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Caderno EXECUÇÕES CÍVEIS

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EXECUÇÕES CÍVEIS
Aula 1 – 22/02/2021
Autores:
DANIEL ASSUNÇÃO NEVES
HUMBERTO TEODORO JR.
GUILHERME DE SOUZA NUCCI
AURY LOPES JR.
NESTOR TÁVORA E ROSMAR ALENCAR
ef3e
Primeira prova: 12/04 (alternativas)
Regimental: 14/06 – 3 questões, casos práticos, análise jurisprudência, não vai ser
questão conceitual.
e-mail profe: professor.luizeduardo@uol.com.br
________________________
- atuação do estado se substituindo como jurisdição em substituição à nossa
vontade.
- Estado juiz – me substitui na tarefa de cobrar quem me deve
- Estado inicia a perseguição ao patrimônio do devedor
- devedor pode se defender (já paguei, assinatura é falsa...) – menos argumentos
aceitos que no processo de conhecimento
* ANTES: era processo autônomo, o que favorecia o devedor (demora) – tanto para
execução de título judicial (sentença) como para extrajudicial (duplicata, por ex.).
- depois das mudanças (2005, 2006, 2015) – virou espécie de anexo, continuidade
do processo de conhecimento. – processo sincrético
- extrajudicial não tem fase de conhecimento, porque já é uma espécie de sentença.
EXCEÇÕES: Cumprimento de sentença arbitral, penal condenatória ou estrangeria
– haverá processo autônomo, mas depois da citação segue o procedimento do
cumprimento de sentença.
-Artigos 513 a 538 do CPC – artigos do cumprimento de sentença. – artigos gerais.
- artigos 771 a 925 – artigos processo de execução – aqui mais pra títulos
extrajudiciais.
EXECUÇÃO: quando for imposta uma obrigação e seu responsável não a cumprir
espontaneamente. Para que esse direito possa ser exercido por seu titular, é
necessário que haja intervenção do Estado.
- pressupõe uma obrigação sob a qual não pairam incertezas quanto a sua
existência e titularidade, cabendo ao estado forçar aquele que tem o dever de
cumpri-la a fazê-la. Constitui-se de três elementos: OBRIGAÇÃO IMPASSÍVEL DE
DISCUSSÃO (título executivo), O TITULAR DESTA (exequente, quem cobra) e
AQUELE QUE DEVE CUMPRI-LA (executado).
------ Conhecimento: juiz julga, decide / Execução: juiz executa, realiza.
- providenciar as operações práticas necessárias para efetivar o conteúdo da regra,
para modificar os fatos da realidade (certeza do direito do credor).
- Estado promove atividade que competia ao devedor exercer execução forçada.
INSTRUMENTOS DA SANÇÃO EXECUTIVA
- Sub-rogação: Estado-juiz substitui-se ao devedor no cumprimento da obrigação
(busca e apreensão, alienação por leilão, desapossamento, expropriação).
- Coerção: exercer pressão sobre o devedor para tentar obter a execução
específica, tais como “astreintes”.
● Tipos de execução
MEDIATA E IMEDIATA
- imediata: nos mesmos autos em que tramitou a fase de conhecimento. Natureza
sincrética. Execução de títulos judiciais, exceto sentença arbitral, pela condenatória
e estrangeira homologada.
- mediata: instauração de processo autônomo de execução. Execução de títulos
extrajudiciais, cumprimento de sentença arbitral, penal condenatória e decisões
estrangeiras.
ESPECÍFICA
- dar, fazer ou não fazer. Realização do mesmo modo como se tivesse sido
cumprida espontaneamente.
- art. 515 – são títulos executivos judiciais....
- art. 784 – são títulos executivos extrajudiciais...
● Quanto ao caráter
DEFINITIVA: fundada em título judicial e extrajudicial.
- cumprimento de sentença já transitada em julgado será sempre definitivo, ainda
que haja recurso contra impugnação rejeitada.
- execução de título judicial também é sempre definitiva (súmula 317 STJ).
• Importante: pode haver decisão favorável ao executado. Se a decisão que
constituiu o título for revertida, o exequente será responsabilizado por eventuais
perdas e danos causados (responsabilidade objetiva).
• Art. 776: “o exequente ressarcirá ao executado os danos que este sofreu,
quando a sentença, transitada em julgado, declarar inexistente, no todo ou em
parte, a obrigação que ensejou execução”.
PROVISÓRIA: fundada em sentença ou decisão pendente de recurso desprovido de
efeito suspensivo – RE e RESP (artigo 520 CPC). – em recursos que não têm efeito
suspensivo.
Se a sentença vier a ser reformada, o exequente deverá arcar com as perdas e
danos sofridos pelo executado, os quais serão liquidados nos mesmos autos.
o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem
transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos
quais possa resultar grave dano ao executado, dependem de CAUÇÃO suficiente e
idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos.
Em alguns casos essa caução pode ser dispensada (posso executar a dívida, pedir
o cumprimento provisório e não depositar o valor em garantia):
- crédito de natureza alimentar
- credor demonstrar em situação de necessidade (não tem condição de caucionar
valores)
- quando tenho agravo contra decisão que não permitiu a admissão de recurso
especial ou extraordinário
- sentença a ser provisoriamente cumprida em consonância com súmula do STF ou
STJ ou em conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos
(ou seja, grande chance de a sentença ser confirmada).
- extrajudicial: não há execução provisória.
- judicial: depende (se o recurso tem ou não efeito suspensivo)
RESPOSTA: B
B) Qual seria a primeira decisão a ser proferida nos autos do cumprimento de
sentença?
RESPOSTAS:
A) Sim instrumento correto, por se tratar de título executivo judicial (como foi
homologado, se transformou em título executivo judicial). Como se passaram 6
meses, ela já está em mora, portanto é possível cobrar os 150.000 (valor correto,
metade).
B) Artigo 523, execução em quantia certa. Executado é intimado a pagar o
débito em 15 dias (Maria), acrescido de custas, se houver. Não ocorreu pagamento
no prazo? Acrescenta multa de 10% e mais honorários de 10%.
RESPOSTAS:
A) Não houve prescrição. Começaria a partir dos 18 anos, quando o prazo
prescricional passaria a ser de 2 anos
B) Posso ter as duas medidas nesse caso, mas a melhor opção, num primeiro
momento, seria uma medida de sub-rogação (bloqueia saldo de conta, coloca bens
em leilão, etc.).
__________________________________________________________________
Aula 2 – 01/03/2021
Daniel assunção neves – código bom
PROCEDIMENTOS PROCESSUAIS PENAIS
• Diferença entre Processo/Procedimento e Ação
- Processo é o conjunto de regras e princípios da persecução penal.
- Procedimento é a sucessão de atos no tempo.
- Ação é o direito subjetivo de buscar a aplicação do direito de punir.
DIREITO DE AÇÃO + PROVOCAR O ESTADO
• Diferença entre Procedimento e Rito
- Rito é também uma sucessão de atos no tempo, mas com uma ordem rígida
preestabelecida na lei.
LEMBRANDO: inquérito policial é um procedimento administrativo, mas que não
tem rito. Depende da discricionariedade da autoridade policial, o delegado decide a
ordem dos atos.
- Procedimentos judiciais tem RITO.
• Procedimentos Processuais Penais
COMUNS: ordinário, sumário, sumaríssimo.
• Critério: levar em conta a quantidade da pena.
ORDINÁRIO: sanção máxima (para crimes mais graves) igual ou superior a 4 anos
de PPL.
SUMÁRIO: sanção máxima cominada menor do que 4 anos, mas desde que seja
maior que 2 anos.
SUMARÍSSIMO: infrações de menor potencial ofensivo (art. 61 da lei 9.099/95:
contravenções penais, com pena máxima superior a 2 anos). juizado especial
criminal.
Especiais se aplicam a crimes determinados. Ex.: júri, dos crimes contra a honra,
dos crimes funcionais, crimes da Lei de Drogas...
- O juiz de garantias foi instituído no pacote anticrime, porém ainda não foi
regulamentado, já que estão discutindo a constitucionalidade dele, mas seria um juiz
que fiscalizaria o rito e outro que cumpriria as funções de dar andamento no
processo.
(Aula passada- assunto sobre distinção entre título executivo, judicial e extrajudicial)
1) Principios Gerais da Execução
Princípio da autonomia; da patrimonialidade; do exato adimplemento; da
disponibilidade do processo pelo credor;utilidade; menor onerosidade; contraditório;
outros princípios.
-Conceito de Principio (Robert Alexy) : uma norma que ordena que algo seja
realizado na maior medida possível, dentro das possibilidades fáticas e jurídicas.
Constituem mandados – ou mandamentos – de otimização”.
-Hoje em dia entende-se que os princípios não são mais meras bases de
sustentação, e sim que devem ser usados como base de sustentação e
argumentação.
-Balanceamento entre princípios e não antinomia entre eles (tudo ou nada)
a) Principio da Autonomia:
-Execução autônoma em relação ao conhecimento
-Mesmo no processo sincrético, fases e atos são bem delimitados, razão pela qual
parte da doutrina continua falando em autonomia das fases, embora nesse caso não
exista autonomia dos processos
- Embora tenha uma continuação numa fase seguinte, tanto a fase de conhecimento
quanto a parte de cumprimento da sentença são totalmente diferentes. Os atos são
completamente diferentes.
b) Principio da Patrimonialidade/Realidade:
-Toda execução é real (CPC Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens
presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições
estabelecidas em lei.)
-Exceção: Alimentante, bens impenhoráveis (CPC arts. 832 a 834), bens de família
(lei 8009- possui uma definição elástica de família- até uma pessoa que more
sozinha ou seja divorciada pode ser considerada uma família)
-Evolução: Pessoalidade(ex. perder a liberdade ou responder com o próprio corpo
pelas suas dividas) -> Patrimonialidade -> Patrimonialidade com ressalvas
-Pode alcançar todo o patrimônio do devedor? Com ressalvas, aquilo que não atingir
a dignidade da pessoa humana, que não comprometer a existência da mesma.
-Na execução pode parecer que a autoridade judiciaria fica inerte aguardando, mas
não é assim; Os instrumentos que o CPC coloca a disposição do judiciário não são
para fazê-lo inerte.
***EXEMPLO - Poderes do juiz- Art. 139- IV - determinar todas as medidas
indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar
o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto
prestação pecuniária (----- caso de execução-------)
-Deixou um exemplo de julgado disponível que mostra essa parte da execução pelo
judiciário
Art. 832. Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera impenhoráveis
ou inalienáveis.
Art. 833. São impenhoráveis:
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência
do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades
comuns correspondentes a um médio padrão de vida; III - os vestuários, bem como
os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor; IV - os
vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos
de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias
recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua
família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal,
ressalvado o § 2º ; V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os
instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão
do executado; VI - o seguro de vida; VII - os materiais necessários para obras em
andamento, salvo se essas forem penhoradas; VIII - a pequena propriedade rural,
assim definida em lei, desde que trabalhada pela família; IX - os recursos públicos
recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde
ou assistência social;
X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta)
salários-mínimos; XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido
político, nos termos da lei; XII - os créditos oriundos de alienação de unidades
imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra.
§ 1º A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao próprio
bem, inclusive àquela contraída para sua aquisição.
§ 2º O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora
para pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem
como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimos mensais,
devendo a constrição observar o disposto no art. 528, § 8º, e no art. 529,
§ 3º Incluem-se na impenhorabilidade prevista no inciso V do caput os
equipamentos, os implementos e as máquinas agrícolas pertencentes a pessoa
física ou a empresa individual produtora rural, exceto quando tais bens tenham sido
objeto de financiamento e estejam vinculados em garantia a negócio jurídico ou
quando respondam por dívida de natureza alimentar, trabalhista ou previdenciária.
Art. 834. Podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos e os rendimentos
dos bens inalienáveis.
c) Principio do Exato Adimplemento:
- A execução tem por finalidade apenas a satisfação do direito do exequente –
resultado espontâneo, nem mais nem menos
-Busca pelo mesmo resultado que o cumprimento espontâneo produziria
-Legislador tem criado instrumentos para possibilitar a execução específica
-OU SEJA: a execução é apenas para satisfação do crédito, não é para humilhar o
devedor e nem fazer com que o credor receba além do que seja cabível.
Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz,
se procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências
que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
Parágrafo único. Para a concessão da tutela específica destinada a inibir a prática,
a reiteração ou a continuação de um ilícito, ou a sua remoção, é irrelevante a
demonstração da ocorrência de dano ou da existência de culpa ou dolo.
Art. 498. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a
tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação.
Parágrafo único. Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e pela
quantidade, o autor individualizá-la-á na petição inicial, se lhe couber a escolha, ou,
se a escolha couber ao réu, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo
juiz.
Art. 499. A obrigação somente será convertida em perdas e danos se o autor o
requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado
prático equivalente.
d) Principio da Disponibilidade:
- O exequente não esta obrigado a executar seu título, tampouco prosseguir com a
execução quando não mais a deseja. Nisso difere do processo de conhecimento em
que a pare contraria, após citada, precisa ser intimida e concordar.
-O pedido foi julgado procedente, a sentença transitou em julgado, sou obrigado?
NÃO! O crédito é seu e você faz o que quiser com ele. Inclusive não receber. Voce
não é obrigado a cobrar esse débito.
-Desistir de cobrar é escolher que por hora não quero cobrar, já renunciar ao crédito
é dizer que nunca mais vai querer cobrar.
IMPORTANTE: desistência NÃO É renuncia ao credito! Porém, se impugnar ou
opuser embargos, exequente precisará concordar com a desistência
PERGUNTA: Se ajuizado cumprimento de sentença (titulo executivo judicial) tanto
processo de execução (titulo executivo extrajudicial), quais os meios de defesa que
o executado tem a sua disposição?
1- Se for titulo executivo judicial, a impugnação, que ocorre nos próprios autos
2- Se for titulo executivo extrajudicial, os embargos de execução, que ocorrem em
autos apartados
-Se você credor (exequente) desistir e a parte contraria tiver impugnado ou imposto
embargos, a parte precisa concordar com essa desistência. Se a parte não foi
citada, pode desistir numa boa.
- No processo de conhecimento se a outra parte já foi citada ou intimada não pode
desistir. No processo de execução PODE DESISTIR ainda que a outra parte já
tenha sido citada, a menos que já tenha havido impugnação ou embargos.
- A prescrição é o tempo do titulo,conforme a natureza da obrigação.
Art. 775. O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas
alguma medida executiva.
Parágrafo único. Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte:
I - serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre
questões processuais, pagando o exequente as custas processuais e os honorários
advocatícios;
II - nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do
embargante.
e) Principio da Utilidade:
-A execução deve ser útil ao credor e não apenas um meio de prejudicar o devedor
Art. 836. Não se levará a efeito a penhora quando ficar evidente que o produto da
execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das
custas da execução.
§ 1º Quando não encontrar bens penhoráveis, independentemente de determinação
judicial expressa, o oficial de justiça descreverá na certidão os bens que guarnecem
a residência ou o estabelecimento do executado, quando este for pessoa jurídica.
f) Principio da Menor Onerosidade:
-A execução deve se realizar de forma menos gravosa ao devedor
-Aplicável quando houver vários modos de atingir o mesmo resultado. Não se pode
invocar uma medida menos gravosa ao devedor se for mais gravosa ao credor,
afinal a execução se estabelece em favor deste.
EX.: penhora de faturamento quando da pandemia
Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz
mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa
incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de
manutenção dos atos executivos já determinados.
g) Principio do Contraditório:
- Muito já se discutiu a respeito, e parte da doutrina chegou a afirmar que tal
principio não se fazia presente na execução, até mesmo porque a defesa do
executado era feita tao somente por meio de interposição de embargos, os quais
tem natureza de Ação.
-Hoje, é pacífico o entendimento que, embora a amplitude seja menor, se
comparado ao processo/fase de conhecimento, o contraditório se faz presente
também na execução, por meio de embargos (caso de TEE) e impugnação (caso de
TEJ), além das manifestações durante a penhora (Não necessariamente conforme
os bens forem sendo bloqueados o credor precisa aceitá-los).
- “´É preciso lembrar que, embora o mérito não se julgue no processo executivo,
deixar absolutamente de julgar o juiz da execução não deixa. Nem só de mérito
existem sentenças, nem só sentenças profere o juiz, pois seria inconcebível um juiz
robô, sem participação inteligente e sem poder decisório algum; O juiz é
seguidamente chamado a proferir juízos de valor no processo de execução, seja
acerca dos pressupostos processuais, condições da ação ou dos pressupostos
específicos dos diversos atos levados ou a levar a efeito” (Cândido Rangel
Dinamarco)
-CF, art. 5º, LV – aos litigantes, em processo judicial ou adm, e aos acusados em
geral, são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a
ela inerentes.
-CPC, art 7º - É assegurado às partes paridade de tratamento em relação ao
exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos
deveres e a aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo
contraditório.
h) Outros Princípios:
- Principio do Título (NULLA EXECUTIO SINE TITULO) e da sua
Tipicidade/Taxatividade à A execução sempre se baseia em um título executivo e
somente a lei estabelece que atos ou documentos tem força executiva
- Principio da Subsidiariedade à refere-se a aplicação subsidiaria das regras do
processo de execução ao cumprimento da sentença e vice versa.
Art. 513. O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título,
observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no
Livro II da Parte Especial deste Código.
Art. 771. Este Livro regula o procedimento da execução fundada em título
extrajudicial, e suas disposições aplicam-se, também, no que couber, aos
procedimentos especiais de execução, aos atos executivos realizados no
procedimento de cumprimento de sentença, bem como aos efeitos de atos ou fatos
processuais a que a lei atribuir força executiva.
Parágrafo único. Aplicam-se subsidiariamente à execução as disposições do Livro I
da Parte Especial.
-Principio da Lealdade e Boa-Fé à
Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de
acordo com a boa-fé.
Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou
omissiva do executado que:
I - frauda a execução;
II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos;
III - dificulta ou embaraça a realização da penhora;
IV - resiste injustificadamente às ordens judiciais;
V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e
os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso,
certidão negativa de ônus.
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em montante
não superior a vinte por cento do valor atualizado do débito em execução, a qual
será revertida em proveito do exequente, exigível nos próprios autos do processo,
sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material.
-Principio da Efetividade e da Razoável duração do processo à
Art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do
mérito, incluída a atividade satisfativa
-Principio da Cooperação
Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha,
em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
- Ainda acontece de forma tímida no processo de execução.
-Principio da Proporcionalidade e Razoabilidade
Art. 8º Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às
exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa
humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a
publicidade e a eficiência.
-Principio do Desfecho Único
O processo de execução se desenvolve com um único objetivo: entregar ao
exequente, dentro da maior proximidade possível, tutela idêntica a que obteria sem
o processo. Executado obterá em seu favor no máximo a extinção do processo nas
hipóteses do artigo 485 do CPC.
-Principio do Ônus da Execução
Todas as despesas da execução devem ocorrer à custa do devedor
2- Títulos Executivos
-Atividade Judicial desenvolvida não mais visando declarar quem tem razão, mas
determinar as providencias práticas para que ele seja cumprido.
-Francesco Carnelutti: o processo de conhecimento transforma o fato em direito e o
processo executivo demuda o direito em fato.
Art. 782. Não dispondo a lei de modo diverso, o juiz determinará os atos executivos,
e o oficial de justiça os cumprirá.
§ 1º O oficial de justiça poderá cumprir os atos executivos determinados pelo juiz
também nas comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na
mesma região metropolitana.
§ 2º Sempre que, para efetivar a execução, for necessário o emprego de força
policial, o juiz a requisitará.
§ 3º A requerimento da parte, o juiz pode determinar a inclusão do nome do
executado em cadastros de inadimplentes.
§ 4º A inscrição será cancelada imediatamente se for efetuado o pagamento, se for
garantida a execução ou se a execução for extinta por qualquer outro motivo.
§ 5º O disposto nos §§ 3º e 4º aplica-se à execução definitiva de título judicial.
CASO PRÁTICO 1:
(FGV/OAB) - Renato contratou a compra de uma obra de arte de Sebastião,
mediante documento particular escrito e assinado pelas partes e duas testemunhas.
Do contrato constou cláusula para a efetiva entrega do bem no prazo de um ano
contado a partir da assinatura do contrato, em cujo momento Renato pagaria o
restante do preço, equivalente a 30% do valor avençado. Passado esse prazo,
Renato, embora não tenha quitado a parcela final, notifica Sebastião para que
entregue obem e, diante da resistência do mesmo, moveu ação de execução para
entrega de coisa, objetivando haver o bem.
Citado regularmente no processo de execução instaurado, Sebastião pretende
apresentar resistência, ante a ausência do pagamento do saldo.
Diante da situação descrita, responda aos itens a seguir.
a) Essa execução será movida através de ação autônoma ou fase de
cumprimento de sentença?
-Se o titulo executivo é extrajudicial, a ação so pode ser autônoma, não há
cumprimento de sentença
b) Existe a possibilidade de exercício do contraditório e da ampla defesa
em ação de execução?
-Sim, por meio de embargos de execução. Sebastião poderia alegar exceção de
contrato não cumprido (ar 477 do CC).
c) Como fazer valer o principio do exato adimplemento nessa situação?
Cabem medidas de sub-rogação ou medidas coercitivas?
- Cabe medida coercitiva, que seria multa por parte so sebastião ate a entrega
efetiva da obra de arte, se os embargos forem julgados improcedentes. Se forem
julgados procedentes, não cabe.
CASO PRÁTICO 2
Marcos teve, em fase de cumprimento de sentença, penhorada a quantia de
R$25.000,00 através do sistema Sisbajud, para satisfação de divida reconhecida em
sentença proferida ao termino da fase de conhecimento. Intimado da penhora,
Marcos apresenta impugnação, fundamentada no artigo 805 do CPC, alegando que
a forma menos onerosa de satisfação do debito seria pela penhora de uma maquina
que produz tampas de garrafa, que esta guardada em um deposito e sem utilização
desde que sua empresa encerrou as atividades, sendo gravosa sob a ótica do
devedor a penhora sobre parte do dinheiro que possui depositado junto a instituição
financeira
Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz
mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa
incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de
manutenção dos atos executivos já determinados.
a) É cabível o exercício do contraditório e da ampla defesa e, fase de
cumprimento de sentença através da mencionada impugnação?
-Sim, pois o credor tem que se manifestar para aceitar ou rejeitar.
b) O pedido de Marcos deve ser acolhido?
-Não, pois a penhora deve ser feita preferencialmente em dinheiro e foi feita em
dinheiro, então a menos que o próprio credor falasse que abre mão do dinheiro e
que queria a maquina, não pode acontecer. Fica a critério do credor: se este
recusar, a penhora se mantem no valor de 25 mil e a maquina não serve pra nada.
O credor pode aceitar se se sentir beneficiado e for uma roca vantajosa para ele.
- O pedido de marcos não deve ser acolhido a luz do artigo 835, par. 1º, a penhora
ocorreu em dinheiro, meio por excelência de constrição. No entanto, se o credor
aceitar a substituição do dinheiro pelo bem, intimado na forma do artigo 847 par. 4º,
a penhora ocorreria em relação a maquina de tampas de garrafa, liberando-se o
dinheiro.
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Aula 3 – 08/03/2021
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL
- Onde posso ajuizar? Quem pode ajuizar? Quem pode pagar a dívida? (“cheiro” de
direito obrigacional).
• Competência para processamento do cumprimento da sentença
Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:
I - os tribunais, nas causas de sua competência originária;
II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de
sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal
Marítimo.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo
juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os
bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a
obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo
será solicitada ao juízo de origem.
- casos do inciso I:
* ação rescisória - já é interposta diretamente nos Tribunais. Ação demorada, cara e,
na maioria dos casos, fadada ao fracasso. Então na maioria das vezes não é
ajuizada.
* improbidade administrativa – por causa do foro privilegiado.
- inciso III: Tribunal Marítimo, apesar do nome, é apenas Administrativo.
- incisos I e II competência funcional, logo, absoluta.
- inciso III competência relativa (regras gerais de competência – art. 46 e seguintes)
• parágrafo único da opções, mas competência permanece absoluta no caso
do inciso II, embora concorrente.
Possibilidades:
- cumprimento no mesmo juízo em que tramitou o processo de conhecimento
- juízo do atual domicílio do executado
- juízo do local onde se encontram os bens sujeitos à execução
- juízo do local onde deve ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer.
Se optar por uma das possibilidades previstas no parágrafo único, exequente
deverá propor ação e, o magistrado, recebendo e reconhecendo sua competência,
solicita os autos do processo de conhecimento (ao final os autos serão arquivados
onde tramitou a EXECUÇÃO).
- Pode ser suscitado conflito positivo de competência.
• Cumprimento de sentença que ficou ALIMENTOS
- Art. 528, §9º
§ 9º Além das opções previstas no art. 516 , parágrafo único, o exequente pode
promover o cumprimento da sentença ou decisão que condena ao pagamento de
prestação alimentícia no juízo de seu domicílio.
- domicílio do alimentando (criança/adolescente/adulto estudante).
• Competência para execução de título extrajudicial
Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo
competente, observando-se o seguinte:
I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição
constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos;
II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de
qualquer deles;
III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá
ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente;
IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será
proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente;
V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em
que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o
executado.
• Como posso modificar a competência relativa?
- Conexão (art. 55, §2º) ou Prorrogação (art. 65)
CONEXÃO: exemplo é dívida de condomínio.
PRORROGAÇÃO: contrato tem cláusula de foro eleito para o caso de conflitos (ex.:
fica eleito o foro de Campinas para dirimir conflito), porém eu sou de São Paulo, e a
parte contrária peticionou aqui em São Paulo mesmo. Aí teria que encaminhar para
o foro competente (Campinas), porém eu não me importo e prorrogo a competência
do foro que recebeu a ação (São Paulo), pra ele mesmo julgar, sem mandar para o
foro eleito em contrato.
• Partes na execução
- Legitimidade: exequente e executado.
- necessário ter interesse e legitimidade (artigo 17)
- ninguém pode pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado
pelo ordenamento jurídico (art. 18)
- Parágrafo único: havendo substituição processual, o substituído poderá intervir
como ASSISTENTE LITISCONSORCIAL (não posso agir como se fosse a parte
original).
---- Legitimidade ativa do EXEQUENTE
- artigo 778 + parágrafos credores e quem pode cobrar por eles.
Art. 778. Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere título
executivo.
§ 1º Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em sucessão ao
exequente originário:
I - o Ministério Público, nos casos previstos em lei;
(normalmente ação envolvendo direitos difusos e coletivos – meio ambiente, CDC,
improbidade, termo de ajustamento de conduta mitigar efeitos de ação danosa que
a empresa vai causar com a atividade que realiza, espécie de acordo assinadocom
empresa. Se ela descumpre esse acordo, MP pode atuar, executar esse termo. Não
passa pela fase de conhecimento, por si já é um título executivo extrajudicial).
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte
deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo;
III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for transferido
por ato entre vivos;
IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional.
§ 2º A sucessão prevista no § 1º independe de consentimento do executado.
- artigo 346 traz a sub-rogação legal e o 347 traz a sub-rogação convencional.
------- Legitimidade passiva – EXECUTADO
- a execução pode ser promovida contra... artigo 779.
Art. 779. A execução pode ser promovida contra:
I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo;
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;
(sucessor responde até o limite das forças da herança)
III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação
resultante do título executivo;
(Necessária anuência expressa. O silêncio é interpretado como recusa)
IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial;
V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito;
VI - o responsável tributário, assim definido em lei.
LITISCONSÓRCIO NA EXECUÇÃO: é possível, mas tem que observar a natureza
da ação.
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
- Denunciação da lide e chamamento ao processo tem a finalidade de constituir
título contra o terceiro, seja para exercício de regresso (denunciação da lide) ou
contra afiançado ou devedor solidário (chamamento). Não admitidas no processo de
execução.
- Há ampliação objetiva na denunciação e subjetiva no chamamento.
Assistência: há controvérsia, pois assistente tem interesse que a sentença seja
favorável a ele.
Incidente de desconsideração de personalidade jurídica: artigo 134. Cabível em
todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na
execução de título extrajudicial.
Amicus curiae:
Questões:
RESPOSTA:
a) Tem que ter requerimento da parte interessada.
b) Não é processo autônomo, é incidente.
c) CORRETA
d) É admissível, sim, desde o Código de 2015.
RESPOSTA: Não. Teria que ter incluído a empresa ainda na fase de conhecimento.
O ideal ainda seria ter colocado a empresa como polo passivo, e não João. Não
seria justo ela pagar uma dívida relativa a uma ação da qual ela nem participou na
fase de conhecimento.
RESPOSTAS: artigo 516, Parágrafo Único.
A) Se ficasse provado que a Capital seria o local onde se encontram os bens do
devedor ou ele próprio.
B) Sim. Caso foi provado que foi um pedido abusivo do exequente, os autos
podem ser mandados de volta a Ribeirão Preto.
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Aula 4 - 15/03/2021
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA EXECUÇÃO (e cumprimento de sentença)
1- Inadimplemento do devedor (exigibilidade da obrigação)
2- Título executivo (assegura grau suficiente de certeza da obrigação)
(artigos 783 e 786 da Lei 11.101/2005)
INADIMPLEMENTO: pode ser absoluto ou relativo (mora).
- Mora ex persona e ex re (independe de interpelação judicial, vc já sabe que
venceu, ninguém precisa notificar ninguém pra constituir a mora).
- LUGAR DO PAGAMENTO: obrigações quesíveis (domicílio do DEVEDOR – artigo
327 do CC).
- PROVA DO PAGAMENTO: entrega do título ou quitação (art. 320 e parágrafo
único do CC). pix, transferência bancária... já servem como prova. obrigações
quesíveis (pagas no domicilio do devedor, e as portáveis são pagas no domicilio do
credor) – (obrigação portable e quérable)
Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes
convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da
obrigação ou das circunstâncias.
Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre
eles.
Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular,
designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por
este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu
representante.
Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a
quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida.
-Não adianta prova testemunhal, precisa ter uma prova escrita.
***Obrigações líquidas à são obrigações mensuráveis pelo valor, calculáveis pelo
valor.
-As execuções baseadas em titulo executivo extrajudicial precisam ser sempre
liquidas!!! Precisa de um valor ou coisa certa. Se há uma sentença, há a
possibilidade de terem valores ilíquidos, pois dependem de avaliação posterior. EX.:
ação de conhecimento em que alguém colidiu o seu veiculo contra um uber e houve
culpa de quem colidiu, precisa reparar os danos, e faltou provar qual foi o prejuízo
total que o motorista teve por ficar X dias parado. Se na fase de conhecimento não
foi possível provar.
-Ou seja, título executivo EXTRAJUDICIAL precisa ter LIQUIDEZ ; já o titulo
JUDICIAL pode ou não ter liquidez.
- TEMPO DE PAGAMENTO: (mora ex persona e ex re)
-Mora ex re é aquela que independe de interpelação judicial, você já sabe que
venceu. Não precisa de notificação para constituir mora. Em alguns casos a lei
exige que a pessoa seja notificada para constituir a mora, mesmo já tendo uma data
e que o devedor sabe que já deve.
***Obrigações condicionais e a termo à são elementos acidentais ao NJ (condição,
termo e encargo).
-Obrigações condicionais são aquelas que se subordinam a ocorrência de um
evento futuro e incerto para atingir seus efeitos.
-Obrigações a termo submetem seus efeitos a acontecimentos futuros e certos, em
data pré-estabelecida. O termo pode ser final ou inicial, dependendo do acordo
produzido.
***Obrigações Bilaterais e a exceção do contrato não cumprido à possibilidade nas
relações contratuais de que uma parte que não cumpriu com a sua obrigação não
possa exigir que a outra parte faça a parte dela.
Art. 787. Se o devedor não for obrigado a satisfazer sua prestação senão mediante
a contraprestação do credor, este deverá provar que a adimpliu ao requerer a
execução, sob pena de extinção do processo.
Parágrafo único. O executado poderá eximir-se da obrigação, depositando em
juízo a prestação ou a coisa, caso em que o juiz não permitirá que o credor a receba
sem cumprir a contraprestação que lhe tocar.
TÍTULO EXECUTIVO
* Natureza Jurídica
a) Documento que prova o débito (Carnelutti) – Ausência de Autonomia
b) Ato capaz de desencadear a sanção executiva (Liebman) – Autonomia Absoluta
c) Ato e documento, simultaneamente – Título continente e crédito conteúdo
(adotada por Sérgio Shimura, Araken de Assis e Humberto Theodor, entre
outros)
-Pois o título amarra o crédito, que é o conteúdo.
*Rol é Taxativo, tanto do título executivo extrajudiciais quanto judiciais à é taxativo
por uma questão de segurança jurídica, para garantir que seja cobrado por aquilo
que a lei estabelece
-Tipicidade, com criação de modelos
-Pluralidade de títulos
Art. 780. O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em
títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que para todas elas
seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento.
- Celeridade e economia processual
-Cópia do título admitida apenas em situações excepcionais (ex.: cheque juntado ao
processo criminal)
**Requisitos do título executivo (da obrigação)
a) Certeza: título deve demonstrar , em abstrato, a existência do débito ( na
debeatur = se deve)
b) Liquidez: quantum debeatur = quanto deve. Títulos extrajudiciais devem ser
sempre líquidos, judiciais admitem a liquidação antes do cumprimento de
sentença ( Título judicial ilíquido – o titulo ainda depende de apuração)
c) Exigibilidade (depende da mora, precisa ter vencido já, não pode ser data
futura)
**Títulos Executivos JUDICIAIS
Art. 515. Sãotítulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com
os artigos previstos neste Título:
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de
obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante,
aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários
tiverem sido aprovados por decisão judicial;
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
VII - a sentença arbitral;
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta
rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;
X - (VETADO).
§ 1º Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o
cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo e versar
sobre relação jurídica que não tenha sido deduzida em juízo.
PS.: Títulos judiciais que exigem uma fase de cumprimento de sentença à EPA –
estrangeira, penal e arbitral – pois são arguidos fora do juízo cível e chegam a esse
juízo exatamente para ter cumprimento da sentença;
-o juízo arbitral não tem possibilidade de coerção, apenas o juízo togado, investido,
então a sentença arbitral fica dependente do juízo cível pois não tem autorização
legal.
I-As decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de
obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa:
-Não necessariamente sentença (decisão parcial de mérito)
-Não exige trânsito em julgado (execução provisória quando pendente recurso sem
efeito suspensivo) – (execução provisória é quando o recurso não te efeito
suspensivo eu já posso executar provisoriamente o valor que foi fixado no titulo
condenatório. EX.: suponhamos que tenho um agravo que fixou uma multa para
determinada empresa, essa empresa agravou da decisão, esse agravo foi recebido
sem efeito suspensivo, ou seja, se e quiser executar essa multa, ainda que o
processo não tenha terminado e sem trânsito em julgado, eu posso, mas há o risco
de mais pra frente ter que devolver o dinheiro)
-No que diz respeito a sentenças. Restringe-se as condenatórias (declaratórias,
como a que reconhece a paternidade ou constitutivas, como a de divorcio, não
necessitam de execução)
Natureza condenatória – obriga a parte vencida a pagar, entregar, fazer ou não fazer
algo
Natureza declaratória – não teve condenação, não quer dizer que não há
consequência patrimonial.
Natureza constitutiva – não esta pedindo condenação e sim que haja mudança de
um determinado estado jurídico de uma determinada pessoa ou relação
-Conforme o tipo de obrigação que condenou o executado, diverso será o
procedimento (pagar quantia, entregar, fazer e não fazer)
II- A decisão homologatória de autocomposição judicial
-Ainda que envolva matéria não posta em juízo ou pessoa que não participou do
processo
-Inclui o acordo e o reconhecimento do pedido
-EX.: joao deve pra Leopoldo e ele ajuíza ação contra ele. Joao então chega pra
Leopoldo e chegam a um acordo para joao pagar 100 por mês por 5 anos. Nos
primeiros 5 meses paga direito, mas do 6 em diante os pagamentos param. Joao
enganou Leopoldo e não vai pagar mais. O Leopoldo pode transformar essa
cobrança do acordo em um título executivo judicial, executando novamente.
III- A decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer
natureza
-Procedimento de jurisdição voluntaria previsto nos artigos 719 e ss. Do CPC
Art. 719. Quando este Código não estabelecer procedimento especial, regem os
procedimentos de jurisdição voluntária as disposições constantes desta Seção.
-Famoso acordo extrajudicial, que é feito mas não é homologado em juízo.
IV- O formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao
inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal.
-Certidão: se aplica pra bens móveis de pequeno valor ; quinhão não exceder 5
vezes o salário mínimo
-Não constitui título, por exemplo, em favor de um credor do falecido.
-Finalidade do formal de partilha : é um documento que transfere bens imóveis, é
um titulo executivo judicial exclusivamente ao inventariante (aquele que se
responsabiliza pelo inventario, não é necessariamente o advogado, aos herdeiros e
os sucessores.)
EX.: joao morreu e deixou um imóvel para três herdeiros. Supõe-se que na hora de
levar o formal da partilha para atualizar a matrícula do imóvel mudando a titularidade
do bem para os seus herdeiros, que um desses herdeiros não tenha sido colocado
como titular do bem. O herdeiro C ficou de fora por algum motivo. Dessa maneira, o
formal constitui um titulo executivo judicial que pode ser usado a favor do
prejudicado.
-Sucessores a título singular: sucessores testamentários
-Sucessores a título universal: sucessores legítimos, que se submeteram ao
inventário.
V- O Crédito de auxiliar da justiça. Quando as custas, emolumentos ou
honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial
-Correção de equívoco do Código anterior, que tratava como título extrajudicial.
VI -A sentença penal condenatória transitada em julgado
-Essa sim exige o trânsito em julgado (presunção de inocência)
-Vítima pode aguardar o resultado da Ação criminal (não corre prazo prescricional
antes da sentença definitiva)
-Pode a vítima, entretanto, optar por ingressar antes mesmo da condenação criminal
com Ação de reparação de danos ( ação de conhecimento)
-Se o fizer, o juiz PODERÁ suspender o curso do processo cível enquanto os fatos
são apurados na esfera criminal.
-Duas possibilidades: ao mesmo tempo do processo penal posso entrar com um
processo civil, ou posso esperar ele terminar e sair a sentença, para ajuizar
cumprimento de sentença pelo valor indenizatório.
Art. 315. Se o conhecimento do mérito depender de verificação da existência de
fato delituoso, o juiz pode determinar a suspensão do processo até que se
pronuncie a justiça criminal.
§ 1º Se a ação penal não for proposta no prazo de 3 (três) meses, contado da
intimação do ato de suspensão, cessará o efeito desse, incumbindo ao juiz cível
examinar incidentemente a questão prévia.
§ 2º Proposta a ação penal, o processo ficará suspenso pelo prazo máximo de 1
(um) ano, ao final do qual aplicar-se-á o disposto na parte final do § 1º.
**Mas se o juiz não suspender e no curso da ação de reparação de danos sobrevém
sentença na esfera criminal?
*Se a sentença for CONDENATÓRIA: processo será extinto por ausência de
interesse superveniente ou prosseguirá tão somente para apuração do quantum
debeatur (quanto deve)
*Se a sentença dor ABSOLUTÓRIA: deverá ser analisado se a coisa julgada na
esfera criminal aplica-se à esfera cível, conforme a fundamentação
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo
questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando
estas questões se acharem decididas no juízo criminal.
-Se eu tenho a sentença penal e julga que não houve autoria, materialidade, ou que
ainda houve excludentes do artigo 23 do CP (Art. 23 - Não há crime quando o
agente pratica o fato: I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa; III - em
estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. Excesso
punível ), essa sentença do crime produz efeitos no cível a um ponto de que não
será possível pedir indenização ou reparação.
-Agora se a sentença absolveu o réu por falta de provas, por instrução mal feita por
ex., não da pra se dizer que a sentença do crime produzira efeitos automáticos na
esfera cível.
Art. 63. Transitada em julgado a sentença condenatória,poderão promover-lhe a
execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu
representante legal ou seus herdeiros.
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução
poderá ser efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso IV do caput do art. 387
deste Código sem prejuízo da liquidação para a apuração do dano efetivamente
sofrido
Art. 64. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para ressarcimento do
dano poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do crime e, se for caso,
contra o responsável civil. (Vide Lei nº 5.970, de 1973)
Parágrafo único. Intentada a ação penal, o juiz da ação civil poderá suspender o
curso desta, até o julgamento definitivo daquela.
VI -Sentença Arbitral
-Art. 31 da Lei nº 9.307/96: a sentença arbitral produz, entre as partes e seus
sucessores, os mesmos efeitos da sentença proferida pelos órgãos do Poder
Judiciário, e, sendo condenatória, constitui título executivo.
-Não precisa ser homologada
-É executada em juízo porque árbitro não tem poder para impor medidas satisfativas
VII- A sentença estrangeira homologada pelo STJ
-A decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur( cumpra-se) à
carta rogatória pelo STJ (CPC, arts. 960 e ss.)
- Uma sentença estrangeira não pode ser executada aqui pois se submete a uma
homologação pelo STJ, que vai verificar os fatores extrínsecos, externos, se são
compatíveis a jurisdição brasileira, não vai entrar no mérito.
-Não pode alterar o que foi decidido, apenas se aquela sentença é compatível com
o ordenamento jurídico, homologa essa decisão e exige que seja executada.
-Tanto sentença quanto decisão interlocutória.
Art. 960. A homologação de decisão estrangeira será requerida por ação de
homologação de decisão estrangeira, salvo disposição especial em sentido contrário
prevista em tratado.
§ 1º A decisão interlocutória estrangeira poderá ser executada no Brasil por meio de
carta rogatória.
§ 2º A homologação obedecerá ao que dispuserem os tratados em vigor no Brasil e
o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça.
§ 3º A homologação de decisão arbitral estrangeira obedecerá ao disposto em
tratado e em lei, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições deste Capítulo.
**Há outros 2 títulos executivos judiciais no CPC fora do artigo 515: a decisão que
concede tutela provisória de natureza antecipada com cunho condenatório e a
decisão inicial de ação monitória, quando não forem opostos embargos.
Art. 701. § 2º Constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial,
independentemente de qualquer formalidade, se não realizado o pagamento e não
apresentados os embargos previstos no art. 702, observando-se, no que couber, o
Título II do Livro I da Parte Especial .
-Ação monitória – explicará mais pra frente – é um instrumento interessante que
veio do direito italiano pois tem um documento que não esta no rol mas serve para
garantir certo pagamento, pra quem não quer ir pra fase de conhecimento. É uma
fase intermediaria entre fase de conhecimento e execução.
-Se eu tenho um título qualquer que não esta positivado no 515(judicial) nem
784(extra), para reaver esse dinheiro precisaria ir pra uma ação de conhecimento
para formar o convencimento da autoridade e se for julgado procedente vai pra
parte de cumprimento da sentença. Pensando nisso, foi criado essa ação monitoria,
onde se tem um documento que não tem força executiva, mas que ajuizo essa ação
e o réu tem duas opções: pagar ou oferecer embargos. Se ele não oferecer
embargos, automaticamente o titulo já esta constituído. Ai eu credor com titulo
constitutivo, já se transformou em sentença, e posso iniciar a fase de cumprimento
de sentença. É mais rápido do que o processo de conhecimento. Entretanto, a
maioria das ações monitórias não tem êxito na fase de satisfação do crédito.
-Ações específicas que ficam na parte especial, pois não tem natureza propriamente
dita nem de fase de conhecimento nem de execução.
**Títulos Executivos EXTRAJUDICIAIS
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria
Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por
conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de
garantia e aquele garantido por caução;
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel,
bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio
edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral,
desde que documentalmente comprovadas;
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de
emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas
tabelas estabelecidas em lei;
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força
executiva.
§ 1º A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo
não inibe o credor de promover-lhe a execução.
§ 2º Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não dependem
de homologação para serem executados.
§ 3º O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando satisfeitos os requisitos
de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e quando o Brasil for
indicado como o lugar de cumprimento da obrigação.
-Rol taxativo
- Lei 10.931/2004 – da força ao documento de cédula de crédito bancário como
titulo executivo extrajudicial, tornando-a exigível e liquida.
I -A letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
-Títulos de crédito
-A duplicata só é título executivo pelo devedor ou, se não aceita, vier acompanhada
pelo instrumento de protesto e pelo comprovante de entrega das mercadorias ou da
prestação de serviços.
-esses outros títulos não exigem essa formalidade toda
II- O documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
-STJ tem decidido que a lei “não exige que a assinatura das testemunhas seja
contemporânea à do devedor” (Resp. 8.849/DF, Rel. Min. Nilson Naves)
III- o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela
Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores
ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
-Não homologado pelo juiz
-Mesmo advogado das 2 partes, basta uma assinatura
-Se não forem advogados das partes ainda assim podem ser considerados
testemunhas
IV -o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de
garantia e aquele garantido por caução; o contrato de seguro de vida em caso
de morte; o crédito decorrente de foro e laudêmio; à títulos que podem ir direto
pra fase de execução, sem passar pela fase de conhecimento
V- o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel,
bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de
condomínio;
-Contrato de locação pode ser até verbal, mas apenas o escrito é título executivo
-É irrelevante a curação e a natureza da locação, sendo necessário apenas que o
bem locado seja imóvel
-Inclui os encargos acessórios (contas de agua, luz, IPTU) previstas no contrato
-Despesas condominiais ordinárias (extraordinárias são de responsabilidade do
locador)
VI -A certidão de dívida ativa da Fazenda Públicada União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na
forma da lei;
-Execução fiscal, regida pela Lei nº 6830/80
-Imposto de renda, OAB, etc.
VII- O crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de
condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em
assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;
-Novidade em relação ao Código anterior, que exigia processo de conhecimento,
pelo rito sumario
-Requisito essencial que se comprove documentalmente na inicial a previsão das
despesas em convenção ou aprovação em assembleia geral.
IX- Todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir
força executiva.
-Ex.: contrato de honorários advocatícios (não se exige assinatura de testemunhas
em forma especial, mas apenas a indicação do quantum debeatur – lei 8.906/94)
Obs.: a possibilidade do credor optar pelo processo de conhecimento mesmo
munido de titulo
-Ex.: contrato de locação, quer executar o contrato por que não concorda com as
condutas do inquilino. Nesse caso seria necessário entrar com a fase de
conhecimento primeiro, pois so foto das festinhas na pandemia,, por ex. não é
suficiente.
Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar
pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.
§ 2º Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não
dependem de homologação para serem executados.
-Esquece o EPA por um momento, o titulo não precisa ser homologado para poder
ser executado aqui. É um titulo EXTRAJUDICIAL, não necessita de homologação da
JUSTIÇA. So vai pro STJ se se tratar de sentença ou titulo judicial.
-Só é necessário saber se la onde foi emitido era tratado como titulo extrajudicial
também.
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Aula 5 – 22/03/2021
• Responsabilidade patrimonial
- quando a obrigação não é cumprida. Sujeição do patrimônio de alguém ao
cumprimento de uma obrigação.
- quando um não presta o serviço ou o outro não paga o preço (por exemplo).
- já há situação de inadimplemento
Doutrina fala em:
a) Responsabilidade PRIMÁRIA: responsável, em geral, é o próprio devedor.
Com exceção de cônjuge, sócio, em alguns casos concretos.
b) Responsabilidade SECUNDÁRIA: terceiros que podem ser atingidos pela
execução. Artigo 790 CPC. (final dessa aula tem sobre isso)
Bens sujeitos à execução:
Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o
cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.
- Bens futuros: há prescrição, não vale pra sempre. Prescrição intercorrente (é uma
restrição prevista em lei).
- Devido ao princípio da Dignidade da Pessoa Humana, não são todos os bens que
são sujeitos à penhora.
(Penhora é o primeiro passo para que o bem possa pertencer ao credor – “possa”,
porque ele pode não querer. Ex.: álbum valioso de figurinhas. Credor pode não ter
interesse nisso para cumprir a obrigação)
- Bens inalienáveis (art. 1.848 e 1.911): não sujeitos à venda, doação, troca. Mas
não é algo imutável. Ex.: só tenho esse bem e preciso de dinheiro para tratamento
médico. Vou a juízo, provando minha situação de necessidade, e peço o
afastamento dessas cláusulas de inalienabilidade.
Se preciso de 300k para meu tratamento e o meu bem vale 500k, na venda ficam
200k bloqueados.
Art. 833. São impenhoráveis:
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência
do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades
comuns correspondentes a um médio padrão de vida;
- não se deve levar o penhorado a uma situação de penúria, miséria. Dentro da
casa, pode-se penhorar o que não for item básico, que for supérfluo (Home Theater,
por ex.). Mas depende de análise caso a caso, para entender o padrão de vida da
pessoa.
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se
de elevado valor;
- Bolsas caras, roupas de marca... Mas só chega nesse ponto depois de não ter
encontrado antes coisas como dinheiro na conta, carro, etc. Pode reverter em
dinheiro, se não quiser o bem (ir a leilão, por ex.).
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os
proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as
quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor
e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional
liberal, ressalvado o § 2º ;
(§ 2º O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora
para pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem
como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimos mensais,
devendo a constrição observar o disposto no art. 528, § 8º , e no art. 529, § 3º .)
- auxílio emergencial entraria aqui.
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros
bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;
- computador que uso para trabalhar, itens de cozinha (se sou cozinheira), etc.
VI - o seguro de vida;
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem
penhoradas;
- se a própria obra for penhorada, os acessórios seguem o principal, então materiais
serão penhorados também.
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela
família;
- ainda não há lei que defina pequena propriedade rural. Na prática, bancos tentam
provar que não se trata de pequena propriedade ou que não é trabalhada pela
família.
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação
compulsória em educação, saúde ou assistência social;
- ONGs. Repasses que recebem da prefeitura/governo do estado. Instituições
privadas de natureza filantrópica.
- se a instituição tiver algum patrimônio, pode ser objeto de execução. Mas os
benefícios/repasses do governo, não.
X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta)
salários-mínimos;
- Se tiver mais do que isso, o que excede esse valor pode ser penhorado.
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos
termos da lei;
- dinheiro público para aparelhamento do regime democrático. Ainda que o partido
esteja devendo muito.
XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de
incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra.
- tenho uma incorporadora que vendeu determinados bens e foi executada. Não
pode ser penhorada nos valores vinculados à obra.
§ 1º A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao próprio
bem, inclusive àquela contraída para sua aquisição.
- não paguei o financiamento da casa. Bem pode ser tomado, penhorado. Carro que
comprei pra trabalhar de Uber, mas não paguei. Posso perder o bem.
§ 2º O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora
para pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem
como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimos mensais,
devendo a constrição observar o disposto no art. 528, § 8º , e no art. 529, § 3º .
- pessoa ganha 55k mensais (50 salários mínimos). Tá na conta dela. Ela tem
débitos de natureza alimentícia e diz que não vai pagar. Essa é a conta em que
recebe o salário. O que passar de 55k pode ser penhorado sim.
§ 3º Incluem-se na impenhorabilidade prevista no inciso V do caput os
equipamentos, os implementos e as máquinas agrícolas pertencentes a pessoa
física ou a empresa individual produtora rural, exceto quando tais bens tenham sido
objeto de financiamento e estejam vinculados em garantia a negócio jurídico ou
quando respondam por dívida de natureza alimentar, trabalhista ou previdenciária.
- ferramentas,utensílios... quando há débito dessa natureza, esses utensílios
podem ser alcançados pela execução e não se sujeitam à penhora.
LEI 8.009/90 – Impenhorabilidade do bem de família. Traz exceções.
- artigo 3º: exceções.
“A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal,
previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:
II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à
aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do
respectivo contrato;
III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do
seu coproprietário que, com o devedor, integre união estável ou conjugal,
observadas as hipóteses em que ambos responderão pela dívida;
IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas
em função do imóvel familiar;
V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo
casal ou pela entidade familiar;
VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença
penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens.
VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação.”
Também algumas súmulas: 364 STJ, 486 STJ
364: O imóvel residencial do próprio casal ou da entidade familiar, é impenhorável e
não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou
de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus
proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta Lei.
486: É impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja locado a
terceiros, desde que a renda obtida com a locação seja revertida para a
subsistência ou a moradia da sua família.
- Vaga de garagem: pode ou não ser objeto de penhora. Se tiver matrícula
autônoma, pode. Do contrário, não pode.
- Frutos e rendimentos de bens inalienáveis: PODEM ser penhorados, à falta
de outros bens. (não o bem em si, apenas os frutos/rendimentos/juros
recebidos resultantes dele)
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL DE TERCEIROS
- Responsável primário, via de regra, é o devedor. Mas a Lei estende a
responsabilidade a terceiros em certos casos nos quais o devedor não tem bens
suficientes para a satisfação do débito.
- Hipóteses previstas no artigo 790 CPC.
Art. 790. São sujeitos à execução os bens:
I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou
obrigação reipersecutória;
OBRIGAÇÃO REIPERSECUTÓRIA: retomar o bem como forma de satisfação de
crédito (imóvel financiado, por exemplo. Banco pode tomar o bem de volta).
II - do sócio, nos termos da lei;
III - do devedor, ainda que em poder de terceiros;
Bem que eu tenho, mas que está em mãos de terceiro. Posso pedir esse bem de
volta. Ex.: sei que vou ser executado e decido doar um bem meu para um amigo,
que não sabe disso. Esse amigo pode perder o bem.
- caso de fraude à execução.
IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou de sua
meação respondem pela dívida;
Comunhão universal de bens: responde. Comunhão parcial de bens: responde com
sua metade. Separação total de bens: não responde.
Embargos de terceiro: cônjuge tenta resguardar a sua parte.
V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução;
Vendi um bem, hipotequei um bem, durante a execução. Pode voltar para meus
bens e ser executado.
VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em razão do
reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra credores;
VII - do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica.
Artigo 50 CC (mudança trazida pela Lei de Liberdade Econômica) – abuso de
personalidade jurídica.
Art. 28 CC: O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade
quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder,
infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A
desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de
insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má
administração.
Artigo 179 CP – ilícito penal sobre fraude ao credor.
- decretada nos próprios autos, de maneira incidental.
Fraude contra credores: ANTES do processo.
Fraude contra execução: NO DECORRER do processo.
RESPOSTA: D
- obrigações alimentícias permitem uma constrição muito maior.
RESPOSTA: C não é alimentos, apenas título de crédito. Valor é menos de 44k (40
salários) e natureza não alimentícia. Valor impenhorável.
A: só preciso homologar a sentença, título executivo NÃO.
B: não depende de homologação, não importa se é estrangeiro.
D: impenhorável. Se fossem 45k, 1k seria penhorável, apenas.
RESPOSTA: D
- Vinculação de sentença penal com sentença civil. B, C e D atingem a coisa julgada
no civil. Apenas na hipótese da A que a cível poderia continuar.
RESPOSTA: Pode. Agora estamos falando de efeitos civis da sentença penal
condenatória, e não de ação civil.
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AULAS 6 e 7 – 05/04 e 12/04
- Decidiu que vamos começar pelo cumprimento da sentença pois ainda estamos muito
marcados pela fase de conhecimento (inicial, contestação, réplica, produção de provas,
audiência de instrução, sentença). Então para dar algo coerente e seguir a linha de
raciocínio, preferiu priorizar o cumprimento de sentença.
-APS: colocou o fragmento de uma decisão judicial e quer que fale como decidiríamos, qual
seria o entendimento dessa situação como se fossemos juízes, quer como se fosse uma
minuta, mas pode ser texto corrido.
-Obrigação Propter Rem prescreve , 205 e 206 do CC
1- CUMPRIMENTO DE SENTENÇA DE PAGAR QUANTIA CERTA
-Provisório e Definitivo
-Defesas do Executado
1.1- Obrigação de Pagar Quantia Certa
-Previsão Legal Art. 523 a 527 do CPC
-São dois requisitos fundamentais para o cumprimento de sentença:
a) Título Executivo Judicial (515 cpc)
b) Inadimplemento do Devedor
-A Requerimento do exequente, após a constituição do título, será dado ao devedor prazo de
15 dias para pagamento voluntário (Art. 523 do CPC) – 15 dias a partir do recebimento da
intimação.
-Se pagar, sequer terá inicio a fase executiva. EX.: É condenado a pagar 10mil e decide pagar,
fazendo um acordo da forma de pagamento e a outra parte aceita. Isso significa que a parte
de cumprimento de sentença não vai ocorrer pois houve um acordo de principio de
pagamento. Caso não seja pago, ai entra o cumprimento de sentença do valor faltante.
-A fase de cumprimento de sentença não se dá de forma automática, de ofício. A justiça
precisa ser acionada pelo exequente.
-Se não pagar, terá inicio o Cumprimento de Sentença, com expedição de mandado de
penhora e avaliação, e o montante será acrescido de multa de 10% do débito (Art. 523, par.
1º do CPC)
-Mandado de penhora e avalição se eu sei que a outra parte tem bens, mas existem meios
constritivos de bloquear o patrimônio do devedor que nem chegam a se falar de avaliação
dos bens, como bloqueio de contas, acesso ao imposto de renda da pessoa para já saber seu
patrimônio, sites para saber quais imóveis a pessoa tem, etc.
-O meio defensivo que o devedor tem na fase de cumprimento de sentença impugnação
-Não importa qual foi o tipo de obrigação que ocasionou em pagar quantia certa
Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de
decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a
requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de
15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.
§ 1º Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de
multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento.
§ 2º Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput, a multa e os honorários
previstos no § 1º incidirão sobre orestante.
§ 3º Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será expedido, desde logo,
mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropriação.
**PRAZO PARA PAGAMENTO VOLUNTÁRIO
-O devedor tem 15 dias para adimplir voluntariamente a obrigação
-Não se aplica o parcelamento compulsório previsto na execução de título extrajudicial, o
que adiante será estudado (art. 916). Há apenas a ossibilidade de um acordo, de uma
transação, mas não é uma previsão legal propriamente dita, é um acordo entre exequendo e
exequente.
-Não se admite a prática de atos satisfativos, pois a execução não teve inicio
-Necessidade de intimação do executado para efetuar o pagamento voluntario, acrescido
das custas, se houver, e deverá ser realizada na forma do art. 513, par. 2º, CPC.
-Pode ser intimado das seguintes maneiras:
1. Pelo DJE (diário da justiça eletrônica), na pessoa do Advogado;
2. Por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Púbçica ou
quando não tiver advogado ou após 1 ano do transito;
3. Por meio eletrônico, quando não tiver advogado nos autos;
4. Por edital, quando tiver sido revel na fase de conhecimento
**MULTA
-Não ocorreu o pagamento e nem impugnação do exequendo, terá que pagar com multa
sobre o total ou sobre o valor faltante.
-Não ocorrendo o pagamento voluntário, será aplicada multa de 10% (Art. 523, par. 1º, CPC)
-A multa incidirá sobre o valor da condenação, mais juros, correção monetária, custas e
honorários advocatícios fixados na fase de conhecimento
-Em caso de pagamento parcial, a multa incide sobre o restante do débito
-Iniciando-se a execução, além da multa, o débito será acrescido em 10% dos honorários,
tendo em vista a fixação legal de novos honorários advocatícios para a fase executiva
-A multa e os honorários no cumprimento de sentença definitivo, são devidos, também, no
cumprimento de sentença provisório (art. 520, par. 2º e 3º do CPC)
**REQUERIMENTO DO CREDOR
-NÃO TEM PETIÇÃO INICIAL!!! Não Vai iniciar um novo processo, e sim pegar a sentença + a
prova de inadimplemento e começar a fase de cumprimento ao entrar com o requerimento.
-Basta apresentar petição requerendo a intimação do devedor para pagar no prazo de 15
dias, sob pena de, inicio da fase executiva, com expedição de mandado de penhora e
avaliação dos bens.
-Não é necessário preencher os requisitos da Petição Inicial, mas é preciso que o credor
preencha alguns requisitos:
1. Apresentar demonstrativo discriminado e atualizado do calculo do debito, conforme o
artigo 524 do CPC e, caso não haja o pagamento voluntario, requerer a aplicação da multa e
o acréscimo dos honorários;
2. Recolher as custas iniciais da execução, quando for exigido por lei estadual; (Em SP, para
cumprimento de sentença, não há custas iniciais, apenas na execução de titulo executivo
extrajudicial. Quando a execução termina tem o valor de 1% do valor da execução)
3. Indicar, se possível, quais os bens que deseja ver penhorados. (Quando a pessoa já sabe
bens que a pessoa tem e podem ser penhorados)
Art. 524. O requerimento previsto no art. 523 será instruído com demonstrativo
discriminado e atualizado do crédito, devendo a petição conter:
I - o nome completo, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica do exequente e do executado, observado o disposto no art. 319,
§§ 1º a 3º ;
II - o índice de correção monetária adotado;
III - os juros aplicados e as respectivas taxas;
IV - o termo inicial e o termo final dos juros e da correção monetária utilizados;
V - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso;
VI - especificação dos eventuais descontos obrigatórios realizados;
VII - indicação dos bens passíveis de penhora, sempre que possível.
**PROTESTO DA DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO
-Previsão legal – Art. 517 do CPC
Art. 517. A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos
da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário previsto no art. 523. (...)
-Não é possível o protesto no caso de Cumprimento de Sentença Provisória, tendo em vista
a inexistência do Transito em julgado. EXCEÇÃO: Alimentos (Art. 528, par. 1º, CPC)
-Restrito as decisões que reconheçam pagamento de quantia liquida, certa e exigível, tendo
em vista o artigo fazer alusão ao 523
-Para efetivar o protesto é necessário que o Exequente apresente a certidão de teor da
decisão, comprovando o transito em julgado e o transcurso do prazo de art. 523.
-A certidão deverá conter o previsto no par. 2º do Art. 517 do CPC
-O executado poderá requerer o cancelamento do Protesto comprovando o pagamento.
**PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE
-Ocorre quando o credor inerte não promove a execução
-Em princípio, o processo será encaminhado para o arquivo, podendo o exequente, a
qualquer tempo, requerer o inicio do cumprimento de sentença;
-Tem que pagar um valor para desarquivar
“Qual o limite ou o prazo que o exequente poderá permanecer inerte?”
-A Súmula 150 do STF estabelece que a pretensão executiva prescreve no mesmo prazo que
a condenatória ( 5 anos )
-Será suspensa por 1 ano caso não se localize bens passiveis de penhora, após esse prazo, o
credor deverá tomar medidas necessárias para localizar bens; Se não, deverá ser decretada
pelo juiz de ofício, ouvindo-se as partes antes. (Art. 921, par; 5º, CPC)
Art. 921. Suspende-se a execução:
I - nas hipóteses dos arts. 313 e 315, no que couber;
II - no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os embargos à execução;
III - quando o executado não possuir bens penhoráveis;
IV - se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e o exequente,
em 15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros bens penhoráveis;
V - quando concedido o parcelamento de que trata o art. 916 .
§ 1º Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1 (um) ano,
durante o qual se suspenderá a prescrição.
§ 2º Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano sem que seja localizado o executado ou que
sejam encontrados bens penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento dos autos.
§ 3º Os autos serão desarquivados para prosseguimento da execução se a qualquer tempo
forem encontrados bens penhoráveis.
§ 4º Decorrido o prazo de que trata o § 1º sem manifestação do exequente, começa a correr
o prazo de prescrição intercorrente.
§ 5º O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 (quinze) dias, poderá, de ofício,
reconhecer a prescrição de que trata o § 4º e extinguir o processo.
**HONORÁRIOS NA FASE EXECUTIVA
-No cumprimento de sentença, serão devidos novos honorários advocatícios, relacionados a
essa fase, que não se confundem com os fixados na sentença condenatória, eles se somam.
-Não precisa ser fixado pelo juiz, basta ser acrescentado ao calculo e são devidos mesmo no
Cumprimento de Sentença Provisório (Art. 520, par.2º,CPC)
-Na impugnação só serão cabíveis os honorários caso sejam acolhidos, com extinção de
execução – Súmula 519 do STJ
-Importante saber que advogados podem cobrar honorários também na fase executiva e de
cumprimento de sentença provisória e definitiva.
**MANDADO DE PENHORA E AVALIAÇÃO
-Essa avaliação apenas se necessário, pois há os sistemas de busca que dispõe o judiciário
em que é possível verificar os bens das pessoas
-A penhora pode se converter na expropriação (perda do bem), ou terminar com a parte
pagando por outros meios o valor devido.
-Não há distinção entre Título Executivo Judicial e Extrajudicial, e aplicam-se as mesmas
regras.
-O cumprimento de sentença condenatória em quantia certa se inicia com a expedição de
mandado de penhora e avaliação (art. 523, par. 3º,CPC)
**CUMPRIMENTO PROVISÓRIO
-Previsão Legal: Art. 520 do CPC
-Caução = garantia
-Será possível desde que haja recurso desprovido de efeito suspensivo e será realizada na
mesma forma que o cumprimento de sentença definitivo (Art. 520 do CPC)
-Ocorrerá por iniciativa e responsabilidade do

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