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Leis, Políticas e Normas da Segurança da Informação

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Profa. Dra. Angélica Carlini
UNIDADE I
Leis, Políticas
e Normas da Segurança
da Informação
Vivemos na Sociedade de Informação! Você concorda com essa afirmação?
 Vamos analisar o mundo em que vivemos em rápidas palavras!
 Big data, inteligência artificial, machine learning e sociedade em rede. 
 Temos também: fintechs, insurtechs, sandbox, bitcoins, criptomoedas e muitos outros.
 Dados ou informações se tornaram riqueza na economia mundial contemporânea. 
 Possuir dados, organizá-los de forma objetiva e com vistas ao desenvolvimento de atividades 
econômicas já se tornou objeto de estudo das ciências, a chamada Ciência de Dados, 
que hoje é curso superior em muitas universidades.
 Tudo isso faz da Segurança da Informação objeto de estudo 
da ciência e uma formação profissional da maior importância.
Introdução
 No mundo digital em que vivemos, a segurança da informação criou novas carreiras 
profissionais, como: coordenador de segurança da informação, analista em segurança 
de redes de dados, analista em segurança de processos, administrador de redes com perfil 
de segurança, especialista em segurança da informação e consultor em segurança 
da informação. 
 Para todas essas carreiras é fundamental o conhecimento sobre o Direito.
 Para os profissionais de segurança da informação, o conhecimento sobre leis, normas 
e políticas de segurança da informação é ainda mais relevante!
Introdução
Fonte: 
https://pixabay.com/pt/images/search
/rede%20de%20computadores/
 Vamos trabalhar alguns aspectos conceituais importantes para compreendermos melhor 
a sociedade de informação ou sociedade digital.
Características:
 Crescimento do setor econômico de serviços: bancos, seguradoras, financeiras e, 
mais recentemente, aplicativos que podem ser utilizados nos mais diversos equipamentos 
eletrônicos, como celulares, tablets, notebooks ou computadores pessoais. O setor 
de serviços se torna tão relevante economicamente quanto o setor industrial.
 Crescimento rápido das tecnologias de informação (TICs): 
esse crescimento se dá tanto em quantidade quanto 
em possibilidades de acesso. 
 O mundo contemporâneo tem diferentes possibilidades 
de acesso à informação, seja para captação, seja para 
armazenamento ou tratamento dos dados, seja para utilização 
na vida pessoal ou profissional. Até os objetos já possuem 
acesso à internet!
Unidade I – Características 
 Importância do conhecimento e das práticas criativas: o conhecimento e as práticas 
criativas são fundamentais na sociedade de informação porque o crescimento das 
possibilidades de utilização dos recursos tecnológicos está diretamente relacionado 
com a criatividade de quem trabalha com eles. A maior prova disso são os incontáveis 
aplicativos que surgiram nos últimos anos para as mais diversificadas finalidades, inclusive 
para serviços de intermediação de transporte e hospedagem.
E qual a importância do estudo do Direito para o setor de Segurança da Informação?
 Essa é a principal resposta que precisamos ter neste momento.
Unidade I – Características 
 O bom uso dos nossos dados e da organização que eles recebem, que geram 
as informações, pode gerar oportunidades. 
 O mau uso pode gerar danos e prejuízos. 
 Essa característica importante da sociedade de informação: os mesmos instrumentos 
que facilitam nossa vida podem se tornar um grande problema.
 Quando nossa conta bancária é invadida ou nosso cartão de crédito é utilizado 
por criminosos para compras que não fizemos. 
 O mesmo problema pode acontecer com empresas em relação a dados de seus clientes ou 
órgãos públicos em relação a dados de contribuintes ou eleitores. 
 Em todas essas situações, existem possibilidades concretas 
de prejuízos materiais e imateriais – danos à imagem ou 
danos morais, como são mais conhecidos –, que serão fonte 
de problemas para as vítimas.
 É o Direito que determina quando e como isso acontece!
Unidade I – Por que estudar leis, normas e políticas de segurança 
da informação?
Eduardo Fontes define: 
 Segurança da informação é o conjunto de orientações, normas, procedimentos, políticas 
e ações que tem por objetivo proteger o recurso informação, possibilitando que o negócio 
da organização seja realizado e sua missão seja alcançada.
 A segurança da informação existe para minimizar os riscos do negócio em relação 
à dependência dos recursos de informação para o funcionamento da organização. 
 Sem a informação ou com uma incorreta, o negócio pode ter perdas que comprometam 
o seu funcionamento e o retorno de investimento dos acionistas (FONTES, 2006, p. 31).
 A segurança da informação não é a atividade fim da 
organização empresarial, mas possui igual importância.
O que o vazamento de dados representa hoje para a reputação 
de uma empresa?
Unidade I – Conceitos importantes
 Risco – a probabilidade de um agente ameaçador tirar proveito de uma vulnerabilidade 
e o respectivo impacto comercial. Efeito da incerteza sobre os objetivos. É a combinação 
da probabilidade de um evento e sua consequência. 
 Tratamento do risco – o processo de seleção e implementação de medidas para modificar 
o risco.
 Análise de riscos – uso sistemático de informações para identificar fontes e estimar 
o risco.
 Identificação do risco – é o processo de encontrar, 
reconhecer e descrever riscos. A identificação do risco envolve 
a identificação das suas fontes, eventos, causas e suas 
potenciais consequências. A identificação do risco também 
pode envolver dados históricos, análise teórica, opiniões, 
pareceres fundamentados e de especialistas, e necessidades 
das partes interessadas.
Fonte: Hintzbergen et al. (2018).
Unidade I – Conceitos importantes
 Aceitação do risco – reconhecimento do fato de que certos riscos são aceitos. Isso pode 
ocorrer quando os custos das medidas de segurança excedem os possíveis danos. Mas 
também pode ser que a gestão decida não fazer nada, mesmo que os custos não sejam 
superiores aos possíveis danos. 
 Mitigação do risco – as medidas de segurança tomadas são tais que as ameaças já não se 
manifestam ou, se o fizerem, o dano resultante é minimizado. A maioria das medidas 
tomadas no domínio da segurança da informação por uma organização que neutraliza 
os riscos é uma combinação de medidas preventivas, de detecção e repressivas.
 Prevenção de riscos (ou evitar) – medidas tomadas para que uma ameaça seja 
neutralizada a tal ponto que já não leve a um incidente. 
 Gerenciamento de risco – o processo de planejar, organizar, 
liderar e controlar as atividades de uma organização a fim de 
minimizar os efeitos do risco sobre o capital 
e os ganhos de uma organização (HINTZBERGEN et al., 
2018, p. 377).
Unidade I – Conceitos importantes
 Segurança da Informação – preservação da confidencialidade, integridade 
e disponibilidade da informação. Adicionalmente, outras propriedades como autenticidade, 
responsabilidade, não repúdio e confiabilidade, também podem ser incluídas. [...] segurança 
da informação é a proteção da informação contra uma ampla gama de ameaças, a fim de 
garantir a continuidade dos negócios, minimizar os riscos de negócio e maximizar o retorno 
sobre os investimentos e as oportunidades de negócios (HINTZBERGEN et al., 2018, p. 69).
Unidade I – Conceito de segurança da informação
 Confidencialidade – é a capacidade de garantir que o nível necessário de sigilo seja 
aplicado em cada junção de dados em processamento. É a prevenção contra a divulgação 
não autorizada dos mesmos. 
 Integridade – é a garantia de rigor e confiabilidade das informações e sistemas e de que não 
ocorrerão modificações não autorizadas de dados. Os mecanismos de hardware, software
e comunicação devem trabalhar de maneira conjunta para manter e processar dados 
corretamente e movimentar dados para os destinos desejados sem qualquer alteração 
não autorizada ou não esperada.
 Disponibilidade – é a capacidadeque os sistemas e as redes 
devem ter para executar e disponibilizar os dados de forma 
previsível e adequada às necessidades da empresa. Eles 
devem estar aptos a recuperar quedas de disponibilidade 
de forma rápida e segura e a garantir que a produtividade das 
operações da empresa não seja afetada significativamente 
(MACHADO, 2014, p. 27).
Unidade I – Princípios de segurança da informação
A decisão que mais se coaduna com a Segurança da Informação é:
a) Confidencialidade.
b) Integridade.
c) Disponibilidade.
d) Prevenção de risco.
e) Identificação de risco.
Interatividade
A decisão que mais se coaduna com a Segurança da Informação é:
a) Confidencialidade.
b) Integridade.
c) Disponibilidade.
d) Prevenção de risco.
e) Identificação de risco.
Resposta
 Para os leigos, quase sempre a palavra “direito” é associada a leis que são de cumprimento 
obrigatório e cujo desrespeito pode gerar sanções. 
 A sanção mais conhecida em toda a sociedade é a privação de liberdade, ou seja, a prisão. 
 O Direito é muito mais do que isso! É importante compreender seus objetivos antes 
de aprender sobre leis, normas e princípios.
 O Direito existe para regular a vida dos homens em sociedade e adota o pressuposto de que 
todos os seres humanos concordaram em deixar de ser absolutamente livres para poder 
contar com relativa segurança em suas relações. 
 Abrimos mão de uma parte de nossa liberdade, mas, em troca, 
teremos direitos que deverão ser respeitados por todos 
aqueles que vivem na mesma sociedade que nós.
Unidade I – Fundamentos do Direito
 O Direito substitui o império da força, a chamada lei do mais forte, que durante muito tempo 
na história da humanidade permitiu que os homens e os grupamentos sociais mais fortes 
subordinassem os mais fracos conforme sua vontade, sem reconhecer a eles nenhum 
tipo de direito. 
 Tribos mais fortes tomaram as terras de tribos mais fracas; exércitos mais bem equipados 
com armas e cavalos destruíram aldeias e roubaram toda a produção agrícola de grupos 
sociais despreparados para lutar; reis poderosos ocuparam terras de outros reinados pelo 
uso da força e com grande quantidade de mortes. 
 O Direito é a forma de organização social que prioriza 
a existência de direitos e deveres para todos e que exige 
que as regras sejam cumpridas, tendo como pressuposto 
o interesse público ou o bem comum.
 O primeiro objetivo do Direito é garantir que, em um grupo 
social, todos tenham direitos e deveres compatíveis com suas 
necessidades e que o interesse coletivo prevaleça sobre 
os interesses individuais.
Unidade I – Fundamentos do Direito
Vamos analisar alguns exemplos?
 Desapropriação da propriedade privada para beneficiar o interesse coletivo.
 Pagamento de tributos.
 Utilização de sistema de rodízio em algumas cidades do país.
 Isolamento social e uso de máscaras como medida preventiva de contágio da COVID-19 
(novo coronavírus).
 Em todas essas situações, o interesse coletivo prevaleceu sobre o interesse privado.
Unidade I – Fundamentos do Direito
Fonte: 
https://pixabay.com/pt/images/s
earch/uso%20de%20m%C3%A
1scaras%20para%20covid-19/
 No Brasil, podemos dividir o direito em duas categorias básicas: direito público
e direito privado.
 Direito público é a área do Direito que tem por objetivo regular o interesse público, 
os interesses gerais da sociedade, a proteção do bem comum. 
 Os principais ramos do direito público são: Direito Constitucional, Direito Administrativo, 
Direito Penal, Direito Processual (Civil ou Penal), Direito Ambiental e Direito Internacional.
 Direito privado é a área do Direito que tem por objetivo regular os interesses 
dos particulares nas relações que estabelecem entre eles mesmos. 
 É a área do Direito que regula compra ou a locação 
de um imóvel; a constituição de empresas. 
 Também é o direito privado que regula o casamento, 
as relações familiares, a filiação e a sucessão, ou seja, 
a destinação dos bens depois da morte da pessoa. 
 Essa área do Direito unifica dois ramos: o Direito Civil 
e o Direito Empresarial.
Unidade I – Direito público e Direito privado
 O Brasil adota um sistema jurídico fundamentado em leis. 
 Elas estão organizadas em leis esparsas que são aquelas que tratam de uma única área, 
como a Lei de Locação.
 Ou são organizadas em códigos que tratam de vários temas, como é o caso do Código Penal 
ou do Código Civil. 
 Por priorizar a lei como instrumento do Direito, o nosso sistema é conhecido como civil law.
 Vários países do mundo adotam esse mesmo sistema: Chile, Argentina, Colômbia, Bolívia, 
Uruguai, Paraguai, Peru etc.
 Outros países adotam o sistema da common law. 
 Inglaterra, Escócia, Irlanda, Austrália e Estados Unidos são 
exemplos de países da common law.
 Nesse sistema, as decisões tomadas pelo Poder Judiciário 
nos processos são mais relevantes para a decisão de casos 
futuros do que o texto da lei. 
Unidade I – Sistema jurídico brasileiro
 Jurisprudência é o conjunto de decisões semelhantes adotadas em casos anteriores 
e que podem ser aplicadas para a solução de novos casos, nos quais estejam presentes 
semelhanças que autorizem a utilização da decisão anterior. 
 Jurisprudência é o mesmo que decisões uniformes, semelhantes, que os tribunais adotam 
para casos concretos com as mesmas características. 
 Quando uma jurisprudência se forma, ela representa uma tendência de solução de casos 
semelhantes e será adotada por todos os magistrados e os tribunais.
Você conhece alguma jurisprudência?
 Batida na traseira, tendência de que a guarda dos filhos seja 
das mães em casos de separação e muitas outras.
Unidade I – Sistema jurídico brasileiro
Direito é a área do conhecimento que estuda o modo de organização social que estabelece:
a) Direitos e deveres para todas as pessoas que vivem na mesma sociedade.
b) Jurisprudência de uso obrigatório para tribunais.
c) Sistema de civil law ou common law por escolha de juízes.
d) Direito público para casos de locação e compra de imóveis.
e) Direitos e deveres somente para quem entende de Direito.
Interatividade
Direito é a área do conhecimento que estuda o modo de organização social que estabelece:
a) Direitos e deveres para todas as pessoas que vivem na mesma sociedade.
b) Jurisprudência de uso obrigatório para tribunais.
c) Sistema de civil law ou common law por escolha de juízes.
d) Direito público para casos de locação e compra de imóveis.
e) Direitos e deveres somente para quem entende de Direito.
Resposta
 São a origem do Direito e resultam de processos sociais, históricos, econômicos e culturais 
que formam as características próprias de cada sociedade. 
 As fontes poderão ser diferentes para cada sociedade, mas o objetivo será o mesmo: possuir 
um corpo de normas de cumprimento obrigatório e que, diferentemente das regras morais, o 
descumprimento provoque sanções concretas, punições que sejam temidas 
pela sociedade. 
 As regras morais, quando descumpridas, não provocam sanções temidas; provocam 
sanções sociais que todos desejamos evitar, mas que não caracterizam uma punição como 
aquela que o Estado pode aplicar a cada um de nós quando deixamos de cumprir a lei.
Unidade I – Fontes do Direito
Fonte: 
https://pixabay.com/pt/photos/search/fotos%20d
e%20tribunais%20de%20justi%C3%A7a/
 Para facilitar a compreensão, é comum que os estudos dividam as fontes em duas 
categorias: fontes materiais e fontes formais.
 As fontes materiais são os valores que uma sociedade decide que devem ser protegidos, 
cuja importância é tão grande que se tornarão a base da organização social.
 Já as fontes formais são os instrumentos que tornam esses valores obrigatórios para todos 
aqueles que vivem em sociedade. São fontes formais a lei, os costumes e a decisão 
dos tribunais (jurisprudência).
 A sociedade brasileira se organiza a partir de valores que 
deseja proteger como a família, a liberdade,a propriedade, 
o trabalho e o empreendimento de atividades comerciais 
com finalidade de lucro, a paz social, o bem-estar de crianças, 
adolescentes e idosos, entre tantos outros que podem 
ser identificados. 
 Nesses valores, a sociedade brasileira se organiza e aqueles 
que não os respeitarem serão punidos na forma da lei.
Unidade I – Fontes do Direito
 No Brasil, a lei é a fonte mais importante do Direito.
 A Constituição Federal garante a importância da lei quando em seu artigo 5º, inciso II, 
determina que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão 
em virtude de lei” (BRASIL, 1988).
 A vida na sociedade brasileira é regida pela lei, que é o instrumento formal de maior 
importância para o sistema jurídico brasileiro. 
 A grande importância da lei como fonte do Direito brasileiro vem do fato de que ela é redigida 
pelos representantes do povo, escolhidos por meio de voto para ocuparem assento no Poder 
Legislativo, que funciona em esferas federal, estadual e municipal.
 Votar, escolher representantes para o Poder Legislativo 
e para o Poder Executivo, é tarefa de fundamental 
importância, de verdadeira cidadania. 
 Elaborar leis em conformidade com os valores da sociedade 
é papel fundamental dos legisladores; porém, escolher bons 
legisladores é tarefa fundamental dos cidadãos.
Unidade I – Fontes do Direito – A lei
 Ideia central: no Brasil, as leis são as mais importantes fontes do Direito. 
 Elas podem ser criadas nos âmbitos federal, estadual ou municipal, porque o Brasil se 
organiza como uma federação que reúne estados e municípios, além do Governo Federal. 
 Em cada estado e município temos os Poderes Executivo e Legislativo, mas Poder Judiciário 
somente nos âmbitos federal e estadual.
 Parece confuso, mas não é!
 A Constituição Federal determina o que cada ente federativo poderá tratar nas suas leis. 
 A isso se dá o nome de competência legislativa.
 Organizar o trânsito nas cidades é assunto do município; 
realizar o regulamento do Imposto de Renda é assunto federal; 
e organizar a cobrança do imposto sobre a circulação 
de mercadorias e serviços é assunto dos estados federativos.
 O que mais o município organiza? Pense!
Unidade I – Fontes do Direito
 Outras importantes fontes do Direito no Brasil contemporâneo são os princípios.
 São instrumentos por meio dos quais é possível proteger valores sociais.
 O Decreto-lei n. 4.657, de 1942, atualizado pela Lei n. 12.376, de 2010, ou simplesmente 
a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, trata dos princípios gerais do Direito 
da seguinte forma: “Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo 
com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito” (BRASIL, 1942).
 Assim, se na hipótese de o juiz estar diante de um caso concreto para o qual não exista 
uma lei ou, uma jurisprudência, ele poderá decidir com fundamento em um princípio.
 Princípios tendem a se tornar lei como aconteceu com o princípio da boa-fé!
Unidade I – Fontes do Direito – Princípios 
 Outras fontes do Direito brasileiro são os costumes, muito aplicados no âmbito dos negócios. 
 Estamos nos referindo apenas aos costumes jurídicos, ou seja, não são costumes sociais.
 São práticas reiteradas de determinadas sociedades que se tornam perenes no tempo, 
conhecidas e respeitadas por todos.
 O Brasil, por ser um país de grande extensão territorial e com culturas muito diversificadas, 
é fonte inesgotável de costumes.
 Um dos mais consagrados é o uso de cheque pré-datado! 
Afinal, quem nunca?
Unidade I – Fontes do Direito
Fonte: 
https://pixabay.com/pt/photos/cheques
-administra%C3%A7%C3%A3o-
m%C3%A3o-2672195/
 Jurisprudência é o resultado da forma como os tribunais julgam de modo semelhante casos 
concretos que apresentam similaridade. 
 A jurisprudência indica a propensão dos tribunais para a decisão de casos semelhantes, 
mostrando para toda a sociedade que, em casos iguais àquele, o resultado será o mesmo. 
 Nenhuma decisão da jurisprudência pode ser contrária à lei e as decisões dos tribunais 
poderão ser modificadas com o passar do tempo, para se adequarem aos novos valores 
que a sociedade adotou.
 Quando o tema é muito relevante é levado para a decisão do Supremo Tribunal Federal 
(STF) ou do Superior Tribunal de Justiça (direito privado). 
 Os tribunais podem editar súmulas que serão indicativos 
de como aquele tribunal resolve casos semelhantes. 
 Quando uma súmula é publicada, ela se torna referência para 
todos os magistrados brasileiros, para que adotem o mesmo 
entendimento nos casos semelhantes que forem julgar.
Unidade I – Fontes do Direito – Jurisprudência 
 Doutrina é a produção intelectual realizada por estudiosos, professores e pesquisadores de 
Direito a respeito de temas ou de determinadas áreas do Direito, como o Direito Empresarial, 
o Direito Digital, o Direito Penal, entre outros.
 Há estudiosos que se dedicam anos a uma determinada área do Direito, publicam artigos 
científicos, livros, participam de congressos, seminários, ministram aulas em faculdades 
e participam de sociedades de pesquisa sobre o tema. 
 Toda essa dedicação permite que eles se tornem uma referência nessa área 
do conhecimento. 
 São citados em decisões judiciais para corroborar argumentos 
dos magistrados, assim como também são citados por 
advogados nas petições que fazem em defesa dos interesses 
de seus clientes. 
 Temos ótimas produções de pesquisa no Brasil na área 
do Direito. Vale a pena conhecer e estudar o trabalho desses 
pesquisadores e estudiosos.
Unidade I – Fontes do Direito – Doutrina 
Quando um magistrado decide com base em outras decisões judiciais adotadas em tribunais, 
podemos dizer que ele está utilizando a fonte do Direito denominada:
a) Doutrina.
b) Costumes.
c) Princípios.
d) Leis.
e) Jurisprudência.
Interatividade
Quando um magistrado decide com base em outras decisões judiciais adotadas em tribunais, 
podemos dizer que ele está utilizando a fonte do Direito denominada:
a) Doutrina.
b) Costumes.
c) Princípios.
d) Leis.
e) Jurisprudência.
Resposta
 Direito Constitucional é o principal ramo do Direito porque a Constituição Federal é a lei 
mais importante.
É no âmbito do Direito Constitucional que se encontram: 
a) a organização política e administrativa do Estado, os poderes e sua responsabilidade 
de atuação (executivo, legislativo e judiciário); 
b) os órgãos que compõem a administração pública direta e indireta; 
c) os direitos fundamentais e sociais garantidos aos cidadãos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no país; 
d) o funcionamento dos estados federativos e dos munícipios 
e de seus respectivos órgãos de administração (o município, 
por exemplo); 
e) a organização tributária do país; 
f) decretação do estado de sítio, estado de defesa 
e calamidade pública;
g) os direitos sociais como saúde, educação, entre outros.
Unidade I – Direito Constitucional
 A Constituição brasileira de 1988 é muito significativa em razão do período histórico 
em que foi redigida e publicada. 
 Ela marca a reconstrução da democracia, da cidadania e do direito de todo cidadão 
ser respeitado em sua dignidade. 
 A Constituição Federal brasileira é um projeto político e social que o país deve implementar 
integralmente para poder realizar o objetivo fundamental que está previsto no artigo 3º, 
inciso I: “construir uma sociedade livre, justa e solidária”.
 É chamada de “a Constituição cidadã”, exatamente por ter extensa lista de direitos 
fundamentais individuais e coletivos e direitos sociais.
 O Estado brasileiro está organizado como República Federal 
formada pela união indissolúvel dos estados, dos municípios 
e do Distrito Federal.
 Os estados federativos brasileiros aceitam a Constituição 
Federal como lei magna que todos deverão cumprir e 
possuem relativa autonomia políitico-administrativa.
UnidadeI – Direito Constitucional
 A Constituição brasileira é classificada como uma constituição formal, ou seja, representada 
por um documento formal e solene, instituído por um poder constituinte que foi eleito 
para elaborá-la. 
 É também uma constituição escrita porque está consubstanciada em um único documento 
que contém as normas consideradas essenciais para a formação e a realização dos objetivos 
do Estado. 
 É uma constituição rígida, porque limita as possibilidades de mudança. A Constituição 
brasileira pode ser modificada, mas somente se forem atendidas as regras fixadas 
por ela própria.
 Existem aspectos que a própria Constituição prevê que serão 
imutáveis por emendas. 
 São as chamadas cláusulas pétreas, previstas no artigo 60, 
parágrafo 4º, da Constituição Federal, que somente poderão 
ser modificadas por outro poder constituinte eleito para 
elaborar uma nova constituição.
Unidade I – Direito Constitucional
Unidade I – Direito Constitucional
Forma federativa 
do Estado
Separação entre os 
Poderes Executivo, 
Legislativo e 
Judiciário
República
Direitos 
e garantias 
individuais
Voto direto, 
secreto, universal 
e periódico
Constituição Federal brasileira de 1988, os direitos fundamentais estão divididos em grupos:
 Direitos individuais – artigo 5º.
 Direitos coletivos.
 Direitos de nacionalidade – artigo 12.
 Direitos políticos – artigos 14 a 17.
 Direitos sociais – artigos 6º a 11.
 Direitos fundamentais do homem solidário – artigos 3º, 4º, inciso VI, e 225.
 “Artigo 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção 
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito 
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade” 
(BRASIL, 1988).
 Ele tem 78 incisos e prevê aspectos essenciais da proteção 
dos direitos fundamentais: vida, liberdade, igualdade, 
segurança e propriedade.
Unidade I – Direito Constitucional
Direito à vida:
 O direito à vida não se resume apenas ao direito de nascer, mas também viver e subsistir. 
 No Brasil, o direito à vida veda a prática de aborto, salvo nos casos em que a lei 
expressamente permite; impede a aplicação de pena de morte em qualquer circunstância 
e impede a prática de eutanásia e outras variáveis da interrupção da vida. 
 O direito à vida abrange também o direito à integridade física, o que significa 
que ninguém pode colocar em risco a vida de qualquer outra pessoa por agressão 
à sua incolumidade física. 
 Ficam proibidas as práticas de tortura ou castigos físicos para 
suspeitos, presos, acusados de crime aguardando julgamento 
ou qualquer outra pessoa em qualquer outra circunstância 
da vida. 
 Proteção à integridade humana inclui a proteção aos aspectos 
psicológicos, razão pela qual qualquer tipo de ataque à 
personalidade ou às opções de vida de cada ser humano será 
coibido pelo Estado por meio de leis protetivas e punitivas.
Unidade I – Direito Constitucional
 Direito à igualdade.
 Direito à liberdade.
 Direito à privacidade.
 Direito de propriedade – função social da propriedade.
 Direito à segurança jurídica – ato jurídico perfeito, coisa julgada e direito adquirido, 
devido processo legal, garantia do exercício do contraditório e ampla defesa.
 Livre iniciativa e livre concorrência – fundamentos republicanos e princípios 
da ordem econômica. 
 A atividade empresarial no Brasil é considerada um valor 
social. É importante para toda a sociedade e merecedora 
do incentivo da lei mais importante do país.
 É atividade de grande responsabilidade, a ser exercida 
somente por aqueles que estejam maduros para empreender 
com objetivo de lucro, sem perder de vista os interesses 
sociais relevantes.
Unidade I – Direito Constitucional
Uma cláusula pétrea na Constituição Federal brasileira é aquela que:
a) Nunca poderá ser modificada.
b) Nunca foi modificada em nenhuma Constituição. 
c) Pode ser modificada em casos de guerra.
d) Só poderá ser modificada por uma nova assembleia constituinte.
e) Só poderá ser modificada por determinação da ONU.
Interatividade
Uma cláusula pétrea na Constituição Federal brasileira é aquela que:
a) Nunca poderá ser modificada.
b) Nunca foi modificada em nenhuma Constituição. 
c) Pode ser modificada em casos de guerra.
d) Só poderá ser modificada por uma nova assembleia constituinte.
e) Só poderá ser modificada por determinação da ONU.
Resposta
 HINTZBERGEN, J. et al. Fundamentos de Segurança da Informação: com base 
na ISO 27001 e na ISO 27002. 3. ed. São Paulo: Brasport, 2018.
 MACHADO, F. N. R. Segurança da informação: princípios e controles de ameaças. 
São Paulo: Érica, 2014.
Referências
ATÉ A PRÓXIMA!

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