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CENTRO UNIVERSITÁRIO REDENTOR – PARAÍBA DO SUL Guilherme dos Santos Laureano Letícia de Oliveira Queiroga Rodrigo Soares Martins FICHAMENTO DO TEXTO: A SOCIEDADE DA CORTE Paraíba do Sul 2017 Guilherme dos Santos Laureano Letícia de Oliveira Queiroga Rodrigo Soares Martins FICHAMENTO DO TEXTO: A SOCIEDADE DA CORTE Fichamento de Conteúdo e de Citação apresentado para a disciplina Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo, solicitada pela professora Priscila Peixoto para o curso de Arquitetura e Urbanismo, da Uni Redentor – Paraíba do Sul. Paraíba do Sul (RJ) 2017 FICHAMENTO DE CITAÇÃO DO TEXTO: ELIAS, Norbert. A sociedade de corte. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. P.66-84. (Capítulo: Estruturas de habitação como indicadores de estruturas sociais) P. 66: “ A autoridade do rei como senhor da casa em meio à sua corte tem um correlato no caráter patrimonial do Estado na corte, isto é, do Estado cujo órgão central é formado pelo domicílio do rei em seu sentido amplo, portanto pela “corte”.” “A dominação do rei sobre o país não passava de uma extensão, algo que era incorporado à autoridade do príncipe sobre a casa e a corte.” P. 67: [ Tudo quanto era ligado ao rei e sua família, de qualquer parte do seu reino, passava pela corte antes de chegar ao rei e tudo quanto provinha do rei tinha que passar pela corte antes de comunicar ao país.] P. 68: “ É preciso ver como a nobreza cortesã vive em casa para entender como vive o rei, e como vive sua corte morando com ele.” P. 69: “O que se vê, observando a vida e as atividades em torno das bases-cours, é uma profusão de criados, uma diferenciação dos serviços prestados que é muito característica, tanto para as exigências e o refinamento do gosto quanto para a cultura doméstica dessa sociedade.” P. 70: [ Logo, dentro dos aposentos reais é perceptível diferentes tipos de criados executando diferentes funções serviçais. O maître d’hotel, por exemplo, supervisiona os demais criados e anuncia sempre que a mesa está posta. Já o office cuida dos pratos mais peculiares e é supervisionado pelo chef d’office. E assim por diante.] P. 71: “ ... a elite da nobreza, o “monde” do século XVIII, era totalmente alheia à ideia de que todos os homens são iguais em qualquer sentido, caso não se considerem as diferenças hierárquicas.” [Embora dissessem que não haviam mais escravos na França e que os servos que a corte possuía não eram considerados escravos, qualquer furto doméstico cometido era punido com pena de morte.] P. 72: “ Como é a vida dela com o marido?, pergunta o novo criado à camareira de Madame. Oh, atualmente muito boa, é a resposta.” P. 73: “ Deve ser suficiente apontar o matrimônio aristocrático de corte realmente não tinha como propósito o que, na sociedade burguesa, chamamos de uma “vida familiar”.” [Naquela época o matrimônio era justificado pela sociedade não como um relacionamento de respeito, afeto e carinho, mas sim como uma tentativa de se manterem em seus prestígios e posições sociais, não importando se o amor entre o casal existia.] P. 75: “ ... Porém a necessidade de auto afirmação social, ou o esforço para melhorar a posição e o prestígio, impõe aos cortesãos, obrigações e coerções não menos rigorosas e intensas do que aquelas às quais os homens modernos se submetem para defender seus interesses profissionais.” “Para o grand seigneus, a aparência física da casa no espaço é um símbolo da posição, da importância, do nível de sua “casa” no tempo, ou seja, de sua estirpe no decorrer das gerações, com isso simbolizando também a posição e a importância que ele mesmo possui como representante vivo da casa.” P. 76: [ A distinção nas configurações das casas se dava de acordo com a patente exercida por um homem dentro dessa sociedade.] P. 77: “ Às diversas funções sociais correspondem diversos modos de arquitetônicos de construir as casas.” “Os princípios básicos para o tipo inferior de casas, o das camadas profissionais, já caracterizado aqui, são determinados como: “A simetria, a solidez, o conforto e a economia.” O caráter hierárquico desses princípios para a construção de casas de aluguel, nas quais pequenos artesãos e comerciantes se alojam, é facilmente encoberto, pois correspondem com bastante exatidão ao que, no presente, um movimento mais amplo exige de toda casa.” P. 78: “... As ordens arquitetônicas nunca devem entrar à toa em sua ornamentação, malgrado a opulência dos que as fazem construir.” “... As dimensões e a ornamentação da casa não dependem da riqueza do proprietário, mas somente do nível e da posição social, e, com isso, do dever de ostentação do morador.” P. 79: “ Todas essas pessoas que não ocupam a mesma posição na sociedade devem possuir habitações cuja aparência revele a superioridade ou a inferioridade das diferentes ordens do Estado.” P. 80: [É necessário para essa época, a ornamentação corresponder à função social que esse homem ocupa. Para a moradia do militar deve-se utilizar um caráter mais marcial; Para a moradia de um homem da igreja, um caráter menos severo; Já para um magistrado, características como o valor, a piedade e a urbanidade devem ser notados.] P. 82: “A composição diferenciada do aspecto exterior como instrumento da diferenciação social, a representação do nível hierárquico pela forma, tudo isso caracteriza não só as casas, mas também a organização da vida da corte como um todo.” P. 83: “ Um duque deve construir sua casa de uma maneira que expresse: sou um duque e não um conde. O mesmo vale para todos os aspectos de seu estilo de vida. Ele não pode tolerar que outra pessoa pareça mais um duque do que ele próprio.” P. 84: “ A exigência de se destacar, de se diferenciar dos que não fazem parte daquele grupo social, de se evidenciar socialmente, encontra sua expressão linguística em conceitos como “valor”, “consideração”, “distinção”, além de muitos outros, cujo uso corrente é uma senha de quem faz parte do grupo e uma prova do comprometimento com ideais sociais.” FICHAMENTO DE CONTEÚDO DO TEXTO: ELIAS, Norbert. A sociedade de corte. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. P.66-84. (Capítulo: Estruturas de habitação como indicadores de estruturas sociais) Norbert Elias foi um sociólogo alemão nasceu no ano de 1897 na Breslávia. Suas obras focaram a relação entre poder, comportamento, emoção e conhecimento na História, foi redescoberto apenas nos anos 70, quando se tornou um dos mais influentes sociólogos de todos os tempos. O texto faz uma abordagem das posições sociais em relação à algumas camadas, usando como exemplo para justificar a “Sociedade de corte”. É interessante observar que em um determinado momento o autor faz uma comparação com os burgueses, visto que são bem parecidos com a forma de agir das outras sociedades, mudando apenas os fatos em que se baseiam. Os burgueses procuravam manter suas condições sociais a partir dos seus lucros e gastos, já a nobreza tinha um foco maior no quesito status social, ou seja, optavam por obter objetos de gastos sempre altos. Segundo Elias, as residências dos nobres além de serem habitações urbanas, ao mesmo tempo chegavam a ser rurais devido aos pátios de fazenda utilizados para a passagem das carruagens por exemplo. De certa forma, havia uma diferenciação nas casas dos aristocratas e as que pertenciam à realeza; devido a morte de Luís XIV, surgiram novos espaços de convívio social. A inspiração de toda sociedade era o palácio do rei, tendo como referência o Palácio de Versalhes, o qual era uma moradia que abrigava temporariamente a sociedade de corte e funcionava como residência do rei.Um dos assuntos também discutido no texto seria a sociologia de etiquetas e o prestígio; os nobres necessitavam. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS WIKIPEDIA. Norbert Elias. 2017 [Internet]. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Norbert_Elias>. Acesso em: 22 out. 2017. https://pt.wikipedia.org/wiki/Norbert_Elias
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