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LIVRO ANÁLISE DE CUSTOS

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Prévia do material em texto

Análise de Custos 
 
1ª
 e
di
çã
o Análise de custos 
Leonardo Soares Francisco de Almeida 
Análise de Custos 
 
 
DIREÇÃO SUPERIOR 
Chanceler Joaquim de Oliveira 
Reitora Marlene Salgado de Oliveira 
Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira 
Pró-Reitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira 
Pró-Reitor de Extensão Manuel de Souza Esteves 
 
DEPARTAMENTO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
Gerência Nacional do EAD Bruno Mello Ferreira 
Gestor Acadêmico Diogo Pereira da Silva 
 
FICHA TÉCNICA 
Texto: Leonardo Soares Francisco Almeida 
Revisão Ortográfica: Rafael Dias de Carvalho Moraes 
Projeto Gráfico e Editoração: Antonia Machado, Eduardo Bordoni, Fabrício Ramos e Victor Narciso 
Supervisão de Materiais Instrucionais: Antonia Machado 
Ilustração: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
Capa: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
 
COORDENAÇÃO GERAL: 
Departamento de Ensino a Distância 
Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br 
 
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universo – Campus Niterói 
 
A447a Almeida, Leonardo Soares Francisco de 
Análise de custos / Leonardo Soares Francisco de Almeida ; 
revisão de Rafael Dias de Carvalho Moraes e Christina Corrêa da 
Fonseca. – 1. ed. Niterói, RJ: EAD/UNIVERSO, 2014. 
180 p. : il. 
 
 
1. Contabilidade de custo. 2. Custo. 3. Controle de custo. 4. 
Contabilidade gerencial. 5. Administração financeira. 6. Ensino 
à distância. I. Moraes, Rafael Dias de Carvalho. II. Fonseca, 
Christina Corrêa. III. Título. 
 
CDD 657.42 
 
Bibliotecária: ELIZABETH FRANCO MARTINS – CRB 7/4990 
 
Informamos que é de única e exclusiva responsabilidade do autor a originalidade desta obra, não se r esponsabilizando a ASOEC 
pelo conteúdo do texto formulado. 
© Departamento de Ensi no a Dist ância - Universidade Salgado de Oliveira 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida de nenhuma forma 
ou por nenhum meio sem permissão expressa e por escrito da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura, mantenedor a 
da Univer sidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). 
Análise de Custos 
 
 
Palavra da Reitora 
 
Acompanhando as necessidades de um mundo cada vez mais complexo, 
exigente e necessitado de aprendizagem contínua, a Universidade Salgado de 
Oliveira (UNIVERSO) apresenta a UNIVERSOEAD, que reúne os diferentes 
segmentos do ensino a distância na universidade. Nosso programa foi 
desenvolvido segundo as diretrizes do MEC e baseado em experiências do gênero 
bem-sucedidas mundialmente. 
São inúmeras as vantagens de se estudar a distância e somente por meio 
dessa modalidade de ensino são sanadas as dificuldades de tempo e espaço 
presentes nos dias de hoje. O aluno tem a possibilidade de administrar seu próprio 
tempo e gerenciar seu estudo de acordo com sua disponibilidade, tornando-se 
responsável pela própria aprendizagem. 
O ensino a distância complementa os estudos presenciais à medida que 
permite que alunos e professores, fisicamente distanciados, possam estar a todo o 
momento, ligados por ferramentas de interação presentes na Internet através de 
nossa plataforma. 
Além disso, nosso material didático foi desenvolvido por professores 
especializados nessa modalidade de ensino, em que a clareza e objetividade são 
fundamentais para a perfeita compreensão dos conteúdos. 
A UNIVERSO tem uma história de sucesso no que diz respeito à educação a 
distância. Nossa experiência nos remete ao final da década de 80, com o bem-
sucedido projeto Novo Saber. Hoje, oferece uma estrutura em constante processo 
de atualização, ampliando as possibilidades de acesso a cursos de atualização, 
graduação ou pós-graduação. 
Reafirmando seu compromisso com a excelência no ensino e compartilhando 
as novas tendências em educação, a UNIVERSO convida seu alunado a conhecer o 
programa e usufruir das vantagens que o estudar a distância proporciona. 
 
Seja bem-vindo à UNIVERSOEAD! 
Professora Marlene Salgado de Oliveira 
Reitora.
Análise de Custos 
 
4 
 
 
Análise de Custos 
 
5 
 
 
Sumário 
 
 
Apresentação da disciplina ................................................................................................ 07 
Plano da disciplina .............................................................................................................. 09 
Unidade 1 – Terminologia básica aplicada a custos....................................................... 13 
Unidade 2 – Princípios contábeis e formação do custo de produção ......................... 35 
Unidade 3 – Custeio por absorção e métodos de controle de estoques .................... 57 
Unidade 4 – Mão de obra do processo fabril e encargos sociais aplicados em 
sua mensuração................................................................................................................... 77 
Unidade 5 – Método de custeio direto (variável) e absorção, critérios de alocação 
de custos indiretos ao produto e departamento............................................................ 95 
Unidade 6 – Método de custeio abc e custo padrão do produto (real e orçado) ...... 117 
Unidade 7 – Margem de contribuição, fator limitante, ponto de equilíbrio, Markup, 
RKW e margem de segurança............................................................................................ 137 
Considerações finais ........................................................................................................... 165 
Conhecendo o autor ........................................................................................................... 166 
Referências ........................................................................................................................... 167 
Anexos .................................................................................................................................. 169 
Análise de Custos 
 
6 
 
Análise de Custos 
 
7 
 
Apresentação da disciplina 
 
Ao apresentar a disciplina Análise de Custos houve a preocupação em colocar 
em evidência as principais informações pertinentes a custos, como a Terminologia 
Básica; os sistemas de Custeio, como Absorção, Direto (Variável), ABC, RKW. Outros 
temas e assuntos foram abordados aprofundamento de forma sistemática os 
assuntos, com cálculo, dentre estes, o Custo Padrão, Encargos Sociais sobre mão de 
obra, Margem de Contribuição, Ponto de Equilíbrio, Markup, RKW, Margem de 
Segurança, Fator Limitante de produção etc. 
O propósito que se julga meritório é aprofundar ainda mais os estudos em 
área interessante tendo como campo de atuação e representatividade a própria 
contabilidade de custos em sua visão sistémica, gerencial e estratégica, 
objetivando seu entendimento macro. 
Será possível entender mediante a utilização dos seus cálculos qual o 
comportamento dos custos diretos, indiretos fixos e variáveis, a composição de 
cada metodologia de custeio bem como os cálculos das ferramentas gerenciais e 
estratégicas concernentes a custos. 
Vários conhecimentos anteriormente abordados na disciplina de custos são de 
importância mater para compreensão desta disciplina. 
Desta forma busca-se com a utilização deste livro aplicar o conhecimento 
adquirido para suporte e apoio a gestão de custos e estratégia de sua utilização 
para tomada de decisão por parte dos gestores de custos. 
O estudo sistemático, prático e teórico da disciplina possibilitará viabilizar três 
importantes processos afetos ao processo de ensino, a saber: Apresentar e adquirir 
as habilidades inerentes ao processo de reflexão dos aspectos financeiros, 
econômicos, contábeis, tanto tático, quanto operacional, visando emúltimo grau 
atender a estratégia da gestão do negócio. 
Contamos com o seu entusiasmo para aceitar o desafio de desvendar esses 
novos conhecimentos e agradecemos por poder partilhar do seu sucesso. 
 
Análise de Custos 
 
8 
Análise de Custos 
 
9 
 
Plano da disciplina 
 
A disciplina Análise de Custos tem por objetivo identificar os fundamentos 
teóricos concernentes a custos, bem como suas partes constituintes e conceitos a 
ele afeto. Entender o os sistemas de custeio e seus modelos e toda a terminologia 
que se faz necessária para a compreensão prévia desta disciplina. Dividimos a 
disciplina em sete unidades, que estão subdivididos em tópicos, com objetivo de 
facilitar o processo de ensino e aprendizagem. Desta forma, apresentaremos a 
estrutura da disciplina para que você possa ter uma visão geral do conteúdo a ser 
estudado: 
 
Unidade 1 - Terminologia básica aplicada a custos 
Nesta unidade você conhecerá as principais Terminologias da Contabilidade 
de Custos. 
Objetivos da unidade 
Compreender a importância da utilização da Terminologia de Custos para 
compreensão da análise de custos. 
 
Unidade 2 - Princípios contábeis e formação do custo de produção 
Nesta unidade você conhecerá os princípios contábeis aplicados a custos e o 
custo de produção do produto. 
Objetivos da unidade 
Compreender a importância da contabilidade de custos os princípios 
contábeis aplicados a custos, bem como os seis passos necessários para realizar a 
correta contabilização dos custos do processo fabril; Compreender o 
entendimento das fórmulas relativas a custos e a demonstração de Resultado 
concernente a Custos. 
Análise de Custos 
 
10 
 
Unidade 3 - Custeio por absorção e métodos de controle de estoques 
Nesta unidade você saberá do método de custeio por ABSORÇÃO e do 
Controle de Estoques para a Análise Estratégica de Custos. 
Objetivos da unidade 
Compreender a importância do método de custeio por Absorção e o controle 
de estoques para realizar a correta contabilização dos custos do processo fabril, 
considerando nestes a incidência de impostos; o entendimento das fórmulas 
relativas a custos e a demonstração de Resultado concernente a Custos. 
 
Unidade 4 – Mão de obra do processo fabril e encargos sociais aplicados 
em sua mensuração 
Nesta unidade você conhecerá os principais itens relativos à mão de obra e 
seus encargos, como custo operacional no processo fabril. 
Objetivos da unidade 
Compreender a importância da mão de obra para o processo fabril e quais 
encargos sociais incidem sobre esta para realização do seu cálculo. 
 
Unidade 5 - Método de custeio direto (variável) e absorção, critérios de 
alocação de custos indiretos ao produto e departamento. 
Nesta unidade você conhecerá os principais itens relativos à mão de obra e 
seus encargos, como custo operacional no processo fabril. 
Objetivos da unidade 
Compreender a importância método de custeio direto (variável), e Absorção, 
critérios de alocação de custos indiretos ao produto e departamentos dentro da 
visão gerencial e estratégica de custos. 
Análise de Custos 
 
11 
 
Unidade 6 - Método de custeio abc e custo padrão do produto (real e 
orçado) 
Nesta unidade você conhecerá o método de Custeio ABC e o Custo padrão. 
Objetivos da unidade 
Compreender a importância dos sistemas de custeio para correta alocação e 
apropriação de custos ao produto, em particular sobre o modelo de custeio Abc e o 
cálculo do Custo Padrão (Real e Orçado). 
 
Unidade 7 – Margem de contribuição, fator limitante, ponto de equilíbrio, 
Markup, RKW e margem de segurança. 
Nesta unidade você conhecerá os conceitos e cálculo concernentes a Margem 
de Contribuição, Fator Limitante, Ponto de Equilíbrio, Markup, RKW e Margem de 
Segurança. 
Objetivos da unidade 
Compreender a importância da Margem de Contribuição, Fator Limitante, 
Ponto de Equilíbrio, Markup, RKW e Margem de Segurança. 
 
Análise de Custos 
 
12 
 
Análise de Custos 
 
13 
 
1 Terminologia básica aplicada a custos 
Análise de Custos 
 
14 
 
Nesta unidade você conhecerá as principais Terminologias da Contabilidade 
de Custos. 
 
Objetivos da unidade 
Compreender a importância da utilização da Terminologia de Custos para 
compreensão da análise de custos. 
Após esta Unidade de ensino o aluno estará apto para: 
 Entender os principais conceitos aplicados à Terminologia aplicada a 
Custos. 
 Compreender a importância destes conceitos para os administradores 
financeiros e demais interessados nas informações para apoio nas decisões 
por parte dos responsáveis pela condução e direção do capital, 
compreendendo o verdadeiro valor de custos para tomada de decisão; 
 Aplicar estes conceitos e fundamentos compreendendo-os possibilitando 
desta forma o entendimento prévio e aprofundado do assunto, visando 
solução de exercícios para vivência prática do conteúdo da disciplina; 
 Utilizar estes conceitos, seja na vivência acadêmica seja na profissional, 
visando em último grau aplicá-los para promoção do conhecimento, seja 
na elaboração de artigos, Trabalhos Acadêmicos e Produção Científica; 
 Desenvolver o entendimento e a compreensibilidade deste assunto 
possibilitando ao aluno uma visão ampla destes fundamentos; 
 Definir, analisar e interpretar estes conceitos para correta utilização na 
vida profissional, acadêmica e científica. 
 
Plano da unidade 
 Terminologia básica de Custos. 
Bem-vindo à primeira unidade de Estudo. 
Análise de Custos 
 
15 
 
Terminologia em custos industriais. 
 
Segundo Martins (2010), existem alguns questionamentos importantes a 
serem feitos para compreensibilidade da contabilidade de custos, abaixo se 
descrevem estes: 
 
“Despesas com Matéria-prima” ou “Custos de Matéria-prima”? 
“Gastos” ou “Despesas de Fabricação”? 
“Gastos” ou “Custos de Materiais Diretos”? 
“Despesas” ou “Gastos com Imobilização”? 
“Custos” ou “Despesas de Depreciação”? 
“Custos Diretos”, “Custos Indiretos”? 
“Custos Fixos”, “Custos Variáveis”? 
 
Ainda segundo ele, é pertinente o seguinte questionamento: “Gastos, Custos e 
Despesas são três palavras sinônimas ou dizem respeito a conceitos diferentes? 
Confundem-se com Desembolso? E Investimento tem alguma similaridade com 
elas? Perda se confunde com algum desses grupos?” 
Contudo, pode-se inferir que diante deste emaranhado de nomes e ideias, é 
normal e aceitável o principiante não dominar de forma plena e segura estes 
conceitos. Desta forma, para entendimento prévio e objetivo será abordado cada 
um destes pelos seus conceitos: 
Análise de Custos 
 
16 
 
Gasto — Compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício 
financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por entrega 
ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). Este conceito se aplica 
indistintamente a investimento, custo, despesa e perda (MARTINS, 2010; CREPALDI, 
2010). 
Ainda para estes autores, neste Conceito extremamente amplo e que se aplica 
a todos os bens e serviços adquiridos; assim, temos Gastos com a compra de 
matérias-primas, Gastos com mão de obra, tanto na produção como na 
distribuição, Gastos com honorários da diretoria, Gastos na compra de um 
imobilizado etc. Só existe gasto no ato da passagem para a propriedade da 
empresa do bem ou serviço, ou seja, no momento em que existe o reconhecimento 
contábil da dívida assumida ou da redução do ativo dado em pagamento. 
Não estão aqui inclusos todos os sacrifícios com que as empresas acabam 
arcando, já que não são incluídos o custo de oportunidade ou os juros sobre o 
capital próprio, uma vez que estes não implicam a entrega de ativos. Note que o 
gasto implica desembolso, mas estes são conceitos totalmente distintos quanto a 
sua natureza. 
Desembolso — Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. Pode 
ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada, portantodefasada 
ou não do momento do gasto (MARTINS, 2010; CREPALDI, 2010). 
Pagamento dos gastos de qualquer natureza. O desembolso ocorre quando o 
pagamento do gasto é realizado (MARTINS, 2010; CREPALDI, 2010). 
Investimento — Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios 
atribuíveis a futuro(s) período(s) (MARTINS, 2010; CREPALDI, 2010). 
Todos os sacrifícios havidos pela aquisição de bens ou serviços (gastos) que 
são “estocados” nos Ativos da empresa para baixa ou amortização quando de sua 
venda, de seu consumo, de seu desaparecimento ou de sua desvalorização são 
especificamente chamados de investimentos (MARTINS, 2010; CREPALDI, 2010). 
Análise de Custos 
 
17 
 
Podem ser de diversas naturezas e de períodos de ativação variados: a 
matéria-prima é um gasto contabilizado temporariamente como investimento 
circulante; a máquina é um gasto que se transforma num investimento 
permanente; as ações adquiridas de outras empresas são gastos classificados como 
investimentos circulantes ou permanentes, dependendo da intenção que levou a 
sociedade à aquisição (MARTINS, 2010; CREPALDI, 2010). 
Custo — Gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens 
ou serviços (MARTINS, 2010; CREPALDI, 2010). 
O Custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, 
no momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços), para a 
fabricação de um produto ou execução de um serviço (MARTINS, 2010; CREPALDI, 
2010). 
Representam ainda, os gastos efetuados para obtenção de bens e serviços que 
são aplicados na produção de outros bens, ou seja, gastos realizados em bens e 
serviços utilizados no processo produtivo ou fabril, gasto para obtenção de 
produtos ou serviços capazes de suprir as necessidades do mercado consumidor. O 
custo implica no consumo de um bem ou serviço utilizado na produção de outros 
bens e serviços (MARTINS, 2010; CREPALDI, 2010). 
Exemplos: a matéria-prima foi um gasto em sua aquisição que imediatamente 
se tornou investimento, e assim ficou durante o tempo de sua Estocagem; no 
momento de sua utilização na fabricação de um bem, surge o Custo da matéria-
prima como parte integrante do bem elaborado. Este, por sua vez, é de novo um 
investimento, já que fica ativado até sua venda. 
Análise de Custos 
 
18 
 
A energia elétrica é um gasto, no ato da aquisição, que passa imediatamente 
para custo (por sua utilização) sem transitar pela fase de investimento. A máquina 
provocou um gasto em sua entrada, tornado investimento (ativo) e 
parceladamente transformado em custo, via Depreciação, à medida que é utilizada 
no processo de produção de utilidades, (MARTINS, 2010; CREPALDI, 2010). 
Despesa — Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a 
obtenção de receitas de forma imediata. A comissão do vendedor, por exemplo, é 
um gasto que se torna imediatamente uma despesa. Estas podem ser classificadas 
em: Administrativas, Comerciais, Financeiras e Tributárias, (MARTINS, 2010; 
CREPALDI, 2010). 
O equipamento usado na fábrica, que fora gasto transformado em 
investimento e posteriormente considerado parcialmente como custo, torna-se, na 
venda do produto feito, uma despesa. O microcomputador da secretária do diretor 
financeiro, que fora transformado em investimento, tem uma parcela reconhecida 
como despesa (depreciação), sem transitar por custo, (MARTINS, 2010; CREPALDI, 
2010). 
As despesas são itens que reduzem o Patrimônio Líquido e que têm essa 
característica de representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas. Todo 
produto vendido e todo serviço ou utilidade transferidos provocam despesa. 
Costumamos chamá-lo Custo do Produto Vendido e assim fazemo-lo aparecer na 
Demonstração de Resultados; o significado mais correto seria: Despesa que é o 
somatório dos itens que compuseram o custo de fabricação do produto ora 
vendido. Cada componente que fora custo no processo de produção agora, na 
baixa, torna-se despesa. (No Resultado existem Receitas e Despesas — às vezes 
Ganhos e Perdas — mas não Custos.) A mercadoria adquirida pela loja comercial 
provoca um gasto (genericamente), um investimento (especificamente), que se 
transforma numa despesa no momento do reconhecimento da receita trazida pela 
venda, sem passar pela fase de custo. Logo, o nome Custo das Mercadorias 
Vendidas não é, em termos técnicos, rigorosamente corretos, (MARTINS, 2010; 
CREPALDI, 2010). 
Análise de Custos 
 
19 
 
Logo, todas as despesas são ou foram gastas. Porém, alguns gastos muitas 
vezes não se transformam em despesas (por exemplo, terrenos, que não são 
depreciados) ou só se transformam quando de sua venda. Todos os custos que são 
ou foram gastos se transformam em despesas quando da entrega dos bens ou 
serviços a que se referem. Muitos gastos são automaticamente transformados em 
despesas, outros passam primeiro pela fase de custos e outros ainda fazem a via-
sacra completa, passando por investimento, custo e despesa. 
Perda — Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária. Não se 
confunde com a despesa (muito menos com o custo), exatamente por sua 
característica de anormalidade e involuntariedade; não é um sacrifício feito com 
intenção de obtenção de receita. Exemplos comuns: perdas com incêndios, 
obsoletismo de estoques etc, (MARTINS, 2010; CREPALDI, 2010). 
São itens que vão diretamente à conta de Resultado, assim como as despesas, 
mas não representam sacrifícios normais ou derivados de forma voluntária das 
atividades destinadas à obtenção da receita. E muito comum o uso da expressão 
Perdas de material na produção de inúmeros bens e serviços; entretanto, a quase 
totalidade dessas “perdas” é, na realidade, um custo, já que são valores sacrificados 
de maneira normal no processo de produção, fazendo parte de um sacrifício já 
conhecido até por antecipação para a obtenção do produto ou serviço e da receita 
almejada, (MARTINS, 2010; CREPALDI, 2010). 
Para Eliseu Martins (2010), Perda representa em um bem ou serviço 
consumido de forma anormal e involuntária. 
Neste sentido, Viceconti (2008), Perda é gasto não intencional oriundo de 
razões e de agentes externos fortuitos (isto não depende diretamente do processo 
produtivo) ou perdas da produção normal (dependendo diretamente do processo 
de produtivo) da empresa. 
Análise de Custos 
 
20 
 
Então, temos que segundo Martins, (2010) e Crepaldi, (2010): 
Perdas Fortuitas: são consideradas igualmente as Despesas quanto a sua 
natureza e lançadas para o resultado do período. 
Perdas Normais: Onde as perdas normais tais como de matérias-primas na 
produção industrial rebarbas de tecido, integram o Custo de Produção do Período. 
O gasto com mão de obra durante um período de greve, por exemplo, é uma 
perda, não um custo de produção. 
O material deteriorado por um defeito anormal e raro de um equipamento 
provoca uma perda, e não um custo; aliás, não haveria mesmo lógica em se 
apropriar como custo essas anormalidades e, portanto, acabar por ativar um valor 
dessa natureza. 
Cabe aqui ressaltar que inúmeras perdas de pequeníssimo valor são, na 
prática, comumente consideradas dentro dos custos ou das despesas, sem sua 
separação; e isso é permitido devido à irrelevância do valor envolvido. No caso de 
montantes apreciáveis, esse tratamento não é correto. 
Custo e Despesa não são sinônimos; têm sentido próprio, assim como 
Investimento, Gasto e Perda. A utilização de uma terminologia homogênea 
simplifica o entendimento e a comunicação. Custo só se refere a sacrifício na 
produção, salvo quando expressamente alertada a modificação da terminologia 
utilizada. 
Análise de Custos 
 
21 
 
Principal diferença entre custo e despesa: 
Custos: Representam os gastos realizados para obtenção de bens e serviços 
aplicados na produção de outros bens, e no processo produtivo ou fabril. 
Despesas: Representam os gastos realizados para obtençãode bens ou 
serviços destinados na área administrativa, comercial ou financeira, visando direta 
ou indiretamente à obtenção de receitas. 
 
Consumo de bem ou serviço de forma anormal, involuntária, ou extraordinária. 
As perdas podem ser classificadas como: 
 
 Perda técnica – quando o consumo do bem ou serviço é previsto, 
estimado ou esperado. 
 Perda eventual – quando o consumo do bem ou serviço não é previsto 
nem esperado, logo não é estimado. 
 
Logo, temos Custos de Produção e Despesas de Administração, de Vendas e 
Financeiras. 
Receita – Ingresso de recursos para o patrimônio sob a forma de bens ou direitos 
advindos da venda de bens ou serviços. 
Custeio – Acumulação e distribuição de gastos para bem atender à produção de 
um bem ou realização de serviço. 
Análise de Custos 
 
22 
 
Departamento – Unidade representativa do conjunto de recursos humanos e de 
capital, de características semelhantes, para a realização de tarefas homogêneas, 
dentro dessa mesma unidade. 
 
Departamento produtivo – (na indústria) – Quando está diretamente ligado à 
fabricação do produto, onde são realizadas as modificações necessárias à 
transformação de bens e serviços em um novo produto. 
 
Fabricação ou produção – É o processo pelo qual as matérias-primas são 
transformadas em novos produtos acabados. 
 
Matérias-primas – São os bens ou substâncias ainda brutas ou “in natura”, que se 
transformam em parte integral de um novo produto após o processo de 
transformação. 
 
Mão de obra – Direta – Esforço humano despendido na produção de um Produto, 
diretamente identificado com o mesmo; 
 
Indireta – Esforço humano despendido na produção de um Produto, que não tem 
identificação direta com ele. 
 
Insumos – Combinação de fatores de produção (matéria-prima, mão de obra e 
custos indiretos), utilizados para fabricar o produto. 
Análise de Custos 
 
23 
 
A contabilidade deve ser orientada por sua doutrina neste sentido cita-se o 
que orienta a Resolução CFC 750/93, sobre os Princípios de Contabilidade quanto à 
aplicabilidade do regime de competência: 
 
Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e 
outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, 
independentemente do recebimento ou pagamento. 
 
Parágrafo único. O Princípio da Competência representa a confrontação de receitas 
e de despesas que tenham correlação direta. Ou seja, para cada despesa existirá 
uma receita atrelada a esta. (grifo nosso) 
 
Outros conceitos importantes: 
Custo Industrial: representa a soma dos gastos com bens e serviços investidos ou 
consumidos na produção de outros bens. 
Desta forma, gastos que sejam destinados à aquisição de bens e serviços de uso da 
empresa (computadores, máquinas e equipamentos, veículos), ou aplicações de 
caráter permanente (compra de ações em outras empresas), consideram-se 
investimento ainda bens destinados à troca (mercadorias). 
 
Custo de Aquisição: Valor de aquisição e entrada ou produção de bens e serviços 
(ex.: Valor da nota fiscal de compra de matéria-prima). 
Análise de Custos 
 
24 
 
Quanto a sua apropriação os custos são: 
 
Diretos – aqueles que podem ser diretamente (sem rateio) apropriados aos 
produtos mediante uma unidade de consumo (kg, hr, mod) associam-se aos 
produtos e variam proporcionalmente a quantidade produzida. 
Indiretos – aqueles que para serem incorporados aos produtos precisam da 
utilização de um critério de rateio. 
 
Quanto ao nível de atividade: 
 
Custos Fixos – São os que não variam de forma proporcional ao volume 
produzido. 
Custos Variáveis – São aqueles que variam proporcionalmente ao volume 
produzido. 
Custo Semifixo e Semivariável – varia em função do volume de venda, mas não 
exatamente em mesmas proporções. 
Custos de Transformação – Esforço da empresa na fabricação de um determinado 
item. 
Custo Primário – Soma simples de matéria-prima e mão de obra direta (não 
incluem os CIF, nem os materiais auxiliares, tais como embalagens) 
Custo de Marginal – É o acréscimo de custo que a empresa incorre para produzir 
uma unidade adicional do produto. 
Custo de Oportunidades – Valor associado a melhor alternativa não escolhida. 
Material Direto – São materiais que se incorporam diretamente aos produtos. 
Mão de obra direta – Custo associado ao pessoal que trabalha diretamente na 
elaboração dos produtos. 
Rateio – Alocação de custos indiretos aos produtos em fabricação, segundo 
critério racional. 
Análise de Custos 
 
25 
 
Leitura complementar! 
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos. 
São Paulo: Atlas, 5a ed. 2010, 4a reimp. 384 pg; 
LEONE, George Sebastião Guerra. Curso de Contabilidade de Custos. São 
Paulo: Atlas, 4a ed. 2010, 3a reimp. 480 pg; 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 10a ed. 2010, 4a 
reimp. 376 pg; 
ATKINSON, Antony A.; BANKER, Raddij D.; KAPLAN, Robert S.; YOUNG, S. Mark. 
Contabilidade Gerencial. São Paulo: Atlas, 3a ed. 2011, 3a reimp. 816 pg; 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos: Livro de exercícios. São Paulo: 
Atlas, São Paulo: Atlas, 10a ed. 2010, 5a reimp. 168 pg; 
NAKAGAWA, Masayuki. ABC: Custeio Baseado em Atividades. São Paulo: 
Atlas, 2a ed. 2011 9a reimp. 96 pg; 
OLIVEIRA, Luís M. de; PEREZ JUNIOR, José H. Contabilidade de custos para 
não contadores. São Paulo: Atlas, São Paulo: Atlas, 5a ed. 2012, 488 pg; 
SANTOS, Joel J. Contabilidade e Análise de Custos. São Paulo: Atlas, 6a ed. 3a 
reimp. 272 pg; 
Maher, Michael. Contabilidade de Custos: Criando Valor para a 
Administração. São Paulo: Atlas, 1a ed. 2001 3a reimp. 912 pg; 
FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade de Custos: Livro de exercícios. São Paulo: 
Atlas, São Paulo: Ferreira, 7a ed. 2011, 272 pg; 
 
É hora de se avaliar 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão 
ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. 
Análise de Custos 
 
26 
 
Exercícios – unidade 1 
 
Com base nos conceitos desta unidade, vamos responder ao exercício abaixo: 
1.Classifique os eventos descritos a seguir em Investimento (I), Custo (C), Despesa 
(D) ou Perda (P): 
Classifique os eventos descritos a seguir em Investimento (I), Custo (C), 
Despesa (D) ou Perda (P): 
I. ( ) Compra de matéria-prima; 
II. ( ) Consumo de energia elétrica; 
III. ( ) Utilização de mão de obra; 
IV. ( ) Consumo de combustível; 
V. ( ) Gastos com pessoal do faturamento (salário); 
VI. ( ) Aquisição de máquinas; 
VII. ( ) Depreciação das máquinas; 
VIII. ( ) Remuneração do pessoal da contabilidade geral (salário); 
IX. ( ) Pagamento de honorários da administração; 
X. ( ) Depreciação do prédio da empresa; 
XI. ( ) Utilização de matéria-prima (transformação); 
XII. ( ) Aquisição de embalagens; 
XIII. ( ) Deterioração do estoque de matéria-prima por enchente; 
XIV.( ) Remuneração do tempo do pessoal em greve; 
XV. ( ) Geração de sucata no processo produtivo; 
XVI.( ) Estrago acidental e imprevisível de lote de material; 
XVII. ( ) Gastos com desenvolvimento de novos produtos e processos; 
XVIII. ( ) Comissões proporcionais às vendas. 
Análise de Custos 
 
27 
 
2.Assinale como Falso (F) ou Verdadeiro (V), à luz da terminologia contábil: 
( ) Ao comprar matéria-prima, há uma despesa. 
( ) Gasto é o sacrifício financeiro com que uma entidade arca para a 
obtenção de bens e serviços. 
( ) Custo é incorrido em função da vida útil ou de benefícios atribuídos a 
futuros períodos aos bens e aos serviços produzidos. 
( ) O custo é incorrido no momento da utilização, consumo ou 
transformação dos fatores de produção. 
( ) Perdas são bens e serviços consumidos de forma anormal e involuntária. 
 
3.Assinale Falso (F) ou Verdadeiro (V) à luz da terminologia contábil: 
( ) Cada componente do processo de produção éuma despesa que, no 
momento da venda, transforma-se em perda; 
( ) Só existem custos em empresas industriais de manufatura, nas demais 
só há perdas; 
( ) Gastos com folha de salários de mão de obra, durante um período de 
greve prolongada, são custos de produção do período contábil em questão; 
( )Não se confunde perda com despesa, uma vez que a primeira envolve os 
conceitos de imprevisibilidade e involuntariedade; 
( ) Perdas são itens debitados diretamente ao resultado do período 
contábil em que ocorrem. 
Análise de Custos 
 
28 
 
4..A indústria Rei dos custos Ltda, apresentou a seguinte relação de gastos, 
classifique em Gastos, investimento, custo e despesa: 
Contas Valor Gastos Investimento Custo Despesa 
Comissões sobre vendas 25.000 
Conservação / Manutenção fábrica 
175.000 
 
Depreciação fábrica 150.000 
Despesas com telefone – vendas 
12.500 
 
Energia elétrica / fábrica 212.500 
Estoques de produtos acabados 250.000 
Estoques de produtos em 
elaboração 
 
85.000 
 
Estoques dos materiais diretos 120.000 
Folha de pagamento / fábrica 300.000 
Juros e despesas bancárias 125.000 
Material de consumo da fábrica 37.500 
Material de escritório / 
Administração 
 
12.500 
 
Matéria prima consumida 875.000 
Ordenados e Administração 225.000 
Retirada dos sócios 50.000 
Seguros do parque fabril 25.000 
Transporte entrega do produto 112.500 
Total de Gastos 2.792.500 
 
5.Classifique os eventos descritos a seguir, relativos a um banco comercial, em 
Investimento (I), Custo (C), Despesa (D) ou perda (P), seguindo a terminologia 
contábil. 
( ) Compra de impressos e material de escritório; 
( ) Gastos com salários do pessoal operacional de agência; 
( ) Consumo de energia elétrica; 
( ) Gastos com transporte de numerário (carro-forte); 
( ) Telefone ou Celular (conta mensal); 
( ) Manutenção do sistema de processamento de dados; 
Análise de Custos 
 
29 
( ) Utilização de impressos para acolher depósitos; 
 ( ) Gastos com envio de talões de cheques aos clientes; 
( ) Depreciação de equipamentos (computadores, ATM etc.); 
( ) Remuneração de tempo ocioso; 
( ) Consumo de material de escritório na administração; 
( ) Remuneração do pessoal da contabilidade geral; 
( ) Remuneração de gerentes; 
( ) Depreciação de prédios de agências; 
( ) Gastos com treinamento e desenvolvimento de funcionários; 
( ) Depreciação da sede administrativa do banco; 
( ) Desfalque de valores por fralde; 
( ) Desfalque de valores por assalto. 
 
6.Dados os seguintes eventos ocorridos em determinada empresa no mês de 
abril: 
a) Compra de material no valor de $ 10.000, a pagar no mês seguinte; 
b) Pagamento, em cheque, dos salários relativos ao mês de março: $ 5.000; 
c) Utilização de mão de obra, a pagar em maio, sendo: pessoal da produção 
$ 8.000, e da administração $ 3.000; 
d) Contabilização da depreciação do mês, sendo: dos equipamentos de 
produção $ 7.500, dos veículos de uso da diretoria $ 2.500; 
e) Consumo de parte do material adquirido no item 1, sendo: na produção, 
$ 3.800, e na administração $ 1.000. 
f) Perda normal de material na produção: $ 200. 
g) Energia elétrica adquirida e consumida no mês, a pagar no mês seguinte, 
$ 8.000. Uma quarta parte desse total cabe às áreas administrativa e 
comercial da empresa e o restante à produção; 
Análise de Custos 
 
30 
h) Compra de uma máquina para a área de produção, por $ 50.000, a pagar 
em duas parcelas iguais, sem juros, tendo sido a primeira paga no ato da 
compra. Entrará em operação no mês seguinte. 
i) Uma enchente inesperada destruiu parte do estoque de materiais $ 2.000 
j) Baixa pela venda de produtos cujo custo é composto pelos recursos 
consumidos, utilizados ou transformados em abril no processo produtivo. 
 
Utilizando a terminologia normalmente empregada no meio contábil, pede-se: 
 
a) Classificar os eventos do mês de abril. 
 
 
 
 
 
 
 
b) Calcular o valor total dos gastos, desembolsos, investimentos, custos, 
despesas e perdas que ocorreram no mês de abril. 
Análise de Custos 
 
31 
 
7AFC/Esaf) Entre as afirmativas seguintes, apenas uma está incorreta, assinale-
a. 
a) A contabilidade gerencial tem por objetivo adaptar os procedimentos de 
apuração do resultado das empresas comerciais para as empresas industriais. 
b) A contabilidade de custos presta duas funções dentro da contabilidade 
gerencial, fornecendo os dados de custos para auxílio ao controle e para a 
tomada de decisões. 
c) Os custos de produção reúnem o custo do material direto, o custo da mão de 
obra e os demais custos indiretos de fabricação. 
d) O objetivo básico da contabilidade gerencial é o de fornecer à administração 
instrumentos que a auxiliem em suas funções gerenciais. 
e) O custo pode ser entendido como o gasto relativo à bem ou serviço utilizado 
na produção de outros bens ou serviços. 
 
8 Assinale a(s) alternativa(s) incorreta(s): 
a) O processo de industrialização compreende a transformação de matérias-
primas em produtos acabados com a utilização de outros fatores de 
produção, tais como mão de obra, máquinas, equipamentos etc. 
b) Nas empresas industriais, os estoques constituem-se, geralmente, de 
matérias-primas, materiais de embalagens, materiais auxiliares, produtos 
em processo e produtos acabados. 
c) Entende-se por custo de produção a soma dos fatores produtivos 
utilizados, como matérias-primas, mão de obra e outros custos, tais como 
depreciação, aluguel do prédio da fábrica, alimentação dos operários etc. 
d) Custo é um gasto que utiliza bens e serviços para produzir outros bens e 
serviços. 
e) Produtos em processo ou produção em andamento são os produtos 
terminados no mês e que estão totalmente prontos para vendas aos 
diversos clientes. 
Análise de Custos 
 
32 
9.Uma empresa produziu, no mesmo período, 100 unidades de um produto A, 
200 unidades de um produto B e 300 unidades de um produto C. Considerando $ 
176,25 de custos indiretos e que os custos diretos unitários de matérias-primas 
foram, respectivamente, $ 1,50, $ 0,90 e $ 0,60 e os custos unitários de mão de 
obra direta, $ 0,60, $ 0,30 e $ 0,25, o custo final indireto unitário de cada produto, 
considerando como critério de rateio o custo direto total é respectivamente: 
a) $ 88,13; $ 52,88 e $ 35,25. 
b) $ 91,96; $ 45,98 e $ 38,32. 
c) $ 29,38; $ 58,75 e $ 88,13. 
d) $ 52,50; $ 60,00 e $ 63,75. 
e) $ 89,30; $ 47,00 e $ 39,95. 
 
Produtos Quant. Produzida Mat Mod 
Custo 
Primário 
Custo 
Indireto 
% 
Custo 
Indireto 
Rateado Custo Indireto a ser rateado 
pelo Custo Direto Total = 
176,25 
A 100 1,50 0,60 2,10 210,00 0,29787 52,50 
B 200 0,90 0,30 1,20 240,00 0,34043 60,00 
C 300 0,60 0,25 0,85 255,00 0,36170 63,75 
TOTAL 600 3,00 1,15 4,15 705,00 1,00 176,25 
 
10.Uma empresa, para fabricar 1.000 unidades mensais de determinado 
produto, realiza os seguintes gastos: 
Gastos do Período $ 
Matéria Prima 400.000 
Mão de Obra Direta 300.000 
Mão de Obra Indireta 100.000 
Custos Diversos 200.000 
 
Análise de Custos 
 
33 
Se a empresa produzir 1.200 unidades desse produto, por mês, com as 
mesmas instalações e com a mesma mão de obra, ou seja, com exceção da 
matéria-prima, todos os demais custos permaneceriam inalterados em seu total, o 
custo por unidade produzida corresponderá a: 
a) $ 833,33 
b) $ 900,00 
c) $ 1.000,00 
d) $ 966,00 
e) $ 950,00 
 
11.Em relação a custos, é correto afirmar: 
a) O custo industrial unitário, pela diluição dos custos fixos, tende a afastar-
se do custo variável unitário, à medida que o volume da produção 
aumenta. 
b) Os custos variáveis da produção crescem proporcionalmente à 
quantidade produzida, em razão inversa. 
c) Os custos fixos unitários decrescem na razão direta da quantidade 
produzida. 
d) Os custos fixos totais mantêm-se estáveis, independentementedo 
volume da atividade fabril. 
e) Os custos variáveis unitários crescem ou decrescem, de conformidade 
com a quantidade produzida. 
Análise de Custos 
 
34 
 
Análise de Custos 
 
35 
2 Princípios contábeis e formação do custo de produção 
Análise de Custos 
 
36 
 
Nesta unidade, você conhecerá as principais Terminologias da Contabilidade 
de Custos. 
 
Objetivos da unidade 
Compreender a importância da contabilidade de custos, os princípios 
contábeis aplicados a custos, bem como, os seis passos necessários para realizar a 
correta contabilização dos custos do processo fabril. O entendimento das fórmulas 
relativas a custos e a demonstração de Resultado concernente a Custos. 
Após esta Unidade de ensino o aluno estará apto para: 
 Entender os principais conceitos aplicados a custos para entendimento das 
fórmulas relativas a custo em elaboração e acabados. 
 Compreender a importância dos princípios contábeis relativos a custos; 
 Aplicar estes em atividades disciplinares para entendimento de como 
utilizar os princípios de contabilidade; 
 Desenvolver o entendimento e a compreensibilidade deste assunto 
possibilitando ao aluno uma visão ampla sobre como realizar os passos 
relativos à separação entre custos e despesas e sua correta contabilização; 
 Definir, analisar e interpretar estes conceitos para correta utilização na vida 
profissional, acadêmica e científica. 
 
Plano da unidade 
 Princípios aplicados a contabilidade de custos 
 Formação do custo de produção 
 Esquema básico da contabilidade de custos 
 
Bem-vindo à Segunda Unidade de Estudo. 
Sucesso! 
Análise de Custos 
 
37 
 
Princípios aplicados a contabilidade de custos 
 
A contabilidade de custos é uma ramificação da contabilidade geral, também 
classificada como contabilidade Financeira. Esta também utiliza dos princípios de 
contabilidade como métrica para sua aplicação. 
Conselho Federal de Contabilidade Ibracon, CVM, e USP 
Princípio: Princípios efetivos: 
Da Competência. Realização da receita e 
confrontação da despesa 
Do Registro pelo valor original. Custo histórico como base de valor 
 Convenções 
Prudência Conservadorismo 
Oportunidade Materialidade 
Figura 01 – Princípios de Contabilidade. 
Fonte: Elaborado pelo próprio Autor. 
 
Como não é objeto desta unidade abordar de forma complexa os princípios de 
Contabilidade, iremos comentá-los para prévio conhecimento destes. As 
resoluções 750 e 774 do CFC normatizam seu entendimento. 
Para Araújo (2005), postulados, princípios e convenções contábeis tem a 
seguinte definição: 
Postulados: São dogmas, premissas e assertiva que não precisam ser 
demonstrados, comprovados e evidenciados, pois existe entre a acadêmica e o 
mercado (ambiente profissional) uma aceitação geral e basilar, sem 
questionamento entre estes. 
Análise de Custos 
 
38 
 
 Entidade: No campo contábil, parte-se do pressuposto de que sempre terá 
uma pessoa, seja ela física ou jurídica, para fazer a contabilidade e a essa 
pessoa, classifica-se em entidade contábil. 
 Continuidade: Parte-se do pressuposto de que essa entidade tem uma vida 
estabelecida por prazo indeterminado, ou seja, que representa um 
empreendimento em andamento, em continuidade. 
 Princípios: Conjunto de regras necessárias para a execução do sistema 
contábil, sem estes não existirá a possibilidade de fazer uma Demonstração 
Financeira, análise ou qualquer outra atividade concernente a Contabilidade. 
 Custo histórico como base de valor: Os registros contábeis são realizados por 
seu custo de aquisição ou de fabricação, ou seja, pelos gastos realizados para 
comprar ou fabricar determinado bem. Isto é o valor contábil é o valor que 
está expresso na nota fiscal de compra, seja isto para bens ou serviços. 
 Denominador comum monetário: A avaliação monetária torna homogêneo e 
igual, itens relativos a valores financeiros, e agrega diferentes itens em um 
denominador comum monetário, num único relatório, ou seja, padroniza a 
unidade monetária a ser utilizada para avaliação e compreensão das 
Demonstrações analisadas. 
 Realização das receitas: Evidencia o momento em que se deve reconhecer a 
receita, contabilizando-a a partir deste. De maneira geral, é o momento da 
transferência do bem ou serviço para o cliente, ou seja, no instante da 
entrega de ativo, bem ou direito. 
 Confrontação das despesas: após a identificação exata da receita, faz-se um 
esforço de associar (ou confrontar) toda a despesa sacrificada para a 
obtenção daquela receita. 
 Essência econômica sobre a forma jurídica: A forma jurídica pode deixar de 
retratar a essência econômica; nesse caso prevalecerá a essência econômica. 
 Convenções: estabelecem limites no procedimento de atuação do 
profissional contábil. 
 
Análise de Custos 
 
39 
 Objetividade: os registros contábeis deverão ter suporte em documentação 
gerada nas transações ou evidências que possibilitem a avaliação. 
 Materialidade: considera que toda informação contábil tem um custo e só 
seria válido executar tal informação se o benefício representasse um valor 
maior que o custo da informação preparada pela contabilidade. 
 Consistência: uma vez adotado certo critério contábil, dentro dos vários 
igualmente aceitos e relevantes, não deverá ser mudado sem um motivo de 
força maior e em períodos apropriados para tal alteração. 
 Conservadorismo: uma boa conduta contábil será sempre a de se resguardar, 
para não criar expectativas futuras com alto grau de risco. 
 
Formação do custo de produção 
 
O custo de produção é constituído por todos os gastos necessários na 
transformação da matéria-prima em produtos acabados, sejam estes consumidos 
de forma direta, atrelados ao bem produzido (classificados como custos diretos) ou 
de forma indireta, logo, estabelecidos por rateio, (custos indiretos), abaixo no 
Quadro 01 demonstra-se este entendimento: 
 
Quadro 01 – Formação do Custo de Produção. 
Fonte: Elaborado pelo próprio Autor. 
 
Análise de Custos 
 
40 
Assim, existem algumas fórmulas que precisam ser estudadas relativas ao 
custo de produção (MARTINS, 2010: CREPALDI, 2010; DUBOIS, 2009; FERREIRA, 
2011; MEGLIORINI, 2007), abaixo observamos estas: 
 
Custo Primário = Representa o somatório da matéria-prima consumida e 
mão-de-obra direta. 
 
FÓRMULA = CP = MAT + MOD; 
Onde: 
CP = Custo Primário; 
MAT = Matéria-Prima; 
MOD = Mão-de-Obra-Direta. 
 
Custo de Transformação = Representa a soma dos custos de produção, ou 
seja, a produção da empresa em seu processo fabril, retirando-se deste a matéria-
prima consumida e os materiais diversos (aquisição de insumos já concluídos e 
prontos). 
 
FÓRMULA = CT = MOD + CIF 
 
Onde: 
CT = Custo de Transformação; 
MOD = Mão-de-Obra-Direta; 
CIF = Custos indiretos de fabricação 
Análise de Custos 
 
41 
 
Custo de Produção = Representa a produção da empresa em seu processo 
fabril, considerando materiais e esforços empreendidos para obter a execução de 
seu produto, realizados dentro de um período de produção. Desta forma, este fica 
representado pelo consumo de todos os itens que foram utilizados na produção, 
independente de sua conclusão ou não, ou seja, por terem sido acabados ou não. 
 
FÓRMULA = CP/F = MAT + MOD + CIF 
 
 Onde: 
 
CP/F = Custo de Produção ou custo de Fabricação; 
MAT = Matéria-Prima; 
MOD = Mão-de-Obra-Direta; 
CIF = Custos indiretos de fabricação 
 
Custo dos produtos acabados também classificados como custo dos 
produtos fabricados = Representa o custo dos produtos já concluídos dentro de 
um período estabelecido no processo produtivo, na produção fabril. O custo dos 
produtos acabados são constituídos pelos custos consumidos plenamente nos 
produtos acabados (fabricados), num determinado período do processo fabril. 
 
Cabe aqui ressaltar que existe uma diferença basilar entre os custos de 
produção e os custos e os custos dosprodutos acabados, sendo esta: 
O custo de produção é representado por todos os custos utilizados e que 
incorreram no processo fabril num determinado período de tempo. Já o custo dos 
produtos acabados são relativos aos custos utilizados na elaboração dos produtos, 
sendo influenciados pelos custos em elaboração, que ainda não concluíram o 
processo produtivo. Vale ressaltar que este entendimento se estende para os 
produtos que não foram elaborados no período anterior e daqueles que estão 
Análise de Custos 
 
42 
sendo elaborados e que estão em processo de produção fabril no período da 
produção vigente (atual). 
 
FÓRMULA = CPA/CPF = CP + EI - EF 
 
Onde: 
 
CPA/CPF = Custo dos produtos acabados ou Custo dos produtos fabricados; 
CP = Custo da Produção do Período; 
EI = Estoque Inicial (produtos em elaboração); 
EF = Estoque Final (produtos em elaboração). 
 
Custo dos produtos vendidos (CPV) = Representa o custo dos produtos que 
foram negociados ou vendidos num determinado período (processo fabril), que 
tenham sido ou não produzidos (elaborados em sua totalidade) nesse mesmo 
período. 
Cabe a título de conhecimento informar que caso não ocorra nenhum produto 
sendo comercializado (VENDA) o custo dos produtos vendidos será zero (nulo). 
Desta forma os produtos que formam o estoque de produtos acabados estarão 
seguros e guardados neste estoque até que sejam devidamente negociados e 
vendidos pela empresa. 
 
FÓRMULA = CPV = CPA + EI - EF 
Onde: 
CPV = Custo dos Produtos Vendidos; 
CPA = Custo dos Produtos Acabados; 
EI = Estoque Inicial (produtos acabados); 
EF = Estoque Final (produtos acabados) 
Análise de Custos 
 
43 
 
DRE relativos aos custos dos produtos vendidos 
 
Conforme comentado nas fórmulas existe também a necessidade de 
elaboração de um demonstrativo denominado DRE (MARTINS, 2010: CREPALDI, 
2010; DUBOIS, 2009; FERREIRA, 2011; MEGLIORINI, 2007; GARCIA, 2010). 
 
DEMONSTRAÇÃO DO CUSTO DO PRODUTO VENDIDO (CPV) 
EIMP Estoque Inicial de Matéria-Prima 
(+) CMP Compra de Matéria-Prima 
(-) EFMP Estoque Final de Matéria-Prima 
(=) MPC Matéria-Prima consumida 
(+) MOD Mão de obra direta 
(=) CD Custo direto 
(+) CIF Custos Indiretos de Fabricação 
(=) CP Custo de Produção (Mat+Mod+Cif) 
(+) EIPE Estoque Inicial de Produtos em Elaboração 
(-) EFPE Estoque Final de Produtos em Elaboração 
(=) CPA ou CPF Custo dos Produtos Acabados ou Fabricados 
(+) EIPA Estoque Inicial de Produtos Acabados 
(-) EFPA Estoque Final de Produtos Acabados 
(=) CPV Custo dos Produtos Vendidos 
Tabela 01 – DRE relativos aos custos dos produtos vendidos. 
Fonte: Adaptado de Garcia (2009). 
 
Análise de Custos 
 
44 
 
Esquema básico da contabilidade de custos 
 
Conforme os diversos autores, existe um esquema básico para apuração de 
custos e um procedimento para realiza-lo, dividido em 6 etapas e passos. São estes 
(MARTINS, 2010: CREPALDI, 2010; DUBOIS, 2009; FERREIRA, 2011; MEGLIORINI, 
2007; GARCIA, 2010): 
1o Passo = Realizar a separação dos custos e das despesas; 
2o Passo = Realizar a subdivisão entre custos diretos e custos indiretos; 
3o Passo = Realizar a alocação dos custos diretos aos produtos; 
4o Passo = Realizar a alocação dos custos indiretos aos produtos, utilizando 
como métrica uma base de critério para rateio (ou seja, os custos indiretos são 
alocados levando-se em consideração um critério de rateio que são estabelecidos 
pelos custos diretos); 
5o Passo = Realizar a determinação do custo total e do custo unitário; 
6o Passo = Realizar a contabilização de todas as etapas do processo produtivo, 
ou processo fabril (relativos a custos). 
 
Exemplo: 
A Indústria Lava Jato Ltda, a apresentou a seguinte relação de gastos ocorridos 
no período de 11/2014 
Análise de Custos 
 
45 
 
Gasto do Período Produtivo 
Comissões de vendedores 80.000 Materiais utilizados na fábrica 15.000 
Salários de fábrica 120.000 Energia consumida na fábrica 85.000 
Matéria-prima consumida 350.000 Manutenção de fábrica 70.000 
Salários da administração 90.000 Despesas de entrega 45.000 
Depreciações na fábrica 60.000 Correios e telefonia 5.000 
Seguros na fábrica 10.000 Material de escritório 5.000 
Despesas financeiras 50.000 
Honorários da diretoria 40.000 
TOTAL 1.025.000 
Tabela 02 – Gastos do Período produtivo. 
Fonte: Adaptado de Martins (2010). 
 
Dados da Produção - Produtos Consumidos 
Itens Produto A Produto B Produto C Total 
Matéria-prima 75.000 135.000 140.000 350.000 
MOD 22.000 47.000 21.000 90.000 
MOI - - - 30.000 
Energia elétrica direta 18.000 20.000 7.000 45.000 
Energia elétrica indireta - - - 40.000 
TOTAL 115.000 202.000 168.000 555.000 
Tabela 03 – Gastos do Período produtivo. 
Fonte: Adaptado de Martins (2010). 
 
Análise de Custos 
 
46 
 
1o Passo = Realizar a separação dos custos e das despesas 
Custos Despesas 
Salários de fábrica 120.000 Comissões de vendedores 80.000 
Matéria-prima consumida 350.000 Salários da administração 90.000 
Depreciações na fábrica 60.000 Despesas financeiras 50.000 
Seguros na fábrica 10.000 Honorários da diretoria 40.000 
Materiais utilizados na fábrica 15.000 Despesas de entrega 45.000 
Energia consumida na fábrica 85.000 Correios e telefonia 5.000 
Manutenção de fábrica 70.000 Material de escritório 5.000 
TOTAL 710.000 TOTAL 315.000 
Tabela 04 – Separação entre Custos e Despesas. 
Fonte: Adaptado de Martins (2010). 
 
2o Passo = Realizar a subdivisão entre custos diretos e custos indiretos 
Custos 
Diretos Indiretos 
Matéria-prima 350.000 MOI 300.000 
MOD 90.000 Depreciações na fábrica 60.000 
Energia elétrica 45.000 Seguros na fábrica 10.000 
 Materiais utilizados na fábrica 15.000 
 Energia elétrica 40.000 
 Manutenção de fábrica 70.000 
TOTAL 485.000 TOTAL 225.000 
Tabela 05 – Subdivisão entre classificação de Custos Diretos e Custos Indiretos. 
Fonte: Adaptado de Martins (2010). 
Análise de Custos 
 
47 
 
3o Passo = Realizar a alocação dos custos diretos aos produtos 
Itens Produto A Produto B Produto C Total 
Matéria-prima 75.000 135.000 140.000 350.000 
MOD 22.000 47.000 21.000 90.000 
Energia elétrica direta 18.000 20.000 7.000 45.000 
TOTAL 115.000 202.000 168.000 485.000 
Tabela 05 – Alocação dos custos diretos aos produtos. 
Fonte: Adaptado de Martins (2010). 
 
 
4o Passo = Realizar a alocação dos custos indiretos aos produtos, utilizando 
como métrica uma base de critério para rateio (ou seja, os custos indiretos são 
alocados levando-se em consideração um critério de rateio que são estabelecidos 
pelos custos diretos). 
Tendo como base de critério de rateio a Mão-de-Obra 
 
 
Produtos MOD % Rateio Custo Indireto 
Custo 
Direto 
Custos 
Totais 
A 22.000 0,24 55.000,00 115.000 170.000,00 
B 47.000 0,52 117.500,00 202.000 319.500,00 
C 21.000 0,23 52.500,00 168.000 220.500,00 
TOTAL 90.000 1,00 225.000 485.000 710.000 
Tabela 06 – Alocação dos custos diretos aos produtos - MOD. 
Fonte: Adaptado de Martins (2010). 
 
Análise de Custos 
 
48 
 
Tendo como base de critério de rateio Custos Diretos 
Produtos MOD % Rateio Custo Indireto 
Custo 
Direto 
Custos 
Totais 
A 22.000 0,24 55.000,00 115.000 170.000,00 
B 47.000 0,52 117.500,00 202.000 319.500,00 
C 21.000 0,23 52.500,00 168.000 220.500,00 
TOTAL 90.000 1,00 225.000 485.000 710.000 
Tabela 07 – Alocação dos custos diretos aos produtos - CD. 
Fonte: Adaptado de Martins (2010). 
 
 
5o Passo = Realizar a determinação do custo total e do custo unitário 
Produtos Custo Direto Rateio Custo Indireto Custo Totais 
A 115.000 53.351 168.351 
B 202.000 93.711 295.711 
C 168.000 77.938 245.938 
TOTAL 485.000 225.000 710.000 
Tabela 08 – Determinação do custo total e do custo unitário. 
Fonte: Adaptado de Martins (2010). 
 
Análise de Custos 
 
49 
 
6o Passo = Realizar a contabilização de todas as etapas do processo produtivo, 
ou processo fabril (relativos a custos). 
Matéria-Prima Saláriosde Fábrica Depreciação de Fábrica 
350.000,00 c) 350.000 120.000,00 a) 120.000 60.000,00 f) 60.000 
 
Seguro de Fábrica Materiais Diversos Energia Elétrica 
10.000,00 f) 10.000 15.000,00 f) 15.000 85.000,00 b) 85.000 
 
 
Manutenção MOD MOI 
70.000,00 f) 70.000 a)90.000 d) 90.000 a) 30.000 f) 30.000 
 
 
Energia Elétrica 
Direta 
 Energia Elétrica 
Indireta 
 Estoque Produtos 
Processo 
b) 45.000 e) 45.000 b) 40.000 f) 40.000 c) 350.0000 
 d) 90.000 
 e) 45.000 
 f) 225.000 
 SD 710.000 
 
Análise de Custos 
 
50 
 
Leitura complementar: 
ARAÚJO, Adriana Maria Procópio de. NETO, Alexandre Assaf. Introdução 
à Contabilidade. Editora Atlas, 2005. 
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos. São 
Paulo: Atlas, 5a ed. 2010, 4a reimp. 384 pg; 
LEONE, George Sebastião Guerra. Curso de Contabilidade de Custos. São 
Paulo: Atlas, 4a ed. 2010, 3a reimp. 480 pg; 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 10a ed. 2010, 4a 
reimp. 376 pg; 
ATKINSON, Antony A.; BANKER, Raddij D.; KAPLAN, Robert S.; YOUNG, S. Mark. 
Contabilidade Gerencial. São Paulo: Atlas, 3a ed. 2011, 3a reimp. 816 pg; 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos: Livro de exercícios. São Paulo: 
Atlas, São Paulo: Atlas, 10a ed. 2010, 5a reimp. 168 pg; 
NAKAGAWA, Masayuki. ABC: Custeio Baseado em Atividades. São Paulo: 
Atlas, 2a ed. 2011 9a reimp. 96 pg; 
OLIVEIRA, Luís M. de; PEREZ JUNIOR, José H. Contabilidade de custos para 
não contadores. São Paulo: Atlas, São Paulo: Atlas, 5a ed. 2012, 488 pg; 
SANTOS, Joel J. Contabilidade e Análise de Custos. São Paulo: Atlas, 6a ed. 3a 
reimp. 272 pg; 
Maher, Michael. Contabilidade de Custos: Criando Valor para a 
Administração. São Paulo: Atlas, 1a ed. 2001 3a reimp. 912 pg; 
FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade de Custos: Livro de exercícios. São Paulo: 
Atlas, São Paulo: Ferreira, 7a ed. 2011, 272 pg; 
GARCIA, Francisco Aristides Neves. Apostila de Análise de Custos. Rio de 
Janeiro 78 pg. 2009. 
 
É hora de se avaliar! 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão 
ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no 
processo de ensino-aprendizagem. 
Análise de Custos 
 
51 
 
Exercícios – unidade2 
 
1.Para Araújo (2005), postulados contábeis tem a seguinte definição: 
 
a) Estabelecem limites no procedimento de atuação do profissional 
contábil. 
b) Conjunto de regras necessárias para a execução do sistema contábil, sem 
estes não existirá a possibilidade de fazer uma Demonstração Financeira, 
análise ou qualquer outra atividade concernente a Contabilidade. 
c) São dogmas, premissas e assertiva que precisam ser demonstrados, 
comprovados e evidenciados, pois existe entre a academia e o mercado 
(ambiente profissional) uma aceitação geral e basilar, com 
questionamento entre estes. 
d) Conjunto de regras não necessárias para a execução do sistema contábil, 
sem estes existirá a possibilidade de fazer uma Demonstração Financeira, 
análise ou qualquer outra atividade concernente a Contabilidade. 
e) São dogmas, premissas e assertiva que não precisam ser demonstrados, 
comprovados e evidenciados, pois existe entre a acadêmica e o mercado 
(ambiente profissional) uma aceitação geral e basilar, sem 
questionamento entre estes. 
 
2.Com relação ao princípio da Entidade este representa: 
a) Parte-se do pressuposto de que essa entidade tem uma vida estabelecida 
por prazo indeterminado, ou seja, que representa um empreendimento 
em andamento. 
b) Os registros contábeis são realizados por seu custo de aquisição ou de 
fabricação, ou seja, pelos gastos realizados para comprar ou fabricar 
determinado bem. 
Análise de Custos 
 
52 
c) A avaliação monetária torna homogênea e igual a itens relativos a 
valores financeiros e agrega diferentes itens em um denominador comum 
monetário, num único relatório. 
d) No campo contábil, parte-se do pressuposto de que sempre terá uma 
pessoa seja ela física ou jurídica para fazer a contabilidade e a essa pessoa 
classifica-se em entidade contábil. 
e) A forma jurídica pode deixar de retratar a essência econômica; nesse 
caso prevalecerá a essência econômica. 
 
3.Com relação ao princípio da Continuidade este representa: 
a) Os registros contábeis são realizados por seu custo de aquisição ou de 
fabricação, ou seja, pelos gastos realizados para comprar ou fabricar 
determinado bem. 
b) A avaliação monetária torna homogênea e igual a itens relativos a valores 
financeiros e agrega diferentes itens em um denominador comum 
monetário, em um único relatório. 
c) A forma jurídica pode deixar de retratar a essência econômica; nesse caso 
prevalecerá a essência econômica. 
d) No campo contábil, parte-se do pressuposto de que sempre terá uma 
pessoa seja ela física ou jurídica para fazer a contabilidade e a essa pessoa 
classifica-se em entidade contábil. 
e) Parte-se do pressuposto de que essa entidade tem uma vida estabelecida 
por prazo indeterminado, ou seja, que representa um empreendimento 
em andamento. 
Análise de Custos 
 
53 
 
4.Essência econômica sobre a forma jurídica 
a) Estabelecem limites no procedimento de atuação do profissional 
contábil. 
b) Conjunto de regras necessárias para a execução do sistema contábil, sem 
estes não existirá a possibilidade de fazer uma Demonstração 
Financeira, análise ou qualquer outra atividade concernente a 
Contabilidade. 
c) A forma jurídica pode deixar de retratar a essência econômica; nesse caso 
prevalecerá a essência econômica. 
d) São dogmas, premissas e assertiva que precisam ser demonstrados, 
comprovados e evidenciados, pois existe entre a academia e o mercado 
(ambiente profissional) uma aceitação geral e basilar, com 
questionamento entre estes. 
e) Conjunto de regras não necessárias para a execução do sistema contábil, 
sem estes existirá a possibilidade de fazer uma Demonstração 
Financeira, análise ou qualquer outra atividade concernente a 
Contabilidade. 
 
5.Com relação ao custo de produção este é formado: 
 
a) Não é constituído por todos os gastos necessários na transformação da 
matéria-prima em produtos acabados, sejam estes consumidos de forma 
direta, atrelados ao bem produzido (classificados como custos diretos) ou 
de forma indireta, logo, estabelecidos por rateio, (custos indiretos). 
b) É constituído apenas por gastos consumidos de forma direta, atrelados ao 
bem produzido (classificados como custos diretos) ou de forma indireta, 
não havendo a necessidade de rateio, (custos indiretos). 
Análise de Custos 
 
54 
c) É constituído apenas por gastos consumidos de forma indireta, atrelados 
ao bem produzido (classificados como custos indiretos) ou de forma 
direta, não havendo a necessidade de rateio, (custos diretos). 
d) É constituído por todos os gastos necessários na transformação da 
matéria-prima em produtos acabados, sejam estes consumidos de forma 
direta, atrelados ao bem produzido (classificados como custos diretos) ou 
de forma indireta, logo, estabelecidos por rateio, (custos indiretos). 
e) É constituído apenas por gastos consumidos de forma variável, atrelados 
ao bem produzido ou em acabamento (classificados como custos fixos) 
ou de forma indireta, havendo a necessidade de rateio, (custos 
indiretos). 
 
6.São gastos gerais de fabricação, com exceção de: 
a) Matéria prima-direta 
b) Mão de obra indireta. 
c) Material indireto. 
d) Supervisor da fábrica. 
e) Seguro da fábrica. 
 
7.São custos de Produção com exceção de: 
 
a) Matéria-prima direta. 
b) Depreciação 
c) Mão de obra direta. 
d) Mão de obra indireta. 
e) Material indireto. 
 
Análise de Custos 
 
55 
 
8.Custo Primário representa: 
a) A diferença entre a matéria-prima consumida e mão de obra direta. 
b) O somatório dos custos de produção. 
c) A diferença entre os custos diretos e os indiretos. 
d) O Somatóriodos custos fixos e variáveis 
e) O somatório da matéria-prima consumida e mão de obra direta. 
 
9.O esquema básico de contabilidade de custos esta tem os seguintes passos: 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
Análise de Custos 
 
56 
 
10.A Indústria Lava Jato Ltda, apresentou a seguinte relação de gastos 
ocorridos no período de 12/2014: 
Gasto do Período Produtivo 
Comissões de vendedores 92.000 Materiais utilizados na fábrica 17.250 
Salários de fábrica 138.000 Energia consumida na fábrica 97.750 
Matéria-prima consumida 402.500 Manutenção de fábrica 80.500 
Salários da administração 103.500 Despesas de entrega 51.750 
Depreciações na fábrica 69.000 Correios e telefonia 5.750 
Seguros na fábrica 11.500 Material de escritório 5.750 
Despesas financeiras 57.500 
Honorários da diretoria 46.000 
TOTAL 1.178.750 
 
Dados da Produção - Produtos Consumidos 
Itens Produto A Produto B Produto C Total 
Matéria-prima 86.250 155.250 161.000 402.500 
MOD 25.300 54.050 24.150 103.500 
MOI - - - 34.500 
Energia elétrica direta 20.700 23.000 8.050 51.750 
Energia elétrica indireta - - - 46.000 
TOTAL 132.250 232.300 193.200 638.250 
Determine o valor dos custos diretos, indiretos e das despesas do período 
produtivo: 
Análise de Custos 
 
57 
2
3 Custeio por absorção e métodos de controle de 
estoques 
Análise de Custos 
 
58 
 
Nesta unidade, você conhecerá as principais Terminologias da Contabilidade 
de Custos. 
 
Objetivos da unidade 
Compreender a importância da contabilidade de custos, os princípios 
contábeis aplicados a custos, bem como, os seis passos necessários para realizar a 
correta contabilização dos custos do processo fabril. O entendimento das fórmulas 
relativas a custos e a demonstração de Resultado concernente a Custos. 
Após esta unidade de ensino o aluno estará apto para: 
 Entender os principais conceitos aplicados a custos para entendimento das 
fórmulas relativas ao processo fabril e a forma de estoque de matéria prima 
e produtos industrializados. 
 Compreender a importância dos métodos de estoque PEPS, UEPS, Custo 
Médio Ponderado, fixo e móvel; 
 Aplicar estes em atividades disciplinares para entendimento de como 
utilizar os princípios de contabilidade; 
 Desenvolver o entendimento e a compreensibilidade deste assunto 
possibilitando ao aluno uma visão ampla sobre como realizar os passos 
relativos à separação entre custos e despesas e sua correta contabilização; 
 Definir, analisar e interpretar estes conceitos para correta utilização na vida 
profissional, acadêmica e científica. 
 
Plano da unidade 
 Terminologia básica de Custos. 
 
Bem-vindo à Terceira Unidade de Estudo. 
Sucesso! 
Análise de Custos 
 
59 
 
Custeio por absorção 
Para entender-se o método de custeio por absorção é preciso realizar uma 
abordagem de revisão de dois assuntos importantes aplicados a custos em sua 
apuração, independente do método de custeio utilizado no processo fabril ou na 
produção, para fazer a apuração dos custos do período. Estes dois assuntos são: a 
forma de controle do custo e estoque das matérias primas e a utilização da mão-
de-obra direta, preponderantes para o entendimento de custos e do processo 
fabril da empresa. 
Neste sentido, será realizada uma revisão dos sistemas utilizados para 
avaliação de estoques de matérias primas, com extensão aos produtos acabados, 
sendo mais relativos aos produtos que ainda se encontram em fase de produção 
fabril. 
Ainda de acordo com este entendimento, é primordial a existência de um 
sistema de controle permanente, que possibilite apurar o custo dos materiais 
consumidos na produção fabril. Este controle é feito de forma objetiva e direta, 
excluindo a necessidade de realização de cálculos complementares e adicionais. 
Métodos de Controle de Estoques: 
As empresas, em seu processo fabril, utilizam dois métodos de controle de 
estoques, que são denominados de método temporário e o permanente. Isto se faz 
necessário para se apurar corretamente o valor do estoque e do custo do produto 
no processo fabril da empresa. (MARTINS, 2010: CREPALDI, 2010; DUBOIS, 2009; 
FERREIRA, 2011; MEGLIORINI, 2007). 
EXEMPLO: 
A Cia Lava Jato Ltda, apresentou em sua ficha de controle de matéria-prima, 
referente ao mês de Novembro de 2014, o seguinte movimento: 
Análise de Custos 
 
60 
 
Data Histórico Volume 
(kg) 
Preço (R$ / kg ) Valor Total 
02.11 Saldo Anterior 2.000 2,50 5.000,00 
05.11 Compra 5.000 2,50 12.500,00 
 Frete s/ compra - - - 
07.11 Compra 3.000 2,40 7.200,00 
12.11 Requisição 8.000 - - 
15.11 Compra 4.000 2,55 10.200,00 
20.11 Compra 3.000 2,60 7.800,00 
25.11 Requisição material 7.000 - 
Tabela 01 – Ficha de controle de matéria-prima. 
Fonte: Adaptado de Garcia (2009). 
 
SOLUÇÃO DO PROBLEMA: Preço Médio Ponderado (Ou Custo Médio 
Móvel): 
Data 
Entrada Saída Saldo 
Quant Pu PT Quant Pu PT Quant Pu PT 
02 - - 2.000 2,50 5.000,00 
 2,50 12.500,00 - - 
05 5.000 0,10 500,00 - 7.000 2,57 18.000,00 
07 3.000 2,40 7.200,00 - 10.000 2,52 25.200,00 
12 - 8.000 20.160,00 2.000 2,52 5.040,00 
15 4.000 2,55 10.200,00 - 6.000 2,54 15.240,00 
20 3.000 2,60 7.800,00 - 9.000 2,56 23.040,00 
25 - 7.000 17.920,00 2.000 2,56 5.120,00 
C 15.000 38.200,00 - - 
SI 2.000 5.000,00 - - 
TOTAL 17.000 43.200,00 15.000 38.080,00 2.000 5.120,00 
 ( - ) ( = ) 
 
Tabela 02 – Ficha de controle de matéria-prima (Entrada, Saída e Saldo). 
Fonte: Adaptado de Garcia (2009). 
Análise de Custos 
 
61 
 
Onde: 
 
Quant = Quantidade; 
C = Compras; 
Pu = Preço Unitário; 
SI = Saldo Inicial; 
PT = Preço Total. 
 
Instrução para o preenchimento da Ficha de Controle de Estoque: 
Todo o controle de saldo e da saída é realizado na coluna concernente ao 
Saldo. 
 
Na coluna Saldo (relativo a compras): 
Quant = Quantidade anterior + Quantidade adquirida; 
PT = Valor Anterior + valor da Compra realizada; 
Pu = PT / Quant 
 
Na coluna Saldo (relativo ao registro de Requisições): 
 
Quant = Quantidade anterior + Quantidade requisitada; 
PT = Quant x preço médio anterior; 
Pu = PT / Quant ou preço médio anterior 
Análise de Custos 
 
62 
 
Na coluna Saída (relativo da matéria-prima utilizada no processo produtivo): 
Quant = Quantidade requisitada 
Pu = não se utiliza; 
PT = Feito sua apuração na coluna Saldo (Saldo anterior – saldo após a 
requisição). 
 
SOLUÇÃO DO PROBLEMA: Preço Médio Ponderado Fixo (Ou Custo Médio Fixo): 
Data 
Entrada Saída Saldo 
Quant Pu PT Quant Pu PT Quant Pu PT 
02 - - 2.000 2,50 5.000,00 
 2,50 12.500,00 - - 
05 5.000 0,10 500,00 - 7.000 18.000,00 
07 3.000 2,40 7.200,00 - 10.000 25.200,00 
15 4.000 2,55 10.200,00 - 14.000 35. 400,00 
20 3.000 2,60 7.800,00 - 17.000 2,54 43.200,00 
 8.000 
25 - 7.000 38.117,65 2.000 2,54 5.082,35 
C 15.000 38.200,00 - - 
SI 2.000 5.000,00 - - 
TOTAL 17.000 43.200,00 15.000 38.117,65 2.000 5.082,35 
Tabela 03 – Ficha de controle de matéria-prima (Entrada, Saída e Saldo). 
Fonte: Adaptado de Garcia (2009). 
 
Análise de Custos 
 
63 
Instruções para compreensão do preenchimento 
As compras antes dassaídas, mesmo que tenham ocorrido em data anterior à 
da compra, são consideradas; 
Após o lançamento das compras é apurado o preço médio do período PT / 
Quant; 
I. É apurado um único saldo médio do período analisado; 
II. As saídas são realizadas por valor idêntico ao do saldo médio, seja qual for 
a sua data, no mês analisado; 
III. O custo da requisição se apura utilizando a diferença entre o saldo antes 
da saída e depois da saída. 
SOLUÇÃO DO PROBLEMA: Primeiro a Entrar Primeiro a Sair – (PEPS ou FIFO): 
Data 
Entrada Saída Saldo 
Quant Pu PT Quant Pu PT Quant Pu PT 
02 - - 2.000 2,50 5.000,00 
05 5.000 2,60 13.000,00 - 5.000 2,60 13.000,00 
07 3.000 2,40 7.200,00 - 3.000 2,40 7.200,00 
 
12 2.000 2,50 5.000,00 
 5.000 2,60 13.000,00 
 1.000 2,40 2.400,00 2.000 2,40 4.800,00 
15 4.000 2,55 10.200,00 4.000 2,55 10.200,00 
20 3.000 2,60 7.800,00 - 3.000 2,60 7.800,00 
25 2.000 2,40 4.800,00 - - 
 4.000 2,55 10.200,00 - - 
 - 1.000 2,60 2.600,00 - - 
C 15.000 38.200,00 - - 
SI 2.000 5.000,00 - - 
TOTAL 17.000 43.200,00 15.000 38.000,00 2.000 5.200,00 
Tabela 04 – Ficha de controle de matéria-prima (Entrada, Saída e Saldo). 
Fonte: Adaptado de Garcia (2009). 
 
Análise de Custos 
 
64 
 
SOLUÇÃO DO PROBLEMA: Última a Entrar Primeiro a Sair – (UEPS ou LIFO): 
Data 
Entrada Saída Saldo 
Quant Pu PT Quant Pu PT Quant Pu PT 
02 - - 2.000 2,50 5.000,00 
05 5.000 2,60 13.000,00 - 5.000 2,60 13.000,00 
07 3.000 2,40 7.200,00 - 3.000 2,40 7.200,00 
 
12 2.000 2,50 5.000,00 
 5.000 2,60 13.000,00 
 3.000 2,40 7.200,00 
15 4.000 2,55 10.200,00 4.000 2,55 10.200,00 
20 3.000 2,60 7.800,00 - 3.000 2,60 7.800,00 
25 2.000 2,50 5.000,00 
 4.000 2,55 10.200,00 - - 
 - 13.000 2,60 7.800,00 - - 
C 15.000 38.200,00 - - 
SI 2.000 5.000,00 - - 
TOTAL 17.000 43.200,00 15.000 38.200,00 2.000 5.000,00 
Tabela 05 – Ficha de controle de matéria-prima (Entrada, Saída e Saldo). 
Fonte: Adaptado de Garcia (2009). 
Assim, ainda para o entendimento de primeiro item e último item que entra 
no estoque (PEPS ou UEPS), basta seguir o critério de entrada de matéria-prima 
dentro do estoque da empresa (CREPALDI, 2010). Desta maneira, fica assim a forma 
de compreensão e detalhamento dos referidos conceitos: 
PEPS – Os primeiros itens a sair (Venda e baixa no Estoque CMV) do estoque de 
matéria-prima, irão receber como valor de custo daqueles referentes das primeiras 
entradas (Compra), (MARTINS, 2010; CREPALDI, 2010). 
UEPS - Os primeiros itens a sair (Venda e baixa no Estoque CMV) do estoque de 
matéria-prima, irão receber como valor de custo aqueles referentes aos das últimas 
entradas (Compra), (MARTINS, 2010; CREPALDI, 2010). 
 
Análise de Custos 
 
65 
Exemplificando este entendimento: 
 
Para o PEPS: 
Dia 2 entrada 50 unidades com valor de $ 10,00 cada; 
Dia 5 entrada de 50 unidades com valor de $ 20,00 cada; 
Se tivermos uma saída no dia 10, de 50 unidades, o custo a ser utilizado como 
parâmetro será o da primeira entrada, ficando assim: 
50 x 10,00 = 500,00 
Para o UEPS: 
Para o PEPS: 
Dia 2 entrada 50 unidades com valor de $ 10,00 cada; 
Dia 5 entrada de 50 unidades com valor de $ 20,00 cada; 
Se tivermos uma saída no dia 10, de 50 unidades, o custo a ser utilizado como 
parâmetro será o da primeira entrada, ficando assim: 
50 x 20,00 = 1.000,00 
 
Direto ao ponto: 
A Cia Lava Jato Ltda, tem como método de avaliação de seu estoque, uma 
variação do preço específico. As mercadorias que a empresa adquire, recebem 
etiquetas com o preço de venda, formado a partir do custo unitário, com acréscimo 
de percentual fixo, como margem de lucro a ser obtido. 
No período estudado Nov/14, o movimento físico constou de estoque inicial 
com 2.000 unidades, suas compras totalizando 3.000 e vendas representando 4.000 
unidades. Sua receita Bruta (FATURAMENTO), ou receita de vendas, atingiu o valor 
de $ 400.000,00. Não ocorreram devoluções, abatimentos ou vendas canceladas. 
Com base nestas informações, calcule o estoque final, no período de Nov/14. 
Materiais diretos (matéria-prima): tratamento dos impostos na aquisição de 
mercadorias e serviços 
Análise de Custos 
 
66 
 
Adquiridos de fornecedores industriais 
IPI: Imposto sobre produtos industrializados – sua base de cálculo é 
representada pelo custo dos produtos utilizados no processo fabril. O valor do 
imposto apurado sobre essa base é adicionado ao valor do custo, para então 
formar o valor da Nota Fiscal. O IPI é um imposto recuperável pelas indústrias, logo, 
não integra o custo, também denominado para efeito de entendimento um 
imposto por dentro (do valor da Nota Fiscal), (Martins, 2010; CREPALDI, 2010; 
GARCIA, 2009; FERREIRA, 2011; FERRARI, 2014). 
 
ICMS - Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços. Sua base de cálculo 
é a mesma do IPI. O valor do imposto está incluso no valor final da Nota fiscal. O 
ICMS é um imposto recuperável, logo, não integra o custo dos materiais, sendo 
também denominado como um imposto por fora (do valor da Nota Fiscal), 
(Martins, 2010; CREPALDI, 2010; GARCIA, 2009; FERREIRA, 2011; FERRARI, 2014). 
 
 
Adquiridos de fornecedores comerciais 
ICMS – Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços. Sua base de 
cálculo é o valor da própria nota fiscal, no qual está embutido. Como é recuperável, 
logo, não integra o custo dos materiais, sendo também denominado como um 
imposto por fora (do valor da Nota Fiscal), (Martins, 2010; CREPALDI, 2010; GARCIA, 
2009; FERREIRA, 2011; FERRARI, 2014). 
Análise de Custos 
 
67 
 
Tratamento contábil 
Imposto recuperável = Quando o imposto é recuperável, não integra o custo 
do produto. Será contabilizado como imposto a recuperar e utilizado para efeito de 
compensação do imposto a ser recolhido, incide sobre as vendas, determinando o 
valor total do imposto a ser efetivamente pago, (Martins, 2010; CREPALDI, 2010; 
GARCIA, 2009; FERREIRA, 2011; FERRARI, 2014). 
 
Exemplos com maior ocorrência e relevância dentro do processo fabril 
(Produção): 
 
IPI - Nas operações entre empresas industriais 
ICMS - Nas empresas comerciais, com exceção quando forem os consumidores 
do produto final. O Imposto não recuperável é representado quando este não tem 
recuperação por parte do ente fabril, passando a compor o valor do produto. Este 
será contabilizado como custo (Martins, 2010; CREPALDI, 2010; GARCIA, 2009; 
FERREIRA, 2011; FERRARI, 2014). 
 
Exemplos Diversos 
IPI - Nas compras de empresas comerciais nas empresas industriais, (Martins, 
2010; CREPALDI, 2010; GARCIA, 2009; FERREIRA, 2011; FERRARI, 2014). 
ISS Imposto sobre Serviços - Incide sobre os serviços prestados por pessoas 
que não pertencem à empresa nem ao processo fabril. Seu valor está incluído no 
valor do serviço ou a ele se incorpora quando for apresentado, na nota fiscal de 
Serviço, (Martins, 2010; CREPALDI, 2010; GARCIA, 2009; FERREIRA, 2011; FERRARI, 
2014). 
Imposto de Importação - incidente sobre os produtos importados, quando 
da liberação aduaneira, seu valor se incorpora ao custo do produto do processo 
fabril, para todos os usuários e efeitos a ele afetos, (Martins, 2010; CREPALDI, 2010; 
GARCIA, 2009; FERREIRA, 2011; FERRARI, 2014). 
Análise de Custos 
 
68 
 
Direto ao Ponto 
A Cia Lava Jato Ltda, adquiriu da Indústria Rainha dos Custos Ltda, a prazo 
20.000 kg de material a $ 1,00 o Kg. O material comprado foi utilizado na produção 
de outros bens e serviços dentro do processo fabril. Foram utilizados também $ 
22.500,00 de MOD e $ 16.500,00 de CIF’s diversos. 
 
Materiais e produtos finais sujeitos a IPI, de 10% e ICMS de 15%. O produto 
final foi vendido para uma empresa comercial, a prazo, por $ 110.000,00, conforme 
nota fiscal de venda. 
SOLUÇÃO: 
Da compra dos materiais pela Cia Lava Jato Ltda: 
Custo do Produto = Quant. x Preço

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