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>DÍVIDA DE CONTRATO FORMAL: . |> Primeiro, se o contrato estava assinado por duas testemunhas ele é considerado título executivo extrajudicial, conforme o art. 714, inciso III do CPC, com prescrição em 5 anos. Ou seja, é um contrato de dívida considerada certa pelo juízo, já passível de cobrança direta, sem a apreciação da fase de conhecimento! Muito mais rápido! Então, nesse caso, basta apresentar o contrato como ação judicial, por meio de um advogado, que logo será iniciada a busca de valores ou de bens do seu devedor. ATENÇÃO: No entanto, se o contrato não possui a assinatura de duas testemunhas, não se preocupe! Há também a possibilidade de cobrança deste título na via judicial. Mas, via de regra, será necessário a fase de conhecimento antes da execução propriamente dita do valor. Ou seja, antes de começar as buscas de valores para quitar o débito, será necessário a discussão do contrato. DÍVIDA DE CHEQUE 📌 Isso porque o cheque é um título executivo extrajudicial. Mas, diferente do contrato assinado por duas testemunhas, o cheque possui apenas 6 meses como título executivo! Ou seja, se você tem um cheque em mãos com devolução é preciso executá-lo o mais rápido possível! Não perca tempo! Caso você perca o prazo, será necessário uma ação mais longa. Agora, se você já perdeu esse prazo, poderá ingressar com uma Ação Monitória em até 5 anos. E que caso seu devedor não efetue o pagamento em até 15 dias, ou apresente Embargos monitórios, será convertido em Ação de Execução, conforme art. 701, § 2º do CPC. DÍVIDAS DE NEGOCIAÇÕES INFORMAIS📌 · Contratos de boca a boca: Fechar um negócio baseado na confiança, na amizade, sem registro escrito da relação existente. Por exemplo: compra de móveis planejados sem o contrato e sem nota fiscal. · Negociações realizadas pelo Instagram: Realizado a prestação do serviço ou entrega do produto o cliente se recusa a pagar. Por exemplo: um produto parcelado via boleto em que o cliente só paga uma das parcelas. · Negociações realizadas pelo WhatsApp: Uma negociação pelo aplicativo em que a parte devedora não cumpriu com o pagamento. Por exemplo: prestado um serviço de marketing o cliente se recusa a pagar por motivações fúteis. Essas negociações não envolvem a formalidade do título executivo extrajudicial, porém elas podem se tornar títulos executivos judiciais. Explico! Diante de negociações dessa forma, quando cobrar não adianta, é preciso de ação judicial. Essa ação judicial será levada ao judiciário para apreciação e avaliação da negociação. Assim que avaliado, o juízo poderá condenar ao pagamento seu devedor, o que irá gerar um título executivo judicial! Ou seja, sua sentença que determina o pagamento, será seu título para cobrança. Dessa forma, no próprio processo seu advogado iniciará o cumprimento dessa sentença, cobrando valores daquele que não cumpriu com o pagamento do seu serviço ou produto. Considerações importantes: Há sim, outros meios para realizar negociações, inúmeros! Seja qual for ele, haverá duas saídas, ou a ação de conhecimento, ou a execução! Certo é que, sempre será melhor processar uma pessoa por dívida começando já com a execução (satisfação) do valor! Por isso, sempre opte por formalizar suas transações, seus negócios! Principalmente com a confecção de contratos eficazes, revisados juridicamente, e direcionados ao seu produto ou serviço. Cobrança Abusiva📌 O Código de Defesa do Consumidor em seu artigo 42, proíbe que o consumidor que esteja devendo seja cobrado de forma abusiva, ou seja, de maneira que lhe cause algum tipo de constrangimento, ou por meio de ameaça. O artigo 71 do mesmo diploma legal vai além e tipifica como crime cobranças realizadas por meio de ameaça, coação, constrangimento, afirmações falsas incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o consumidor a situação vexatória ou atrapalhe sua rotina de trabalho ou lazer. A pena prevista é de 3 meses a 1 ano de detenção e multa. Veja o que diz a Lei: Código de defesa do Consumidor - Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Da Cobrança de Dívidas Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça. Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.
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