Buscar

Transtorno Personalidade Borderline PDF

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Transtorno da 
personalidade borderline
O transtorno da personalidade borderline (TPB) é uma condição 
psiquiátrica complexa que envolve desregulação emocional, instabilidade 
relacional e comportamento impulsivo. Essa introdução explorará os 
achados da neurobiologia associados a esse distúrbio, oferecendo uma 
compreensão mais profunda de sua etiologia e manifestações clínicas.
@leandronogueira
Lenog Saúde
Visite www.Facebook.com/lenogsaude
Visite www.youtbe.com/c/lenog 
Conflitos de interesse
Em atenção ao Código de Ética Médica, ao Conselho Nacional de Saúde e 
resolução RDC 96/2008 da ANVISA. Não há nenhum conflito de interesse.
Características do TPB
A característica essencial do transtorno da personalidade borderline é um 
padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, da autoimagem 
e de afetos e de impulsividade acentuada que surge no começo da vida 
adulta e está presente em vários contextos. Apresentam padrão de 
relacionamentos instável e intenso (Critério 2). Podem idealizar cuidadores 
ou companheiros potenciais em um primeiro ou segundo encontro, exigir 
ficar muito tempo juntos e partilhar os detalhes pessoais mais íntimos 
logo no início de um relacionamento.
Características do TPB
• Há mudanças súbitas e dramáticas na autoimagem, caracterizadas 
por metas, valores e aspirações vocacionais inconstantes.
• Podem ocorrer mudanças súbitas em opiniões e planos sobre 
carreira profissional, identidade sexual, valores e tipos de amigos.
• Impulsividade: Podem apostar, gastar dinheiro de forma 
irresponsável, comer compulsivamente, abusar de substâncias, 
envolver-se em sexo desprotegido ou dirigir de forma imprudente.
- Pessoas com o transtorno podem demonstrar instabilidade afetiva devido a 
acentuada reatividade do humor (p. ex., disforia episódica, irritabilidade ou ansiedade 
intensa).
- Durante períodos de estresse extremo, podem ocorrer ideação paranoide ou 
sintomas dissociativos transitórios (p. ex., despersonalização). 
- Podem ter um padrão de sabotagem pessoal no momento em que uma meta está 
para ser atingida (p. ex., abandono da escola logo antes da formatura; regressão grave 
após conversa sobre os bons rumos da terapia; destruição de um relacionamento 
bom exatamente quando está claro que ele pode durar).
Características do TPB
• Interpretação equivocadas das ações de pessoas próximas (comportamentos, atitudes ou comentários).
• As relações interpessoais (profissionais, família, amigos, relacionamento amorosos), pode mudar 
subitamente, de uma idealização (com grande amor e admiração) para desvalorização e 
desapontamento (com intensa raiva e aversão).
• Ligação imediata, idealizada, mas, na vigência de pequena separação ou conflito, oscilam para o 
outro extremo (com acusações).
• Altamente sensíveis à rejeição, reagindo com raiva e angústia às menores separações.
• Medo de abandono, dificuldades em sentir-se emocionalmente ligado a pessoas significativas 
fisicamente ausentes (sentimento de menos valia).
• Instabilidade, Impulsividade, instabilidade emocional; Tipicamente, a raiva alterna com 
depressão, ansiedade e euforia.
• Podem apresentar sintomas psicóticos transitórios (pensamento persecutório, pensamento delirante).
Características do TPB
• Auto-lesões sem intenção suicida.
• As ameaças e tentativas de suicídio, (ou mesmo de homicídio), podem ocorrer na vigência de raiva 
ante vivências de abandono ou decepções.
• Intensos ataques de raiva, depressão ou ansiedade, e que podem perdurar por horas ou, no 
máximo, um dia;
• Episódios de agressão impulsiva, auto-lesão, abuso de álcool ou drogas
• Distorções cognitivas e da auto-imagem que geram mudanças nos objetivos de longo prazo 
(carreira, emprego, amizades, e valores);
• Sentem-se profundamente incompreendidos, desrespeitados, entediados, vazios, sem idéia de 
quem são;
• Sintomas intensificados se há isolamento ou apoio social deficiente e sempre tem esforços 
desesperados para evitar a solidão;
• Parecem "desligar-se" boa parte do tempo como forma de "proteção".
Características do TPB
-O TPB é produto da interação de fatores biológicos (temperamentais), psicológicos e 
comportamentais, tendo sido observado, por exemplo, em até 25% dos pacientes com 
histórico de abuso sexual na infância 
(Zanarini MC: Childhood experiences associated with the development of borderline personality disorder. Psychiatr Clin North Am, 23:89-101, 2000)
-Os quais mostram mudanças no volume do hipocampo e amígdala.
(Driessen M, Hermann J, Stahl K: Magnetic resonance volume of the hippocampus and the amygdala in women with borderline personality disorder and
early traumatization. Arch Gen Psychiatry, 57:1115-1122, 2000)
-Os indivíduos com personalidade borderline têm prejuízo na flexibilidade cognitiva, 
planejamento, atenção e excitação, os quais afetam sua capacidade de processar e integrar 
experiências traumáticas.
(Chavez-Leon E, Ontovieros-Uribe M, Lopezgarza D: Trastornos de la personalidad. En: Manual de Trastornos Mentales. Asociación Psiquiátrica 
Mexicana, México, 2005)
Neurobiologia do TPB
Anatomia do cérebro e suas 
estruturas-chave
O cérebro humano é composto por diferentes estruturas com funções 
específicas, como o córtex cerebral, responsável por processar 
informações sensoriais e motoras, e o sistema límbico, relacionado à 
regulação das emoções e memória. O entendimento dessas regiões é 
essencial para compreender a neurobiologia do transtorno da 
personalidade borderline.
Além disso, estruturas como o hipocampo, amígdala e hipotálamo também 
desempenham papéis importantes na fisiopatologia deste transtorno, 
influenciando nos processos cognitivos, emocionais e regulatórios.
Alterações na atividade cerebral em pacientes 
com transtorno borderline
1Hiper-reatividade emocional
Pacientes com transtorno borderline 
apresentam um aumento na atividade 
da amígdala, responsável pelo 
processamento emocional, resultando 
em respostas emocionais intensas e 
desproporcionais a estímulos.
2 Disfunção dos lobos frontais
Pesquisas mostram uma redução da 
atividade nos lobos frontais, que são 
responsáveis pelo controle inibitório e 
regulação emocional, contribuindo 
para os desafios de autocontrole e 
impulsividade.3Desequilíbrio neural
Existe um desbalanceamento na 
comunicação entre diferentes áreas do 
cérebro, como o córtex pré-frontal e a 
amígdala, prejudicando a capacidade 
de regular as emoções de forma 
adaptativa.
Neurotransmissores e seu papel 
no transtorno borderline
Pacientes com transtorno da personalidade borderline exibem 
desequilíbrios em diversos neurotransmissores, incluindo serotonina, 
dopamina e noradrenalina. Esses desajustes afetam o processamento 
emocional, regulação de humor e impulsividade, sintomas característicos 
desse transtorno.
Estudos indicam que a diminuição da atividade serotonérgica está 
correlacionada com a instabilidade afetiva e comportamentos suicidas. Já 
a disfunção dopaminérgica pode contribuir para a impulsividade e busca 
por recompensas imediatas.
Serotonina
- Humor 
Deprimido; 
- Ansiedade; 
- Ataques de 
pânico; 
- Fobias; 
- Alt. Hábitos
Alimentares
;
- Tristeza ;
- choro facil;
- Dificuldade
de tomar
decisão
- Pensamento
s negativos
e 
ruminativos
Noradrenalina
- Sintomas físicos
- Atenção
diminuída; 
- Redução da 
capacidade
de 
concentração
; 
- Lentificação
psicomotora; 
- Fadigabilidad
e; 
- Dores;
- Alteração de 
memória;
Dopamina
- Anergia
- Apatia; 
- Impulsividade;
- Redução do 
interesse;
- Redução da 
motivação;
- Compulsão
alimentar; 
- Alteração da libido; (Siever LJ. Neurobiology of aggression and violence. Am J Psychiatry. 2008;165(4):429-42)
(Siegel A, Bhatt S, Bhatt R, Zalcman SS. The neurobiological bases for development of pharmacological treatments for 
aggressive disorders. Curr Neuropharmacol. 2014;5(2):135-47)
Neurobiologia do TPB
O TPB é produto da interação de fatores biológicos(temperamentais), 
psicológicos e comportamentais, tendo sido observado, por exemplo, em 
até 25% dos pacientes com histórico de abuso sexual na infância
(Zanarini MC: Childhood experiences associated with the development of borderline personality disorder. 
Psychiatr Clin North Am, 23:89-101, 2000). 
Os quais mostram mudanças no volume do hipocampo e amígdala. (Driessen M, 
Hermann J, Stahl K: Magnetic resonance volume of the hippocampus and the amygdala in women with borderline 
personality disorder and early traumatization. Arch Gen Psychiatry, 57:1115-1122, 2000). 
Os indivíduos com personalidade borderline têm prejuízo na flexibilidade 
cognitiva, planejamento, atenção e excitação, os quais afetam sua 
capacidade de processar e integrar experiências traumáticas. 
(Chavez-Leon E, Ontovieros-Uribe M, Lopezgarza D: Trastornos de la personalidad. En: Manual de Trastornos Mentales. 
Asociación Psiquiátrica Mexicana, México, 2005)
O trauma na infância é considerado o principal fator ambiental envolvido 
no TPB (Martin-Blanco et al., 2014), 
estudos apontam uma correlação entre as adversidades precoces com a 
expressão sintomatológica do transtorno e sua gravidade (Elices et al., 
2015). 
Dentre os tipos de maus-tratos infantis inclui-se abuso físico, abuso 
emocional, abuso sexual, negligência emocional e negligência física, 
compreendendo taxas de experiências precoces traumáticas entre 30 a 
90% dos casos (Elices et al., 2015).
A compreensão dos efeitos desses eventos traumáticos para o tratamento 
da psicopatologia e as suas influências seja na patogênese ou na 
manifestação dos sintomas ainda é limitada (Euler et al., 2019), 
necessitando, assim de novas investigações acerca das influências do 
trauma infantil no Transtorno de Personalidade Borderline.
Neurobiologia do TPB
Influência dos fatores genéticos e ambientais
Fatores Genéticos
Pesquisas indicam 
que o transtorno da 
personalidade 
borderline pode ter 
uma forte 
componente 
genética. Variações 
específicas em 
genes relacionados 
à regulação 
emocional e ao 
processamento de 
informações podem 
predispor indivíduos 
a desenvolverem o 
transtorno.
Fatores Ambientais
Além dos fatores 
genéticos, traumas 
na infância, 
negligência ou 
abuso emocional, 
físico ou sexual, 
podem 
desempenhar um 
papel crucial no 
desenvolvimento do 
transtorno 
borderline. Esses 
eventos adversos 
podem afetar o 
sistema nervoso em 
desenvolvimento e 
levar a alterações 
neurobiológicas.
Interação Gene-
Ambiente
A interação entre 
fatores genéticos e 
ambientais é 
fundamental para a 
compreensão do 
transtorno da 
personalidade 
borderline. 
Indivíduos com 
predisposição 
genética podem ser 
mais vulneráveis 
aos efeitos 
negativos de 
experiências 
traumáticas, 
intensificando o 
risco de desenvolver 
o transtorno.
Plasticidade Cerebral
A neurobiologia do 
transtorno 
borderline é 
complexa e 
dinâmica. A 
plasticidade 
cerebral permite 
que o cérebro se 
adapte e se 
remodelar em 
resposta a 
influências 
genéticas e 
ambientais, o que 
pode levar a 
alterações nos 
padrões de 
atividade e 
conectividade 
cerebrais.
Impacto do estresse e traumas na neurobiologia 
do transtorno
1
Estresse crônico
Ativa o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, levando a mudanças no sistema límbico 
e córtex pré-frontal
2
Traumas na infância
Alteram o desenvolvimento do córtex pré-frontal e amígdala, 
impactando a regulação emocional
3
Respostas alteradas
Maior sensibilidade ao estresse e dificuldade 
de gerenciar emoções intensas
O estresse crônico e traumas na infância têm um profundo impacto na neurobiologia do transtorno da 
personalidade borderline. Essas experiências adversas ativam o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, 
levando a mudanças estruturais e funcionais no sistema límbico e córtex pré-frontal. Isso resulta em uma 
maior sensibilidade ao estresse e dificuldade de regular emoções intensas, características marcantes do 
transtorno borderline.
Neuroimagem e sua contribuição para o 
entendimento do transtorno
Ressonância Magnética 
Funcional
Estudos de neuroimagem, 
como a ressonância magnética 
funcional (RMf), permitem 
visualizar padrões de ativação 
cerebral em pacientes com 
transtorno borderline, 
revelando alterações em 
regiões-chave relacionadas à 
regulação emocional e controle 
de impulsos.
Tomografia Computadorizada
Técnicas de neuroimagem 
estrutural, como a tomografia 
computadorizada (TC), 
possibilitam a identificação de 
diferenças na morfologia e 
volume de estruturas cerebrais 
em indivíduos com transtorno 
borderline, contribuindo para o 
entendimento das bases 
neurobiológicas do distúrbio.
PET e SPECT
Métodos de neuroimagem 
funcional avançados, como a 
tomografia por emissão de 
pósitrons (PET) e a tomografia 
computadorizada por emissão 
de fóton único (SPECT), 
fornecem informações sobre o 
metabolismo e a 
neurotransmissão cerebral em 
pacientes com transtorno 
borderline.
Perspectivas futuras e pesquisas em andamento
Avanços em 
Neuroimagem
Novas técnicas de 
neuroimagem, como a 
ressonância 
magnética funcional 
de alta resolução, 
permitirão 
mapeamentos 
cerebrais cada vez 
mais precisos dos 
pacientes com 
transtorno borderline.
Estudos Genéticos
Pesquisas genômicas 
aprofundadas 
buscarão identificar 
os marcadores 
genéticos associados 
ao transtorno, abrindo 
caminho para terapias 
personalizadas e uma 
melhor compreensão 
de suas bases 
biológicas.
Neurociência 
Translacional
A integração de 
descobertas da 
neurobiologia, 
psicologia e 
psiquiatria permitirá o 
desenvolvimento de 
novas abordagens 
terapêuticas mais 
eficazes, com foco na 
regulação emocional e 
no funcionamento 
cerebral.
Novos Tratamentos
Pesquisas em curso 
investigam o potencial 
de terapias 
inovadoras, como a 
estimulação 
magnética 
transcraniana, a 
administração de 
oxitocina e o uso de 
psicodélicos, para 
modular os sistemas 
neurobiológicos 
subjacentes ao 
transtorno borderline.
Um transtorno da personalidade é um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se 
desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é difuso e inflexível, começa na 
adolescência ou no início da fase adulta, é estável ao longo do tempo e leva a sofrimento ou prejuízo.
Transtorno da Personalidade Bordeline
Os transtornos da personalidade estão reunidos em três grupos, com base 
em semelhanças descritivas.
O Grupo A inclui os transtornos da personalidade paranoide, esquizoide e 
esquizotípica. Indivíduos com esses transtornos frequentemente 
**parecem esquisitos ou excêntricos.**
O Grupo B inclui os transtornos da personalidade antissocial, borderline, 
histriônica e narcisista. Indivíduos com esses transtornos costumam 
parecerem dramáticos, emotivos ou erráticos.
O Grupo C inclui os transtornos da personalidade evitativa, dependente e 
obsessivo-compulsiva. Indivíduos com esses transtornos com frequência 
parecem **ansiosos ou medrosos.**
Transtorno da Personalidade Bordeline
A. Um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se 
desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo. Esse 
padrão manifesta-se em duas (ou mais) das seguintes áreas: 
1. Cognição (i.e., formas de perceber e interpretar a si mesmo, outras 
pessoas e eventos). 
2. Afetividade (i.e., variação, intensidade, labilidade e adequação da 
resposta emocional). 
3. Funcionamento interpessoal. 
4. Controle de impulsos. 
B. O padrão persistente é inflexível e abrange uma faixa ampla de 
situações pessoais e sociais. –
C. O padrão persistente provoca sofrimento clinicamente significativo e 
prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas 
importantes da vida do indivíduo.
Critérios Diagnósticos
Critérios Diagnósticos
D - O padrão é estável e de longa duração, e seu surgimento ocorre pelomenos a partir da adolescência ou do início da fase adulta. 
E - O padrão persistente não é mais bem explicado como uma 
manifestação ou consequência de outro transtorno mental. 
F - O padrão persistente não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma 
substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição 
médica (p. ex., traumatismo craniencefálico).
Traços de personalidade são padrões persistentes de percepção, de 
relacionamento com e de pensamento sobre o ambiente e si mesmo que 
são exibidos em uma ampla gama de contextos sociais e pessoais. Os 
traços de personalidade constituem transtornos da personalidade 
somente quando são inflexíveis e mal-adaptativos e causam prejuízo 
funcional ou sofrimento subjetivo significativos.
A avaliação pode ainda ser complicada pelo fato de que as características 
que definem um transtorno da personalidade podem não ser consideradas 
problemáticas pelo indivíduo (traços egossintônicos). Para ajudar a 
superar essa dificuldade, informações suplementares oferecidas por 
outros informantes podem ser úteis.
As características de um transtorno da personalidade costumam se tornar 
reconhecíveis durante a adolescência ou no começo da vida adulta. Alguns tipos 
de transtorno da personalidade (notadamente os transtornos da personalidade 
antissocial e borderline) tendem a ficar menos evidentes ou a desaparecer com o 
envelhecimento, o que parece não valer para alguns outros tipos (p. ex., 
transtornos da personalidade obsessivo-compulsiva e esquizotípica).
Deve-se reconhecer que os traços de um transtorno da personalidade que 
aparecem na infância com freqüência não persistem sem mudanças na vida 
adulta. Para que um transtorno da personalidade seja diagnosticado em um 
indivíduo com menos de 18 anos de idade, as características precisam ter estado 
presentes por pelo menos um ano. A única exceção é o transtorno da 
personalidade antissocial, que não pode ser diagnosticado em indivíduos com 
menos de 18 anos.
o desenvolvimento de uma mudança na personalidade no meio da vida adulta ou 
mais tarde requer uma avaliação completa para determinar a possível presença de 
uma mudança de personalidade devido a outra condição médica ou a um 
transtorno por uso de substância não reconhecido.
Transtorno da Personalidade 
Borderline
CID 11 F60.3
Uma alegria contagiante pode se transformar em tristeza profunda em um 
piscar de olhos porque alguém "pisou na bola". O amor intenso vira ódio 
profundo, porque a atitude foi interpretada como traição; o sentimento sai 
de controle e se traduz em gritos, palavrões e até socos. E, então, bate uma 
culpa enorme e o medo de ser abandonado, como sempre. Dá vontade de 
se cortar, de beber e até de morrer, porque a dor, o vazio e a raiva de si 
mesmo são insuportáveis. As emoções e comportamentos exaltados 
podem dar uma ideia do que vive alguém com transtorno de 
personalidade borderline (ou "limítrofe").
1. Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginado. 
(Nota: Não incluir comportamento suicida ou de automutilação 
coberto pelo Critério 5.)
2. Um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos 
caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e 
desvalorização.
3. Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e persistente 
da autoimagem ou da percepção de si mesmo.
Critérios Diagnósticos
4 - Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente autodestrutivas (p. ex., gastos, sexo, 
abuso de substância, direção irresponsável, compulsão alimentar). (Nota: Não incluir comportamento 
suicida ou de automutilação coberto pelo Critério 5.)
5 - Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento automutilante.
6 - Instabilidade afetiva devida a uma acentuada reatividade de humor (p. ex., disforia episódica, 
irritabilidade ou ansiedade intensa com duração geralmente de poucas horas e apenas raramente de 
mais de alguns dias).
7 - Sentimentos crônicos de vazio.
8 - Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controlá-la (p. ex., mostras frequentes de irritação, 
raiva constante, brigas físicas recorrentes).
9 - Ideação paranoide transitória associada a estresse ou sintomas dissociativos intensos.
• A prevalência na população é de 6%.
• O padrão mais comum é o de instabilidade crônica no início da vida adulta, com episódios graves 
de descontrole afetivo e impulsivo.
• Dos 30 aos 50 anos, a maioria dos indivíduos com o transtorno alcança estabilidade maior nos seus 
relacionamentos e no seu funcionamento profissional.
• Estudos de seguimento de indivíduos identificados por meio de ambulatórios de saúde mental 
indicam que, após cerca de 10 anos, até metade deles não mais apresenta um padrão de 
comportamento que atenda aos critérios para o transtorno da personalidade borderline.
• O transtorno da personalidade borderline é diagnosticado predominantemente (cerca de 75%) em 
indivíduos do sexo feminino.
O transtorno da personalidade borderline é cerca de cinco vezes mais 
comum em parentes biológicos de primeiro grau de pessoas com o 
transtorno do que na população em geral. Também há aumento do risco 
familiar para transtornos por uso de substância, transtorno da 
personalidade antissocial e transtorno depressivo ou bipolar.
Fatores Genéticos e fisilógicos
Transtornos depressivo e bipolar. O transtorno da personalidade 
borderline frequentemente ocorre de forma concomitante com 
transtornos depressivos ou bipolares, e, quando atendidos critérios para 
ambos, os dois podem ser diagnosticados.
Problemas de identidade. O transtorno da personalidade borderline deve 
ser distinguido de um problema de identidade, o qual é reservado para 
preocupações quanto à identidade relativas a uma fase de 
desenvolvimento (p. ex., adolescência) e não se qualifica como um 
transtorno mental.
Diagnóstico Diferencial
O transtorno da personalidade histriônica possa ser também caracterizado 
por busca de atenção, comportamento manipulativo e por mudanças 
rápidas nas emoções, o transtorno da personalidade borderline distingue-
se por autodestrutividade, ataques de raiva nos relacionamentos íntimos e 
sentimentos crônicos de vazio profundo e solidão.
Ideias ou ilusões paranoides podem estar presentes nos transtornos da 
personalidade borderline e esquizotípica, mas esses sintomas, no 
transtorno da personalidade borderline, são mais transitórios, reativos a 
problemas interpessoais e responsivos à estruturação externa.
Os transtornos da personalidade paranoide e narcisista possam ser 
também caracterizados por reação de raiva a estímulos mínimos, a relativa 
estabilidade da autoimagem, assim como a relativa falta de 
autodestrutividade, impulsividade e preocupações acerca de abandono, 
distinguem esses transtornos do transtorno da personalidade borderline.
Diagnóstico Diferencial
Mudança de personalidade devido a outra condição médica. O transtorno da personalidade borderline 
deve ser distinguido de mudança de personalidade devido a outra condição médica, na qual os traços que 
emergem são atribuíveis aos efeitos de outra condição médica no sistema nervoso central.
Transtornos por uso de substância. O transtorno da personalidade borderline deve ainda ser distinguido 
de sintomas que podem se desenvolver em associação com o uso persistente de substância.
Problemas de identidade. O transtorno da personalidade borderline deve ser distinguido de um problema 
de identidade, o qual é reservado para preocupações quanto à identidade relativas a uma fase de 
desenvolvimento (p. ex., adolescência) e não se qualifica como um transtorno mental.
Diagnóstico Diferencial
Tratamentos farmacológicos e seu efeito na 
neurobiologia
Os tratamentos farmacológicos desempenham um papel fundamental na regulação da neurobiologia do 
transtorno da personalidade borderline. Diferentes classes de medicamentos, como antidepressivos, 
estabilizadores de humor e antipsicóticos,podem atuar em diversos sistemas neurotransmissores, 
influenciando a atividade cerebral desses pacientes.
Medicamentos Efeito Neurobiológico
Antidepressivos (ex: Fluoxetina, Sertralina) Aumentam os níveis de serotonina, 
melhorando a regulação emocional e 
impulsividade.
Estabilizadores de humor (ex: Lamotrigina, 
Valproato)
Modulam a atividade de neurotransmissores 
como o glutamato, reduzindo a instabilidade 
afetiva.
Antipsicóticos (ex: Olanzapina, Risperidona) Atuam em receptores dopaminérgicos e 
serotoninérgicos, diminuindo sintomas como 
paranoia e dissociação.
Embora os tratamentos farmacológicos possam melhorar os sintomas, seu impacto na neurobiologia do 
transtorno borderline ainda é alvo de extensas pesquisas. Uma abordagem integrada, combinando 
medicamentos e terapias psicológicas, tem se mostrado a mais eficaz no manejo desse transtorno 
complexo.
A personalidade envolve não só aspectos herdados, mas também 
aprendidos, por isso a melhora é possível, ainda que seja difícil de 
acreditar no início. A psicoterapia é o melhor tratamento e o mais eficaz 
para o TPB.. A psicoeducação e o suporte familiar também são importantes 
no tratamento.
Tratamento
Nas crises, o paciente deve contar com uma equipe multidisciplinar, 
montada de acordo com cada caso e eventuais comorbidades. Ela pode 
incluir, além do psicólogo e/ou do psiquiatra, profissionais como 
acompanhante terapêutico, enfermeiro e terapeutas ocupacionais.
Algumas crises podem ser contornadas em casa, com os medicamentos 
prescritos pelo psiquiatra e atendimento extra por parte do psicólogo, 
quando já existe um profissional ou equipe que cuida do paciente. Ter o 
telefone ou e-mail dessas pessoas é fundamental para saber o que fazer 
em uma emergência. Já se o paciente não está em tratamento, deve ser 
levado ao pronto-socorro ou a um ambulatório de psiquiatria/psicologia. 
Se houver risco de vida ao paciente ou a outras pessoas, a internação pode 
ser necessária. Manter a calma e já ter um roteiro discutido com a equipe 
ajuda muito nesses casos.
Tratamento
Terapias psicológicas e sua influência na 
neurobiologia
1 Terapia cognitivo-comportamental
Esta abordagem terapêutica auxilia na 
modulação da atividade do córtex pré-
frontal e amígdala, regiões-chave no 
transtorno borderline.
2 Terapia dialético-comportamental
Sua ênfase no mindfulness e regulação 
emocional promove alterações na ativação 
de regiões como a ínsula e o córtex 
cingulado anterior.
3 Psicoterapia psicodinâmica
Ao trabalhar com insights e conexões 
emocionais, essa terapia influencia a 
atividade de áreas como o córtex pré-
frontal e o sistema límbico.
4 Terapia interpessoal
Seu foco nas relações interpessoais afeta a 
modulação de neurotransmissores como a 
serotonina, dopamina e ocitocina.
As teorias psicanalíticas com as suas "ferramentas" técnico/ praticas 
auxiliam na ampliação da visão do paciente a melhorar sua qualidade de 
vida. Auxilia também na ampliação do Ego através do desenvolvimento de 
funções atrofiadas que resultará no aumento da capacidade de resignificar 
as experiências traumáticas e na contenção de experiências correlatas.
Procura alcançar o desenvolvimento das funções egóicas por meio da 
substituição das identificações patógenas. Desenvolvimento de defesas e 
mecanismos de defesas mais maduros. Ingresso em modos de 
funcionamento psíquico mais elaborado, que representam um avanço no 
desenvolvimento frente as formas arcaicas de relação objetal, nos quais 
esse sujeito está fixado.
Tratamento
Terapia Comportamento Dialética (DBT)
• Haveria no TPB uma disfunção na regulação das emoções (intensa reação a eventos estressantes), 
portanto uma Vulnerabilidade Emocional;
• O ambiente do paciente seria Invalidante: nega, critica, pune ou responde errôneamente a reações 
emocionais;
• O indivíduo é cronicamente patologizado;
• Pacientes invalidariam suas próprias reações (Lineham, 1993);
• Terapeuta escuta, empaticamente, as vivências emocionais disfóricas (valida-as);
• Identifica circunstâncias que levaram o paciente a vivenciar disforia;
• Investiga possíveis soluções alternativas para os problemas subjacentes às vivências emocionais.
Tratamento
Terapia Comportamento Dialética (DBT) As estratégias básicas incluem:
• Análise comportamental
• Análise de soluções e estratégias de soluções
• Treinamento de habilidades (regulação emocional, efetividade interpessoal, mindfulness e 
tolerância ao mal estar. Estratégias para insight)
• Manejo de contingências
• Exposição
• Modificação cognitiva
• Intervenções didáticas
• Estratégias de orientação e aquisição e fortalecimento do comprometimento
• A terapia individual, o treinamento de habilidades, consultoria de terapeutas e orientações 
telefônicas podem ser utilizados para que o paciente generalize novos comportamentos 
adaptativos
Tratamento
• Grande desafio;
• Deve ser sempre avaliado;
• Perguntar objetivamente;
• Considerar internação se: - Risco iminente; - Rede de proteção do 
paciente é insuficiente; - Insegurança por parte dos familiares; -
Presença de sintomas psicóticos;
Manejo do risco do Suicídio
Sei que precisarei tomar cuidado para não usar sub-repticiamente uma 
nova terceira perna que em mim renasce fácil como o capim, e essa perna 
protetora chamar de uma verdade.
Clarice Lispector - 1979
Referências
American Psychiatry Association. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno Mentais. 
5ª edição. Artmed, 2013.
Lieb K et al. Pharmacotherapy for borderline personality disorder: Cochrane systematic
review of randomised trials. The British Journal of Psychiatry. Dec 2009; 196 (1) 4-12.
Melo ALN. Psiquiatria. 3ª edição. Volume 1. Editora Guanabara, 1981.
Sadock BJ, Sadock VA, Ruiz P et al. Kaplan & Sadock’s Comprehensive Textbook Of Psychiatry
9e.Volume 2. LWW, 2009.
Zimmerman M, Rothschild L, Chelminski I. The prevalence of DSM-IV personality disorders in 
psychiatric outpatients. Am J Psychiatry 2005; 162:1911.
Huang Y, Kotov R, de Girolamo G, et al. DSM-IV personality disorders in the WHO World 
Mental Health Surveys. Br J Psychiatry 2009; 195:46.
Jansson I, Hesse M, Fridell M. Personality disorder features as predictors of symptoms five
years post- treatment. Am J Addict 2008; 17:172.
@leandronogueira
Lenog Saúde
Visite www.Facebook.com/lenogsaude
Visite www.youtbe.com/c/lenog 
	Slide 1
	Slide 2
	Slide 3
	Slide 4
	Slide 5
	Slide 6
	Slide 7
	Slide 8
	Slide 9
	Slide 10
	Slide 11
	Slide 12
	Slide 13
	Slide 14
	Slide 15
	Slide 16
	Slide 17
	Slide 18
	Slide 19
	Slide 20
	Slide 21
	Slide 22
	Slide 23
	Slide 24
	Slide 25
	Slide 26
	Slide 27
	Slide 28
	Slide 29
	Slide 30
	Slide 31
	Slide 32
	Slide 33
	Slide 34
	Slide 35
	Slide 36
	Slide 37
	Slide 38
	Slide 39
	Slide 40
	Slide 41
	Slide 42
	Slide 43
	Slide 44
	Slide 45
	Slide 46

Continue navegando