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Anestesiologia em pequenos animais

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A anestesiologia em pequenos animais tem o papel de garantir 
a segurança para a equipe e para o paciente minimizando o risco de 
acidentes e promover o conforto, analgesia, segurança e bem-estar 
ao paciente. 
 
Pilares da anestesia geral cirúrgica 
• Hipnose (sono profundo, induzido artificialmente); 
• Miorrelaxamento; 
• Analgesia 
 
Etapas da anestesia 
É necessário fazer uma avaliação pré-anestésica do paciente 
para identificar qual o melhor procedimento anestesico que pode ser 
adotado para manter a saude e bem estar do mesmo. Importante 
identificar o animal, conhecer o histórico, qual a raça, temperamento, 
peso, se necessário pode ser requerido exames complementares, 
sempre que possível fazer eletrocardiograma. 
Identificar se o paciente tem síncopes, sopros, alteração no 
hemograma ou até mesmo se é possui doenças renais. Na aferição 
da pressão, deve-se utilizar o Doopler vascular, para monitorar as 
três pressões: sistólica, diastólica e média. 
Sempre anotar os parâmetros!! Sendo eles: FC, FR, TPC, 
coloração de mucosa, temperatura, qualidade do pulso da artéria 
facial, peso e estado nutricional (hipoproteinemia causa aumento dos 
efeitos farmacológicos). 
As outras etapas são: medicação pré anestésica (MPA), 
indução, manutenção e recuperação. Todas as etapas descritas 
acima, são extremamente necessárias para um bom planejamento 
anestésico. 
 
Preparo pré cirúrgico (paciente) 
• Jejum de 6 horas de sólido; 
• Pacientes lactentes: jejum não é recomendado (hipoglicemia); 
• Cálculo de doses anotado e identificar seringas; 
• Repetir o exame físico. 
 
Preparo pré cirúrgico (centro cirúrgico) 
Sempre checar os equipamentos (aparelho de anestesia, sonda 
orotraqueal e o abre bocas), verificar a integridade do circuito de 
oxigênio, a quantidade de oxigênio presente no cilindro de oxigênio e 
garantir a presença de acolchoamento na mesa cirúrgica. Precisa-se 
deixar bolsas térmicas preparadas, a mesa cirúrgica posta e cuidar 
do tempo parasita (atraso da equipe cirúrgica enquanto o animal já 
esta na mesa). 
MPA (medicação pré anestésica) 
É necessário saber os objetivos da MPA. O mais importante é 
tranquilizar e acalmar o paciente. Nessa parte, é colocado o cateter 
(definir o tamanho da sonda). Essa é uma forma também de 
promover indução e recuperação suaves. 
Os fármacos utilizados geralmente são combinados de acordo 
com o temperamento, com o grau ASA e com a técnica cirúrgica Ela 
é aplicada por via intramuscular e as doses sempre devem ser 
calculadas e conferidas previamente. 
 
Indução 
Os fármacos precisam ser apropriados, escolhidos de acordo 
com a conduta selecionada previamente no planejamento. O aparelho 
de anestesia já precisa estar ligado, vaposizando isofluorano no 
sistema. 
Na indução ocorre: perda de reflexos protetores e a 
intubação, justamente quando o animal perde o reflexo de deglutição. 
É importante sempre ter dose reserva em mãos para garantir uma 
indução adequada. 
 
Anestesiologia em pequenos animais 
Manutenção 
Para iniciar a manutenção, é necessário que a sonda esteja 
conectada adequadamente ao aparelho de anestesia. No analgésico 
halogenado é muito utilizado em 2%. A TIVA é pouco usada. E pode 
ser utilizada a PIVA. Nesse momento, inicia-se a monitoração da 
anestesia. 
 
Monitoração anestésica 
Com as anotações dos parametros vitais aferidos na consulta 
pré anestésica, é feita uma comparação com os parâmetros 
aferidos durante o procedimento. Quando disponíveis, conectar os 
monitores. 
Ficar de olho no eletrocardiograma, na saturação de oxigênio, 
frequencia cardíaca e frequência respiratória, pressão arterial 
invasiva e aos reflexos (sinais oculares e deglutição). Sempre ter 
metade da dose indutora reserva em mãos. 
 
Reflexos 
• Deglutição: ausente; 
• Nistagmo: sempre ausente; 
• Não pisca 
• Palpebral medial: ausente (depende da técnica anestésica, 
pode estar presente); 
• Globo: rotacionado. 
 
Intercorrências no trans 
• Hipotensão; 
• Bradicardia; 
• Superficialização súbita; 
• Hipercapnia (aumento de CO²)(usar capnógrafo) – 
hipoventilação. 
 
Recuperação 
Extubar quando o animal tossir. A temperatura do animal deve 
estar normal. Assim como, ele deve manter sua atitude e uma escala 
de dor baixa.

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