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UNIVERSIDADE POTIGUAR 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
EDUARDO ANDERSON CASSIMIRO VICTOR 
 
 
 
 
COMO APLICAR O DIREITO DIGITAL A CRIMES 
CIBERNÉTICOS 
 
 
 
 
 
NATAL 
2022 
 
UNIVERSIDADE POTIGUAR 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
 
EDUARDO ANDERSON CASSIMIRO VICTOR 
 
ORIENTADORA: PROF. LILIANA SANTO DE AZEVEDO 
RODRIGUES 
 
 
 
 
COMO APLICAR O DIREITO DIGITAL A CRIMES 
CIBERNÉTICOS 
 
 
 
NATAL 
2022 
EDUARDO ANDERSON CASSIMIRO VICTOR 
 
 
 
 
COMO APLICAR O DIREITO DIGITAL A CRIMES 
CIBERNÉTICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado ao curso de bacharelado 
em Direito da Universidade Potiguar 
como pré-requisito para a obtenção do 
grau de bacharelado em Direito. 
Orientadora: Prof. Liliana Santo de 
Azevedo Rodrigues 
 
 
NATAL 
2022 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente, quero agradecer a Deus pelo dom da vida, por ter 
sobrevivido a uma pandemia, e ante tudo, por me permitir concluir a mais uma 
etapa da minha vida e poder chegar até aqui. Toda gratidão do mundo aos meus 
pais, por todo investimento em mim depositado, desde o meu nascimento até o 
dia de hoje, isso tudo é por vocês, GRATIDÃO. A minha orientadora Liliana Santo 
que foi primordial para o desenvolvimento deste trabalho, não teria sido possível 
sem sua orientação e dedicação, meu muito obrigado Professora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Neste trabalho serão abordados os aspectos históricos e evolutivos do 
cibercrime, também iremos apontar o surgimento e o desenvolvimento das leis 
que regem o direito virtual em nosso país, como também uma breve noção sobre 
os crimes cibernéticos. Traremos também a Convenção de Budapeste e a sua 
importância para o direito digital mundial, assim como algumas modalidades do 
cibercrime. Por fim, e para expor a relevância deste trabalho, o capitulo 3 tratará 
de um caso de suicídio cometido por jovem brasileiro e transmitido pela vítima 
em tempo real, por meio do aplicativo Tiktok, sendo a preocupação maior do 
tiktok esconder a história para não causar danos a si próprio, trazendo uma 
prejudicialidade enorme a paz publica, ferindo moralmente toda nossa 
sociedade, e como o uso indevido do digital pode acarretar danos irreversíveis. 
 
Palavras-Chave: Digital, Cibercrimes, Budapeste, Internet. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
In this work, the historical and evolutionary aspects of cybercrime will be 
addressed, we will also point out the emergence and development of laws that 
govern virtual law in our country, as well as a brief notion about cyber crimes. We 
will also bring the Budapest Convention and its importance for global digital law, 
as well as some types of cybercrime. Finally, and to expose the relevance of this 
work, chapter 3 will deal with a case of suicide committed by a young Brazilian 
and transmitted by the victim in real time, through the Tiktok application, with 
tiktok's main concern being to hide the story so as not to cause damage to itself, 
bringing enormous harm to public peace, morally hurting our entire society, and 
how the misuse of digital can cause irreversible damage. 
 
Key-words: Digital, Cybercrimes, Budapest, Internet. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO..................................................................................................... 
CAPITULO 1 – CRIMES CIBERNÉTICOS.......................................................... 
1.1 ASPECTOS HISTÓRICOS............................................................................ 
 
1.2 EVOLUÇÃO E NOÇÕES GERAIS SOBRE CIBERCRIMINALIDADE........... 
CAPÍTULO 2 – CONVENÇÕES INTERNACIONAIS E SUA RELEVÂNCIA NOS 
CIBERCRIMES.................................................................................................... 
2.1 A IMPORTÂNCIA DA CONVENÇÃO DE BUDAPESTE PARA O DIREITO 
DIGITAL E O COMBATE AO CIBERCRIME....................................................... 
2.2 MODALIDADES DE CIBERCRIMES............................................................. 
CAPITULO 3 – ESTUDO DE CASO................................................................... 
3.1 CASO JOÃO.................................................................................................. 
3.2 ANÁLISE DO CASO JOÃO........................................................................... 
CONCLUSÃO................................................................................................. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O Direito eletrônico trata-se de uma parte ramificada do direito que rege 
as relações em ambientes virtuais. Muitos acabam achando que porque estão 
por trás de uma tela de celular ou computador que podem considerar que o 
acesso a internet virou ‘terra de ninguém’ e nela podem fazer o que bem 
entenderem. A cada dia vimos em noticiários ou nas diversas redes rociais que 
desfrutamos no atual momento o aumento de casos de crimes na internet, 
pessoas sendo expostas, tendo fotos e vídeos íntimos divulgados e a cada dia o 
aumento desses casos se intensificam. 
O Direito Digital assim como crimes cibernéticos, são ramos do direito 
relativamente novos no Brasil, surgindo em meados de 2012 com a Lei n° 
12.737, também conhecida como Lei Carolina Dieckmann. O ocorrido foi em de 
2011 onde um Hacker (criminoso virtual) invadiu o computador pessoal da atriz 
Carolina Dieckmann, possibilitando que o mesmo tivesse acesso a trinta e seis 
fotos de cunho íntimo dela, na época do fato, o invasor tentou extorquir a famosa 
exigindo uma quantia no valor de dez mil reais para não divulgar as fotos. A atriz 
abraçou a causa e cedeu seu nome a Lei. Essa também foi a primeira lei no 
nosso país que tipificou crimes cibernéticos. Outro Marco no Direito Digital é a 
LGPD ( Lei Geral de Proteção de Dados ) sancionada em 2018 porem começa 
a entrar em vigor, apenas em fevereiro de 2020, esta Lei discorre sobre o 
tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural 
ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger 
os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento 
da personalidade da pessoa natural, de compras on-line a redes sociais, de 
hospitais a bancos, de escolas a teatros, de hotéis a órgãos públicos, da 
publicidade à tecnologia: pode ter certeza, a Lei Geral de Proteção de Dados 
Pessoais (LGPD) afeta diferentes setores e serviços, e a todos nós brasileiras e 
brasileiros, seja no papel de indivíduo, empresa ou governo. 
Tratando-se de uma nova realidade, o direito digital ainda conta com um 
limitado número de normas que regimentam a questão. Entretanto, isso vem 
mudando felizmente. A cada ano surgem no legislativo mais leis, decretos e 
regras que abordam esse assunto. Esse direito está aí para estabelecer leis e 
garantir que ninguém seja constrangido ou lesado nesse ambiente. Por fim, 
iremos aqui debater sobre a evolução do direito digital e sobre seus benefícios 
para a nossa sociedade. 
 A escolha desse tema, se deu, inicialmente devido ao desenfreado número 
de crimes digitais ocorridos no nosso país no decorrer dos últimos anos, tendo 
se intensificado bastante na época da pandemia do novo Coronavirus. Tem-se 
notado que quanto mais meios digitais são criados e expandidos, mais casos 
vem à tona também, hoje em dia a sociedade vive quase que inteiramente 
dependente do meio digital, mais precisamente dependentes do celular, 
dormem, comem, se divertem com ele, como se aquele objeto fosse parte do 
seu corpo. Com o passar dos anos e o avanço da tecnologia, a internet avançou 
em muito, inclusive a grande parte da nossa vida hoje em dia é regida pelo digital,melhorando e simplificando muito nossa vida, como é o exemplo das CNH 
digitais, dos RG digitais que em alguns estados é possível utiliza-lo digitalmente, 
entre outras coisas que simplificam e ajudam a população. 
 É inegável que o digital trouxe muitos benefícios, mas quanto aos 
malefícios? Hoje é extremamente comum, você ouvir nos noticiários, ouvir de 
familiares, de colegas ou conhecidos que foram vítimas dos famosos golpes 
digitais, tiveram cartão clonado, contas hackeadas, e pior, quantas pessoas 
anônimas e famosas tiveram a intimidade violada e exposta para o mundo todo, 
acarretando danos muitas vezes irreversíveis. São incontáveis os casos e 
infelizmente muitos acham que o digital é terra sem lei e não há punição, mas é 
aí que se enganam. Outros casos comuns no digital é o quanto os indivíduos 
confundem a liberdade de expressão com crime virtual, outro ponto muito forte 
que tem marcado nossa geração. 
O objetivo geral do trabalho é mostrar uma breve análise sobre a criação 
e evolução do Direito Digital no Brasil, como também os crimes cometidos e os 
traumas que as vítimas levam consigo para toda a vida. Os objetivos específicos 
são: i) levar ao conhecimento de todos a Iniciação do Direito Digital no Brasil e 
seu benefício para a sociedade; ii) mostrar a insegurança e invasão da 
privacidade no âmbito digital; iii) aplicar as legislações vigentes no nosso país e 
um pouco da história e criação da convenção de Budapeste. 
Nesta pesquisa foi aplicado o método de pesquisa bibliográfica, sendo 
seu objetivo explorar e aprofundar o material teórico sobre o assunto abordado. 
Esta arguição desenvolver-se-á a partir de inspeção de literaturas, leitura e 
detalhamento de obras doutrinárias, artigos científicos, revistas eletrônicas, 
artigos e por observação de leis e jurisprudências sobre o referido tema. Tendo 
seu início pela análise histórica do surgimento dos crimes virtuais, bem como 
seus conceitos e os crimes que ocorrem nesse meio, logo mais será discorrido 
sobre as mudanças na legislação Penal no que tange o Direito Digital, como 
também sua evolução até o presente momento, a importância da Convenção de 
Budapeste e por fim mostraremos um caso prático ocorrido em nosso país e 
analisaremos perante as legislação, e os perigos que o uso imprudentemente do 
digital pode causar a nossa sociedade. 
No capítulo 1 abordaremos sobre a evolução histórica do Cibercrime, 
tanto nacionalmente como internacionalmente, como se iniciou e alguns dos 
primeiros casos que marcaram época, mesmo quando não se falava em 
cibercrime, ou existia o famoso meio digital que temos acesso diariamente. 
Falaremos também sobre a legislação vigente em nosso país e as principais leis 
que regem o direito digital Brasileiro. 
No capítulo 2 discorreremos sobre a Convenção de Budapeste, sua 
história e criação, a sua importância para o direito digital e combate ao 
Cibercrime, como também algumas modalidades de Cibercrimes. 
E por fim, no capítulo 3 apresentaremos um estudo de caso, fato esse 
ocorrido em 2019, onde um jovem de 19 anos se suicidou e transmitiu ao vivo 
por meio do famoso aplicativo chines TikTok, como também a omissão da 
empresa responsável por ele e os perigos oferecidos para nossa sociedade. 
 
CAPITULO 1 – CRIMES CIBERNÉTICOS 
Neste capítulo abordaremos o contexto histórico do Cibercrime, seu 
desenvolvimento no Brasil, quando se deu início as primeiras legislações que 
versam sobre o assunto, assim como casos que marcaram o inicio do direito 
digital em nosso país. Falaremos também sobre o uso indevido das redes socais, 
a exposição, difamação, calunia, uso de imagem indevida “os famosos nudes 
vazados”, o próprio hackeamento de contas em redes sociais, invasão a contas 
bancarias, entre outros casos que serão exemplificados no decorrer deste artigo. 
1.1 ASPECTOS HISTÓRICOS 
Quando paramos e analisamos, o cibercrime está ligado diretamente a 
tecnologia e a inovação, olhando para o passado, podemos ver um caso, ainda 
que bastante superficial, relatado no livro Manual de Crimes Informáticos de 
Damásio de Jesus e José Antônio Milagre (2016, p. 22) que em 1820 na França, 
houve um boicote dos funcionários de Joseph-Marie Jacquard, onde ele produziu 
uma máquina que substituía tarefas antes executadas por humanos, resultando 
numa sabotagem por parte de seus empregados para desencoraja-lo no uso da 
nova tecnologia. 
Já em 1939, Alan Turing é recrutado pelo Serviço de Inteligência 
Americano no intuito de descobrir o segredo de máquinas codificadoras 
eletromagnéticas, mostrando que desde a primeira metade do século XX já 
estudavam a quebra de técnicas e códigos para se ocultar ou proteger 
informações (Jesus e Milagre, 2016, p. 22). 
Obviamente, o conceito de cibercrime surgiu muitos anos depois do fato 
ocorrido, Jesus e Milagre explicam que a doutrina ela divaga acerca do primeiro 
delito informático teria ocorrido no âmbito do MIT (Massachusetts Institute of 
Technology) no ano de 1964, onde um aluno de 18 anos teria cometido um ato 
classificado como cibercrime, entretanto, outros ainda falam que o primeiro caso 
de que se tem notícia sobre hacking foi no ano de 1978, na universidade de 
Oxford, onde um estudante copiou de uma rede de computadores uma prova, 
sendo uma invasão seguida de cópia. Até essa data não existia nenhuma lei que 
versasse sobre o Direito Digital nos Estados Unidos, no mesmo ano a Flórida 
formulou leis sobre o Direito Digital, sendo o primeiro estado Americano a faze-
la (Jesus e Milagre, 2016, p. 22). 
Um dos crimes Cibernéticos mais famosos das antigas, foi detectado por 
Cliff Stoll. Ele era administrador de sistemas no Lawrence Berkeley National 
Laboratory, em 1986. Percebendo que o tempo de uso dos computadores era 
maior do que o uso efetivo na instituição, ele descobriu que uma conta que 
deveria estar inativa estava sendo usada por um hacker do Chaos Computer 
Club, na Alemanha Oriental, a partir do login no computador do laboratório, o 
criminoso tinha acesso à rede do Departamento de Defesa americano, com o 
intuito de vender informações para a União Soviética. O nome do hacker era 
Markus Hess e na época, era difícil obter a cooperação das autoridades na 
investigação desse tipo de crime, já que a atividade ainda era recente. O trabalho 
de Stoll é conhecido como um dos primeiros exemplos de perícia forense digital 
(Canaltech). 
 
1.2 EVOLUÇÃO E NOÇÕES GERAIS SOBRE CIBERCRIMINALIDADE 
Iniciando o novo milênio, estávamos fascinados com prematuro mundo 
digital, marcando o início do sec. XXI. Embora muito intrigante e esplêndido, o 
digital ainda era muito desconhecido. Com o passar dos anos, o meio digital foi 
se popularizando, surgiram as primeiras redes sociais, muitas instituições 
aderiram sistemas online, já era possível acessar uma conta no banco através 
de internet, entre outras coisas. Com elas, também surgiram a preocupação e o 
medo relacionadas à segurança e sobre quem também poderia acessar suas 
informações, e agora, não só as grandes instituições e governos teriam essa 
preocupação, mas toda a população em si. 
O termo “cibercrime” é relativamente antigo e surgiu somente no final da 
década de 90, durante reunião do G-8 que se destinava à discussão do combate 
às más práticas na internet de forma preventiva e punitiva. A partir disso, o termo 
passou a ser usado para designar delitos penais praticadas na internet (D’URSO, 
2017). 
Para Rocha (2017, p.16): 
 
Todo o tipo de conduta delituosa é praticada online, desde pedofilia, 
prostituição, tráfico, pirataria, até sabotagem e terrorismo. A 
digitalização dos métodos de trabalho tem causado em muitos países, 
inclusive ao Brasil, transtornos provocados por uma nova onda de 
crimes cibernéticos. Só neste ano foram registrados inúmeros 
sequestros de informações de empresas e hospitais por todo mundo. 
 
https://canaltech.com.br/seguranca/historia-da-seguranca-virtual-a-origem-do-cibercrime-203073/No Brasil, a primeira legislação que versa sobre o Direito Digital tipificando 
crimes cibernéticos, foi a Lei n° 12.737/2012, mais conhecida popularmente 
como Lei Carolina Dieckmann, levando o nome da atriz, em razão de ter sido 
vítima de crime cibernético ao ter seu computador invadido e imagens furtadas 
divulgadas e utilizadas para praticar extorsão contra ela. sendo a lei sancionada 
em novembro de 2012 sendo um marco bastante memorável para a legislação, 
embora sua criação tenha sido tardia e branda se comparado a outros países. 
Muitas são as discursões sobre as penas impostas por essa lei, visto que pouco 
coíbem os invasores, sendo as penas muito maleáveis, deixando uma ideia que 
o crime ficará impune, visto que o objetivo da criação da lei é impossibilitar os 
hackers a praticas delituosas, não se chegara ao objetivo, visto que a aplicação 
das penas nela prevista são demasiadamente baixas. 
Para Castro (2013 ,p. 2): 
A Lei deveria ter criado a responsabilidade criminal dos 
administradores dos sites de redes sociais por injúrias, difamações, 
calúnias e demais crimes praticados contra terceiros, por falta de 
controle de acesso, embora faturem bilhões de dólares, utilizando, por 
exemplo, a tão comentada teoria do conhecimento do fato, 
responsabilidade objetiva. 
Com a entrada da supracitada Lei em vigor o Código Penal Brasileiro 
passou a tipificar o crime de Invasão de Dispositivo Informático, previsto no artigo 
154-A do CP, da seguinte maneira: 
Art. 154 – A. Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à 
rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de 
segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou 
informações sem autorização expressa ou tácita do titular do 
dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita: 
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. 
A legislação brasileira conta também com o Marco Civil da Internet, Lei 
12.965/2014, em vigor desde 2014, popularmente conhecido como a 
Constituição da Internet Brasileira, ela traz de uma maneira sistematizada dez 
princípios elaborados pelo comitê Gestor da internet brasileira, um de seus 
principais objetivos foi definir em lei os direitos provenientes da utilização da 
internet, tais como garantias, direitos e deveres versando sobre o que se pode 
ou não fazer no âmbito civil, antes de se criminalizar condutas praticadas na 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art154a
internet, determinando as diretrizes para atuação da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios (Cardoso, 2022). 
Para BIONI (2019, p. 186) 
Tidos como um dos pilares do MCI, ao lado da neutralidade de rede e 
da liberdade de expressão, a sua proeminência consolidou-se com o 
episódio do escândalo de espionagem revelado pelo ex-analista 
Edward Snowden, da Agência Nacional de Segurança dos Estados 
Unidos. Tais revelações repercutiram no MCI, que teve mudanças 
substanciais em seu texto para “endurecer” 102 a proteção ao direito à 
privacidade e aos dados pessoais, bem como na própria aceleração de 
seu trâmite legislativo que, com a adoção do regimento de urgência, 
culminou em sua aprovação no Congresso brasileiro em 2014. 
A lei do Marco Civil traz consigo dez princípios, sendo eles: liberdade, 
privacidade e Direitos Humanos; governança democrática e colaborativa; 
universalidade; diversidade; inovação; neutralidade da rede; inimputabilidade da 
rede; funcionalidade, segurança e estabilidade; padronização e 
interoperabilidade; ambiente legal e regulatório. 
Outro marco de valor imensurável a nossa legislação foi a Lei Geral de 
Proteção de Dados – LGPD (13.709/2018). Ela tem como seu principal objetivo 
proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre 
desenvolvimento da personalidade da pessoa natural, de compras on-line a 
redes sociais, de hospitais a bancos, de escolas a teatros, de hotéis a órgãos 
públicos, da publicidade à tecnologia, pode ter certeza, a LGPDafeta diferentes 
setores e serviços, e a todos nós brasileiras e brasileiros, seja no papel de 
indivíduo, empresa ou governo. Voltada também para a segurança jurídica, 
acertando as práticas e regulamentos, que a partir daí protegem os dados 
pessoais de todo e qualquer cidadão que esteja no nosso país ou fora dele, 
sendo baseada em padrões internacionais (MPF). A LGPD “dispõe sobre o 
tratamento de dados pessoais, (...) com o objetivo de proteger os direitos 
fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da 
personalidade da pessoa natural.” 
Para Bioni (2019, p. 175) Destaca-se, nesse sentido, o referencial teórico 
de Alan Westin que compreendia a privacidade como a “reivindicação dos 
indivíduos, grupos e instituições de determinar, por eles mesmos, quando, como 
e em qual extensão suas informações pessoais seriam comunicadas aos outros.” 
Dá-se ênfase à autonomia do indivíduo em controlar o fluxo de suas informações 
pessoais. 
Ela traz consigo a definição do que são dados pessoais em seu art. 5° 
inciso I, considerando que um dado pessoal é aquela informação relacionada a 
pessoa natural identificada ou identificável. No mesmo artigo, inciso II, ele define 
o que é dado pessoal sensível, que está ligado a origem racial ou étnica, 
religiosidade, escolhas políticas, opção sexual ou dado referente a saúde. Já em 
seu art. 14 a legislação estabelece que o tratamento de dados pessoais sobre 
crianças e adolescentes, caberá a realização mediante consentimento dos pais 
ou responsáveis legais. Trouxe também inúmeras garantias e direitos aos 
cidadãos, afirmando em seu texto que todo titular é possessor dos seus dados, 
sendo preciso seu consentimento para tratamento do mesmo citado, todavia, 
essa regra pode ser excepcionada mediante proteção da vida, serviços de 
saúde, processo judicial entre outros fatores especificados pelo inciso II do art. 
11, inclusive pode o cidadão revogar o consentimento de tratamento, e também 
pedir que seus dados sejam excluídos (MPF). 
Para Bioni (2019, p. 189) é uma carga principiológica que procura 
conformar, justamente, a ideia de que o titular dos dados pessoais deve ser 
empoderado com o controle de suas informações pessoais e, sobretudo, na sua 
autonomia da vontade. 
Sobre o Consentimento pode-se afirmar que 
 O titular dos dados pessoais alçou papel de protagonista a partir da 
segunda geração de leis de proteção de dados pessoais. Naquele 
momento, optou-se por uma estratégia regulatória que nele depositava 
a responsabilidade de autoproteger as suas informações pessoais. 
Essa diretriz normativa foi fundada a partir do direito de o indivíduo 
controlar os seus dados pessoais, socorrendo-se, por isso, à técnica 
legislativa de exigir o consentimento 127 do titular dos dados pessoais 
para que eles fossem coletados, utilizados, compartilhados, enfim, 
para toda e qualquer etapa de tratamento de tais informações. (BIONI, 
2019, p. 190) 
Já prevendo na LGPD a existência dos agentes de tratamento de dados 
e estipulando as suas funções nas organizações, tais como o controlador que 
toma as decisões sobre o tratamento; o operador, que realiza o tratamento em 
http://www.mpf.mp.br/servicos/lgpd/o-que-e-a-lgpd
nome do controlador. O Brasil também adotou por meio da Lei n° 13.853/2019 a 
Autoridade Nacional de Proteção de Dados Pessoais – ANPD, que tem por 
objetivo a aplicabilidade de penalidades e fiscalização dos descumprimentos da 
LGPD. 
CAPÍTULO 2 – CONVENÇÕES INTERNACIONAIS E SUA RELEVÂNCIA NOS 
CIBERCRIMES 
Neste capítulo trataremos sobre a Convenção de Budapeste, sua 
importância para o Direito Digital e o Combate ao cibercrime, os demais países 
que fazem parte, e como a legislação interna de cada país é influenciada pela 
convenção, apontando também alguns exemplos de crimes digitais e suas 
consequenciais. 
2.1 A IMPORTÂNCIA DA CONVENÇÃO DE BUDAPESTE PARA O DIREITO 
DIGITALE O COMBATE AO CIBERCRIME 
A Convenção de Budapeste foi criada em 21 de setembro de 2001, na 
Hungria, ela também é conhecida como Convenção sobre Cibercrimes, 
resultado de 4 (quatro) anos de trabalho do “Comitê de Peritos em Crimes no 
Ciberespaço (PC-CY)”, estabelecido pelo Comitê de Ministros do Conselho da 
Europa, em 4 de fevereiro de 1997. Atualmente ele conta como signatários, os 
países da União Europeia, Estados Unidos que é membro sem voto do conselho, 
outros países também de aderiam, como é o caso do Canadá, Australia e Japão, 
também países da América Latina, como Argentina, Paraguai, Chile, Republica 
Dominicana, Costa Rica, Colômbia e recentemente o brasil, promulgada por 
meio do Decreto Legislativo n° 37/21 também aderiu a convenção. Tendo sido 
elaborada pelo Comitê Europeu para os Problemas Criminais e foi o primeiro 
tratado internacional sobre os chamados cibercrimes. O documento lista os 
principais crimes cometidos por meio da internet e além dos 66 países que 
ratificaram, outros 158 utilizam como orientação para suas legislações nacionais 
de combate aos crimes cibernéticos. Como característica bastante marcante dos 
Cibercrimes, presumimos que se tratam de condutas que ultrapassam fronteiras, 
e por consequência há conflitos com a competência e atuação territorial das 
autoridades nacionais. Diante disso, os especialistas europeus chegaram à 
conclusão de que somente um instrumento internacional que fosse vinculante 
aos países signatários poderia ter a necessária eficiência na luta contra esse 
novo (Silva, 2022). 
Mediante a observação de Jesús-María Silva Sánchez (2011, p. 36): 
O progresso técnico dá lugar, no âmbito da delinquência dolosa 
tradicional (a cometida com dolo direto ou de primeiro grau), a adoção 
de novas técnicas como instrumento que lhe permite produzir 
resultados especialmente lesivos; assim mesmo, surgem modalidades 
delitivas dolosas de novo cunho que se projetam sobre os espaços 
abertos pela tecnologia. A criminalidade, associada aos meios 
informativos e à internet (a chamada ciberdelinquência), é, 
seguramente, o maior exemplo de tal evolução. Nessa medida, 
acresce-se inegavelmente a vinculação do progresso técnico e o 
desenvolvimento das formas de criminalidade organizada, que operam 
internacionalmente e constituem claramente um dos novos riscos para 
os indivíduos (e os Estados). 
Deste modo, vale ressaltar que a Convenção não é internacional, mas sim 
europeia, como mostra seu art. 37, todavia no que versa o artigo, o comité de 
Ministros do Conselho da Europa pode, depois de ter consultado os Estados 
contratantes da Convenção e de ter obtido o acordo unânime, convidar qualquer 
Estado não membro do Conselho (Convenção sobre o Cibercrime, 2001). 
A Convenção de Budapeste tem por desígnio: a) uniformizar as 
legislações penais substantivas; b) incentivar alterações nas legislações 
processuais nacionais de maneira a facilitar as investigações e persecução 
criminal necessárias para combater delitos praticados com o uso de sistemas de 
computadores, e ainda, demais delitos em que as provas devam ser obtidas 
mediante meios eletrônicos; c) consolidar importantes meios de cooperação 
internacional. 
Seu capítulo I traz algumas terminologias aplicáveis. O Art. 1º colaciona 
algumas definições utilizadas na Convenção. São elas: a) Sistema Informático; 
b) Dados Informáticos; c) Fornecedor de Serviço; d) Dados de Tráfego. 
O seu capitulo II dispõe sobre as medidas que devem ser tomadas no 
âmbito do direito interno de cada país acerca de algumas infrações que são 
agrupadas em cinco títulos. O Título 1, tratando de “infrações contra a 
confidencialidade, integridade e disponibilidade de sistemas informáticos e 
dados informáticos”, colaciona os seguintes tipos: (Art. 2º) acesso ilegítimo; (Art. 
3º) interceptação ilegítima; (Art. 4º) interferência em dados; (Art. 5º) interferência 
em sistemas; e (Art. 6º) uso abusivo de dispositivos. No Título 2 encontram-se 
algumas infrações relacionadas com computadores, dentre as quais: (Art. 7º) 
falsidade informática e (Art. 8º) burla informática. Já o Título 3 trata das infrações 
relacionadas a conteúdos, como aquelas atinentes à pornografia infantil (Art. 
9º)93. No Título 4, (Art. 10º) encontramos as infrações relacionadas à violação 
de direitos autorais e outros direitos conexos. O Título 5, por sua vez, trata da 
tentativa e cumplicidade (Art. 11º), (Conselho da Europa, 2001). 
Nesse documento ainda são recomendadas medidas pelas quais as 
autoridades possam obter dados de pessoas, ou de fornecedores que prestam 
serviço em território nacional, para viabilizar investigações (Art. 18º); além da 
busca e apreensão de dados informáticos armazenados (Art. 19); do 
recolhimento em tempo real de dados informáticos, dentre os quais estão 
aqueles relativos ao tráfego (Art. 20º) e a interceptação de dados relacionados 
ao conteúdo (Art. 21º); além de tratar da necessidade de serem estabelecidas 
nas legislações internas medidas acerca da competência para quaisquer 
daquelas infrações penais anteriormente elencadas (Art. 22º), (Conselho da 
Europa, 2001). 
O Capítulo III é responsável por trazer: os “princípios gerais relativos à 
cooperação internacional” (Art. 23º); “princípios relativos à extradição” (Art. 
24º)94; e os “princípios gerais relativos ao auxílio mútuo” (Art. 25º). Interessante 
também é o que dispõe o Art. 35º ao tratar da chamada “Rede 24/7”95, que é 
um sistema para aconselhamento técnico e de assistência às investigações que 
deve ser mantido pelas partes do Tratado, (Conselho da Europa, 2001). 
Por fim, a Convenção traz disposições envolvendo a assinatura e a 
entrada em vigor; adesão; aplicação territorial; efeitos; reserva; denúncia; entre 
outras coisas. 
BRITO (2013, p. 49) fala que: 
A Convenção possui três objetivos específicos, a saber: (a) harmonizar 
a tipicidade penal no ambiente do ciberespaço pelos Estados 
signatários; (b) definir os elementos do sistema de informática 
promovendo a unidade na interpretação da legislação penal interna e 
possibilitar a credibilidade da prova eletrônica no ambiente virtual; (c) 
implementar um sistema rápido e eficaz de cooperação internacional 
no combate à criminalidade informática. 
Embora que de forma resumida, essa é a Convenção de Budapeste, 
unindo internacionalmente países no combate ao Cibercrime. 
2.2 MODALIDADES DE CIBERCRIMES 
O cyberbullying ocorre no momento em que se usa a internet, e outros 
meios comunicação para difundir ou transmitir palavras, frases, textos e imagens 
para constranger ou intimidar um indivíduo ou grupo de pessoas. Uma vítima de 
cyberbullying passa a associar seu nome ou imagem a um perfil ou contexto 
falso, e recebe rótulos depreciativos ou ridicularizados em sites, redes sociais ou 
fóruns na internet. Já a ciberguerra é uma modalidade de conflito que tem se 
tornado mais frequente. Alguns autores acreditam que a primeira guerra 
cibernética ocorreu após a primeira semana de abril de 2001, quando um avião 
espião dos EUA colidiu com um caça chinês sobre uma área perto da província 
de Hainan. Depois, hackers chineses se uniram e hackearam cerca de 10.000 
sistemas dos EUA em retaliação ao incidente mencionado. A partir dos exemplos 
acima, a guerra cibernética (também conhecida como guerra cibernética) pode 
ser definida como um tipo de guerra em que o conflito ocorre não por meios 
físicos, como armas, mas por meio de ataques cibernéticos e de computador no 
chamado ciberespaço, (JUS). 
Um fato que chamou a atenção para a prática da ciberespionagem, 
aconteceu em 2008, durante a campanha do então candidato presidencial dos 
EUA, Barack Obama. Na época, os computadores foram infectados por meio de 
um cavalo de Tróia - um arquivo disfarçado de aplicativo útil como um "presente 
da Grécia", mas na verdade ocultando funcionalidades maliciosas - provocando 
investigações de agentes do FBI e do ServiçoSecreto dos EUA, que disseram 
aos chefes de tecnologia e campanha de Barack Obama que hackers invadiram 
os sistemas do partido e obtiveram documentos e dados sobre sua campanha 
presidencial por meios criminosos e fraudulentos. No contexto dessa 
ciberespionagem, vale mencionar que a Anistia Internacional realizou uma 
pesquisa em 2015 sobre as percepções dos cidadãos sobre as operações de 
vigilância das agências de inteligência lideradas pelos EUA. O estudo foi 
realizado no Brasil, Holanda, França, Canadá, Alemanha e outros países, 
entrevistando mais de 15.000 pessoas. Em relação ao Brasil, a análise mostra 
que 80% dos cidadãos brasileiros se opõem à espionagem virtual, 55% dos 
participantes brasileiros acreditam que os dados considerados confidenciais não 
podem ser usados como desculpa para verificar ou promover medidas 
preventivas de segurança, e o governo deve interceptar os dados em medidas 
extremas. Existem vários tipos de crimes cibernéticos ao redor do mundo, no 
entanto, os mencionados acima são mais consistentes entre diferentes autores 
de diferentes países, razão pela qual foram escolhidos para esta importante 
parte do presente trabalho, com o intuito de expandir o conhecimento técnico-
científico que estrará presente cada vez mais em nosso dia-a-dia. (JUS) 
Uma outra modalidade de cibercrime, é o ciberterrorismo. Bruce Hoffman 
em sua obra, Inside Terrorism, acrescentou que após a Segunda Guerra 
Mundial, principalmente no final da década de 1960 e ao longo da década de 
1970, o terrorismo foi visto como parte do contexto histórico revolucionário. O 
termo foi usado e expandido para incluir grupos nacionalistas e separatistas 
raciais fora dos contextos coloniais ou neocoloniais. Anteriormente, o terrorismo 
só aparecia no contexto de ataques físicos e brutais, mas com a expansão da 
Internet, o terrorismo foi inserido no âmbito virtual. Por isso, a guerra cibernética 
e o terrorismo cibernético são temas que alarmam Estados e Nações caso não 
estejam preparados para lutar, principalmente para prevenir ataques terroristas 
pela Internet com o objetivo de causar danos irreparáveis a sistemas e 
dispositivos de comunicação virtual (JUS). 
CAPITULO 3 – ESTUDO DE CASO 
Neste capítulo será apresentado um caso de suicídio, ocorrido em 
fevereiro de 2019 no Paraná e transmitido ao vivo por meio do aplicativo chines, 
que se tornou bastante popular em nosso país, conhecido como TikTok. Esse 
exemplo mostrará omissão da empresa titular dos dados perante o ocorrido, 
ferindo diretamente os direitos constitucionais e incitando ainda que 
indiretamente ao crime. 
3.1 CASO JOÃO 
O trágico caso ocorreu na cidade de Curitiba, capital do estado do Paraná 
por volta das 15h23 do dia 21 de fevereiro de 2019. Um jovem de 19 anos e 
influenciador digital filmou e transmitiu ao vivo seu suicídio, pelo aplicativo Tik 
Tok, no dia anterior, o influenciador havia dito aos seguidores que faria uma 
exibição “especial” e levou aproximadamente 280 pessoas assistirem ao rapaz 
se suicidar, enquanto transmitia tudo ao vivo. A empresa por outro lado e para 
decepção de todos, Ao descobrir a tragédia, uma operação tomou conta do 
escritório brasileiro da empresa para tentar abafar uma possível crise por causa 
do vídeo, tendo trabalhado incansavelmente por horas, para que o caso não 
degradasse a preciosa imagem que o aplicativo tem a zelar (The Intercept). 
O The Intercept afirma ter ouvido uma ex-funcionária da ByteDance, 
empresa dona do TikTok aqui no país, e aponta que o vídeo obteve 497 
comentários e 15 denúncias de espectadores antes de ser tirado do ar, mais de 
uma hora depois de sua exibição ao vivo. A reportagem também mostra 
documentos com horários que comprovariam a ciência do TikTok sobre a trágica 
situação horas antes das autoridades serem avisadas (The Intercept). 
De acordo com a fonte ouvida pelo The Intercept, os cerca de 60 
funcionários do escritório da ByteDance, localizado no Itaim Bibi, em São Paulo, 
dividem-se em equipes de redes sociais, conteúdo, influenciadores, parcerias, 
moderação e administração. O time de moderação de conteúdo, seria o único 
que trabalha de maneira isolada, sendo eles os responsáveis para tirar do ar 
conteúdos que contrariam os termos de uso da plataforma, ou seja, ofensivos. 
Contudo, as transmissões ao vivo são monitoradas por uma equipe que fica na 
China, e era essa equipe chinesa que tinha a responsabilidade de ter monitorado 
e descoberto o suicídio do jovem brasileiro. A equipe de moderadores só ficou 
sabendo do vídeo depois que foi avisada em um grupo de WhatsApp, segundo 
o The Intercept. Assim, o conteúdo foi exibido por mais de uma hora e meia, 
sendo que a conta do jovem paranaense só foi excluída às 17h13, mais de uma 
hora e meia depois de sua morte. De acordo com os documentos obtidos pelo 
site, apenas às 19h56, mais de quatro horas e meia após a exibição do conteúdo, 
e duas horas e meia após ter acionado a equipe de relações públicas, o TikTok 
avisou as forças polícias do Paraná. O corpo do rapaz deu entrada no Instituto 
Médico Legal de Curitiba às 20h05, apenas nove minutos após a comunicação 
do app sobre a morte. 
Foi elaborada uma nota de pesar pela equipe de relações públicas do 
aplicativo, na qual o Tik Tok se dizia "extremamente triste com esta tragédia", 
além de apontar que a empresa possui "medidas para proteger usuários contra 
o uso indevido do aplicativo, incluindo mecanismos fáceis que permitem 
denunciar qualquer conteúdo que violar nossos termos de uso”. Em entrevista 
ao The Intercept, a ex-funcionária da ByteDance afirmou que a nota foi feita 
apenas para amenizar as críticas à imagem da empresa, caso o suicídio viesse 
a público, não ocorrendo até agora. Segundo a responsável pelo vazamento dos 
e-mails, “Marta Cheng (líder geral do Brasil e da América Latina) foi acionada e 
orientou os funcionários do Brasil a não contarem a história para 
ninguém”. Nessa altura, a família já havia encontrado o corpo do jovem. O 
Intercept afirma que obteve acesso à ficha de João no Instituto Médico Legal de 
Curitiba, onde constava que o corpo do jovem tinha sido registrado no local às 
20h05, nove minutos após a comunicação do TikTok com as autoridades. 
Como já relatou o site americano The Verge, o TikTok tem sido usado de 
diferentes maneiras no mundo, nem todas tão, digamos assim, divertidas. Há 
relatos de outros dois suicídios na Índia, no mesmo ano e que estavam 
relacionados ao cyberbullying; há também casos de conteúdo racista e 
antissemita. (Veja) 
3.2 ANÁLISE DO CASO JOÃO 
Ante todas as informações apresentadas, baseadas na fundamentação 
teórica apresentada no capítulo 1, especialmente acerca das noções gerais de 
cibercriminalidade, e sua relação com as Leis Vigentes no nosso país e a 
Convenção de Budapeste, analisaremos o caso citado no capítulo 2 e o 
infringimento da Lei pelo aplicativo TikTok. 
No artigo 21,b),II, fala claramente sobre a obrigação que um fornecedor 
de serviço tem de prestar as autoridades o seu apoio e sua assistência para 
recolher ou registrar em tempo real, dados relativos ao conteúdo de 
comunicações específicas no seu território, transmitidas através de um sistema 
digital, e claramente o Tik tok foi omisso em contactar as autoridades 
competentes em tempo real, tendo em vista os relatos no capítulo anterior. 
A omissão do Tik Tok em alertar as autoridades responsáveis, também 
desencadeia mesmo que indiretamente a incitação ao suicídio, visto que casos 
como esse estão se tornando cada vez mais comum em todo o mundo. 
Para Baume, Cantor e Rolfe (1997), a Internet surgiu como uma nova 
forma de compartilhamento de informações e rapidamente chamou a 
atenção de jovens desfavorecidos. Neste estudo, os autores apresentam 
vários outros estudos que mostram uma ligação entre a cobertura da mídia 
de notícias de suicídio e suicídios subsequentes. Esses estudossustentam 
que existe uma relação significativa entre notícias de suicídio e casos 
subsequentes de suicídio. Alguns dos dados encontrados sugerem que 
algum tipo de imitação pode ter ocorrido após a cobertura da mídia ou 
exposição pessoal ao suicídio. Dito isso, grupos vulneráveis podem ser 
incentivados a cometer suicídio por meio de notícias ou exposição direta a 
casos de suicídio. 
O cibersuicídio é então um termo usado para fazer referência ao 
suicídio e suas ideações na internet. Ele está associado a websites que 
atraem membros vulneráveis da sociedade e os tornam capacitados por meio 
do aprendizado de diversos métodos e abordagens para deliberar sobre a 
autoagressão. O cibersuicídio é um importante problema presente em todo o 
mundo, especialmente entre os jovens e adolescentes, sendo um grande 
desafio para o futuro, principalmente, no que se refere a sua prevenção e 
controle (BIRBAL et al., 2009). 
Diante das citações acima, vimos o quanto é preocupante a forma 
como o TikTok tratou do caso em questão, preocupando-se em zelar pela 
sua imagem, permitindo que uma transmissão de suicídio fosse disseminada 
mundo a fora, sendo assistida jovens e adolescentes. Redes sociais como 
Facebook e Twitter têm estratégias consolidadas para lidar com conteúdo e 
situações sensíveis como o suicídio, por meio de parcerias com instituições 
especializadas em prevenção, como o Centro de Valorização da Vida, CVV. 
Além do conteúdo de apoio aos usuários e filtros de Inteligência Artificial que 
detectam conteúdos apelativos. As equipes das plataformas estão focadas 
em agilizar o contato e trabalhar com as autoridades locais. A lei do Marco 
Civil alude que o responsável pelo conteúdo publicado em uma plataforma é 
o usuário que a publicou. Tendo em vista, as empresas donas da plataforma, 
como Tik Tok e a ByteDance, só poderiam ser responsabilizadas por dois 
tipos de conteúdo: exploração de menores e nudez (The Intercept). 
Todavia, mesmo que não haja obrigação legal das empresas em lidar 
com os conteúdos ofensivos de sua plataforma, há no mínimo obrigação moral 
de zelar pela comunidade, uma vez que em suas políticas e termos de uso as 
empresas se responsabilizam pelo cuidado e fiscalização de seus conteúdos 
e usuários. Ainda segundo Thiago Tavares, presidente da SaferNet Brasil, 
organização que defende direitos humanos na internet. “Competidores do 
TikTok têm indicadores de situações sensíveis muito mais afiados do que a 
plataforma parece ter, e esconder suas práticas e o que acontece na rede 
social certamente não é o melhor exemplo de como lidar com isso”. 
No começo do ano de 2019, o suicídio de uma menina de 14 anos 
incitado por conteúdos suicidas e de automutilação no Instagram, fez a 
Comissária da Infância do Reino Unido Anne Longfield escrever uma carta 
pedindo que as empresas de tecnologias tomassem providências quanto as 
políticas de prevenção. “Eu apelo a vocês que aceitem que existem problemas 
e que se comprometam a resolvê-los, ou admitam que são incapazes de fazer 
isso”, escreveu ela. 
Segundo Birbal et al. (2009), a facilidade de acesso à internet e a 
velocidade com que a informação é dispersa têm uma grande contribuição para 
a disseminação de atos suicidas, o que é particularmente atraente para os 
jovens. 
Na maioria dos países, enfatizam Becker e Schmidt (2005) e 
Radhakrishnan e Andrade (2012), o suicídio é a segunda ou terceira principal 
https://www.childrenscommissioner.gov.uk/2019/01/30/a-public-call-for-online-platforms-to-do-more-to-tackle-social-media-content-which-is-harmful-to-children/
https://www.childrenscommissioner.gov.uk/2019/01/30/a-public-call-for-online-platforms-to-do-more-to-tackle-social-media-content-which-is-harmful-to-children/
causa de mortalidade entre os adolescentes. As evidências apontam que há 
ligações entre os casos de suicídio apresentados na mídia (televisão, internet, 
jornal, etc.) e as subsequentes tentativas de suicídio entre os jovens. 
De acordo com dados do CDC (2010), o suicídio é a terceira causa de 
morte mais frequente entre jovens de 10 a 14 anos e de 15 a 24 anos; e a 
segunda causa no grupo de idades entre 25 e 34 anos, nos Estados Unidos. 
Segundo Mitchell et al. (2014), em 2011 nos Estados Unidos, 16% de alunos do 
ensino médio tiveram sérios pensamentos sobre cometer suicídio, 8% tentaram 
o suicídio, e 2% disseram que a tentativa de suicídio resultou na necessidade de 
cuidados médicos. Embora as meninas estejam mais propensas a considerar e 
tentar suicídio, os meninos têm uma taxa maior de sucesso na tentativa e 
consequente morte por suicídio, nos Estados Unidos (Mitchell et al., 2014). 
O suicídio é considerado um problema de saúde pública, sendo a 
segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 24 anos, e no Brasil esse 
número só expande. A Organização Mundial de Saúde alerta que o tema deve 
ser tratado com cautela porque há risco de imitação, especialmente entre a 
população mais jovem ou que tem depressão. Não é difícil imaginar o impacto 
que uma exibição ao vivo, que ficou no ar por mais de uma hora, possa ter 
causado em quem a assistiu. Devendo então, cada meio de comunicação 
digital, zelarem pela paz pública e cada vez mais criarem medidas para evitar 
casos como este ocorrido. 
CONCLUSÃO 
É nítido os benefícios que a internet trouxe para toda à humanidade, 
melhorando e facilitando a vida do ser humano com inúmeros benefícios que a 
tecnologia nos proporciona. Todavia podemos ver que infelizmente ainda nos 
deparamos com diversos crimes digitais em nosso cotidiano mesmo coma 
evolução da legislação, ainda é bastante comum. Perante o discorrido, podemos 
observar claramente que anteriormente apesar da criação e avanço das leis, 
principalmente em nosso país, a legislação ainda era muito branda em referência 
a punição de atos criminosos no digital, e por diversos anos a penalidade 
chegava a ser considerada meramente ilustrativa. Todavia, com a entrada do 
https://veja.abril.com.br/saude/suicidio-e-segunda-causa-de-morte-entre-jovens-de-15-a-24-anos-diz-oms/
https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/09/10/na-contramao-da-tendencia-mundial-taxa-de-suicidio-aumenta-7percent-no-brasil-em-seis-anos.ghtml
https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/09/10/na-contramao-da-tendencia-mundial-taxa-de-suicidio-aumenta-7percent-no-brasil-em-seis-anos.ghtml
https://www.who.int/mental_health/prevention/suicide/resource_media.pdf
Brasil a Convenção de Budapeste podemos esperar uma severidade maior em 
relação a aplicabilidade das leis que regem o nosso direito digital, sendo este, 
um marco de valor imensurável para nossa legislação e para nossa sociedade. 
Ainda mediante o caso do jovem que fatidicamente ceifou sua própria 
vida, vemos uma atitude que é extremamente revoltante a todos nós, por parte 
do aplicativo TikTok, atitude essa que menosprezou o jovem e com certeza 
causou danos emocionais a diversas pessoas com o mesmo problema, 
estimulando mesmo que indiretamente ao suicídio. Era obrigação moral do 
aplicativo notificar as autoridades, mas ao contrário ele entendeu que ser omisso 
era a melhor solução naquela época, e eles estavam tão convictos da sua ideia, 
que o caso foi extremamente abafado, sua repercussão foi mínima, tão pequena 
que praticamente nenhum veículo de peso nacional divulgou o ocorrido, nenhum 
meio de televisão aberta. Lamentavelmente isso me assusta, não tendo o tiktok 
sofrido nenhuma punição severa. Esperamos ansiosamente que a entrada do 
Brasil a Convenção de Budapeste, tenha um impacto positivo, de uma 
punibilidade maior, em qualquer evento futuro que venha se configurar como 
crime digital. 
 
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https://veja.abril.com.br/tecnologia/brasileiro-se-suicidou-no-tiktok-e-app-so-
avisou-a-policia-apos-4-horas/ . Acesso em 13 de maio de 2022. 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.conteudojuridico.com.br/consulta/artigos/57615/crimes-virtuais-os-limites-da-liberdade-de-expresso-na-internet-e-a-lei-do-esquecimento
https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_book_1?ie=UTF8&field-author=Jes%C3%BAs-mar%C3%ADa+Silva+S%C3%A1nchez&text=Jes%C3%BAs-mar%C3%ADa+Silva+S%C3%A1nchez&sort=relevancerank&search-alias=stripbooks
file:///C:/Users/Eduardo/OneDrive/�rea%20de%20Trabalho/TCC/CibercrimesAnalisePerspectiva.pdf
https://theintercept.com/2020/02/06/tiktok-suicidio-ao-vivo/
https://theintercept.com/2020/02/06/tiktok-suicidio-ao-vivo/
https://www.faef.br/userfiles/files/23%20-%20CIBERCRIMINALIDADE%20E%20OS%20LIMITES%20DA%20LIBERDADE%20DE%20EXPRESSAO%20NA%20INTERNET.pdf
https://www.faef.br/userfiles/files/23%20-%20CIBERCRIMINALIDADE%20E%20OS%20LIMITES%20DA%20LIBERDADE%20DE%20EXPRESSAO%20NA%20INTERNET.pdf
https://www.faef.br/userfiles/files/23%20-%20CIBERCRIMINALIDADE%20E%20OS%20LIMITES%20DA%20LIBERDADE%20DE%20EXPRESSAO%20NA%20INTERNET.pdf

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