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@laismazzini CRIAÇÃO DO CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL em criar significado para esta, construir conhecimento e tomar decisões. Com base nesse trinômio, as empresas podem se adaptar mais rapidamente às novas demandas a partir da criação de novos conhecimentos, melhorando seus processos e fluxos de operação. dialética que se insere no raciocínio, no diálogo e no debate. o movimento que uma ideia faz ao deixar de ser o que é, para ser outra coisa. através do conflito e da oposição, conforme o pensamento dialético. tese. Para Takeushi e Nonaka (2008, p. 21), “o próximo estágio é para que esta tese mostre-se inconsistente e inadequada. É a oposição do primeiro estágio conhecida como antítese. demonstra-se inconsistente e inadequado, e então surge síntese”. De acordo com os autores, nesse estágio, a tese e antítese prévias se conciliam e transcendem. Com o tempo, a síntese dará início a um novo processo dialético, constituindo-se como tese, em um processo contínuo e dinâmico. “sintetizando o que aparenta serem opostos, como tácito e explícito, caos e ordem, micro (indivíduo) e macro (ambiente), eu e outro, mente e corpo, parte e todo, dedução e indução, criatividade e controle, inferior e superior, burocracia e força de trabalho, e assim por diante” (TAKEUSHI; NONAKA, 2008, p. 21). empresas dialéticas. Por naturalmente aceitarem as contradições, estão sempre em movimento. As pessoas relatam suas experiências e realidades ao mesmo tempo que se sensibilizam com as experiências contadas por outras pessoas. Por meio do diálogo, criam um novo significado, inovam. O conhecimento pode ser adquirido pelas interações sociais e pela comunicação, enfatizando postos por meio de conflito e oposição. A partir dos encontros, das trocas, das associações de ideias e da oposição entre elas, o conhecimento emerge. Ao tecermos nossos pensamentos, baseando-nos em conhecimentos já adquiridos, informações e em novas experiências, temos a possibilidade de gerar os insights que dão origem a novas visões a respeito do assunto discutido. O resultado, então, passa a ser diferente daquele original, pois se transformou, renovou-se e possibilitou o surgimento de um outro conceito. Uma patente, uma marca, um conceito são exemplos de valores que não são tangíveis, mas expressam grande valor organizacional. Esse é o diferencial que faz com que uma empresa se destaque e consiga se perpetuar. sair do lugar-comum, é parar de fazer mais do mesmo. De acordo com Nonaka (2000), a partir do slogan “Teoria da Evolução do Automóvel”, criada pelo líder da equipe de projeto da empresa Honda, lançou-se um desafio de criar uma nova resposta para a concepção de um carro, que focasse o máximo no ser humano e o mínimo na máquina. Empresas criativas existem, pois contam com pessoas que reconhecem o valor do novo, e da capacidade em constantemente superar as dificuldades. pode ter ainda um outro significado, que é a manutenção do aspecto holístico. Nonaka e Takeushi (2008) abordam que a empresa não é uma máquina, mas um organismo vivo e, desta forma, tem um sentido coletivo de identidade. Dessa forma, os @laismazzini autores mostram que a empresa criadora de conhecimento se apoia em ideias e ideais. A partir das renovações ininterruptas, seja no campo individual, seja no organizacional, a empresa inventa o novo conhecimento. Para os japoneses, essa estratégia não é por departamento ou área de especialidade. Ao contrário, é uma forma de comportamento, uma forma de ser, tornando cada um em trabalhador do conhecimento. Um empreendedor é o que cada profissional se torna ao agir desta maneira. Ao construir o conhecimento, você se torna um empreendedor. Seus passos profissionais e carreira dependerão bastante de como você encara esse processo. Segundo Nonaka e Takeushi (2008, p. 99), “o conhecimento necessita de um contexto físico para que seja criado”. Ainda para os autores (apud SUCHMAN, 1987), o conhecimento é criado em ações localizadas. Deve guardar relação com um contexto em termos de tempo, espaço e relacionamento com outras pessoas. não se cria no vácuo; ao contrário, é necessário um lugar no qual a informação ganha significado por meio da interpretação, tornando-se, assim, conhecimento. De acordo com Carvalho (2012), a palavra Ba tem uma tradução que se aproxima de “lugar”. Foi proposta pelo filósfo Kitaro Nishida (1921-1970) para se referir a um espaço de interação no qual a experiência acontece. O ‘Ba’ pode ser ententido como um espaço físico, como salas de reuniões ou outros locais da empresa em que as trocas podem ocorrer. Nishida (apud TAKEUCHI; NONAKA, 2008, p. 99) define ‘Ba’ como “um contexto compartilhado em movimento, no qual o conhecimento é partilhado, criado e utilizado”. Continua sua afirmação de que “o novo conhecimento é criado a partir do conhecimento existente através da mudança dos significados e contextos”. No entanto, ‘Ba’ não indica apenas espaço físico. Takeuchi e Nonaka (2008, p. 100) afirma que: Deve ser entendido como interações que ocorrem em um tempo e local específicos. O ba pode emergir em indivíduos, grupos de trabalho, espaços virtuais como os grupos de e-mails e no contato da linha de frente com o cliente. O ba é local existencial onde os participantes partilham seus contextos e criam novos significados através das interações. independente, como se pôde ver, dos espaços enquanto lugares, como consultórios, gabinetes, salas de reunião, auditórios, mas também nasce nas trocas de correspondências, nos grupos de trabalho, da conversa na sala do café, na linha de produção, ou tantos outros exemplos que se poderia citar. Constataram que , dentre esses meios, está a utilização de softwares que permitem a atualização sistemática de versões de anteriores de documentos, manuais, fórmulas e procedimentos. Outro meio é a intranet corporativa que disponibiliza serviços de correio eletrônico (e-mail), hipertexto e transferência de arquivos. Além disso, segundo os autores (2011, p. 11), com essa ferramenta o colaborador encontra a lista interna de telefones, informações de interesse para os funcionários, planos de benefícios, manuais de procedimentos, ofertas internas de vagas, jornal interno, material de treinamento multimídia, diretrizes, políticas e planos de ação, biblioteca de material técnico, busca automática de documentação e comunicações gerais da corporação. A intranet também é utilizada para treinamento de seus funcionários, através de cursos em rede, disponibilizados através do sistema. O SAC – serviço de atendimento ao cliente – é mais um meio de gerir conhecimento. Por meio de um software que consiste num banco de dados, são registradas e catalogadas as reclamações e sugestões dos clientes. @laismazzini De acordo com Carvalho (2012, p. 36), dimensões, sendo “confiança mútua, empatia ativa, acesso à ajuda, leniência no julgamento e coragem”. Para o autor, os Ba’s devem coexistir em vários níveis. O conhecimento depende do encontro, da interação. A produção solitária gera conhecimento, mas é enriquecida no momento em que ecoa no outro. uma troca constante de informações, transformadas, enriquecidas pelas experiências compartilhadas. De acordo com Davenport e Prusak (1998 apud CARVALHO, 2012), está na empresa a decisão sobre qual conhecimento deve gerir, bem como a motivação que fará as pessoas compartilharem e utilizarem o conhecimento. Referência: Gestão do conhecimento - Yaeko Ozaki e Marcia Eloisa Avona
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