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Disciplina: Direito do Trabalho II Nota: Professor: Catiane Melo AV2 Data: 23/11/2020 Curso: Direito Turma: 1005 Campus: Ilha do Governador Aluno: Dominique Walquíria Ribeiro Santos Matrícula: 201902120795 Instruções • Leia com atenção antes de responder. 1-) (Valor: 1,0) Marcos Vinícius foi contratado pelo Banco Alfa S/A na função de vigilante em 01/10/2015. Em 13/08/2016 Marcos faltou ao serviço injustificadamente, tendo sido advertido por escrito. Marcos Vinícius já havia faltado outras vezes, sem qualquer justificativa tendo sido advertido em todas as ocasiões. No dia 16/01/2017, Marcus Vinícius voltou a faltar sem qualquer justificativa, desta vez foi punido com 3 (três) dias de suspensão. Ao retornar da suspensão o Banco Alfa S/A resolveu dispensar Marcos Vinícius por justa causa. Diante do caso apresentado, responda justificadamente: O Banco Alfa S/A agiu corretamente ao dispensar Marcus Vinícius por justa causa? Na qualidade de advogado de Marcos o que deverá ser feito para defender o interesse do seu cliente. Justifique. Resposta: O Banco Alfa S/A agiu indevidamente ao mandar Marcos Vinícius embora por justa causa, pois eles já o tinham punido com a suspensão de três dias. Com o retorno do funcionário e sua demissão, o Banco acabou punindo-o duplamente. Ao montar a petição, é fundamental que o advogado alegue violação ao princípio Non Bis Idem, para que o juiz possa analisar que o sujeito acabou sendo punido duas vezes por sua desídia. Logo, a justa causa deverá ser revertida para demissão sem justa causa e o Banco terá que pagar todas as verbas rescisórias à qual seu ex- funcionário tenha direito (saldo de salário + aviso prévio indenizado, décimo terceiro proporcional, férias vencidas+ 1/3 constitucional, FGTS + 40%), além do direito ao seguro desemprego, caso ele preencha os requisitos, que será pago pelo empregador junto com as verbas rescisórias. Doutrina: Segundo o professor Sérgio Pinto Martins, “o empregador não poderá aplicar duas vezes a sanção pela mesma falta praticada pelo empregado, ou seja, ´non bis in idem´. Jurisprudência: JUSTA CAUSA - DUPLA PENALIDADE - "NON BIS IN IDEM". Constatada a dupla punição quanto ao mesmo ato faltoso do obreiro, em franca violação ao princípio do non bis in idem consagrado por todo o ordenamento jurídico, há que ser afastada a justa causa aplicada, por configurar ilegítimo exercício do poder disciplinar do empregador. (TRT-3 - RO: 00898201107303000 MG 0000898-96.2011.5.03.0073, Relator: Paulo Mauricio R. Pires, Primeira Turma, Data de Publicação: 09/03/2012.) 2-) (Valor: 1.0) Márcio da Silva foi admitido em 21/07/2011, na função de recepcionista, recebendo a título de remuneração o valor de R$ 1.500,00 ( mil e quinhentos reais), laborava de 13:00 às 21:00 hs. Sendo dispensado sem justa causa em 25\06\2018, mediante aviso prévio indenizado. Pergunta-se: a) Qual data deve ser aposta na CTPS como sendo o dia de término do contrato? Quais as verbas resilitórias Márcio deverá receber? Resposta: Na carteira de trabalho de Márcio da Silva, a data de saída a ser anotada deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, mesmo que indenizado (art. 487, da CLT), ou seja, conta-se mais 30 dias. Como foi demitido sem justa causa, as verbas que ele deverá receber são: saldo de salário + aviso prévio indenizado, décimo terceiro proporcional, férias vencidas + 1/3 constitucional, FGTS + 40%. Além de poder receber o seguro- desemprego, pago pelo Governo, caso ele preencha os requisitos. Doutrina: Para Gustavo Felipe Barbosa Garcia, o aviso prévio tem uma natureza tríplice: “direito, o qual corresponde a um dever; declaração unilateral (comunicação de término da relação de emprego); período que deve anteceder a efetiva terminação do contrato de trabalho.” Jurisprudência: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECURSO DE REVISTA - RECLAMANTE - EFEITO MODIFICATIVO - RETIFICAÇÃO DA CTPS - DATA DO TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO - PROJEÇÃO DO AVISO - PRÉVIO INDENIZADO - ALTERAÇÃO DO DECISUM DO ACÓRDÃO EMBARGADO - PROVIMENTO. Buscando a plena prestação jurisdicional, dá-se provimento aos embargos de declaração para, sanando a omissão, registrar que a Orientação Jurisprudencial nº 82 da SBDI- 1 do TST também se aplica na hipótese de o reclamante ter aderido ao Plano de Dispensa Incentivada. Retifica-se o dispositivo do acórdão embargado, para acrescentar que remanesce somente a determinação de retificação da CTPS no tocante à data de saída, devendo ser considerada a projeção do aviso - prévio. Embargos de declaração conhecidos e providos , com efeito modificativo . (TST - ED-RR: 3060868820075120007, Relator: Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, Data de Julgamento: 02/10/2019, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 04/10/2019) b) Com base na lei 13.467/2017 quando deve ocorrer o repasse rescisório? Caso o prazo de repasse não seja respeitado, qual é a consequência jurídica? Resposta: Independente da modalidade de extinção do contrato, as verbas rescisórias deverão ser pagas até 10 dias contados a partir do término do contrato. Como Márcio da Silva teve seu aviso prévio indenizado e não trabalhado, então seu último dia trabalhado é que será contado e o empregador terá até o dia 05\07\2018 para fazer o pagamento das verbas rescisórias (art. 477, § 6º, da CLT). Caso o empregador não respeito o prazo de repasse das verbas, ele arcará com multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora (art. 477, § 8º, da CLT). Doutrina: Para Luiz Eduardo Gunther (Juiz no Tribunal Regional do Trabalho da 9.ª Região), “a multa prevista no parágrafo 8.º do art. 477 da CLT possui natureza jurídica moratória pois pode ser “exigida simultaneamente com o pedido de pagamento da prestação que é objeto da obrigação”, e, ainda, híbrida porque de natureza: a) administrativa-trabalhista (160 BTNs, hoje UFIR – em favor da União); e, também, b) de direito material do trabalho (um salário em benefício do trabalhador)”. Jurisprudência: MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT. CONTAGEM DO PRAZO PARA PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS. A contagem do prazo para quitação das verbas decorrentes da rescisão contratual, prevista no artigo 477 da CLT, exclui, necessariamente, o dia da notificação da demissão e inclui o dia do vencimento, em obediência ao disposto no artigo 132 do Código Civil e OJ 162 da SDI-1 do TST. Assim, se a referida notificação for feita em uma sexta-feira, o prazo para o pagamento das verbas rescisórias somente se inicia no primeiro dia útil subsequente, ou seja, na segunda-feira, pois não seria possível ao empregador efetivar o pagamento e a homologação do acerto rescisório, haja vista que o sábado e domingo não são dias úteis. (TRT-3 - RO: 00691201506403009 MG 0000691-85.2015.5.03.0064, Relator: Lucilde D'Ajuda Lyra de Almeida, Decima Turma, Data de Publicação: 10/10/2017.) 3-) (Valor: 1.0 ) Josias recebeu a comunicação de sua dispensa em 16/03/2015, tendo optado em cumprir o aviso prévio com a diminuição da jornada diária de trabalho em duas horas. Ocorre que, após alguns dias, Josias adoeceu gravemente, passando a receber benefício previdenciário de auxílio-doença por noventa dias. Em face da situação narrada, a empresa C) pode rescindir o contrato de trabalho de Josias, devendo aguardar, entretanto, seu retorno após a alta médica previdenciária, uma vez que garantido está seu direito provisório ao emprego. 4-) (Valor: 1.0) Em se tratando de estabilidade e garantias provisórias de emprego, considerando a legislação vigente e a jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho, analise as seguintes proposições: I- Os titularesda representação dos empregados na CIPA não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. II- A empregada gestante goza de estabilidade desde a concepção da gravidez até cinco meses após o parto. III- O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. IV- O segurado que sofreu acidente de trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente. V- Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os salários do período compreendido entre a data da despedida e o final do período de estabilidade, não lhe sendo assegurada a reintegração no emprego. Responda: E) Todas as proposições estão corretas 5-) (Valor: 1.0) Não representa hipótese de rescisão indireta B) a ofensa que o empregador dirija ao empregado, inclusive quando se tratar de hipótese de legítima defesa. 6-) (Valor: 1.0) Tendo-se recusado a cumprir ordem lícita de serviço, um empregado foi advertido, por escrito, por seu gerente. Ao receber a advertência escrita, recusou-se a assinar cópia do documento do empregador, sob alegação de não concordar com seu conteúdo. Foi, então, despedido por justa causa, sob a imputação de ato de indisciplina. Nessa situação, infere-se que E) a empresa errou ao demitir por justa causa o empregado que se recusou a cumprir ordem lícita de serviço, pois o gerente já o havia advertido. 7-) (Valor: 1.0) A Lei 13.467/2017 trouxe uma série de inovações. Marque a alternativa correta de acordo com a nova lei: D) Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada, para dispensa individual, plúrima ou coletiva, previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, enseja quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia, salvo disposição em contrário estipulada entre as partes. 8-) (Valor: 1.0) Paulo, empregado de uma empresa siderúrgica, sofreu acidente do trabalho, entrando em gozo de auxílio-doença acidentário, a partir do décimo sexto dia de seu afastamento. Durante este período de percepção do benefício previdenciário, ele foi dispensado sem justa causa por seu empregador. Diante do exposto, assinale a alternativa correta. D) Paulo tem direito a ser reintegrado, em razão da suspensão do contrato de trabalho que se operou a partir do décimo sexto dia de afastamento.
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