompe os capilares e sobe pela árvore brônquica → alvéolos → bronquíolos → brônquios → traqueia → faringe → é deglutida → esôfago → estomago → intestino delgado → adulto sexualmente maduro ↪PPP: 42 a 62 dias Ações patológicas: larvas (caráter migratório) ↪Pulmão: bronco-pneumonia ↪Fígado: focos hemorrágicos → destruição do tecido hepático → tecido conjuntivo → “manchas de leite” ↪Infecções maciças causa obstrução e perfuração intestinal Sinais clínicos: pneumonia (migração para o pulmão), tosse (tentação de expelir), expectoração de larvas (coça as larvas e tentativa de expelir), crescimento retardado (perda de apetite). Prejuízos econômicos: ↪Menor crescimento de leitões ↪Menor ganho de peso ↪Baixa conversão alimentar ↪Maior período de engorda ↪Aumento da condenação de vísceras nos abatedouros (fígado) Diagnóstico: ↪Fase pulmonar: larva na expectoração – saem das narinas ↪Exame de fezes: ovos característicos (de casca grossa e arredondados) Prevenção e controle: destruição dos ovos (soda caustica), utilização de pisos cimentados, antes do parto tratamento anti-helmíntico (fêmea deitada no chão podendo ter contato com ovos) e banho nas matrizes. Gênero Ascaris – Ascaris lumbricoides Morfologia e biologicamente muito semelhante ao A. suum. Helmintose comum do homem PPP: 60 dias Ciclo: homem contaminado defeca com ovos ovos sofrem mudas sucessivas até L3 (infectante) homem ingere ovos com L3 pela agua, verduras contaminada larva eclode no intestino delgado migração para os pulmões onde tem muda até L5 (verme adulto) L5 sobe pela arvore brônquica → alvéolos → bronquíolos → brônquios → traqueia → faringe → é deglutida → esôfago → estomago → intestino delgado → adulto sexualmente maduro Gênero Ascaris – Ascaridia galli Habitat: intestino delgado de galináceos Morfologia: ↪Macho: 30-80mm ↪Fêmea: 60-120mm ↪Ovos elípticos de casca grossa resistentes ao calor e desinfetantes Ciclo: ingestão do ovo com L2 no ambiente ou da minhoca (hospedeiro intermediário) que contém a L3 → larvas eclodem na moela, papo ou duodeno (se ingerir o ovo com L2 ele sofre muda para L3 nesses 3 locais) e se fixam na parede intestinal para realizar mudas de L3 para L5 ↪PPP: 40 dias em aves jovens e 60 dias em adultas Sinais clínicos: perda de peso, má absorção de nutrientes, manifestações intestinais graves (hemorragias), anemia, asas caídas, diminuição da produção de ovos. Diagnóstico: ↪Encontro dos ovos típicos em exame de fezes (elípticos, casca espessa, não mamilonados) ↪Necropsia Prevenção e controle: limpeza do galpão, remoção diária das fezes, troca de cama, água limpa nos bebedouros, uso anti-helmínticos. Gênero Ascaris - Neoascaris vitulorum (Toxocara vitulorum) Morfologia: ↪Macho: 15-25 cm, papilas pós-cloacais, espículos iguais, asas cervicais ausentes. ↪Fêmea: 22 a 30 cm ↪Ovos semelhantes aos do Ascaris Bezerro com até 6 meses Maior parasita intestinal de bovino e bubalinos Ciclo é idêntico ao ciclo do Ascaris: a migração larvária é do tipo hepatopulmonar. ↪Bovino ingere alimento contaminado → estomago intestino → circulação → coração → pulmão → veias pulmonares → coração → grande circulação → todas partes do organismo (quiescência em diversos órgãos, com sobrevida de até 1 ano – músculos, rim, fígado e pulmões) Tipos de infecção: ↪Fêmeas gestantes: infecção pré-natal ou transplacentária • No feto: larvas se localizam no fígado e no final da gestação migram para pulmões (hepatotraqueal). ↪Infecção via lactogênica ou transmamária: larvas quiescentes nos tecidos. • No bezerro lactante: migração das larvas ocorre apenas na mucosa intestinal, uma vez que ele recebe elas pela alimentação. • PPP: 21 dias (menor do que quando a infecção é oral). Sinais clínicos: diarreia, muco intestinal Diagnóstico: exames parasitológicos de fezes (Método de Flutuação) Gênero Ascaris – Parascaris equorum 3 lábios quadrangulares muito salientes Asas caudais pequenas Ovos semelhantes aos do Ascaris Morfologia: ↪Machos: extremidade posterior cônica, asa caudal estreita. ↪Fêmeas: extremidade posterior com prolongamento cônico. Ciclo de vida: equino (HD) ingere um ovo do ambiente através da alimentação → larva (L2) penetra na parede intestinal → no intestino faz muda para L3 → fígado → pulmão → brônquios → traqueia → é deglutido → intestino delgado e faz muda para L4 e amadurece (L5) → fêmea libera ovos nas fezes (podendo ter também parasitos nas fezes) → L2 se desenvolve cerca depois de 10 dias nas fezes Sinais clínicos: tosse, infecção/obstrução intestinal Diagnostico: encontro de ovos típicos nas fezes através da flutuaçãosalina Prevenção e controle: limpeza, triagem dos animais, separar animais infectados, uso de anti-helmíntico Ancylostoma spp Taxonomia: Superfamília Strongyloidea Família Ancylostomatidae Gênero Ancylostoma Espécie: Ancylostoma caninum, Ancylostoma tuabeforme, Ancylostoma braziliense, Ancylostoma duodenale Morfologia: 0,5 a 2 cm Forma de gancho ou anzol Cápsula bucal grande: permite o verme aderir e fazer a sucção no intestino delgado Pares de dentes: são dilacerantes, ou seja, consegue romper a parede do epitélio intestinal podendo causar hemorragias e anemias dentro do sistema digestório. Bolsa copuladora (machos): onde tem o ducto ejaculatório Hospedeiros: cães, gatos e homem Ciclo: monóxeno (apenas um hospedeiro) Ingestão de alimento contaminado: ovos eliminados nas fezes → no ambiente em condições favoráveis eclodem em até 24 horas → verme sai do ovo (L1) → verme cresce e aumenta de tamanho (L2) → sofre ecdise virando L3, a forma infectante (larva filarioide) → animal ingere os ovos → verme chega no duodeno, fecunda, ovipõe Infecção pela pele: ovos eliminados nas fezes → no ambiente em condições favoráveis eclodem em até 24 horas → verme sai do ovo (L1) → verme cresce e aumenta de tamanho (L2) → sofre ecdise virando L3, a forma infectante (larva filarioide) → verme perfura a pele com seus dentes e entrando na corrente sanguínea → L4 chega no pulmão → sistema digestório Transmissão transmamaria: pode passar os ovos através da amamentação aos filhotes Larva rabditoide: L1 e L2 PPP: 14 dias Patogenia: Vermes hematófagos: 0,1ml de sangue/verme/dia ↪Petéquias e sufusões: quadro hemorrágico generalizado – deficiência em coagular o sangue ↪Anemia hemorrágica aguda ou crônica ↪Anemia hipocrômica microcítica: redução de ferro no sangue ↪Hipoalbuminemia: extravasamento plasma Infecção percutânea (entra pela pele): ↪Eczema úmido ou dermatite úmida: feridas causadas por infecção do ambiente que o animal fica lambendo e deixando úmido e permitindo que a ferida aumente. ↪Ulceração ↪Inflamação Sinais clínicos: Agudos: ↪Anemia (palidez de mucosas) ↪Diarreia com sangue e muco: muco produzido para proteção do intestino ↪Dispneia (larvas nos pulmões ou anóxia anêmica): os glóbulos vermelhos devido a sua diminuição de tamanho, tem dificuldade de carregar o oxigênio ↪Lesões cutâneas e claudicação Crônico: ↪Perda de peso ↪Desnutrição ↪Pica: transtorno alimentar ↪Dispneia: desconforto respiratório Diagnóstico: Histórico Sintomatologia Hemograma Coproparasitológico: identifica os ovos nas fezes Filhotes: sintomas com coproparasitológico negativo (PPP: 14 dias) Epidemiologia: Costuma ocorrer em cães e gatos com menos de 1 ano + velho = + resistente Terra, umidade e sombra: larvas podem sobreviver por semanas Ambiente seco e com luz solar: larvas sobrevivem por dias Controle: Anti-helmínticos Higiene Restrição de acesso a terra e/ou areia Borato de Sódio: controla os ovos e larvas Hipoclorito de Sódio 1%: controla os ovos e larvas Saúde pública: Ancylostoma caninum e Ancylostoma braziliense: zoonose – homem tendo contato com as fezes do animal pode ser infectado Hospedeiro errático: nome do tipo de hospedeiro do homem Larva Migrans Cutânea: ↪L3 migrando na epiderme ↪Trajetos sinuosos na pele ↪Prurido local Bunostomum spp. Taxonomia: Superfamília Strongyloidea Família Ancylostomatidae Gênero Bunostomum Espécie: Bunostomum trigonocephalum e Bunostomum phlebotomum Hospedeiros: animais de produção (bovinos, caprinos e ovinos) Morfologia: 1 a 3cm Forma de gancho Par de lâminas cortantes Bolsa copuladora (machos) Ciclo: Ingestão de alimento contaminado: ovos eliminados nas fezes → no ambiente em condições favoráveis eclodem em até 24 horas → verme sai do ovo (L1) → verme cresce e aumenta de tamanho (L2) → sofre ecdise virando L3, a forma infectante (larva filarioide) → animal ingere os ovos → verme chega no duodeno, fecunda, ovipõe Infecção pela pele: ovos eliminados nas fezes → no ambiente em condições favoráveis eclodem em até 24 horas → verme sai do ovo (L1) → verme cresce e aumenta de tamanho (L2) → sofre ecdise virando L3, a forma infectante (larva filarioide) → verme perfura a pele com seus dentes e entrando na corrente sanguínea → L4 chega no pulmão → sistema digestório L3 infectante (larva filarioide): Infecção percutânea ou oral (semelhante ao Ancylostoma) Sem infecção transmamária ou congênita Não é zoonose PPP: 1 a 2 meses Patogenia: Hematófagos 100 a 500 parasitos produzem sintomas Anemia Hipoalbuminemia Sinais clínicos: Perda de peso Diarreia Bezerros: bater as patas (prurido) Epidemiologia e controle: Frequência maior em climas tropicais Anti-helmínticos Higiene Camas secas para animais confinados ou estabulados Capillaria Taxonomia: Reino: Metazoa Filo: Nematoda Classe: Adenophorea Subclasse: Enoplia Ordem: Trichurida Superfamília:Trichuroidea Família: Trichinellidae/Capillariidae Gênero: Capillaria Espécies: Capillaria hepatica (mais importante) – Calodium hepaticum Capillaria aerophila – Eucoleus aerophila Capillaria philippinensis – Paracapillaria philippinensis Morfologia: Semelhantes ao Trichuris Porção anterior: afilado e posterior aumentado gradualmente Orifício oral pequeno, redondo, arredondado, sem lábios Esôfago longo, possui células do tipo esticossomo, as quais são glandulares que fazem a liberação de secreções. Machos: 25 mm de comprimento X 26-78 de largura ↪Possui bainha espicular que auxilia na entrada e saída do espiculo Fêmeas: 52-105 mm de comprimento X 78-184 μm de largura Ovo: 54-64 μm comprimento X 29-33 largura ↪Ovo com formato de limão, bioperculado (dois opérculos) ↪Camada externa (casca) estriada Hospedeiros: Capillaria hepática: roedores (principal), homem, coelhos, carnívoros. Ciclo biológico da Capillaria hepática: Morte do Hospedeiro Definitivo: ocorre a transmissão apenar com a morte dele, uma vez que os ovos ficam encapsulados dentro do fígado, então apenas depois da morte os ovos são liberados. Ovos sempre encapsulados (processo de fibrose e calcificação) dentro do fígado. Mecanismo de liberação dos ovos de dentro do fígado: predatismo, necrofagia, decomposição Ciclo: adultos no fígado e copulam, as fêmeas ovipõe e morrem depois de ovipor → o parasito morto desenvolve uma reação inflamatória que vai ocorrer o encapsulamento (cisto) desse ovo e fêmea morta (em até 4 meses ocorre isso) → animal predado tem os ovos passando direto pelo trato gastrointestinal e liberados nas fezes do hospedeiro para que esses ovos fiquem embrionados pela ação do ambiente ou o animal morto libera esses ovos para o ambiente e animais predadores vão ingerir o fígado com ovos → ovo no ambiente começa a embrionar formando uma larva L1 no seu interior (forma infectante) → ovos embrionados ingeridos pelos hospedeiros (roedores, humanos) e vão para o intestino onde ocorre a lise do ovo e liberação da L1 → L1 penetra na mucosa intestinal e vai para o sistema porta através da migração da veia mesentérica e veia porta em direção ao fígado → no fígado de 3 a 4 dias sofre ecdise se transformando em L2 → L2 de 5 a 7 dias transforma em L3 → L3 de 9 a 16 dias se transforma em L4 → L4 se transforma em L5 (adulto) → copulam e fêmeas ovipõe e morre PPP: 21 a 30 dias Epidemiologia: Fatores de risco: más condições de higiene e sanitária e roedores (positivos em pacientes com capilariose) Infecções espúrias: ingestão do fígado com as larvas encistadas. Patogenia: Perda da função do fígado: parasito causa perda de hepatócitos Morte e decomposição: aumento da resposta imunológica → inflamação crônica → encapsulamento dos parasitos mortos e ovos (fibras colágeno) →fibrose septal e cirrose hepática Massas de Ovos (tecido fibroso): dentro das fibras de colágeno se encontra massa de ovos Espécies acometidas: Ratos: espécie de maior acometimento, altas taxas reprodutivas Cães: animais andantes, taxa inferior ao gato Gatos: hábito noturno e de caça, maiores taxas que que o cão Humanos: pouca higiene e condições sanitárias Sinais clínicos: Formas clínicas similares as das hepatites virais - afetam o tecido hepático Formação da clássica tríade: febre persistente, hepatomegalia (crescimento do fígado), leucocitose com eosinofilia Anorexia, vômito, diarreia, perda de peso Icterícia Dor abdominal Salivação em gatos Patologia: Lesão inflamatória focal (vermes vivos, mortos e seus ovos) Processo sistemático de Fibrose septal (persiste mais tempo após as lesões focais terem sido extintas e reparadas): encapsulamento Diagnóstico: Diagnóstico por Imagem: ↪Hepatomegalia, massas, lesões císticas ↪Tomografia, ultrassonografia, ressonância magnética Biópsia hepática: padrão-ouro Sorologia: RIFI, ELISA Infecção Espúria: coproparasitológico Prevenção e controle: Medidas de Higiene Ambiental Controle de roedores ↳↓↑↪→→
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