Novissima Gramatica da Língua Portuguesa

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Tríplice é a finalidade cios sinais ele pontuação: 
a) assinalar as pausas e as inflexões da voz (a entonação) na leitura;
b) separar palavras, expressões e orações que devem ser destacadas;
c) esclarecer o sentido da frase, afastando qualquer ambiguidade.
Não há uniformidade entre os escritores quanto ao emprego dos sinais de pontuação. Não 
sendo possível traçar normas rigorosas sobre a matéria, daremos aqui apenas as que o uso geral 
vem sancionando, na atual língua escrita. 
D EMPREGO DA VÍRGULA
A) Emprega-se a vírgula:
II para separar palavras ou orações justapostas assindéticas:
A terra, o mar, o céu, tudo apregoa a glória de Deus.
Os passantes chegam, olham, perguntam e prosseguem.
• para separar vocativos:
"Olha, Roque, você me vai dar um remédio." (MENOTII DEL P1cc1-11A)
• para separar apostos e certos predicativos:
São Marcelino Champagnat, fundador da Congregação dos Irmãos 1\tfaristas, destaca-se
entre os grandes educadores da juventude.
"Pássaro e lesma, o homem oscila entre o desejo de voar e o desejo de arrastar."
(Gusr,wo CoRçAo)
Lentos e tristes, os retirantes iam passando.
• para separar orações intercaladas e outras de caráter explicativo:
A História, diz Cícero, é a mestra da vida.
Segundo afirmam, há no mundo 39n.OOO esréc.ies vivrls de rlnimais.
"O jornal, como o entendem hoje em dia, é o mergulho absoluto na intensidade da vida."
(FÉLIX PACHECO)
• para separar certas expressões explicativas ou retificativas, como isto é, a saber, por exemplo,
ou melhor, ou antes, etc. Exemplo:
O amor, isto é, o mais forte e sublime dos sentimentos humanos, tern seu princípio em Deus.
• para separar orações adjetivas explicativas:
Pelas 11 h do dia, que foi de sol ardente, alcançamos a margem do rio Paraná.
SINTAXE 429 
"O coronel ia enchendo o tambor do revólver, do qual nunca se apartava." (HERHERTO S,\LES)
• de modo geral, para separar orações adverbiais desenvolvidas:
Enquanto o marido pescava, Rosa ficava pintando a paisagem.
• para separar orações adverbiais reduzidas:
"Dai i eu via, sem ser visto, a sala de visitas." (Lúcio DE MENDONÇA)
"Findas as lições, espaçou as visitas, sumiu-se afinal." (GRi\CILl,\NO RAMOS)
"O tiroteio inesperado, violentando a paz da noite, fez a cidade estremecer ... " (HmsrnTo SALES)
• para separar adjuntos adverbiais:
"Eis que, aos poucos, lá para as bandas cio oriente, clareia um cantinho do céu."
(V1sc-0NDE m T,,uN,w)
"Com mais de setenta anos, andava a pé." (GR1\í.lL1/\NO R1,Mos)
O adjunto adverbial, quando breve, pode dispensar a vírgula:
"Dentro do navio homens e mulheres conversavam." UoRGE AMADO)
• para indicar a elipse de um termo:
Uns diziam que se matou, outros, que fora para o Acre. [= outros diziam que fora para o Acre.J
"Às vezes sobe aos ramos da árvore; outras, remexe o uru de palha matizada."
(JosÉ m A1.ENO\R) [= outras vezes]
• para separar certas conjunções pospositivas, como porém, contudo, pois, entretanto, por­
tanto, etc.:
"Vens, pois, anunciar-me uma desventura." (ALEXANDRE HERCULANO)
"As pessoas delicadas, contudo, haviam desde a véspera abandonado a cidade." Uo,,o RmE1Ro)
• para separar os elementos paralelos de um provérbio:
Mocidade ociosa, velhice vergonhosa.
• para separar termos que desejamos realçar:
O dinheiro, Jaime o trazia escondido nas mangas do paletó.
• para separar, nas datas, o nome do lugar:
Rio de Janeiro, 1 O de maio de 2000.
B) Não se emprega vírgula:
• entre o sujeito e o verbo ela oração, quando juntos:
Atletas de várias nacionalidades participarão da grande maratona.
Observação: 
v Se entre o sujeito e o verbo ocorrer adjunto ou oração, com pausas obrigatórias, ter;í lugar a vírgula: 
Meus olhos, devido ii fumaça, ardiam e lacrimejavam muito. 
,\s crianç.1s, quando os pais as tratam mal, tornam-se agressivas. 
430 SINTAXE 
• entre o verbo e seus complementos, quando juntos:
Dona Elza pediu ao diretor do colégio que colocasse o filho em outra turma.
• em geral, antes de oração adverbial consecutiva do tipo:
O vento soprou tão forte que arrancou mais de uma árvore.
IJ PONTO E VÍRGULA
O ponto e vírgula denota uma pausa mais sensível que a vírgula e emprega-se principalmente: 
• para separar orações coordenadas de certa extensão:
"Depois lracema quebrou a flecha homicida; deu a haste ao desconhecido, guardando
consigo a ponta farpada." UosÉ DE ALENCAR)
Astrônomos já tentaram estabelecer contato com seres extraterrestres; suas tentativas,
porém, foram infrutíferas.
• em enumerações do tipo:
Destacaram-se, na Conjuração Mineira, Joaquim José da Silva Xavier, alcunhado Tiradentes;
o poeta Cláudio Manuel da Costa, autor do poema épico Vila Rica; o poeta Tomás Antônio
Gonzaga, autor de Marília de Dirceu; o desembargador Inácio Alvarenga Peixoto e o padre
Luís Vieira da Silva, em cuja biblioteca se reuniam os conjurados.
• para separar os considerandos de um decreto, de uma sentença, de uma petição, etc.
• para separar os itens de um artigo de lei, de um regulamento.
IJ DOIS-PONTOS
Emprega-se este sinal de pontuação: 
• para anunciar a fala dos personagens nas histórias de ficção:
"O Baixinho retomou o leme, dizendo:
- Olha, menino, veja a Bahia." (AooN1As F1u-io)
"Ouvindo passos no corredor, abaixei a voz:
- Podemos avisar sua tia, não?" (GR,\CILIANO RAMOS)
• antes de uma citação:
"Repetia as palavras do pai: O mundo, sem a selva, será triste e mau." (AooNtAs FtLHO)
Bem diz o ditado: Vento ou ventura, pouco dura.
"O pessoal do extremo norte tem um slogan: Amazônia também é Brasil!" (RAQUEL DE QuE1Rós)
• antes de certos apostos, principalmente nas enumerações:
Tudo ameaça as plantações: vento, enchentes, geadas, insetos daninhos, bichos, etc.
Duas coisas lhe davam superioridade: o saber e o prestígio.
Existem na esgrima três modalidades de arma: florete, sabre e espada.
"O Titanic nasceu de um sonho: o de que era possível construir um navio à prova de
naufrágio." (ARTUR D,\PIEVE)
• antes de orações apositivas:
A verdadeira causa das guerras é esta: os homens se esquecem do Decálogo.
"Só ponho uma condição: vai almoçar comigo." (CARLOS DE LAET)
"É triste dizer: o velho às vezes se embriagava." (AuTRAN DouRAoo)
• para indicar um esclarecimento, um resultado ou resumo do que se disse:
SINTAXE 431 
"Mas padre Anselmo era assim mesmo: amigo dos pobres." (JoAo CLíMACO BEzrnRA)
"Guardo o mundo na mão: não sei se sou feliz." (CABRAL oo NASCIMENTO)
"Afinal a casa não caíra do céu por descuido: fora construída pelo major." (GRACILIANO RNv1os)
"Resultado: no fim de algum tempo tinha o que se chama 'dinheiro no Banco'."
(C\RLOS ORUMMOND O[ ANDRADE)
"Em resumo: saí com 1 .029 cruzeiros no bolso, um tanto confuso."
(C\RLOS ÜRUMMOND DE ANDRADE)
li PONTO FINAL 
• Emprega-se, principalmente, para fechar o período:
"Mestre Vitorino morava no mar." (ADONIAS F1u-10)
• Usa-se também nas abreviaturas:
Sr. (senhor), a.C. (antes de Cristo), pág. (página), PS. (post scriptum), etc.
li PONTO DE INTERROGAÇÃO 
• Usa-se no fim de uma palavra, oração ou frase, para indicar pergunta direta, que se faz com
entoação ascendente:
"- Aonde? perguntou Dona Plácida." (MACHADO DE Assis)
"Não estás farto do espetáculo e da luta?" (MACHADO DE Assis)
"- Que vai fazer V. Ex i!? tornou Calisto." (C\MILO C1\STELO BRANCO)
"- Que tem isso? perguntava-lhe eu." (tvt\CH,\DO DE A5s1s)
"Caça é coisa para homem, não é, César?" (ANTÔNIO ÜUNTO)
• Aparece, às vezes, no fim de uma pergunta intercalada, que pode, ao mesmo tempo, estar
entre parênteses:
"A imprensa (quem o contesta?) é o mais poderoso meio que se tem inventado para a
divulgação do pensamento." (CARLOS DE L1\ET)
Outras vezes combina-se com o ponto de exclamação ou as reticências:
"- A mim?! Que ideia!" (Ct\MILO Cí',STELO BRANCO)
"Virgília? Mas então era a mesma senhora que alguns anos depois ... ?" (MACHt\DO DE Assis)
Observação: 
e,I ão se usa o ponto interrogativo nas perguntas indiretas: Dize-me o que tens. 
Oc!sejo saber quem vai. Perguntei quem era. 
432 SfNTAXE 
m PONTO DE EXCLAMAÇÃO 
• Usa-se depoisdas interjeições, locuções ou frases exclamativas, que se proferem com en­
tonação descendente, exprimindo surpresa, espanto, susto, indignação, piedade, ordem,
súplica, etc. Exemplos:
11- Céus! Que injustiça!" (C\MILO C,sTELO BRANCO)
"- Nunca! gemeu o enfermo." (Mt\CH,\DO DE Assis)
"Coitada de Dona Plácida!" (M,,cHADO DE Assis)
"Ah! mísero demente! o teu tesouro é falso!" (ÜL,wo B1LAC)
"Suspendam o interrogatório!" (ÉR1co Vrníss1Mo)
"- Um automóvel! Depressa! Depressa!" (FERN,\NDO N,\MOR,'\)
• Substitui a vírgula depois de um vocativo enfático:
"Colombo! fecha a porta dos teus mares!" (C,srno ALVES)
fJ RETICÊNCIAS 
As reticências( ... ) são usadas, principalmente: 
• para indicar suspensão ou interrupção cio pensamento, ou ainda, corte da frase de um per­
sonagem pelo interlocutor, nos diálogos:
"- Mas essa cruz, observei eu, não me disseste que era teu pai que ... " (MACJ tADO DE Assis)
11- A instrução é indispensável, a instrução é uma chave, a senhora não concorda, dona
Madalena?
- Quem se habitua aos livros ...
- É não habituar-se, interrompi." (GR,\CILJ,\NO R,,1v1os)
• no meio do período, para indicar certa hesitação ou breve interrupção do pensamento:
"- Porque ... não sei, porque ... porque é a minha sina ... " (M,\CH,\DO DE Assis)
"-Ao contrário, se é amigo dele ... peço-lhe que o distraia ... que ... " (MACHADO DE Assis)
• no fim de um período gramaticalmente completo, para sugerir certo prolongamento da
ideia:
"Na terra os homens sonham, os homens vivem sonhando ... " (MALU DE OuRo PRETO)
"Ninguém ... A estrada, ampla e silente,
Sem caminhantes adormece ... " (ÜLAvo B1L1\C)
• para sugerir movimento ou a continuação de um fato:
"E o pingo d'água continua ... " (Üi.EGr\RIO M,'\RIANO)
"E a Vida passa ... efêmera e vazia." (RAUL DE LmN1)
• para indicar chamamento ou interpelação, em lugar do ponto interrogativo:
"- Seu Pilar ... murmurou ele daí a alguns minutos.
- Que é?" (M,,cH,\DO DE Assis)
SINTAXE 433 
• paré1 indicar supressão de palavra(s) numa frase transcrita, caso em que se podem usar
quatro pontos, em vez de três:
" ... o chefe dos pescadores ... se arroja nas ondas ... " (JosÊ m ALENC:\R)
"Na primeira semana de agosto, .... a frota ancorou em Málaga .... " (Eou,\RDO BuENO) 
Neste último caso, as reticênciéls s5o mero sinal gráfico: não representam pausa nem entonação 
especial. 
Observação: 
v ,\s reticências e o ponto ele exclamação, sinais gráíicos subjetivos ele gr,mde poder de sugestão e ricos cm 
matizes melcídicos, são ótimos auxiliJres da linguagem afetiva e poética. Seu uso, porém, é antes Jrbitr;írio, 
pois depende do estado emotivo do escritor. 
EJ PARÊNTESES
• Usam-se para isolar palavras, locuções ou frases intercaladas no período, com carê:1ter ex­
plicativo, as quais são proferidas em tom mais baixo:
"O Cristianismo (escreveu Chateaubriand) inventou o órgão e fez suspirar o bronze."
(C\RLOS DE LAET)
"Mas o tempo (e é outro ponto em que eu espero a indulgência dos homens pensadores!),
o tempo caleja a sensibilidade ... " (MACll,\DO m Assis)
• Às vezes substituem a vírgula ou o travessão:
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!. .. " (Ouwo B1L,\C)
IJ TRAVESSÃO
O travessão (-) é um traço maior que o hífen e usa-se: 
• nos diálogos, para indicar mudança ele interlocutor ou, simplesmente, início da fala ele um
personagem:
"- Você é daqui mesmo? perguntei.
- Sou, sim senhor, respondeu o garoto." (ANíBr\L MACH,\DO)
• para separar expressões ou frases explicativas, intercaladas:
Um bom ensino b5sico - diga-se mais uma vez - exige a valorização do professor.
"Quanto mais anelam pelas docas, pelo porto - Amsterdam já tem uma indústria naval -,
maior agitação encontram." (Assis BR,\SIL)
"E logo me apresentou à mulher, - uma estimável senhora - e à filha." (M,,o 11,00 DE Assis)
• para isolar palavras ou orações que se quer realçar ou enfatizar:
"Acresce que chovia - peneirava - uma chuvinha miúda, triste e constante ... " (MACHADO DE Assis)
"O obelisco aponta aos mortais as coisas mais altas: o céu, a Lua, o Sol, as estrelas, - Deus."
(MANUEL 8,\NDEIR,\)
434 SINTAXE 
• às vezes substitui os parênteses e mesmo a vírgula e os dois-pontos:
"Uma das glórias - e tantas são elas! - da Ordem Beneditina no Brasil é D. Frei Antônio do
Desterro." (CARLOS DE LAET)
"O que o colono do Maranhão pretendia era isto - fazer entradas livres." (CARLOS DE LAET)
"Mas eis - corre-se então nívea cortina." (CRuz E SousA)
m ASPAS
• Usam-se as aspas (" ") antes e depois de uma citação textual (palavra, expressão, frase ou
trecho):
Disse o pintor grego Apeles ao sapateiro que o criticara: "Sapateiro, não passes além da
sandália!"
"Proletário, uni-vos." Isto era escrito sem vírgula e sem traço, a piche. (GRACILIANO RAMOS)
"A bomba não tem endereço certo." (CECÍLIA MEIRELES)
• Costuma-se aspear expressões ou conceitos que se deseja pôr em evidência:
Miguel Ângelo, "o homem das três almas" ... (CARLOS DE LAET)
Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de "menino diabo". (MACHADO DE Assis)
País algum sobrevive sob o insensato refrão de que "é proibido proibir". (DOM EUGÊNIO S1\LES)
• Põem-se entre aspas ou, então, grifam-se palavras estrangeiras, termos da gíria, expressões
que devem ser destacadas:
Guido vestiu um short branco e foi jogar bola.
O réveillon foi muito animado.
Assim me contou o "tira" ... (ANíBAL M,\CHADO)
• Títulos de livros, revistas, jornais, filmes, etc. são, de preferência, grifados:
A notícia foi dada pelo Jornal do Brasil.
Ili COLCHETES
• Têm a mesma finalidade que os parênteses; todavia, seu uso se restringe aos escritos de
cunho didático, filológico, científico:
"Luzente. [Do lat. lucente.] Adj. 2 g. Que luz ou brilha." (Novo Dicionário Aurélio, 3:} edi­
ção, 1999)
"Cada um colhe [conforme semeia]." (ADRl1\NO DA GAMA KuRv)
• Na transcrição de um texto, indicam inclusão de palavra(s):
SINTAXE 435 
"O [peixe] do meio trazia uma concha na boca ... " (Novo Dicionário Aurélio, J:! edição,
verbete lhe)
"Qualquer mudança deve vigir [sic] apenas a partir de 1995." (CARLOS CASTELO BRANCO)
Ili ASTERISCO
O asterisco (*), palavra que significa estrelinha, é usado: 
• para remeter a uma nota ou explicação ao pé da página ou no fim de um capítulo;
• nos dicionários e nas enciclopédias, para remeter a um verbete;
• no lugar de um nome próprio que não se quer mencionar: o Dr.*, o jornal***.
m PARÁGRAFO
Representa-se com o sinal § e serve para indicar um parágrafo de um texto ou artigo de lei. 
LISTA 
51 
1. Em uma frase a vírgula é inadequada. Dê a razão:
a) Colhiam café bandos de moças alegres, cantadoras, muito bonitas.
b) Menino pobre, Zezinho não tinha roupa nova para ir à festa.
c) Para lá da via férrea, meninos empinavam papagaios.
d) A tartaruga, conhecido répti I aquático, vem à terra para a desova.
e) Mugidos tristes de reses famintas, cortavam o silêncio da noite.
2. Escreva o trecho abaixo, colocando as vírgulas corretamente:
"De longe por entre coqueiros surge correndo uma mulher vestida de calça e capa de borra­
cha negra dessas de marinheiro; na mão um cajado longo. Não ouvem o que ela grita devido
ao vento mas sentem no bastão erguido um gesto de ameaça. Seguem-na um padre e um tipo
de barbas. Em seguida os pescadores: velhos moços e meninos." (JORGE AMADO)
3. Copie as frases, colocando convenientemente vírgula, ponto e vírgula e dois-pontos:
a) Vaqueiros saltam em cima de cavalos cavalos se lançam atrás dos bois que correm desaba­
lados caatinga adentro.
b) Na cidade vê-se o contrário do que acontece na roça as pessoas estão sempre muito apres­
sadas.
c) Umas excursões levam ao norte às praias de Cabo Frio onde a vida social é muito animada
outras conduzem ao sul a Angra dos Reis lugar ideal para a caça submarina.
436 SINTAXE 
d) "Durante o ciclo da borracha fora aquela legião de rapazes para os seringais. Poucos vol­
taram. O Governo prometia mundos e fundos terras hospitais ordenado médicos escolas. E
no fim foi o que se viu os desgraçados voltaram como antigamente.Roídos de beribéri de
maleita magros famintos. Dinheiro nem um tostão. E os arrebanhadores de gente ricos com
casa na cidade." (JoÃo CLÍMACO BEZERRA, A Vinha dos Esquecidos, p. 97)
4. Ponha os sinais de pontuação adequados na seguinte fábula:
O acordo 
Vestido como caçador o homem caçava Estava metido no mais negro da floresta e caçava 
Mas não procurava qualquer caça não Procurava uma caça determinada capaz de lhe dar uma 
pele que aquecesse suas noites hibernais 
E procurava Procura que procura eis senão quando numa volta da floresta depara nada mais 
nada menos que com um urso Os dois se defrontam O caçador apavorado pela selvageria do 
animal O animal apavorado pela civilização em forma de rifle do caçador Mas foi o urso quem 
falou primeiro 
Que é que você está procurando 
Eu disse o caçador procuro uma boa pele com a qual possa abrigar-me no inverno E você 
Eu disse o urso procuro algo que jantar porque há três dias que não como 
E os dois se puseram a pensar E foi de novo o urso quem falou primeiro 
Olha caçador vamos entrar na toca e conversar lá dentro que é melhor 
Entraram E dentro de meia hora o urso tinha o seu almoço e consequentemente o caçador 
tinha o seu capote 
Moral Falando a gente se entende 
(M1LLóR FERNANDES, Novas Fábulas Fabulosas, Desiderata, 2007) 
5. Copie as frases colocando as vírgulas necessárias.
a) A doença a perda da esposa a viagem do filho tudo o abatia.
b) Falemos amigos de nossos sonhos e esperanças.
c) Os artistas alegres e realizados recebiam seus merecidos prêmios.
d) Dirigiam-se às crianças ou melhor aos alunos da quinta série.
e) Os alunos do ensino médio partirão hoje nós amanhã.
6. Explique por que não se podem usar as vírgulas que aparecem nas frases abaixo.
a) O grande e invencível herói americano, deixou-se cair abatido.
b) Os que zombam de ti não conhecem ainda, a força ele teu caráter e de tua vontade.
c) As histórias do filme eram tão tristes e sombrias, que arrancaram lágrimas de toda a pla­
teia.
7. Explique a diferença de sentido entre os pares de frases abaixo:
a) Carlos, o professor está doente.
Carlos, o professor, está doente.
b) As meninas andavam pelas ruas tranquilas.
As meninas andavam pelas ruas, tranquilas.
SINTAXE 437 
8. Escreva as frases colocando o termo destacado no ínicio do período. Veja se, então, haverá
necessidade de usar vírgula.
a) Os refugiados caminhavam sem destino após o ataque inimigo.
b) Falava com as crianças da turma com rnuita sensibilidade.
9. Recoloque, em cada período, o ponto e vírgula omitido.
a) Muitos já tentaram descobrir a cura do câncer as diferentes pesquisas, no entanto, ainda
não tiveram sucesso.
b) Os paulistas armaram-se para o ataque, supondo contar com a adesão dos outros estados
após alguns combates, no entanto, foram desarmados.