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Plexo braquial

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10. Plexo braquial
A lesão de um nervo não se refere apenas a sua secção
consequente a um trauma.
Pode resultar, também, da compressão causada por um
edema, que reduz o fluxo do impulso nervoso (ou impede que
ele ocorra).
ANATOMIA
Epineuro: trata-se de um revestimento de tecido conjuntivo
que envolve todo o nervo externamente, sendo vascularizado.
Ele é dividido em epineuro externo e interno.
★ essa camada é importante nas suturas em casos de
lesões para permitir a regeneração (não ocorre no
SNC, apenas no SNP) através das células de Schwann,
que são responsáveis pela produção da bainha de
mielina dos axônios periféricos, formando um broto
nervoso novo
★ representa cerca de 25-75% do nervo
Perineuro: são as camadas de tecido conjuntivo que estão ao
redor de grupo de fascículos, realizando uma proteção dos
axônios que estão no interior destes fascículos.
★ controla difusão iônica
★ protege contra infecções
★ mantém pressão positiva
★ ele deve, também, ser suturado em caso de lesão do
nervo, chamada de sutura perineural
Endoneuro: são as camadas de tecido conjuntivo que estão ao
redor dos axônios, a nível microscópico.
★ esse axônio, em grandemaioria, é provido de bainha
demielina, então o endoneuro está ao redor desta e
do axônio como um todo
★ ele faz a formação do tubo de células de Schwann,
sendo o primeiro ponto de estímulo que inicia o
processo de regeneração em caso de trauma
DEGENERAÇÃO
Degeneração distal (Walleriana): centrífuga.
Degeneração proximal (axônica): centrípeta.
Degeneraçãomuscular: aos 3 meses com sinais de fibrose
muscular.
Ideal reinervar de 1-3 meses.
Reinervação funcional de 1-3 anos.
Não se espera reinervação após 3 anos.
Regeneração: 1-2 mm/dia.
REPARO NERVOSO
Reparo primário: realizado horas após o trauma.
Reparo primário retardado: é feito entre 5-7 dias após o
trauma.
Reparo secundário: ocorre após a segunda semana.
É feito de acordo com o grau da lesão neurovascular.
Neurorrafia secundária sob condições favoráveis temmelhor
resultado que neurorrafia primária em condições
desfavoráveis.
Técnicas de reparo
Sutura epineural externa: é feita a sutura no epineuro externo.
Sutura epineural interna: é feita a sutura no epineuro interno.
Sutura perineural: é feita a sutura no perineuro, em cada
fascículo lesado.
Não se realiza reparo no endoneuro.
Enxerto de nervo: melhor do que sutura sob tensão,
principalmente em casos de grande lesão de nervo que
impossibilitem a sutura.
★ em condições favoráveis não há diferença entre
sutura e enxerto
★ deve-se manter em bom leito para sua vascularização
★ áreas doadoras: nervo sural, nervo cutâneomedial
do antebraço, nervo cutâneo lateral do antebraço,
nervo ulnar, nervo safeno, ramo superficial do nervo
radial. São áreas que doammaterial para que seja
realizado o enxerto de outros nervos, sendo estes
retirados e “sacrificados” geralmente nervos
sensitivos e cutâneos, levando em consideração
custo-benefício (= melhor perder a sensibilidade de
alguma região que amotilidade importante de outra)
NEUROPATIA DO PLEXO BRAQUIAL
Mais de 90% são lesões traumáticas, podendo ainda serem
neoplasias e anomalias.
As lesões podem ser: supraclaviculares, retroclaviculares
(formação dos troncos) ou infraclaviculares (formação dos
fascículos).
As lesões supraclaviculares estão na origem das raízes de
C5-T1, na formação do plexo. Assim, estas podem, ainda,
serem divididas em pré-ganglionar e pós-ganglionar (gânglios
são presentes apenas na parte sensitiva, porém, quando se
tem a lesão, acomete-se com uma grande frequência a parte
sensitiva e motora, então, essa referência de gânglio é usada
mais para ter umamaior noção da região em que houve a
lesão, não estando relacionada com o acometimento apenas
da parte sensitiva):
★ lesão pré-ganglionar - ocorre antes do gânglio, sendo
a formamais comum por estaremmais expostas
emergindo no forame intervertebral (saída do nervo),
tratando-se da formamais comum de lesão desse
plexo
★ lesão pós-ganglionar - ocorre após o gânglio,
geralmente resultando de uma lesão damedula
cervical. É a formamais grave da lesão
Tipos de lesões:
★ neuropraxia - interrupção temporária da condução
nervosa, podendo ocorrer por algum tumor,
aneurisma de artéria axilar
★ axoniotmese - bloqueio por lesão parcial de axônio e
mielina
★ neurotmese - rotura completa do nervo
FORMAÇÃO DO PLEXO BRAQUIAL
Ele é formado pelas raízes ventrais de C5-T1, na região da
intumescência cervical, inervando todo omembro superior.
O plexo braquial pode ser pré-fixado (é aquele que possui um
contribuinte de C4, que faz parte do plexo cervical) e
pós-fixado (é aquele que possui um contribuinte de T2). Outra
forma de plexo braquial é o padrão, que é formado apenas
por C5-T1.
Todos os ramos anteriores dos nervos espinais de C5 – T1,
chamadas de raízes do plexo, são unidas e formam os troncos,
que podem ser:
★ tronco superior - formado pelas raízes de C5 e C6
★ troncomédio - formado pela raiz de C7
★ tronco inferior - formado pelas raízes de C8 e T1
Os troncos dão origem às chamadas divisões e cada tronco
tem uma divisão anterior e outra divisão posterior.
As divisões são unidas e formam os fascículos, que podem
ser:
★ fascículo posterior - é formado pela união das
divisões posteriores dos três troncos (superior, médio
e inferior). Ele resulta da união de todas as raízes
ventrais do plexo braquial
★ fascículo lateral - é formado pela união das divisões
anteriores do tronco superior e do troncomédio. Ele
resulta da união das raízes de C5-C7
★ fascículo medial - é formado pela divisão anterior do
tronco inferior. Ele é formado pelas raízes de C8 e T1
O fascículo posterior sempre sofrerá consequências de lesões
do plexo braquial, por ser formado por todas as raízes
ventrais.
A partir dos fascículos são originados os nervos terminais, que
se distribuem para todo omembro superior.
O fascículo lateral forma o nervomusculocutâneo. O fascículo
medial forma o nervo ulnar. O fascículo posterior forma os
nervos axilar (C5-C7) e radial (C8-T1). O nervomediano é
formado pela união dos fascículos lateral e medial, ou seja,
pelas raízes C6-T1.
Os fascículos estão intimamente relacionados com artéria
axilar. O fascículo lateral e medial envolvem a artéria axilar
anteriormente, estando o fascículo posterior atrás da artéria
axilar. Logo, danos na artéria axilar causam danos aos
fascículos.
O plexo braquial está localizado no pescoço, especificamente
entre omúsculo escaleno anterior e omúsculo escaleno
médio. Então o plexo está entre dois músculos e se ocorrer
contratura desses musculatura pode ocorrer uma compressão
do plexo braquial.
Existem outros ramos que não são terminais e que derivam de
pontos do plexo braquial.
O nervo torácico longo é o único que é formado diretamente
pelas raízes de C5-C7. O nervo dorsal da escápula é formado
diretamente da raiz de C5.
Nervo torácico longo: é formado a partir de C5, C6 e C7, que
segue para a região lateral do tórax e inerva omúsculo serrátil
anterior, estando junto dele.
Nervo dorsal da escápula: originado de C5, próximo a coluna
vertebral e segue para a região posterior. Ele inerva os
músculos que estão entre a escápula e a coluna vertebral,
assim, inerva os músculos rombóides (maior e menor) e
músculo levantador da escápula, assim, é dividido em 3
ramos.
Nervo supraescapular: originado do tronco superior,
passando por cima da escápula e chega à parte posterior da
escápula, inervando osmúsculos supraespinal e infraespinal
(músculos que fazem parte domanguito rotador).
Nervo subclávio: originado do tronco superior e inerva o
músculo subclávio.
Não existem ramos originados das divisões.
Nervos peitorais: a partir do fascículo medial e fascículo
lateral são originados os ramos peitoral medial e peitoral
lateral. Eles inervam osmúsculos peitorais maior e menor,
sendo que o ramo lateral (ele fica mais medial no corpo)
inerva omúsculo peitoral maior e o ramomedial (ele fica mais
lateral no corpo) inerva os músculos peitoral maior e peitoral
menor.
Ramos subescapulares inferior e superior: são originados do
fascículoposterior. Eles chegam na face anterior da escápula,
inervando omúsculo subescapular e omúsculo redondo
maior.
Nervo toracodorsal: é originado do fascículo posterior,
estando praticamente paralelo ao nervo torácico longo. Ele é
mais posterior e segue para a região dorsal, inervando o
músculo latíssimo do dorso, seguindo com uma artéria.
Nervos cutâneos mediais do braço e do antebraço: são nervos
exclusivamente sensitivos e cutâneos que são originados do
fascículo medial, antes do nervo ulnar. O nervo cutâneo
medial do braço émais curto que o nervo cutâneomedial do
antebraço.
Entre os três fascículos é encontrada a artéria axilar, que é
envolvida por todos eles.
A partir dos fascículos são originados os nervos terminais, que
se distribuem para todo omembro superior.
O plexo braquial tem suas raízes localizadas próximas da
coluna vertebral, (entre os músculos escaleno anterior e
médio e que passam por trás dos músculos do pescoço), os
troncos estão na região lateral do pescoço, as divisões passam
por trás da clavícula (parte do plexo braquial que émenos
lesada) e os fascículos estão na região axilar, quase entrando
nomembro superior, envolvendo a artéria axilar (o posterior
não é visível, por estar atrás da artéria).
LESÕES DO PLEXO BRAQUIAL
Classificação
Paralisia alta: tipo Erb-Duchene.
★ mais comum, em 80-90% dos casos
★ apresenta melhor prognóstico, por acometer de
C5-C7, permitindo ummelhor acesso para realização
de suturas
★ o braço acometido fica semmovimento ao lado do
corpo, com o ombro rodado internamente, cotovelo
estendido e punho ligeiramente fletido
Paralisia baixa: tipo Klumpke.
★ trata-se de uma paralisia baixa que acomete de C8 e
T1
★ impede a flexão do cotovelo e supinação do
antebraço
★ há um acometimento dos músculos damão, com
ausência de reflexo de preensão palmar
★ reflexo bicipital e radial presentes
Paralisia completa: ocorre a lesão de todas as raízes, troncos
ou fascículos. Omembro superior acometido se apresenta
flácido e com todos os reflexos ausentes.
Lesões superiores do plexo braquial
Ocorre a lesão de C5-C7 e/ou tronco superior, após parto
difícil, queda sobre ombro, mochila, etc.
Comprometidos: nervos supraescapular, axilar, radial e
musculocutâneo.
Resulta em:
★ paralisia dos músculos supra e infraespinais, deltóide
e redondomenor, braquiorradial, extensores radiais
do carpo e supinador bíceps braquial
→ Paralisia de Erb-Duchenne (sinal da “gorjeta de garçom”)
Apresenta escápula alada, com ombro caído, o cotovelo
estendido com punho fletido, mão pronada posteriormente. O
indivíduo apresenta ptose palpebral commiose por ter no
pescoço um tronco simpático cervical, e, assim, se tem uma
lesão dos gânglios simpáticos de C5-C8, interrompendo a
inervação simpática do olho, apresentando apenas
parassimpática pelo nervo oculomotor.
→ Paralisia braquial obstétrica (PBO)
Trata-se da paralisia de parte ou de toda a extremidade
superior, com lesão por tração ou compressão do plexo
braquial.
Pode ocorrer por: manobras de parto, separação forçada
entre a cabeça e o ombro, parto de nádegas, sendomais
comum em casos de RN grande emãe pequena, em partos
prolongados e crânio volumoso.
As fibras superiores sãomais acometidas por neurotímese e
sofrem avulsão.
Tipos:
★ Erb-Duchenne - paralisia alta C5/C6, sendomais
comum (75%) e causa arreflexia biciptal
★ Klumpke - é uma paralisia baixa (C8/T1), menos
comum, acometendo amão e causando flexão no
cotovelo caso se tenha acometido C7 lesão triciptal
★ paralisia braquial do tipo completa (Erb-Klumpke) -
acomete o tronco superior e inferior do plexo
braquial, sendo a lesãomais frequente a ruptura da
raiz de C5-C7 e avulsão da raiz de C8-T1
Lesões inferiores do plexo braquial
Ocorre lesão de C8 e T1 e/ou tronco inferior, com abdução
excessiva do braço, resultando na chamada síndrome do
desfiladeiro torácico e outras plexopatias.
Resulta em:
★ paralisia dos músculos do antebraço (ulnar,
interósseo anterior e radial) e damão (mediano e
ulnar), chamada de paralisia de Dèjérine-Klumpke. O
indivíduo apresenta uma hiperextensão com as
interfalângicas do 4º e 5º dedos fletidas, com os
dedos 1-3 dobrados, paralisia na região tenar mais
medial (causada pelo nervo ulnar)
★ pode ocorrer uma lesão de avulsão de T1, causando a
chamada Síndrome de Horner (ptose palpebral,
miose, alteração na sudorese)
N. torácico longo
O nervo torácico longo é formado pelos ramos ventrais das
raízes C5-C7, que estão associadas a paralisia de
Erb-Duchenne.
Deve-se tomar cuidado com objetos pesados, mochila no
pescoço, por exemplo, que pode causar uma neuropraxia,
comprimir essa região e causar uma paralisia específica no
músculo serrátil anterior.
Ele inerva omúsculo serrátil anterior, que se origina das
costelas e se insere namargemmedial da escápula, atuando
ao puxar a escápula para dentro.
A lesão do nervo torácico longo resulta na perda de toda a
inervação do serrátil anterior resultando na escápula alada
(solta).
N. dorsal da escápula
A partir de C5 tem-se a saída de um nervo chamado de nervo
dorsal da escápula, que inerva omúsculo levantador da
escápula e músculos rombóides menor e maior.
Omúsculo serrátil anterior puxa a escápula contra as
costelas, assim, ele puxa a escápula para frente. Os músculos
rombóides, quando se contraem, aproximam as escápulas e o
músculo levantador da escápula levanta a escápula.
A lesão do nervo dorsal da escápula não resulta da
dificuldade de levantar o ombro, visto que omúsculo trapézio
é capaz de compensar essa perda, além de ser inervado pelo
nervo acessório, e não nervo craniano. Assim, as escápulas
perdem sua tensão e ficammais abduzidas (os músculos
rombóides que aduzem as escápulas).
N. supraescapular
Tem como origem as raízes de C5-C6. Ele inerva omúsculo
supraespinal e omúsculo infraespinal, ao atravessar pela
incisura da escápula.
A lesão desse nervo não resulta emmuita perda de
movimento, visto que, esses músculos fazem parte do
manguito rotador, que é formado por outros músculos
(subescapular e redondomenor), como subescapular e
redondomenor que são inervados por outros nervos, e
acabam exercendo a função destes dois que são afetados.
N. supraescapular superior e inferior
São originados a partir de C5/C6, no fascículo posterior.
O nervo subescapular superior supre toda amusculatura
subescapular e o nervo subescapular inferior inerva o
músculo redondomaior.
N. toracodorsal
Ele é originado a partir de C6-C8, a partir da junção do
fascículo posterior.
É responsável por inervar omúsculo latíssimo do dorso, o
principal músculo extensor do braço, estando localizado na
axila, acompanhado da artéria e da veia toracodorsal, sendo
de comum lesão; → a artéria axilar origina um ramo chamado
artéria subescapular, que dá origem a artéria circunflexa da
escápula e uma outra chamada de artéria toracodorsal (que
acompanha o nervo toracodorsal).
A lesão desse nervo impede que o indivíduo consiga estender
o braço e ombro, fazendo com que seumembro superior fique
totalmente voltado para frente (fletido anteriormente sem a
capacidade de extensão).
Nn. peitorais lateral e medial
São originados do fascículo lateral e medial, ou seja, de C6-T1,
inervando osmúsculos peitorais.
Os músculos peitorais realizam omovimento de flexão do
braço, enquanto omúsculo latíssimo do dorso faz a extensão.
Por isso, ao lesar o nervo toracodorsal, o ombro fica fletido,
enquanto a lesão dos nervos peitorais deixa o ombro e o
braço para trás.
N. musculocutâneo
É formado por fascículo lateral do plexo braquial, C5, C6 e C7.
Ele inerva a região anterior do braço, que inclui os músculos
bíceps braquial, o músculo braquial e omúsculo
coracobraquial.
A lesão desse nervo resulta em fraqueza na flexão e supinação
do antebraço (a supinação está associada aomúsculo
supinador inervado pelo nervo radial, mas ela está associada
também a cabeça longa do bíceps que é inervada pelo nervo
musculocutâneo).
Ocorre ainda parestesia (perda de sensibilidade) anterolateral
do braço e, também, se tem a ausência do reflexo do bíceps.
Quando o nervomúsculo cutâneotermina, ele forma o nervo
cutâneo lateral do antebraço que vai dar sensibilidade da
região lateral do antebraço.
N. mediano
É formado por fascículo lateral e medial do plexo braquial,
pelas raízes de C6, C7, C8 e T1 (não envolve C5, que émais
exclusivo para o nervomusculocutâneo).
Ele inerva a região dos flexores, flexores do punho, flexores da
mão e flexores dos dedos.
O nervomediano está localizado no antebraço, porém, não é
responsável pela inervação dos músculos flexores do
antebraço, pois a inervação dos músculos flexores do
antebraço (bíceps, e braquial e o coracobraquial) é de
responsabilidade do nervomusculocutâneo.
Sua função do nervomediano é fazer a inervação dos
músculos flexores do punho, damão e dos dedos, com
exceção dosmúsculos flexor ulnar do carpo emúsculos
flexores do quarto e quinto dedo. O território do nervo
mediano é o azul visto na imagem abaixo, a faixa restante da
mão e do antebraço é responsabilidade do nervo ulnar.
Os nervos ulnar e mediano dividem a inervação anterior do
antebraço e região anterior damão. Apenas metade do quarto
dedo é inervado pelo nervomediano (a parte sensitiva
representado em azul), a outra metade é pelo ulnar.
Esse nervo é responsável pela sensibilidade da superfície
palmar do primeiro, segundo, terceiro e metade do quarto
dedo e da superfície dorsal da falange distal destes dedos
(primeiro, segundo, terceiro e metade do quarto).
Lesão do nervomediano: resulta em uma atrofia da região
tenar damão com uma aparência chamada de simiesca ou
achatada (a região tenar damão desaparece). O nervo
mediano inerva os músculos pronador quadrado e redondo,
portanto, ocorre perda da pronação devido a paralisia do
pronador redondo e quadrado, movimento que, no entanto,
poderá ser realizado em algum grau pela ação domúsculo
braquiorradial (ele consegue fazer a metade da pronação,
mas não a pronação total).
Devido a paralisia do flexor radial do carpo, se tem desvio
ulnar do punho em função da contração do flexor ulnar do
carpo (n. ulnar), enquanto não se tem a contração do lado
radial.
Há 2músculos que fletem o carpo: são flexor radial do carpo
inervado por mediano e flexor ulnar do carpo inervado por
ulnar. Em lesão do nervomediano, o indivíduo continua
conseguindo fazer a flexão do carpo, mas não de forma reta,
porque quando ele fizer a flexão do punho o flexor ulnar
contrai.
A flexão das articulações metacarpofalângicas é preservada,
uma vez que é feita pelos interósseos (nervo ulnar).
A lesão do nervomediano pode acontecer por: lesões
traumáticas (ferimento por arma de fogo, arma branca ou
laceração), luxação anterior do ombro (porém émais comum
causar lesão do nervo axilar), fratura de úmero (é raro, pois o
nervo é protegido por tecidos moles, em geral lesam o nervo
radial, este que está grudado no osso).
O principal sinal de lesão nervomediano é o sinal damão em
benção: ao tentar fechar a mão, o paciente não consegue
flexionar o polegar e o indicador, enquanto os demais dedos
se encontram flexionados, lembrando a posição damão de
um padre ao dar a benção.
Sua lesão ocorre mais comumente por: uso demuletas
axilares, uso de torniquetes durante cirurgias e lesões
compressivas (síndrome do túnel do carpo, que comprime o
mediano no pulso).
A compressão do nervomediano no antebraço pode estar
relacionada com o aparecimento de algumas síndromes:
★ síndrome do interósseo anterior - compressão que
ocorre no arco tendíneo domúsculo flexor superficial
dos dedos. O indivíduo tem dor no antebraço e
fraqueza, principalmente domúsculo flexor longo do
polegar e flexor profundo dos dedos para o segundo e
terceiro dedo. Nesse caso, o pronador quadrado tem
que ser avaliado e o indivíduo consegue fazer a
pronação. Seu tratamento é cirúrgico por
descompressão
★ síndrome do pronador redondo - o nervomediano
passa entre as duas cabeças do pronador redondo.
Em alguns casos, pode haver uma contração deste
que comprime o nervomediano, provocando
fraqueza distal e perda de sensibilidade namão
★ síndrome do túnel do carpo - ocorre uma compressão
do nervomediano pela aponeurose palmar dentro do
túnel do carpo, com desaparecimento da região tenar
○ o túnel do carpo é o espaço entre os tendões
dos músculos flexores (teto) e a parte óssea
do carpo (assoalho). Ele é formado por 9
tendões: 4 tendões do flexor superficial, 4
tendões do flexor profundo e 1 tendão do
flexor longo do polegar
○ a compressão desse nervo causa uma dor
intensa associada a dificuldade de fechar as
mãos, somada da diminuição da
sensibilidade, cansaço ou peso no local da
compressão e parestesias nos 4 dedos
laterais, com piora durante a noite, podendo
inclusive acordar o paciente, levando-o a
movimentar as mãos e sacudi-las para
melhorar os sintomas, o que se explica pela
melhora da perfusão do nervo, como uma
tentativa de aumentar a circulação do
sangue, já que a artéria também está sendo
comprimida, podendo causar isquemia da
região. Manifesta dor namão, depois
antebraço, dificuldade de fechar a mão,
hipoestesia na face palmar damão
○ o tratamento é cirúrgico, através da
infiltração ou descompressão
N. ulnar
Tem ação oposta ao nervomediano.
Seu território de inervação inclui metademedial do quarto
dedo e quinto dedo. Ou seja, flexor profundo dos dedos (1/2
ulnar), flexor ulnar do carpo emúsculos intrínsecos damão.
Além de inervar todos os músculos da região hipotenar,
inerva, também, os músculos interósseos (primeiro, segundo,
terceiro e quarto) e a cabeça profunda do flexor curto do
polegar.
A mão representa caracteristicamente uma semi-garra,
chamada de garra ulnar, na síndrome damão em garra,
afetando os dedos anular e mínimo que se encontram
hiperestendidos nametacarpofalangeana e fletidos nas
interfalangeanas.
Tem-se atrofia principalmente entre os tendões extensores
dos dedos, que émais evidente entre o indicador e o polegar
em função dosmúsculos primeiro interósseo dorsal e adutor
do polegar. A atrofia na região hipotenar devido aos músculos
palmar curto, abdutor, flexor e oponente do dedomínimo.
Há 2 locais que o nervo ulnar é lesado: no túnel cubital e no
túnel/canal de Guyon.
O nervo ulnar pode ser comprimido ou traumatizado numa
fratura de epicôndilo do úmero ou na região do olécrano da
ulna.
★ essa compressão émuito comum no cotovelo de
tenistas, de tantomovimentar a musculatura esta é
hipertrofiada e comprime o nervo ulnar
★ ocorre então a síndrome do túnel cubital e/ou
síndrome do canal de Guyon, de forma que, o nervo
ulnar pode ser lesado no cotovelo ou no punho (é
lesado no canal de Guyon, junto com a artéria ulnar)
Uma lesão proximal no túnel cubital (epicôndilo medial) gera
a síndrome do túnel cubital. Uma lesão distal no túnel de
Guyon (o assoalho do túnel de guyon são os ossos pisiforme e
hamato) gera a síndrome de Guyon.
Essas síndromes resultam da compressão do nervo ulnar com
perda sensitiva do quinto emetade do quarto dedo, margem
medial damão e antebraço. Ocorre, também, uma fraqueza
nos músculos flexor profundo dos dedos e flexor ulnar do
carpo (o nervo ulnar inerva o flexor profundo do quarto e
quinto dedo e o flexor ulnar do carpo), músculos hipotenares,
interósseos, terceiro e quarto lumbricais, adutor do polegar (o
polegar fica abduzido por se perder a capacidade de fazer
adução) e parte de flexor curto do polegar (apenas parte
profunda).
O tratamento é cirúrgico por descompressão.
N. radial
É formado por C5-C8 (algumas vezes T1), ou seja, fascículo
posterior do plexo braquial e faz a inervação do tríceps e
depois continua para antebraço e dorso damão.
O nervo radial é responsável pela sensibilidade:
★ área central na face posterior do braço até o olécrano
(nervo cutâneo posterior do braço)
★ região posterior e central do antebraço (nervo
cutâneo posterior do antebraço)
★ área lateral do braço (nervo cutâneo lateral inferior
do braço)
★ face lateral do dorso damão, desde ametade lateral
do dorso do dedo anelar até o dorso do polegar,
incluindo a face dorsal dos dedos indicador e médio
até a sua falangemédia e lateral na eminência tenar
(nervo radial superficial)A lesão desse nervo ocorre principalmente por conta da
muleta, braço pendente nas costas de uma cadeira, deitar
sobre o braço, lesão no cotovelo, no antebraço e no punho.
Quantomais superior a lesão, pior ela será: se lesar por meio
de uma fratura de úmero, por exemplo, não inerva bíceps,
nem antebraço. Se for no cotovelo está preservado o tríceps e
bíceps, então estende o braço ainda. Se lesar o antebraço só
perde a sensibilidade damão. Seu tratamento é cirúrgico.
Consequências da lesão do nervo radial:
★ impossibilidade de extensão do cotovelo devido a
paralisia do tríceps (não tem reflexo tricipital, assim,
o indivíduo tem antebraço fletido emão fletida. A
mão ou cotovelo ficam caídos)
★ as alterações sensoriais sãomais comuns namão. A
alteraçãomais típica é o punho caído. A atrofia
bicipital é intensa traumas é omais comum (quebra
do terçomédio do úmero). vindo da região posterior
ele dar um ramo superficial segue para o dorso da
mão e um ramo profundo que faz inervação da
musculatura
★ perda da extensão nas articulações metacarpo
falangeanas devido a paralisia domúsculo extensor
comum dos dedos
★ caso a lesão ocorra no nervo interósseo posterior
(próximo ao epicôndilo lateral), as alterações serão
apenas motoras, sendo a principal, a extensão do
punho com desvio radial em função da preservação
do extensor radial longo e curto do punho e paralisia
do extensor ulnar do carpo
N. axilar
É formado por C5-C6, sendo o nervomais posterior do
fascículo posterior e inerva os músculos deltóide e o redondo
menor.
Lesões do axilar: sãomuito comuns. A função domúsculo
deltóide é fazer abdução do braço, então, o indivíduo com a
perda da inervação deste músculo não consegue fazer
abdução dos 45 aos 90º.
Ele está localizado entre os músculos redondomenor e
redondomaior, sendo acompanhado pela artéria circunflexa
da escápula (que é ramo da artéria subescapular).

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