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18/03/2023, 12:38 Avaliação Final (Discursiva) - Individual about:blank 1/3 Prova Impressa GABARITO | Avaliação Final (Discursiva) - Individual (Cod.:764968) Peso da Avaliação 4,00 Prova 58036650 Qtd. de Questões 2 Nota 10,00 O guia-intérprete deve ser apto a realizar a guia-interpretação, sendo esta um trabalho muito importante e, para ser eficiente, é necessário que seja encarado com respeito e ética. Este profissional muitas vezes se torna o elo com o mundo. As pessoas com surdocegueira necessitam de formas específicas de comunicação para passarem a ter acesso à educação, ao lazer, ao trabalho, entre outros. Nesse contexto, disserte sobre este profissional e sua atuação. Resposta esperada Diante de alunos com surdocegueira matriculados nas instituições, percebeu-se a necessidade da formação de um guia-intérprete, como profissional que faz a mediação entre o mundo e o surdocego. Este profissional descreve todos os acontecimentos, a fim de que o surdocego se aproprie das situações ao seu redor, além de auxiliá-lo na sua locomoção. Para atuar nessa área, é preferível pessoas que sejam surdas já que dominam a Língua de Sinais - Libras -, o que facilita sua atuação com o indivíduo que possui essa deficiência (surdocegueira). Este profissional segue a mesma ética profissional do tradutor-intérprete de Libras. A nomenclatura para esta modalidade em língua de sinais ainda vem sendo discutida no meio da comunidade surdocega, porém a mais usada por estudiosos que têm essa deficiência é Libras Tátil. Minha resposta O guia-intérprete segue a mesma ética profissional do tradutor-intérprete de Libras. Ele atua como uma ponte de comunicação e visão, fazendo a mediação entre o sujeito surdocego e o meio em que ele está interagindo naquele momento. Como ele descreve todos os acontecimentos com os detalhes necessários à plena compreensão da pessoa surdocega para se apropriar das situações ao seu redor, ele deve apresentar algumas habilidades essenciais para que consiga transmitir essas informações de maneira mais legítima, fiel e compreensível ao surdocego. A habilidade de Descrição Visual ocorre na forma de o guia-intérprete descrever o que ocorre na situação tanto do espaço físico em que este sujeito se encontra como de todas as características e atividades das pessoas que se encontram envolvidas. A nomenclatura para esta modalidade de Libras ainda é motivo de muita discussão, mas a mais usada é a denominação Libras Tátil. Esse método utilizando o tato é realizado com a mão do surdocego em cima das mãos do interlocutor ou intérprete. Desse modo, a pessoa com deficiência pode sentir os movimentos e fazer a interpretação da mensagem. É uma modalidade de extrema importância, para as pessoas surdocegas, pois não necessitam do auxílio da visão e/ou da audição, mas sim do toque. Neste caso, com a ajuda de um guia-intérprete. O nome guia também é vinculado ao contexto de que ele auxilia o deslocamento do surdocego facilitando sua mobilidade no meio em que está inserido. Sempre respeitando as vontades do sujeito surdocego. Levando em conta os aspectos de discrição, ser sempre imparcial, mantendo a confidencialidade, exatidão, entre outras qualidades éticas. Viu-se a necessidade da formação desse profissional guia-intérprete, para fazer essa mediação entre o mundo e o surdocego, dentro das instituições, para propiciar sua mais completa inclusão. Para atuar nesta área é dado preferência à pessoas surdas, pois dominam a Língua de Sinais, Libras. Até o momento o guia-intérprete não possui uma formação acadêmica, eles se enquadram na classe dos intérpretes, sua formação é realizada por uma ONG, o Grupo Brasil de Apoio ao Surdocego, em parceria com alguns outros órgãos internacionais. Atualmente esta ONG está em parceria com a Ulbra- Universidade Luterana do Brasil - por enquanto, apenas na VOLTAR A+ Alterar modo de visualização 1 18/03/2023, 12:38 Avaliação Final (Discursiva) - Individual about:blank 2/3 modalidade online no modo de curso de aperfeiçoamento. Tentando inserir cada vez mais guias- intérpretes no mercado. É um modo de comunicação, portanto, muito inclusivo para essas pessoas e é fundamental em uma sociedade mais justa e igualitária. Retorno da correção Parabéns, acadêmico(a)! Sua resposta atingiu os objetivos da questão e você atingiu o esperado, demonstrando a competência da análise e síntese do assunto abordado, apresentando excelentes argumentos próprios, com base nos materiais disponibilizados. Confira no quadro "Resposta esperada" a sugestão de resposta para esta questão. A história e a inclusão de surdos, segundo Strobel (2009), segue várias trajetórias, com perspectivas diferentes, com representações diferentes e ideias distintas sobre os surdos. Quando falamos sobre a história de inclusão de surdos, a valorização da língua de sinais para os surdos é uma das questões essenciais, como possibilidade de igualdade na sociedade. Disserte sobre a perspectiva do historicismo e a história crítica. FONTE: STROBEL, K. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: UFSC, 2009. Resposta esperada *Na perspectiva do historicismo, os sujeitos surdos são narrados como deficientes e patológicos. *São categorizados em graus de surdez. *A educação deles deve ser somente de caráter clinico terapêutico e de reabilitação. *A língua de sinais é vista como prejudicial aos surdos. *Já na perspectiva da História Critica: os surdos são narrados como "coitadinhos" que precisam de ajuda para se promoverem e se integrar à sociedade. *Os surdos têm capacidade, mas continuam dependentes. *A educação é vista como uma caridade aos surdos que precisam todo o tempo de ajuda para apoio escolar, porque têm dificuldades de acompanhar os outros. *A língua de sinais é usada somente como apoio ou recurso. Minha resposta No Historicismo, destacam-se crenças e valores únicos, segundo cada período da história. Rotula-se a pessoa surda, categorizando-a numa enfermidade dentro do grau de surdez em que se apresenta. Fazendo-se acreditar que exista um tratamento clínico-terapêutico onde se minimiza a educação dessa pessoa, pois usa-se da passagem do tempo para que ocorra a "cura" dessa "enfermidade". Tentando fazer um tipo de reabilitação desta pessoa. Diminuindo e menosprezando o uso da língua de sinais, por afirmar ser prejudicial aos surdos. Na perspectiva da História Crítica um exemplo de prática é o "bilinguismo mascarado" pois sabemos que essa ideia não passa de uma máscara para a realidade. Os surdos são diminuídos a pobre coitados, tratados como quem sempre precisa de ajuda para se desenvolver e se integrar à sociedade, sendo considerados capazes, porém, ainda assim, sempre dependentes de outras pessoas, pois já que eles precisam de apoio escolar, pois tem dificuldades de acompanhar o andamento das atividades diárias, eles tem de utilizar a língua de sinais como apoio ou recurso. Ainda hoje, a comunidade surda, vive às margens do mundo, em vários aspectos. Tendo muitas histórias de opressão para contar e superar! Retorno da correção Parabéns, acadêmico(a)! Sua resposta atingiu os objetivos da questão e você atingiu o esperado, demonstrando a competência da análise e síntese do assunto abordado, apresentando excelentes 2 18/03/2023, 12:38 Avaliação Final (Discursiva) - Individual about:blank 3/3 argumentos próprios, com base nos materiais disponibilizados. Confira no quadro "Resposta esperada" a sugestão de resposta para esta questão. Imprimir
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