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A comunicação humana

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A comunicação humana
Profª. Érica Henke Garcia Martinet
Descrição
A comunicação humana e sua importância nas relações interpessoais e no fazer profissional, especificamente para a área da Psicologia.
Propósito
A compreensão do processo de comunicação humana como motor básico para a interação entre diferentes pessoas é essencial para
instrumentalizar o futuro psicólogo no seu trabalho prático, permitindo melhor relação com o outro e facilitando a possibilidade de expressar-se de
maneira efetiva e clara em todos os contextos profissionais.
Objetivos
Módulo 1
Comunicação em Psicologia
Identificar a importância da comunicação na prática do profissional de Psicologia
Módulo 2
Canais de comunicação para o psicólogo
Analisar as diferentes formas e os canais de comunicação pertinentes ao psicólogo
Módulo 3
A importância do feedback
Avaliar a importância do feedback e intervenções psicológicas
Módulo 4
Conceitos e ferramentas em Psicologia
Relacionar conceitos e ferramentas em contextos profissionais
1 - Comunicação em psicologia
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car a importância da comunicação na prática do pro�ssional de Psicologia.
A comunicação humana é a ferramenta responsável pela interação e troca de mensagens de dois ou mais indivíduos, estando presente em
qualquer ambiente ocupado por pessoas. Por meio da comunicação, foi possível estabelecer grupos, sociedades, culturas e vínculos,
compreendendo toda e qualquer relação relativa ao ser humano.
Neste conteúdo, entenderemos a importância da comunicação humana, especialmente para o profissional de Psicologia. Analisaremos
também as diferentes formas e canais de comunicação pertinentes ao psicólogo. Além disso, avaliaremos a importância do feedback e de
intervenções psicológicas e relacionaremos todos os assuntos abordados para que você identifique como começar, manter e encerrar uma
comunicação de boa qualidade nas suas futuras interações como profissional.
Introdução
Comunicação: uma de�nição
O termo comunicar tem origem na palavra latina communicare e significa tornar comum, partilhar algo, dividir alguma coisa com alguém (RAMOS;
BORTAGARAI, 2012).
Comunicar pode ser um verbo entendido como uma ação que busca expandir conhecimento, independentemente da área em questão. Quando se
torna algo em comum ou partilha-se algo com alguém, o conhecimento está sendo expandido, pois mais pessoas conseguem interagir, trocar e
compartilhar. Pode-se dizer que comunicar é, então, expandir uma percepção para o mundo.
Será que todos entenderão uma mensagem de maneira universal? Nem sempre, pois existem diversas formas de
interpretá-la.
In�uência do grupo
A comunicação também está relacionada com a convivência e com a coesão de ideias, imagens e experiências, ou seja, um grupo pode utilizar uma
forma para comunicar-se, mas outro pode utilizar uma forma de comunicação totalmente diferente. Um exemplo dessa diferença é a existência de:
Linguagem falada
Linguagem de sinais
Ambas as linguagens são consideradas idiomas utilizados para comunicação, no entanto, a falada é emitida por meio de sílabas sonoras que
formam palavras e permitem a identificação de ações, objetos, pensamentos, sentimentos, emoções. A linguagem de sinais também permite que
seus usuários realizem tudo o que as pessoas ouvintes realizam, mas por meio de sinais com as mãos, expressão facial e corporal. A forma como a

comunicação ocorre é diferente, mas o objetivo é o mesmo. Contudo, é necessário que as pessoas envolvidas compreendam a forma de
comunicação escolhida, caso contrário, seriam apenas símbolos, sílabas, gestos, desenhos sem um significado comum ou específico.
Elementos básicos da comunicação
A comunicação, além de uma mensagem, para que seja efetiva, envolve ao menos duas pessoas. Emissor, receptor e mensagem são elementos
básicos (PENTEADO, 2012).
Há a particularidade da autocomunicação, que envolve apenas um indivíduo que se comunica com ele mesmo. Esse processo pode ser considerado
autoanálise, autoconhecimento e remonta tanto à proposta filosófica como à psicoterapêutica. Contudo, no contexto das relações com outros
indivíduos, ou seja, da comunicação humana, é preciso que existam pelo menos duas pessoas: uma enviará a mensagem, a outra a receberá e a
decifrará.
Acompanhe a seguir um exemplo prático que auxiliará a compreender esse assunto.
Emissor 
Receptor 
Mensagem 
Você está andando pela cidade e encontra uma pessoa de outro país perdida; prontamente, sua atitude é de ajudar o sujeito. No
entanto, ele fala apenas alemão, e você só fala português. O emissor está emitindo uma mensagem no idioma alemão, mas o receptor
só consegue codificar mensagens no idioma português. Portanto, a mensagem do emissor não conseguirá ser devidamente
codificada pelo receptor, tornando-se apenas um conglomerado de sons.
Apesar da barreira linguística, você continua tentando auxiliar a pessoa perdida e tenta utilizar gestos, aponta para o mapa que está
próximo e, então, o indivíduo aponta para um ponto turístico da cidade. Você deduz que ele deseja chegar até lá, pega um pedaço de
papel e escreve os números dos ônibus que chegam ao local. O estrangeiro parece ficar bastante aliviado e agradecido, pega o papel,
aperta sua mão e direciona-se para o ponto de ônibus. Aqui, o emissor utilizou outras estratégias para que o receptor conseguisse
decodificar a mensagem, e a comunicação pareceu ser bem-sucedida.
Comunicação e tempo
A comunicação também pode acontecer entre pessoas de tempos diferentes, como, por exemplo, por meio de relatos históricos, histórias,
reportagens, desenhos, pinturas, esculturas e tantas outras formas de expressão que podem ser acessadas na posterioridade, como este texto. Os
desenhos são considerados umas das formas mais antigas de comunicação entre seres humanos (BORSA, 2010), como pode ser evidenciado por
meio das pinturas rupestres.
Pinturas rupestres encontradas na Serra da Capivara, no Piauí, Brasil.
Qual história esses seres humanos queriam contar?
O que você compreende por meio dessa imagem?
O emissor conseguiu transmitir uma mensagem codificável ao receptor?
Provavelmente, você encontrou algumas respostas para os questionamentos descritos acima, mas não conseguiu responder a tudo com precisão.
Isso acontece porque é necessário que a interpretação do receptor corresponda à intenção do emissor, ou que ambos entendam o significado
passado pela mensagem.
Atenção!
Como o exemplo é sobre gravuras de um período pré-histórico, não é possível ter certeza sobre a intenção da mensagem a ser passada. No entanto,
historiadores podem compreender melhor o significado desses desenhos, pois estudam pistas, indícios e formas de vivências, por exemplo. Esses
profissionais, portanto, têm um aparato mais amplo para decodificar as mensagens do passado.
Comunicação na Psicologia
Qual será, então, a mensagem que o psicólogo deve decifrar?
Resposta
Ao longo da formação em Psicologia, é possível perceber que o centro desse fazer profissional concentra-se na pessoa, logo, a forma como esse
indivíduo se comunica é de extrema importância.
Isso não quer dizer que o psicólogo será treinado para adivinhar pensamentos, sentimentos ou descobrir se uma pessoa fala a verdade ou não. O
psicólogo deve estar atento e aberto para ouvir o que o outro tem a dizer, ou seja, ele não precisa ser um leitor de mentes, mas estar aberto para
receber e codificar a mensagem que o emissor produz. Nesse caso, o psicólogo passa a ser o receptor, no entanto, nem sempre a mensagem pode
ser totalmente compreendida, então, é importante que o psicólogo sinalize e busque entender verdadeiramente o sentido da mensagem. A
comunicação é essencial para o profissional da Psicologia, seja qual for a área em que ele atue.
A escuta é uma das atividades mais desenvolvidas pelos profissionais da Psicologia, contudo, também é preciso garantir a compreensão de uma
mensagem e, para isso, a interação é fundamental. A devida codificaçãode mensagens que o receptor envia é, portanto, parte do trabalho do
psicólogo.
Para que essa tarefa seja bem-sucedida, pode-se perguntar e confirmar o entendimento sobre o processo e assim garantir maior efetividade no
processo. Vamos acompanhar o exemplo a seguir.
Joana é psicóloga de um hospital e foi contratada para atuar na ala de ortopedia infantil. Inicialmente, a psicóloga imaginou que seu
trabalho seria apenas com as crianças e sentiu-se totalmente preparada, pois acreditava saber tudo sobre o desenvolvimento infantil.
Contudo, logo em seu primeiro dia de trabalho deparou-se com uma situação bastante difícil para ela. Um médico ortopedista a
procurou, pois desconfiou que um dos pais de uma menina que havia sido internada no hospital no dia anterior com graves
queimaduras e lesões ortopédicas estaria cometendo maus-tratos com a criança.
Joana estava nervosa, mas dirigiu-se até o quarto em que a criança se encontrava para entender um pouco melhor a situação.
Naquele momento, a profissional estava sentindo-se sob pressão, mas seguiu em frente e fez tudo o que pôde para descobrir o que
havia acontecido; porém, a menina apenas disse que um amiguinho a empurrou quando estava próxima a um sinal de trânsito.
A partir desse momento, Joana percebeu que seu trabalho incluía uma missão delicada de comunicar-se de diversas formas, pois a
fala nem sempre lhe traria todas as respostas necessárias. O médico estava bastante ansioso e queria saber o veredito da psicóloga,
que respondeu não ter absoluta certeza. O médico ficou zangado e disse que a presença de Joana era desnecessária. A psicóloga
ficou sem graça e saiu.
No dia seguinte, Joana chegou ao hospital decidida a entender melhor a situação e levou alguns testes infantis, folhas de papel,
desenhos coloridos e bonecos para tentar entender melhor o ponto de vista da criança por meio da brincadeira e de uma
comunicação mais lúdica.
Aos poucos, ela percebeu que o momento das duas estava fluindo muito mais e conseguiu entender um pouco a dinâmica familiar, de
quem a criança se considerava mais próxima, quais as brincadeiras a família costumava fazer, o que ela mais comia, qual era sua
rotina e tantas outras informações que a auxiliaram a entender não só aquela situação específica, mas algo muito maior chamado
maus-tratos.
Vamos entender o exemplo analisando três pontos de vista diferentes:
Comentário
Por meio desse exemplo, é possível perceber que existem diversas interpretações para uma mesma situação e que, para que uma mensagem seja
devidamente transmitida, é necessário que o receptor entenda a interpretação do emissor sobre determinada situação.
O psicólogo, portanto, necessita compreender, além da mensagem emitida, a interpretação feita pelo emissor, para que ele possa efetivamente ouvir
e acolher uma pessoa. Em adição, precisa sempre contextualizar esse processo de comunicação para poder ter uma visão mais completa de toda a
situação envolvida.
A necessidade de comunicação do psicólogo
Neste vídeo, será desenvolvida uma linha de raciocínio para que o aluno compreenda como a comunicação será essencial para a profissão,
refletindo sobre como uma determinada situação pode ser entendida de vários pontos de vista.
Para chegar a essa hipótese, a psicóloga também conversou com os responsáveis da criança e pessoas da família, que foram visitá-la
em horários diferentes e confessaram já terem presenciado maus-tratos à criança, mas nunca da forma como ocorreu dessa vez.
Psicóloga 
Médico 
Paciente 

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
A comunicação demanda alguns fatores para que ocorra de maneira efetiva. Assinale a alternativa que explica esses fatores de maneira
adequada.
Parabéns! A alternativa B está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EPara%20que%20uma%20comunica%C3%A7%C3%A3o%20ocorra%20de%20fato%2C%20%C3%A9%20preciso%20que%20um%20emisso
la%2C%20caso%20contr%C3%A1rio%2C%20seriam%20apenas%20c%C3%B3digos%20e%20s%C3%ADmbolos%20sem%20uma%20significa%C3%A7%
Questão 2
A comunicação humana é um tema amplamente estudado por diversas áreas do conhecimento, inclusive pela Psicologia, de maneira que
favoreça a aplicação de seus conhecimentos na prática profissional. Assinale a alternativa que contém a melhor justificava para a afirmativa
acima.
A
Para que a comunicação seja efetiva, é preciso que um emissor receba a mensagem e um receptor transmita a devida
interpretação para o emissor. Contudo, para que a comunicação aconteça, é preciso que o receptor compreenda e saiba
interpretar a mensagem.
B
Para que a comunicação seja efetiva, é necessário que existam um emissor, que transmitirá uma mensagem, e um receptor,
que receberá a mensagem. Contudo, para que a comunicação aconteça, é preciso que o receptor compreenda e saiba
interpretar a mensagem.
C
Qualquer pessoa pode se comunicar por meio de uma mensagem, contudo, nem todos conseguem decodificá-la. Isso impede
a presença de um emissor, um receptor e de uma possível decodificação da mensagem por outras pessoas que entendam o
mesmo código.
D
Qualquer pessoa pode decodificar uma mensagem, mesmo que ela não domine o código utilizado, basta que existam um
emissor da informação e um receptor da informação. Esses elementos garantem que a mensagem foi transmitida e
compreendida.
E
Os elementos necessários para que a comunicação ocorra de maneira efetiva são a existência de um código e sua
transmissão por meio de um emissor. Dessa maneira, qualquer pessoa pode receber e codificar qualquer mensagem,
garantindo a comunicação humana.
A
O psicólogo utiliza suas habilidades de comunicação para compreender melhor o indivíduo que está a sua frente, pois ele foi
treinado para desvendar o pensamento.
Parabéns! A alternativa D está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EO%20psic%C3%B3logo%20n%C3%A3o%20ir%C3%A1%20adivinhar%20o%20que%20se%20passa%20na%20mente%20de%20outra%20p
2 - Canais de comunicação para o psicólogo
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar as diferentes formas e os canais de comunicação pertinentes ao psicólogo.
Introdução
Compreendemos a importância que a comunicação tem para a Psicologia e a atuação do profissional da área. Devemos, então, procurar reconhecer
os tipos e as estratégias que estão associadas ao processo de comunicação. Neste módulo, será possível entender as diferentes formas de
B
O psicólogo é um profissional que necessita compreender outras pessoas para identificar a melhor solução do problema
apresentado e a comunicação o auxiliará a encontrar essa resposta.
C
O psicólogo utiliza suas habilidades de comunicação para inquirir e descobrir o lado mais escondido de uma pessoa, que é o
principal objetivo da prática profissional de Psicologia.
D
O psicólogo é um profissional que necessita compreender outras pessoas e faz isso por meio da comunicação, pois não há
um caminho universal para desvendar a mente.
E
A comunicação é uma ferramenta de extrema importância para o psicólogo, pois ela garante que todas as pessoas irão
compreender o que o profissional fala.
comunicação pertinentes ao psicólogo.
Comunicação como instrumento
A comunicação é o instrumento que permite a existência de vínculos entre os indivíduos de uma sociedade, garantindo sua ligação e conexão e a
manutenção de seus costumes. Como um dos elementos iniciais para que isso ocorra, temos a percepção. A percepção pode ser considerada
condição essencial para o encontro. O ato de perceber o outro e a sua mensagem permite a formação de uma impressão, que é formada por meio
da organização cognitiva dos conhecimentos e contatos adquiridos ao longo da vida (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008).
Pense em um prestador de serviço que escreve um anúncio e pendura-o no quadro de avisos no condomínio onde mora. Muitas pessoas passam
pelo quadro, no entanto, nem todas param paraler tudo o que nele se encontra, outras pessoas sequer diferenciam as mensagens entre si. Pode-se
dizer, então, que nem todas as pessoas perceberam a mensagem no mural, não existindo uma comunicação de fato.
Comunicação verbal e não verbal
Ao referir-se à ação de comunicar, geralmente, pensa-se imediatamente na fala, na escrita, na leitura, ou seja, formas consideradas como
comunicação verbal. Contudo, a comunicação também pode ocorrer pela via não verbal, envolvendo gestos, movimentos, olhares, expressões
faciais, posição corporal, desenho e sinais. Existem ainda pessoas que podem fazer uso dos dois tipos de comunicação, a verbal e a não verbal,
como é o caso de uma charge, uma tirinha, um desenho com uma legenda, por exemplo (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008; MOSCOVICI, 2008;
RAMOS; BORTAGARAI, 2012).
A comunicação pode ser (BOCK, FURTADO; TEIXEIRA, 2008):
Verbal
Uso de linguagem por meio da fala, escrita ou leitura.
Não verbal
Uso de gestos, olhares, expressões faciais, desenhos e sinais.
Segundo Ramos e Bortagarai (2012), a comunicação não verbal é uma maneira de qualificar a interação humana, permitindo que sentimentos,
emoções, qualidades e contexto sejam transmitidos e/ou percebidos de acordo com a situação que se apresenta. O próprio silêncio pode ser
bastante significativo e permite diversas interpretações.
Dica
Tanto a comunicação verbal como a não verbal mostram-se úteis no contexto terapêutico, pois permitem a expressão consciente ou inconsciente do
indivíduo de acordo com o contexto em que se apresenta.

Observe a imagem a seguir:
Três estátuas que representam ensinamentos relacionados ao budismo.
Em que você pensou?
Você conhece a história por trás da imagem dessas esculturas?
Elas se referem a ensinamentos da cultura oriental que objetivam transmitir a ideia de que o mal não permeie o ser, ou seja, que o ser não veja e não
escute o mal e não fale sobre ele. A reflexão proposta é tão profunda que é possível pensar em como habitam dentro de cada ser humano a luz e a
sombra, chegando à conclusão de que o mal não está apenas do lado de fora, mas também faz parte de cada um.
Você já deve ter escutado a frase “uma imagem vale mais que mil palavras”.
Nesse caso, essas esculturas permitem diversas interpretações, mas a maioria coincide em destacar os perigos do que vemos, falamos ou
escutamos, conduzindo-nos à reflexão.
Perceba como apenas a visualização de uma imagem pode proporcionar uma reflexão tão profunda sobre o ser humano. Outro ponto importante é
analisar como a história dessa imagem é contada.
Exemplo
Suponha que uma pessoa apresente deficiência visual e não consiga identificar a imagem. Ela ainda poderá entender a mensagem quando alguém
lhe descrever as ações apresentadas.
Escuta e olhar
O profissional de Psicologia pode utilizar as diferentes formas de comunicação e se beneficiar delas em sua atuação. Levando em consideração que
sua atuação depende da interação com outras pessoas, direta ou indiretamente, esse é um assunto essencial para o âmbito profissional.
A escuta é parte essencial do trabalho do psicólogo. Entretanto, o escutar do psicólogo não envolve apenas a linguagem verbal, pois para o
psicólogo a escuta não é somente ouvir, a escuta psicológica envolve também a linguagem não verbal.
O psicólogo precisa prestar atenção ao que o paciente fala, aos seus gestos, às expressões faciais, à forma de se
movimentar, à postura corporal e ao modo de falar. Assim, será possível realmente perceber o indivíduo que está à
sua frente, permitindo uma compreensão mais fidedigna do sujeito.
O psicólogo busca, em primeiro lugar, olhar a pessoa que está à sua frente, tentando se libertar dos estereótipos e julgamentos, o que é essencial
para verdadeiramente enxergar o outro. Na Psicologia, chamamos essa disponibilidade e atenção do psicoterapeuta com o seu paciente de escuta
terapêutica. A escuta é como um segundo passo na direção do acolhimento necessário. O último conceito, acolhimento, consiste em uma tarefa
básica no fazer do psicólogo, pois, seja qual for a área de atuação, será necessário lançar mão dessa estratégia em algum momento.
A escuta terapêutica e a comunicação
Neste vídeo, a partir de uma breve explicação sobre as diferentes formas de comunicar-se, a especialista Érica Henke irá contextualizar a
importância da escuta terapêutica.
Acolhimento
Um dos significados da palavra acolher é o de dar crédito, levar em consideração, dar ouvidos, e isso é justamente o que o psicólogo objetiva fazer.
O fato de trocar palavras e respostas não significa que dois seres humanos estejam realmente se comunicando e se ouvindo. O psicólogo precisa,
portanto, demonstrar que está ali de verdade, e ele pode utilizar tanto a comunicação verbal como a não verbal para isso.
A história da psiquiatra Nise da Silveira (1905-1999) é um grande exemplo que deve ser ressaltado nesse quesito. Nise foi uma importante psiquiatra
brasileira, reconhecida por transformar o tratamento de saúde mental no Brasil em meados do século XX. Ao chegar ao Hospital da Praia Vermelha,
no Rio de Janeiro, em 1927, percebeu que os pacientes não eram realmente vistos e escutados. Deparou-se com muitas desculpas e percebeu que
ela poderia fazer algo para acolher aquelas pessoas de uma maneira acessível para todos. Nise resolveu, então, escutar e tornou-se atenta a cada
um dos pacientes.
Buscou alternativas que pudessem auxiliá-la nessa tarefa, incentivou que cada um encontrasse uma forma de arte com a qual se identificasse mais
e percebeu que cada paciente começou a contar sua própria história por meio de desenhos, pinturas, esculturas, construção de objetos. Até hoje é
possível visitar o museu do inconsciente, que possui obras produzidas pelos pacientes e que dizem muito sem utilizar uma única palavra em muitos
casos.
O que a psiquiatra Nise da Silveira fez foi escutar e acolher cada uma das pessoas que ali se encontravam, pois ela sabia que não existia uma receita
a ser seguida. Ela utilizou a empatia para perceber que o espaço de vivência dos pacientes não era adequado, eles não conseguiam expressar-se e,
na maioria das vezes, sequer eram levados em consideração.

Comunicação e arte
A arte é uma forma de comunicar o que está dentro de um indivíduo, um modo de manifestar o próprio pensamento,
o sentimento, a emoção e até eventos históricos.
A arte fala, antes de tudo, sobre o sujeito que a criou, seu criador, e comunica algo para aqueles que a contemplam. Outro exemplo seriam os
desenhos feitos pelas crianças. O vocabulário em desenvolvimento e a formação das estruturas cognitivas e emocionais conferem à criança uma
forma de se expressar distinta da dos adultos, e a expressão lúdica pode ajudar a criança a comunicar a sua mensagem. O desenho pode ser uma
forma de desvendar a mensagem que deseja ser passada, pois ele pode refletir o que a criança está vivenciando ou sentindo, sem que ela precise
encontrar uma palavra exata para se expressar.
Comunicação e testes psicológicos
Os testes psicológicos podem ser também uma forma de se comunicar, conhecer o paciente e até de descontrair a tensão inicial, proporcionando
uma intervenção que pode trazer respostas ao psicólogo. Os testes psicológicos são instrumentos de avaliação, que buscam compreender
determinado conceito a partir de tarefas, imagens, desenhos, interpretações, escolhas, desafios de um indivíduo.
Exemplo
A personalidade é um conceito amplamente pesquisado e existem diversos testes, orientados por diferentes abordagens, que lançam meios
variados para compreender certas características de cada um.
Os testes expressivos, por exemplo, são técnicas qualitativas que avaliam a expressão consciente e a expressão inconsciente para investigar
características de personalidade. Nos testes expressivos, fazemos uso de produções que o indivíduo realiza, como desenhos e histórias, para
podermos conhecer melhor o paciente, tanto crianças quanto adultos.
Expressão corporal
A percepção de uma expressãofacial e mudança de comportamento é outra forma de receber uma mensagem. O psicólogo pode analisar a postura
corporal, o olhar, se há alguma mudança no modo de uma pessoa se portar quando fala de determinado assunto, observando, por exemplo, se fica
mais ofegante ou não.
Todos esses sinais podem auxiliar a perceber uma mudança, no entanto, não serão decisivos e precisam ser devidamente verificados para que se
chegue a uma conclusão. Por mais que uma expressão facial possa transmitir uma emoção, nem sempre a emoção refere-se à interpretação feita.
Existem pessoas que choram de felicidade, por exemplo, mesmo que seja uma atitude geralmente atrelada à tristeza. Por isso, o uso e a vinculação
de uma comunicação clara, assertiva e múltipla podem garantir melhor compreensão do psicólogo.
Carl Rogers foi um dos grandes expoentes da Psicologia Humanista, que prezava muito pela relação terapêutica. Uma de suas práticas durante seus
atendimentos era a de confirmar com a pessoa que estava em sua frente se o que ele havia entendido era o que estava sendo transmitido.
Por meio desse exercício simples, a comunicação estabelecida tornava-se mais efetiva, e o terapeuta passava a ter melhor entendimento sobre o
que o indivíduo realmente estava comunicando.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Qualquer ser humano pode se comunicar por meio de diferentes formas que não apenas a fala. Assinale a alternativa que melhor explica esse
fato.
Parabéns! A alternativa A está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EUma%20mensagem%20pode%20ser%20enviada%20de%20diversas%20formas%2C%20assim%20como%20a%20sua%20interpreta%C3
se%20que%20a%20comunica%C3%A7%C3%A3o%20poder%C3%A1%20ocorrer%20por%20meio%20de%20fatores%20verbais%20e%20n%C3%A3o%20
Questão 2
Um quadro pode ser feito a partir de diferentes motivações para contar uma história, porém, sempre haverá uma mensagem que o artista deseja
transmitir. A afirmativa é verdadeira ou falsa? Assinale a alternativa que contém o comentário que melhor explica a afirmativa anterior.
A A comunicação pode ocorrer por meio de fatores verbais e não verbais, por isso, a fala não é a única forma de se comunicar.
B A comunicação pode ocorrer por meio da fala e da escrita, por isso, a fala não é a única forma de se comunicar.
C
A comunicação pode ocorrer de maneira fluida ou rígida. A fala consiste na maneira fluida, já a interpretação corresponde à
maneira rígida.
D
A comunicação pode ocorrer por meio de ferramentas construídas pelo homem, tais como o celular e o computador, não
necessitando da fala presencial sempre.
E
A comunicação pode ocorrer independentemente da compreensão da mensagem, por isso, a fala não é a única forma de
realizar esse processo.
Parabéns! A alternativa C está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EImagem%2C%20pintura%2C%20gravura%20podem%20sim%20partir%20de%20uma%20hist%C3%B3ria%2C%20pois%20existem%20mo
3 - A importância do feedback
Ao �nal deste módulo, você será capaz de avaliar a importância do feedback e intervenções psicológicas
A
A afirmativa é falsa, pois uma obra artística não passa mensagens, ela apenas embeleza os ambientes e distrai as pessoas,
portanto, a afirmativa é infundada.
B
A afirmativa é falsa, pois algumas obras transmitem mensagens, mas não são todas. A melhor forma de se comunicar é por
meio da fala.
C
A afirmativa é verdadeira, pois uma obra de arte parte de uma inspiração e uma explicação do porquê o artista retratou aquela
imagem.
D
A afirmativa é verdadeira, pois os quadros são como ilustrações de um livro que sempre são pintadas em série e fazem parte
de uma trajetória.
E
A afirmativa é verdadeira, pois os quadros são formas de emitir mensagens cifradas que pouquíssimas pessoas no mundo
conseguem codificar.
Formas de interação
As habilidades interpessoais são requisito fundamental para a atuação do profissional de Psicologia, sendo a comunicação o meio pelo qual um
indivíduo se expressa. Sentir-se seguro e preparado para lidar com situações que envolvem o relacionamento interpessoal, ou seja, a interação com
outras pessoas, é fundamental para a prática do psicólogo. No entanto, nem sempre a graduação supre essa necessidade (BANDEIRA et al., 2006).
Portanto, o estudo sobre as diferentes formas de interação, como realizar perguntas e fazer devolutivas, torna-se fundamental para a prática da
profissão.
O psicólogo, além de se comunicar, acolher e escutar, precisa saber como conduzir uma entrevista ou um
atendimento.
Nesse caso, é preciso fazer perguntas bem formuladas e adequadas para que haja fluidez no processo de comunicação, além de entender como
realizar uma devolutiva ou feedback. Saber como abordar e confrontar uma pessoa de maneira equilibrada é uma habilidade importante para um
posicionamento assertivo.
Entrevista
Segundo Cunha (2000, p. 45), entendemos por entrevista psicológica:
Um conjunto de técnicas de investigação, de tempo delimitado, dirigido por um entrevistador treinado, que utiliza conhecimentos
psicológicos, em uma relação profissional, com o objetivo de descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais ou sistêmicos (indivíduo,
casal, família, rede social), em um processo que visa a fazer recomendações encaminhamentos ou propor algum tipo de intervenção em
benefício das pessoas entrevistadas.
Podemos destacar como é importante que, na entrevista psicológica, exista especial atenção à complexidade dos procedimentos envolvidos,
procedimentos que fazem referência às competências do entrevistador, o qual precisa contar com as habilidades necessárias para sustentar uma
relação interpessoal eficiente.
Sobre as entrevistas, Cunha (2000) as classifica segundo os seus aspectos formais em três tipos:
Fazer uma pergunta a alguém parece um processo simples, basta utilizar uma entonação de interrogação, correto?
Não necessariamente. Não existe um passo a passo a ser seguido para obter sucesso em uma entrevista, no
entanto, é essencial que o profissional se mostre aberto, atento e disponível.
Estruturada 
Semiestruturada 
Não estruturada 
Imagine que você está conversando com duas pessoas sobre as melhores experiências da vida de cada uma. Quando chega sua vez, você fica
muito empolgado e quer narrar cada detalhe para que ambas entendam bem. No entanto, você encontra duas atitudes e opiniões totalmente
diferentes.
Pessoa 1
Diz ter achado muito legal, mas apenas utiliza palavras como “legal”, “maneiro”, “gostei”, “bacana” de modo pouco expressivo, olhando para
todos os lados, menos para você, como se estivesse procurando algo mais interessante.
Pessoa 2
Mostra-se bastante atenta, olha em seus olhos, realiza perguntas sobre o que você está falando e manifesta sua opinião sobre o que está
sendo dito.
Dica
Em geral, as pessoas preferem conversar com quem lhes dispenda atenção, pois esse ato demonstra interesse no que está sendo dito, mesmo que
as duas partes não concordem em tudo. Portanto, o primeiro passo para uma conversação efetiva é demonstrar atenção ao que o outro diz.
As diferenças entre as pessoas é outro ponto relevante, pois é preciso saber lidar com elas. A não aceitação de uma opinião oposta ou de uma visão
distinta pode dificultar a comunicação, criando um ambiente fechado para a troca.
Moscovici (2008) explica que, se as diferenças são aceitas e tratadas em aberto, a comunicação flui fácil, em dupla direção, as pessoas falam o que
pensam e sentem, e têm possibilidades de dar e receber feedbacks. Contudo, se o oposto ocorre ou se as diferenças são negadas, a comunicação
torna-se falha, incompleta, insuficiente, com bloqueios e barreiras, distorções e fofocas.
Dessa maneira, a mensagem que o emissor deseja passar não é devidamente codificada pelo receptor, ou seja, as pessoas não falam o que
realmente gostariam de falar, nem ouvem outros indivíduos, só captam o que reforçasua imagem das outras pessoas.
Segundo Cunha (2000), o bom andamento de uma entrevista psicológica recai na qualidade da formação teórica do psicólogo e na sensibilidade
desse profissional em relação aos aspectos relacionais, como, por exemplo, o cuidado existente em relação aos processos de transferência e
contratransferência que aqui acontecem. Essa sensibilidade pode ser desenvolvida em parte, por isso a importância de você, como aluno de
Psicologia, procurar a prática supervisionada para consolidar diversas estratégias e ferramentas.
ransferência e contratransferência

Processos centrais na compreensão da relação psicoterápica na perspectiva psicanalítica. Transferência se refere aos sentimentos, às emoções e aos
afetos que o paciente sente em relação ao seu psicoterapeuta. Já a contratransferência seriam os sentimentos e as emoções que o analista experiencia
em relação ao seu paciente.
Feedback
Perguntar é essencial no processo de acolhimento, no entanto, uma interação não é formada apenas por perguntas, mas também por devolutivas ou,
como se conhece, pelo termo feedback. O significado do referido termo é o de ser um processo que contribui para o desenvolvimento de
competências interpessoais, por meio da comunicação sobre como uma ação, uma pessoa, ou grupo afeta outros indivíduos, sempre objetivando o
desenvolvimento, a melhoria do desempenho e, consequentemente, a conquista dos próprios objetivos (MOSCOVICI, 2008). Portanto, o feedback é
essencial para desenvolvermos uma boa comunicação.
Moscovici (2008) cita algumas características importantes que devem ser levadas em consideração para realizar um processo útil por meio do
feedback:
O feedback é uma ferramenta muito útil, mas nem sempre é fácil receber ou dar.
Quando bem utilizado, ele pode ser aproveitado e ajudar no desenvolvimento pessoal de várias habilidades de uma pessoa, contudo, admitir para si
mesmo uma ineficiência já é algo difícil, para outra pessoa pode ser ainda mais desafiador. Muitas pessoas escondem ou evitam olhar para seus
defeitos, suas dificuldades ou para as partes de sua personalidade que têm sido evitadas.
Olhar para tudo isso pode ser muito difícil, fazendo com que a pessoa negue ou se coloque em posição defensiva (MOSCOVICI, 2008). Receber um
feedback é também um exercício de autopercepção que demanda esforço e empenho para lidar com medos, angústias e receios sobre si mesmo.
Dar um feedback também não é uma tarefa fácil, pois tanto o comunicador quanto o receptor podem apresentar questões. Aquele que fornece o
Descritivo 
Específico 
Empático 
Dirigido 
Solicitado 
Oportuno 
Esclarecido 
feedback pode se deparar com certa necessidade de se sentir importante e sábio, tendendo a entrar no campo do aconselhamento, o que foge do
objetivo inicialmente proposto.
Saiba mais
Na cultura brasileira, o costume de dar um feedback ainda não está completamente enraizada, fazendo com que as pessoas acabem levando para o
lado pessoal ou afetivo e apresentando dificuldades em separar do lado profissional, ou em algo pontual, por exemplo. Aquele que observa e realiza
uma devolutiva a alguém precisa ter um olhar para aquela pessoa, sem se colocar no centro da questão. Muitas vezes, o comunicador pode
apresentar uma visão específica, sentir-se atingido por alguma atitude do outro ou lembrar de experiências próprias, o que acaba por dificultar em
olhar verdadeiramente para o outro e sua história.
Outro ponto muito importante é saber se a pessoa em questão deseja receber um feedback, caso contrário, talvez não seja um processo tão
proveitoso, podendo existir conflito, dúvida e até desconfiança sobre a intenção do comunicador (MOSCOVICI, 2008).
Vejamos algumas dicas interessantes sobre como enfrentar as próprias dificuldades no que diz respeito a dar e receber feedback. Moscovici (2008,
p. 98) indica que se exercitem estes quatro pontos:
1) Estabelecendo uma relação de confiança recíproca para diminuir as barreiras entre comunicador e receptor.
2) Reconhecendo que o feedback é um processo de exame conjunto.
3) Aprendendo a ouvir, a receber feedback sem reações emocionais (defensivas) intensas.
4) Aprendendo a dar feedback de forma habilidosa, sem conotações emocionais intensas.”
Além de manter a imparcialidade tanto ao dar como ao receber um feedback, é preciso também confrontar com o feedback e as percepções
recebidas de outras pessoas, para compreender melhor se suas atitudes são vistas de determinada maneira por uma pessoa específica ou pela
maioria.
Quando se utiliza o termo imparcialidade, alguns podem remeter a uma atitude fria, sem sentimentos. Contudo, o psicólogo precisa lançar mão
desse recurso para que o receptor compreenda a mensagem específica para ele, sem misturar problemas individuais ou desconfianças. A questão
dos sentimentos é bastante relevante também. Não significa dizer que uma pessoa imparcial não possui sentimentos, mas que ela não se deixa
levar por eles. Essa pessoa analisa a situação por meio de sua razão e utiliza equilíbrio e justiça para tomar uma decisão.
Vamos acompanhar o exemplo a seguir.
Imagine que dois amigos seus muito próximos brigaram e não desejam mais se encontrar. Entretanto, você continua tendo sentimentos pelos dois e
não consegue se decidir sobre quem tem razão na discussão. Você escuta o lado de um e o lado do outro, consegue compreender o ponto de vista
de cada um, e forma sua própria opinião sobre o acontecido independentemente de seu sentimento pelas pessoas envolvidas. Em vez de pender
para um lado, você descreve sua visão de maneira a considerar os fatos (o que realmente ocorreu naquele momento) e a explica aos envolvidos.
Essa é uma situação difícil em que muitas pessoas já podem ter se visto. Quando alguém demanda seu feedback (os dois amigos), é necessário
considerar os acontecimentos em si, os fatos para que o comunicador possa passar uma visão mais fidedigna e objetiva.
Algumas habilidades de comunicação são importantes para o desenvolvimento da competência interpessoal e para um processo útil de feedback,
garantindo uma compreensão mútua. Verifique a seguir algumas dessas habilidades descritas por Moscovici (2008).
Habilidades de comunicação interpessoal
Vamos conhecer agora algumas habilidades de comunicação interpessoal.
Habilidades de comunicação interpessoal
Ao longo do vídeo a seguir, a especialista Érica Henke irá explicar em que consistem os quatro pontos citados como habilidades de comunicação
interpessoal, utilizando-se de exemplos para que você compreenda os conceitos.
Paráfrase 
Descrição de comportamento 
Verificação de percepção 
Descrição de sentimentos 

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
A escuta é uma atividade essencial para o psicólogo em sua atividade profissional, contudo, não é a única. Assinale a alternativa que apresenta
outra(s) atividade(s) importantes para o psicólogo, com sua devida explicação.
A
O acolhimento também é crucial para o entendimento do que o paciente deseja comunicar ao psicólogo, pois proporciona
maior informação e desenvolvimento da problemática.
B
O acolhimento e as perguntas também são ferramentas importantes para compreender as demandas do indivíduo e encontrar
uma solução para o problema apresentado.
C
O acolhimento e as perguntas são complementares à escuta, pois o psicólogo conseguirá maior aproximação com o paciente
e buscará sanar quaisquer dúvidas por meio das perguntas.
Parabéns! A alternativa C está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20escuta%20psicol%C3%B3gica%20%C3%A9%20essencial%20para%20que%20o%20psic%C3%B3logo%20compreenda%20o%20suj
Questão 2
O feedback ou a retroalimentação é um conceito muito utilizado nos estudos sobre comunicação humana. Refere-se à informação que o
emissor recebe a partir da reação que o receptor emite em relação à sua mensagem, e serve para avaliar os resultados da transmissão.O
feedback é uma ferramenta amplamente utilizada em diferentes áreas e pode favorecer o desenvolvimento de
Parabéns! A alternativa C está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EDar%20e%20receber%20um%20feedback%20pode%20n%C3%A3o%20ser%20uma%20tarefa%20f%C3%A1cil%2C%20pois%20exige%20u
D
As perguntas são essenciais para que o processo da escuta transcorra corretamente, pois elas corrigirão quaisquer erros
presentes na narrativa do paciente.
E
O acolhimento substitui qualquer outra forma de interação com um paciente, pois conforta o indivíduo, deixando-o à vontade
para falar o que desejar.
A habilidades comunicacionais, pois força o indivíduo a se comunicar com outro.
B habilidades comunicacionais, pois incentiva a conversação entre duas pessoas.
C habilidades interpessoais, pois incentiva o desenvolvimento da assertividade.
D habilidades interpessoais, pois considera o desempenho relacional do observador.
E habilidades intencionais, pois os envolvidos desenvolverão suas intenções de comunicação.
4 - Conceitos e ferramentas em Psicologia
Ao �nal deste módulo, você será capaz de relacionar conceitos e ferramentas em contextos pro�ssionais.
Escuta psicológica
Até o momento, já abordamos diversos aspectos sobre a comunicação humana, desde sua conceituação, importância e maneiras de realização até
a contextualização para o profissional de Psicologia. O estudo de todos esses tópicos possibilitou o entendimento de que o desenvolvimento da
comunicação é essencial para o treino de habilidades interpessoais.
O psicólogo, como profissional que tem por objetivo cuidar da saúde mental das pessoas, precisa desenvolver tais habilidades para compreender e
travar uma comunicação efetiva com o outro. No entanto, é preciso levar em consideração a cientificidade da profissão, distanciando-se da ideia do
senso comum de que o psicólogo é uma espécie de conselheiro, sábio ou vidente. O psicólogo, portanto, não adivinha pensamentos ou sentimentos
de uma pessoa, ele os escuta, acolhe e analisa juntamente com o sujeito.
A escuta psicológica constitui-se em uma ferramenta essencial no exercício da profissão do psicólogo, seja qual
for a sua área de atuação ou abordagem identificada.
Logicamente, demandas e abordagens diferentes terão formas de atuação distintas. Contudo, o objetivo da escuta psicológica é o de compreender
o indivíduo, a sua dor e a sua angústia de maneira genuína. Desse modo, a pessoa poderá sentir-se acolhida e mais confortável para interagir e
confrontar-se com suas próprias dificuldades.
Para que esse processo ocorra, o psicólogo utiliza diferentes formas de se comunicar e de identificar comunicação por meio da linguagem verbal e
não verbal. A fala, a escrita e a leitura são exemplos da linguagem verbal, já o olhar, as expressões faciais, os gestos, os sinais, os símbolos, as
imagens, os desenhos podem ser considerados linguagem não verbal. Por isso, o psicólogo pode utilizar diferentes formas para abordar uma
pessoa, tais como testes psicológicos, entrevista, escuta livre, atividades com objetivos específicos, entre tantas outras.
A seguir, apresentamos um exemplo de uma técnica utilizada em psicoterapia conhecida como No reflexo do Espelho, que permite desenvolver a
autoconsciência e autoconfiança. Essas técnicas podem ser importantes ferramentas usadas como parte da escuta ativa que o psicólogo precisa
manter com os seus pacientes ou clientes.
Comentário
Em atendimentos clínicos, é comum encontrar pessoas que não conseguem identificar a si mesmas, do que gostam, quem são, quais suas opiniões.
São indícios de indivíduos que não se conhecem tão profundamente e podem acabar se apegando à visão de outras pessoas como se fossem suas.
Vamos ao exemplo:
Em determinado atendimento, a psicóloga Joana atendeu a paciente X, que procurou atendimento psicológico porque se sentia
sempre desconsiderada por todos, o que ocasionou um processo depressivo. X descreveu todos os sintomas da depressão e ainda
trouxe um laudo médico que seu psiquiatra havia feito.
Joana percebeu que X, na verdade, estava perdida em meio a tantas opiniões, diagnósticos, pensamentos, mas nunca pronunciava os
seus próprios. A psicóloga adotou, então, a estratégia de sempre perguntar a X o que ela pensava sobre as situações que trazia pelo
olhar dos outros.
Aos poucos, X percebeu as repetidas perguntas de Joana e irritou-se. Joana explicou que ela raramente trazia sua visão dos fatos e
perguntou o porquê dessa atitude. X não sabia exatamente o porquê e permanecia incomodada, pois Joana continuava não lhe dando
a tão esperada “opinião psicológica da situação”.
A psicóloga decidiu levar um espelho para a próxima sessão, entregou-o a X e pediu que ela descrevesse o que enxergava. X olhou
Joana com cara de espanto e, um pouco sem jeito, disse que só via ela mesma. Joana pediu que ela se descrevesse detalhadamente
X d d d ó i t
No exemplo acima, é possível identificar o manejo clínico da psicóloga Joana com a paciente X. Perceba que a escuta psicológica aconteceu desde
que X procurou a terapeuta. No entanto, Joana utilizou formas diferentes para se comunicar com X. Algumas foram mais efetivas e outras menos.
Contudo, Joana não objetivava apenas comunicar-se com X, mas também ajudá-la a compreender suas atitudes e dificuldades consigo mesma. X
parecia apresentar uma autoestima baixa, pois estava sempre buscando aprovação no olhar do outro, mas nunca se perguntava o que ela mesma
queria ou pensava. Joana decidiu partir para uma estratégia mais impactante e vivencial, o uso do espelho.
Você pode estar se perguntando: “Como Joana conseguiu decidir qual técnica utilizar?”. A psicóloga precisou conhecer X, desenvolver uma relação
com ela e entender que talvez uma mensagem mais impactante poderia chocá-la e colocá-la para pensar sobre onde estaria seu verdadeiro eu. Isso
não significa que Joana sabia exatamente o que fazer. Na verdade, ela utilizou todo o seu estudo, sua leitura e suas vivências e tomou uma decisão
que poderia não ter tido o efeito esperado, mas serviria para que ela buscasse outra interação.
Resumindo
Esse exemplo objetiva explicar que nem sempre haverá uma fórmula ou receita exata para interagir com quem está em nossa frente, mas, como
futuro psicólogo, é necessário atentar-se ao sujeito de fato.
A complexidade da interação
Neste vídeo, a partir de experiências profissionais, a especialista Érica Henke irá explicar como a interação não será óbvia, mas é possível de ser
feita.
e X começou a descrever cada nuance de seu próprio rosto e pescoço.
Quando X terminou sua descrição, Joana explicou que o espelho mostrava o que realmente importava na vida de X. Ela, em tom
interrogativo e desconcertado, pronunciou “eu?!”. Naquele momento, X pareceu confusa e satisfeita, ela finalmente havia percebido
que poderia ter uma opinião própria, tanto quanto as outras pessoas, e que ela também era importante, importante para ela mesma.

Como iniciar uma conversação?
Em geral, o início de uma interação ocorre com uma apresentação e um questionamento do porquê aquela pessoa buscou você. Essa pode ser uma
pergunta ampla, mas que atende a diversas possibilidades e campos.
No entanto, muitas pessoas sentem-se intimidadas na presença de um psicólogo e acabam se atrapalhando ou sentindo-se tímidas. O psicólogo
pode fazer algumas perguntas sobre como foi o caminho até o local de encontro ou como foi o dia da pessoa, por exemplo. Além disso, observar a
forma como a pessoa se apresenta e buscar por alguma referência que pareça importante também pode ser uma forma de iniciar uma interação.
Apesar dos exemplos citados, é importante que se compreenda que não existem receitas.
Atenção!
É muito importante que o psicólogo tenha uma grande disponibilidade e sensibilidade frente ao paciente ou cliente atendido, buscando ajustar as
suas estratégias para cada caso. A forma de se aproximar de um adulto é diferente daquela usada comrelação a uma criança e a uma família, por
exemplo. Em cada momento, as demandas podem mudar.
Como manter uma conversação?
Iniciar uma conversa pode parecer bastante difícil, mas a sua manutenção pode ser mais desafiadora ainda.
Por mais que a escuta seja essencial para o pro�ssional da Psicologia, a interação também é fundamental.
Ao realizar uma pergunta, espera-se uma resposta. Enquanto o receptor responde, é importante que o psicólogo se mostre atento ao que está sendo
dito, confirme, caso tenha ficado alguma dúvida, e realize mais perguntas, a fim de compreender o que está sendo dito.
Esse processo, em seu devido tempo para cada indivíduo, desenvolverá a confiança entre profissional e paciente, culminando em uma relação
terapêutica. Assim, como leva tempo para construir a confiança de alguém, também levará tempo para construir a confiança do paciente no
terapeuta. Por isso, é importante que o psicólogo não insista falar em determinados assuntos com os quais o paciente demonstre ficar
desconfortável, especialmente no começo do tratamento. Uma importante orientação é utilizar primariamente perguntas abertas, sem o uso de
porquês, evitando a sugestão de uma resposta e que permitam ao paciente um desenvolvimento maior.
Exemplo
Quando desejar saber a preferência sobre um determinado assunto, podemos perguntar “Me fale sobre...” ou “O que você pensa sobre...” em vez de
perguntar “Você prefere isto ou aquilo?” seguido de “por quê?”. Perceba que nas duas últimas alternativas, a conversa pode ficar muito direta e
damos pouca oportunidade para o outro pensar e se expressar, ficando a conversa muito mais no nosso comando, e dificultando o fluxo natural, que
pode variar segundo os pontos de interesse que o outro possa trazer.
A ideia é a de mantermos uma conversa com alguns pontos de referência a serem abordados, mas cuja pauta seja principalmente definida pelo
paciente, dando o espaço para ele se sentir escutado e acolhido, sem julgamentos, em um ambiente que ofereça segurança para ele poder acessar
conteúdos dolorosos ou difíceis e, ao mesmo tempo, pontuando, quando for necessário, algum processo relevante segundo a perspectiva teórica
que fundamente a nossa prática. Por isso, a importância de procurarmos desenvolver as nossas estratégias comunicacionais, buscando a
supervisão necessária em nossa prática, que permita não nos afastarmos dos objetivos psicoterápicos traçados.
Como encerrar uma conversação?
Por mais que muitos estudantes e profissionais iniciantes na profissão tenham dúvidas sobre como abordar ou manter a interação com um
paciente, muitos outros têm dúvidas sobre como encerrar um atendimento. Para que isso seja feito com respeito e consideração, é preciso fazer
uso das habilidades interpessoais necessárias para a atuação do psicólogo.
A assertividade é uma das características que proporciona ao profissional a capacidade de se expressar de maneira firme e direta, sem causar
qualquer tipo de constrangimento, ou seja, o psicólogo deve manifestar que precisa encerrar o atendimento sem se sentir culpado.
Dicas
Uma forma interessante de apaziguar a situação é pedir que a pessoa pense em tudo o que ela ainda tem para dizer e trazer no próximo encontro,
para que psicólogo e paciente possam olhar para essas questões de maneira mais aprofundada e com a atenção que ela merece.
Mais uma vez, esse é apenas um exemplo de uma forma de encerramento, e não uma verdade absoluta. Cada profissional e cada situação são
únicas e podem exigir respostas diferentes. Por isso, é importante que o psicólogo se mostre sensível e perceba quando ele pode estender um
pouco mais de seu tempo disponível e quando ele deve encerrar dentro do horário.
Competências do psicólogo na comunicação
Segundo Cunha (2000), existem algumas competências pessoais importantes que independem da orientação teórica do psicoterapeuta. Afinal, a
comunicação que se estabelece durante a psicoterapia ou durante a entrevista psicológica é primariamente um contato social entre duas ou mais
pessoas.
Para obtermos um bom contato social, existem algumas técnicas, como já vimos, que permitem estratégias clínicas importantes. Mas de qualquer
forma, a execução dessas técnicas depende em parte da formação teórica do psicólogo e em parte de suas habilidades interpessoais. Para Cunha
(2000), entre algumas orientações importantes nesse processo, podemos mencionar:
Estar presente e disponível para o outro, o que significa tentar escutar sem a interferência de questões pessoais.
Auxiliar ao paciente para ele se sentir à vontade, buscando desenvolver o vínculo terapêutico.
Buscar conhecer os motivos que impulsionaram o paciente a procurar por nós, tentando esclarecer, dentro do possível, assuntos vagos ou
incompletos.
Confrontar com sensibilidade e de forma oportuna esquivas e contradições.
Demostrar sensibilidade e tolerância para angústias e medos demostrados.
Identificar as defesas e as formas de funcionamento do paciente durante o processo, como, por exemplo, o caso da transferência.
Identificar e trabalhar os processos contratransferenciais.
Assumir a iniciativa em momentos de difícil manejo ou de impasse.
Saiba mais
Para estarmos atentos, disponíveis e presentes no momento da psicoterapia, precisamos trabalhar, paralelamente, os nossos problemas pessoais,
para evitar, dentro do possível, que eles interfiram nos objetivos perseguidos ao longo do processo.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O manejo clínico é um aspecto da prática profissional do psicólogo que envolve alguns aspectos importantes. Assinale a alternativa que
descreve corretamente esses aspectos.
Parabéns! A alternativa E está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EO%20manejo%20cl%C3%ADnico%20n%C3%A3o%20constitui%20um%20passo%20a%20passo%20para%20que%20o%20psic%C3%B3lo
Questão 2
Muitos estudantes e psicólogos iniciantes apresentam dúvidas com relação a como iniciar, manter e finalizar uma conversação. Esses podem
parecer fatores bastante diferentes, mas eles apresentam um fator em comum que, inclusive, auxilia em sua compreensão. Assinale a
alternativa que contém o ponto em comum entre os três fatores apresentados anteriormente.
A
O manejo clínico ocorre por meio da percepção do indivíduo e de seus problemas, buscando proporcionar uma escuta
satisfatória, para que o paciente se sinta totalmente satisfeito.
B
O manejo clínico se constitui em diversas formas de escuta ao paciente, pois é preciso que seja feito o mínimo de
intervenções possíveis durante o atendimento clínico.
C
O manejo clínico sustenta-se por meio da sutileza e diversidade de atividades propostas, para que o paciente não se entedie
com o atendimento.
D
O manejo clínico envolve a atuação do psicólogo para que o processo terapêutico seja efetivo, por meio de questionamentos
diretos, claros e insistentes.
E
O manejo clínico envolve sutileza, percepção e diversas técnicas de intervenção que o psicólogo julgar necessárias e
adequadas para o andamento do caso.
A Manter a atenção no indivíduo é essencial para iniciar, manter e finalizar uma conversação.
B Manter discordância é essencial para iniciar, manter e finalizar uma conversação.
Parabéns! A alternativa A está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EPara%20que%20uma%20conversa%C3%A7%C3%A3o%20flua%20em%20qualquer%20sentido%2C%20%C3%A9%20necess%C3%A1rio%
Considerações �nais
Neste conteúdo, compreendemos melhor o processo da comunicação humana, focalizando seu uso na atuação do psicólogo em sua prática
profissional. A comunicação é essencial para todo e qualquer indivíduo que deseje interagir, e é parte essencial para a desenvoltura do psicólogo, já
que o fazer da Psicologia inclui pensar em pessoas.
A transmissão de mensagens depende de um comunicador, de um receptor e da compreensão da mensagem enviada. Caso não haja um
entendimento entreas duas partes, a comunicação não terá sido efetiva e a mensagem acabará sendo perdida.
O psicólogo, portanto, necessita encontrar formas de entender a mensagem que o paciente passa, utilizando as diferentes linguagens de que somos
dotados, por meio de fala, gestos, olhares, posturas, expressões.
A capacidade de se comunicar e se fazer compreender pelo outro faz parte de habilidades interpessoais importantes na prática do profissional da
Psicologia. A assertividade é outra característica importante para o psicólogo e denota a segurança que o profissional tem consigo mesmo para
transmitir o que ele precisa.
Por meio do melhor entendimento sobre a comunicação humana e das habilidades interpessoais, o psicólogo pode melhorar sua forma de atuação
e compreensão de seu paciente. Consequentemente, o desenvolvimento de tais habilidades é de extrema importância para o futuro psicólogo.
C Estabelecer um diálogo intenso é essencial para iniciar, manter e finalizar uma conversação.
D Estabelecer uma concordância é essencial para iniciar, manter e finalizar uma conversação.
E Estabelecer códigos é essencial para iniciar, manter e finalizar uma conversação.
Podcast
Neste podcast, a especialista Érica Henke irá abordar os processos básicos implícitos na entrevista psicológica e no vínculo terapêutico, ilustrando a
comunicação estabelecida com exemplos sobre transferência, contratransferência, escuta psicológica, acolhimento e técnicas de interação.

Referências
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196.
BORSA, J. C. Considerações sobre o uso do teste da casa-árvore-pessoa. Avaliação psicológica, v. 9, n. 1, p. 151-154, abril, 2010.
CUNHA, J. Psicodiagnóstico. V. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
MOSCOVICI, F. Desenvolvimento interpessoal humano: treinamento em grupo. 17. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008. cap. 3, p. 66-79; cap. 5, p.
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OLIVEIRA, N. B. de; RODRIGUES, T. S. C. B.; PÁDUA, C. A. L. de O. A psicologia social: um estudo sobre seus conceitos. Epistemologia e práxis
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PENTEADO, J. R. W. A técnica da comunicação humana. 14. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012. cap. 1, p. 1-32.
RAMOS, A. P.; BORTAGARAI, F. M. A comunicação não verbal na área da saúde. CEFAC, v. 14, n. 1, p. 164-170, jan./fev., 2012.
SARMENTO, L. L.; TUFANO, D. Português: literatura, gramática, produção de texto. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2004. cap. 40, p. 338-341.
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