Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
13/08/21 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA – DECIV LABORATÓRIO DE PAVIMENTAÇÃO Propriedades do Solo Prof. Lélio Brito, PhD 1 Ensaios de Caracterização do Solo 1. Caracterização geológica 2. Caracterização geotécnica i. Caracterização geotécnica para fins de uso na pavimentação. Propriedades do Solo 1 2 13/08/21 2 1 Propriedades do Solo e Índices Físicos Índices Físicos 1 Propriedades do Solo e Índices Físicos Sólido Líquido Ar W a r ~ 0 W W s W w V s V w V a r V V V Volumes Pesos sv VVV += warv VVV += sw WWW += 3 4 13/08/21 3 1 Propriedades do Solo e Índices Físicos O volume total (V) da massa do solo consiste de: • volume de partículas (Vs) • volume de vazios (Vv) - volume de água (Vw) - volume de ar (Va) O peso total (W) da massa de solo consiste de: • peso de partículas sólidas (Ws) • peso de água (Ww) • peso de ar (Wa ~ 0) 1 • Peso específico aparente seco (gd) • Peso específico natural (gn) [1] • gd=gn/(1+w) Notas - Lembrarmos Sólido Líquido Ar [1] [2] Sólido Ar 5 6 13/08/21 4 1 Propriedades do Solo e Índices Físicos Estados e Limites de Consistência 1 Índices de Consistência Um solo coesivo (com apreciável quantidade de argila) pode modificar sua consistência somente pela variação de seu teor de umidade ( ou h). Com a variação de a consistência de um solo pode passar pelo estados: • líquido; • plástico; • semi-sólido; • sólido. Estados e Limites 7 8 13/08/21 5 1 Índices de Consistência Solos Finos – Siltes e Argilas O conhecimento da curva granulométrica é insuficiente para a classificação dos solos devido ao formato e origem das partículas (argilominerais) e da dependência dos solos finos da umidade. Plasticidade: capacidade dos solos de serem moldados sem a variação de volume. Depende do teor de umidade. LL LP LC estado líquido estado plástico estado semi-sólido estado sólido IP umidade crescente Índices de Consistência – Limites de Atterberg 1 Índices de Consistência Estado Líquido Consistência em que o solo não tem forma própria, adquirindo a forma do recipiente que o contém; flui entre os dedos. Estado Plástico Consistência em que, pela ação de forças externas, o solo muda de forma, sem que ocorra variações volumétricas apreciáveis e sem se romper ou fissurar. Estado Semi-sólido Apresenta características mecânicas e de deformação semelhantes às de um sólido; entretanto o solo sofre redução de volume com a redução do . Estado Sólido É caracterizado pela consistência de um sólido, com alta resistência a baixa deformabilidade. Não há variação de volume do solo com a secagem. 9 10 13/08/21 6 1 Índices de Consistência Estado Sólido Estado Semi-sólido Estado Plástico Estado Líquido Teor de umidade (%) Volume LC LP LL Os teores de umidade que separam os diversos estados são chamados de Limites de Consistência ou Limites de Atterberg. • Limite de Contração - LC • Limite de Plasticidade - LP • Limite de Liquidez - LL 1 Índices de Consistência Plasticidade Propriedade apresentada por alguns materiais sólidos de serem moldados sem rupturas e sem variação de volume apreciável. Fundamental na caracterização de solos finos: f (teor de argila , teor de umidade , mineralogia dos argilominerais presentes). Teor de argila ↑ plasticidade ↑ Intervalo de umidade específica (estado plástico) → plasticidade 11 12 13/08/21 7 1 Índices de Consistência Vargas (1982): Os Limites de Atterberg são “propriedades índices” para a determinação e classificação da “natureza” dos solos de granulação fina. Eles nada dizem sobre os “estados” em que esses solos podem apresentar. Portanto, para se executá-los corretamente é preciso destruir, primeiramente, nas amostras qualquer características de “estado”, tais como: estrutura, compacidade, dispersão dos grãos, etc. LIMITES DE ATTERBERG – LC , LP , LL Estudos do eng. químico Albert Atterberg → adaptados e obtidos por ensaios padronizados por Arthur Casagrande. 1 Índices de Consistência A obtenção dos limites de consistência (ou limites de Atterberg) do solo permite estimar, através da Carta de Plasticidade, suas propriedades, principalmente no tocante a granulometria e compressibilidade. LIMITES DE ATTERBERG 13 14 13/08/21 8 1 Índices de Consistência Limite de Liquidez (LL ou wL) É o menor teor de umidade em que um solo está no estado líquido. É o teor de umidade que separa o estado líquido do plástico. Corresponde a uma resistência não drenada de 2,5 kPa. 1 Índices de Consistência Determinação do Limite de Liquidez • Aparelho de Casagrande - NBR 6459/84 ou DNER ME 122 • Ensaio de cone de laboratório Limite de Liquidez no Aparelho de Casagrande Definido empiricamente como o teor de umidade, para a qual, as metades de uma camada de solo (colocada em uma concha padrão), separadas por uma ranhura de dimensões padronizadas, fecharão as bordas inferiores desta ranhura ( 13 mm), sob o impacto de 25 golpes do Aparelho de Casagrande. Material passa peneira 0,42 mm – DNER ME 041/94 15 16 13/08/21 9 1 Índices de Consistência Aparelho de Casagrande 1 Índices de Consistência Ensaio 17 18 13/08/21 10 1 Índices de Consistência Resultado LL - % de umidade necessário para fechar a ranhura com 25 golpes 1 Índices de Consistência Determinação do Limite de Liquidez Método do cone de laboratório Baseado na definição do LL. Busca-se o teor de umidade no qual o solo argiloso apresenta Su= 25kPa, medida pela penetração de um pequeno cone metálico padronizado sobre uma amostra de solo moldada (norma britânica BS 1377:1975). 19 20 13/08/21 11 1 Índices de Consistência Limite de Plasticidade (LP) (NBR 7180/84) LP – teor de umidade no qual a amostra começa a fraturar-se quando se tenta moldar com ela um cilindro de 3 mm de espessura. Utiliza-se para tanto uma placa de vidro esmerilhada e um cilindro comparativo padrão. 1 Índices de Consistência Ensaio 100x Ps PsPh h − = 21 22 13/08/21 12 1 Limite de Contração (LC) É o menor teor de umidade em que um solo está no estado semi-sólido. É o teor de umidade que separa o estado semi- sólido do sólido. É o menor teor de umidade em que o solo contrai com a redução de umidade. Índices de Consistência 1 Índices de Consistência Determinação do Limite de Contração Ensaio do limite de contração – NBR 7183/82 ou DNER ME 087/94. Método do deslocamento de mercúrio Busca-se determinar o teor de umidade que ainda ocuparia os vazios de um solo colocado a secar em estufa até não mais contrair. Material passa peneira 0,42 mm – DNER ME 041/94 23 24 13/08/21 13 1 Índices de Consistência Determinação do Limite de Contração • Com solo e água obter uma massa fluida, homogênea, facilmente trabalhável e sem inclusão de ar; • Colocar no centro da cápsula de contração (diâmetro de 4 cm e altura de 1 cm) untada 1/3 do volume da massa fluida de solo; • Bater a cápsula de encontro a uma superfície firme de modo que o solo ocupe todo o fundo da cápsula. Repete-se a operação mais 2 vezes até encher completamente a cápsula de contração; • Rasa-se o excesso de material com uma régua de aço, até obter uma superfície plana. Tomar precauções para evitar formação de bolhas de ar; • Deixa-se o solo secar ao ar e depois em estufa; • Mede o peso da pastilha formada de solo seco contido na cápsula (Ws). Mede- se o volume desta pastilha (Vs). 1 Índices de Consistência 3Classificações Índice de Plasticidade (IP) IP 15 – Altamente Plástico 7 IP 15 – Medianamente Plástico 1 IP 7 – Fracamente Plástico Valores Tipicos: IP LP Caulinita 40-60 10-25 Ilita 80-120 50-70 Montmorilonita 300-650 200-250 Índice de Atividade (Ia) Ia 0,75 – Argilas Inativa 0,75 Ia 1,25 – Argilas Normais 1,25 Ia 2,0 – Argilas Ativas Ia 2,0 – Argilas Altamente Ativas m IP Ia 2% = LPLLIP−= 25 26 13/08/21 14 1 Índices de Consistência Índice de Consistência (Ic) - É a consistência que o material se encontra em campo IP hLL Ic − = Ic 0,0 – Consistência de Vaza 0,0 Ic 0,5 – Consistência Plástico Mole 0,5 Ic 0,75 – Consistência Plástico Média 0,75 Ic 1 – Consistência Plástico Rija Ic 1 – Consistência Dura 1 27 28 13/08/21 15 1 Textura e Granulometria Textura e Granulometria 1 Todos os solos, em sua fase sólida, contêm partículas de diferentes tamanhos em proporções as mais variadas. A determinação do “tamanho” das partículas e suas respectivas “porcentagens de ocorrência” permitem obter a função distribuição de partículas do solo e que é denominada distribuição granulométrica. Textura e Granulometria 29 30 13/08/21 16 1 As partículas formadas pela alteração física e pela decomposição química (intemperismo) das rochas e/ou matéria orgânica são reunidas em grupos com “tamanhos” definidos, constituindo as frações granulométricas. Granulometria É a parte do estudo dos solos que define os “tamanhos” e a “quantidade” de cada tamanho existente em uma amostra de solo. Permite o conhecimento das porcentagens (em peso) das partículas em função de suas dimensões. Textura e Granulometria 1 • Textura → forma e tamanho relativo dos grãos que formam a fase sólida dos solo • Granulometria → medida dos tamanhos das partículas e definição da quantidade de cada tamanho (medida da textura do solo) COMPORTAMENTO MECÂNICO PROPRIEDADES HIDRÁULICAS Textura Textura e Granulometria 31 32 13/08/21 17 1 Embora a NBR 6502 defina TEXTURA como “conjunto de características de forma, dimensão e arranjo dos elementos mineralógicos constituintes do solo”, neste texto considera-se TEXTURA como a relação entre as “dimensões das partículas” de um solo e as “proporções relativas” com que as partículas com essas dimensões ocorrem no solo. A medida da textura é feita pela análise granulométrica. Textura e Granulometria 1 As partículas de um solo, grosso ou fino, não são esféricas, mas se usará sempre a expressão diâmetro equivalente da partícula quando se faz referência ao seu tamanho. • Materiais granulares ou fração grossa do solo - o diâmetro equivalente será igual ao diâmetro da menor esfera que circunscreve a partícula; • Materiais finos ou fração fina do solo - o diâmetro equivalente é o calculado através da lei de Stokes. Textura e Granulometria 33 34 13/08/21 18 1 Grau de arredondamento das partículas Textura e Granulometria 1 Grãos de areia (a) bem arredondada; (b) subangular Partículas de argila (a) caulinita; (b) ilita Textura e Granulometria 35 36 13/08/21 19 1 Textura e Granulometria 1 Fração granulométrica Diâmetro equivalente Bloco de rocha φ > 1000 mm Matacão 200 < φ < 1000 mm pedra de mão 60 < φ < 200 mm Pedregulho 2,0 < φ < 60 mm pedregulho grosso 20 < φ < 60 mm pedregulho médio 6,0 < φ < 20 mm pedregulho fino 20 < φ < 2,0 mm Areia 0,06 < φ < 2,0 mm areia grossa 0,6 < φ < 2,0 mm areia média 0,2 < φ < 0,6 mm areia fina 0,06 < φ < 0,2 mm Silte 0,002 < φ < 0,06 mm Argila φ < 0,002 mm Escala granulométrica (ABNT NBR 6502/95 - Terminologia) Textura e Granulometria 37 38 13/08/21 20 1 Granulometria É a parte do estudo dos solos que define os “tamanhos” e a “quantidade” de cada tamanho existente em uma amostra de solo. Permite o conhecimento das porcentagens (em peso) das partículas em função de suas dimensões. Textura e Granulometria 1 1. Tamanho Determinação dos tamanhos das partículas sólidas: Um dos ensaios empregados é o peneiramento (emprego de peneiras de malhas geralmente quadradas) Partícula fica retida ➔ se partícula for maior que determinada peneira. Partícula passa ➔ se partícula for menor que determinada peneira. Convencionou-se que o tamanho do lado da malha desta peneira permite definir o tamanho das partículas. Granulometria 39 40 13/08/21 21 1 As peneiras são designadas de forma diferente, conforme o tamanho da abertura da malha 1. Tamanho Ex: AASHTO • Para peneiras com lado de malha maiores que 6,0 mm: designadas ou caracterizadas pelo tamanho do lado da malha, normalmente expresso em mm; • Para peneiras com lado da malha menores que 6,0 mm: são designadas por um número que indica quantas malhas existe numa linha com extensão de 25,4 mm (1 polegada). Granulometria 1 Peneira 10 mm Peneira 50 mm • Maiores que 6 mm: • Menores que 6 mm: Granulometria 41 42 13/08/21 22 1 1. Tamanho Interesse especial para uso rodoviário (classificação dos solos): • Peneira No.10: abertura (ou tamanho da partícula) = 2,0 mm; • Peneira No.40: abertura (ou tamanho da partícula) = 0,42 mm; • Peneira No.200: abertura (ou tamanho da partícula) = 0,075 mm. Granulometria 1 Granulometria 43 44 13/08/21 23 1 0,05 0,05 0,005 0,005 Granulometria 1 Classificação em função do tamanho da abertura da malha: Peneiras n Abertura (mm) AASHTO ABNT ASTM 4” 101.6 Pedregulho Pedregulho Pedregulho 3 1/2” 88.9 P P P 3” 76.2 P P P 2 1/2” 63.5 P P P 2” 50.8 P P P 1 3/4” 44.4 P P P 1 1/2” 38.1 P P P 1 1/4” 31.7 P P P 1” 25.4 P P P 3/4” 19.1 P P P 1/2” 12.7 P P P 3/8” 9.52 P P P n 3 6.70 P P P n 4 4.76 P P P n 5 4.00 P Areia Grossa Areia Grossa n 6 3.35 P AG AG n 7 2.80 P AG AG n 8 2.36 P AG AG n 10 2.00 P AG AG n 12 1.70 Areia Grossa Areia Média Areia Média n 14 1.40 AG AM AM n 16 1.19 AG AM AM n 18 1.00 AG AM AM n 20 0.84 AG AM AM n 30 0.59 AG AM AM n 40 0.42 AG AM AM n 50 0.297 Areia Fina Areia Fina Areia Fina n 60 0.250 AF AF AF n 80 0.177 AF AF AF n 100 0.149 AF AF AF n 140 0.105 AF AF AF n 200 0.075 AF AF AF 0.050 Silte+Argila AF Silte 0.005 Silte+Argila Silte Silte < 0.005 Silte+Argila Argila Argila Granulometria 45 46 13/08/21 24 1 Granulometria 1 2. Quantidade Convencionou-se definir a quantidade de um determinado tamanho de partícula em uma amostra de solo, pela porcentagem (em peso) que passa ou que fica retida na peneira considerada. Ex. Uma amostra seca de solo W que passa por uma peneira de malha m1. Esta amostra será dividida em duas porções: • uma retida Wr na peneira • uma que passa Wp pela peneira Granulometria 47 48 13/08/21 25 1 2. Quantidade 100. W Wp passa% = 100. W Wr retida% = Peneira malha m1: Wp WrW Granulometria 1 O solo natural é formado por uma composição de partículas de diferentes tamanhos; para o reconhecimento destes tamanhos realiza-se o ensaio de granulometria. -Diferença entre Textura e Estrutura Peneiramento (frações areia) Sedimentação (frações silte e argila) Ensaio de Granulometria Granulometria 49 50 13/08/21 26 1 Propriedades do Solo 1 Propriedades do Solo 51 52 13/08/21 27 1 Ensaio: Análise Granulométrica ENSAIO DE SEDIMENTAÇÃO Lei de Stokes: “Supondo uma esfera caindo através de uma massa líquida de extensão infinita, após os primeiros instantes da queda, a esfera atinge uma velocidade constante, que é função do quadrado do diâmetro da esfera” → relaciona o diâmetro equivalente das partículas (D) com a velocidade de sedimentação (v) em meio líquido de Viscosidade (μ) e pesos específicos (γ) conhecidos. Utiliza sedimentação dos sólidos em meio líquido. Granulometria 1 - interesse de se conhecer partículas mais finas que 0,074mm (#200); - baseado na lei de Stokes – a velocidade de queda das partículas depende do peso especifico do fluído, do peso especifico do material da esfera, da viscosidade do fluído e do diâmetro da esfera. Granulometria 53 54 13/08/21 28 1 ENSAIO DE SEDIMENTAÇÃO ( ) 2 18 D . v WS − = v = velocidade de queda s = peso específico real dos grãos (g/cm 3) w = peso específico do fluído (g/cm 3) μ = viscosidade da água (g.s/ cm2) D = diâmetro equivalente (mm) Granulometria 1 Suyen Nakahara 55 56 13/08/21 29 1 Peneiras Granulometria 1 Granulometria 57 58 13/08/21 30 1 ARGILA SILTE AF AM AG PEDREGULHOGranulometria 1 Escolhendo 2 curvas granulométricas em um ensaio ➔ defini- se uma região denominada faixa granulométrica. Gráfico granulométrico Faixa granulométrica: uma região na qual as curvas granulométricas possam variar mantendo as características originais do projeto. Granulometria 59 60 13/08/21 31 1 Os tipos de solos são: a) Uniforme; b) Bem graduado; c) Mal graduado; c1) por falta; c2) por predominância; c3) por falta e predominância. Tipos de solos quanto a distribuição Distribuição granulométrica: maneira pela qual os diversos tamanhos de partículas ou grãos se distribuem numa amostra de solo Granulometria 1 Ou granulometria uniforme. Solo que possui todas as partículas aproximadamente do mesmo tamanho. Ex. areias das praias de mar do RS. Esquematicamente: Solo uniforme: Granulometria 61 62 13/08/21 32 1 Solo bem graduado: Ou granulometria contínua. Solo que possuí uma variedade muito grande de tamanhos de partículas sem que haja falta ou predominância de alguns tamanhos. Ex. saibro ou areião proveniente da alteração do granito. Esquematicamente: Granulometria 1 Ou granulometria descontínua. Solo que possui uma variedade muito grande de tamanhos, mas ocorre falta e/ou predominância de alguns tamanhos. Esquematicamente: a) mal graduado por falta: Solo mal graduado: b) mal graduado por predominância: c) mal graduado por falta e predominância: Granulometria 63 64 13/08/21 33 1 a) Mal graduado por falta Projeção C1D1 do segmento CD ( horizontal) indica os tamanhos de partículas que faltam no solo. Característica da curva granulométrica desse tipo de solo é a existência de segmento horizontal. Granulometria 1 b) Mal graduado por predominância A projeção C1D1 do segmento CD ( vertical) da curva granulométrica indica o tamanho de partículas que predominam no solo. A projeção do segmento CD sobre o eixo “% passa” define a % com que as partículas que predominam participam no solo. Exemplo: se C2 = 95% e D2 = 60%, a % dos tamanhos que predominam será C2-D2, ou melhor, 35%. Granulometria 65 66 13/08/21 34 1 b) Mal graduado por predominância Granulometria 1 c) Mal graduado por falta e predominância Associação dos 2 tipos anteriores de solo mal graduado: AB: variação dos tamanhos das partículas; C1D1: variação dos tamanhos que predominam; C2D2: % tamanhos de partículas que predominam; E1F1: tamanhos de partículas que faltam no solo. Granulometria 67 68 13/08/21 35 1 Uma outra maneira de comparar a forma das curvas granulométricas (tipos de solos) é através de 3 parâmetros: • Defet ou D10: diâmetro correspondente a 10% (em peso total) de todas as partículas menores que ele. O valor de D10 fornece uma das informações necessárias para o cálculo da permeabilidade, utilizado no dimensionamento de filtros e drenos. • D30: diâmetro correspondente a 30% (em peso total) de todas as partículas menores que ele; • D60: diâmetro correspondente a 60% (em peso total) de todas as partículas menores que ele. Parâmetros definidos a partir da curva granulométrica Granulometria 1 Defet ou D10: Significado prático muito importante em relação à permeabilidade do solo. O coeficiente de permeabilidade k de uma areia composta por grãos mais ou menos eqüidimensionais depende quase que inteiramente do diâmetro efetivo D10 e do índice de vazios e. O valor de k de uma areia pode assim avaliar- se grosseiramente através da seguinte expressão semi-empírica (em cm.s-1): 2 10 2 200 D.e.k = Granulometria 69 70 13/08/21 36 1 Granulometria 1 10 6060 D D D D CC efet nuu === Coeficiente de Uniformidade ou Não Uniformidade Solo muito uniforme (mal graduado): Cu < 5 Solo de uniformidade média: 5 < Cu < 15 Solo desuniforme (bem graduado): Cu > 15 Prática: Teórica: Solo uniforme: Cu 1 Granulometria 71 72 13/08/21 37 1 Coeficiente de Curvatura 6010 2 30 D.D )D( Cc = Solo bem graduado: Cc = 1 a 3 A distribuição do tamanho de partículas é proporcional, de forma que os espaços deixados pelas partículas maiores sejam ocupados pelas menores. Para solos granulares há maior interesse no conhecimento do tamanho das partículas, visto que, algumas de suas propriedades estão relacionadas com os mesmos, o que não ocorre com os solos finos. Granulometria 1 Curva suave Curva descontínua Curva uniforme em seu centro Granulometria 73 74 13/08/21 38 1 Curvas granulométricas típicas de solos brasileiros Granulometria ESCOLA DE ENGENHARIA · Campus Central · Av. Osvaldo Aranha, 99 3º Andar Porto Alegre - RS · www.ufrgs.br/engcivil Obrigado pela atenção! 75 76
Compartilhar