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Recurso de apelação. NPJ

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AO JUÍZO DA 5º VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ÁNAPOLIS – GO
Autos nº 53456896420208090006
LUCAS ALVES PEREIRA E LUCAS EDUARDO DE LIMA DUTRA já
qualificados nos autos da ação penal em epígrafe, vem, por seu advogado,
nomeado por este juízo, apresentar RECURSO DE APELAÇÃO, com
fundamento no art. 397 do Código de Processo Penal C/C HC 725.719 excesso
de prazo, pelos fatos e fundamentos a seguir exposto.
I - DOS FATOS
Às 3 horas e 36 minutos do dia 16 do mês de julho de 2020, CAIO
LUCAS ALVES PEREIRA E LUCAS EDUARDO DE LIMA DUTRA, presos em
flagrante delito por infração, em tese, ao Art. 157, § 2 º, inc. II e V do CPB. Por
ter sido estes surpreendidos em situação de flagrância, logo após a prática de
crime de roubo na residência da vítima JOÃO MARQUES BATISTA. O condutor
estava de serviço na data de ontem, na companhia dos policiais militares SD
GABRIEL FARIA DE SOUZA E SD PABLO GABRIEL PEREIRA DIAS, quando
receberam informações repassadas, via rádio, de que uma TOYOTA HILUX de
cor BEGE, placa alfanumérica MVZ 7727 havia sido roubada a pouco tempo no
Setor industrial Aeroporto, nesta urbe. Realizaram contato com a vítima JOÃO
MARQUES BATISTA, tendo esta informado ter sido agredida pelos autores que
usaram de muita violência, inclusive os autores tentaram estrangulá-lo, sendo
necessário atendimento médico e, esta conseguiu identificar um dos autores de
nome CAIO LUCAS ALVES PEREIRA que possui antecedentes criminais e
estava sendo monitorado através de tornozeleira eletrônica. A vítima não disse
o que foi tomado no roubo, pois ela havia passado essa informação a equipe
de área ( VTR11220). De posse dessa informação conseguiram localizar os
autores que estava homiziados no endereço Av. Comercial, Bairro de Lourdes,
Nesta Cidade. OS autores foram identificados como CAIO LUCAS ALVES
PEREIRA E LUCAS EDUARDO DE LIMA DUTRA. Procederam abordagem e
busca no local onde haviam abandonado o veículo, ou seja, na Rua 15 esquina
com a Av. Bandeirante, no Bairro de Lourdes. A vítima reconheceu os atuados
CAIO e LUCAS como os autores do roubo em sua residência. Diante do
exposto, foi dada a voz de prisão aos autuados.
Com base nestes fatos, o Ministério Público ofereceu denúncia em face
do acusado, no incurso, em tese, dos art. 157, § 2º, Inc. I e V do Código Penal
Brasileiro.
Razão, porém, não lhe assiste, conforme se mostra adiante, bem como
ante ao que será comprovado em instrução processual a posteriori.
RECURSO DE APELAÇÃO
com fundamento no art. 397 do Código de Processo Penal C/C HC 725.719
excesso de prazo, pelos fatos e fundamentos a seguir exposto.
l. Requer que, após o recebimento destas, com as razões inclusas, ouvida a
parte contrária, sejam os autos encaminhados ao Egrégio Tribunal, onde serão
processados e provido o presente recurso.
II - DAS PRELIMINARES - DA FALTA DE JUSTA CAUSA PENAL E
INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA
No caso dos autos, inexiste materialidade suficiente a sufragar eventual
ação penal, na medida em que as provas – se é que assim podem se chamar -
coligidas aos autos são oriundas do testemunho em inquérito policial, o que,
como se sabe, não podem fundamentar eventual sentença condenatória, já que
produzidas em sede onde não há o exercício do contraditório ou ampla defesa.
Nunca é demais lembrar que o testemunho policial não possui caráter
absoluto de veracidade, tendo valor relativo (presunção relativa de veracidade
dos atos administrativos).
É primordial destacar, ainda, que o inquérito policial é subsidiado por
depoimentos das supostas vítimas, sem qualquer conteúdo probatório
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
adicional, visto que o acusado se manteve calado, conforme assegurado pela
Carta Magna.
III. DAS TESES DEFENSIVAS
Hodiernamente, a apresentação de resposta à acusação tem se
revelado mero formalismo processual, porquanto as teses neste momento
arguidas não produzem qualquer efeito jurídico, na medida em que se mostra
impossível ao acusado defender-se antes da oitiva de testemunhas e até
mesmo de seu depoimento, porquanto as provas, neste tipo de ação,
naturalmente nascem precipuamente de testemunhos e depoimentos de quem
presenciou os supostos fatos.
Ademais, as alegações da acusação, ao menos nesta fase processual
em que não há qualquer possibilidade de defesa fatual, têm ganhado maior
valor probatório, mesmo sem apresentar provas do referido, o que escancara
ainda mais o simbolismo da presente defesa à acusação.
Assim sendo, por entender que a apresentação de teses defensivas no
momento não produziria qualquer vantagem processual à defesa do acusado,
reserva-se sua apresentação para após a instrução do feito, de onde ressoará
incontestável a absolvição do acusado.
VI. PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
a) O arquivamento do processo, por falta de justa causa para a ação;
b) A absolvição sumária, nos termos do art. 397, do CPP.
c) HC 725.719 excesso de prazo.
d) Não sendo o caso, requer a produção de provas por todos os meios
admitidos em direito e, posteriormente.
Nestes termos, pede deferimento.
Senador Canedo, 19 de março de 2022.
Kelliston Bernardino da Silva
Estagiário

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