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Fundamentos do Direito Profa. Dra. Edna Raquel Hogemann Aula 8 A PESSOA NATURAL • É o ser humano considerado como sujeito de direitos e obrigações. A expressão pessoa física foi adotada pelas legislações tributárias 2 PERSONALIDADE CIVIL OU JURÍDICA • É a capacidade que as pessoas têm de serem titulares de direitos e obrigações. • Personalidade não é um atributo natural, isto é, não está necessariamente vinculado ao ser humano. Se assim fosse, a pessoa jurídica não teria personalidade. 3 INÍCIO DA PERSONALIDADE JURÍDICA • O art. 2º do Código Civil diz: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”. Teorias: Natalista, concepcionista e gradual. 4 A Capacidade Jurídica Significa a aptidão que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos. Divide-se em dois tipos: a) capacidade de direito ou de aquisição: em que a pessoa adquire direitos, podendo ou não exercê-los, b) capacidade de exercício ou de fato: em que a pessoa exerce seu próprio direito. Com isso, podemos concluir que todas as pessoas possuem capacidade de direito, mas nem todas possuem a capacidade de exercício do direito. Veja art. 1º e ss do Código Civil. 5 Incapacidade. • No direito brasileiro não existe incapacidade de direito, porque todos se tornam, ao nascer, capazes de adquirir direitos (CC, art. 1º). Existe, portanto, somente incapacidade de fato ou de exercício. • Incapacidade absoluta - Art. 3º : São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. 6 Incapacidade • Observação muito importante! • Alterações do Código Civil pela lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Foram revogados todos os incisos do art. 3º do Código Civil, que tinha a seguinte redação: "São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I – os menores de dezesseis anos; II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade". Também foi alterado o caput do comando, passando a estabelecer que "são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 anos". 7 Incapacidade Relativa Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; IV - os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. 8 Da cessação da incapacidade Art. 5° A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II - pelo casamento; III - pelo exercício de emprego público efetivo; IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. 9 Domicílio • Na configuração traçada pelo Código Civil, fala-se em: • a) domicílio da pessoa natural; • b) domicílio da pessoa jurídica, de direito público interno ou de direito privado; • c) domicílio necessário; • d) domicílio legal; • e) domicílio eleito. 10 Fim da personalidade jurídica • Morte – art. 6° • Morte presumida – art. 7° • Comoriência – art. 8 ° • Ausência – arts. 22 ss 11 FUNDAMENTOS DO DIREITO Profa. Dra. Edna Raquel Hogemann Atividade 12 Testando seus conhecimentos (OAB - XVI EXAME UNIFICADO/2015) Os tutores de José consideram que o rapaz, aos 16 anos, tem maturidade e discernimento necessários para praticar os atos da vida civil. Por isso, decidem conferir ao rapaz a sua emancipação. Consultam, para tanto, um advogado, que lhes aconselha corretamente no seguinte sentido: a) José poderá ser emancipado em procedimento judicial, com a oitiva do tutor sobre as condições do tutelado. b) José poderá ser emancipado via instrumento público, sendo desnecessária a homologação judicial. c) José poderá ser emancipado via instrumento público ou particular, sendo necessário procedimento judicial. d) José poderá ser emancipado por instrumento público, com averbação no registro de pessoas naturais. 13 (OAB - XVI EXAME UNIFICADO/2015) Os tutores de José consideram que o rapaz, aos 16 anos, tem maturidade e discernimento necessários para praticar os atos da vida civil. Por isso, decidem conferir ao rapaz a sua emancipação. Consultam, para tanto, um advogado, que lhes aconselha corretamente no seguinte sentido: a) José poderá ser emancipado em procedimento judicial, com a oitiva do tutor sobre as condições do tutelado. b) José poderá ser emancipado via instrumento público, sendo desnecessária a homologação judicial. c) José poderá ser emancipado via instrumento público ou particular, sendo necessário procedimento judicial. d) José poderá ser emancipado por instrumento público, com averbação no registro de pessoas naturais. 14 PRÓXIMA AULA Na próxima aula, você estudará os seguintes assuntos: • os conceitos de coisa, bem e patrimônio no Código Civil; • Bens intrinsecamente considerados e reciprocamente considerados. • configuração dos Bens públicos e bens privados. 15
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