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AST e ALT

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Atividade Orientada VIIIA: Módulo Bioquímica | Atividade Complementar 
Letícia Guedes Morais Gonzaga de Souza 
 
Dosagem sorológica de Alanina Aminotransferase (ALT) e de Aspartato 
Aminotransferase (AST) 
1. Qual(is) o(s) princípio(s) do método de dosagem de ALT e AST no soro? Descreva 
com detalhes pelo menos dois métodos. 
Metodologia Cinética no Ultravioleta Otimizada: O princípio do método consiste na 
dosagem da atividade da transaminase por meio do acoplamento de reações de aminotransamina 
a reações especificas de desidrogenação. Nestas reações, são formados oxoácidos que são 
medidos a partir da redução a hidroxiácidos e ocorre a mudança na concentração de NADH, a 
qual pode ser monitorada por espectrofotometria. Desta forma, o oxaloacetato formado na 
reação AST é reduzido a malato na presença de malato desidrogenase (MD) (Figura 1). Na 
reação ALT, o piruvato formado é reduzido a lactato pela Desidrogenase Láctica (LD). No 
decorrer das reações, o NADH é oxidado a NAD+ e o seu desaparecimento é medido em 
espectrofotômetro na absorbância 340 nm (BURTIS; BRUNS, 2016; LOPES, 1998). 
Figura 1: Reação química (BURTIS; BRUNS, 2016). 
 
Metodologia Cinética Colorimétrica de Tempo Fixo (método de Reitman e Frankel): 
Quando há a formação do piruvato na reação ALT, este reage com 2-4-denitrofenilhidrazina, 
resultando na formação de hidrazona, a qual adquire coloração máxima pela adição de 
hidróxido de sódio. A intensidade da cor é proporcional à atividade enzimática. Em reações 
AST, quem reage com 2-4-denitrofenilhidrazina é o oxaloacetato formado (LOPES, 1998). 
2. Qual o significado clínico do(s) método(s)? 
Os valores elevados da atividade de ALT no soro são um importante indicativo de doenças 
hepáticas. Geralmente, a atividade de ALT será maior que AST, exceto em casos de hepatite 
alcoólica, cirrose e neoplasia hepática. Quando há doença hepática, geralmente o valor 
encontrado será dez a 40 vezes maiores do que os valores de referência. Aumento da atividade 
Atividade Orientada VIIIA: Módulo Bioquímica | Atividade Complementar 
Letícia Guedes Morais Gonzaga de Souza 
 
AST e ALT de duas a quatro vezes podem indicar carcinoma hepático primário ou metastático. 
AINES, antibióticos, antiepilépticos e estatinas são medicamentos que podem elevar 
significativamente a atividade de ALT e AST. Ademais, a atividade de AST estará aumentada 
após infarto agudo do miocárdio, em casos de distrofia muscular e desmatomiostite. AST pode 
estar elevada em casos de doenças hemolíticas (BURTIS; BRUNS, 2016). 
3. Quais os interferentes analíticos ou limitantes do(s) procedimento(s)? 
ALT: Injeções intramusculares e medicamentos, como anticoncepcionais oral, ampicilina, 
Clorpropamida e oxacilinas, podem elevar os níveis de ALT. A atividade de ALT deve ser 
dosada no dia da coleta devido à perda de sua atividade em temperatura ambiente (BURTIS; 
BRUNS, 2016; LOPES, 1998). 
AST: Injeções intramusculares, exercícios físicos e medicamentos, como anticoncepcionais 
orais, anti-hipertensivos, eritromicina e salicilatos, podem elevar os níveis de AST. Ainda, a 
atividade sérica é estável por 48 horas a 4º∟C, portanto deve-se observar o armazenamento da 
amostra, caso seja mantida por mais tempo. Amostras hemolisadas não devem ser utilizadas, 
uma vez que há alta quantidade de AST nos eritrócitos. Em relação ao método no ultravioleta, 
amostras muito lipêmicas e ictéricas apresentam absorbância elevada em 340 nm no 
espectrofotômetro; portanto, quando a atividade enzimática estiver elevada, pode haver 
consumo rápido do substrato sem redução significativa na absorbância (BURTIS; BRUNS, 
2016; LABTEST, 2014; LOPES, 1998). 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BURTIS, Carl A.; BRUNS, David E. Tietz - Fundamentos de Química Clínica e Diagnóstico 
Molecular. Tradução d ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. 
LABTEST. AST/GOT Liquiform - Instruções de Uso. . Lagoa Santa: LabTest. Disponível em: 
<https://labtest.com.br/wp-content/uploads/2016/09/AST_GOT_Liquiform_109_Port.pdf>. 
Acesso em: 12 jan. 2022. , 2014 
LOPES, Homero Jackson de Jesus. Enzimas no laboratório clínica: Aplicações Diagnósticas. 
Analisa. Belo Horizonte: [s.n.]. Disponível em: 
<http://www.goldanalisa.com.br/arquivos/%7BD24E41CD-601C-4721-BDA7-
E5B1CB3512B3%7D_Enzimas_no_Laboratorio_Clinico[1].pdf>. Acesso em: 12 jan. 2022. , 
1998

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