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A Teoria Geral do Estado sistematiza conhecimentos por meio de diversas ciências: Sociologia, História, Direito, Economia e outras, que contribuem com os seus resultados. Portanto, a Teoria Geral do Estado não é uma ciência, mas um conjunto de ciências. A constituição fixa a estrutura fundamental do Estado. Por isso, o Estado é uma noção prévia ao estudo do Direito Constitucional. Afinal, o que é o Estado? Estado, escrito com “E” maiúsculo, diferente, portanto, do estado com “e” minúsculo, que se refere a uma província ou subdivisão de um determinado país. O Estado corresponde a organização político e administrativa que organiza o espaço de um povo ou nação. Para o reconhecimento do Estado se faz necessário a presença do povo, território e soberania. Nação é um grupo de indivíduos que se sentem unidos pela origem comum, por ideais e aspirações comuns. Povo tem essência jurídica; nação tem essência moral, no sentido rigoroso da palavra. Nação é uma comunidade de consciências, unidas por um sentimento complexo, indefinível e poderosíssimo: o patriotismo. Povo é caracterizado pelo conjunto indivíduos sujeitos à soberania do Estado (aspecto puramente jurídico); são os cidadão, são aqueles dotados de cidadania reconhecida pela ordem jurídica desse Estado. Estão excluídos os estrangeiros de situação jurídica irregular e os transeuntes, viajantes e turistas, ligados a outras Nações ou Estado. Cidadania é a prática dos direitos (civis e políticos) e deveres de um(a) indivíduo (pessoa) em um Estado. Soberania é o poder de governo ou de comando que se costuma designar como um elemento formal do Estado. É a superioridade derivada de autoridade, domínio, poder, exercida pelo Estado. Território é o limite espacial dentro do qual o Estado exerce seu poder de império sobre pessoas e bens. Território é elemento essencial para existência do Estado, a base física, a porção do globo por ele ocupada. É o pais propriamente dito, e portanto pais não se confunde com povo ou nação, e não é sinônimo de Estado, do qual constitui apenas um elemento. O Estado é a ordenação jurídica soberana que tem por fim realizar o bem comum de um povo situado em determinado território. Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Pelo modo de organização política do Estado, existem duas formas básicas de governo: Monarquia; e, República. Monarquia É o governo de um só indivíduo, caracteriza-se pela vitaliciedade, hereditariedade e irresponsabilidade do Chefe de Estado. O monarca governa enquanto viver. A escolha é feita dentro da linha de sucessão dinástica, e o rei não tem responsabilidade política. A Monarquia pode ser absoluta ou relativa. O Monarca não responde por seus atos, não é responsável por eles e pode ser um imperador (Japão), rei (Suécia e Espanha) ou rainha (Inglaterra). Monarquia Constitucional O monarca é chefe de Estado apenas (exerce a representação do Estado no âmbito internacional) e seu poder é limitado por uma Constituição. O I Ministro é quem exerce a chefia de Governo, quem administra o Estado. Exemplos: Reino Unido, Noruega, Japão. Monarquia Absoluta Além da Chefia de Estado, o monarca também exerce a chefia de Governo , a administração do poder Executivo. Exemplos: Brunei, Catar, Arábia Saudita, Vaticano. República A República surge como oposição à Monarquia. O chefe de Estado é temporário e não vitalício; é eleito pelos seus governados, ou seja, pelo povo, em vez de ser sucedido por hereditariedade; e tem responsabilidade pelos seus atos, isto é, pode ser processado e perder o mandato. Constituição Federal: Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Os sistemas de governo são: o Parlamentarismo; o Presidencialismo; o Governo de Assembleia; Parlamentarismo No regime parlamentar, o Parlamento representa o Estado. O Primeiro-Ministro exerce uma função de confiança, podendo ser destituído do cargo. O governo é efetivamente estabelecido por um colegiado, com a direção do Primeiro-Ministro, como representante do Monarca. No regime parlamentar, o chefe do governo é o Primeiro-Ministro e o chefe de Estado é o rei ou presidente. O chefe de Estado não tem qualquer responsabilidade política. O regime parlamentarista é empregado nas Monarquias (Inglaterra, Espanha) e Repúblicas (Itália, Alemanha). Presidencialismo O presidencialismo é um sistema de governo no qual o Presidente é o Chefe de Estado e de Governo, ele é o responsável pela escolha dos Ministros que o auxiliam no governo. No sistema de presidencialismo, o presidente exerce o poder Executivo, enquanto os outros dois poderes, Legislativo e Judiciário, possuem autonomia. O Brasil é uma República Presidencialista deste 15 de novembro de 1889, quando ocorreu a Proclamação da República. Presidencialismo O sistema Presidencialista não se harmoniza com forma de governo monarquista, mas sim com a República, regime político que significa coisa pública (“res” significa coisa) a todos, pertence e por todos será administrada, mediante representação do povo, por tempo determinado, visando o interesse comum. Neste Sistema, o chefe de governo tem um tempo de mandato prefixado. Governo de Assembleia O sistema de Governo de Assembleia ocorre quando o poder Executivo está completamente subordinado ao Poder Legislativo. Atualmente, ocorre apenas na Suíça, que possuí os órgãos: - Assembleia Federal: é o Poder Legislativo, que ele os Ministros e o Presidente da República, podendo modificar ou anular suas decisões. - Conselho Federal: são os Ministros eleitos pela Assembleia Federal (um deles se torna Presidente) e que administram o Estado. “O governo do povo, pelo povo e para o povo” A. Lincoln. Valores Fundamentais: - Liberdade social; - Igualdade perante a Lei. Pressupostos: - Social: difusão da cultura; - Econômico: participação do povo na divisão dos bens materiais. Condições: - Informação abundante; - Liberdades públicas; - Sistema de partidos. Direta: as decisões são tomadas diretamente pelos cidadãos em assembleia. Indireta: o povo governa por intermédio de seus representantes. Semidireta: o povo tem o poder de intervir, às vezes, em certas decisões através da iniciativa popular, do plebiscito e do referendum. (C.F.) Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. Lei n. 9,709, de 18 de novembro de 1998. Art. 2o Plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa. § 1o O plebiscito é convocado com anterioridade a ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido. § 2o O referendo é convocado com posterioridade a ato legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva ratificação ou rejeição. Lei n. 9,709, de 18 de novembro de 1998. Art. 13. A iniciativa popular consiste na apresentação de projeto de lei à Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras linhas de direito processual civil. 25ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007. DOWER, Nélson Godoy Bassil. Instituições de direito público e privado. 13ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2005. Palaia, Nelson. Noções Essenciais de Direito. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011. SILVA, Roberto Baptista Dias da. Manual de direito constitucional. 1ª ed. São Paulo: Editora Manole, 2007 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do estado. 36ª ed. São Paulo: Globo, 1997 Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível para downloadwww.planalto.gov.br (caminho: legislação>constituição>constituicao1988). http://www.planalto.gov.br/
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