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Slides de Aula - Unidade I Teorias para o Serviço Social

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Profa. Ma. Priscilla Rezende
UNIDADE I
Teorias para o
Serviço Social
Estudaremos as influências teóricas e pressupostos filosóficos desde a origem do 
Serviço Social até o Movimento de Reconceituação da profissão, em meados dos 
anos 1980: 
 Tomismo e neotomismo;
 Positivismo;
 Teoria crítica marxista.
Teorias do Serviço Social
 Teoria filosófica de São Tomás de Aquino (1225-1274).
 Intelecto humano deriva da vontade de Deus – vontade tende para o bem moral. 
 Dois elementos da moral: a razão (objetiva) e a vontade (subjetiva).
 Homem – animal social (ser político – vive em sociedade).
 Primeira convivência social: família, depois o Estado –
meio para convivência social.
 Estado: deve ter uma função espiritual e organizadora da vida e sociedade, 
subordinado à religião, à moral e à Igreja.
*Não se pode alegar argumentos contra a fé cristã. 
Tomismo
 Preceitos teóricos da teoria Tomista.
 Princípios imutáveis – verdade pura da Igreja Católica. 
 Homem: precisa do corpo e da sociedade para trabalhar sua alma enquanto faz o 
bem. Cumprir moralmente os desígnios de Deus, para alcançar a transcendência e 
mundo metafísico.
 Ser composto de “corpo e alma”, um ser social completo. Sociedade para alcançar 
o céu – transcendência da alma.
 Encíclicas Papais (Aeterni Patris, de 1879, Rerum
Novarum, de 1881, Quadragésimo Ano, de 1921) –
retorno ao Tomismo – trabalho de doutrina dos católicos 
com as famílias – resolver por meio da moral e da 
catequização os problemas sociais.
Neotomismo
 Influência Neotomista nos anos de 1939 a 1940.
 Serviço Social: fazer o bem e praticar a obediência fiel às doutrinas da Igreja –
caminho para a vida eterna.
 Assistentes sociais guiados pelos preceitos da Igreja Católica.
 Tendência a considerar que os homens devem aceitar os desígnios de sua 
própria condição de miséria – desconsidera a questão histórica e influência 
do sistema capitalista.
*Culpabilização dos trabalhadores e suas famílias, pois 
os problemas advindos da questão social, como 
consequências do capitalismo, eram considerados 
como falta de moral e religião.
O Serviço Social e sua atuação sob influência do Neotomismo
Serviço Social tradicional: 
 Trabalho de correção moral com os indivíduos – obediência dos desígnios naturais 
e da promoção humana.
 Obediência aos “verdadeiros valores” da sociedade, a família, o trabalho 
e a religião.
 Orientações vocacionais, compromisso com a ordem social. 
 Mediar as desavenças entre trabalhadores e capitalistas. 
 Garantir o rendimento das empresas e estabilizar as condições de trabalho. 
 O alcoolismo, prostituição, moradias promíscuas, 
desemprego eram interpretados como problemas 
individuais e passíveis de correção pelos 
assistentes sociais.
O Serviço Social e sua atuação sob influência do Neotomismo
 A institucionalização do Serviço Social na América Latina e no Brasil incorporou 
várias correntes de pensamento.
 As vertentes Positivista e Funcionalista, apesar de suas limitações, serviram como 
norteadoras para a prática profissional em seus primórdios de implantação 
no Brasil.
 Vamos conhecê-las?
Positivismo, Funcionalismo e sua influência na atuação profissional do 
Serviço Social tradicional
 Corrente de pensamento iniciada no século XIX (Auguste Comte): ideia principal 
de que a vida social é regida por leis que são similares às leis da natureza. 
 Utilizado para legitimar a sociedade capitalista, a sociologia positivista recorre aos 
mesmos procedimentos que as ciências naturais utilizavam na explicação dos 
fenômenos naturais. 
 Naturaliza os problemas sociais advindos da expansão do sistema capitalista, tais 
como: fome, miséria, exploração, doenças. 
 Considerados imutáveis como as leis da natureza.
 Desinteresse pelas causas dos fenômenos, ou seja, não 
busca o “porquê” dos acontecimentos sociais.
O Positivismo
 Corrente teórica trabalhada por Émile Durkheim (origem no Positivismo): 
realidade social comparada a um organismo biológico. 
 Sociedade é um “todo orgânico”, cada parte que a compõe tem sua função 
específica e deve funcionar para a manutenção da ordem.
 Organismo biológico: coração, pulmões, rins.
 Organismo social: instituições sociais, família, estado, escola, igrejas, clubes, 
sindicatos etc.
*Com funções específicas, cada instituição possui 
objetivos próprios diferentes, contudo, uma depende 
da outra para funcionar bem.
O Funcionalismo
 Serviço Social tradicional neotomista, positivista e funcionalista colaborou com 
a expansão do sistema capitalista, legitimando-o.
 Atuação assistencialista, de correção dos indivíduos – classe trabalhadora.
 Coibição das iniciativas de reivindicação por parte dos trabalhadores explorados 
pelo capital – auxílio na manutenção da ordem.
 Reafirmação da ideia liberal – todos são livres, o sucesso e o fracasso dos 
indivíduos são de responsabilidade exclusiva destes.
 Culpabilização dos indivíduos que não estavam em conformidade para trabalhar.
 Metodologia: caso, grupo e comunidade, sendo a 
formação social, moral e intelectual das famílias a célula 
básica do trabalho dos assistentes sociais. 
O Serviço Social tradicional e a atuação pautada no Positivismo e 
Funcionalismo
A respeito do Positivismo, podemos afirmar:
a) É uma corrente de pensamento iniciada antes da sociedade capitalista.
b) Naturaliza os problemas sociais advindos da expansão do sistema capitalista.
c) Não reforça o ideário liberal.
d) Considera a sociedade como um organismo social.
e) Propõe a igualdade social no sistema capitalista.
Interatividade
A respeito do Positivismo, podemos afirmar:
a) É uma corrente de pensamento iniciada antes da sociedade capitalista.
b) Naturaliza os problemas sociais advindos da expansão do sistema capitalista.
c) Não reforça o ideário liberal.
d) Considera a sociedade como um organismo social.
e) Propõe a igualdade social no sistema capitalista.
Resposta
Relação capital x trabalho
 No modo de produção capitalista: relação capital x trabalho é definida como um 
modo de produção cujos meios de produção estão nas mãos de uma minoria 
(donos do capital).
 Trabalhador vende a sua força de trabalho. Troca seu esforço físico, na produção, 
pela remuneração necessária ao atendimento de suas necessidades elementares.
 Relação capital X trabalho – surgem inúmeras demandas 
sociais (necessidades dos trabalhadores) não atendidas 
ou atendidas de maneira precária pelo capitalismo: 
atenção à saúde do trabalhador, à assistência social 
extensiva à família, à alimentação, à seguridade social 
e ao acesso aos serviços públicos de educação,
entre outros.
Capitalismo e Serviço Social: dialogando com Karl Marx
Revolução Indutrial na Inglaterra (segunda metade do século XVIII): profundas 
e duradouras mudanças na sociedade, tais como:
 substituição de ferramentas por máquinas;
 substituição do sistema de trabalho artesanal e doméstico pelo sistema fabril;
 novas alternativas energéticas, como o uso do vapor para movimentar o trabalho 
das máquinas para a produção de bens e transporte;
 consolida duas classes antagônicas: o empresariado 
(dono do capital); e os operários, que vendem sua força 
de trabalho aos empresários sem a justa remuneração.
A Revolução Industrial e a maior precarização da relação 
capital x trabalho
 Aumento da população nas cidades, concentrando os trabalhadores nas fábricas. 
 Com o aumento da produção, a divisão técnica do trabalho torna-se cada vez mais 
específica, com as linhas de montagem no início do século XX.
 Consolidação dos problemas básicos nas cidades: miséria, fome, desemprego, 
falta de habitação...
 Trabalhador submete-se ao controle do empregador, sob péssimas condições de 
trabalho e de salário – trabalho transforma-se em mercadoria. 
 Falta de cuidados especiais com a mulher, o trabalho 
infantil, precariedade das instalações fabris (má 
iluminação ecirculação de ar) e jornadas de trabalho 
que ultrapassavam 15 horas diárias.
Revolução Industrial
 Após a Revolução Industrial os homens, detentores do capital, cuidam dos 
negócios e suas mulheres cuidam da casa, dos filhos e participam dos grupos 
e trabalhos da Igreja – as chamadas Damas de Caridade.
 Damas de Caridade: voluntárias que realizavam doações aos mais pobres, 
suprindo as necessidades elementares, como alimentos, roupas e medicamentos. 
não havia organização ou sistematização na assistência social prestada.
As “damas de caridade” ou as pessoas que tinham tempo 
disponível para a ajuda aos necessitados realizavam:
 identificação das necessidades de cada pessoa 
e de sua família;
A organização da assistência social e o importante estudo 
de Mary Richmond
 análise dos pedidos de ajuda das pessoas e famílias;
 estudo da melhor aplicação dos recursos disponíveis (racionalização dos gastos, 
priorizando as necessidades principais);
 visitas aos pobres para levar ajuda material e realizar aconselhamentos;
 busca de vagas de trabalho para os desempregados.
 A partir desse trabalho sem sistematização, em 1869 
foi criada a Sociedade de Organização da Caridade, 
em Londres. Ela tinha como princípios a prática da 
assistência social.
A organização da assistência social e o importante estudo 
de Mary Richmond
 1897 (Toronto) Escola de Filantropia Aplicada, proposta por Mary Richmond, da 
Sociedade de Organização da Caridade de Baltimore.
 Para Richmond, a prática do Serviço Social não era prover os necessitados com 
ajuda material, e sim o correto exercício da profissão, isto é, iniciar minuciosa 
investigação sobre a pessoa em seu meio social (escola, família, trabalho, 
comunidade). Compreensão do meio social. 
 Estudos de Mary Richmond atribuem um caráter científico à ação 
social filantrópica.
 A assistência social contribui para o surgimento do 
Serviço Social como profissão, e antes de terminar o 
século XIX (ainda no ano de 1899) foi fundada a primeira 
escola de Serviço Social do mundo, em Amsterdã, 
na Holanda.
A organização da assistência social e o importante estudo 
de Mary Richmond
 A prática profissional do assistente social está no contexto das relações sociais
estabelecidas – das correlações de forças existentes em um dado momento 
histórico e social.
Contexto histórico do desenvolvimentismo: 
 1960 – ONU considera a década como a do desenvolvimento, focando o capital 
humano, o potencial do homem como condição básica para tal. 
 Investimentos e mecanismos de ação voltados para o Desenvolvimento 
de Comunidade – DC.
 No Brasil: governo JK visa ao crescimento econômico 
acelerado, com metas de prosperidade aliada à paz 
e à ordem social.
 Os efeitos da miséria vistos como perigo à ordem 
social (auxílio internacional).
O Serviço Social e o desenvolvimentismo
Serviço Social:
 Engajamento dos assistentes sociais brasileiros na proposta norte-americana 
de desenvolvimento de comunidade como técnica e como campo de 
intervenção profissional. 
 Matriz desenvolvimentista – proposta funcionalista, perspectiva de mudança 
não questiona as estruturas socioeconômicas.
 Serviço Social assume uma postura modernizadora 
e reformista e busca respostas para os problemas 
estruturais de cunho meramente técnicos.
 O assistente social: intermedeia as ações entre governo 
e povo, considerando seu domínio do método de lidar com 
as pessoas, bem como o manejo de técnicas. 
O Serviço Social e o desenvolvimentismo
No modo de produção capitalista podemos afirmar que há duas classes antagônicas. 
Quais são?
a) Capital e trabalho.
b) Mulheres e homens.
c) Donos dos meios de produção e trabalhadores.
d) Senhor feudal e servos.
e) Classe média e classe alta.
Interatividade
No modo de produção capitalista podemos afirmar que há duas classes antagônicas. 
Quais são?
a) Capital e trabalho.
b) Mulheres e homens.
c) Donos dos meios de produção e trabalhadores.
d) Senhor feudal e servos.
e) Classe média e classe alta.
Resposta
 Década de 1960, o Serviço Social – profissão liberal inscrita na divisão social 
e técnica do trabalho.
 1965 – emerge o Movimento de Reconceituação: marco de questionamento 
dos referenciais teóricos e da prática profissional. 
 Processo de crítica e ruptura inserido em um cenário sociopolítico da América 
Latina. 
 Contexto brasileiro: Golpe Militar – proposta não encontrou espaço para 
se desenvolver. 
 Movimento de Reconceituação perdeu impulso e muitos 
de seus precursores foram perseguidos e exilados do 
país, aliança da burguesia industrial nacional ao capital 
estrangeiro e forte caráter conservador e autoritário
junto ao Estado.
Serviço Social e a “Geração 1965”
 A partir de 1968, inaugura-se nova conjuntura e novo momento para o Serviço 
Social, instituído com o Ato Institucional n. 5 (AI-5). Forte repressão à luz da 
ideologia da integração e do desenvolvimento.
 Cultura da tortura e do medo, fortalecendo a imposição do silêncio.
 Modelo econômico, aliado ao poder político, constitui-se momento de 
favorecimento da expansão do capital – “milagre econômico”. 
 Diante desse panorama social, político, cultural e econômico, como se desenhava 
a política social? 
 Desmobilização dos movimentos organizados, política de 
arrocho salarial, a substituição do sistema de estabilidade 
no emprego pelo FGTS.
 A política social serve como parâmetro ou medida de 
impacto para legitimar o regime da Ditadura-controle. 
Panorama do Serviço Social no contexto da Ditadura Militar 
a partir de 1968
 Serviço Social: necessidade de modernização para atender aos objetivos do 
Estado, tecnologia social como parte integrante do aparato técnico-burocrático. 
 Racionalização da intervenção nas sequelas das expressões da questão social 
geradas pelo modelo econômico.
 Momento de redefinições e discussões envolvendo segmentos da categoria, 
necessidade de sistematizar teoria e prática profissional.
Panorama do Serviço Social no contexto da Ditadura Militar 
a partir de 1968
 O CBCISS (Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais) 
promoveu encontro em 1967 para discussão de teorização do Serviço Social.
 O Encontro de Araxá ocorreu em Minas Gerais no ano de 1967. Reuniu 
38 Assistentes Sociais de diversas partes do Brasil. 
 Objetivo: repensar, de modo mais profundo, a teoria 
básica e a metodologia do Serviço Social. Nessa ocasião 
produziu-se o Documento de Araxá, que teve expressiva 
ressonância dentro e fora do Brasil.
Teorização do Serviço Social: o Documento de Araxá
 Seminário de Araxá – início do processo de reconceituação 
(relação teórico-prática). 
 Modernização: seu foco concentra-se na melhoria e adequação da tecnologia 
profissional às demandas institucionais, bem como na busca por uma 
racionalidade científica. 
 Se coloca em função do aperfeiçoamento da ordem, 
passa a orientar as discussões teóricas, a investigação 
científica, a prática profissional e a formação profissional 
Estrutural-Funcionalista. 
Teorização do Serviço Social: o Documento de Araxá
 O Documento de Teresópolis – processo de renovação do Serviço Social 
na perspectiva de reatualização do conservadorismo.
 Operacionalidade do sentido sociotécnico do Serviço Social, privilegiando, assim, 
seu aspecto instrumental. 
 O assistente social – funções meramente executivas – técnicas de intervenção 
de cunho prático-imediatista.
 Serviço Social passou a ser questionado do ponto de vista de sua cientificidade, de 
seus métodos e teorias, porém, sem questionar seu papel político neste cenário. 
 Apesar dos esforços empreendidos no processo de 
renovação do Serviço Social rumo à modernização, 
os Documentos de Araxá e Teresópolis não romperam 
com o tradicionalismo no seio da profissão. 
Documento de Teresópolis
 A partir do final dos anos de 1970, no contexto da América Latina e do Brasil,a profissão inicia um processo de reflexão crítica de seus posicionamentos 
políticos-ideológicos e interventivos.
 Nova corrente teórica, capaz de explicar a realidade do ponto de vista dialético 
e de provocar uma revolução na atuação do Serviço Social voltada para 
a perspectiva de transformação da realidade social brasileira: materialismo 
histórico dialético.
Serviço Social e o Marxismo
 Método do materialismo histórico dialético (Karl Marx) – corrente revolucionária do 
pensamento social, nas consequências teóricas e na prática social que propõe.
 Mudanças radicais na forma de explicar e entender as relações sociais 
e econômicas das sociedades modernas. 
 Desmistificação da relação capital/trabalho, focando os aspectos do materialismo 
dialético, do materialismo histórico e da economia política.
 Perspectiva de visão de mundo cujos princípios se fundamentam na dialética, 
na matéria e na prática social. 
 O método dialético: compreende e explica as mudanças 
que ocorrem na matéria, nas relações de produção 
existentes no mundo moderno. 
 Historicidade central para o pensamento dialético, os 
homens como capazes de força que conduz mudanças.
Materialismo histórico dialético
Segunda metade da década de 1970: mobilização da categoria dos assistentes 
sociais que teve impacto nas três dimensões que constituem a profissão:
 A dimensão política organizativa das entidades como: Associação Brasileira 
de Ensino e Serviço Social; Conselho Federal de Assistentes Sociais.
 Dimensão acadêmica, com a criação de cursos de pós-graduação para 
especialização dos profissionais assistentes sociais; iniciação da pesquisa 
no campo do Serviço Social. 
 Dimensão da intervenção profissional, tanto inserida 
nas instituições de políticas sociais implantadas e 
implementadas pelo Estado quanto nas organizações 
não governamentais, que ganharam expressividade a 
partir da segunda metade da década de 1970.
O Serviço Social e a aproximação com a teoria marxista
 Possibilita à profissão a compreensão dos conflitos existentes nas relações capital 
trabalho e a divisão do trabalho no sistema capitalista. 
 Os profissionais, de posse do conhecimento da corrente materialista histórica 
dialética, desmistificam a ideia positivista de naturalização dos acontecimentos 
sociais e da exploração da classe trabalhadora.
 Processo de ruptura: homogêneo X hegemônico. 
 O projeto ético político da profissão é hegemônico, mas não é homogêneo.
 A teoria marxista aponta uma compreensão da sociedade em sua totalidade. 
 O Serviço Social busca a mudança não apenas 
das relações econômicas mas, acima de tudo, a 
implementação de mudanças nas ideias políticas 
difundidas pelo capital.
O Serviço Social e a aproximação com a teoria marxista
No processo de elaboração teórica do Serviço Social há dois documentos 
importantes a serem destacados:
a) Documentos de Araxá e Teresópolis.
b) Documentos de Araxá e Petrópolis.
c) Documentos de Teresópolis e Belo Horizonte.
d) Documentos de Belo Horizonte e Minas.
e) Encíclica Papal e Documento de Araxá.
Interatividade
No processo de elaboração teórica do Serviço Social há dois documentos 
importantes a serem destacados:
a) Documentos de Araxá e Teresópolis.
b) Documentos de Araxá e Petrópolis.
c) Documentos de Teresópolis e Belo Horizonte.
d) Documentos de Belo Horizonte e Minas.
e) Encíclica Papal e Documento de Araxá.
Resposta
 Força de trabalho, no modo de produção capitalista, foi mercantilizada 
(compra e venda). 
 Classe trabalhadora se organiza contra as formas de exploração impostas pelo 
capitalismo – por meio de movimentos sindicais reivindicatórios (condições de 
trabalho, redução de carga horária).
 Expressões da questão social: crescente pobreza, 
fome, doenças, moradias precárias, entre outras.
 Afloramento da questão social + mobilização da classe 
trabalhadora → necessidade da burguesia de conter as 
reivindicações dos trabalhadores.
O capitalismo e a exploração da força de trabalho
 O campo de prática do Serviço Social é objeto de bastante discussão 
e de conflitos, necessidade de estratégias e ações diversas.
 O Estado utiliza-se do Serviço Social para minimizar os conflitos sociais 
provocados pelo capitalismo moderno e liberal. 
Na atualidade, o Serviço Social convive com o dilema de duas práticas sociais 
bastante distintas: 
 o assistencialismo e práticas conservadoras;
 uma maior aproximação às necessidades dos 
trabalhadores, na perspectiva da totalidade.
Particularização dos campos de práticas do Serviço Social: correlação 
de forças e superação
 Considera o contexto institucional, situação conjuntural global em que está 
inserido, que compreende o embate entre classes sociais e suas relações 
com o Estado.
 Demandas apresentadas ao Serviço Social: resultado das relações entre o Estado 
e a sociedade, que adquirem particularidades distintas dentro do contexto histórico 
em que se localizam.
 As mudanças que ocorrem no mundo do trabalho, que alteram, dimensionam 
e redimensionam a demanda das políticas sociais. 
 O Serviço Social implementa nas instituições prestadoras 
dos serviços sociais ações de enfrentamento à questão 
social (desemprego, empobrecimento, violência urbana 
e no campo...).
Demandas sociais
 Serviço Social como componente da organização da sociedade deve encarar 
a realidade, considerando que a atuação profissional é polarizada pelos interesses 
de classes sociais.
 Reproduz interesses contraditórios e participa tanto dos mecanismos 
de dominação como dando respostas às necessidades de sobrevivência 
da classe trabalhadora.
 Estratégias profissionais e políticas: viabilizam a possibilidade de o profissional 
se posicionar a favor dos interesses das classes trabalhadoras.
 O profissional de Serviço Social exerce função mediadora 
entre os sujeitos sociais e suas particulares; entendida 
como expressão de sua vida em sociedade.
O Serviço Social no processo de reprodução das relações sociais
 O assistente social se insere no mercado como profissional que vende sua força 
de trabalho, sendo portanto essencialmente assalariado (classe trabalhadora).
 Serviço Social – resposta do Estado às expressões da questão social – eficácia 
do Serviço Social é medida a partir das mudanças realizadas na vida de seus 
usuários e de sua capacidade de integrá-los à lógica do capital.
 Caráter contraditório da profissão: se insere na divisão social do trabalho 
a partir da existência da demanda por reproduzir as desigualdades sociais e as 
explorações entre as classes e historicamente construiu um projeto ético-político 
que se propõe ao rompimento destas relações.
 A realidade também é contraditória, portanto, os serviços 
sociais possibilitam ampliação de acessos e qualidade de 
vida, caminhos para busca de ampliação de direitos, 
participação política e transformações sociais.
O Serviço Social no processo de reprodução das relações sociais
 O Serviço Social no Brasil se afirma integrado ao setor público, conforme o Estado 
amplia sua ação no controle das expressões da questão social. 
 A vinculação da profissão ocorre também junto a organizações patronais privadas 
e empresariais às quais se dedicam, além das atividades produtivas na prestação 
de serviços sociais à população.
 O Serviço Social no Brasil foi regulamentado como profissão liberal em 1949.
 Característica básica para uma prática liberal é a questão 
de seu Código de Ética, que viabiliza aos profissionais 
especializados certa liberdade no exercício de suas 
funções institucionais.
O Serviço Social no processo de reprodução das relações sociais
Os profissionais de Serviço Social anulam o conteúdo social de suas ações 
e incorporam sem criticidade o conteúdo funcional, quando:
 relegam as discussões sobre o significado social e político da profissão 
a segundo plano;
 concebem as relações sociais entre sujeitosenvolvidos nesse processo 
como neutras.
Cuidados nas ações profissionais do Serviço Social
 Contempla as ações pelas quais o profissional é requisitado e reconhecido 
socialmente e atribui um estrato peculiar à profissão. 
 A prática pode ser entendida como uma ação racional do profissional 
e o conhecimento como resultado do confronto entre as experiências.
 Análise das práticas do Serviço Social se estabelece em um processo que envolve 
teoria e prática: a teoria se efetiva nas análises das atividades cotidianas, nas 
quais impera a repetição, a padronização, as continuidades que constituem sua 
matéria-prima.
 Materialidade às suas ações – na prática o assistente 
social utiliza conhecimentos, técnicas, habilidades que vão 
se modernizando no processo do fazer profissional.
Instrumentalidade no Serviço Social
 Quando se fala em instrumentos de trabalho, tem-se a visão de um arcabouço 
de técnicas: entrevistas, reuniões, orientações, encaminhamentos etc. 
 Conhecimento: é um meio de trabalho sem o qual o trabalhador especializado 
não consegue realizar sua atividade profissional.
Pode-se pensar o conhecimento como instrumento de trabalho do 
assistente social?
Na divisão social e técnica do trabalho no capitalismo, podemos considerar 
que o assistente social é um profissional:
a) Dono dos meios de produção.
b) Voluntário.
c) Assalariado.
d) Assistencialista.
e) Estatal.
Interatividade
Na divisão social e técnica do trabalho no capitalismo, podemos considerar 
que o assistente social é um profissional:
a) Dono dos meios de produção.
b) Voluntário.
c) Assalariado.
d) Assistencialista.
e) Estatal.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!