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FACULDADE FUTURA INFORMÁTICA APLICADA À CONTABILIDADE APOSTILA PORTUGUÊS II VOTUPORANGA – SP 1 SISTEMAS DE PROCESSAMENTO DE TRANSAÇÕES12 Uma transação consiste na troca de valores que afetam a lucratividade ou o ganho global de uma organização. O SPT pode ser considerado o centro do sistema da empresa, apoiando a realização e monitorando as negociações. Na maioria das empresas, o SPT está ligado fortemente às atividades da rotina diária, no curso normal dos negócios. Desempenha um papel específico de suporte às atividades empresariais, também é uma valiosa fonte de dados para outros sistemas de informação da organização. As atividades do SPT compreendem a: • Coleta de dados: pode ser manual ou automatizada, consiste na entrada dos dados ou informações; • Manipulação dos dados: cálculos, classificação, disposição... • Armazenamento: guarda dos dados em um ou mais bancos de dados; • Produção de documentos: podem ser impressos ou exibidos na tela do computador. A maioria dos SPTs têm: necessidade de processamento eficiente e rápido para lidar com grandes quantidades de entradas e saídas; alto grau de repetição no processamento; computação simples (adição, subtração, classificação, multiplicação); grande necessidade de armazenagem; em caso de pane no SPT, causa grande e grave impacto negativo na organização, e seu funcionamento afeta um grande número de usuários. 1.1 Métodos de processamento de transações No início, os sistemas computadorizados de processamento de transações eram atualizados por lotes chamados batches, ou seja, enquanto a entrada era coletada, a transação que estava sendo processada era a de uma outra coleta 1 Extraído na íntegra: <http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/sig-e-suaimportancia-para- tomada-de-decisoes/26869/>. Acesso em: 30 maio 2018 2 Extraído na íntegra do artigo: <http://www.unioeste.br/cursos/cascavel/administracao/professores/sandrastocker/.../spt.doc>. Acesso em 30 maio 2018. AULAS DE 21 A 30 anterior. Nunca a entrada era processada na sequência, um exemplo prático eram os bancos antigamente, no qual suas transações eram fechadas no final do período. Com o advento da informática, surge o processamento de transação online (PTON), que envolve a realização completa das transações no ato da entrada. Esse tipo de processamento é mais comum em empresas aéreas e de ônibus comerciais, nos quais vários terminais estão ligados e em qualquer que seja a entrada, os outros automaticamente já dispõem da informação necessária. Pouco tempo depois surge um terceiro tipo de processamento, o de entrada on-line com processamento posterior, onde no ato da entrada os lançamentos são feitos simultaneamente pelo sistema, mas seu processamento é feito pelo método batch (posteriormente ao final do período), os métodos são escolhidos conforme as metas de cada organização. 1.2 Objetivos do SPT Desde que o SPT passou de manual a computadorizado as empresas não se imaginam mais sem esse tipo de ferramenta ao seu alcance. As organizações dentre seus vários objetivos, esperam com o SPT: • Processar os dados gerados pelas transações: capturar, processar e armazenar transações produzindo grande variedade de documentos com relação às atividades rotineiras da empresa. • Manter alto grau de precisão: verificação com exatidão é feita tanto por pessoas quanto por sistemas de computador. Antes do início das transações, várias pessoas conferem e verificam rigorosamente todas as entradas para assegurar a real situação do negócio, inibindo erros de processamento. • Assegurar a integridade dos dados e da informação: informações exatas e atuais antes de serem armazenadas. • Produzir documentos e relatórios em tempo: os sistemas manuais podem levar dias, semanas e até meses, mas felizmente os SPT conseguiram reduzir o tempo de resposta. O tempo é crucial para várias variáveis correlatas como estoque e fluxo de caixa. • Aumento da eficiência do trabalho: este trabalho hoje é feito por terminais de processamento. Todos esses objetivos representam um critério que deve ser definido pela empresa no seu planejamento estratégico. Outra meta comum a qualquer empresa é com relação a vantagem competitiva, que é observada a longo prazo, através da qualidade, serviços superiores ao cliente, melhor agrupamento de informações. Na escolha do SPT, a empresa deve levar em consideração quais objetivos do sistema, em termos de custo, controle e complexidade, são mais necessários para o apoio às metas organizacionais. 1.3 Aplicações do processamento de transações Processamento de pedidos: envolve a coleta e o agrupamento de pedidos dos clientes e consumidores. Uma vez tomado o pedido, ele é processado com o uso de um ou mais programas de computador; Controle de estoques: a entrada do pedido é o ponto de partida da aplicação de estoques. Os pedidos que foram recebidos são confirmados, registrados e colocados como entrada para o programa de controle de estoques; Fatura: grande parte dos programas de faturamento computa automaticamente descontos, taxas aplicáveis e outros encargos diversos. Como muitas das operações computadorizadas contém arquivos de dados elaborados sobre clientes e estoques, muitas aplicações de faturamento exigem apenas a informação sobre os itens pedidos e o número de identificação do cliente: a aplicação de faturamento faz o resto; Contas a receber: a principal saída da aplicação de contas a receber é a cobrança, que pode incluir as datas em que os itens foram adquiridos, descrições, números de referência e quantias. Além disso, as cobranças podem incluir valores para vários períodos, totais e permissões de descontos; Contas a pagar: tenta aumentar o controle da empresa sobre as aquisições, melhorar o fluxo de caixa, aumentar a lucratividade e oferecer um gerenciamento eficaz das capacidades atuais; Compras: pode facilitar o processo de compra possuindo um amplo armazenamento de dados sobre as mercadorias e serviços dos fornecedores; Recebimento: o departamento de recebimento é responsável pela tomada da posse física dos itens que chegam, e por sua inspeção e envio às pessoas que os solicitaram. Além disso, o departamento de recebimento notifica o departamento de compras quando os itens são recebidos; Expedição: coordena o fluxo de saída dos produtos e mercadorias da organização, com o objetivo de expedir de modo eficaz produtos de qualidade aos clientes; Recursos humanos: ajuda nos controles ligados ao pessoal, como por exemplo, gerar folhas de pagamento; Contabilidade geral: destina-se a permitir entradas de dados e relatórios financeiros automatizados, normalmente é usada por gerentes operacionais contábeis e financeiros para monitorar a lucratividade da organização e para controlar os fluxos de caixas. 1.4 Sistemas especializados de processamento de transações Existem inúmeros sistemas especializados de processamento de transações nas atuais relações empresariais. Estes sistemas têm por objetivo atingir as necessidades de processamentos únicos de determinadas indústrias, inclusive companhias aéreas, gerenciamento de ações e debêntures, caixas eletrônicos de bancos e empréstimos comerciais, distribuição e programação, publicação, operações de varejo, fábricas, assistência de saúde e utilidades públicas (STAIR, 1998). 2 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS2 2.1 O que é SIG O sistema de informação gerencial (SIG) é a combinação de um trabalho teórico da ciência da administração e da pesquisa operacional com uma orientação prática para o desenvolvimento de soluções para problemas do mundo real e gerenciamento de recursos da tecnologia da informação.2 Extraído na íntegra: <https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos12/28816533.pdf> SIG é o sistema que transforma dados em informações, que serão usados posteriormente para a formação do conhecimento. Um Sistema de Informações Gerencial (SIG) abrange uma coleção organizada de pessoas, procedimentos, software, banco de dados e dispositivos que fornecem informação rotineira aos gerentes e aos tomadores de decisão. O foco de um SIG é, principalmente, a eficiência operacional. Marketing, produção, finanças e outras áreas funcionais recebem suporte dos sistemas de informação gerencial e estão ligados através de um banco de dados comum (STAIR; REYNOLDS, 2002, p. 18). O SIG é mais que um instrumento facilitador dentro da organização, ele se tornou uma necessidade, ele se apresenta como uma forma de facilitar e embasar as decisões de uma empresa, e deve ser utilizado por todos os níveis gerenciais de uma organização. É necessário que o sistema de informação seja eficiente para um processo adequado de decisões. O SIG tem como objetivo fornecer aos gerentes um feedback de tudo que acontece dentro de uma empresa, do modo que estes adquiram o conhecimento de todos pontos, para que tomem decisões seguras. 2.2 Evolução do SIG Os sistemas de informação gerencial sempre existiram dentro de uma organização, porém eles não eram reconhecidos como tal, eram usados de forma simples e informal. Com o advento da computação e sua capacidade de processar e condensar maior quantidade de dados levou a formação de um campo de estudo e a formalidade do sistema de informação gerencial. As tentativas de usar os computadores com eficácia, levaram a identificação e ao estudo dos sistemas de informação e ao planejamento, e à implementação e à revisão desses novos sistemas. Quando os computadores foram introduzidos nas organizações eram usados para poucas funções, principalmente para a contabilidade e o faturamento. Como os computadores eram equipamentos caros, que exigiam requisitos para serem operados tinham que ficar em áreas, ou departamentos específicos, estes eram chamados de CPD (centro de processamento de dados). Conforme o passar do tempo, a velocidade e a facilidade de processar dados cresceram, assim outras tarefas de processamento de dados e gerência de informações foram computadorizadas, para lidar com estas foram desenvolvidos relatórios padronizados para o uso dos gerentes de operações. Desse modo o SIG proporcionou o crescimento dos CPDs, e levaram as organizações a se concentrarem mais no seu planejamento de informações. Á medida que os CPDs cresceram, e passaram a processar além da rotineira massa de dados padronizados, eles começaram a ser chamados de SIG. No mundo atual conhecer os sistemas de informação é essencial, pois muitas organizações precisam deles para sobreviver e prosperar. Esses sistemas podem auxiliar as empresas a estender seu alcance a locais distantes, oferecer novos produtos e serviços, reorganizar fluxos de tarefas e trabalho e, talvez, transformar radicalmente o modo como conduzem os negócios (LAUDON; LAUDON, 2004, p. 4). 2.3 Desafios da adoção de um SIG Na atual competitividade que as empresas enfrentam se manter no mercado não é fácil, somente as empresas que possuem eficiência em seus controles operacionais e que possuem informações confiáveis, para que tomem suas decisões é que conseguem sobreviver e se desenvolver. Geralmente, os empresários e os gerentes preferem as fontes informais de informações do mercado, ou até mesmo algo sobre sua própria empresa, como conversas com clientes, fornecedores, ou reuniões com outros empresários, á fontes e instrumentos formais de informação, como pesquisas de mercado, dados estatísticos, publicações científicas e outras. Grande parte dessas empresas utiliza os computadores e o SIG como subsistemas, pouco contribuindo para as principais tomadas de decisão. O SIG atende todas as necessidades de uma empresa, pois ele funciona de uma maneira que previne erros, identifica erros, evita desperdícios e ainda contribui para que a empresa e os gestores tenham uma boa imagem. No entanto deve-se lembrar que instalar um SIG não será a solução de todos os problemas enfrentados dentro de uma organização, se utilizado ou implantado de maneira inadequada ele poderá gerar, ao invés de lucros ou melhorias, grandes custos. Desse modo antes da implantação de um sistema de informação o gestor deve deixar claro como o processo será feito, quais serão os objetivos, quais atividades serão informatizadas, que colaboradores participarão do processo, quais resultados esperados, e demonstrar total comprometimento com o projeto. Pode parecer bastante óbvio que o responsável deve estar completamente envolvido com a adoção do sistema, mas pelo contrário, muitas vezes quando os empresários desejam adquirir e implantar esse sistema, eles acreditam que ao fazer um alto investimento, o equipamento será totalmente completo e adequado à organização, deixando a responsabilidade toda pra o fornecedor, mas se a empresa não definir claramente os objetivos, e não tiver feito o planejamento de forma adequada não terá como reclamar com o fornecedor. O motivo do fracasso da implantação desse sistema muitas vezes é a falta de planejamento e comprometimento do administrador. Quando o administrador decide implantar um sistema de informação gerencial, ele deve estar preparado para enfrentar uma série de resistências provocadas pelas mudanças geradas pelo novo sistema. Essas mudanças podem produzir alguns efeitos dentro de uma organização, como os psicológicos, os sociais, os econômicos, e os organizacionais. Assim a implantação de um sistema de informação gerencial é um grande desafio às organizações, pois apesar de trazer grandes benefícios para a tomada de decisões podem gerar alguns efeitos negativos. A utilização da informação de forma eficaz pode se tornar uma enorme vantagem competitiva para as organizações diante de tanta concorrência. 2.4 A importância do SIG para as empresas A implantação do SIG em uma organização, não possibilita somente a informação ao suporte para a tomada de decisão, mas também respostas ás operações diárias, agregando, assim, valores aos processos da organização. Geralmente existe grande dificuldade em se avaliar de forma quantitativa, como o SIG pode trazer benefícios para uma organização, no entanto se utilizado sob determinadas condições, pode-se afirmar, segundo (OLIVEIRA, 2002, p. 185) que ele proporciona alguns benefícios para as empresas: • Redução de custos das operações; • Melhoria no acesso às informações, propiciando relatórios mais precisos e rápidos, com menor esforço; • Melhoria na produtividade, tanto setorial quanto global; • Melhoria nos serviços realizados e oferecidos; • Melhoria na tomada de decisão, por meio do fornecimento de informações mais rápidas e precisas; • Estímulo de maior interação entre os tomadores de decisão; • Fornecimento de melhores projeções dos efeitos de decisão; • Melhoria na estrutura organizacional, por facilitar o fluxo de informações; • Melhoria na estrutura do poder, propiciando maior poder para aqueles que entendem e controlam o sistema; • Redução do grau de concentração da decisão na empresa; • Melhoria na adaptação da empresa para enfrentar os acontecimentos não previstos, a partir das constantes mutações nos fatores ambientais; • Otimização na prestação dos seus serviços aos clientes; • Melhor interação com seus fornecedores; • Melhoria nas atitudes e atividades dos funcionários da empresa; • Aumento do nível de motivação das pessoas envolvidas; • Melhoria nas atitudes e atividades dos funcionários da empresa; • Aumento do nível de motivação das pessoas envolvidas; Redução da mão- de-obra burocrática;e, Redução dos níveis hierárquicos. 2.5 Integração de informações gerenciais através do SIG Uma empresa ou uma organização é um sistema e seus departamentos ou áreas funcionais são seus subsistemas organizados em linhas funcionais (finanças, marketing, contabilidade, e assim por diante). A grande parte desses subsistemas compartilha de certos recursos de hardware, dados e, frequentemente, até pessoas. Porém alguns destes não compartilham desses recursos, sendo autossuficientes na sua área funcional e são úteis em determinadas finalidades especificas. O papel do gerente é aumentar a eficiência global do SIG através do aperfeiçoamento da integração desses subsistemas. Ao adotar uma abordagem funcional é necessário tentar ligar os diversos sistemas de informação gerencial. Uma maneira de promover essa integração é criando um banco de dados compartilhado. Apesar da eficiência global do SIG ser importante o administrador ou gerente, deve estar atento em aumentar a eficácia através do fornecimento da informação certa a pessoa certa no momento certo. 2.6 Aspectos que podem fortalecer o SIG de uma organização Para que o SIG seja utilizado de maneira adequada, e a empresa possa usufruir das funções básicas do SIG, é necessário observar alguns pontos, entre os quais podem ser citados: • O envolvimento adequado da alta e média administração com o SIG; caso contrário, pode provocar uma situação de descrédito para com o sistema; • A competência por parte das pessoas envolvidas no SIG; • O uso de um plano-mestre, observadas as ações e os resultados esperados; • A atenção específica ao fator humano da empresa, propiciando a participação efetiva dos funcionários envolvidos no processo; • A habilidade dos administradores em identificar a necessidade de informações, condição essencial para implantação do SIG; • O apoio global dos vários planejamentos da empresa; • O apoio da estrutura, baseado em normas e procedimentos adequados; • O apoio de um sistema de controladoria (contabilidade, custos e orçamento), que é um instrumento de consolidação do SIG na empresa; • O conhecimento e a confiança no sistema de informações gerenciais, através de treinamento dos usuários e administradores dos sistemas considerados; • A existência de dados/informações relevantes e atualizados; A adequada relação custo x benefício. 3 IMPLANTAÇÃO DE SIG DENTRO DE ORGANIZAÇÕES3 3 CARVALHO, E. J. A.; BATISTA, H. M. Modelo de sistema de informações gerenciais: proposta de desenvolvimento e implantação em uma empresa de transportes de médio porte. VII Congresso Brasileiro de Custos, Recife 2 a 4 de agosto de 2000. Disponível em: https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/viewFile/3054/3054>. Acesso em: 01 junho 2018. O que vem à mente de imediato quando se trata de “sistemas de informações” é o uso do computador como uma excelente fonte de informações. Isto leva a crer que se os executivos necessitam de informações e tem ao seu alcance os computadores, tudo está “solucionado”. Ocorre que a tecnologia de informação é tão somente a ferramenta indispensável para que a informação chegue o mais rápido possível aos seus usuários e que delas se tire o maior proveito para subsidiá-los nas tomadas de decisão para a administração do seu negócio. O planejamento, as decisões e o controle dependem da administração eficaz das informações através dos sistemas de informação gerencial, um termo genérico para qualquer sistema de informação baseado em computador, usado para coletar, armazenar, organizar e distribuir informações úteis aos administradores. A utilidade da informação é avaliada a partir de sua qualidade, da oportunidade, da quantidade e da relevância para a administração. A utilização de computadores tem tido vários efeitos sobre as organizações. O principal entre eles é a capacidade de processar e criar documentação com precisão e velocidade cada vez maiores. Apesar da computação para o usuário final representar uma tendência para a descentralização, muitos pesquisadores acham que os sistemas de computação não mudam as estruturas existentes nas organizações – simplesmente tornam mais fácil a realização de certas tarefas. Cabe ressaltar que mais importante do que a tecnologia de informação adotada por uma empresa é o modelo do sistema desenhado nessa empresa para prover os seus usuários de dados com utilidade, ou informações, as quais serão viabilizadas através da tecnologia de informação adequada. Não adianta a tecnologia sem que exista um sistema modelado para as necessidades dos gestores para a melhor administração dos recursos das empresas. Segundo Beuren (1996, p. 53), para se criar um modelo de um sistema de informações faz-se necessário a caracterização dos ambientes interno e externo nos quais a empresa está situada. A partir dessa caracterização a empresa estabelece seu plano estratégico, onde são definidos princípios para que a empresa se projete em plena continuidade no futuro. Em seguida deve ser feita uma caracterização da avaliação de desempenho nas partes que compõem a organização, bem como da organização como um todo. O ambiente em que a empresa está inserida é fator determinante para sua atuação, pois nele se percebem vários outros organismos que estão direta ou indiretamente interagindo com a empresa. Esses organismos se revestem de parceiros ou concorrentes, tais como os empregados, os fornecedores, os clientes, os organismos governamentais, instituições financeiras, a sociedade, entre outros, que interagindo formam o ambiente propício para a gestão empresarial. Conforme Padovese (1998, p. 127) “a teoria da decisão é tida como o esforço para explicar como as decisões são realmente feitas. A teoria da decisão, para a tomada de decisões, objetiva solucionar problemas e manter o caráter preditivo, por meio de um modelo de decisão”. Faz-se necessário, na teoria da decisão, a identificação do agente que tomará a decisão, ou seja, a quem se destinará a informação gerada. Muitos fatores influenciam numa decisão, como o momento, a forma e a que se destina. Por fim, constata-se que a vantagem competitiva que a informação proporciona é inquestionável e, dessa forma, todos os esforços envidados nesse sentido colocam a empresa em condições, no mínimo, de igualdade com os seus rivais. Por esta razão é preciso saber lidar com a informação. 3.1 Aspectos conceituais4 Para que se entenda a terminologia “informação” faz-se necessário que se compreenda bem o significado das palavras “dados”, informação” e “conhecimento”. Os dados são informações na sua forma “in natura”, que por si só não representam o que realmente querem dizer, o que realmente são. A informação é o dado tratado, comparado, analisado conjuntamente com outros dados, para que se produza um novo valor ao dado, transformando-o em informação. Peter Drucker, citado por Davenport (1986, p. 19) definiu a informação como “dados dotados de relevância e propósito”. A informação requer análise para produzir efeitos sobre as pessoas. Essa reflexão sobre a informação Davenport (1986:19) chama de “conhecimento”, o qual define o conhecimento como sendo “informação valiosa da 4 Ibidem mente humana” e a considera mais difícil de gerenciar e “é valiosa precisamente porque alguém deu à informação um contexto, um significado, uma interpretação; alguém refletiu sobre o conhecimento, acrescentou a ele sua própria sabedoria, considerou suas implicações mais amplas”. Para que se chegue do dado ao conhecimento é preciso passar pela informação. “Administrar bem um negócio é administrar seu futuro, e administrar o futuro é administrar informações. ” Furlan (1994, p. 1) “[...] a informação éum instrumento organizacional que se traduz na flexibilidade em identificar o passo à frente que deve ser dado, no menor período de tempo. ” Beuren (1996, p. 56): A qualidade da informação para um determinado processo decisório é diretamente proporcional ao grau em que a informação modifica a compreensão do problema e, portanto, muda a visão de mundo do administrador. Para atender às necessidades de informação dos usuários, as organizações geralmente dispõem de departamentos especializados, que visam obter, processar e distribuir informações com qualidade. Em relação ao atendimento das necessidades de informação, deve-se ressaltar a importância da sua interação com os técnicos provedores de informações. Esse relacionamento pode ser difícil, pois o usuário deve comunicar claramente sua demanda de informação a alguém que pode não conhecer estreitamente o trabalho do usuário. Ao se fazer uma analogia com o conceito de qualidade de um produto, deve- se avaliar a qualidade da informação não só por fatores intrínsecos (precisão, confiabilidade, etc.), mas também por fatores extrínsecos, mais relacionados à utilidade da informação para os usuários. Os executivos das empresas devem estar atentos ao fato de que as necessidades e a importância das informações podem crescer de maneira exponencial em relação ao crescimento das empresas. Evolução da necessidade de informações Fonte: CARVALHO; BATISTA (2000, p. 5) O crescimento da empresa e o crescimento das necessidades de informações podem ser visualizadas na figura acima, onde “A” significa o crescimento da empresa e “B” refere-se à evolução da necessidade de informações, dentro da relação de volume e frequência. Naturalmente, para que ocorra esta evolução da necessidade das informações nas empresas, é necessário que elas sejam confiáveis, relevantes e disponíveis em tempo, para proporcionar decisões corretas aos executivos. Variáveis que influenciam o valor de uma informação Fonte: CARVALHO; BATISTA (2000, p. 5) Neste momento, conforme demonstrado na figura acima, deve ser considerado que o valor efetivo de uma informação pode ser resultante do impacto que a informação provoca nas decisões dos executivos; e da utilidade desta informação, tendo em vista o seu tempo de utilização. Quanto maior a precisão, a rapidez e a frequência, maior o custo. Só vale a pena aumentar a precisão, enquanto a influência sobre a decisão tem resultado superior ao custo, ou quando se trata de exigência legal. É importante aumentar a rapidez quando isto permite identificar problemas graves de forma precoce. Justifica-se aumentar a frequência quando a informação, que afeta a decisão, está oscilando muito. Uma informação produzida que não seja distribuída a tempo hábil da tomada de decisão, praticamente perde o seu sentido. Sua capacidade de reduzir incertezas está associada com a oportunidade de sua distribuição, assim como a identificação das prioridades será função direta do processo de planejamento e controle que identificam a necessidade de avaliação e controle, conforme determinado no modelo básico de gestão estabelecido pela empresa. A informação pode representar a consolidação do poder na empresa, desde o momento da posse de dados básicos, que podem ser transformados em informação, até a possibilidade de otimizar níveis de conhecimentos técnicos. A tomada de decisão refere-se à conversão das informações em ação. Portanto, decisão é uma ação tomada com base na análise de informações.
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