Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Profa. Dra. Angélica Carlini UNIDADE I Leis, Políticas e Normas da Segurança da Informação Vivemos na Sociedade de Informação! Você concorda com essa afirmação? Vamos analisar o mundo em que vivemos em rápidas palavras! Big data, inteligência artificial, machine learning e sociedade em rede. Temos também: fintechs, insurtechs, sandbox, bitcoins, criptomoedas e muitos outros. Dados ou informações se tornaram riqueza na economia mundial contemporânea. Possuir dados, organizá-los de forma objetiva e com vistas ao desenvolvimento de atividades econômicas já se tornou objeto de estudo das ciências, a chamada Ciência de Dados, que hoje é curso superior em muitas universidades. Tudo isso faz da Segurança da Informação objeto de estudo da ciência e uma formação profissional da maior importância. Introdução No mundo digital em que vivemos, a segurança da informação criou novas carreiras profissionais, como: coordenador de segurança da informação, analista em segurança de redes de dados, analista em segurança de processos, administrador de redes com perfil de segurança, especialista em segurança da informação e consultor em segurança da informação. Para todas essas carreiras é fundamental o conhecimento sobre o Direito. Para os profissionais de segurança da informação, o conhecimento sobre leis, normas e políticas de segurança da informação é ainda mais relevante! Introdução Fonte: https://pixabay.com/pt/images/search /rede%20de%20computadores/ Vamos trabalhar alguns aspectos conceituais importantes para compreendermos melhor a sociedade de informação ou sociedade digital. Características: Crescimento do setor econômico de serviços: bancos, seguradoras, financeiras e, mais recentemente, aplicativos que podem ser utilizados nos mais diversos equipamentos eletrônicos, como celulares, tablets, notebooks ou computadores pessoais. O setor de serviços se torna tão relevante economicamente quanto o setor industrial. Crescimento rápido das tecnologias de informação (TICs): esse crescimento se dá tanto em quantidade quanto em possibilidades de acesso. O mundo contemporâneo tem diferentes possibilidades de acesso à informação, seja para captação, seja para armazenamento ou tratamento dos dados, seja para utilização na vida pessoal ou profissional. Até os objetos já possuem acesso à internet! Unidade I – Características Importância do conhecimento e das práticas criativas: o conhecimento e as práticas criativas são fundamentais na sociedade de informação porque o crescimento das possibilidades de utilização dos recursos tecnológicos está diretamente relacionado com a criatividade de quem trabalha com eles. A maior prova disso são os incontáveis aplicativos que surgiram nos últimos anos para as mais diversificadas finalidades, inclusive para serviços de intermediação de transporte e hospedagem. E qual a importância do estudo do Direito para o setor de Segurança da Informação? Essa é a principal resposta que precisamos ter neste momento. Unidade I – Características O bom uso dos nossos dados e da organização que eles recebem, que geram as informações, pode gerar oportunidades. O mau uso pode gerar danos e prejuízos. Essa característica importante da sociedade de informação: os mesmos instrumentos que facilitam nossa vida podem se tornar um grande problema. Quando nossa conta bancária é invadida ou nosso cartão de crédito é utilizado por criminosos para compras que não fizemos. O mesmo problema pode acontecer com empresas em relação a dados de seus clientes ou órgãos públicos em relação a dados de contribuintes ou eleitores. Em todas essas situações, existem possibilidades concretas de prejuízos materiais e imateriais – danos à imagem ou danos morais, como são mais conhecidos –, que serão fonte de problemas para as vítimas. É o Direito que determina quando e como isso acontece! Unidade I – Por que estudar leis, normas e políticas de segurança da informação? Eduardo Fontes define: Segurança da informação é o conjunto de orientações, normas, procedimentos, políticas e ações que tem por objetivo proteger o recurso informação, possibilitando que o negócio da organização seja realizado e sua missão seja alcançada. A segurança da informação existe para minimizar os riscos do negócio em relação à dependência dos recursos de informação para o funcionamento da organização. Sem a informação ou com uma incorreta, o negócio pode ter perdas que comprometam o seu funcionamento e o retorno de investimento dos acionistas (FONTES, 2006, p. 31). A segurança da informação não é a atividade fim da organização empresarial, mas possui igual importância. O que o vazamento de dados representa hoje para a reputação de uma empresa? Unidade I – Conceitos importantes Risco – a probabilidade de um agente ameaçador tirar proveito de uma vulnerabilidade e o respectivo impacto comercial. Efeito da incerteza sobre os objetivos. É a combinação da probabilidade de um evento e sua consequência. Tratamento do risco – o processo de seleção e implementação de medidas para modificar o risco. Análise de riscos – uso sistemático de informações para identificar fontes e estimar o risco. Identificação do risco – é o processo de encontrar, reconhecer e descrever riscos. A identificação do risco envolve a identificação das suas fontes, eventos, causas e suas potenciais consequências. A identificação do risco também pode envolver dados históricos, análise teórica, opiniões, pareceres fundamentados e de especialistas, e necessidades das partes interessadas. Fonte: Hintzbergen et al. (2018). Unidade I – Conceitos importantes Aceitação do risco – reconhecimento do fato de que certos riscos são aceitos. Isso pode ocorrer quando os custos das medidas de segurança excedem os possíveis danos. Mas também pode ser que a gestão decida não fazer nada, mesmo que os custos não sejam superiores aos possíveis danos. Mitigação do risco – as medidas de segurança tomadas são tais que as ameaças já não se manifestam ou, se o fizerem, o dano resultante é minimizado. A maioria das medidas tomadas no domínio da segurança da informação por uma organização que neutraliza os riscos é uma combinação de medidas preventivas, de detecção e repressivas. Prevenção de riscos (ou evitar) – medidas tomadas para que uma ameaça seja neutralizada a tal ponto que já não leve a um incidente. Gerenciamento de risco – o processo de planejar, organizar, liderar e controlar as atividades de uma organização a fim de minimizar os efeitos do risco sobre o capital e os ganhos de uma organização (HINTZBERGEN et al., 2018, p. 377). Unidade I – Conceitos importantes Segurança da Informação – preservação da confidencialidade, integridade e disponibilidade da informação. Adicionalmente, outras propriedades como autenticidade, responsabilidade, não repúdio e confiabilidade, também podem ser incluídas. [...] segurança da informação é a proteção da informação contra uma ampla gama de ameaças, a fim de garantir a continuidade dos negócios, minimizar os riscos de negócio e maximizar o retorno sobre os investimentos e as oportunidades de negócios (HINTZBERGEN et al., 2018, p. 69). Unidade I – Conceito de segurança da informação Confidencialidade – é a capacidade de garantir que o nível necessário de sigilo seja aplicado em cada junção de dados em processamento. É a prevenção contra a divulgação não autorizada dos mesmos. Integridade – é a garantia de rigor e confiabilidade das informações e sistemas e de que não ocorrerão modificações não autorizadas de dados. Os mecanismos de hardware, software e comunicação devem trabalhar de maneira conjunta para manter e processar dados corretamente e movimentar dados para os destinos desejados sem qualquer alteração não autorizada ou não esperada. Disponibilidade – é a capacidadeque os sistemas e as redes devem ter para executar e disponibilizar os dados de forma previsível e adequada às necessidades da empresa. Eles devem estar aptos a recuperar quedas de disponibilidade de forma rápida e segura e a garantir que a produtividade das operações da empresa não seja afetada significativamente (MACHADO, 2014, p. 27). Unidade I – Princípios de segurança da informação A decisão que mais se coaduna com a Segurança da Informação é: a) Confidencialidade. b) Integridade. c) Disponibilidade. d) Prevenção de risco. e) Identificação de risco. Interatividade A decisão que mais se coaduna com a Segurança da Informação é: a) Confidencialidade. b) Integridade. c) Disponibilidade. d) Prevenção de risco. e) Identificação de risco. Resposta Para os leigos, quase sempre a palavra “direito” é associada a leis que são de cumprimento obrigatório e cujo desrespeito pode gerar sanções. A sanção mais conhecida em toda a sociedade é a privação de liberdade, ou seja, a prisão. O Direito é muito mais do que isso! É importante compreender seus objetivos antes de aprender sobre leis, normas e princípios. O Direito existe para regular a vida dos homens em sociedade e adota o pressuposto de que todos os seres humanos concordaram em deixar de ser absolutamente livres para poder contar com relativa segurança em suas relações. Abrimos mão de uma parte de nossa liberdade, mas, em troca, teremos direitos que deverão ser respeitados por todos aqueles que vivem na mesma sociedade que nós. Unidade I – Fundamentos do Direito O Direito substitui o império da força, a chamada lei do mais forte, que durante muito tempo na história da humanidade permitiu que os homens e os grupamentos sociais mais fortes subordinassem os mais fracos conforme sua vontade, sem reconhecer a eles nenhum tipo de direito. Tribos mais fortes tomaram as terras de tribos mais fracas; exércitos mais bem equipados com armas e cavalos destruíram aldeias e roubaram toda a produção agrícola de grupos sociais despreparados para lutar; reis poderosos ocuparam terras de outros reinados pelo uso da força e com grande quantidade de mortes. O Direito é a forma de organização social que prioriza a existência de direitos e deveres para todos e que exige que as regras sejam cumpridas, tendo como pressuposto o interesse público ou o bem comum. O primeiro objetivo do Direito é garantir que, em um grupo social, todos tenham direitos e deveres compatíveis com suas necessidades e que o interesse coletivo prevaleça sobre os interesses individuais. Unidade I – Fundamentos do Direito Vamos analisar alguns exemplos? Desapropriação da propriedade privada para beneficiar o interesse coletivo. Pagamento de tributos. Utilização de sistema de rodízio em algumas cidades do país. Isolamento social e uso de máscaras como medida preventiva de contágio da COVID-19 (novo coronavírus). Em todas essas situações, o interesse coletivo prevaleceu sobre o interesse privado. Unidade I – Fundamentos do Direito Fonte: https://pixabay.com/pt/images/s earch/uso%20de%20m%C3%A 1scaras%20para%20covid-19/ No Brasil, podemos dividir o direito em duas categorias básicas: direito público e direito privado. Direito público é a área do Direito que tem por objetivo regular o interesse público, os interesses gerais da sociedade, a proteção do bem comum. Os principais ramos do direito público são: Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Penal, Direito Processual (Civil ou Penal), Direito Ambiental e Direito Internacional. Direito privado é a área do Direito que tem por objetivo regular os interesses dos particulares nas relações que estabelecem entre eles mesmos. É a área do Direito que regula compra ou a locação de um imóvel; a constituição de empresas. Também é o direito privado que regula o casamento, as relações familiares, a filiação e a sucessão, ou seja, a destinação dos bens depois da morte da pessoa. Essa área do Direito unifica dois ramos: o Direito Civil e o Direito Empresarial. Unidade I – Direito público e Direito privado O Brasil adota um sistema jurídico fundamentado em leis. Elas estão organizadas em leis esparsas que são aquelas que tratam de uma única área, como a Lei de Locação. Ou são organizadas em códigos que tratam de vários temas, como é o caso do Código Penal ou do Código Civil. Por priorizar a lei como instrumento do Direito, o nosso sistema é conhecido como civil law. Vários países do mundo adotam esse mesmo sistema: Chile, Argentina, Colômbia, Bolívia, Uruguai, Paraguai, Peru etc. Outros países adotam o sistema da common law. Inglaterra, Escócia, Irlanda, Austrália e Estados Unidos são exemplos de países da common law. Nesse sistema, as decisões tomadas pelo Poder Judiciário nos processos são mais relevantes para a decisão de casos futuros do que o texto da lei. Unidade I – Sistema jurídico brasileiro Jurisprudência é o conjunto de decisões semelhantes adotadas em casos anteriores e que podem ser aplicadas para a solução de novos casos, nos quais estejam presentes semelhanças que autorizem a utilização da decisão anterior. Jurisprudência é o mesmo que decisões uniformes, semelhantes, que os tribunais adotam para casos concretos com as mesmas características. Quando uma jurisprudência se forma, ela representa uma tendência de solução de casos semelhantes e será adotada por todos os magistrados e os tribunais. Você conhece alguma jurisprudência? Batida na traseira, tendência de que a guarda dos filhos seja das mães em casos de separação e muitas outras. Unidade I – Sistema jurídico brasileiro Direito é a área do conhecimento que estuda o modo de organização social que estabelece: a) Direitos e deveres para todas as pessoas que vivem na mesma sociedade. b) Jurisprudência de uso obrigatório para tribunais. c) Sistema de civil law ou common law por escolha de juízes. d) Direito público para casos de locação e compra de imóveis. e) Direitos e deveres somente para quem entende de Direito. Interatividade Direito é a área do conhecimento que estuda o modo de organização social que estabelece: a) Direitos e deveres para todas as pessoas que vivem na mesma sociedade. b) Jurisprudência de uso obrigatório para tribunais. c) Sistema de civil law ou common law por escolha de juízes. d) Direito público para casos de locação e compra de imóveis. e) Direitos e deveres somente para quem entende de Direito. Resposta São a origem do Direito e resultam de processos sociais, históricos, econômicos e culturais que formam as características próprias de cada sociedade. As fontes poderão ser diferentes para cada sociedade, mas o objetivo será o mesmo: possuir um corpo de normas de cumprimento obrigatório e que, diferentemente das regras morais, o descumprimento provoque sanções concretas, punições que sejam temidas pela sociedade. As regras morais, quando descumpridas, não provocam sanções temidas; provocam sanções sociais que todos desejamos evitar, mas que não caracterizam uma punição como aquela que o Estado pode aplicar a cada um de nós quando deixamos de cumprir a lei. Unidade I – Fontes do Direito Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/search/fotos%20d e%20tribunais%20de%20justi%C3%A7a/ Para facilitar a compreensão, é comum que os estudos dividam as fontes em duas categorias: fontes materiais e fontes formais. As fontes materiais são os valores que uma sociedade decide que devem ser protegidos, cuja importância é tão grande que se tornarão a base da organização social. Já as fontes formais são os instrumentos que tornam esses valores obrigatórios para todos aqueles que vivem em sociedade. São fontes formais a lei, os costumes e a decisão dos tribunais (jurisprudência). A sociedade brasileira se organiza a partir de valores que deseja proteger como a família, a liberdade,a propriedade, o trabalho e o empreendimento de atividades comerciais com finalidade de lucro, a paz social, o bem-estar de crianças, adolescentes e idosos, entre tantos outros que podem ser identificados. Nesses valores, a sociedade brasileira se organiza e aqueles que não os respeitarem serão punidos na forma da lei. Unidade I – Fontes do Direito No Brasil, a lei é a fonte mais importante do Direito. A Constituição Federal garante a importância da lei quando em seu artigo 5º, inciso II, determina que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” (BRASIL, 1988). A vida na sociedade brasileira é regida pela lei, que é o instrumento formal de maior importância para o sistema jurídico brasileiro. A grande importância da lei como fonte do Direito brasileiro vem do fato de que ela é redigida pelos representantes do povo, escolhidos por meio de voto para ocuparem assento no Poder Legislativo, que funciona em esferas federal, estadual e municipal. Votar, escolher representantes para o Poder Legislativo e para o Poder Executivo, é tarefa de fundamental importância, de verdadeira cidadania. Elaborar leis em conformidade com os valores da sociedade é papel fundamental dos legisladores; porém, escolher bons legisladores é tarefa fundamental dos cidadãos. Unidade I – Fontes do Direito – A lei Ideia central: no Brasil, as leis são as mais importantes fontes do Direito. Elas podem ser criadas nos âmbitos federal, estadual ou municipal, porque o Brasil se organiza como uma federação que reúne estados e municípios, além do Governo Federal. Em cada estado e município temos os Poderes Executivo e Legislativo, mas Poder Judiciário somente nos âmbitos federal e estadual. Parece confuso, mas não é! A Constituição Federal determina o que cada ente federativo poderá tratar nas suas leis. A isso se dá o nome de competência legislativa. Organizar o trânsito nas cidades é assunto do município; realizar o regulamento do Imposto de Renda é assunto federal; e organizar a cobrança do imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços é assunto dos estados federativos. O que mais o município organiza? Pense! Unidade I – Fontes do Direito Outras importantes fontes do Direito no Brasil contemporâneo são os princípios. São instrumentos por meio dos quais é possível proteger valores sociais. O Decreto-lei n. 4.657, de 1942, atualizado pela Lei n. 12.376, de 2010, ou simplesmente a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, trata dos princípios gerais do Direito da seguinte forma: “Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito” (BRASIL, 1942). Assim, se na hipótese de o juiz estar diante de um caso concreto para o qual não exista uma lei ou, uma jurisprudência, ele poderá decidir com fundamento em um princípio. Princípios tendem a se tornar lei como aconteceu com o princípio da boa-fé! Unidade I – Fontes do Direito – Princípios Outras fontes do Direito brasileiro são os costumes, muito aplicados no âmbito dos negócios. Estamos nos referindo apenas aos costumes jurídicos, ou seja, não são costumes sociais. São práticas reiteradas de determinadas sociedades que se tornam perenes no tempo, conhecidas e respeitadas por todos. O Brasil, por ser um país de grande extensão territorial e com culturas muito diversificadas, é fonte inesgotável de costumes. Um dos mais consagrados é o uso de cheque pré-datado! Afinal, quem nunca? Unidade I – Fontes do Direito Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/cheques -administra%C3%A7%C3%A3o- m%C3%A3o-2672195/ Jurisprudência é o resultado da forma como os tribunais julgam de modo semelhante casos concretos que apresentam similaridade. A jurisprudência indica a propensão dos tribunais para a decisão de casos semelhantes, mostrando para toda a sociedade que, em casos iguais àquele, o resultado será o mesmo. Nenhuma decisão da jurisprudência pode ser contrária à lei e as decisões dos tribunais poderão ser modificadas com o passar do tempo, para se adequarem aos novos valores que a sociedade adotou. Quando o tema é muito relevante é levado para a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) ou do Superior Tribunal de Justiça (direito privado). Os tribunais podem editar súmulas que serão indicativos de como aquele tribunal resolve casos semelhantes. Quando uma súmula é publicada, ela se torna referência para todos os magistrados brasileiros, para que adotem o mesmo entendimento nos casos semelhantes que forem julgar. Unidade I – Fontes do Direito – Jurisprudência Doutrina é a produção intelectual realizada por estudiosos, professores e pesquisadores de Direito a respeito de temas ou de determinadas áreas do Direito, como o Direito Empresarial, o Direito Digital, o Direito Penal, entre outros. Há estudiosos que se dedicam anos a uma determinada área do Direito, publicam artigos científicos, livros, participam de congressos, seminários, ministram aulas em faculdades e participam de sociedades de pesquisa sobre o tema. Toda essa dedicação permite que eles se tornem uma referência nessa área do conhecimento. São citados em decisões judiciais para corroborar argumentos dos magistrados, assim como também são citados por advogados nas petições que fazem em defesa dos interesses de seus clientes. Temos ótimas produções de pesquisa no Brasil na área do Direito. Vale a pena conhecer e estudar o trabalho desses pesquisadores e estudiosos. Unidade I – Fontes do Direito – Doutrina Quando um magistrado decide com base em outras decisões judiciais adotadas em tribunais, podemos dizer que ele está utilizando a fonte do Direito denominada: a) Doutrina. b) Costumes. c) Princípios. d) Leis. e) Jurisprudência. Interatividade Quando um magistrado decide com base em outras decisões judiciais adotadas em tribunais, podemos dizer que ele está utilizando a fonte do Direito denominada: a) Doutrina. b) Costumes. c) Princípios. d) Leis. e) Jurisprudência. Resposta Direito Constitucional é o principal ramo do Direito porque a Constituição Federal é a lei mais importante. É no âmbito do Direito Constitucional que se encontram: a) a organização política e administrativa do Estado, os poderes e sua responsabilidade de atuação (executivo, legislativo e judiciário); b) os órgãos que compõem a administração pública direta e indireta; c) os direitos fundamentais e sociais garantidos aos cidadãos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país; d) o funcionamento dos estados federativos e dos munícipios e de seus respectivos órgãos de administração (o município, por exemplo); e) a organização tributária do país; f) decretação do estado de sítio, estado de defesa e calamidade pública; g) os direitos sociais como saúde, educação, entre outros. Unidade I – Direito Constitucional A Constituição brasileira de 1988 é muito significativa em razão do período histórico em que foi redigida e publicada. Ela marca a reconstrução da democracia, da cidadania e do direito de todo cidadão ser respeitado em sua dignidade. A Constituição Federal brasileira é um projeto político e social que o país deve implementar integralmente para poder realizar o objetivo fundamental que está previsto no artigo 3º, inciso I: “construir uma sociedade livre, justa e solidária”. É chamada de “a Constituição cidadã”, exatamente por ter extensa lista de direitos fundamentais individuais e coletivos e direitos sociais. O Estado brasileiro está organizado como República Federal formada pela união indissolúvel dos estados, dos municípios e do Distrito Federal. Os estados federativos brasileiros aceitam a Constituição Federal como lei magna que todos deverão cumprir e possuem relativa autonomia políitico-administrativa. UnidadeI – Direito Constitucional A Constituição brasileira é classificada como uma constituição formal, ou seja, representada por um documento formal e solene, instituído por um poder constituinte que foi eleito para elaborá-la. É também uma constituição escrita porque está consubstanciada em um único documento que contém as normas consideradas essenciais para a formação e a realização dos objetivos do Estado. É uma constituição rígida, porque limita as possibilidades de mudança. A Constituição brasileira pode ser modificada, mas somente se forem atendidas as regras fixadas por ela própria. Existem aspectos que a própria Constituição prevê que serão imutáveis por emendas. São as chamadas cláusulas pétreas, previstas no artigo 60, parágrafo 4º, da Constituição Federal, que somente poderão ser modificadas por outro poder constituinte eleito para elaborar uma nova constituição. Unidade I – Direito Constitucional Unidade I – Direito Constitucional Forma federativa do Estado Separação entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário República Direitos e garantias individuais Voto direto, secreto, universal e periódico Constituição Federal brasileira de 1988, os direitos fundamentais estão divididos em grupos: Direitos individuais – artigo 5º. Direitos coletivos. Direitos de nacionalidade – artigo 12. Direitos políticos – artigos 14 a 17. Direitos sociais – artigos 6º a 11. Direitos fundamentais do homem solidário – artigos 3º, 4º, inciso VI, e 225. “Artigo 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade” (BRASIL, 1988). Ele tem 78 incisos e prevê aspectos essenciais da proteção dos direitos fundamentais: vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade. Unidade I – Direito Constitucional Direito à vida: O direito à vida não se resume apenas ao direito de nascer, mas também viver e subsistir. No Brasil, o direito à vida veda a prática de aborto, salvo nos casos em que a lei expressamente permite; impede a aplicação de pena de morte em qualquer circunstância e impede a prática de eutanásia e outras variáveis da interrupção da vida. O direito à vida abrange também o direito à integridade física, o que significa que ninguém pode colocar em risco a vida de qualquer outra pessoa por agressão à sua incolumidade física. Ficam proibidas as práticas de tortura ou castigos físicos para suspeitos, presos, acusados de crime aguardando julgamento ou qualquer outra pessoa em qualquer outra circunstância da vida. Proteção à integridade humana inclui a proteção aos aspectos psicológicos, razão pela qual qualquer tipo de ataque à personalidade ou às opções de vida de cada ser humano será coibido pelo Estado por meio de leis protetivas e punitivas. Unidade I – Direito Constitucional Direito à igualdade. Direito à liberdade. Direito à privacidade. Direito de propriedade – função social da propriedade. Direito à segurança jurídica – ato jurídico perfeito, coisa julgada e direito adquirido, devido processo legal, garantia do exercício do contraditório e ampla defesa. Livre iniciativa e livre concorrência – fundamentos republicanos e princípios da ordem econômica. A atividade empresarial no Brasil é considerada um valor social. É importante para toda a sociedade e merecedora do incentivo da lei mais importante do país. É atividade de grande responsabilidade, a ser exercida somente por aqueles que estejam maduros para empreender com objetivo de lucro, sem perder de vista os interesses sociais relevantes. Unidade I – Direito Constitucional Uma cláusula pétrea na Constituição Federal brasileira é aquela que: a) Nunca poderá ser modificada. b) Nunca foi modificada em nenhuma Constituição. c) Pode ser modificada em casos de guerra. d) Só poderá ser modificada por uma nova assembleia constituinte. e) Só poderá ser modificada por determinação da ONU. Interatividade Uma cláusula pétrea na Constituição Federal brasileira é aquela que: a) Nunca poderá ser modificada. b) Nunca foi modificada em nenhuma Constituição. c) Pode ser modificada em casos de guerra. d) Só poderá ser modificada por uma nova assembleia constituinte. e) Só poderá ser modificada por determinação da ONU. Resposta HINTZBERGEN, J. et al. Fundamentos de Segurança da Informação: com base na ISO 27001 e na ISO 27002. 3. ed. São Paulo: Brasport, 2018. MACHADO, F. N. R. Segurança da informação: princípios e controles de ameaças. São Paulo: Érica, 2014. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
Compartilhar