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Investigar os princípios gerais do direito no chamado direito natural é tarefa árdua. O problema inicia-se no próprio conceito deste direito, que é impreciso. Não é equidade a fonte de onde brotam os princípios. Estes são regras gerais destinadas às múltiplas manifestações da vida, enquanto a equidade fornece regras especiais que adaptam a generalidade da lei a casos concretos. As atividades jurisprudencial e doutrinária podem, sem dúvida, revelar os princípios de direito. princípios são os estabelecidos pela jurisprudência ou pela doutrina vai uma grande diferença, pois importa em reduzir expressivamente o conteúdo do instituto. Os princípios gerais de direito são regras contidas no ordenamento jurídico. Informam o direito positivo, inspiram suas disposições e vivificam sua unidade. São elementos demonstrativos do sentido para onde estão voltadas as normas de direito. Constituem as bases e estrutura da construção jurídica. Como a legislação se faz em observância a determinados princípios, eles não são exteriores ao ordenamento jurídico. A extensão dos princípios gerais de direito é variável. Alguns são “mais gerais do que outros”. Alguns princípios são de amplitude reduzida ao direito processual penal. Outros pertencem ao direito processual em geral, repercutindo tanto no instrumental civil como no penal; há, também, aqueles que se estendem sobre todo o direito público; e, finalmente, os que valem para todo o direito positivo. A importância dos princípios gerais do direito, e de seu estudo, reside em que eles constituem fonte subsidiária do direito. Para Hans Kelsen, a “equivocidade ou pluralidade de significações do termo fonte de direito fá-lo aparecer como juridicamente imprestável” (KELSEN, Hans. opus cit. p. O artigo 3º do Código de processo Penal brasileiro prescreve que “a lei processual penal admitirá a interpretação extensiva e a aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerias do direito”. É, principalmente, na análise dos elementos sistemático e valorativo que se percebe a influência que os princípios de direito exercem sobre o processo interpretativo. São os princípios gerais do direito que exercem importante influência na concessão de unidade ao ordenamento jurídico, a qual constitui o fundamento da interpretação realizada com o emprego do elemento sistemático. Quanto ao elemento valorativo, tem-se que a interpretação de maior valor é aquela que melhor atende aos fins do direito (teleológica) e ao estado de equilíbrio dos princípios de direito. É fundamental a aferição do valor do resultado da interpretação. O direito faz parte da cultura e está indissoluvelmente unido à vida. Há de ser interpretado em um sentido que satisfaça as exigências da vida. É com o conhecimento e a utilização dos princípios gerais do direito que são reveladas as normas reguladoras dos casos sobre os quais a lei silencia. E é interessante notar que assim como a interpretação da lei não dispensa a integração pelos princípios de direito, a integração que se faz através destes não dispensa interpretação. É apenas conhecendo, através da interpretação, o sentido dos textos legais, que se pode empregar analogia. Só penetrando no espírito da lei que se pode conhecer os princípios que a inspiram. É com o conhecimento e a utilização dos princípios gerais do direito que são reveladas as normas reguladoras dos casos sobre os quais a lei silencia. E é interessante notar que assim como a interpretação da lei não dispensa a integração pelos princípios de direito, a integração que se faz através destes não dispensa interpretação. É apenas conhecendo, através da interpretação, o sentido dos textos legais, que se pode empregar analogia. Só penetrando no espírito da lei que se pode conhecer os princípios que a Sim, o processo-crime é inquisitivo. Em uma pequena e necessária medida. Tudo é uma questão de acertar a dosagem. Aqui termino, com grande provimento de aprendizado para toda a vida. Com carinho sua ALUNA: SHEILA BRITO
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