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6 ano - cap 05 ao 08

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44 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 45
Membrana plasmática - modelo do mosaico fluido
CL
US
TE
RX
/S
hu
tt
er
st
oc
k.
co
m
Proteína 
Fosfolipídio
Bicamada 
fosfolipídica
Membrana plasmática
Célula
Especializações da membrana 
plasmática
A membrana plasmática é dotada de diversas especia-
lizações, que variam de acordo com as diferenciações ce-
lulares. Na parte externa da membrana, encontramos o 
glicocálix, tendo como função aderir uma célula à outra, 
protegendo-as contra agentes estranhos e selecionando 
o que pode entrar ou não. A membrana plasmática pode 
apresentar outras especializações em sua superfície:
•	Desmossomos e interdigitações: são estruturas 
responsáveis pela união de células vizinhas. Os des-
mossomos funcionam como adesivos, enquanto as 
interdigitações atuam como presilhas, deixando as 
células bem unidas para constituir o tecido epite-
lial (pele). Assim, regiões proeminentes de uma cé-
lula penetram regiões côncavas da célula vizinha, 
aumentando a superfície de contato entre as duas. 
Dessa forma, as interdigitações são encaixes simila-
res a um quebra-cabeça. Já os desmossomos asse-
melham-se a pontos de cola, unindo as regiões de 
contato de duas membranas.
•	Microvilosidades: são expansões da membrana que 
ocorrem de dentro para fora, para ampliar a área de ab-
sorção. Elas se assemelham a dedos de luvas e funcio-
nam aumentando o tamanho da superfície de contato 
da célula com o meio extracelular. Esse tipo de especia-
lização da membrana permite que células como a do in-
testino, que têm o papel de absorver nutrientes, reali-
zem sua função, já que uma maior superfície de contato 
representa um maior poder de absorção. 
Interdigitações
M
ic
ro
vi
lo
si
da
de
s
Demossomos
FC_Ciências_BNCC_6A_05.indd 45 23/10/2019 12:20:44
Ciências – 6o ano 44
5
Capítulo
Célula: unidade fundamental 
da vida – Parte I
No capítulo anterior, vimos que nosso organismo é 
uma máquina fantástica, na qual diversos componen-
tes atuam de forma coordenada. A unidade fundamen-
tal dessa máquina é a célula. A exemplo de uma edifi-
cação, em que tijolos, cimento, fios elétricos e canos 
proporcionam sustentação, energia elétrica e abasteci-
mento de água, respectivamente, nosso corpo também 
possui componentes especializados. Assim, podemos 
ver como as células se agrupam em níveis crescentes de 
complexidade, formando tecidos, órgãos, sistemas e or-
ganismos. Também vimos que, em alguns casos, a célu-
la sozinha é o próprio ser vivo, como os seres unicelula-
res. Agora, vamos começar a entender o que acontece 
no interior das células, como elas funcionam. 
Ko
m
sa
n 
Lo
on
pr
om
/S
hu
tt
er
st
oc
k.
co
m
Constituição das células
A célula é a menor parte capaz de formar o corpo de 
um ser vivo. Como geralmente são microscópicas, sem 
uso de lentes de aumento especiais, não seria possível es-
tudá-las. Dessa forma, o uso do microscópio nos permi-
tiu conhecer as principais estruturas de uma célula. De-
las, pode-se identificar a existência de três: a membrana, 
o citoplasma e o material genético, que, nas células euca-
riontes, está contido no núcleo. Vamos conhecer melhor 
cada uma delas, a função que elas cumprem e como fun-
cionam. Este capítulo será dedicado à membrana plas-
mática, e o capítulo seguinte se aterá ao estudo do cito-
plasma e do núcleo. 
Membrana plasmática
Toda célula possui uma barreira que, assim como a 
nossa pele, isola-a do seu meio externo. A membrana 
plasmática, ou plasmalema, é uma película que reves-
te externamente qualquer tipo de célula, seja animal, 
seja vegetal, seja de micro-organismos. Com o desen-
volvimento da microscopia, essa estrutura pôde ser ob-
servada com mais precisão e isso tornou possível com-
preender sua composição e configuração.
O modelo da membrana plasmática foi sugeri-
do em 1972 pelos pesquisadores Seymour J. Singer e 
Garth L. Nicolson e ficou conhecido como modelo do 
mosaico fluido. Você sabe o que é um mosaico? Tra-
ta-se de uma composição, muito utilizada para deco-
rar superfícies, que dispõe de peças coloridas forman-
do imagens ou padrões, sendo essas peças unidas por 
uma camada de massa ou cimento. O nome do modelo 
faz alusão à disposição das moléculas sobre a superfí-
cie: ela é composta de fosfolipídios e proteínas, sendo 
os primeiros dispostos em duas camadas contínuas, 
onde estão mergulhadas as moléculas de proteínas, 
como se fossem peças de um mosaico numa superfí-
cie lipídica. Essas moléculas de proteína, porém, não 
ficam paradas, elas se movimentam constantemente, 
daí esse “mosaico” ser fluido. 
Visão microscópica das células.
FC_Ciências_BNCC_6A_05.indd 44 23/10/2019 12:20:44
•	 Membrana	plasmática.	
•	 Difusão	e	osmose.	
•	 Bomba	de	sódio	e	potássio.	
•	 Transporte	de	grandes	moléculas.
Objetivos
didáticos
Objetivos
pedagógicos
•	 Conhecer	a	composição	e	configuração	
da	membrana	plasmática.	
•	 Identificar	as	funções	das	especializa-
ções	da	membrana	plasmática.	
•	 Descrever	os	processos	de	difusão	e	os-
mose	celular.	
•	 Conhecer	a	importância	da	bomba	de	
sódio	e	potássio.	
•	 Descrever	a	endocitose,	a	fagocitose,	a	
pinocitose	e	a	exocitose.
Anotações
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45Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 45
Membrana plasmática - modelo do mosaico fluido
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Proteína 
Fosfolipídio
Bicamada 
fosfolipídica
Membrana plasmática
Célula
Especializações da membrana 
plasmática
A membrana plasmática é dotada de diversas especia-
lizações, que variam de acordo com as diferenciações ce-
lulares. Na parte externa da membrana, encontramos o 
glicocálix, tendo como função aderir uma célula à outra, 
protegendo-as contra agentes estranhos e selecionando 
o que pode entrar ou não. A membrana plasmática pode 
apresentar outras especializações em sua superfície:
•	Desmossomos e interdigitações: são estruturas 
responsáveis pela união de células vizinhas. Os des-
mossomos funcionam como adesivos, enquanto as 
interdigitações atuam como presilhas, deixando as 
células bem unidas para constituir o tecido epite-
lial (pele). Assim, regiões proeminentes de uma cé-
lula penetram regiões côncavas da célula vizinha, 
aumentando a superfície de contato entre as duas. 
Dessa forma, as interdigitações são encaixes simila-
res a um quebra-cabeça. Já os desmossomos asse-
melham-se a pontos de cola, unindo as regiões de 
contato de duas membranas.
•	Microvilosidades: são expansões da membrana que 
ocorrem de dentro para fora, para ampliar a área de ab-
sorção. Elas se assemelham a dedos de luvas e funcio-
nam aumentando o tamanho da superfície de contato 
da célula com o meio extracelular. Esse tipo de especia-
lização da membrana permite que células como a do in-
testino, que têm o papel de absorver nutrientes, reali-
zem sua função, já que uma maior superfície de contato 
representa um maior poder de absorção. 
Interdigitações
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Demossomos
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Ciências – 6o ano 44
5
Capítulo
Célula: unidade fundamental 
da vida – Parte I
No capítulo anterior, vimos que nosso organismo é 
uma máquina fantástica, na qual diversos componen-
tes atuam de forma coordenada. A unidade fundamen-
tal dessa máquina é a célula. A exemplo de uma edifi-
cação, em que tijolos, cimento, fios elétricos e canos 
proporcionam sustentação, energia elétrica e abasteci-
mento de água, respectivamente, nosso corpo também 
possui componentes especializados. Assim, podemos 
ver como as células se agrupam em níveis crescentes de 
complexidade, formando tecidos, órgãos, sistemas e or-
ganismos. Também vimos que, em alguns casos, a célu-
la sozinha é o próprio ser vivo, como os seres unicelula-
res. Agora, vamos começar a entender o que acontece 
no interior das células, como elas funcionam. 
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Constituição das células
A célula é a menor parte capaz de formar o corpode 
um ser vivo. Como geralmente são microscópicas, sem 
uso de lentes de aumento especiais, não seria possível es-
tudá-las. Dessa forma, o uso do microscópio nos permi-
tiu conhecer as principais estruturas de uma célula. De-
las, pode-se identificar a existência de três: a membrana, 
o citoplasma e o material genético, que, nas células euca-
riontes, está contido no núcleo. Vamos conhecer melhor 
cada uma delas, a função que elas cumprem e como fun-
cionam. Este capítulo será dedicado à membrana plas-
mática, e o capítulo seguinte se aterá ao estudo do cito-
plasma e do núcleo. 
Membrana plasmática
Toda célula possui uma barreira que, assim como a 
nossa pele, isola-a do seu meio externo. A membrana 
plasmática, ou plasmalema, é uma película que reves-
te externamente qualquer tipo de célula, seja animal, 
seja vegetal, seja de micro-organismos. Com o desen-
volvimento da microscopia, essa estrutura pôde ser ob-
servada com mais precisão e isso tornou possível com-
preender sua composição e configuração.
O modelo da membrana plasmática foi sugeri-
do em 1972 pelos pesquisadores Seymour J. Singer e 
Garth L. Nicolson e ficou conhecido como modelo do 
mosaico fluido. Você sabe o que é um mosaico? Tra-
ta-se de uma composição, muito utilizada para deco-
rar superfícies, que dispõe de peças coloridas forman-
do imagens ou padrões, sendo essas peças unidas por 
uma camada de massa ou cimento. O nome do modelo 
faz alusão à disposição das moléculas sobre a superfí-
cie: ela é composta de fosfolipídios e proteínas, sendo 
os primeiros dispostos em duas camadas contínuas, 
onde estão mergulhadas as moléculas de proteínas, 
como se fossem peças de um mosaico numa superfí-
cie lipídica. Essas moléculas de proteína, porém, não 
ficam paradas, elas se movimentam constantemente, 
daí esse “mosaico” ser fluido. 
Visão microscópica das células.
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46 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 47
Processo de troca entre a 
célula e o meio externo 
Vimos que as células são capazes de selecionar o 
que perpassa sua membrana. O processo de troca en-
tre o meio intracelular (dentro da célula) e o meio ex-
tracelular (fora da célula) pode ocorrer de três formas:
 
•	Por meio de processos passivos, que acontecem 
sem haver o gasto de energia, como a difusão e a 
osmose. 
•	Por processo ativo, que acontece com gasto de 
energia, como a bomba de sódio e potássio. 
•	Por processos envolvendo vesículas (pequenas 
estruturas de transporte), que acontecem quando 
ocorre a entrada de partículas na célula, endocito-
se, ou a saída de partículas da célula, exocitose, ou 
clasmocitose. 
Para entender melhor os processos passivos, faz-se 
necessário entender o que são soluto e solvente.
•	Solvente: é toda substância utilizada para dissol-
ver o soluto. 
•	Soluto: substância que pode ser dissolvida pelo 
solvente.
Outro conceito importante é o de concentração, que 
corresponde à relação entre a quantidade de soluto dis-
persa no solvente. Imagine-se preparando um café: se 
você puser duas colheres de pó em 100 ml de água, seu 
café ficará “forte”, com coloração bem escura. Já se você 
puser as mesmas duas colheres em meio litro de água, 
seu café ficará “fraco”, com coloração bem clara e aspecto 
de chá. O mesmo poderia acontecer se você mantivesse 
a mesma quantidade de solvente e aumentasse a quanti-
dade de pó de café: aquele com mais pó ficaria mais “for-
te”. O que chamamos de café forte ou fraco, na verdade, 
diz respeito à sua concentração: o café escuro é mais con-
centrado que o café mais claro porque apresenta uma 
quantidade maior de soluto (pó) para cada mililitro de 
solvente (água). 
O conceito de concentração nos ajuda a compreen-
der os processos passivos. Os meios intracelular e in-
tercelular apresentam, cada um, uma concentração 
de partículas de soluto. Quando comparamos dois 
meios, aquele mais concentrado, ou seja, o que pos-
sui uma maior quantidade de soluto por unidade de 
solvente, é chamado hipertônico. Já o que possui me-
nor quantidade de partículas por unidade de solvente 
é o menos concentrado, chamado hipotônico. Quando 
a concentração entre ambos é semelhante, diz-se que 
são isotônicos.
Intercelular – Região ou espaço compreendido 
entre duas ou mais células.
Glossário
Difusão 
É a movimentação contínua de partículas de soluto 
do meio mais concentrado (hipertônico) para o de menor 
concentração (hipotônico). 
A difusão pode ser observada quando adicionamos 
água a uma substância corante, como anilina, ou até 
mesmo de cores fortes, como o permanganato de po-
tássio (KMnO4), que é usado em soluções antissépticas 
(medicamentos que promovem a limpeza de ferimen-
tos, protegendo-os de infecções).
Sangue venoso
Capilares
CO
2
O
2
Sangue arterial
Alvéolo
Hemácia
Para ver como acontece a difusão, coloque em um 
copo com água um comprimido de permanganato de 
potássio e observe que ele vai se dissolvendo gradati-
vamente. Isso ocorre porque o comprimido tem maior 
concentração de soluto que a água.
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Ciências – 6o ano 46
Você deve estar se perguntando: por que uma mem-
brana, aparentemente simples, possui tantos deta-
lhes? A sua composição e morfologia devem-se ao fato 
de que, a todo momento, a célula realiza trocas com 
o meio à sua volta. Desse modo, a membrana celular 
desempenha o papel importantíssimo de selecionar 
substâncias que entram e saem da célula. Evita-se, as-
sim, a perda de substâncias como as enzimas, necessá-
rias ao metabolismo, e protege-se, muitas vezes, a cé-
lula da absorção de toxinas encontradas no meio. Essa 
seleção de substâncias é chamada permeabilidade 
seletiva. 
Nas células vegetais, em algumas bactérias, fungos 
e protozoários, além da membrana plasmática, encon-
tramos externamente um revestimento bastante resis-
tente, denominado parede celular. Ela tem a função de 
oferecer resistência e sustentação, bem como evitar que 
a célula se rompa ao absorver substâncias do meio ex-
terno, conforme veremos adiante. 
Nos vegetais, a parede celular é composta, basica-
mente, pela  celulose;  na maioria dos  fungos, a pare-
de é formada por quitina; nos protozoários, ela é com-
posta por sílica; e, nas bactérias, a composição é de um 
açúcar chamado peptidoglicano. Alguns tipos de anti-
biótico, aqueles medicamentos que tomamos quando 
adquirimos infecções bacterianas, agem sobre a pare-
de celular das bactérias. Isso as fragiliza, fazendo com 
que elas se rompam. 
Celulose – É um carboidrato formado pela jun-
ção de grande quantidade de moléculas de glicose. 
Quitina – É uma substância córnea que compõe 
o exoesqueleto de alguns artrópodes e a parede ce-
lular de fungos.
Sílica – É uma substância branca e sólida encontra-
da na crosta terrestre e utilizada na fabricação de vidro.
Glossário
Membrana plasmática
Parede celular
Envoltórios da célula vegetal
Estrutura de uma célula bacteriana 
A doença celíaca não é uma alergia, mas, sim, uma 
doença autoimune caracterizada por uma lesão da 
mucosa intestinal, provocada pela incapacidade de 
digerir o glúten. 
Estudos apontam que mais de 1% da população mun-
dial sofre com a doença, mais conhecida como intole-
rância ao glúten. No Brasil, seriam mais de 2 milhões 
de pessoas com o problema. Em portadores da doen-
ça, o glúten agride e danifica as microvilosidades. Qual 
é o resultado desse efeito sobre a saúde do doente?
Investigue
Ribossomo
Citoplasma
Mesossomo
Membrana 
plasmática
Parede celular
Cápsula
DNA plasmídico
Flagelo
Fímbria
DNA cromossômico
(nucleoide)
du
cu
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47Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 47
Processo de troca entre a 
célula e o meio externo 
Vimos que as células são capazes de selecionar o 
que perpassa sua membrana. O processo de trocaen-
tre o meio intracelular (dentro da célula) e o meio ex-
tracelular (fora da célula) pode ocorrer de três formas:
 
•	Por meio de processos passivos, que acontecem 
sem haver o gasto de energia, como a difusão e a 
osmose. 
•	Por processo ativo, que acontece com gasto de 
energia, como a bomba de sódio e potássio. 
•	Por processos envolvendo vesículas (pequenas 
estruturas de transporte), que acontecem quando 
ocorre a entrada de partículas na célula, endocito-
se, ou a saída de partículas da célula, exocitose, ou 
clasmocitose. 
Para entender melhor os processos passivos, faz-se 
necessário entender o que são soluto e solvente.
•	Solvente: é toda substância utilizada para dissol-
ver o soluto. 
•	Soluto: substância que pode ser dissolvida pelo 
solvente.
Outro conceito importante é o de concentração, que 
corresponde à relação entre a quantidade de soluto dis-
persa no solvente. Imagine-se preparando um café: se 
você puser duas colheres de pó em 100 ml de água, seu 
café ficará “forte”, com coloração bem escura. Já se você 
puser as mesmas duas colheres em meio litro de água, 
seu café ficará “fraco”, com coloração bem clara e aspecto 
de chá. O mesmo poderia acontecer se você mantivesse 
a mesma quantidade de solvente e aumentasse a quanti-
dade de pó de café: aquele com mais pó ficaria mais “for-
te”. O que chamamos de café forte ou fraco, na verdade, 
diz respeito à sua concentração: o café escuro é mais con-
centrado que o café mais claro porque apresenta uma 
quantidade maior de soluto (pó) para cada mililitro de 
solvente (água). 
O conceito de concentração nos ajuda a compreen-
der os processos passivos. Os meios intracelular e in-
tercelular apresentam, cada um, uma concentração 
de partículas de soluto. Quando comparamos dois 
meios, aquele mais concentrado, ou seja, o que pos-
sui uma maior quantidade de soluto por unidade de 
solvente, é chamado hipertônico. Já o que possui me-
nor quantidade de partículas por unidade de solvente 
é o menos concentrado, chamado hipotônico. Quando 
a concentração entre ambos é semelhante, diz-se que 
são isotônicos.
Intercelular – Região ou espaço compreendido 
entre duas ou mais células.
Glossário
Difusão 
É a movimentação contínua de partículas de soluto 
do meio mais concentrado (hipertônico) para o de menor 
concentração (hipotônico). 
A difusão pode ser observada quando adicionamos 
água a uma substância corante, como anilina, ou até 
mesmo de cores fortes, como o permanganato de po-
tássio (KMnO4), que é usado em soluções antissépticas 
(medicamentos que promovem a limpeza de ferimen-
tos, protegendo-os de infecções).
Sangue venoso
Capilares
CO
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Sangue arterial
Alvéolo
Hemácia
Para ver como acontece a difusão, coloque em um 
copo com água um comprimido de permanganato de 
potássio e observe que ele vai se dissolvendo gradati-
vamente. Isso ocorre porque o comprimido tem maior 
concentração de soluto que a água.
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Ciências – 6o ano 46
Você deve estar se perguntando: por que uma mem-
brana, aparentemente simples, possui tantos deta-
lhes? A sua composição e morfologia devem-se ao fato 
de que, a todo momento, a célula realiza trocas com 
o meio à sua volta. Desse modo, a membrana celular 
desempenha o papel importantíssimo de selecionar 
substâncias que entram e saem da célula. Evita-se, as-
sim, a perda de substâncias como as enzimas, necessá-
rias ao metabolismo, e protege-se, muitas vezes, a cé-
lula da absorção de toxinas encontradas no meio. Essa 
seleção de substâncias é chamada permeabilidade 
seletiva. 
Nas células vegetais, em algumas bactérias, fungos 
e protozoários, além da membrana plasmática, encon-
tramos externamente um revestimento bastante resis-
tente, denominado parede celular. Ela tem a função de 
oferecer resistência e sustentação, bem como evitar que 
a célula se rompa ao absorver substâncias do meio ex-
terno, conforme veremos adiante. 
Nos vegetais, a parede celular é composta, basica-
mente, pela  celulose;  na maioria dos  fungos, a pare-
de é formada por quitina; nos protozoários, ela é com-
posta por sílica; e, nas bactérias, a composição é de um 
açúcar chamado peptidoglicano. Alguns tipos de anti-
biótico, aqueles medicamentos que tomamos quando 
adquirimos infecções bacterianas, agem sobre a pare-
de celular das bactérias. Isso as fragiliza, fazendo com 
que elas se rompam. 
Celulose – É um carboidrato formado pela jun-
ção de grande quantidade de moléculas de glicose. 
Quitina – É uma substância córnea que compõe 
o exoesqueleto de alguns artrópodes e a parede ce-
lular de fungos.
Sílica – É uma substância branca e sólida encontra-
da na crosta terrestre e utilizada na fabricação de vidro.
Glossário
Membrana plasmática
Parede celular
Envoltórios da célula vegetal
Estrutura de uma célula bacteriana 
A doença celíaca não é uma alergia, mas, sim, uma 
doença autoimune caracterizada por uma lesão da 
mucosa intestinal, provocada pela incapacidade de 
digerir o glúten. 
Estudos apontam que mais de 1% da população mun-
dial sofre com a doença, mais conhecida como intole-
rância ao glúten. No Brasil, seriam mais de 2 milhões 
de pessoas com o problema. Em portadores da doen-
ça, o glúten agride e danifica as microvilosidades. Qual 
é o resultado desse efeito sobre a saúde do doente?
Investigue
Ribossomo
Citoplasma
Mesossomo
Membrana 
plasmática
Parede celular
Cápsula
DNA plasmídico
Flagelo
Fímbria
DNA cromossômico
(nucleoide)
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48 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 49
3| De acordo com seu conhecimento a respeito do mo-
delo do mosaico fluido, marque a alternativa em que es-
tão indicados corretamente os nomes das moléculas 
abaixo:
a. 1 - Fosfolipídios e 2 - Glicocálix.
b. 1 - Proteínas e 2 - Fosfolipídios.
c. X 1 - Fosfolipídios e 2 - Proteínas.
d. 1 - Proteínas e 2 - Glicocálix.
A osmose é um conceito muito comum no nosso dia 
a dia. Usamos o soro para a reidratação oral em indiví-
duos com diarreia: ele é administrado com a concentra-
ção exata para que o organismo não desidrate, sendo, 
portanto, isotônico em relação ao nosso sangue. Nesse 
caso, ele exerce a pressão osmótica adequada para que 
nosso organismo não perca água. 
Osmose.
Porque possibilita à célula manter a composição intra-
celular diversa do meio ambiente.
Exercite sua 
memória
1| A membrana plasmática das células exerce uma im-
portante função: selecionar o que entra e sai da célula. 
Em virtude dessa capacidade, dizemos que a membra-
na é semipermeável ou que apresenta permeabilida-
de seletiva. Algumas substâncias, entretanto, entram 
de forma espontânea na célula por transporte passivo. 
Um exemplo é a água na célula animal, que pode entrar 
sem controle e causar a sua ruptura. Como é conheci-
do o processo no qual a água se difunde para o interior 
da célula?
2| Todas as células possuem uma membrana plasmáti-
ca, ou plasmalema, que separa o conteúdo protoplas-
mático, ou meio intracelular, do meio ambiente. Por que 
é tão importante manter a integridade dessa estrutura?
Va
nD
en
Bl
in
d/
Sh
ut
te
rs
to
ck
.c
om
1
2
A membrana plasmática da célula intacta deve ser for-
mada por duas camadas de lipídios (uma bicamada).
4| (UFPR) O atual modelo de estrutura da membrana 
plasmática celular é conhecido por modelo do mosai-
co fluido, proposto em 1972 pelos pesquisadores Singer 
e Nicolson. Como todo conhecimento em Ciência, esse 
modelo foi proposto a partir de conhecimentos prévios. 
Um importante marco nessa construção foi o experi-
mento descrito a seguir: 
Hemácias humanas, que só possuem membrana 
plasmática (não há membranas internas), foram lisadas 
(rompidas) em solução de detergente, e os lipídios fo-
ram cuidadosamente dispersos na superfície da água. 
Foi, então, medida a área ocupada por esses lipídios na 
superfície da água e ficou constatadoque ela correspon-
dia ao dobro do valor da superfície das hemácias. 
Que conclusão foi possível depreender desse ex-
perimento, com relação à estrutura das membranas 
celulares?
FC_Ciências_BNCC_6A_05.indd 49 23/10/2019 12:20:46
Ciências – 6o ano 48
É possível explicar a difusão no nosso organismo 
usando como exemplo a troca gasosa que acontece 
nas células. Essa troca ocorre quando o gás oxigênio, 
em maior quantidade na corrente sanguínea, penetra 
na célula, que o consumirá para obter energia; proces-
so conhecido por respiração celular. Depois disso, o 
gás carbônico produzido nesse processo, e em alta con-
centração na célula, passa para a corrente sanguínea e 
é transportado até os pulmões pela inspiração, para ser 
eliminado no processo respiratório da expiração.
Sangue venoso
Capilares
CO
2
O
2
Sangue arterial
Alvéolo
Hemácia
Existe também a difusão facilitada. Esse processo é 
parecido com a difusão propriamente dita. Algumas subs-
tâncias são transportadas do meio mais concentrado para 
o meio menos concentrado graças à participação de subs-
tâncias especiais denominadas permeases. 
A difusão facilitada é igualmente um processo passi-
vo. Ela sucede quando, por exemplo, a glicose (principal 
alimento celular) vai entrar na célula, pois há a necessida-
de de uma permease chamada insulina para isso ocorrer.
Osmose
Já na osmose, é a água que passa do meio de me-
nor concentração de soluto (meio hipotônico) para o de 
maior concentração de soluto (meio hipertônico). Você 
já observou o que acontece quando temperamos uma 
salada com sal, e não a comemos imediatamente? Os 
vegetais vão murchando. Isso ocorre porque o sal so-
bre os vegetais cria um meio de maior concentração. A 
água, então, passa dos vegetais (meio hipotônico) para 
o meio externo, que tem maior concentração (hipertôni-
co). Com a perda de água dos vegetais, sua salada mur-
cha rapidamente. Observe a ilustração. 
A
B
H2O
Solução hipotônica
Solução 
hipertônica
Água pura
Membrana 
semipermeável
Meio B (mais concentrado)
Meio A (menos concentrado)
Solução de água com mais açúcar (as moléculas de açúcar são representadas 
por pontos). A água passará do meio A para o meio B até as duas concentra-
ções se igualarem.
Como vimos, a tendência é igualarem-se as con-
centrações das substâncias que se comunicam. No 
entanto, existe uma força que impede a ocorrência da 
osmose, chama-se pressão osmótica. No exemplo, o 
valor da pressão que deve ser aplicada à solução (B) 
para impedir a passagem da água pura (A) para a solu-
ção (B) é o valor da pressão osmótica da solução (B). 
Isso ocorre porque as concentrações se igualaram, 
impedindo que a passagem de água continuasse nos 
meios isotônicos entre si.
Água pura
Pistão
Membrana 
semipermeável
A B
Solução de água com menos açúcar (as moléculas de açúcar são representa-
das por pontos). Membrana parcialmente permeável (semelhante à membra-
na plasmática) que realiza um processo seletivo.
FC_Ciências_BNCC_6A_05.indd 48 23/10/2019 12:20:45
Por que o sal faz subir a pressão 
arterial? 
Porque	ele	aumenta	o	volume	de	san-
gue	dentro	das	veias	e	artérias.	Isso	acon-
tece	 devido	 a	 uma	 característica	 quími-
ca	do	cloreto	de	sódio	(o	sal	de	cozinha):	
ele	 atrai	 as	 moléculas	 de	 água	 para	 si.	
Quando	 uma	 pessoa	 ingere	 muito	 sal,	
essa	 substância	 se	 acumula	no	 sangue	 e	
no	fluido	extracelular	—	ou	seja,	 fora	das	
células	do	corpo.	O	 sódio	aumenta	a	afi-
nidade	desses	fluidos	com	a	água,	e	o	or-
ganismo,	por	sua	vez,	tem	que	preservar	a	
proporção	habitual	entre	ela	e	o	sal	nes-
se	 espaço	 extracelular:	 é	 o	 que	 os	 cien-
tistas	 chamam	 de	 equilíbrio osmótico.	
“Para	manter	o	equilíbrio,	o	corpo	acaba	
retendo	mais	água	e	essa	absorção	faz	au-
mentar	a	quantidade	de	sangue	circulan-
do	nos	vasos.	Isso	eleva	a	pressão	arterial	
da	pessoa”,	diz	a	fisiologista	Nanci	Amaral	
Rebouças,	da	USP.	Para	poder	suprir	o	cor-
po	de	água,	existem	duas	formas.	
A	 primeira,	 óbvio,	 é	 bebê-la	—	 para	 que	
seja	 rapidamente	 absorvida.	 Caso	 isso	 não	
ocorra,	a	segunda	entra	em	ação	naturalmen-
te:	hormônios	antidiuréticos	(que	impedem	a	
produção	de	 urina)	 são	 liberados	 pelo	 cére-
bro,	fazendo	os	rins	reterem	mais	água.	“Por	
isso	a	pessoa	sente	mais	sede	quando	ingere	
alimentos	muito	salgados”,	afirma	Nanci.	
Disponível	em:	https://super.abril.com.br/mundo-estranho/por-
que-o-sal-faz-subir-a-pressao-arterial/.	Acesso	em:	04/10/2019.
Leitura
complementar
Anotações
ME_FC_Ciências_6A_02.indd 48 05/03/2020 10:51:02
49Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 49
3| De acordo com seu conhecimento a respeito do mo-
delo do mosaico fluido, marque a alternativa em que es-
tão indicados corretamente os nomes das moléculas 
abaixo:
a. 1 - Fosfolipídios e 2 - Glicocálix.
b. 1 - Proteínas e 2 - Fosfolipídios.
c. X 1 - Fosfolipídios e 2 - Proteínas.
d. 1 - Proteínas e 2 - Glicocálix.
A osmose é um conceito muito comum no nosso dia 
a dia. Usamos o soro para a reidratação oral em indiví-
duos com diarreia: ele é administrado com a concentra-
ção exata para que o organismo não desidrate, sendo, 
portanto, isotônico em relação ao nosso sangue. Nesse 
caso, ele exerce a pressão osmótica adequada para que 
nosso organismo não perca água. 
Osmose.
Porque possibilita à célula manter a composição intra-
celular diversa do meio ambiente.
Exercite sua 
memória
1| A membrana plasmática das células exerce uma im-
portante função: selecionar o que entra e sai da célula. 
Em virtude dessa capacidade, dizemos que a membra-
na é semipermeável ou que apresenta permeabilida-
de seletiva. Algumas substâncias, entretanto, entram 
de forma espontânea na célula por transporte passivo. 
Um exemplo é a água na célula animal, que pode entrar 
sem controle e causar a sua ruptura. Como é conheci-
do o processo no qual a água se difunde para o interior 
da célula?
2| Todas as células possuem uma membrana plasmáti-
ca, ou plasmalema, que separa o conteúdo protoplas-
mático, ou meio intracelular, do meio ambiente. Por que 
é tão importante manter a integridade dessa estrutura?
Va
nD
en
Bl
in
d/
Sh
ut
te
rs
to
ck
.c
om
1
2
A membrana plasmática da célula intacta deve ser for-
mada por duas camadas de lipídios (uma bicamada).
4| (UFPR) O atual modelo de estrutura da membrana 
plasmática celular é conhecido por modelo do mosai-
co fluido, proposto em 1972 pelos pesquisadores Singer 
e Nicolson. Como todo conhecimento em Ciência, esse 
modelo foi proposto a partir de conhecimentos prévios. 
Um importante marco nessa construção foi o experi-
mento descrito a seguir: 
Hemácias humanas, que só possuem membrana 
plasmática (não há membranas internas), foram lisadas 
(rompidas) em solução de detergente, e os lipídios fo-
ram cuidadosamente dispersos na superfície da água. 
Foi, então, medida a área ocupada por esses lipídios na 
superfície da água e ficou constatado que ela correspon-
dia ao dobro do valor da superfície das hemácias. 
Que conclusão foi possível depreender desse ex-
perimento, com relação à estrutura das membranas 
celulares?
FC_Ciências_BNCC_6A_05.indd 49 23/10/2019 12:20:46
Ciências – 6o ano 48
É possível explicar a difusão no nosso organismo 
usando como exemplo a troca gasosa que acontece 
nas células. Essa troca ocorre quando o gás oxigênio, 
em maior quantidade na corrente sanguínea, penetra 
na célula, que o consumirá para obter energia; proces-
so conhecido por respiração celular. Depois disso, o 
gás carbônico produzido nesse processo, e em alta con-
centração na célula, passa para a corrente sanguínea e 
é transportado até os pulmões pela inspiração, para ser 
eliminado no processo respiratório da expiração.
Sangue venoso
Capilares
CO
2
O
2
Sangue arterial
Alvéolo
Hemácia
Existe também a difusão facilitada. Esse processo é 
parecido com a difusão propriamente dita. Algumas subs-
tâncias são transportadas do meio mais concentrado para 
o meio menos concentrado graças à participação de subs-tâncias especiais denominadas permeases. 
A difusão facilitada é igualmente um processo passi-
vo. Ela sucede quando, por exemplo, a glicose (principal 
alimento celular) vai entrar na célula, pois há a necessida-
de de uma permease chamada insulina para isso ocorrer.
Osmose
Já na osmose, é a água que passa do meio de me-
nor concentração de soluto (meio hipotônico) para o de 
maior concentração de soluto (meio hipertônico). Você 
já observou o que acontece quando temperamos uma 
salada com sal, e não a comemos imediatamente? Os 
vegetais vão murchando. Isso ocorre porque o sal so-
bre os vegetais cria um meio de maior concentração. A 
água, então, passa dos vegetais (meio hipotônico) para 
o meio externo, que tem maior concentração (hipertôni-
co). Com a perda de água dos vegetais, sua salada mur-
cha rapidamente. Observe a ilustração. 
A
B
H2O
Solução hipotônica
Solução 
hipertônica
Água pura
Membrana 
semipermeável
Meio B (mais concentrado)
Meio A (menos concentrado)
Solução de água com mais açúcar (as moléculas de açúcar são representadas 
por pontos). A água passará do meio A para o meio B até as duas concentra-
ções se igualarem.
Como vimos, a tendência é igualarem-se as con-
centrações das substâncias que se comunicam. No 
entanto, existe uma força que impede a ocorrência da 
osmose, chama-se pressão osmótica. No exemplo, o 
valor da pressão que deve ser aplicada à solução (B) 
para impedir a passagem da água pura (A) para a solu-
ção (B) é o valor da pressão osmótica da solução (B). 
Isso ocorre porque as concentrações se igualaram, 
impedindo que a passagem de água continuasse nos 
meios isotônicos entre si.
Água pura
Pistão
Membrana 
semipermeável
A B
Solução de água com menos açúcar (as moléculas de açúcar são representa-
das por pontos). Membrana parcialmente permeável (semelhante à membra-
na plasmática) que realiza um processo seletivo.
FC_Ciências_BNCC_6A_05.indd 48 23/10/2019 12:20:45
Osmose no ovo 
Obs.:	Não	é	preciso	quebrar	a	casca	do	ovo	
para	a	saída	de	fluidos.	
Material: 
•	 1	ovo	inteiro	(cozido)	e	sem	casca.	
•	 Solução	saturada	de	açúcar.	
•	 Recipiente.	
Preparo da solução supersaturada de 
açúcar:	
1	–	Adicione	250	g	de	açúcar	a	cerca	de	250	
ml	de	água	quente,	continue	aquecendo	e	
mexendo	 até	 que	 a	 dissolução	 seja	 com-
pleta.	A	solução	ficará	amarelada	e	viscosa.	
Procedimento: 
1	–	Coloque	o	ovo	no	recipiente	e	adicione	
cerca	de	250	ml	da	solução	fria	supersatu-
rada	de	açúcar.	
2	–	Deixe	o	sistema	em	repouso	por	pelo	me-
nos	mais	um	dia.	
3	–	Após	esse	período,	retire	cuidadosamente	
o	ovo	da	solução	de	açúcar,	lave-o	e	compare	
seu	tamanho	com	o	de	um	ovo	normal.	
Conclusão: 
A	membrana	que	envolve	o	ovo	é	semiper-
meável,	pois	permite	a	passagem	da	água	
de	uma	solução	mais	diluída	(meio	hipotô-
nico)	para	uma	mais	concentrada	(meio	hi-
pertônico):	esse	processo	de	transferência	
da	água	por	meio	da	membrana	semiper-
meável	é	conhecido	como	osmose.
Disponível	 em:	 https://educador.brasilescola.uol.com.br/es-
trategias-ensino/osmose-no-ovo.htm.	Acesso	em:	14/10/2019.	
Adaptado.
Sugestão de
atividade
Anotações
ME_FC_Ciências_6A_02.indd 49 05/03/2020 10:51:02
50 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 51
Íon – Átomo (menor partícula de um elemento) 
ou grupo de átomos eletricamente carregados.
Glossário
1 – Os íons de sódio (Na+) do citoplasma se unem ao com-
plexo proteico da membrana. 
2 – Ocorre transferência de fosfato energético para o com-
plexo proteico. 
3 – Os íons de sódio (Na+) são lançados no meio extracelular. 
4 – Dois íons de potássio (K+) do meio extracelular se unem 
ao complexo proteico.
5 – O fosfato, já sem energia, libera-se do complexo proteico. 
6 – Os íons de potássio (K+) são lançados no citoplasma.
Na+
K+
P
Inicia-se um 
novo ciclo.
ATP
ADP
CITOPLASMA
1
2
3
4
5
6
Bomba de sódio e potássio
Fagocitose
Transporte de grandes 
moléculas
Como vimos, a membrana plasmática é seletivamen-
te permeável. No entanto, há algumas partículas que 
são maiores e, portanto, não conseguem atravessar di-
retamente a membrana plasmática. Assim, para entrar 
na célula ou sair dela, é preciso que tal partícula seja en-
volvida por uma vesícula. 
A endocitose, que é a entrada de substâncias, pode 
se realizar de duas maneiras:
•	Fagocitose: é a “ingestão” de partículas sólidas, 
como o englobamento de micro-organismos (bac-
térias) pelos leucócitos (glóbulos brancos, células 
de defesa do organismo). Após o englobamento, o 
micro-organismo é destruído, pois, naquela vesícu-
la, são lançadas enzimas que degradam a partícu-
la englobada.
Enzimas – Proteínas que atuam como catalisa-
dores, ou seja, aumentam a velocidade de reações 
químicas necessárias à vida, contudo não sofrem al-
terações em sua composição química. 
Glossário
Partícula alimentar 
sólida Pseudópode
Fagossomo
•	Pinocitose: ocorre quando a célula adquire, do 
meio extracelular, líquidos e algumas partículas, 
como proteínas, dissolvidas na água.
Pinocitose
Partícula alimentar líquida
Canal de pinocitose
Pinossomo
FC_Ciências_BNCC_6A_05.indd 51 23/10/2019 12:20:47
Ciências – 6o ano 50
5| (Unics) Zeca é um biólogo e estava estudando 3 tubos 
de ensaio contendo hemácias, as quais foram analisa-
das ao microscópio.
No primeiro tubo (A), as células estavam murchas; no se-
gundo (B), normais; e, no terceiro (C), inchadas.
Pode-se afirmar que as hemácias foram colocadas em 
solução:
a. hipotônica no tubo A.
b. X isotônica no tubo B.
c. hipertônica no tubo C.
d. hipotônica no tubo B.
e. isotônica no tubo A.
A B C
A solução salina recomendada é hipertônica em relação 
à célula vegetal. Assim, por osmose, a célula perde mui-
ta água e fica plasmolisada, daí a crocância observada 
nas batatas fritas.
6| (Uepa – Adaptada) Leia o texto abaixo:
Receita de batata frita
Corte as batatas em fatias finas e mergulhe-as em 
uma mistura de água e sal, na proporção de uma colher 
de sopa de sal para cada litro de água. Retire pequenas 
porções de batata da solução salina e frite. Não precisa 
acrescentar sal. As batatas ficam crocantes e levemen-
te salgadas. 
Explique por que as batatas ficaram crocantes.
Desde a Antiguidade, os povos egípcios e mesopotâ-
micos já se preocupavam em desenvolver técnicas 
para a conservação de alimentos. Uma das primei-
ras técnicas desenvolvidas foi a  salga, que surgiu 
da necessidade de preservar os peixes que seriam 
comercializados. Ainda hoje, países como Noruega, 
Islândia e Canadá utilizam essa técnica. Aqui no Bra-
sil, a salga é bem comum na conservação de carnes.
Sabendo disso, reflita e responda: por que a carne 
salgada demora mais tempo para estragar?
Investigue
Bomba de sódio (Na) e 
potássio (K)
Esse tipo de transporte ocorre com gasto de ener-
gia, por isso é chamado transporte ativo. É relaciona-
do a dois importantes íons: o íon de sódio (Na+) e o íon 
de potássio (K+). Com a utilização de energia, o sódio 
(Na+) é colocado para fora da célula, e o íon de potássio 
(K+), para dentro da célula. Esse tipo de passagem ocor-
re contra o gradiente de concentração, ou seja, os íons 
se deslocam de onde estão menos concentrados para 
os locais de maior concentração. Para que isso ocorra, 
é importante a presença das proteínas na membrana 
plasmática. Você se lembra do mosaico fluido? Então, as 
proteínas que se encontram dispersas nas camadas de 
lipídios capturam íons de sódio do meio intracelular e 
os transportam para o meio extracelular, nele capturan-
do os íons de potássio e transportando-os para o meio 
intracelular.
Esse processo é importante principalmente para al-
guns tipos especiais de célula, como as células nervosas 
(neurônios), pois, graças à bomba de sódio e potássio, 
existe carga elétrica na membrana plasmática, o que 
permite a propagação de impulsos elétricos necessários 
ao funcionamento do sistema nervoso.
Dependendo do tipo de carga, positiva ou negativa, 
os íons se classificam em cátions (aqueles que têm car-
ga elétrica positiva)e ânions (aqueles que têm carga 
elétrica negativa). 
FC_Ciências_BNCC_6A_05.indd 50 23/10/2019 12:20:46
Leitura
complementar
Os benefícios do potássio para o 
atleta 
Uma	das	principais	funções	do	potássio	é	a	
manutenção	do	potencial	de	membrana.	Isso	
porque,	em	sua	 forma	de	 íon,	o	potássio	é	o	
principal	cátion	intracelular,	diferente	do	sódio,	
por	exemplo,	que	é	o	principal	íon	extracelular.	
Existe	 um	 balanço	 entre	 potássio	 e	 o	
sódio,	nos	meios	intra	e	extracelulares,	que	
criam	um	gradiente	eletroquímico	conheci-
do	como	potencial de membrana,	ou	seja,	
quando	 há	 um	 estímulo	 por	 neurotrans-
missores,	há	uma	saída	de	potássio	da	cé-
lula	 e	 uma	 entrada	 de	 sódio	 (por	 curtos	
períodos),	os	quais	proporcionam	determi-
nadas	 reações	 intracelulares	 que	 são	 im-
portantes	como	a	contração	muscular,	na	
função	cardíaca,	entre	outras.	
Anotações
ME_FC_Ciências_6A_02.indd 50 05/03/2020 10:51:03
51Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 51
Íon – Átomo (menor partícula de um elemento) 
ou grupo de átomos eletricamente carregados.
Glossário
1 – Os íons de sódio (Na+) do citoplasma se unem ao com-
plexo proteico da membrana. 
2 – Ocorre transferência de fosfato energético para o com-
plexo proteico. 
3 – Os íons de sódio (Na+) são lançados no meio extracelular. 
4 – Dois íons de potássio (K+) do meio extracelular se unem 
ao complexo proteico.
5 – O fosfato, já sem energia, libera-se do complexo proteico. 
6 – Os íons de potássio (K+) são lançados no citoplasma.
Na+
K+
P
Inicia-se um 
novo ciclo.
ATP
ADP
CITOPLASMA
1
2
3
4
5
6
Bomba de sódio e potássio
Fagocitose
Transporte de grandes 
moléculas
Como vimos, a membrana plasmática é seletivamen-
te permeável. No entanto, há algumas partículas que 
são maiores e, portanto, não conseguem atravessar di-
retamente a membrana plasmática. Assim, para entrar 
na célula ou sair dela, é preciso que tal partícula seja en-
volvida por uma vesícula. 
A endocitose, que é a entrada de substâncias, pode 
se realizar de duas maneiras:
•	Fagocitose: é a “ingestão” de partículas sólidas, 
como o englobamento de micro-organismos (bac-
térias) pelos leucócitos (glóbulos brancos, células 
de defesa do organismo). Após o englobamento, o 
micro-organismo é destruído, pois, naquela vesícu-
la, são lançadas enzimas que degradam a partícu-
la englobada.
Enzimas – Proteínas que atuam como catalisa-
dores, ou seja, aumentam a velocidade de reações 
químicas necessárias à vida, contudo não sofrem al-
terações em sua composição química. 
Glossário
Partícula alimentar 
sólida Pseudópode
Fagossomo
•	Pinocitose: ocorre quando a célula adquire, do 
meio extracelular, líquidos e algumas partículas, 
como proteínas, dissolvidas na água.
Pinocitose
Partícula alimentar líquida
Canal de pinocitose
Pinossomo
FC_Ciências_BNCC_6A_05.indd 51 23/10/2019 12:20:47
Ciências – 6o ano 50
5| (Unics) Zeca é um biólogo e estava estudando 3 tubos 
de ensaio contendo hemácias, as quais foram analisa-
das ao microscópio.
No primeiro tubo (A), as células estavam murchas; no se-
gundo (B), normais; e, no terceiro (C), inchadas.
Pode-se afirmar que as hemácias foram colocadas em 
solução:
a. hipotônica no tubo A.
b. X isotônica no tubo B.
c. hipertônica no tubo C.
d. hipotônica no tubo B.
e. isotônica no tubo A.
A B C
A solução salina recomendada é hipertônica em relação 
à célula vegetal. Assim, por osmose, a célula perde mui-
ta água e fica plasmolisada, daí a crocância observada 
nas batatas fritas.
6| (Uepa – Adaptada) Leia o texto abaixo:
Receita de batata frita
Corte as batatas em fatias finas e mergulhe-as em 
uma mistura de água e sal, na proporção de uma colher 
de sopa de sal para cada litro de água. Retire pequenas 
porções de batata da solução salina e frite. Não precisa 
acrescentar sal. As batatas ficam crocantes e levemen-
te salgadas. 
Explique por que as batatas ficaram crocantes.
Desde a Antiguidade, os povos egípcios e mesopotâ-
micos já se preocupavam em desenvolver técnicas 
para a conservação de alimentos. Uma das primei-
ras técnicas desenvolvidas foi a  salga, que surgiu 
da necessidade de preservar os peixes que seriam 
comercializados. Ainda hoje, países como Noruega, 
Islândia e Canadá utilizam essa técnica. Aqui no Bra-
sil, a salga é bem comum na conservação de carnes.
Sabendo disso, reflita e responda: por que a carne 
salgada demora mais tempo para estragar?
Investigue
Bomba de sódio (Na) e 
potássio (K)
Esse tipo de transporte ocorre com gasto de ener-
gia, por isso é chamado transporte ativo. É relaciona-
do a dois importantes íons: o íon de sódio (Na+) e o íon 
de potássio (K+). Com a utilização de energia, o sódio 
(Na+) é colocado para fora da célula, e o íon de potássio 
(K+), para dentro da célula. Esse tipo de passagem ocor-
re contra o gradiente de concentração, ou seja, os íons 
se deslocam de onde estão menos concentrados para 
os locais de maior concentração. Para que isso ocorra, 
é importante a presença das proteínas na membrana 
plasmática. Você se lembra do mosaico fluido? Então, as 
proteínas que se encontram dispersas nas camadas de 
lipídios capturam íons de sódio do meio intracelular e 
os transportam para o meio extracelular, nele capturan-
do os íons de potássio e transportando-os para o meio 
intracelular.
Esse processo é importante principalmente para al-
guns tipos especiais de célula, como as células nervosas 
(neurônios), pois, graças à bomba de sódio e potássio, 
existe carga elétrica na membrana plasmática, o que 
permite a propagação de impulsos elétricos necessários 
ao funcionamento do sistema nervoso.
Dependendo do tipo de carga, positiva ou negativa, 
os íons se classificam em cátions (aqueles que têm car-
ga elétrica positiva) e ânions (aqueles que têm carga 
elétrica negativa). 
FC_Ciências_BNCC_6A_05.indd 50 23/10/2019 12:20:46
Ele	 ainda	 é	 importantíssimo	 cofator	
para	enzimas,	como	a	potássio-ATPase	e	a	
Piruvato	Quinase,	que	é	importante	no	me-
tabolismo	de	carboidratos	e	para	a	correta	
absorção	e	utilização	desse	macronutrien-
te	pelo	nosso	corpo.	
Atletas	de	alta	performance,	como	mara-
tonistas,	ciclistas	e	triatletas,	se	beneficiam	
com	esse	nutriente	em	doses	adequadas	no	
organismo,	pois	é	o	potássio	que	auxilia	no	
balanço	hidroeletrolítico	do	corpo,	auxilian-
do	a	controlar	a	tonicidade	de	alguns	líqui-
dos,	 como	o	próprio	 sangue,	 regulação	do	
nível	de	desidratação	em	provas	de	longas	
durações	e	temperaturas	extremas.	
O	potássio	é	absorvido	no	intestino	del-
gado,	e	hormônios	como	epinefrina,	insuli-
na	e	aldosterona	são	responsáveis	por	man-
ter	os	níveis	séricos	desse	mineral	em	torno	
de	16	a	22	mg/dL	e	também	por	aumentar	
sua	captação	para	o	músculo	esquelético,	fí-
gado,	ossos	e	glóbulos	vermelhos.	
[...]
O potássio no rendimento esportivo 
Depois	das	funções	no	organismo	como	
fator	de	equilíbrio,	o	potássio	é	um	mine-
ral	importante	para	melhorar	no	desempe-
nho	e	até	mesmo	à	recuperação	muscular.	
Por	meio	de	um	bom	controle	 hidroe-
letrolítico,	o	corpo	tende	a	reduzir	a	fadiga	
muscular	e	a	controlar	durante	a	atividade	
física	 inúmeras	 funções	 fisiológicas,	como	
a	manutenção	da	temperatura	corporal	e	o	
nível	de	desidratação	que	podem	compro-
meter	o	desempenho	do	atleta.	
Ainda,	 o	potássio	 é	 um	dos	nutrientes	
fundamentais	 para	 o	 balanço	 nitrogena-
do	 positivo	 do	 corpo,	 favorecendo	 assim	
a	 preservação	 e	 maior	 síntese	 de	 massa	
muscular.	
Em	 termos	 de	 funções	 fisiológicas,	 a	
bomba	de	sódio	e	potássio	está	 ligada	di-
retamente	a	processos	de	contração	mus-
cular	e	condução	dos	impulsos	nervosos	—	
fundamentais	desde	o	início	do	treino	até	o	
final,	permitindo	que	o	atleta	não	perca	o	
rendimento	esportivo.	
Disponível	 em:	 http://www.nutrivanessalodi.com.	 br/os-
beneficios-potassio-para-atletas/.	 Acesso	 em:	 04/10/2019.	
Adaptado.
Anotações
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52 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 53
4| (Moji)A membrana plasmática, apesar de invisível ao 
microscópio óptico, está presente:
a. X em todas as células, seja ela procariótica ou eu-
cariótica.
b. apenas nas células animais.
c. apenas nas células vegetais.
d. apenas nas células dos eucariontes.
e. apenas nas células dos procariontes.
3| Legumes são cozidos em água salgada e em água sem 
sal. Em qual dos casos eles ficarão mais macios? Por 
quê?
a. X Na água sem sal, porque não haverá perda de 
água dos legumes por osmose.
b. Na água com sal, porque não haverá perda de 
água dos legumes por osmose.
c. Na água sem sal, porque haverá perda de água 
dos legumes por osmose.
d. Na água com sal, porque haverá perda de água 
dos legumes por osmose.
e. Em ambos os casos, os legumes terão a mesma 
textura.
6| A osmose é um fenômeno que ocorre quando duas 
soluções são separadas por uma membrana semiper-
meável que permite o fluxo de solvente. O fluxo sempre 
ocorre do meio:
a. X hipotônico para o hipertônico.
b. hipertônico para o hipotônico.
c. isotônico para o hipotônico.
d. isotônico para o hipertônico.
e. hipertônico para o hipertônico.
8| A parede celular das células vegetais é formada, prin-
cipalmente, por um polissacarídeo constituído por mo-
nômeros de glicose ligados entre si. Analise as alterna-
tivas a seguir e marque o nome desse componente da 
parede celular.
a. Pectina.
b. X Celulose.
c. Lignina.
5| Uma hemácia foi colocada em um local rico em água, 
do qual não se conhece a concentração de solutos. Após 
algum tempo, a célula aumentou de tamanho em virtude 
da passagem da água por meio da osmose. Nesse caso, 
podemos concluir que a hemácia foi colocada em meio:
a. hipertônico.
b. isotônico.
7| (UFPel – Adaptada) Atenção na cozinha: não é acon-
selhável temperar, com sal e vinagre, uma salada de 
verduras ou um pedaço de carne muito tempo antes de 
consumir. Provavelmente, as folhas da verdura ficarão 
murchas, e a carne vai começar a liberar muito líquido. 
Baseado no texto e em seus conhecimentos, é correto 
afirmar que, em ambos os casos, ocorrerá:
a. a difusão do solvente do meio hipotônico para o 
hipertônico.
b. a lise celular, e, por isso, as células liberarão 
água, pois foram colocadas em meio isotônico.
c. a exocitose da água, por meio de vesículas for-
madas na pinocitose.
d. X um processo de osmose, em que as células per-
derão água por serem submetidas a um meio hiper-
tônico.
e. um processo de transporte ativo, em que a 
água será secretada para facilitar a entrada do sal 
nas células.
9| (PUC–RS) No início da década de 1970, dois cientistas 
(Singer e Nicholson) esclareceram definitivamente como é 
a estrutura das membranas celulares, propondo o mode-
lo denominado mosaico fluido. Neste conceito, todas as 
membranas presentes nas células animais e vegetais são 
constituídas basicamente pelos seguintes componentes:
a. ácidos nucleicos e proteínas.
b. ácidos nucleicos e enzimas.
c. lipídios e enzimas.
d. enzimas e glicídios.
e. X lipídios e proteínas.
d. Hemicelulose.
e. Glicogênio.
c. X hipotônico.
d. metatônico.
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Ciências – 6o ano 52
Meio extracelular
Vesícula 
expolítica Citoplasma
Exocitose
Na exocitose, ou clasmocitose, o que ocorre é o inverso 
dos casos anteriores. Forma-se uma vesícula dentro da cé-
lula, que levará partículas residuais para o meio extracelu-
lar. Essa vesícula vai se deslocando até se fundir à membra-
na plasmática e lançar seu conteúdo no meio extracelular. 
Laboratório de 
ciências
Osmômetro de batata
Objetivo: 
Construir um osmômetro caseiro e realizar avalia-
ções quantitativas sobre osmose.
Materiais:
 ■ Duas batatas inglesas cruas. ■ 1 faca sem ponta ou de plástico. ■ 1 colher (café). ■ Sal. ■ Açúcar. ■ 5 pratos descartáveis. ■ Guardanapos de papel ou papel toalha. ■ Caneta marcador permanente ou fita-crepe.
Procedimento:
1. Corte as batatas ao meio, dispensando uma das me-
tades.
2. Faça um buraco, utilizando a colher, no centro dos 
três pedaços restantes das batatas.
3. Seque bem os pedaços com papel toalha ou guarda-
napo.
4. Marque três pratos, escrevendo diretamente com ca-
neta marcador permanente ou em fita-crepe: “açú-
car”, “sal” e “controle”. Os pratos devem estar limpos 
e secos antes de começar a experiência.
5. Coloque uma metade da batata em cada um dos pra-
tos descartáveis, com o buraco voltado para cima.
6. Adicione uma medida de açúcar no buraco da bata-
ta colocada no prato marcado com a palavra “açú-
car” e uma medida de sal na batata do prato mar-
cado com “sal”. Na batata do prato “controle”, não 
coloque nada. É importante que você distribua, den-
tro do buraco, a mesma quantidade de açúcar e sal.
7. Nos outros dois pratos sem batata, coloque uma me-
dida de açúcar e uma medida de sal.
8. Aguarde alguns minutos observando para ver o que 
vai acontecer.
9. Reúna os resultados obtidos em um pequeno texto 
em seu caderno. Não se esqueça de relacionar esses 
dados ao conteúdo estudado e justificar os fatos ob-
servados. 
1| Uma salada de alface e tomate foi temperada com uma 
solução de vinagre e sal e, posteriormente, adicionou-se 
azeite a ela. Após determinado tempo, as folhas de alface 
murcharam. Qual é o nome do fenômeno ocorrido?
a. Exocitose.
b. Difusão.
c. Difusão facilitada.
d. X Osmose.
Ciência prática
2| Algumas partículas não são capazes de atravessar a 
membrana plasmática da célula e precisam ser incorpo-
radas de outras maneiras. As partículas dissolvidas em 
água, tais como os polissacarídeos, são incorporadas à 
célula por:
a. fagocitose.
b. osmose.
c. X pinocitose.
d. exocitose.
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Sugestão de
leitura
Biologia celular e molecular 
Autores: José	Carneiro	e	Luiz	Carlos	Uchôa	
Junqueira	
O	clássico	Biologia celular e molecular che-
ga	à	nona	edição	totalmente	renovado,	to-
dos	 os	 capítulos	 foram	 minuciosamente	
revisados	e	atualizados	com	base	nas	mais	
recentes	pesquisas;	novas	micrografias	ele-
trônicas	foram	adicionadas,	e	todos	os	de-
senhos	 foram	 refeitos	 e	 aperfeiçoados.	
Nessa	 edição,	 você	 encontrará	 mais	 de-
talhes	 sobre	a	origem	e	o	crescimento	da	
parede	 das	 células	 vegetais;	 novas	 infor-
mações	 sobre	a	penetração	de	macromo-
léculas	proteicas	nos	plastos;	 textos	atua-
lizados	sobre	as	moléculas	que	participam	
da	 fotossíntese;	 proteínas	 recentemente	
descobertas	que	participam	do	retículo	en-
doplasmático;	novos	tópicos	sobre	as	pro-
teínas	das	membranas	dos	lisossomos;	es-
pecificação	 das	 proteínas	 do	 envoltório	
nuclear;	envelopatias	(distúrbios	decorren-
tes	de	mutações	nas	proteínas	do	envelope	
nuclear);	 descrição	 dos	 compartimentos	
ou	domínios	nucleares;	mais	 informações	
sobre	células-tronco;	mais	conteúdo	sobre	
os	fatores	que	controlam	o	ciclo	celular.
Sugestão de
atividade
Demonstrar a osmose em célula 
vegetal (alface) 
Material:	
•	 Alface	fresca.	
•	 Água.	
•	 1	prato	ou	vasilha.	
•	 1	colher.	
•	 Sal	de	cozinha.	
Procedimento: 
1-	 Colocar	 uma	 folha	 de	 alface	 em	 um	
recipiente.	
2-	Adicionar	sal	de	cozinha	sobre	a	folha.	
3-	Aguardar	até	que	a	folha	perca	sua	resis-
tência	e	fique	flácida.	
A	folha	apresenta	aspecto	murcho	devido	
ao	sal	adicionado	à	sua	superfície.	O	inte-
rior	das	células	da	alface	tem	menor	con-
centração	 de	 solutos	 (meio	 hipotônico)	
em	relação	ao	sal	colocado	sobre	a	folha.	
A	 combinação	 do	 sal	 com	 a	 umidade	 do	
ar	proporciona	que	esse	meio	seja	hiper-
tônico	em	relação	ao	 interior	das	células	
de	alface,	 fazendo	com	que	a	água	se	di-
funda	para	fora	da	folha,	proporcionando	
o	aspecto	murcho	que	pode	 também	ser	
visualizado	após	algum	tempo	que	a	sala-
da	foi	temperada.	
Disponível	em:	http://www.biologia.seed.pr.gov.br/	arquivos/
File/praticas/osmose_alface.pdf.	Acesso	em:	21/02/2019.
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53Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 53
4| (Moji) A membranaplasmática, apesar de invisível ao 
microscópio óptico, está presente:
a. X em todas as células, seja ela procariótica ou eu-
cariótica.
b. apenas nas células animais.
c. apenas nas células vegetais.
d. apenas nas células dos eucariontes.
e. apenas nas células dos procariontes.
3| Legumes são cozidos em água salgada e em água sem 
sal. Em qual dos casos eles ficarão mais macios? Por 
quê?
a. X Na água sem sal, porque não haverá perda de 
água dos legumes por osmose.
b. Na água com sal, porque não haverá perda de 
água dos legumes por osmose.
c. Na água sem sal, porque haverá perda de água 
dos legumes por osmose.
d. Na água com sal, porque haverá perda de água 
dos legumes por osmose.
e. Em ambos os casos, os legumes terão a mesma 
textura.
6| A osmose é um fenômeno que ocorre quando duas 
soluções são separadas por uma membrana semiper-
meável que permite o fluxo de solvente. O fluxo sempre 
ocorre do meio:
a. X hipotônico para o hipertônico.
b. hipertônico para o hipotônico.
c. isotônico para o hipotônico.
d. isotônico para o hipertônico.
e. hipertônico para o hipertônico.
8| A parede celular das células vegetais é formada, prin-
cipalmente, por um polissacarídeo constituído por mo-
nômeros de glicose ligados entre si. Analise as alterna-
tivas a seguir e marque o nome desse componente da 
parede celular.
a. Pectina.
b. X Celulose.
c. Lignina.
5| Uma hemácia foi colocada em um local rico em água, 
do qual não se conhece a concentração de solutos. Após 
algum tempo, a célula aumentou de tamanho em virtude 
da passagem da água por meio da osmose. Nesse caso, 
podemos concluir que a hemácia foi colocada em meio:
a. hipertônico.
b. isotônico.
7| (UFPel – Adaptada) Atenção na cozinha: não é acon-
selhável temperar, com sal e vinagre, uma salada de 
verduras ou um pedaço de carne muito tempo antes de 
consumir. Provavelmente, as folhas da verdura ficarão 
murchas, e a carne vai começar a liberar muito líquido. 
Baseado no texto e em seus conhecimentos, é correto 
afirmar que, em ambos os casos, ocorrerá:
a. a difusão do solvente do meio hipotônico para o 
hipertônico.
b. a lise celular, e, por isso, as células liberarão 
água, pois foram colocadas em meio isotônico.
c. a exocitose da água, por meio de vesículas for-
madas na pinocitose.
d. X um processo de osmose, em que as células per-
derão água por serem submetidas a um meio hiper-
tônico.
e. um processo de transporte ativo, em que a 
água será secretada para facilitar a entrada do sal 
nas células.
9| (PUC–RS) No início da década de 1970, dois cientistas 
(Singer e Nicholson) esclareceram definitivamente como é 
a estrutura das membranas celulares, propondo o mode-
lo denominado mosaico fluido. Neste conceito, todas as 
membranas presentes nas células animais e vegetais são 
constituídas basicamente pelos seguintes componentes:
a. ácidos nucleicos e proteínas.
b. ácidos nucleicos e enzimas.
c. lipídios e enzimas.
d. enzimas e glicídios.
e. X lipídios e proteínas.
d. Hemicelulose.
e. Glicogênio.
c. X hipotônico.
d. metatônico.
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Ciências – 6o ano 52
Meio extracelular
Vesícula 
expolítica Citoplasma
Exocitose
Na exocitose, ou clasmocitose, o que ocorre é o inverso 
dos casos anteriores. Forma-se uma vesícula dentro da cé-
lula, que levará partículas residuais para o meio extracelu-
lar. Essa vesícula vai se deslocando até se fundir à membra-
na plasmática e lançar seu conteúdo no meio extracelular. 
Laboratório de 
ciências
Osmômetro de batata
Objetivo: 
Construir um osmômetro caseiro e realizar avalia-
ções quantitativas sobre osmose.
Materiais:
 ■ Duas batatas inglesas cruas. ■ 1 faca sem ponta ou de plástico. ■ 1 colher (café). ■ Sal. ■ Açúcar. ■ 5 pratos descartáveis. ■ Guardanapos de papel ou papel toalha. ■ Caneta marcador permanente ou fita-crepe.
Procedimento:
1. Corte as batatas ao meio, dispensando uma das me-
tades.
2. Faça um buraco, utilizando a colher, no centro dos 
três pedaços restantes das batatas.
3. Seque bem os pedaços com papel toalha ou guarda-
napo.
4. Marque três pratos, escrevendo diretamente com ca-
neta marcador permanente ou em fita-crepe: “açú-
car”, “sal” e “controle”. Os pratos devem estar limpos 
e secos antes de começar a experiência.
5. Coloque uma metade da batata em cada um dos pra-
tos descartáveis, com o buraco voltado para cima.
6. Adicione uma medida de açúcar no buraco da bata-
ta colocada no prato marcado com a palavra “açú-
car” e uma medida de sal na batata do prato mar-
cado com “sal”. Na batata do prato “controle”, não 
coloque nada. É importante que você distribua, den-
tro do buraco, a mesma quantidade de açúcar e sal.
7. Nos outros dois pratos sem batata, coloque uma me-
dida de açúcar e uma medida de sal.
8. Aguarde alguns minutos observando para ver o que 
vai acontecer.
9. Reúna os resultados obtidos em um pequeno texto 
em seu caderno. Não se esqueça de relacionar esses 
dados ao conteúdo estudado e justificar os fatos ob-
servados. 
1| Uma salada de alface e tomate foi temperada com uma 
solução de vinagre e sal e, posteriormente, adicionou-se 
azeite a ela. Após determinado tempo, as folhas de alface 
murcharam. Qual é o nome do fenômeno ocorrido?
a. Exocitose.
b. Difusão.
c. Difusão facilitada.
d. X Osmose.
Ciência prática
2| Algumas partículas não são capazes de atravessar a 
membrana plasmática da célula e precisam ser incorpo-
radas de outras maneiras. As partículas dissolvidas em 
água, tais como os polissacarídeos, são incorporadas à 
célula por:
a. fagocitose.
b. osmose.
c. X pinocitose.
d. exocitose.
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54 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 55
Já os microtúbulos são estruturas mais espessas e 
longas do que os microfilamentos e atuam na formação 
de estruturas chamadas centríolos, cílios e flagelos. Os 
centríolos são estruturas importantes para a divisão das 
células, que estudaremos mais detalhadamente adian-
te. Já os cílios e flagelos são estruturas de locomoção 
de muitas células: os cílios são estruturas mais curtas e 
numerosas, que realizam um movimento pendular, uma 
espécie de “batimento”. Já os flagelos são mais compri-
dos, ocorrem em menor quantidade e seu movimento 
é ondulatório. O espermatozoide (gameta masculino) 
consegue “nadar” graças ao flagelo, e o paramécio (pro-
tozoário) move-se por meio de cílios.
Gameta – Célula masculina ou feminina reprodu-
tora dos seres vivos.
Glossário
do
om
u/
Sh
ut
te
rs
to
ck
.c
om
Imagem em 3D da estrutura de um espermatozoide.
Sa
ku
rr
a/
Sh
ut
te
rs
to
ck
.c
om
Estrutura de um paramécio.
Exercite sua 
memória
1| (U. Alfenas) O esquema representa um corte de uma 
célula, observado no microscópio eletrônico.
As estruturas numeradas, indicadas pelas setas, e suas 
principais funções são, respectivamente:
a. 1 - seleciona quem entra e quem sai da célula; 2 
- controla as atividades celulares; 3 - armazena as or-
ganelas.
b. X 1 - controla as atividades celulares; 2 - seleciona 
quem entra e quem sai da célula; 3 - armazena as or-
ganelas.
c. 1 - faz a digestão para a célula; 2 - respiração ce-
lular; 3 - armazena as organelas.
d. 1 - armazenamento de proteínas; 2 - respiração 
celular; 3 - produz proteínas.
e. 1 - controla as atividades da célula; 2 - respira-
ção celular; 3 - seleciona quem entra e quem sai da 
célula.
1
3
2
Ola Ko/Shutterstock.com
Organoides citoplasmáticos
Retículo endoplasmático
Corresponde a um sistema de tubos e bolsas acha-
tadas interligados, formando uma rede de canais com 
função principal de distribuição de substâncias no inte-
rior da célula. O retículo endoplasmático pode ocorrer 
de duas formas:
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Ciências – 6o ano 54
6
Capítulo
Célula: unidade fundamental 
da vida – Parte II
As células, assim como nossoorganismo, realizam 
uma série de funções: respirar, digerir, sustentar-se, loco-
mover-se, eliminar resíduos, reproduzir-se, etc. Neste ca-
pítulo, entenderemos como uma estrutura tão pequena 
pode ser tão complexa. Para isso, assim como o nosso or-
ganismo, as células também possuem seus “órgãos”, cha-
mados organoides. Esses minúsculos órgãos trabalham 
de forma coordenada para que as células realizem suas 
atividades vitais. 
No capítulo anterior, estudamos a membrana plas-
mática, assimilando os processos que conectam as cé-
lulas ao meio extracelular. Agora, vamos compreender 
o que acontece no interior das células, como esses or-
ganoides trabalham de forma coordenada, como se fos-
se uma grande orquestra. Para isso, estudaremos, neste 
capítulo, o citoplasma, a maior região da célula, e o nú-
cleo, uma espécie de centro de controle.
Citoplasma
O citoplasma é a porção mais volumosa da célula. Ele 
se localiza entre a membrana plasmática e o núcleo e é 
composto de hialoplasma e organoides. Nos seres proca-
riontes, como não há um núcleo delimitado, o citoplasma 
é todo o conteúdo no interior da membrana plasmática. 
O hialoplasma, também conhecido por citosol, é um lí-
quido viscoso (semelhante a um gel) formado por íons e 
moléculas orgânicas dissolvidos em água. Entre as molé-
culas orgânicas, estão as fibras de proteínas que dão for-
ma à célula e também contribuem para o movimento e o 
transporte de substâncias em seu interior. Esse conjunto 
de fibras é chamado citoesqueleto e funciona exatamen-
te como nosso esqueleto: dá sustentação e forma às célu-
las. Já os organoides funcionam como se fossem peque-
nos órgãos da célula, cada um com sua função específica, 
voltados ao bom funcionamento celular, garantindo seu 
metabolismo. 
La
 G
or
da
/S
hu
tt
er
st
oc
k.
co
m
Vesícula
Microvilosidades
Nucléolo
Núcleo
Retículo 
endoplasmático liso
Complexo golgiense
Membrana 
plasmática 
Citoplasma
Microtúbulo 
Mitocôndria
Centríolos
Vista em corte transversal de uma célula animal.
Exemplos dessas fibras proteicas são os microfila-
mentos e os microtúbulos. Os primeiros são compos-
tos de fios torcidos que dão sustentação, por exemplo, à 
membrana e formam as dobras que aumentam a super-
fície de contato de algumas células com substâncias di-
versas. Essas dobras são conhecidas como microvilosi-
dades e estão presentes principalmente em células do 
intestino para aumentar a sua capacidade de absorção 
de nutrientes. Você já se perguntou por que as células 
têm forma se o seu interior é preenchido por um mate-
rial viscoso? É justamente por causa dessas fibras pro-
teicas que elas adquirem forma ou mesmo mudam de 
forma quando necessário — algumas dessas fibras são 
capazes de se contrair ou expandir. 
FC_Ciências_BNCC_6A_06.indd 54 23/10/2019 12:23:17
Objetivos
didáticos
•	 Citoplasma.	
•	 Núcleo.	
Objetivos
pedagógicos
•	 Conhecer	e	identificar	os	organoides	ci-
toplasmáticos.	
•	 Descrever	a	estrutura	do	núcleo	das	células.
Animação célula 3D 
https://www.youtube.com/watch?v=gy	
GWN_Vk2ps
Sugestão de
vídeo
Criação de um modelo de célula 
animal 
Material:	
•	 Bolas	de	 isopor	ocas	para	representar	a	
membrana	 plasmática.	 Com	 cada	 bola,	
poderão	ser	feitas	duas	células.	
•	 Bola	de	 isopor	maciça	para	representar	o	
núcleo.	 Lembre-se	 de	 comprá-la	 em	 um	
tamanho	bem	inferior	à	oca.	Você	poderá	
substituir	essa	bola	por	qualquer	outra	es-
fera	maciça.	
•	 Tinta	para	pintar	as	bolas	de	isopor.	
Sugestão de
atividade
BNCC
Habilidades trabalhadas no capítulo
(EF06CI05) Explicar	 a	 organização	 básica	
das	células	e	seu	papel	como	unidade	es-
trutural	e	funcional	dos	seres	vivos.	
•	 Gel	para	cabelo	para	representar	o	citoplasma.	
•	 Massinha	de	modelar	para	confeccionar	as	organelas.	
Procedimento: 
1	-	Para	iniciar	a	criação	da	célula,	é	necessário	levar	uma	figura	esquemática	para	que	os	
alunos	saibam	como	são	as	organelas	celulares.	
2	 -	 Primeiramente,	 peça	para	que	os	 alunos	pintem	o	 isopor	 que	 representará	 a	
membrana	plasmática	e	o	núcleo.	É	 importante	evitar	pintar	o	 interior	do	 isopor	
oco,	pois	pode	dificultar	a	observação	das	organelas	caso	a	cor	escolhida	seja	mui-
to	forte.	
3	-	Enquanto	o	material	seca,	peça	para	que	eles	observem	atentamente	a	figura	e	
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55Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 55
Já os microtúbulos são estruturas mais espessas e 
longas do que os microfilamentos e atuam na formação 
de estruturas chamadas centríolos, cílios e flagelos. Os 
centríolos são estruturas importantes para a divisão das 
células, que estudaremos mais detalhadamente adian-
te. Já os cílios e flagelos são estruturas de locomoção 
de muitas células: os cílios são estruturas mais curtas e 
numerosas, que realizam um movimento pendular, uma 
espécie de “batimento”. Já os flagelos são mais compri-
dos, ocorrem em menor quantidade e seu movimento 
é ondulatório. O espermatozoide (gameta masculino) 
consegue “nadar” graças ao flagelo, e o paramécio (pro-
tozoário) move-se por meio de cílios.
Gameta – Célula masculina ou feminina reprodu-
tora dos seres vivos.
Glossário
do
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Imagem em 3D da estrutura de um espermatozoide.
Sa
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Estrutura de um paramécio.
Exercite sua 
memória
1| (U. Alfenas) O esquema representa um corte de uma 
célula, observado no microscópio eletrônico.
As estruturas numeradas, indicadas pelas setas, e suas 
principais funções são, respectivamente:
a. 1 - seleciona quem entra e quem sai da célula; 2 
- controla as atividades celulares; 3 - armazena as or-
ganelas.
b. X 1 - controla as atividades celulares; 2 - seleciona 
quem entra e quem sai da célula; 3 - armazena as or-
ganelas.
c. 1 - faz a digestão para a célula; 2 - respiração ce-
lular; 3 - armazena as organelas.
d. 1 - armazenamento de proteínas; 2 - respiração 
celular; 3 - produz proteínas.
e. 1 - controla as atividades da célula; 2 - respira-
ção celular; 3 - seleciona quem entra e quem sai da 
célula.
1
3
2
Ola Ko/Shutterstock.com
Organoides citoplasmáticos
Retículo endoplasmático
Corresponde a um sistema de tubos e bolsas acha-
tadas interligados, formando uma rede de canais com 
função principal de distribuição de substâncias no inte-
rior da célula. O retículo endoplasmático pode ocorrer 
de duas formas:
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Ciências – 6o ano 54
6
Capítulo
Célula: unidade fundamental 
da vida – Parte II
As células, assim como nosso organismo, realizam 
uma série de funções: respirar, digerir, sustentar-se, loco-
mover-se, eliminar resíduos, reproduzir-se, etc. Neste ca-
pítulo, entenderemos como uma estrutura tão pequena 
pode ser tão complexa. Para isso, assim como o nosso or-
ganismo, as células também possuem seus “órgãos”, cha-
mados organoides. Esses minúsculos órgãos trabalham 
de forma coordenada para que as células realizem suas 
atividades vitais. 
No capítulo anterior, estudamos a membrana plas-
mática, assimilando os processos que conectam as cé-
lulas ao meio extracelular. Agora, vamos compreender 
o que acontece no interior das células, como esses or-
ganoides trabalham de forma coordenada, como se fos-
se uma grande orquestra. Para isso, estudaremos, neste 
capítulo, o citoplasma, a maior região da célula, e o nú-
cleo, uma espécie de centro de controle.
Citoplasma
O citoplasma é a porção mais volumosa da célula. Ele 
se localiza entre a membrana plasmática e o núcleo e é 
composto de hialoplasma e organoides. Nos seres proca-
riontes, como não há um núcleo delimitado, o citoplasma 
é todo o conteúdo no interior da membrana plasmática. 
O hialoplasma, também conhecido por citosol, é um lí-
quido viscoso (semelhante a um gel) formado por íons e 
moléculas orgânicas dissolvidos em água. Entre as molé-
culas orgânicas, estão as fibras de proteínas que dão for-
ma à célula e também contribuem para o movimento e o 
transporte de substânciasem seu interior. Esse conjunto 
de fibras é chamado citoesqueleto e funciona exatamen-
te como nosso esqueleto: dá sustentação e forma às célu-
las. Já os organoides funcionam como se fossem peque-
nos órgãos da célula, cada um com sua função específica, 
voltados ao bom funcionamento celular, garantindo seu 
metabolismo. 
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 G
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da
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co
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Vesícula
Microvilosidades
Nucléolo
Núcleo
Retículo 
endoplasmático liso
Complexo golgiense
Membrana 
plasmática 
Citoplasma
Microtúbulo 
Mitocôndria
Centríolos
Vista em corte transversal de uma célula animal.
Exemplos dessas fibras proteicas são os microfila-
mentos e os microtúbulos. Os primeiros são compos-
tos de fios torcidos que dão sustentação, por exemplo, à 
membrana e formam as dobras que aumentam a super-
fície de contato de algumas células com substâncias di-
versas. Essas dobras são conhecidas como microvilosi-
dades e estão presentes principalmente em células do 
intestino para aumentar a sua capacidade de absorção 
de nutrientes. Você já se perguntou por que as células 
têm forma se o seu interior é preenchido por um mate-
rial viscoso? É justamente por causa dessas fibras pro-
teicas que elas adquirem forma ou mesmo mudam de 
forma quando necessário — algumas dessas fibras são 
capazes de se contrair ou expandir. 
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tentem	reproduzir	as	organelas	utilizan-
do	a	massinha.	Após	a	confecção	das	or-
ganelas	e	a	 total	 secagem	das	bolas	de	
isopor,	inicie	a	montagem	da	célula.	Co-
loque	gel	no	interior	da	bola	oca	de	iso-
por	e,	posteriormente,	distribua	as	orga-
nelas	no	gel.	
Disponível	em:	http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrate-
gias-ensino/criacao-um-modelo-celula-animal.htm.	Acesso	em:	
04/10/2019.	Adaptado.
Anotações
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56 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 57
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Vesícula transportadora de proteínas do retículo 
endoplasmático para o complexo golgiense
Complexo golgiense
Digestão intracelular
Vesículas de 
secreção 
Membrana 
plasmática
Secreção de 
proteínas
O início da vida se dá no encontro entre a célula re-
produtora masculina, o espermatozoide, e a feminina, o 
óvulo. Mas existe no espermatozoide uma estrutura fun-
damental para o processo de fecundação: o acrossoma, 
pois, sem ele, não seria possível transpor a barreira da su-
perfície do ovócito. O acrossoma é uma vesícula forma-
da a partir do complexo golgiense, localizada na cabeça 
do espermatozoide e cheia de enzimas que digerem a su-
perfície do ovócito, permitindo a união dessas duas célu-
las e a formação de uma célula-ovo (zigoto). Assim, sem o 
acrossoma, a fecundação provavelmente não ocorreria.
Ovócito – Célula que dá origem ao óvulo por 
meio de divisão celular.
Glossário
Lisossomo
Os lisossomos são estruturas arredondadas repletas 
de enzimas com capacidade de realizar digestão intra-
celular, na qual há degradação (quebra de moléculas) 
de matéria originada do meio exterior.
Esse organoide é fundamental nos processos de fago-
citose e pinocitose, em que ocorrem a captura e digestão 
de partículas sólidas e líquidas, respectivamente. 
No processo de fagocitose, a célula emite pseudópo-
des, falsos pés, que capturam a substância, formando um 
espaço chamado fagossomo, que consiste em uma es-
pécie de bolsa com a partícula ingerida no seu interior. 
O lisossomo, então, une-se ao fagossomo para formar o 
vacúolo digestório e realizar a digestão do material, lan-
çando suas enzimas. Concluída a digestão, o que não for 
absorvido pela célula permanece dentro do vacúolo. Esse 
vacúolo, portanto, torna-se residual, porque contém os re-
síduos da digestão realizada, e posteriormente será elimi-
nado pelo processo da exocitose, ou clasmocitose.
Na pinocitose, ao contrário da fagocitose, a partícu-
la a ser absorvida é de consistência líquida, e a sua en-
trada na célula se dá pelos canais que se formam em sua 
membrana plasmática. Assim que a partícula alimentar 
atravessa esse canal, as extremidades deste se fecham, 
com o alimento em seu interior, e então se forma uma 
bolsa chamada pinossomo.
Fagocitose
1
2
Partícula sólida Expansão da membrana Partícula sólida 
englobada 
Lisossomos
Deslocamento da bolsa com resíduos 
até a periferia da célula
1 2
3 4
5 6
Pinocitose
Núcleo
Lisossomos
Partícula englobada Partícula sendo 
digerida
Bolsa com 
resíduos
Clasmocitose
Partícula líquida Canal
Partícula 
líquida 
englobada
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Ciências – 6o ano 56
•	Retículo endoplasmático granuloso (rugoso, ou 
ergastoplasma): é assim denominado por possuir ri-
bossomos, estruturas minúsculas que estudaremos 
adiante, aderidos à sua superfície. Por esse motivo, 
sua principal função é a produção de proteínas, que 
são secretadas para fora da célula e desempenham 
uma função específica. Assim, células cuja função é 
produzir enzimas são mais ricas nessa estrutura. Por 
exemplo, algumas células do pâncreas, por possuí-
rem riqueza de ergastoplasma, produzem suas en-
zimas digestivas (proteínas existentes no suco pan-
creático), que farão a digestão de uma diversidade de 
alimentos que chegam à porção do intestino delgado 
denominada duodeno.
Carioteca
Cromatina
Nucléolo
Nucleoplasma
Retículo 
endoplasmático 
rugoso
Poro
•	Retículo endoplasmático não granuloso (agra-
nular, ou liso): difere do ergastoplasma por não pos-
suir ribossomos na sua superfície. O retículo endo-
plasmático não granuloso é de grande importância 
para a célula. Entre outras atribuições, essa estrutu-
ra é responsável por:
•	Sintetizar hormônios esteroides (sexuais), como o 
estrógeno, responsável pelas características sexuais 
femininas, e a testosterona, que determina as carac-
terísticas sexuais masculinas.
•	Desintoxicar o organismo, modificando substân-
cias tóxicas, como o álcool, para que elas possam ser 
eliminadas. As células do fígado são muito ricas em 
retículo endoplasmático liso.
Retículo 
endoplasmático 
liso
Ribossomos
Retículo 
endoplasmático 
rugoso
Envoltório 
nuclear
Núcleo
Você já percebeu que pessoas que ingerem bebidas 
alcoólicas regularmente criam uma espécie de resis-
tência aos seus efeitos? A resposta para isso está justa-
mente no retículo endoplasmático liso. Como vimos, as 
células são unidades minúsculas, porém altamente es-
pecializadas, e as células do fígado são riquíssimas nes-
sa estrutura. Com isso, o aumento do consumo do ál-
cool, como também de outras drogas, leva a uma maior 
proliferação do retículo endoplasmático liso, e isso pro-
voca uma “adaptação” do organismo quanto à adminis-
tração dessas substâncias, uma vez que esse organoide 
desintoxica o corpo. 
Complexo golgiense
Descrito em 1898 pelo cientista italiano Camillo Golgi, o 
complexo golgiense (ou dictiossomo) é um organoi-
de formado por conjuntos de pequenos sacos achata-
dos interligados, envolvidos no processo de secreção 
celular.
Esse processo tem início com o armazenamento de 
substâncias como as proteínas (enzimas, por exemplo), 
que foram produzidas no retículo endoplasmático gra-
nuloso. Depois, surgem pequenos “pacotes”, ou vesícu-
las, que exportam essas substâncias produzidas para o 
meio extracelular. O complexo golgiense também é res-
ponsável pela formação dos lisossomos.
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Sugestão de
leitura
A célula
Autor: Hernandes	F.	Carvalho
A	leitura	dos	diferentes	capítulos	permitirá	
ao	aluno	a	aquisição	de	conhecimentos	ge-
rais	sobre	biologia	celular,	o	que	favorece-
rá	o	posterior	aprofundamento	na	literatu-
ra	especializada	ou	em	livros	de	conteúdo	
específico.	 Cabe	 aos	 professores	 a	 esco-
lha	da	 informação	adequada	a	 ser	passa-
da	aos	alunos,	buscando	o	enfoque	neces-
sário	às	diferentes	disciplinas	ministradas	
e	os	avanços	conceituais	nessa	área.
Leitura
complementar
Lisossomo – qual seu papel 
celular? 
[...]	
Os	 lisossomos	 têm	como	 função	a

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