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Aula 1 Segundo “a NBR-7207/82” (CANCELADA) da ABNT tem-se a seguinte definição: “O pavimento é uma estrutura construída após terraplenagem e destinada, econômica e simultaneamente, em seu conjunto, a: resistir e distribuir ao subleito os esforços verticais produzidos pelo tráfego, melhorar as condições de rolamento quanto à comodidade e segurança, resistir aos esforços horizontais que nela atuam, tornando mais durável a superfície de rolamento”. Aula 2- LIMITES DE CONSISTÊNCIA E GRANULOMETRIA APLICADOS Um solo coesivo (com apreciável quantidade de argila) pode modificar sua consistência somente pela variação de seu teor de umidade (w). Com a variação de w a consistência de um solo pode passar pelos estados: • Estado Líquido: Consistência em que o solo não tem forma própria, adquirindo a forma do recipiente que o contém; flui entre os dedos. • Estado Plástico: Consistência em que, pela ação de forças externas, o solo muda de forma, sem que ocorra variações volumétricas apreciáveis e sem se romper ou fissurar. • Estado Semi-sólido: Apresenta características mecânicas e de deformação semelhantes às de um sólido; entretanto o solo sofre redução de volume com a redução da w. • Estado Sólido: É caracterizado pela consistência de um sólido, com alta resistência a baixa deformabilidade. Não há variação de volume do solo com a secagem. Granulometria é a parte do estudo dos solos que define os “tamanhos” e a “quantidade” de cada tamanho existente em uma amostra de solo. Permite o conhecimento das porcentagens (em peso) das partículas em função de suas dimensões. Classificação Granulométrica → medida dos tamanhos das partículas e definição da quantidade de cada tamanho (medida da textura do solo) As partículas de um solo, grosso ou fino, não são esféricas, mas se usará sempre a expressão diâmetro equivalente da partícula quando se faz referência ao seu tamanho. Os tipos de solos são: bem graduado; uniforme; mal graduado (Por falta ou predominância das partículas). Aplicações na Engenharia da curva granulométrica: Auxilia a “sentir” a textura do solo (que solo é esse) e também será empregada na classificação de solos (próximo assunto). • Auxilia a “sentir” a textura do solo (que solo é esse) e também será empregada na classificação de solos (próximo assunto). • Pode ser usada para definir a faixa granulométrica especificada para filtro de um dreno em obras de terra (para evitar a colmatação do mesmo) • Pode ser um critério de seleção de materiais de enchimento e aterros de barragens, materiais para sub-base e base de pavimentos e agregados para concreto de CP e misturas asfálticas. • O Diâmetro efetivo, D10, pode ser correlacionado com a condutividade hidráulica (descrevendo a permeabilidade de solos). Aula 3- CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS – FOCO EM OBRAS RODOVIÁRIAS Principal objetivo para engenharia? Estimar seu provável comportamento ou ao menos orientar o programa de investigação necessário. 1 - Classificação Unificada (SUCS)- Analisando o percentual de finos. 1.1 - SUCS: Solos Grossos (P#200 < 50%) • Se < 5% passando na peneira #200 – avaliar a granulometria: Podem ser bem graduados (W) ou mal graduados (P) • Se tem mais que 12% de finos, a propriedade granulométrica já não aparece como característica secundária, pois importa mais saber das propriedades destes finos: Siltosos (M) ou Argilosos (C) • Entre 5% e 12% recomenda-se apresentar as duas características secundárias: Ex.: SP-SC (areia + mal graduada – areia + argilosa) 1.1.1 - SUCS: Solos Grossos – Se < 5% passando #200 Coeficiente de não uniformidade (amplitude do tamanho de grãos) • D60 – 60% das partículas se situam em diâmetro abaixo de D60; • D10 – 10% das partículas se situam em diâmetro abaixo de D10. • Quanto maior CNU (acima de 6), mais bem graduada é a areia. • Para CNU menores que 2 as areias são uniformes (mal graduadas). • Para pedregulho ser bem graduado CNU acima de 4. Coeficiente de curvatura (identifica melhor as descontinuidades) • CC entre 1 e 3 material bem graduado. • CC menor que 1 – curva descontínua. • CC maior que 3 - material uniforme no centro. • O sistema unificado considera que: Um pedregulho é bem graduado quando seu CNU > 4; Uma areia é bem graduada quando seu CNU > 6; E o CC esteja entre 1 e 3; Tem que atender aos dois critérios CNU e CC para ser considerado bem graduado. As areias distinguem-se pelo formato dos grãos. Os formatos tem muita importância no comportamento mecânico das areias. 1.1.2 -SUCS: Solos Grossos – Se > 12% passando #200 Então os pedregulhos ou areias devem ser identificados secundariamente como argilosos (C) ou siltosos (M). Essa definição se dá com o posicionamento dos índices de consistência na carta de plasticidade. 1.1.3 - SUCS: Solos Grossos – Se entre 5 e 12% passando #200 Recomenda-se apresentar as duas características secundárias. 1.2 - SUCS: Solos Finos (P#200 > 50%) • A compressibilidade dos solos finos é característica complementar. • Os solos costumam ser tanto mais compressíveis quanto maior seu LL. 2 - Sistema Rodoviário de Classificação (HRB) • Sistema originalmente proposto nos Estados Unidos para obras rodoviárias. • Divide os solos em dois grandes grupos: Solos Grossos (ou granulares) (%P#200 < 35); Solos Finos (%P#200 > 35) • Estas categorias são subdivididas em grupos considerando as características granulométricas do solo e os seus limites de consistência (LL e IP). 2.1 - HRB: Solos Grossos • A1a: solos grossos, menos 50% passando na #no10 (2mm), menos 30% passante na #no40 (0,42mm) e menos 15% passante na #no200. IP dos finos < 6. Pedregulhos bem graduados GW na classificação SUCS (para fins de comparação). • A1b: solos grossos, menos 50% passando na #no40 e menos 25% pass. na #no200. IP dos finos < 6. Areias bem graduadas SW no SUCS (para fins de comparação). • A2: areias finas mal graduadas com finos; subdividem-se, dependendo do IP, em: A2-4, A2-5, A2-6, A2-7 • A3: > 50% passando na #no40 e menos 10% pass. na #no200 com IP=0 (nulo). Areias finas mal graduadas SP no SUCS (para fins de comparação). 2.2 - HRB: Solos Finos • São siltes e argilas que dividem-se, dependendo do IP, em: A4, A5, A6, A7-5, A7-6 Aula 4- CONTROLE DE COMPACTAÇÃO NO CAMPO Aula 5- CBR (ISC) Pavimento Rígido: Os pavimentos rígidos, em geral associados aos de concreto de cimento Portland, são compostos por uma camada superficial de concreto de cimento Portland (em geral placas, armadas ou não), apoiada geralmente sobre uma camada de material granular ou de material estabilizado com cimento (chamada sub-base), assentada sobre o subleito ou sobre um reforço do subleito quando necessário. Pavimento Flexível: Os pavimentos flexíveis, em geral associados aos pavimentos asfálticos, são compostos por camada superficial asfáltica (revestimento), apoiada sobre camadas de base, de sub-base e de reforço do subleito, constituídas por materiais granulares, solos ou misturas de solos, sem adição de agentes cimentantes. Propriedades mecânicas dos materiais de base, sub-base e reforço do subleito Para o dimensionamento de estruturas de pavimentos, utilizam-se no país principalmente dois parâmetros de caracterização mecânica, quais sejam: •Índice de Suporte Califórnia (ISC), usado no dimensionamento convencional do DNER (Souza, 1979); •Módulo de Resiliência (MR) usado na Mecânica dos Pavimentos. Índice de Suporte Califórnia – ISC ou (California Bearing Ratio) - CBR • Foi concebido no final da década de 1920 para avaliar o potencial de ruptura do subleito, uma vez que era a patologia mais freqüentemente observado nas rodovias do estado da Califórnia naquele período (Porter, 1950). O ensaio foi concebido, portanto, para avaliar a resistência do material frente a deslocamentos significativos, sendo obtida por meio de ensaio penetrométrico em laboratório. •O método se fundamenta numa relação empírica, pois relaciona a “resistência à penetração de uma amostra de solo com a resistênciaà penetração de uma amostra padrão de brita”. • Relação entre a resistência à penetração de um cilindro padronizado numa amostra de solo compactado e a resistência do mesmo cilindro em uma pedra britada padronizada. • Permite também obter-se um índice de expansão do solo durante o período de saturação do corpo-de-prova. • Pelo valor do ISC ou CBR dimensiona-se o pavimento flexível. O ensaio é dividido em três fases: • Compactação do corpo de prova: Visando umidade ótima e densidade máxima (Lembrem do Proctor!) • Expansão: o conjunto já preparado para o ensaio, é imergido em água por no mínimo 4 dias, devendo ser realizado leituras no extensômetro a cada 24 horas. É medida a expansão do material devido a absorção d’água, colocado em imersão os CPs moldados na umidade ótima. Sobre os 3 CPs (ainda no molde) são adicionados anéis de sobrecarga (>4,5 kg, em geral 5 kg) para simular o peso do pavimento; Imersão por 4 dias; Em extensômetros instalados, é medida a expansão do solo ao longo do período de extensão (a cada 24 h). O resultado é expresso em porcentagem da altura inicial do CP. Limite aceito para expansão (aterros rodoviários) → 1 a 3% (dependendo da função da camada). De acordo com as Especificações do DNER, considera-se que os sub-leitos bons tenham expansões menores que 3%, materiais para sub-bases menores que 2% e, para bases, menores que 0,5%. • Resistência à penetração: é retirado o corpo de prova e deixado a ser drenado naturalmente por 15 minutos. Na prensa, será rompido através da penetração de um pistão cilíndrico, com uma velocidade de 1,27 mm/min. Utilizando um anel dinamômetro na prensa, registra-se os valores necessários para o cálculo das pressões de cada penetração. Consiste em fazer penetrar um pistão em uma amostra de solo e determinar as cargas correspondentes às penetrações de 0,1” e 0,2”. Estas cargas, expressas em % de cargas padrões, representam os valores de CBR para as penetrações de 0,1” e 0,2”. O método também especifica que o ensaio de penetração deve ser feito após quatro dias de imersão, para simular a pior condição possível do subleito. Resposta do Ensaio Geram-se curvas de pressão-penetração. Estas devem possuir um primeiro trecho praticamente retilíneo, característico de fase elástica, seguido de um trecho curvo, característico de fase plástica. Inflexão no início da curva tem significado de problemas técnicos de ensaio e essas curvas devem ser corrigidas. Formulações Quando as leituras referem-se a cargas e não a pressões, pode-se calcular as pressões correspondentes lembrando que a área do pistão é de aproximadamente 19,37 cm2. Considerações Finais A prática e a literatura nos permite afirmar que os siltes e outros solos expansíveis, apresentam baixos valores de CBR, inferiores a 6%, enquanto que solos finos em geral, incluindo solos arenosos, apresentam valores de CBR entre 8% e 20%. Já os solos grossos, como pedregulhos e as britas graduadas, situam-se em patamares de 50% a 100%, podendo atingir valores mais elevados. • Por que realizar este ensaio? Evitar recalques é o principal motivo • E se os resultados forem inferiores as especificações do projeto, como proceder? O projetista responsável irá avaliar a situação e dimensionará um reforço do subleito para suprir as necessidades da obra. • Costuma-se estipular que o valor máximo aceitável de expansão do subleito seja de 2%, medida axialmente, no ensaio ISC; em casos em que a expansão supere este valor, em geral sugere-se troca de solo, ou estabilização do mesmo com cimento ou cal, ou ainda a colocação de uma camada de material pétreo na dimensão de pedras (acima de 60mm), conhecida popularmente como rachão, para aumento do valor de suporte. • Para materiais de reforço do subleito, estipula-se em geral 1% como o valor máximo admissível de expansão axial e 0,5% para bases e sub-bases. • É desejável utilizar materiais pouco sensíveis à água, apresentando baixa perda de capacidade de suporte após imersão em água • Progressivamente o ISC vem sendo substituído pelo Módulo de Resiliência, ensaio que avalia o comportamento dos materiais frente à repetição de carga e pequenos deslocamentos por se aproximar da realidade de solicitação dos materiais em estruturas de pavimentos
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