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Parâmetros de Controle em Tomografia Computadorizada

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DESCRIÇÃO
Utilização dos parâmetros de controle em tomografia computadorizada para a realização de
exames de alto padrão.
PROPÓSITO
Conhecer os parâmetros de controle tomográfico para operar os equipamentos com
assertividade a partir da correta escolha da técnica.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar os ajustes de protocolos em tomografia computadorizada
MÓDULO 2
Reconhecer as características da imagem digital
INTRODUÇÃO
Os parâmetros de controle na aquisição das imagens tomográficas podem ser alterados de
acordo com o objetivo do exame. Para cada região do corpo, existem diversos protocolos e
cada um deles está relacionado à área de estudo, à sintomatologia (hipóteses de sintomas
iniciais ou recorrentes) e à hipótese diagnóstica do paciente (relatos captados pelo médico
assistente, pelo próprio paciente ou por seu acompanhante). Esses protocolos são recursos do
sistema tomográfico, que podem ser maximizados de acordo com a necessidade de ajuste.
São utilizados os recursos do equipamento na adequação da rotina do serviço ou em casos
especiais, em que o estudo não se encontra em um protocolo básico, sendo necessária a
realização de um protocolo avançado.
Fatores como a espessura de corte, colimação do feixe, KV, mA, dentre outros, serão vistos
com maior detalhamento no decorrer desta aula. É de extrema importância que o operador
desenvolva conhecimentos necessários para o ajuste dos protocolos a partir do
reconhecimento de todos os parâmetros alteráveis para a excelência do diagnóstico
tomográfico.
MÓDULO 1
 Identificar os ajustes de protocolos em tomografia computadorizada
PRINCIPAIS PARÂMETROS DE CONTROLE
NA AQUISIÇÃO DAS IMAGENS
TOMOGRÁFICAS
Os parâmetros a seguir serão apresentados detalhadamente neste módulo:
• Colimação do feixe 
• Eixo de corte e pitch 
• Corrente (mA) 
• Alta tensão (kV) 
• Tempo de varredura 
COLIMAÇÃO DO FEIXE
A colimação do feixe é o primeiro item a ser definido e isso dependerá da região a ser
estudada, o que levará aos procedimentos de escolha dos outros fatores. A espessura maior
pode determinar perda de informação do tecido e a espessura menor determina um maior
número de imagens da mesma região e, logicamente, um tempo maior para realização da
varredura.
Os aparelhos de tomografia mais modernos permitem colimação de até 0,5mm
(submilimeter), sendo mais comuns as espessuras de 1mm, 2mm, 5mm e 10mm.
Mas o que são colimadores?
Os colimadores são os dispositivos responsáveis pela restrição da área de exame ou região do
corpo do paciente a ser estudada no exame. Eles também permitem a diminuição da dose de
exposição de radiação (primária e secundária) no paciente e atuam na melhoria da qualidade
das imagens. Há dois tipos de colimador: pré-paciente (o feixe é colimado assim que sai do
tubo) e pós-paciente (o feixe é novamente colimado ao entrar em contato com o detector).
 
Fonte: EnsineMe.
 Colimadores pré-paciente e pós-paciente.
A colimação do feixe é um procedimento muito importante, pois está diretamente relacionada à
espessura do corte, ou seja, à região que será estudada, atuando na execução do exame de
forma direta. Assim, ela é responsável por evitar o espalhamento, fazendo com que as linhas
do feixe apresentem um aspecto organizado.
ESPESSURA DE CORTE
A espessura do corte tomográfico é um parâmetro muito importante em tomografia
computadorizada (TC), pois ela é determinada pelo operador e pode ser controlada pela
abertura do colimador. As espessuras de cortes devem esta compreendidas na faixa de 1mm a
10mm, podendo ter especificações predefinidas para determinados exames (protocolos pré-
estabelecidos), a fim de garantir a qualidade da imagem, ou seja, sem interferência dos ruídos
 
Fonte: EnsineMe.
 Espessura de corte.
Uma espessura de corte muito fina pode gerar mais ruído quando comparada às espessuras
mais largas, ou seja, que apresentam uma resolução inferior. Quanto menor a radiação
secundária, melhor a resolução de contraste, que pode ser explicada como a habilidade de
distinguir pequenas diferenças de tons de cinza em uma imagem.
A escolha do tamanho de corte dependerá do contraste entre as estruturas da região estudada.
Caso haja alto contraste (alta resolução espacial), normalmente, serão utilizados cortes finos e,
quando não houver um grande contraste entre as estruturas, como, por exemplo, tecidos
moles, é recomendado o uso de cortes mais espessos. Com isso, conseguiremos uma maior
distinção entre o contraste dos tecidos e, consequentemente, um estudo melhor para o caso.
 ATENÇÃO
Devemos lembrar dos seguintes fatores ao dimensionarmos a espessura de corte. Quanto
maior for à espessura de corte:
• Maior será o efeito de volume parcial apresentado na imagem. 
• Menor será a interferência de ruído (artefato) na imagem.
VANTAGENS E DESVANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DE
CORTES FINOS
Vantagens
• Aumenta a resolução espacial. 
• Melhora a reconstrução (coronal sagital e oblíqua). 
• Diminui a influência de artefatos radioabsorventes.

Desvantagens
• Aumenta o ruído. 
• Aumenta o tempo de varredura. 
• Aumenta o tempo de reconstrução.
EIXO DE CORTE E PITCH
A escolha das distâncias entre os eixos e escolha da espessura do corte está relacionada ao
fator pitch.
 
Fonte: EnsineMe.
 Distância entre os eixos de corte.
Os eixos de corte representam delimitações realizadas para dar passagem ao raio central do
feixe. Esses eixos são definidos antes do início do exame e permitem a mensuração das
distâncias entre os diversos cortes realizados nas regiões de estudo. A escolha dos eixos está
relacionada à qualidade das imagens obtidas posteriormente pela quantidade de dados
gerados.
PITCH
Esse dispositivo define a razão entre o deslocamento da mesa por volta do tubo em relação à
espessura do feixe. Quando são feitos cortes helicoidais com pitch na razão de 1 para 1, a
mesa realiza um deslocamento que é da mesma proporção que a espessura do corte
realizado. Caso seja feita uma alteração para a razão 2:1, a mesa exerce um deslocamento
que será o dobro da espessura do corte por revolução. Nessas circunstâncias, podemos
concluir que o tempo necessário para a aquisição de 20 imagens será de 10 segundos.
PITCH= DESLOCAMENTO 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
 ATENÇÃO
É preciso considerar um tempo de revolução de 1 segundo.
Se o pitch for menor que 1, os cortes serão sobrepostos, mas se o corte for maior que 1,
haverá um certo intervalo entre os cortes. Se for igual a 1, não haverá espaço entre os cortes e
se o valor do pitch crescer, a quantidade de radiação no processo também aumentará,
causando a perda da qualidade da imagem gerada.
É recomendado utilizar um valor de pitch maior que 1, ou seja, deslocamento da mesa
por volta do tubo levemente maior que a espessura do feixe. Assim, evita-se que a mesma
região do tecido seja duplamente irradiada, levando-se em consideração os padrões de
controle de dose no paciente. Esta é uma recomendação de extrema importância e relevância
para todos os estudos e, sempre que possível, deve ser realizada.
Por outro lado, se o pitch for muito maior que 1, alguma região entre os eixos de cortes
poderá não ser irradiada. Essa observação é essencial para os estudos, pois devemos
levar em consideração a necessidade de um diagnóstico mais preciso.
Assista agora o vídeo sobre “A relação espessura de corte e pitch”.
CORRENTE (MA)
O fator mA está associado à corrente de catodo-anodo do tubo de raios X, em miliamperagem
(mA) e, ao tempo de varredura, em segundos (s).
Quanto maior a corrente aplicada:
• Maior produção de raios X 
• Aumento da radiação secundária 
• Aumento do calor gerado no tubo 
• Maior desgaste do tubo 
• Maior gasto de energia elétrica 
• Aumento da dose no paciente 
• Aumento do contraste da imagem
Para regiões que possuem movimentos involuntários, é desejado possuir um pequeno
tempo de varredura. Esse tempo está diretamente relacionado coma velocidade de rotação do
tubo em torno do paciente e, como os novos aparelhos de tomografia aumentaram a
velocidade da rotação do tubo, foi necessário o aumento do mA das ampolas, que pode chegar
a 500.
Em algumas situações, é necessário o aumento do fator mA, como em exames envolvendo
regiões com alta capacidade de absorção (a coluna lombar e a pelve óssea, por exemplo). Já
as regiões de alto contraste anatômico necessitam de um fator mA inferior (o ouvido interno e
os pulmões, por exemplo). Este segundo representa uma maior diferença entre os tons de
cinza, mas, nem sempre, uma maior quantidade de tons de cinza.
O controle do fator mA é fundamental para que o sinal captado nos detectores seja alto
suficiente para a geração da imagem e, na maioria dos aparelhos de TC, ele é mantido
constante durante todo o processo.
Dessa forma, deve-se levar em consideração o tempo de rotação do tubo (revolução) e a
fatia mais absorvente do volume de varredura, que determinará o valor da corrente
necessária para a geração de um bom sinal durante a aquisição dos dados.
ALTA TENSÃO (KV)
A alta tensão do tubo de raios X aplicada entre catodo e anodo situa-se, geralmente, num
intervalo de 80 a 140kVp. Ela é responsável pela aceleração dos elétrons, produzindo fótons
mais ou menos energéticos e, consequentemente, feixes mais ou menos penetrantes. Se o
valor de tensão é aumentado, elétrons chegam ao anodo mais energéticos e, ao colidirem,
geram fótons também mais energéticos. Assim, reduz-se a resolução do contraste entre
javascript:void(0)
estruturas de tecidos moles, o ruído das imagens e aumenta o desgaste do tubo. Deve-se
analisar os valores criteriosamente, a favor do diagnóstico, mas sem deixar de considerar a
segurança orgânica.
Altos valores de kV são recomendados para exames em que se deseja uma alta resolução,
como, por exemplo, os pulmões ou em exames em que o feixe de raios X deva penetrar mais
na matéria e não ser completamente atenuado, como as estruturas ósseas. Para tecidos
moles, deverá ser utilizada uma tensão menor de modo a poder visualizar com melhor
contraste as estruturas desejadas, ou seja, maior diferença entre as tonalidades de cinza.
O aumento da tensão também apresenta vantagens e desvantagens nos exames tomográficos.
Conheça as principais:
REGIÕES QUE POSSUEM MOVIMENTOS
INVOLUNTÁRIOS
Regiões do corpo que sejam afetadas pelos movimentos involuntários do corpo humano,
como, por exemplo, o peristaltismo digestório, o peristaltismo ureteral e o batimento
cardíaco.
Vantagens
• Reduz o ruído da imagem. 
• Gera feixe mais energético.

Desvantagens
• Desgaste do tubo de raios X. 
• Maior dose de radiação no paciente. 
• Elevação do aquecimento do tubo de raios X. 
• Maior gasto de energia elétrica. 
• Redução do contraste entre tecidos moles.
TEMPO DE VARREDURA
Tempo de varredura é o período que o tubo de raios X gasta para realizar uma volta em torno
do paciente, ou seja, percorrer os 360° no gantry. Ele está diretamente relacionado à corrente
do tubo, que varia numa relação inversa. Para manutenção do nível de ruído das imagens, uma
diminuição do tempo traduz-se num aumento da corrente.
[...] TEMPOS DE VARREDURA ALTOS PODEM
PROMOVER O APARECIMENTO DE ARTEFATOS NA
IMAGEM EM DECORRÊNCIA DA MOVIMENTAÇÃO DO
PACIENTE, PORÉM SÃO NECESSÁRIOS EM CERTOS
CASOS, COMO EM UMA RECONSTRUÇÃO
VOLUMÉTRICA DE QUALIDADE. A DIMINUIÇÃO DO
TEMPO DE VARREDURA PERMITE O USO DA
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA NO DIAGNÓSTICO
DE REGIÕES ONDE OS MOVIMENTOS
INVOLUNTÁRIOS, ANTES, CAUSAVAM A
DEGRADAÇÃO DA IMAGEM. OS APARELHOS DE TC
HELICOIDAL-MULTICORTE MAIS MODERNOS
APRESENTAM TEMPOS DE ROTAÇÃO MENORES QUE
0,5S.
Mourão, 2007.
Os equipamentos helicoidais multicortes possuem estrutura mecânica bastante desenvolvida,
onde a força de deslocamento é na ordem de 13 vezes a gravidade da terra e assim o tempo
de rotação do tubo é menor que 0,5 segundo (subsecond).
Os tempos de varredura, ao longo da história da TC, foram sendo reduzidos drasticamente em
favor da agilidade dos exames e da capacidade de processamento das imagens. Nesse
contexto, a evolução tecnológica do sistema computacional e do próprio equipamento em si,
andou em consonância com a necessidade do fator comercial, representando uma capacidade
maior de realizar mais exames por hora, sem perder a qualidade da imagem para fins de
avanço do diagnóstico. Essa diminuição drástica e recorrente alcançou níveis elevados com o
advento da tecnologia helicoidal multicortes, os famosos aparelhos helicoidais multslices.
A alteração dos protocolos iniciais do aparelho ficará a cargo do operador da TC, com a
aquiescência do chefe do setor de imagens, que estabelece novos critérios de protocolos de
acordo com as mudanças de padrões pré-estabelecidos e pré-definidos por convenção da
clínica ou hospital.
No próximo módulo, você vai compreender as características gerais da imagem digital para uso
em TC, complementando os parâmetros já estudados no primeiro módulo, de forma a ativar a
compreensão prática dos fatores relacionados ao uso e à correta seleção dos parâmetros de
controle.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
QUAL DAS ALTERNATIVAS A SEGUIR É CONSIDERADA UMA VANTAGEM
NA UTILIZAÇÃO DOS CORTES FINOS COMO ESCOLHA DE PARÂMETRO
DE CONTROLE DE IMAGEM?
A) Controle de qualidade.
B) Diminuição da resolução espacial.
C) Aumento da resolução espacial.
D) Utilização do método temporal.
E) Aumento da radiação por corte obtido.
2. PARA REGIÕES QUE APRESENTAM OU PODEM APRESENTAR
MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS, COMO DEVEMOS PROCEDER EM
RELAÇÃO AO MA?
A) Manter o parâmetro mA.
B) Aumentar o parâmetro mA.
C) Manter o protocolo para cada região específica.
D) Alterar o protocolo somente para os casos envolvendo a área cardíaca.
E) Diminuir o parâmetro mA.
GABARITO
Qual das alternativas a seguir é considerada uma vantagem na utilização dos cortes
finos como escolha de parâmetro de controle de imagem?
A alternativa "C " está correta.
 
O aumento da resolução espacial é uma das principais vantagens na seleção de cortes finos
no método tomográfico, logo, há uma busca para a obtenção de cortes finos para muitas
regiões de estudo.
2. Para regiões que apresentam ou podem apresentar movimentos involuntários, como
devemos proceder em relação ao mA?
A alternativa "E " está correta.
 
A diminuição do mAs resulta no menor tempo de varredura, que está diretamente relacionado à
velocidade de rotação do tubo em torno do paciente, mas sem perder a qualidade do exame,
dependendo das estruturas estudadas.
MÓDULO 2
 Reconhecer as características da imagem digital
As imagens digitais em um monitor representam uma matriz arranjada em linhas e colunas. Na
intersecção das linhas e colunas, é formado o pixel, caracterizado como unidade básica da
imagem digital. A conversão dos dígitos de cada pixel em tons de cinza é proporcional aos
valores de absorção e transmissão da radiação em relação às estruturas anatômicas por onde
o feixe de raios X passou.
As principais características da imagem digital que veremos são as seguintes:
• Pixel 
• Voxel 
• Matriz 
• Resolução espacial 
• FOV (Campo de visão) 
• FOV x Magnificação
FORMAÇÃO DA IMAGEM – PROJEÇÃO
FORMADA PELO NÚMERO DE
DETECTORES
 
Fonte: EnsineMe.
 Formação da imagem.
Cada ponto da imagem na tela é nomeado pixel e a profundidade deste pixel é chamada de
voxel. À união de muitos voxels, damos o nome de matriz, sendo o voxel a representação da
espessura do corte estipulada para o exame específico.
A matriz é definida pelo número de linhas e colunas de voxel. A matriz utilizada na tomografia é
definida como quadrada. Logo, o número de linhas será igual ao número de colunas.
 
Fonte: EnsineMe.
 Pixel, voxel e matriz.
PIXEL
Pixel é a forma abreviada da expressão em inglês picture e element, que é o elemento
pictórico quadrado individual que compõe a matriz. Cada pixel corresponde a uma
representação bidimensional do volume tridimensional do tecidodo corte tomográfico. Uma
matriz de alta resolução apresenta pixels de pequenas dimensões, o que lhe garante maior
resolutividade, ou seja, maior resolução espacial. O tamanho do pixel é dado pela razão entre o
campo de visão (FOV, de field of view) e a matriz:
PIXEL=FOV MATRIZ
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
 EXEMPLO
FOV de 25cm e matriz de 512 x 512, teremos um pixel de 0,05.
VOXEL
É o elemento tridimensional da imagem. Eles possuem altura, largura e profundidade. Cada
voxel é representado por um pixel na imagem bidimensional reconstruída. A profundidade de
um voxel é determinada pela espessura do corte.
 
Fonte: EnsineMe.
 Voxel.
O voxel é isotrópico quando apresenta as mesmas dimensões entre largura, altura e
profundidade (cubo) ou anisotrópico, quando essas medidas são diferentes. O conjunto de
imagens utilizadas na preparação de modelos tridimensionais ou de formatação multiplanar
deverá, tanto quanto possível, aproximar-se do modelo isotrópico. Com os modelos
isotrópicos, são obtidas imagens de reconstrução ou reformatação com qualidade
comparável às imagens adquiridas na sua forma original.
 
Fonte: EnsineMe.
 Tipos de voxels.
MATRIZ
As matrizes de reconstrução definem a quantidade de pixels que formam uma determinada
região irradiada. Os aparelhos de TC apresentam matrizes de vários tamanhos, porém os mais
utilizados são os de 512x512 e 1024x1024. Quando se tem um FOV constante, o aumento do
tamanho da matriz implica em um pixel menor e mais detalhamento, embora se tenha um
aumento na quantidade de dados processados. Se, por exemplo, uma matriz de 512x512 é
aumentada para 1024x1024, há um aumento de quatro vezes no número de pixels.
 
Fonte: EnsineMe.
 Matriz.
Tipos de matriz:
 
Fonte: EnsineMe.
Matriz baixa
• 80 x 80 
• 256 x 256

 
Fonte: EnsineMe.
Matriz alta
• 320 x 320 
• 512 x 512 
• 1024 x 1024
 ATENÇÃO
A resolução espacial é determinada pelo número de pixel por área de imagem.
RESOLUÇÃO ESPACIAL
A resolução (grau de definição das imagens) é a demonstração de forma clara e nítida das
linhas e bordas dos tecidos ou estruturas das imagens. Está relacionada à quantidade de pixels
que reconstroem a matriz de imagem para o nível de resolução padrão. O que definirá a
resolução da imagem gerada é o tamanho do tecido que cada pixel representa na imagem.
Assim, quando as imagens são mais detalhadas, a resolução é maior e cada pixel representa
um tamanho pequeno de tecido.
 
Fonte: EnsineMe.
 Elementos da matriz.
COMPARANDO A ESTRUTURA ANATÔMICA COM A
MATRIZ
A imagem de TC é formada pela obtenção dos três planos da estrutura: sagital, coronal e
transversal. Esses eixos permitirão a formação tridimensional da imagem. As múltiplas
aquisições irão fornecer vários pontos de imagens e a união dos pontos formarão a imagem
final na tela.
 
Fonte: EnsineMe.
 Relação estrutura-matriz.
A resolução espacial é a capacidade do sistema em transferir a informação da interface entre
duas estruturas adjacentes. Para simplificar, definiremos a resolução como a capacidade do
sistema em questão de reproduzir o maior número de pares de linhas identificáveis possíveis,
por milímetro.
 
Fonte: EnsineMe.
 
Fonte: EnsineMe.
FOV (CAMPO DE VISÃO)
A escolha do FOV adequado é diretamente proporcional à melhoria de qualidade de resolução
da imagem. Assim, quanto menor o FOV, menor será a dimensão dos pixels e, por
consequência, melhor será a resolução da imagem. Lembre-se que um campo de visão muito
minimizado pode excluir sinais evidentes de patologia na área de estudo. Portanto, deve-se ter
muito critério na seleção.
FOV
Field of view = Campo de visão
 ATENÇÃO
Não se pode comparar FOV entre matrizes diferentes.
javascript:void(0)
TAMANHO DO FOV
 
Fonte: EnsineMe.
 Campo de visão (FOV).
A alteração do diâmetro do FOV irá alterar a área do pixel, pois seu valor é obtido pela razão
entre o FOV e a matriz:
PIXEL=FOV MATRIZ
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Os valores primários são definidos com 25cm (250mm), 35cm (350mm), 45cm (450mm) e
56cm (560mm).
Veja os exemplos a seguir:
EXEMPLO 1
Matriz 512 – FOV 250mm 
Pixel = 250 / 512 = 0,4mm
javascript:void(0)
EXEMPLO 2
Matriz 512 – FOV 350mm 
Pixel = 350/512 = 0,6mm
EXEMPLO 3
Matriz 512 – FOV 450mm 
Pixel = 450/512 = 0,8mm
Não deixe de atentar a duas observações importantes:
Quanto maior for o FOV, menor será a imagem na tela, pois menor número de pontos será
enquadrado em nosso campo de visão, obrigando a diminuição da imagem para se mostrar em
toda sua totalidade, reduzindo, assim, consideravelmente, a resolução espacial.
O FOV ideal para cada segmento estudado é determinado a partir da medida do maior
diâmetro da área em estudo, através da imagem de referência obtida no início do exame.
FOV X MAGNIFICAÇÃO
 ATENÇÃO
É comum se confundirem em TC as operações entre FOV e magnificação.
É importante diferenciar o uso da magnificação e a diminuição do FOV. O uso de um FOV
menor também aumenta o tamanho da imagem. No entanto, é favorável à definição da
imagem. Na magnificação (zoom) ocorre o “estiramento" da imagem e isso causa a distorção,
que é tanto maior quanto mais alto for o fator de magnificação utilizado.
FOV
Altera a imagem sem produzir distorção ou perda de resolução espacial.
javascript:void(0)
javascript:void(0)
MAGNIFICAÇÃO
Altera a imagem produzindo distorção e perda de resolução significativa.
MÉTODOS DE RECONSTRUÇÃO DAS IMAGENS
A reconstrução tomográfica de imagens necessita de sofisticadas ferramentas de
processamento e visualização. Geralmente, essas ferramentas são comercializadas com os
equipamentos tomográficos, porém apresentam duas importantes desvantagens. As
ferramentas são desenvolvidas para utilização junto a um determinado equipamento e para um
fim específico e suas tarefas são pré-programadas, deixando de explorar muitos dados
disponíveis nas imagens obtidas. De outra forma, como outras tantas ferramentas, além de
serem disponíveis apenas para uso em tempo real com o equipamento de aquisição, não
possuem o seu “código aberto” (termos de permissão de uso). Dessa forma, suas
potencialidades não podem ser aproveitadas para outros fins, como, por exemplo, na obtenção
de outras opiniões em diagnósticos, em estudos de casos clínicos e nas demais pesquisas de
caráter educacional em radiologia clínica.
A tomografia computadorizada é um método que mede a intensidade da radiação residual após
a interação de um feixe com um órgão ou objeto ou região do corpo e posterior sensibilização
dos detectores.
A intensidade da radiação residual compreende a radiação incidente menos a radiação
absorvida pelo objeto e pode ser obtida pela equação:
N= N0 . E (-Μ)X
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Onde:
N = intensidade de radiação residual. 
No = intensidade de radiação incidente. 
℮ = base do logaritmo natural (2,718). 
µ = coeficiente de atenuação linear. 
x = espessura do objeto.
Atualmente, muitas vezes, são empregadas cerca de 200.000 equações para a reconstrução
de uma única imagem. Então, há a necessidade de um sistema de computador muito potente e
de altíssima velocidade. O método matemático utilizado na reconstrução das imagens é o
algoritmo, sendo três formas de cálculos utilizados:
RETROPROJEÇÃO
É um método em desuso atualmente e teórico por definição. É, basicamente, obtido em
diferentes projeções, correspondendo à soma dos resultados obtidos para cada projeção.
MÉTODO INTERATIVO
Considera-se a média de atenuação para cada coluna ou linha da imagem projetada, onde os
resultados obtidos são comparados com a média já estabelecida e, a partir disso, são
realizados ajustes, somando ou subtraindo valores de densidades para cada um dos elementos
da imagem tomográfica. Esse método apresenta imagens muito melhores e mais nítidas que a
retroprojeção.
MÉTODOANALÍTICO
É aquele utilizado nos equipamentos comerciais, se dividindo em dois submétodos:
 
• Análise bidimensional de Fourier – reflete a análise funcional de tempo e espaço, sendo
bastante complexo. Sua principal vantagem é o trabalho com maior velocidade. 
• Retroprojeção filtrada – parecido com a retroprojeção, só que é mais eficaz no que tange à
eficiência na eliminação do borramento, sendo utilizado em alguns equipamentos comerciais.
ALGORITMOS DE RECONSTRUÇÃO
É um método matemático (complexo) utilizado na reconstrução das imagens. Consiste,
basicamente, na obtenção de imagens em diferentes projeções, com a correspondente
somatória dos resultados obtidos em cada projeção, considerando um valor médio de
atenuação para cada coluna ou linha da imagem.
Assista agora o vídeo sobre “A qualidade das imagens em função da resolução espacial”.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. QUAL DAS SIGLAS ABAIXO REPRESENTA O CAMPO DE VISÃO
RELACIONADO AO PARÂMETRO DE CONTROLE EM TC?
A) MTC
B) MIP
C) FOV
D) MEV
E) MAG
2. QUAL SÃO AS FORMAS DE CÁLCULOS MATEMÁTICOS UTILIZADAS
NA RECONSTRUÇÃO DAS IMAGENS, A PARTIR DO ALGORITMO?
A) Retroprojeção, método interativo e método analítico.
B) Projeção, retroprojeção e método analítico.
C) Projeção, método interativo e método interativo.
D) Cálculos avançados em TC, projeção e retroprojeção.
E) Anteprojeção, método analítico e método tomográfico.
GABARITO
1. Qual das siglas abaixo representa o campo de visão relacionado ao parâmetro de
controle em TC?
A alternativa "C " está correta.
 
A sigla FOV é um termo em inglês que significa field of view (campo de visão) e representa
uma menor dimensão dos pixels e, consequentemente, uma melhor definição das imagens.
2. Qual são as formas de cálculos matemáticos utilizadas na reconstrução das imagens,
a partir do algoritmo?
A alternativa "A " está correta.
 
Os três métodos de algoritmos utilizados na reconstrução das imagens tomográficas são: a
retroprojeção, o método interativo e o método analítico.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos nestes dois módulos que os parâmetros de controle da imagem tomográfica são de
extrema relevância no que se refere às seleções ou escolhas ideais para a qualidade da
imagem e, por consequência, no suporte para o avanço digital da excelência no diagnóstico por
imagem, utilizando a tomografia computadorizada.
O escopo das teorias descritas neste tema revela a importância de cada método de parâmetro
utilizado no protocolo ou em suas alterações, com o objetivo de sempre priorizar a qualidade
da imagem, sem esquecer dos aspectos de segurança local e do paciente. No final, a
adequação dos métodos de reconstrução ao tema principal deu a característica de
complemento aos parâmetros de controle assertivos em relação aos tópicos essenciais de
cada módulo.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
CARVALHO, A. P. História da tomografia computadorizada. In: Revista Imagem, Rio de
Janeiro, 2007. Consultado em meio eletrônico em: 30 out. 2020.
DOS SANTOS, E. S. NACIF, M. F. Manual de técnicas em tomografia computadorizada. Rio
de Janeiro: Rubio, 2009
MOURÃO, A. P. Tomografia computadorizada: tecnologias e aplicações. São Caetano do
Sul: Difusão, 2015.
SOARES, F. A. LOPES, H. B. Tomografia computadorizada. Florianópolis: Centro Federal de
Educação Tecnológica de Santa Catarina, 2000.
EXPLORE+
Saiba mais sobre os parâmetros relacionados à qualidade de imagem em tomografia
computadorizada com os materiais disponibilizados pelo X Congreso Regional
Latinoamericano IRPA de Protección y Seguridad Radiológica, realizado na Argentina.
CONTEUDISTA
Henrique Luz Coelho
 CURRÍCULO LATTES
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