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Noções de Direito - Parte 2

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A Teoria Geral do Estado sistematiza conhecimentos por meio de
diversas ciências: Sociologia, História, Direito, Economia e outras, que
contribuem com os seus resultados.
Portanto, a Teoria Geral do Estado não é uma ciência, mas um
conjunto de ciências.
A constituição fixa a estrutura fundamental do Estado. Por isso,
o Estado é uma noção prévia ao estudo do Direito Constitucional.
Afinal, o que é o Estado?
Estado, escrito com “E” maiúsculo, diferente, portanto,
do estado com “e” minúsculo, que se refere a uma província ou
subdivisão de um determinado país.
O Estado corresponde a organização político e administrativa
que organiza o espaço de um povo ou nação.
Para o reconhecimento do Estado se faz necessário a presença do
povo, território e soberania.
Nação é um grupo de indivíduos que se sentem unidos pela
origem comum, por ideais e aspirações comuns. Povo tem essência
jurídica; nação tem essência moral, no sentido rigoroso da
palavra. Nação é uma comunidade de consciências, unidas por um
sentimento complexo, indefinível e poderosíssimo: o patriotismo.
Povo é caracterizado pelo conjunto indivíduos sujeitos à
soberania do Estado (aspecto puramente jurídico); são os cidadão,
são aqueles dotados de cidadania reconhecida pela ordem jurídica desse
Estado. Estão excluídos os estrangeiros de situação jurídica irregular e os
transeuntes, viajantes e turistas, ligados a outras Nações ou Estado.
Cidadania é a prática dos direitos (civis e políticos) e deveres de
um(a) indivíduo (pessoa) em um Estado.
Soberania é o poder de governo ou de comando que se
costuma designar como um elemento formal do Estado. É a
superioridade derivada de autoridade, domínio, poder, exercida pelo
Estado.
Território é o limite espacial dentro do qual o Estado exerce
seu poder de império sobre pessoas e bens.
Território é elemento essencial para existência do Estado, a base
física, a porção do globo por ele ocupada. É o pais propriamente dito, e
portanto pais não se confunde com povo ou nação, e não é sinônimo de
Estado, do qual constitui apenas um elemento.
O Estado é a ordenação jurídica soberana que tem por fim
realizar o bem comum de um povo situado em determinado
território.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades 
sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, 
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Pelo modo de organização política do Estado, existem duas formas
básicas de governo:
 Monarquia; e,
 República.
Monarquia
É o governo de um só indivíduo, caracteriza-se pela
vitaliciedade, hereditariedade e irresponsabilidade do Chefe de
Estado. O monarca governa enquanto viver. A escolha é feita dentro da
linha de sucessão dinástica, e o rei não tem responsabilidade política. A
Monarquia pode ser absoluta ou relativa.
O Monarca não responde por seus atos, não é responsável por
eles e pode ser um imperador (Japão), rei (Suécia e Espanha) ou rainha
(Inglaterra).
Monarquia Constitucional
O monarca é chefe de Estado apenas (exerce a representação do
Estado no âmbito internacional) e seu poder é limitado por uma
Constituição. O I Ministro é quem exerce a chefia de Governo, quem
administra o Estado. Exemplos: Reino Unido, Noruega, Japão.
Monarquia Absoluta
Além da Chefia de Estado, o monarca também exerce a chefia de
Governo , a administração do poder Executivo.
Exemplos: Brunei, Catar, Arábia Saudita, Vaticano.
República
A República surge como oposição à Monarquia. O chefe de Estado é
temporário e não vitalício; é eleito pelos seus governados, ou seja,
pelo povo, em vez de ser sucedido por hereditariedade; e tem
responsabilidade pelos seus atos, isto é, pode ser processado e perder
o mandato.
Constituição Federal:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Os sistemas de governo são:
 o Parlamentarismo;
 o Presidencialismo;
 o Governo de Assembleia;
Parlamentarismo
No regime parlamentar, o Parlamento representa o Estado. O
Primeiro-Ministro exerce uma função de confiança, podendo ser destituído
do cargo. O governo é efetivamente estabelecido por um colegiado, com a
direção do Primeiro-Ministro, como representante do Monarca. No regime
parlamentar, o chefe do governo é o Primeiro-Ministro e o chefe de Estado
é o rei ou presidente. O chefe de Estado não tem qualquer
responsabilidade política. O regime parlamentarista é empregado nas
Monarquias (Inglaterra, Espanha) e Repúblicas (Itália, Alemanha).
Presidencialismo
O presidencialismo é um sistema de governo no qual o Presidente é
o Chefe de Estado e de Governo, ele é o responsável pela escolha dos
Ministros que o auxiliam no governo.
No sistema de presidencialismo, o presidente exerce o poder
Executivo, enquanto os outros dois poderes, Legislativo e Judiciário,
possuem autonomia.
O Brasil é uma República Presidencialista deste 15 de novembro de
1889, quando ocorreu a Proclamação da República.
Presidencialismo
O sistema Presidencialista não se harmoniza com forma de governo
monarquista, mas sim com a República, regime político que significa coisa
pública (“res” significa coisa) a todos, pertence e por todos será
administrada, mediante representação do povo, por tempo determinado,
visando o interesse comum.
Neste Sistema, o chefe de governo tem um tempo de mandato
prefixado.
Governo de Assembleia
O sistema de Governo de Assembleia ocorre quando o poder
Executivo está completamente subordinado ao Poder Legislativo.
Atualmente, ocorre apenas na Suíça, que possuí os órgãos:
- Assembleia Federal: é o Poder Legislativo, que ele os Ministros e o
Presidente da República, podendo modificar ou anular suas decisões.
- Conselho Federal: são os Ministros eleitos pela Assembleia Federal (um
deles se torna Presidente) e que administram o Estado.
“O governo do povo, pelo povo e para o povo” A. Lincoln.
Valores Fundamentais:
- Liberdade social;
- Igualdade perante a Lei.
Pressupostos:
- Social: difusão da cultura;
- Econômico: participação do povo na divisão dos bens materiais.
Condições:
- Informação abundante;
- Liberdades públicas;
- Sistema de partidos.
Direta: as decisões são tomadas diretamente pelos cidadãos em
assembleia.
Indireta: o povo governa por intermédio de seus representantes.
Semidireta: o povo tem o poder de intervir, às vezes, em certas decisões
através da iniciativa popular, do plebiscito e do referendum.
(C.F.) Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e 
pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, 
mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
Lei n. 9,709, de 18 de novembro de 1998.
Art. 2o Plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo para que
delibere sobre matéria de acentuada relevância, de natureza
constitucional, legislativa ou administrativa.
§ 1o O plebiscito é convocado com anterioridade a ato legislativo ou
administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que
lhe tenha sido submetido.
§ 2o O referendo é convocado com posterioridade a ato legislativo ou
administrativo, cumprindo ao povo a respectiva ratificação ou rejeição.
Lei n. 9,709, de 18 de novembro de 1998.
Art. 13. A iniciativa popular consiste na apresentação de projeto de lei
à Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo, um por cento do
eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não
menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles
SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras linhas de direito processual civil. 25ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2007.
 DOWER, Nélson Godoy Bassil. Instituições de direito público e privado. 13ª ed. São Paulo:
Editora Saraiva, 2005.
 Palaia, Nelson. Noções Essenciais de Direito. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
 SILVA, Roberto Baptista Dias da. Manual de direito constitucional. 1ª ed. São Paulo: Editora
Manole, 2007
 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do estado. 36ª ed. São Paulo: Globo, 1997
 Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível para
downloadwww.planalto.gov.br (caminho: legislação>constituição>constituicao1988).
http://www.planalto.gov.br/

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