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Aula 2 - ESTRUTURA DA PERSONALIDADE

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Estrutura, dinâmica e desenvolvimento da personalidade. 
Profa. América Neves
Estruturas da Personalidade segundo a Psicanálise 
“O pensamento psicanalítico dominou a psicologia do século XX e cunhou alguns conceitos cuja extensão ultrapassou o uso terapêutico e impregnou o pensamento erudito em várias áreas da cultura. Alguns deles chegaram mesmo a ganhar um uso popular. Freud elaborou uma teoria da estrutura e do desenvolvimento da personalidade, a qual consagrou determinados termos, hoje em dia muito conhecidos, mas nem sempre bem compreendidos”.
Em 1923, Freud desenvolveu um modelo estrutural da personalidade, organizando o aparelho psíquico em três estruturas: ID, EGO e SUPEREGO. Cada uma delas é responsável por um aspecto da personalidade humana, regendo a interação do indivíduo com outras pessoas.
Para Freud (1856–1936), grande parte do comportamento humano é influenciado pelo inconsciente (pulsões, desejos, demandas, necessidades), com uma parte consciente e outra subconsciente. Na sua segunda teoria do aparelho psíquico, Freud introduziu os conceitos de id, ego e superego para referir-se à estrutura da personalidade. É uma estrutura dinâmica que possui interação interna e externa com forças e instintos que motivam o comportamento. 
ESTRUTURA DA PERSONALIDADE
ESTRUTURA DA PERSONALIDADE
ID – é a instância inconsciente, sendo o reservatório das energias psíquicas, em que se localizam as pulsões, os instintos, os desejos. São impulsos com uma torrente de energia ilimitada que exerce pressão continua sobre a personalidade. Seu objetivo é a satisfação imediata para reduzir a tensão, pois é regido pelo principio do prazer. Nesse sentido, a realidade impede essa descarga. O id está presente desde o nascimento. 
 
O id é o reservatório de energia de toda a personalidade.
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EGO – sua função é equilibrar as demandas do Id com as exigências da realidade do mundo externo e as ordens do superego. É a instância que procura manter a segurança do indivíduo e ajuda na integração com a sociedade. O ego é regido pelo principio da realidade, sendo um regulador com as funções básicas de percepção, memória, sentimento e pensamento. O ego representa a personalidade, é o “eu” do indivíduo que toma decisões e controla ações considerando as condições objetivas da realidade (sociedade). Ele também é desenvolvido desde o nascimento.
ESTRUTURA DA PERSONALIDADE
O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Contudo, para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas.
O Superego. Esta última parte da estrutura se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos construtos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. "Aquele que sofre (de compulsões e proibições) comporta-se como se estivesse dominado por um sentimento de culpa, do qual, entretanto, nada sabe" (l 907, livro 31, p. 17 na ed. bras.).
ESTRUTURA DA PERSONALIDADE
Freud fez uma metáfora dessa teoria, comparando-a a um iceberg, no qual a maior parte, invisível, fica submersa (inconsciente). Conforme oscila, parte do iceberg está hora submersa hora imersa e se torna momentaneamente visível (pré-consciente). A ponta do iceberg fica permanentemente acima da água e é, por isso, permanentemente visível (consciente).
A personalidade é concebida como estruturada em instâncias consciente, pré-consciente e inconsciente. 
 O consciente consiste em tudo aquilo de que nos damos conta, como as sensações, percepções, memórias, sentimentos e fantasias. Esse é o aspecto do nosso processamento mental de que podemos pensar e falar de maneira racional.
 O pré-consciente inclui todas as coisas que embora não nos sejam presentes no momento podem facilmente voltar à consciência por um ato de vontade.
 O inconsciente é onde mantemos nossos sentimentos, pensamentos, impulsos e lembranças das quais não nos damos conta, embora produzam efeitos. Além disso, o inconsciente contém também os elementos que foram reprimidos por serem inconvenientes ao consciente.
O inconsciente pode influenciar o comportamento e a experiência das pessoas, mesmo que ela não se dê conta dessas influências subjacentes. A maioria dos conteúdos inconscientes permanecem lá por serem inaceitáveis ou desagradáveis para a pessoa e funcionam segundo o princípio do prazer.
Para Freud a personalidade de desenvolve por meio de cinco estágios: oral, anal, fálico, latência e genital. Durante esses estágios as crianças enfrentam conflitos originados pelas demandas da sociedade e os próprios impulsos sexuais (nessas fases, a sexualidade é relacionada com a experiência do prazer; e não do prazer das relações sexuais da fase genital). Esses conflitos quando não relacionados em determinada fase, implicam uma fixação no estágio, que persiste até a vida adulta. O entendimento e o conhecimento dessa estrutura, com as experiências e dificuldades desses estágios, podem indicar características específicas na personalidade adulta. 
DINÂMICA DA PERSONALIDADE
A dinâmica que ocorre no desenvolvimento da personalidade e os conflitos enfrentados geram ansiedade. Para dar conta desse desconforto e desprazer, Freud atribuiu esse processo aos mecanismos de defesa operados pelo ego, que exclui da consciência os conteúdos indesejáveis, protegendo o aparelho psíquico . O ego movimenta esses recursos para suprimir ou dissimular a percepção de perigo interno, com estratégias de defesa inconscientes para reduzir a ansiedade. Dessa forma, altera a percepção da realidade e encobre a fonte de ansiedade do próprio indivíduo. Os mecanismos de defesa utilizados são: repressão, regressão, deslocamento, racionalização, negação, projeção, sublimação e formação reativa, que podem ser utilizados de forma ampla e variada para a defesa da ansiedade.
Mecanismos de Defesa – Estratégias que o ego utiliza para se defender da ansiedade provocada pelos conflitos da vida cotidiana. Os mecanismos de defesa envolvem negação ou distorções da realidade.
As pessoas utilizam esses mecanismos de defesa em algum grau e, quando eles se tornam excessivos, para esconder e recanalizar os impulsos inconcebíveis, podem gerar transtorno mental produzido pela ansiedade – Freud denominou isso de neurose (FELDMAN, 2015).
DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE
Fases Psicossexuais do Desenvolvimento 
À medida que um bebê se transforma numa criança, uma criança em adolescente e um adolescente em adulto, ocorrem mudanças marcantes no que é desejado e em como estes desejos são satisfeitos. As modificações nas formas de gratificação e as áreas físicas de gratificação são os elementos básicos na descrição de Freud das fases de desenvolvimento. Freud usa o termo fixação para descrever o que ocorre quando uma pessoa não progride normalmente de uma fase para outra, mas permanece muito envolvida numa fase particular. Uma pessoa fixada numa determinada fase preferirá satisfazer suas necessidades de forma mais simples ou infantil, ao invés dos modos mais adultos que resultariam de um desenvolvimento normal. 
Fase Oral. Desde o nascimento, necessidade e gratificação estão ambas concentradas predominantemente em volta dos lábios, língua e, um pouco mais tarde, dos dentes. A pulsão básica do bebê não é social ou interpessoal, é apenas receber alimento para atenuar as tensões de fome e sede. Enquanto é alimentada, a criança é também confortada,aninhada, acalentada e acariciada. No início, ela associa prazer e redução da tensão ao processo de alimentação
As Fases Psicossexuais do Desenvolvimento 
̀ Fase Anal. medida que a crianç̧a cresce, novas áreas de tensão e satisfação chegam à consciência. Entre as idades de 2 e 4 anos, as crianças geralmente aprendem a controlar o esfíncter anal e a bexiga. A criança presta especial atenção à urinaçã̃o e à defecação. O treinamento higiênico estimula um interesse natural pela auto- descoberta. O aumento do controle fisiológico é acompanhado da percepção de que este controle é uma nova fonte de prazer. Além disso, as crianças rapidamente aprendem que o nível crescente de controle gera atenção e elogio dos pais. O inverso também ocorre: o interesse dos pais pelo treinamento higiênico permite à criança demandar atenção tanto pelo controle bem-sucedido quanto por erros.
Fase Fálica - A partir dos 3 anos, a crianç̧a entra na fase fálica, que se concentra nos genitais. Freud sustentava que esta fase é mais bem descrita como fálica porque é o período em que a crianç̧a adquire consciência de ter ou não um pênis. Esta é a primeira fase em que as crianças tornam-se conscientes das diferenças sexuais.
As relações das crianças aos pais durante a fase fálica foram interpretadas por Freud como possíveis ameaças à satisfação de suas necessidades. Assim, para o menino que deseja estar perto da mãe, o pai assume alguns dos atributos de um rival. Ao mesmo tempo, o menino deseja o amor e afeição do pai, pelo qual a mãe é vista como rival. A crianç̧a se encontra na insustentável oposição de desejar e de temer ambos os pais.
Fase Genital. A fase final do desenvolvimento biológico e psicológico ocorre com o inicio da puberdade e o consequente retorno da energia aos órgãos sexuais. Neste momento, meninos e meninas estão ambos conscientes de suas identidades sexuais distintas e começam a buscar formas de satisfazer suas necessidades eróticas e interpessoais.

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