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Gestão Financeira e Orçamentária

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Gestão Financeira e Orçamentária
1 – Compreendendo como funciona a administração financeira
1.1 – Introdução a administração financeira
	1.1.1 - O papel da administração Financeira
	O papel da administração financeira é conhecer os conceitos fundamentais e a essência das finanças nas organizações. Para isso, veremos a importância dos controles financeiros como orçamento, da representação dos resultados financeiros e contábeis e das análises dos resultados das demonstrações financeiras.
	Gitman (2010, p. 3) define finanças como sendo: “a arte e a ciência de administrar o dinheiro”. E, explica que a maioria das pessoas físicas ou jurídicas ganham dinheiro, gastam ou investem.
	A palavra Finanças segundo o autor tem relação com os stakeholders (partes interessadas, como: o processo produtivo, as instituições financeiras, os mercados (fornecedores e clientes)), ou seja, as empresas, órgãos governamentais e as pessoas envolvidas na transferência do dinheiro.
	Desse modo, Assaf Neto (2010, p. 8) afirma que:
“A administração financeira é um campo de estudo teórico e prático que objetiva, essencialmente, assegurar um melhor e mais eficiente processo empresarial de captação e alocação de recursos de capital. Nesse contexto, a administração financeira envolve-se tanto com a problemática de escassez de recursos, quanto com a realidade operacional e prática da gestão financeira das empresas, assumindo uma definição de maior amplitude. ”
Sendo assim, Stephen et al (2010, p. 26) acreditam “que a tarefa mais importante de um administrador financeiro seja criar valor nas atividades de investimento, financiamento e gestão de liquidez da empresa”.
Nessas perspectivas, constatamos que a administração financeira é indispensável em todo processo produtivo, desde o orçamento do pedido dos suprimentos ao fornecedor, até a distribuição do produto ao cliente. Além de ser essencial na análise dos projetos, origem dos recursos (capitais próprios e de terceiros) e nas aplicações de recursos (patrimônio), uma vez que a saúde da empresa, também, depende dessa administração.
Conceito de administração financeira
Ao abordarmos o patrimônio da empresa, verificamos que é formado por bens e direitos (Ativo), obrigações e Patrimônio Líquido (Passivo). Enquanto o Ativo é formado por Bens e Diretos e o Passivo de obrigações e Patrimônio Líquido ou Situação Líquida.
Os valores de origem ou fonte de recursos da empresa são conhecidos na contabilidade como Passivo. E os valores de origem de recursos aplicados são chamados de Ativo na contabilidade.
Na sequência veja o Quadro com informações do Ativo (aplicação) e do Passivo (origem) e, posteriormente, um exemplo de como a aplicação de recursos pode acontecer.
Por exemplo, na aquisição de um bem do ativo (máquina) pode ser utilizado capital próprio (retirado de aplicação financeira) ou um financiamento através de capitais de terceiros (bancos ou de instituições financeiras). A máquina adquirida pela empresa é um investimento que pode gerar renda para a empresa, seja para um novo investimento, projeto, ou, ainda, na melhoria ou ampliação da empresa.
Conceito de orçamento
Para o processo orçamentário a empresa precisa ter um planejamento financeiro, uma ferramenta que viabilizará um projeto, através de metas definidas e ações traçadas. Para assim, planejar o caixa, estimando os gastos necessários de uma forma contínua, pensando no resultado final e no objetivo específico do projeto.
Aqui observamos que a análise financeira fornecerá as informações necessárias para a tomada de decisão, visto que o objetivo principal das finanças é a administração dos recursos. Tendo como propósito a maximização do lucro na atividade da empresa, aumentando as riquezas da sociedade.
Com isso, o profissional de finanças precisa de instrumentos como o orçamento que o ajuda na análise e controle financeiro. Percebemos, então que as principais atividades do administrador financeiro é a administração da solvência e liquidez da empresa. Além de acompanhar o orçamento, que demonstra a situação financeira da empresa e a capacidade de caixa.
Já o fluxo de caixa é conceituado como o conjunto de entradas e saídas de dinheiro ao longo do tempo, que pode ser realizado através de um controle de fluxos de tesouraria. Este mapa de fluxo é uma forma de controle que objetiva auxiliar o empreendedor na situação financeira da empresa na tomada de decisões. Controle que auxilia, o empreendedor, na capacidade de liberar meios monetários para efetuar novos investimentos sem necessitar de fontes de financiamento externos.
Desse modo, verificamos que o fluxo financeiro, fornece ao administrador financeiro as informações sobre os impactos internos e externos da empresa e sobre os indicadores financeiros para a tomada de medidas corretivas, minimizando os impactos em tempo hábil.
Por isso, o administrador precisa conhecer os fatores internos, como: volume de compra, giro de contas a pagar e receber, ciclo de produção, giro do estoque, distribuição do lucro, entre outros. E também os impactos externos: retração do mercado e redução de vendas, novos concorrentes no mercado, aumento dos impostos e de taxas de juros.
Após a análise destes fatores internos e externos, a empresa realiza uma análise diária ou mensal do fluxo de caixa, através do saldo inicial, (entradas e saídas de caixa), do saldo operacional e do saldo final.
Para acompanhar esse controle do fluxo de caixa, anualmente o profissional deve elaborar uma previsão deste caixa. Assim, a empresa realiza o orçamento previsto x realizado. O previsto é previsão de gastos baseado em anos anteriores e o realizado o que ocorreu no ano vigente.
1.1.2 - Sistema orçamentário
Através do sistema orçamentário a empresa será capaz de analisar e interpretar as demonstrações financeiras, o processo de planejamento financeiro, as principais fontes de recursos de curto prazo, bem como, analisar a situação financeira de uma empresa através da análise de seus demonstrativos, realizar operações financeiras com base no conhecimento sobre conta garantia e conta de investimentos.
Ao analisar o Fluxo de Caixa e fechamento diário de caixa, a empresa define as operações de curto prazo e controla as contas a pagar, compara os saldos bancários e outras instituições financeiras das movimentações correntes e a identifica valores de extratos e saldos bancários.
1.1.2 - Características do sistema orçamentário
Iniciando pelo Fluxo de Caixa, como define Brookson (2000, P. 46), “(...) é o movimento de dinheiro para dentro e para fora da empresa. Sem um adequado controle desse fluxo, a organização estará ameaçada."
Para Lunkes (2003, p. 71): 
“O objetivo do movimento de caixa é assegurar recursos monetários suficientes para atender as operações da empresa estabelecidas nas peças orçamentárias. O movimento de caixa está sujeito a incertezas e falhas; é necessário ter uma margem de segurança que permita assim atender a um eventual erro da previsão. ” 
	Sendo assim, o fluxo de caixa tem como principal objeto as rotinas administrativas da empresa, necessárias para a preparação dos dados orçamentários e sua elaboração. Desse modo, a partir de agora conheceremos o fluxo de caixa e o fechamento diário de caixa da empresa, além de verificarmos os recursos para esta ferramenta.
1.2 - Aplicando as técnicas de implantação do sistema orçamentário ao exercício profissional
Toda e qualquer empresa deve possuir controle financeiro. Por isso, verificaremos, também, a obtenção do saldo final e as ferramentas para realizar a análise das movimentações financeira, através de ferramentas básicas. Isso porque, o fluxo de caixa deve ser utilizado na execução e no controle do processo administrativo, entre eles, o extrato bancário.
· Execução: determina como, quando e onde devem ser aplicados os recursos.
· Controle: deve ser usado para comparar os resultados alcançados com os que estavam previstos, aferindo se as metas estão sendo alcançadas ou não.
Assim, diante da necessidade de se tornarem mais competitivas, as empresas começarama se organizar, surgindo o Planejamento e Orçamento. E, nas suas divisões, destaca-se o movimento, representando o planejamento financeiro, que Lunkes (2003, p. 15) definiu sucintamente como "[...] uma demonstração dos planos em termos financeiros".
	Por outro lado, na gestão de empresas, conforme define Welsch (1983), o movimento tem sido identificado como um 'modo de administrar', pois considera o papel dominante do administrador e proporciona um sistema de referência para a aplicação de elementos básicos da administração cientifica, tais como a administração por objetivos, comunicação efetiva, administração participativa, e controle dinâmico, feedback continuo, a contabilidade por níveis e áreas de responsabilidade, entre outros.
	Com isso, verificamos que “o movimento está unipresente no ciclo administrativo. Ele pode ser definido em termos amplos, como um enfoque sistemático e formal à execução das responsabilidades do planejamento, execução e controle” (LUNKES, 2003, p. 39).
	1.2.1 - O controle do fluxo de caixa pela organização
	Nesse contexto, considera-se que o elemento humano desempenha um papel relevante em todo o processo orçamentário. Por isso, se não houver motivação e disposição das pessoas envolvidas, desenvolvendo uma participação voluntária e consciente, será muito difícil alcançar o resultado desejado.
	A seguir vejamos algumas vantagens do fluxo de caixa:
· Identifica a movimentação das entradas e saídas do dinheiro no período de movimento;
· Verifica a capacidade financeira para assumir compromissos, ou seja, analisa antes de gastar o dinheiro, identificando as necessidades e se o dinheiro é suficiente para cobrir as contas a pagar e se as receitas são suficientes para pagar as despesas. E principalmente se a empresa conseguirá se manter com estes valores previstos, sem necessitar do capital de giro.
Com isso, podemos observar que o fluxo de caixa permite:
· Verificar o melhor período para fazer as reposições de estoque, sendo que para isso se deve conhecer os prazos de pagamento e disponibilidade de caixa, com o intuito de negociar com o fornecedor num prazo maior para os pagamentos.
· Conhecer o melhor momento para realizar as vendas, marketing e promoções.
Dessa forma, a elaboração do fechamento diário de caixa pode ser realizada por meio de:
· Fluxo projetado de entradas e saídas;
· Considerando o recebimento das receitas;
· O pagamento de despesas
· Os investimentos.
Portanto, os saldos de caixa durante o período orçado podem ser apurados mensalmente. No exemplo observamos como isso ocorre:
1.2.2 - O custo por departamento
Saiba que departamentalizar uma empresa significa criar departamentos que recebam os próprios custos e também os de outros departamentos. É uma espécie de troca de informações até que o custo seja alocado para os produtos. Essa é a forma que apropria custos indiretos de fabricação de forma mais coerente para os produtos: primeiro, os custos são identificados em relação ao departamento e, posteriormente, são transferidos para os produtos que passarem por esses departamentos.
O custo-padrão está bastante ligado ao processo de planejamento de custos, ou seja, é estipulado por meio de cálculos prévios que a empresa é capaz de atingir utilizando corretamente os seus recursos disponíveis. O custo-padrão deve ser acompanhado a cada período e suas variações devem ser investigadas para gestão dos custos e do orçamento.
Para atribuir os custos aos produtos, devemos passar por duas etapas, denominadas por Ribeiro (2013) de atribuição dos custos diretos e rateio dos custos indiretos. Observe a explicação. Para atribuir os custos diretos aos produtos, precisaremos de controles extra contábeis que identificarão a quantidade e o valor dos gastos com materiais, mão de obra e gastos gerais de fabricação que incidem diretamente sobre os produtos. Para atribuir os gastos de materiais, mão de obra e gastos gerais de fabricação, que não são facilmente identificados em relação ao produto, chamados de custos indiretos, deverá ser adotado um critério coerente de rateio ao custo de cada produto. O critério mais indicado é o custo departamental que, de acordo com Ribeiro (2013, p. 182), “[...] é um sistema de atribuição dos Custos Indiretos de Fabricação aos produtos por departamentos”.
Para efeito de acumulação dos Custos Indiretos de Fabricação, entende-se como departamento a menor unidade administrativa de uma empresa.
Seguem alguns exemplos de como a empresa pode ser organizada por unidades administrativas (departamentos): ambulatório médico, conservação e manutenção, almoxarifado, controle de qualidade, administração geral e recrutamento, estudos e projetos, corte, usinagem, seleção e treinamento de pessoal, montagem, acabamento, entre outros.
Todos esses departamentos possuem uma classificação, que poderá ser, conforme Ribeiro (2013, p. 182):
- Departamentos produtivos – compostos por homens e máquinas, responsáveis pela fabricação dos produtos. Nesses departamentos são gerados, em relação aos produtos, Custos Diretos e Indiretos.
- Departamentos de serviços – compostos por homens e máquinas (geralmente apenas por homens) que prestam serviços para toda a empresa industrial, inclusive para os departamentos produtivos.
No que se refere aos departamentos produtivos, os custos diretos são atribuídos aos produtos sem maiores complicações, pois são facilmente identificados em relação a esses produtos. Os custos indiretos dos departamentos produtivos são atribuídos por meio de critérios de rateio para os produtos, mas sua apropriação é feita diretamente, pois eles passam por esses departamentos.
Saiba que, no caso dos departamentos de serviços, chamados também de auxiliares, os custos gerados por eles são considerados diretos em relação aos outros departamentos, mas indiretos em relação aos produtos.
Por sua vez, como os departamentos auxiliares prestam serviços para os demais departamentos da empresa, inclusive para os produtivos, a melhor forma de apropriar esses custos é fazer a distribuição direta para os departamentos e posteriormente aplicar algum critério de rateio para atribuí-los aos produtos.
Portanto, cada departamento deve ser tratado pela Contabilidade como Centro de Custos, que “[...] é a unidade mínima utilizada para acumulação dos Custos Indiretos de Fabricação” (RIBEIRO, 2013, p. 182).
É importante destacar que os departamentos produtivos e de serviços poderão ser divididos em dois ou mais centros de custos, se isso for viável para a empresa.
Os custos gerados nos departamentos de serviços devem ser rateados para os departamentos produtivos. Assim, esse rateio acontecerá de três formas:
- Método direto – nesse método, os custos dos departamentos de serviços são apropriados diretamente para os departamentos produtivos que foram beneficiados pelos serviços executados. Por esse método, os departamentos de serviços não recebem custos de outros departamentos de serviços, mesmo que também tenham sido beneficiados;
- Método algébrico ou da reciprocidade – nesse método, a reciprocidade dos serviços prestados entre os departamentos é reconhecida. Todos os departamentos (produtivos e de serviços) recebem custos;
- Método da hierarquização ou dos degraus – é fixada uma ordem de prioridade entre os departamentos de serviços. Os custos gerados nos departamentos de serviços são rateados entre eles mesmos. O departamento que tiver custos transferidos não receberá mais custos.
O método de hierarquização é o mais utilizado pelas empresas, visto que ele apresenta mais coerência na atribuição dos custos indiretos de fabricação aos produtos.
Seguem os autores com sua análise, solicitando que acompanhemos a explicação da aplicação do método de hierarquização no cálculo da atribuição dos custos indiretos a partir do seguinte exemplo:
A Indústria de Ventiladores ABC Ltda. possui os seguintes departamentos auxiliares de produção, cujos custos em novembro foram:
· Compras R$ 25.000,00
· Almoxarifado R$ 60.000,00
· Recursos humanos R$ 35.000,00
Nesse exemplo, é importante ressaltarque, durante o mês, os departamentos auxiliares prestaram serviços aos demais departamentos, gerando, assim, dados para apropriação dos gastos dos departamentos auxiliares para os departamentos produtivos, conforme mostra a tabela a seguir:
Sendo assim, a apropriação dos custos indiretos da empresa como um todo passa a ser efetuada da seguinte forma:
- A princípio, é necessário apropriar o total dos custos indiretos do departamento auxiliar de compras para os demais departamentos, proporcionalmente ao percentual de utilização de seus serviços;
- Para tanto, é preciso ratear os custos indiretos do departamento auxiliar de compras a partir de seus custos indiretos totais, pois, nos meses apresentados, esses eram menos representativos em relação ao total dos custos indiretos;
- Em seguida, é necessário fazer a apropriação dos custos indiretos do departamento auxiliar de RH para os demais departamentos, levando em consideração que foi recebido R$ 1.000,00 de custos pelos serviços prestados por compras, totalizando R$ 36.000,00 de custos indiretos para rateio aos demais departamentos;
- Finalmente, é preciso apropriar-se dos custos indiretos do departamento de almoxarifado para os departamentos produtivos, levando-se em consideração que foi recebido R$ 21.250,00 de custos pelos serviços prestados por compras, e R$ 4.320,00 de custos pelos serviços prestados pelo RH, totalizando R$ 85.570,00 de custos indiretos para rateio aos departamentos produtivos de laminação e funilaria. Para que você entenda melhor, veja a explicação detalhada dos cálculos da apropriação de compras:
 - Os R$ 25.000,00 de custos do departamento de compras foram assim distribuídos aos demais departamentos: RH – R$ 25.000,00 x 4% = R$ 1.000,00; almoxarifado – R$ 25.000,00 x 85% = R$ 21.250,00; laminação – R$ 25.000,00 x 6% = R$ 1.500,00; funilaria – R$ 25.000,00 x 5% = R$ 1.250,00;
 - O departamento de RH, que possuía um custo inicial de R$ 35.000,00, recebeu mais R$ 1.000,00 de custos referentes aos serviços do departamento de compras. Logo, ele terá agora R$ 36.000,00 para serem apropriados aos demais departamentos. Essas apropriações dos custos indiretos da empresa geraram valores que estão detalhados na seguinte tabela:
É importante você observar que o valor que aparece entre parênteses, na tabela, indica o saldo que foi zerado dos departamentos, ou seja, os custos dos departamentos auxiliares foram transferidos para os departamentos produtivos. Dessa maneira, pode-se resumir a forma de apuração do custo de produção pelo sistema do custo departamental, do seguinte modo (RIBEIRO, 2013, p. 200):
1ª) atribuição dos Custos Diretos aos produtos;
2ª) rateio dos Custos Indiretos de Fabricação (CIF), comuns a todos os departamentos;
3ª) definição da ordem hierárquica dos departamentos, para efeito de rateio ORDEM HIERÁRQUICA dos CIF entre eles; ordenar os departamentos por ordem de importância para que os custos sejam rateados em uma sequência lógica.
4ª) rateio dos CIF de cada departamento de serviços para os departamentos beneficiados pelos seus serviços, obedecendo à ordem hierárquica definida;
5ª) rateio dos CIF gerados nos departamentos produtivos mais os CIF recebidos por transferência dos departamentos de serviços para os produtos.
O objetivo de entender a apuração do custo e resultado contábil, gerencial e variável faz com que o resultado seja analisado para a tomada de decisão.
Segundo Ching (2006, p. 98):
[...] é uma abordagem que analisa o comportamento dos custos por atividade, estabelecendo relações entre as atividades e o consumo de permite a identificação dos fatores que levam a empresa a incorrer em custos em seus processos de oferta de produtos e serviços e de atendimento a mercados e clientes. Recursos, independentemente de fronteiras departamentais.
Apuração do Custo e do Resultado, através de vários fatores podem vir a ser custos para uma empresa. Podemos, assim, citar a qualificação de mão de obra, entre outras, além das variáveis, que podem ser externas, com o aumento da matéria-prima, e internas, com o comportamento e a atitude.
Para adotar um sistema de custos em uma empresa, é preciso definir os objetivos, ou seja, definir o que se deve controlar.
Vamos a um exemplo de Megliorini (2012, p. 1):
· Ao atendimento de exigências legais quanto à apuração de resultados de suas atividades e avaliação de estoques;
· Ao conhecimento dos custos para a tomada de decisões corretas e ao exercício de controles.
Custos na Contabilidade, na demonstração de resultados da empresa encontramos discriminados as despesas e os custos. Os custos referem-se aos produtos e serviços dos quais se geram a receita e as despesas. Podemos, assim, considerar valores dispendidos para gerar a receita, como a despesa com entrega de um produto. Para entendermos melhor, vejamos o conceito segundo Megliorini (2012, p. 5):
Na demonstração de resultados, as despesas correspondem às incorridas nas divisões de administração e de vendas durante o exercício. Já os custos dos produtos vendidos (CPV) são os que incorrem na divisão de fábrica e que na demonstração de resultados correspondem à quantidade vendida. Isso funciona dessa maneira porque, muitas vezes, apenas parte da produção de um período é vendida, e o restante é estocado para venda em outro período.
A contabilidade de custos, então, mede e relata as informações necessárias ao gestor sobre qual o dispêndio de dinheiro gasto no produto. Assim, vejamos o conceito de Horngren, Datar e Foster (2004, p. 2):
A contabilidade de custos fornece informações tanto para a contabilidade gerencial quanto para a financeira. Mede e relata informações financeiras e não financeiras relacionadas ao custo de aquisição ou à utilização de recursos em uma organização; inclui aquelas partes, tanto da contabilidade gerencial quanto da financeira, em que as informações de custos são coletadas.
Devido as mudanças, é muito importante termos um sistema de custos e informações de base gerencial bem atualizado e “de primeira linha”. Nele constará, de um modo analítico, o que está acontecendo na empresa naquele momento, seja na área de vendas, compras, almoxarifado etc. Assim, será possível detectar se houver alguma falha em algum setor, para que seja corrigido o mais rápido possível, não onerando muito financeiramente, e não afetando negativamente a competitividade em um mercado cada vez mais competitivo.
A gestão estratégica de custos orienta o gestor na sua tomada de decisão, pois tem como finalidade proporcionar ao gestor as informações necessárias para agregar o valor, a qualidade e as oportunidades que os clientes almejam. 
Os gestores/administradores, então, podem ter em seu auxílio a gestão estratégica de custos, que, quando instalada em suas empresas, virá a ser uma excelente informação para a tomada de decisão, minimizando, assim, os riscos de se tomar a decisão errada e gerar um impacto talvez negativo no resultado financeiro esperado.
1.3 - Identificando e solucionando problemas relacionados aos prazos médios
As operações de curto e médio prazos e contas pagas devem ser controladas de perto. Controlar é, essencialmente, acompanhar a execução de atividades da maneira mais rápida possível, e comparar o desempenho efetivo com o planejado. Isto é, o que tenha sido originalmente considerado desejável, satisfatório ou viável para as empresas e suas subunidades.
Segundo Oliveira, et al. (2005, p. 131) a elaboração do plano de resultados das operações de curto prazo (como: clientes, aplicações, fornecedores e empréstimos, etc.) e contas pagas (despesas e custos fixos e variáveis) podem ser dividida em três grandes grupos, com características distintas, porém interdependentes, como segue:
1.3.1 - Planejamento Econômico
No Planejamento Econômico de acordo com Oliveira et al. (2005) o sistema não se submete a uma sequência correta. A sequência varia de acordo com a atividade que a empresa desempenha. O autor ainda menciona que os princípios que compõem o planejamento econômico são:
- Movimento devendas: consiste na elaboração das metas de vendas da empresa, divididas por produtos, região, tipos de clientes, etc.
- Movimento de produção: com base nas metas de vendas, política de estoques da empresa e estoques iniciais de produtos acabados, será elaborado o plano mestre de produção, no qual serão estimadas as quantidades de produção necessárias para que a empresa supra todo seu planejamento de vendas.
- Movimento de matéria-prima: com base no plano mestre de produção, será elaborado o movimento de matéria-prima. Para cada tipo de produto a ser produzido, deve existir uma lista de materiais, onde devem estar discriminadas todas as matérias-primas e suas respectivas quantidades necessárias para a produção de cada unidade do produto.
- Movimento de mão-de-obra direta: é elaborado com base no plano mestre de produção. Para cada tipo de produto a ser fabricado, deve existir uma tabela de tempos, analisando o tempo de mão-de-obra necessária para produção de cada unidade do produto.
- Movimento dos custos indiretos de fabricação: os custos indiretos de fabricação normalmente possuem natureza fixa. Em razão dessa natureza, para sua elaboração, são utilizados custos históricos corrigidos ou novas cotações efetuadas pelos diversos departamentos da fábrica.
- Movimento de despesas administrativas: as despesas administrativas normalmente possuem natureza fixa como; pessoal, viagens, telefone, material de escritório, etc. Essas despesas estão relacionadas à gestão das atividades como: diretoria, contabilidade, pessoal, limpeza, etc.
- Movimento de despesas comerciais: as despesas comerciais possuem natureza fixas e variável. As despesas variáveis são; comissões, impostos, etc.
- Movimento de despesas financeiras: as despesas financeiras devem ser elaboradas do planejamento financeiro, onde será analisada a necessidade de caixa da empresa.
1.3.2 - Planejamento Financeiro
Por outro lado, os autores, ressaltam que o planejamento financeiro consiste na elaboração de submovimentos das atividades que influenciam o fluxo de caixa. Possibilitando que à empresa obtenha as informações antecipadas, quanto à necessidade ou disponibilidade de recursos financeiros, o que facilita a tomada de decisões sobre os fatores que envolvem o gerenciamento do caixa.
Com isso, a formação dos submovimentos ocorre, principalmente, pela conversão dos movimentos econômicos para o regime de caixa. Sendo os principais submovimentos:
- Movimento de contas a pagar: consiste na conversão de todas as despesas constantes do planejamento econômico para o regime de caixa;
- Movimento de contas a receber: consiste na conversão de todas as receitas constantes do planejamento econômico para o regime de caixa;
- Movimento de aplicações: consiste no planejamento das disponibilidades de caixa, ou seja, antecipação da informação sobre as sobras de caixa;
- Movimento de empréstimos: consiste no planejamento das necessidades de caixa, ou seja, a antecipação da informação sobre as faltas de caixa;
- Movimento de caixa: consiste na elaboração do planejamento do fluxo de caixa (entradas e saídas), mediante informações obtidas dos movimentos de contas a pagar, a receber, aplicações e empréstimos.
1.3.3 - Planejamento de Capital
No Planejamento de Capital Gitman (2010) ressalta que as decisões do planejamento de capital são tratadas de forma separada das decisões do planejamento financeiro. Sendo assim, o planejamento de capital consiste na elaboração das estimativas de investimentos, principalmente em imobilizado, que serão utilizados para geração de receitas futuras, portanto, precisam ser depreciados ou amortizados (OLIVEIRA, 2005).
Desta forma, nesta fase de preparação dos dados para gerar o fluxo de caixa é levantada as vendas, prazos de pagamento das contas a receber e as contas a pagar e prazos de pagamento. Para isso, é necessário um acompanhamento das despesas fixas mensais, como contas de água e luz, entre outras. E ao final, levantar os recursos financeiros disponíveis no caixa da empresa, no estoque e no banco. Ou seja, especialmente nas operações de curto prazo e contas pagas.
1.4 - Realizar análise das necessidades de capital de giro
	Um planejamento estratégico não elimina a Administração, nem lhe toma o lugar. Os executivos não deveriam se sentir hesitantes quanto aos movimentos e tomada de decisão. O movimento existe para proporcionar informação pormenorizada, que permita aos dirigentes operar com energia e visão no sentido do êxito dos objetivos empresariais. 
Sendo assim, a implantação de um movimento leva tempo. Muitas vezes a Administração se impacienta e perde interesse, porque espera grandes coisas cedo demais. Desse modo, primeiramente o planejamento financeiro deve ser “vendido” às pessoas responsáveis e estas, por sua vez, devem ser guiadas, treinadas e conduzidas nos passos, métodos e propósitos fundamentais de um sistema de controle financeiro.
- Passo-a-Passo: Assim, o Ciclo Financeiro é o conjunto de fases que compreendem atividades típicas do movimento financeiro, desde a sua elaboração até as etapas posteriores a sua execução. É formado pelas fases de elaboração, aprovação, execução e controle (avaliação).
A fase de elaboração de um plano financeiro requer um conhecimento dos administradores junto de toda equipe da empresa, para que não haja dificuldade na hora de sua implantação.
1.4.1 - A necessidade da conciliação bancária
De acordo com Oliveira, et al. (2005) como qualquer sistema novo inserido na organização, a implantação do sistema financeiro pode ser marcada como uma tarefa um tanto quanto difícil, pelo simples fato de ser um sistema desconhecido dos gestores organizacionais, causando um certo receio nos que irão utilizá-lo. Desta forma, identificamos que um controle diário de caixa, análise das entradas e saídas dos valores contribuem muito para o bom andamento da empresa.
Contudo, para realizar a conciliação bancária e controle dos saldos as empresas necessitam ter conta em banco e financeira, e analisar o extrato bancário diariamente. Isso porque, no extrato bancário consta: data, histórico, débito, crédito e saldo. E diariamente existem transações ocorridas, que geram débitos ou créditos.
Por fim, o saldo é calculado da seguinte maneira:
Nesse contexto, verificamos que o extrato serve para mostrar a conta em um certo período de tempo, ou melhor, no período solicitado. Essa solicitação pode variar entre os últimos lançamentos, últimos 5 dias, a movimentação do mês atual ou mesmo do mês anterior. Períodos que podem variar de acordo com a disponibilidade oferecida pelo banco.
Para tanto, a movimentação do extrato deve ser igual a movimentação contábil da empresa, este cruzamento chamamos de conciliação bancária, que hoje ocorre através de sistemas integrados, entre o extrato bancário e os sistemas contábeis.
1.4.2 - Apuração do Custo e do Resultado
Vários fatores podem vir a ser custos para uma empresa. Podemos, assim, citar a qualificação de mão de obra, entre outras, além das variáveis, que podem ser externas, com o aumento da matéria-prima, e internas, com o comportamento e a atitude.
Para adotar um sistema de custos em uma empresa, é preciso definir os objetivos, ou seja, definir o que se deve controlar. Vamos a um exemplo de Megliorini (2012, p. 1):
· Ao atendimento de exigências legais quanto à apuração de resultados de suas atividades e avaliação de estoques;
· Ao conhecimento dos custos para a tomada de decisões corretas e ao exercício de controles.
1.4.3 - Custo na contabilidade
Na demonstração de resultados da empresa encontramos discriminados as despesas e os custos. Os custos referem-se aos produtos e serviços dos quais se geram a receita e as despesas. Para entendermos melhor, vejamos o conceito segundo Megliorini (2012, p. 5):
Na demonstração de resultados, as despesas correspondem às incorridas nas divisões de administração e de vendas durante o exercício. Já os custos dos produtos vendidos (CPV) são os que incorrem na divisão de fábrica e que na demonstração de resultados correspondem à quantidadevendida. Isso funciona dessa maneira porque, muitas vezes, apenas parte da produção de um período é vendida, e o restante é estocado para venda em outro período. A contabilidade de custos, então, mede e relata as informações necessárias ao gestor sobre qual o dispêndio de dinheiro gasto no produto.
Assim, vejamos o conceito de Horngren, Datar e Foster (2004, p. 2):
A contabilidade de custos fornece informações tanto para a contabilidade gerencial quanto para a financeira. Mede e relata informações financeiras e não financeiras relacionadas ao custo de aquisição ou à utilização de recursos em uma organização; inclui aquelas partes, tanto da contabilidade gerencial quanto da financeira, em que as informações de custos são coletadas e analisadas.
Podemos, assim, considerar valores dispendidos para gerar a receita, como a despesa com entrega de um produto.
1.4.4 - A gestão estratégica dos sistemas de custos
O objetivo é de verificar quais os novos enfoques para a gestão estratégica dos sistemas de custos.
Sabemos que as mudanças atualmente ocorrem muito rapidamente. Todos os dias algo se modifica, algum fato novo acontece. Por isso, as empresas, diante desse novo cenário que está sempre mudando, necessitam estar alertas a essas mudanças. Os gestores precisam definir seu posicionamento nas suas decisões na hora certa, para que suas empresas cresçam nesse novo panorama econômico de mudanças constantes, pois qualquer decisão baseada em informações não bem estruturadas ou, de alguma forma, errôneas pode criar situações complicadas, tais como a diminuição de receitas, o aumento de despesas e prejuízos não esperados. Assim, tomar a decisão certa no momento certo é determinante para o futuro da empresa.
Vejamos o que nos diz Megliorini (2012, p. 1):
No contexto atual, de competição acirrada, verifica-se que o ciclo de vida dos produtos vem sendo progressivamente reduzido. Além disso, há um grau acentuado de personalização dos produtos, ao mesmo tempo em que as empresas apresentam linhas de produtos diversificadas. Em função desse cenário, as empresas precisam modificar continuamente sua estrutura operacional e, em consequência disso, sua estrutura de custos.
E agora, caro estudante, como fazer para resolver essa equação? Como sabemos, existe uma “competição acirrada”, ou seja, o mercado não para, as empresas querem vender para pagar seus fornecedores, custos e despesas; os produtos vêm sendo modificados dia a dia; o ciclo de vida dos produtos é reduzido; a toda hora algo novo está sendo introduzido no mercado, em substituição a algo que há pouco foi lançado; o cliente exige cada vez mais produtos personalizados; e as empresas fabricam produtos com linhas diversificadas.
Diante desse cenário, ainda com base no que Megliorini destaca: “as empresas precisam modificar continuamente sua estrutura operacional e, em consequência disso, sua estrutura de custos”.
Mas como fazer isso? A maneira de conseguir as informações para a tomada de decisões é fazer a Gestão Estratégica de Custos. Nesse sentido, segundo Megliorini (2012, p. 1):
A preocupação das empresas, hoje, não está focada apenas nos custos de produção. Também são relevantes os custos de pesquisa e de desenvolvimento, os custos da engenharia com projetos e desenhos e os custos relacionados ao marketing, à logística e ao atendimento ao cliente.
Como podemos perceber, mais uma vez Ching nos chama a atenção sobre a rentabilidade dos produtos, de que é necessário conhecer a rentabilidade dos produtos, ou seja, saber quanto custa ter, fabricar e vender o produto.
O que o consumidor espera, então? Podemos perceber, portanto, que não só os custos de produção são importantes hoje em dia, visto que para as empresas sobreviverem e crescerem, necessitam enxergar outros custos que seu produto ou serviço possui, sejam eles diretos ou indiretos. Muitas pessoas passaram a ter noção de que o controle de custo é essencial para a gestão da empresa, de que é vital conhecer a rentabilidade dos produtos”.
Segundo Ching (2006, p. 42):
Os consumidores atuais esperam serviços de alta qualidade, entrega rápida, flexibilidade em trocar a composição de seu pedido e confiabilidade. Tudo isso a preços baixos. Para oferecer preços baixos e continuar sobrevivendo, a empresa deve ter uma estrutura de custos enxuta. É isso que o consumidor deseja: pagar o suficiente, ter qualidade no produto que comprar e entrega rápida. Mas como uma empresa pode atender todos os anseios do consumidor e continuar sendo rentável? É uma boa pergunta, e a resposta é ter uma eficiente gestão, para conseguir custos enxutos.
Todas as organizações, quer se trate de indústrias, prestadoras de serviços, empresas do governo, quer de instituições não lucrativas, possuem recursos limitados. O uso eficiente e eficaz desses recursos irá determinar quais organizações sobreviverão nos próximos anos. Para isso, elas precisam ampliar constantemente a funcionalidade de seus serviços, aprimorar a produtividade, entender as necessidades e os desejos de seus clientes e reduzir seus custos (CHING, 2006, p. 42).
Assim, chegamos no “X“ da questão. Se os recursos das empresas e instituições são limitados, como podemos fazer? Conforme Ching (2006), a saída é usar de forma eficiente e eficaz os poucos recursos disponíveis, e as empresas que aprenderem esse sistema é que irão sobreviver e crescer.
Cadeia de Valor 
Sobre o conceito de Cadeia de Valor, o autor Ching (2006, p. 16) enaltece que “uma organização se diferencia de outra pela maneira como organiza e gerencia a sequência de atividades e processos que cria, e também como faz e entrega um produto ou serviço a seus clientes”. Essa sequência de atividades e processos, que é o diferencial entre as empresas que adotam uma cadeia de valor e as que não adotam, é a capacidade de agregar valor ao seu negócio/atividade, significando a vantagem competitiva entre seu concorrente.
Existem várias definições para cadeia de valor, mas todas voltam-se à ideia de agregar valor ao cliente final e não agregar aumento de custo. Sobre a importância do estudo da cadeia de valor, podemos citar:
· Decompor os diferentes processos da empresa em atividades distintas, desde a aquisição da matéria-prima até o pós-venda, e analisar suas inter-relações.
· Identificar as fontes de desperdício
· Calcular os geradores de custo em cada elo (Ching, 2006, p. 18).
Sobre identificar as fontes de desperdício, uma empresa poderá ter várias delas. Podemos ter como exemplo o armazenamento de seus produtos, se estiverem estocados em um local maior que o necessário: é um grande desperdício de valores pagos à locação, que pode ser verificado no fechamento do balanço. Se nesse caso o estoque for realocado para um local menor, com logística melhor e mais perto da central de vendas, o gasto poderá ser bem menor.
Segundo, Hong Yuh Ching, na obra “Contabilidade Gerencial” (2006, p. 26): É preciso parar de olhar as atividades e etapas isoladamente; é hora de enxergar o todo, entender como cada atividade e cada etapa interagem umas com as outras. A cadeia de valor é essencial para aumentar o valor que a empresa entrega e que o cliente percebe. Os benefícios que ela traz para as empresas são: eliminação dos custos desnecessários ou excessivos; oportunidades de melhoria por elo; vantagens divididas com fornecedores e distribuidores; melhoria nas propostas de valor aos clientes.
A cadeia de valor, além de agregar valor para o cliente, em relação as suas expectativas, faz com que o gestor repense como funcionam todas as etapas de sua empresa e de que maneira elas podem funcionar em harmonia (e não mais isoladamente). Com isso, é possível reduzir principalmente os custos, verificando oportunidades, conseguindo estabelecer um diálogo melhor com seus fornecedores e distribuidores, em uma relação “ganha/ ganha”
O esquema da figura 3 apresenta o círculo virtuoso da cadeia de valor. Vejamos:
Assim, “a empresa deve criar sua visão da cadeia de valor. Ser um agente na criação de valor ao cliente é colocar em prática ações parareposicionar a empresa e influenciar a cadeia na direção dessa visão” (CHING, 2006, p. 27).
Por isso, o administrador precisa conhecer os fatores internos, como: volume de compra, giro de contas a pagar e receber, ciclo de produção, giro do estoque, distribuição do lucro, entre outros. E também os impactos externos: retração do mercado e redução de vendas, novos concorrentes no mercado, aumento dos impostos e de taxas de juros.
2 - Compreendendo como funciona a estrutura orçamentária
	2.1.1 - O papel do ciclo orçamentário nas empresas
	Contabilidade tem como principal objeto o patrimônio da entidade, porém, acompanhando as necessidades dos usuários, passou a visar não mais exclusivamente bens, direitos e obrigações, mas principalmente as suas mutações.
Desse modo, a Contabilidade começou a dar um enfoque maior para a Contabilidade Gerencial, na qual se destaca o Orçamento Empresarial, através do fluxo de caixa e fechamento diário de caixa da empresa.
Toda e qualquer empresa deve possuir metas e objetivos. Nas empresas privadas já não se encontram somente objetivos focados no lucro, mas também na melhoria do ambiente externo, no sentido econômico e social. E o Orçamento é a técnica que pode ser utilizada para mensurar econômica e financeiramente os resultados que deverão ser alcançados futuramente em todas essas dimensões, gerando o ciclo orçamentário apresentado na unidade 1 que iremos complementar os conceitos.
- Processo Orçamentário: Considera-se que o elemento humano desempenha um papel relevante em todo o processo orçamentário. Se não houver motivação e disposição das pessoas envolvidas, desenvolvendo uma participação voluntária e consciente, será muito difícil alcançar o resultado desejado.
Segue algumas vantagens do orçamento:
1) O orçamento obriga a Administração a fazer o estudo prévio de seus problemas. Busca o hábito do estudo cuidadoso antes de serem tomadas decisões.
2) O orçamento recruta o auxílio de toda a organização administrativa. As decisões finais representam o juízo combinado da organização toda e não meramente o de um indivíduo ou grupo de indivíduos.
3) O orçamento proporciona um instrumento através do qual, periodicamente, se examinam, reformulam e estabelecem políticas como linhas orientadoras para toda a empresa.
4) O orçamento auxilia a encaminhar o capital e os esforços para os canais mais lucrativos.
5) O orçamento coordena e correlaciona todos os esforços. Nenhuma atividade de controle administrativo revela tão prontamente fraquezas na organização quanto o procedimento metódico necessário ao orçamento sistemático.
6) O orçamento executado em quase todas as empresas oferece esperança para a economia total do país, porque proporciona estabilidade de emprego, uso econômico do equipamento físico e eficaz prevenção contra o desperdício.
Abaixo algumas limitações do orçamento:
- Planejar, orçar ou prever não é uma ciência exata: em qualquer plano orçamentário está presente certa soma de juízo. Dever-se-ia fazer uma revisão ou modificação das estimativas quando suas variações justifiquem mudança dos planos.
- Um programa orçamentário necessita da cooperação e participação de todos os membros da Administração. Essencial ao êxito do orçamento e a adesão absoluta da cúpula administrativa não foi fiel à sua execução. 
- Um plano orçamentário não elimina a Administração, nem lhe toma o lugar. Os executivos não deveriam se sentir hesitantes quanto aos orçamentos e seus algarismos relacionados. O orçamento existe para proporcionar informação pormenorizada, que permita aos dirigentes operar com energia e visão no sentido do êxito dos objetivos empresariais.
A implantação de um orçamento desgasta a área pelo tempo de análise e treinamento do padrão da empresa e principalmente no levantamento de dados necessários comparando os anos anteriores, principalmente o anterior para verificar o valor mais próximo possível para não faltar nem sobrar dinheiro na área que definiu os valores orçados. Por esta razão as empresas necessitam de processo orçamentário e plano orçamentário para definir a melhor estratégia e treinamento eficiente para não ter tantas distorções nos números previstos e realizados.
Plano Orçamentário
A elaboração de um plano orçamentário requer um conhecimento dos administradores junto de toda equipe da empresa para que não haja dificuldade na hora de sua implantação. Por isso será abordado a seguir ideias de estudiosos na preparação e nas etapas para a implantação do sistema orçamentária nas organizações.
Para Welsch (1983, p.21) “orçamento pode ser definido, em termos amplos, como o enfoque sistemático e formal à execução das responsabilidades de planejamento, coordenação e controle da administração”.
Já para Mendes (2010, p. 81) “o papel do orçamento na gestão de uma empresa é compreendido de forma melhor quando relacionado às funções administrativas, as funções básicas da administração são resumidas em: planejar, organizar e controlar”. Logo assim Padoveze (2010, p.62) ressalta que “o sistema de orçamentos é um instrumento de planejamento e controle de resultados econômicos e financeiros, é também um modelo que avalia e demonstra as projeções financeiras da empresa”.
Acredita-se que fazer planos orçamentários para o futuro de uma empresa é contribuir para que suas atividades sejam realizadas com mais eficácia e seus objetivos sejam alcançados com sucesso. Ressalta-se ainda que não existe planejamento apropriado sem o controle orçamentário (Lunks, 2003).
2.2 - Aplicando as técnicas de implantação do orçamento de investimentos
O orçamento de investimentos deve atender a três iniciativas simultâneas, conforme define Lunkes (2003, P. 67):
a) Alinhamento do orçamento de investimentos às demais peças orçamentárias, principalmente o orçamento de caixa.
b) Utilização de um sistema dinâmico de avaliação do risco.
c) Integração dos projetos à cultura empresarial.
Veremos a seguir cada um deles:
- Alinhamento com orçamento de caixa. 
Welsch (1983, p. 255) define que as principais finalidades do orçamento de caixa são:
· Indicar a posição financeira provável em resultado das operações planejadas;
· Indicar o excesso ou a insuficiência de disponibilidades;
· Indicar a necessidade de empréstimos ou a disponibilidade de fundos para investimento temporário;
· Permitir a coordenação dos recursos financeiros em relação a: 
· Capital de giro total; 
· Vendas; 
· Investimentos; e 
· Capital de terceiros
· Estabelecer bases sólidas para a política de crédito; e,
· Estabelecer bases sólidas para o controle corrente da posição financeira.
- Sistema de avaliação de risco:
Quanto à avaliação do risco, para verificar se o investimento é vantajoso ou não, Lunkes (2003, p. 68) cita os seguintes métodos:
· Método do payback;
· Método da taxa média de retorno;
· Método do valor presente;
· Método da taxa interna de retorno.
O objeto da Contabilidade, que é o patrimônio de uma entidade, e seu objetivo, que é assegurar o controle desse patrimônio e fornecer, também, informações sobre suas variações. O patrimônio, quanto ao seu aspecto qualitativo, pode ser definido segundo a natureza de seus elementos, tais como: dinheiro, bens, máquinas, mercadorias etc. Quanto ao seu aspecto quantitativo, é definido em valores, ou seja, quanto se tem em dinheiro, quanto vale um bem, uma máquina etc. Então, as demonstrações contábeis nos informam o que está acontecendo nas entidades, especialmente nas empresas.
De acordo com Marion e Ribeiro (2011, p. 2), “contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro relativas à administração econômica”. Essas informações contábeis possuem algumas finalidades, das quais podemos destacar duas:
1) Controle: o controle tem a finalidade de informar o gestor e a administração da empresa sobre como está a situação de liquidez da empresa.
2) Planejamento: o gestor pode se utilizar das informações contábeis para tomar suas decisões.
Ching (2006, p. 4), acrescenta que:
O objetivo básico da informação contábil é ajudar as pessoas, dentroe fora das organizações, a tomar decisões. É o caso de executivos em nível sênior, gerentes de nível médio ou colaboradores de “linha de frente” em qualquer tipo de organização (manufatura, serviço, comércio) e/ou em qualquer função organizacional (comercial, financeiro, recursos humanos ou produção).
	Dependendo do tipo de informação contábil de que necessitamos, seja ela para fins financeiros ou para fins de gerenciamento, podemos optar pela Contabilidade Financeira ou pela Contabilidade Gerencial. Há uma demonstração sobre as diferenças entre a Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial.
Cada empresa tem sua cultura e define como planejar estrategicamente com relação ao tipo de orçamento e forma de atuar frente as necessidades da empresa e seus controles internos.
2.2.1 - Tipos de estratégia de investimentos
	De acordo com Padoveze (2010), a informação deve ser tratada como qualquer outro produto disponível para o consumo, sendo primordial da empresa para informar os usuários internos ou externos. Por isso, a contabilidade tem o papel fundamental de mapear as necessidades de informações dos usuários internos e externos da organização e criar procedimentos e ferramentas que lhes permitam acessá-las com agilidade quando necessário. Desse modo, as tecnologias aplicadas aos negócios, têm trabalhado muito para criar condições de manter a informação disponível no tempo certo para a tomada de decisão.
	Marion e Ribeiro (2011, p. 33) “observam que a relação custo-benefício não pode ser desprezada quando se planeja a geração de informações para o processo decisório”. Visto que a geração de informação envolve o financeiro, os esforços de produção e de divulgação das organizações, apesar das restrições presente, como falha na comunicação, nos processos e no sistema.
	Sendo assim, os benefícios da informação às organizações e aos usuários estão relacionados as seguintes orientações estratégicas:
· Analisar as alianças com concorrentes e demais empresas e instituições, para a aquisição;
· Conhecer as sociedades com fim específico e sobre organização virtual, a exemplo dos startups;
· Verificar a viabilidade econômico fina, quando na intenção de decisão;
· Desenvolver e aplicar um plano de negócios e investimentos, além de retorno esperado, em uma fusão, por exemplo
· Analisar a origem de recursos, para a incorporação.
Com relação a viabilidade e recursos a empresa deve verificar a redução de tempo de recebimentos dos recursos e, consequentemente, melhoria das condições financeiras da organização. Abaixo cada um deles:
- Aquisição: Ao exercer atividades econômicas as empresas objetivam o lucro, que proporciona, em condições normais, remuneração do capital aplicado por seus proprietários.
O lucro, por sua vez, pertence aos proprietários da empresa, mas, quando não distribuídos entre eles é destinado ao aumento do Patrimônio Líquido. Para as empresas que possuem dois ou mais proprietários a forma jurídica da sociedade será mercantil ou comercial. Sendo a base das atividades o comércio.
Com isso, verificamos que as formas jurídicas de administração apresentadas mantêm independência nas relações empresariais de duas ou mais empresas. Isto significa que os sócios fazem parte do mesmo grupo econômico.
Por outro lado, as empresas que mantem relações de dependência administrativa são as coligadas ou controladas. São coligadas quando uma empresa influencia a outra. Não há percentual mínimo na lei, mas se recomenda que a participação acima de 20% é significativa para ser considerada coligada, desde que uma empresa adquira poder de participar nas decisões das políticas operacional ou financeira da empresa investida, mas sem controlar suas atividades. Já a controlada é comandada por outra, direta ou indiretamente, por outras controladas, tendo assegurado direitos de sócio, de forma permanente ou preponente nas deliberações, no poder de eleger os administradores e nos direitos sociais. Ou seja, não há uma obrigatoriedade expressa na lei de que uma empresa deve ter mais de 50% das ações com direito a voto para ser controladora da outra empresa, somente que obtenha o poder de eleger os diretores ou maioria da empresa e ser responsável pelas decisões da empresa.
Nesse contexto, compreendemos como aquisição o investimento de uma empresa na outra com a participação de uma delas, adquirindo parte de suas atividades ou participação na outra
Assim, segundo Giltman (2010) a partir da necessidade de crescimento do negócio e necessidades mercadológicas, as empresas encontram nas aquisições de empresas esse objetivo. Contudo, existem outros motivos para as empresas partirem para a aquisição ou realizar a fusão, como aumentar a liquidez, promover a diversificação ou resolver questões fiscais. Visto que nestes casos as aquisições podem ocorrer apenas na obtenção de alguns ativos. Em alguns casos as empresas têm necessidade de adquirir apenas algumas máquinas de uma empresa que se extinguiu do mercado, por exemplo, e a outra aproveitou para adquirir devido ao preço mais justo.
Uma aquisição acontece quando duas ou mais empresas pela união de uma empresa resulta continuar mantendo a identidade delas. Normalmente os ativos e os passivos da menor empresa são incorporados aos da maior. Nos casos de bancos, por exemplo, um banco menor ser comprado por um maior.
A aquisição de ativos acontece quando as empresas estão em funcionamento, pois podem ser analisadas de acordo com as formas de orçamento de capital, pela estimativa do fluxo de caixa.
Ainda falando em aquisição, o holding que é uma sociedade que obtém o controle acionário de uma ou mais empresas, sendo este das empresas grandes e de capital pulverizado, geralmente, exige a posse de 10 a 20% das ações já existentes. Conhecidas como subsidiária, essas empresas, visadas, são controladas pelo holding.
A Sadia e a Perdigão fizeram uma holding para operacionalizar o queijo “filadélfia”, ou seja, a Perdigão entrou com todo o processo operacional e a Sadia com a administração dos custos do processo. Mesmo concorrentes na época, uma participou com o processo da outra de alguma forma e ganhou participação, como parceiros de processo.
No entanto, caso todas as ações de uma empresa fizerem parte da outra, ela não é apenas controlada: ela passa a ser subsidiária total da outra empresa.
As aquisições podem ocorrer de forma amigável ou hostil:
- Amigável: a empresa adquirente identifica a empresa visada iniciando as negociações. Ao ser aceita a proposta pelos administradores da empresa visada, eles endossam a proposta, recomendando a aprovação aos acionistas. Feito isto, a transação acontecerá por meio da compra de ações pela adquirente, ou por troca de ações, obrigações ou, ainda, a combinação das duas, por ações da empresa visada.
- Hostil: Caso os administradores da empresa visada não apoiem a proposta de aquisição, ela pode lutar contra as intenções da adquirente.
Nesta situação, a adquirente tenta controlar a empresa visada comprando um número suficiente das ações no mercado. Isso acontece, geralmente, através de uma oferta pública de compra. Uma oferta formal de compra de um dado número de ações, a um preço especificado.
Para a aquisição amigável uma empresa, ainda, pode combinar com outra, que tenha elevado ativo líquido e baixos níveis de passivo, a formalização da aquisição. Aquisições desse tipo, de empresa ‘rica em caixa’ aumenta a capacidade de tomada de crédito da adquirente, reduzindo o impulso financeira, para a captação de fundos externos a um custo menor. Com isso, as empresas se unem para aprimorar a capacidade de captação de fundos, visto que uma empresa pode ser impossibilitada de obter fundos para sua própria expansão, mas consegue realizar esse processo a partir da combinação com outras empresas.
Por sua vez, as aquisições hostis são mais difíceis de concretizar, pois a administração da empresa visada luta para impedir a transação. Mas, quando acontecem são bem-sucedidas.
Uma vez decorridos 12 meses após a aquisição dos ativos deve ser utilizado o método do justovalor, sem prejuízo dos fundos para investidores qualificados poderem continuar a utilizar o método do valor conservador, enquanto não se verifiquem transações materialmente relevantes, efetuadas por entidades independentes (MENDES, 2016).
Quando uma empresa adquire a outra, esta pode acabar no mercado, ocorrendo a dissolução da Pessoa Jurídica. A dissolução pode acontecer por vontade ou obrigação, dependendo da situação que a empresa se encontra, pois, em alguns casos é necessário a extinção seguida da liquidação da empresa. Decisões que tomadas por deliberação do titular, sócios, ou acionistas, ou por imposição ou por determinação legal do poder público.
Para tanto a liquidação voluntária ou forçada será realizada por um conjunto de atos destinados a realizar o ativo, pagar o passivo e destinar o saldo que houver (líquido), ao titular. Ou no caso da partilha do saldo aos componentes da sociedade, que dependerá do contrato social.
- Fusão: A fusão representa a junção de duas ou mais empresas para constituir uma nova, que, em geral, absorvendo os ativos e os passivos das empresas já existentes.
Segundo Gitman, 2010, p. 645):
Após a fusão da empresa visada são elaboradas demonstrações de resultados projetadas, que representem as receitas e os custos. Resultados a serem ajustadas com fluxos de caixa esperado ao longo do prazo nesta situação. Assim, antes de aplicar as técnicas de orçamento de capital, quando uma empresa quiser adquirir outra com diferente comportamento de risco, deverá ser ajustado o custo do capital ao risco.
Com a extinção, depois de liquidar o patrimônio e divisão dos lucros finais, ocorrido num período, por onde se liquidou o processo.
Assim, na fusão, a empresa que tenta adquirir o controle de outra é chamada empresa adquirente. A adquirente identifica, avalia e negocia com os administradores e/ou acionistas da empresa visada. No entanto, acontecem casos, em que os administradores da empresa visada iniciam as negociações.
Existem quatro tipos de fusões (GITMAN, 2010, p. 650):
· Fusão horizontal: quando duas empresas pertencentes ao mesmo ramo de atividades se fundem.
· Fusão vertical: uma empresa adquire um fornecedor ou cliente.
· Fusão de congêneres: realizada por meio da aquisição de uma empresa situada no mesmo setor.
· Formação de conglomerado: envolve a combinação de empresas que atuam em setores diferentes.
O autor apresenta as formas de fusões podem ser por motivos estratégicos ou financeiros.
Nas fusões estratégicas as operações das empresas, adquirentes e visadas, combina-se para realizar economias e fazer com que o desempenho da empresa resultante supere o das empresas de origem. São exemplos de de fusões estratégicas: a Norwest com a Wells Fargo (bancos) e a Daimler-Benz com a Chrysler (fabricantes de automóveis).
Uma variação interessante sobre a fusão financeira é a compra de linhas de produto específicas e não de toda a empresa, como no caso da Sadia que era classe ABC e a Perdigão que ficou com as demais classes.
Nesse contexto, verificamos que as fusões, sejam elas estratégicas ou financeiras, envolvem a aquisição da empresa visada por uma adquirente. Podendo a adquirente ser outra empresa, um grupo de investidores ou os próprios administradores da empresa. Visto que o objetivo da adquirente é reduzir de forma significativa os custos, a partir da venda de determinados ativos incompatíveis ou improdutivos, na tentativa de promover melhorias no fluxo de caixa.
Assim, a fundamentação das fusões financeiras ultrapassa a capacidade da empresa em realizar economias de escala, mas tem a expectativa de que o valor da empresa visada seja recuperado através da reestruturação da empresa. Sendo o incremento do fluxo de caixa usado para custear o serviço da dívida, geralmente, incorrida para financiar as transações.
Por esta razão a fusão estratégica, que não depende do capital de terceiros, predomina, com isso as empresas se fundem para atingir determinados objetivos. Processo que aumentou a quantidade de fusões financeiras no início dos anos 90 com a crise do mercado de junk bonds, detentor de títulos de renda fixas altamente voláteis, em função dos pedidos de falência de diversas empresas (REIS, 2019). Desse modo, verificamos que as crises, geram prejuízos nas empresas e a consequente falência, sendo o melhor momento para a adquirente comprar a empresa estando no prejuízo.
· Crescimento ou diversificação: aumentar o leque de produtos;
· Sinergias: captação de fundos, adquirir mais empresas para ter mais renda e fundos para poder realizar mais empréstimos;
· Obtenção de capacidade gerencial ou tecnologia: aquisição de máquinas de terceiros ou holding;
· Considerações fiscais: incentivos fiscais em algum ramo de atividade;
· Aumento da liquidez para os proprietários: mais aquisição, mais lucro;
· Defesa contra aquisições hostis.
Portanto, para adiantar o crescimento ou a diversificação interna, a empresa pode realizar o processo de fusão, objetivando crescimento rápido em termos de participação, diversificação dos produtos ou aporte no mercado.
Desta forma, quando uma empresa expande suas atividades ou aumenta sua linha de produtos por meio da fusão, ela elimina uma concorrente em potencial. Sendo uma estratégia de menor custo, que a alternativa de desenvolvimento da capacidade de produção necessária. Assim, é possível evitar muitos dos riscos associados ao projeto, à fabricação e à venda de novos produtos.
Entretanto, as compras e as vendas, são as funções administrativas mais afetadas por esse tipo de combinação, visto que a sinergia das economias de escala impacta nas resultantes de menor custo fixo das empresas combinadas. Economias que elevam os lucros para um nível superior à soma dos lucros das empresas envolvidas. A sinergia fica mais evidente quando a fusão ocorre em empresas do mesmo segmento, pois muitas funções e cargos redundantes podem ser eliminados.
Então, identificamos que a fusão tende a contribuir para maximizar a riqueza dos proprietários. Um exemplo é a Brasil Foods (BRF) que surgiu a partir da fusão entre a Sadia e a Perdigão.
Visto que existem aqueles casos em que as empresas têm bom potencial, mas não conseguem se desenvolver plenamente, por deficiências na área de gestão ou tecnológica, e encontram na fusão o que precisam para essa maximização e o desenvolvimento pleno.
- Incorporação: A incorporação é quando as empresas são absorvidas por outras, ocorrendo uma transformação dela, crescendo ou incorporando.
Conforme o artigo 220 da Lei 6.404/76 a “transformação é a operação pela qual a sociedade passa, independentemente de dissolução e liquidação, de um tipo para outro”. A transformação obedecerá aos preceitos que regulam a constituição e o registro do tipo a ser adotada pela sociedade.
Desse modo, observamos que a operação de incorporação promoverá o desaparecimento da empresa incorporada. Visto que o artigo 227 da Lei 6.404/76 descreve que ”a incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações” (BRASIL, 1976).
Um exemplo de incorporação são os bancos que tem comprado outros bancos para ampliar os negócios, como o HSBC que se tornou o Bradesco. Outros ramos de atividades financeiras, também tem aumentado estrategicamente para se manter no mercado e crescer.
Os fabricantes de automóveis são exemplos bem interessantes, pois adquirirem uma marca específica para concorrer em outro mercado, como a Toyota que comprou a Lexus para concorrer no mercado de carro de luxo.
- Cisão: O artigo 229 da lei 6.404/76 descreve a cisão como:
[...] a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a versão (BRASIL, 1976).
	A partir desse trecho verificamos que o processo de cisão, diferente da incorporação não promove o desaparecimento da empresa cindida, mas sima sua extinção. No entanto, o processo se figura obedecendo as mesmas disposições da incorporação, visto que “a cisão é a operação com versão de parcela de patrimônio em sociedade já existente“ (parágrafo 3 do artigo 227 Lei 6.404/76, BRASIL, 1976).
	Desse modo, para essa regulamentação, o parágrafo 1 do artigo 223 da Lei dispõe que “nas operações em que houver criação de sociedade serão observadas as normas reguladoras da constituição das sociedades do seu tipo”.
	Assim, a cisão pode acontecer a partir de uma pessoa jurídica já existente ou constituída para este fim, que receberá o capital da sociedade cindida. A empresa que sofre a cisão acaba por se extinguir, caso a parte transferida representar a totalidade do patrimônio.
	Temos como vantagem a cisão, através do planejamento, referente aos problemas societários ou com divergências familiares e jurídicas.
Com isso, identificamos que a cisão pode ser parcial ou total:
	Quando ocorre a divisão de duas empresas, garante o negócio e se fortalecem no mercado. O valor negociado deve ser ajustado em valor real, sendo baseado no valor do balanço patrimonial.
A Gol que cindiu em 2012 com o Smiles, num programa de relacionamento (pontos), criando uma personalidade jurídica chamada Smiles S.A., a partir do patrimônio da Gol Linhas Aéreas.
2.3 - Identificando e solucionando problemas relacionados a alavancagem
Conforme IBRACON (NPC 27), “as demonstrações contábeis são uma representação monetária estruturada da posição patrimonial e financeira em determinada data e das transações realizadas por uma entidade no período findo nessa data. O objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são úteis para uma ampla variedade de usuários na tomada de decisões. As demonstrações contábeis também mostram os resultados do gerenciamento, pela Administração, dos recursos que lhe são confiados. ”
2.3.1 - Giro de recursos na empresa
Segundo Gitman (2010), os fatores financeiros influenciam nossa vida pessoal e profissional, mas muitas vezes não entendemos.
Por outro lado, os administradores precisam acompanhar a evolução da gestão financeira para atualizar seus conhecimentos sobre as finanças empresariais, em função Assaf Neto (2010) diz que hoje se exige grande atualização do conhecimento por parte dos administradores devido ados avanços teóricos e práticos com relação aos estudos de finanças empresariais.
Desse modo, compreende-se a evolução da administração financeira, a partir do momento em que ela passou a analisar os números da empresa, que vão além de realizar. Números que ultrapassar os pagamentos e os controles operacionais, não só tecnologicamente, mas assim, podemos observar que através dos tempos, a gestão financeira evoluiu, também, na forma de aplicar através dos tempos, na forma de aplicar os recursos, de maneira mais ágil e, principalmente, reaproveitando os produtos, como é o caso dana logística reversa, onde os resíduos geram economia e lucro. Os recursos utilizados para incrementar o capital de giro da empresa através das demonstrações financeiras.
O giro dos recursos das empresas ocorre através de pagamento e fluxos de recebimento, ou seja, recebe dos seus clientes o valor das vendas e pagam seus funcionários, fornecedores, bancos, etc. O capital de giro representa os valores que a empresa desembolsa antes de ocorrer a venda e o recebimento da venda aos clientes.
A Demonstração do Resultado do Exercício RE (DRE) avalia a saúde financeira das empresas. É um relatório bastante detalhado e ao mesmo tempo intuitivo. A partir dele, os administradores e os gestores adquirem informações fundamentais para a tomada de decisão. Desse modo, verificamos que a DRE é um avalia a saúde financeira das empresas, independentemente de seu tratamento. 
De acordo com Hoji (2010), o objetivo econômico das empresas é o de maximizar valor de mercado e aumentar a riqueza de seus acionistas/proprietários. Isso demonstra, que ao investir na empresa, o acionista deseja um retorno compatível com o risco assumido. Desta forma, o controle e a gestão de seus recursos econômicos e financeiros, deverá estar estruturada e orientada para o atingimento de metas que agreguem valor à companhia e seus proprietários.
2.3.2 - Redução de custo que pode causar insolvência
Para realizar uma boa gestão financeira as empresas podem:
· Reduzir o tempo de estocagem dos produtos e materiais.
· Reduzir a quantidade das vendas que são feitas a prazo (dando incentivos a compras à vista) ou modificando (reduzindo) o prazo para recebimento.
· Negociar melhores contratos com fornecedores para ampliar o prazo de pagamento.
Além disso, as empresas devem saber apurar os indicadores e entender o que seu resultado traz de informações.
Segue fórmulas de cálculo com a função de realizar uma análise detalhada da situação da empresa, para evitar a liquidação da empresa.
Para realizar a análise da liquidez das demonstrações, e verificar a capacidade de pagamento de obrigações, deve-se proporcionar um entendimento maior a respeito das alternativas de ação pelas empresas para equilibrar a disponibilidade desses recursos, conhecendo a função da gestão financeira.
Segundo Assaf Neto (2010), ao analisar as demonstrações financeiras observamos que ela tem por função estudar o desempenho econômico-financeiro da empresa em determinado período, com o propósito de diagnosticar a posição atual e produzir resultados que tenham como base para a previsão de tendências futuras.
Com estas fórmulas as empresas verificam a forma de desenvolver a capacidade de analisar os fatores que influem na gestão de recursos de curto prazo nas organizações e a importância da gestão financeira através da função do Capital de Giro para manutenção das organizações.
2.4 - Realizar análise das necessidades de financiamentos
Os investidores avaliam o melhor desempenho e o crescimento da empresa. Com frequência as consequências dos índices financeiros ruins geralmente levam a custos mais altos de financiamento, e os bons índices muitas vezes significam que os investidores estarão dispostos a colocar recursos à disposição da empresa com custos mais razoáveis. Desta forma, os bancos usam os índices para determinar se concedem o crédito e, em caso positivo, qual o seu valor.
A análise do índice permite-nos um melhor entendimento das relações entre o balanço patrimonial e o demonstrativo de resultado. Por exemplo, para calcular o retorno do investimento da empresa, precisamos do valor do ativo total do balanço patrimonial e do lucro líquido do demonstrativo de resultado. Além disso, alguns indicadores podem indicar o grau de eficácia com que os ativos estão sendo usados e se a estrutura de financiamento é das melhores. Sem dúvida, o uso dos índices financeiros é um instrumento importante no planejamento financeiro moderno.
2.4.1 – Consórcio
Uma forma de estratégia empresarial e geração de capital de giro é comprar uma máquina através do consórcio. A empresa não terá gastos com juros, como é o caso do financiamento, e poderá parcelar a máquina sem tantos gastos, somente pagando taxas. Além disso, o consórcio pode, também, estar relacionado a acordos realizados entre acionistas de empresas independentes, que concordam entregar o controle das suas ações em troca de certificados de consórcio. Sendo então, autorizadas a participar do lucro comum do consórcio em questão.
Isso acontece porque o consórcio é uma forma de crédito embasada na reunião de pessoas, físicas ou jurídicas, formando uma poupança em grupo, objetivando a aquisição de um bem. Conhecida como um autofinanciamento, sem juros e do valor total parcelado.
O consórcio inicia com a parcela de cada acionista participante pode obter um bem, serviço ou ação que serão parceladas mensalmente se tornando um consorciado, e criando um grupo que pagará apenas taxas até finalizar o grupo, pagando mesmas parcelas pelo plano.
O consorciado pode ter direito de usar o crédito paraadquirir um bem, serviço ou ação, através de sorteio ou lance e ainda por assembleias mensais.
Após contemplado, o consorciado adquire o bem, serviço ou ação mas continua pagando as parcelas que se comprometeu com o grupo.
Por fim, com o encerramento do pagamento do plano, haverá um cálculo das parcelas e um residual do grupo.
Aqui observamos que o consórcio representa uma boa estratégia empresarial, aumentando a competitividade da empresa.
Por isso, o administrador precisa conhecer como planejar o orçamento e analisar os riscos e custo-benefício do negócio. Para poder estar alinhado ao mercado e ser um diferencial frente aos concorrentes analisar seus indicadores financeiros para verificar se esta tendo um grande retorno do investimento.
3 - Compreendendo como funciona a estrutura de capital
3.1.1 - O papel da estrutura de capital adequada
Brealey e Myers (1992) definem a estrutura de capital como a carteira de títulos composta pelas inúmeras combinações de diferentes títulos que a empresa pode emitir.
A teoria da estrutura de capital trata de que se devem comparar os proveitos e custos inerentes a utilização de capitais alheios (de terceiros), tendo como objetivo a maximização do valor da empresa (Gomes, 2012).
Segundo Myers (1984), através da sua teoria revela que empresas só obtém menos endividamento quando consegue ter mais lucro.
- Atributos da estrutura de capital: Conforme Titman e Wessels (1988) elenca os atributos/ fatores determinantes da estrutura de capital das empresas nos diferentes mercados, como:
· Estrutura dos ativos da empresa (colaterais);
· Usufruto de outros benefícios fiscais que não os gerados pelo endividamento;
· Expectativa de crescimento da empresa;
· Grau de singularidade da empresa;
· Tamanho da empresa;
· Volatilidade de seus resultados operacionais; e
· Lucratividade.
Se as empresas se financiassem através de lucros retidos e endividamento e emissão de ações, seriam mais lucrativas e menos endividadas (Meyer, 1984).
3.2 - Aplicando as técnicas de implantação do planejamento financeiro
A estrutura patrimonial de uma entidade também pode ser conceituada como um conjunto de capitais. Do lado do ativo estão o capital circulante e o capital não circulante, isto é, de curto prazo ou de longo prazo, ou permanente. No capital circulante, pode-se identificar uma parcela que já se encontra disponível, denominado capital disponível. No capital não circulante, pode-se identificar uma parcela de capital que tem característica de permanência na entidade, auxiliando-a na geração de benefícios econômicos futuros, chamada capital fixo ou permanente.
Do lado do passivo, tem-se o capital de terceiros, que também pode ser caracterizado como circulante e não circulante. O Patrimônio Líquido equivale ao capital próprio da entidade, formado pelo capital nominal e os resultados acumulados (lucros ou prejuízos). O capital nominal é formado pelo capital investido pelos sócios e proprietários, conhecido como capital social da entidade. A partir do ativo, por meio da soma do capital circulante com o capital não circulante, tem-se o capital à disposição da entidade multidisciplinar.
Esse valor também pode ser obtido somando-se o capital de terceiros e o capital próprio. Graficamente, é possível visualizar a estrutura de capitais adaptando a apresentação do balanço patrimonial da entidade:
Considere novamente o Balanço Patrimonial da indústria metalúrgica, criando a visualização do patrimônio da empresa como um conjunto de capitais. Nesse caso:
O capital de curto prazo da empresa equivale a R$ 275.000,00, formado pelas disponibilidades, estoques e valores a receber de clientes
Do capital circulante, o capital disponível equivale a R$ 61.000,00, formado por recursos em caixa e depósitos em conta corrente
O capital de longo prazo ou permanente equivale a R$ 450.000,00, formado pelos itens permanentes como terrenos, barracão, máquinas e equipamentos e equipamentos de informática.
O capital de terceiros é representado por capitais de curto prazo e equivale a R$ 268.000,00.
Seu capital próprio equivale a R$ 457.000,00, formado pelo capital nominal (R$ 100.000,00) e resultados acumulados (R$ 357.000,00).
O total do capital à disposição da empresa é de R$ 725.000,00 no período.
Veja como fica a representação do patrimônio do exemplo, considerando a estrutura de capitais que o formam.
A análise da estrutura patrimonial da empresa também permite identificar a situação financeira da entidade por meio da comparação dos ativos e passivos circulantes. Dessa comparação surge o valor do Capital Circulante Líquido (CCL) ou Capital de Giro Líquido (CGL), que é o resultado da diferença entre ativos circulantes e passivos circulantes.
Capital circulante líquido = Ativo circulante – Passivo circulante A interpretação do CCL permite identificar se a situação financeira é de liquidez ou de falta de liquidez. Quando o CCL é positivo (CCL > 0) tem-se uma situação de liquidez; caso contrário, de falta de liquidez (CCL < 0). A liquidez financeira representa a capacidade de a empresa honrar os compromissos com os recursos existentes em seus ativos. No caso da indústria metalúrgica, o seu CCL é positivo, equivale a R$ 7.000,00 (R$ 275.000,00 – R$ 268.000,00), ou seja, a empresa possui liquidez financeira de curto prazo. Em resumo, a identificação das estruturas de capitais que fazem parte do patrimônio da entidade permitirá aos usuários da informação contábil conhecer a real situação financeira e patrimonial em determinado período, propiciando tomadas de decisão mais assertivas.
Os usuários das informações contábeis podem ser divididos em dois grupos, segundo os modelos de contabilidade analisados: os usuários do modelo de Contabilidade Gerencial e os usuários do modelo de Contabilidade Financeira. Assim sendo, serão apresentados primeiramente os usuários das informações contábeis gerenciais, bem como para que essas informações lhes são úteis.
Podemos nos perguntar: por que são utilizados relatórios contábeis? Para que servem?
Para os gestores/administradores, por exemplo, os relatórios servem para verificar a situação da empresa, se está havendo lucro ou prejuízo, qual problema está ocorrendo e qual medida deve ser tomada para solucionar a questão.
3.2.1 - Margem de Contribuição
No competitivo mercado em que vivemos e trabalhamos, os gestores não podem se dar ao luxo de errar em suas decisões então é imprescindível ter em mãos um eficiente sistema de custeio.
Nas empresas em que gestores/administradores se utilizam da contabilidade de custos para a sua tomada de decisões, é solicitado aos respectivos departamentos de custos os relatórios contendo informações de nível gerencial. Eles são elaborados por meio das demonstrações de resultado, nas quais constam importantes informações com valores que foram orçados e realizados, além do cálculo de percentual entre eles.
Mencionando o nosso país, pode-se dizer que as empresas brasileiras, após a implantação do Plano Real, em 1994, começaram a dar importância à questão de custos, pois, antes disso, com a inflação chegando a 80% ao mês, a correção dos estoques e a correção monetária acobertavam os custos e pouco se sabia sobre o custo de produção de determinado produto e se ele estava dando lucro ou prejuízo à empresa. Atualmente, com a competição acirrada, cada vez mais se discute sobre custos, seja em qualquer setor dentro de uma empresa. Assim, podemos citar qual o custo dos insumos para produzir determinado produto, o custo de energia, o custo de venda, como se pode reduzir o custo ou ser mais eficiente e qual o custo do capital para tocar a empresa.
Atualmente, cada vez mais as empresas investem em softwares e treinamento de pessoal, com foco no levantamento de custos. Consegue-se, assim, excelentes relatórios gerenciais, que dão suporte para que o gestor tome suas decisões.
A contabilidade de custos tem por objetivo, então, captar as informações geradas dentro da empresa, sejam elas físicas ou monetárias, e, por meio delas, elaborar relatórios

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