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Unidade 1 Livro Didático Digital José Luciano S. de Alencar Organização, Sistemas e Métodos Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Diretora Editorial ANDRÉA CÉSAR PEDROSA Projeto Gráfico MANUELA CÉSAR ARRUDA Autor JOSÉ LUCIANO S. DE ALENCAR Desenvolvedor CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS José Luciano S. de Alencar Olá. Meu nome é José Luciano S. de Alencar. Sou formado em Administração de Empresas com Habilitação em Comércio Exterior, MBA em Gestão de Produtos e Serviços Bancários e Mestrado em Engenharia Urbana e meu propósito acadêmico é o aperfeiçoamento e na disseminação do conhecimento com foco na integridade e ética. Sou um profissional com experiência de mais de 25 anos no setor privado no segmento bancário, administrativo, financeiro e comercial, nas funções nos níveis tático de supervisão e coordenação e estratégico gerencial e direção em empresas de médio e grande porte. Meu foco profissional é a eficiência na gestão dos recursos organizacionais, por meio da superação das expectativas de negócios, com foco no cliente e nos princípios empresariais. Passei por empresas como o Banco Bamerindus S/A e HSBC Bank Brasil. Sou extremamente dedicado e apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! O AUTOR Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: ICONOGRÁFICOS INTRODUÇÃO: para o início do desenvolvimento de uma nova com- petência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamen- to do seu conheci- mento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma atividade de au- toaprendizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; SUMÁRIO História e Evolução da Teoria Administrativa, Surgimento da Administração ........................................................................................................11 A evolução histórica da administração ...........................................................................11 As Influências Filosóficas e Organizacionais na Administração ........21 A influência da Igreja Católica ...............................................................................................23 A influência da organização militar ...................................................................................25 A influência da revolução industrial ................................................................................. 26 A administração como Ciência Social Aplicada...................................................... 28 Abordagem Clássica da Administração, das Relações Humanas e Estruturalista ......................................................................................................... 32 Abordagem Clássica da Administração – Taylorismo e Fayolismo ...........33 Abordagem das Relações Humana ................................................................................. 38 Abordagem Estruturalista ....................................................................................................... 39 Abordagem Sistêmica ........................................................................................ 43 Organização Sistemas e Métodos8 UNIDADE 01 LIVRO DIDÁTICO DIGITAL Organização Sistemas e Métodos 9 Atualmente, grande parte das organizações são administradas, ainda, baseadas com princípios administrativos com mais de 50, 70 e até 100 anos de existência. Você sabia que as primeiras iniciativas da administração científica ocorreram entre as décadas de 1910 a 1950? Esses conhecimentos científicos e metodologias podem até não ser apropriados para o mundo dinâmico em que se encontram as empresas, mas muitas organizações procuram aperfeiçoá-los e adequá-los a sua realidade. Dessa forma, nesta unidade, abordaremos o contexto histórico das principais teorias administração, como também sobre as perspectivas e tendências da administração, para que possamos entender onde estamos, como chegamos aqui e para onde podemos ir. INTRODUÇÃO Organização Sistemas e Métodos10 Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 01. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos: 1. Entender os aspectos históricos e evolutivos das teorias administrativas; 2. Compreender as principais influências sobre o pensamento administrativo; 3. Conhecer as principais escolas da administração; 4. Conhecer a abordagem sistêmica aplicada e suas aplicações dentro das organizações modernas. Então? Preparado para adquirir conhecimento sobre um assunto fascinante e inovador como esse? Vamos lá OBJETIVOS Organização Sistemas e Métodos 11 História e Evolução da Teoria Administrativa, Surgimento da Administração INTRODUÇÃO: Ao término deste capítulo você será capaz de compreender como ocorreu a evolução da administração no tempo, suas influências, principais pensadores, o surgimento e quais os motivos para existir diversas teorias administrativas e sua aplicabilidade. Esse contexto será fundamental para o exercício de sua profissão. As pessoas que tentam aplicar o caráter empírico, isto é, a experiência sem um embasamento conceitual sem a devida instrução teve problemas, dificuldades e dúvidas e, por consequência, resultados não desejados ao longo de sua vida profissional. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! A evolução histórica da administração A administração em uma empresa se refere ao processo gerencial que possui como premissas básicas as funções de Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar (PODC) todos os recursos e processos organizacionais. Nessa perspectiva, deve incluir a elaboração formal e sistemática de regras e regulamentos, a tomada de decisões, o gerenciamento e a organização de sistemas e métodos visando a melhoria das atividades empresariais a fim de se atingir o objetivo social da organização. O conhecimento histórico de qualquer assunto se faz necessário para entender onde a origem do assunto, quais foram seus antecedentes e suas perspectivas e possíveis convergências. A administração não é exceção. A compreensão da evolução histórica contribui para o entendimento do contexto da época, como por exemplo entender por que as abordagens gerenciais que funcionaram em épocas anteriores não, necessariamente, funcionam no cenário atual. Organização Sistemas e Métodos12 Assim, na perspectiva de Rabelo, Zanatta, Baldino (2014), as atividades administrativas têm sua evolução no contexto científico recente na história da humanidade. Todavia, sempre permaneceu presente como atividade prática sendo considerada a arte é realizada em qualquer tipo classe e tamanho de organização. A relevância da administração para “impulsionar o crescimento das nações é inegável, mas sua reconstituição histórica nãoé tarefa fácil porque os registros, quando existem, são confusos e remotos” (IBIDEM, 2014, p. 121). Neste contexto, Silva (2001), afirma que a administração é uma atividade que se pode ser encontrada e aplicada em qualquer categoria de empreendimentos, de todos os povos, em todos os tempos históricos. O autor ainda enfatiza historicamente os grandes líderes da humanidade foram administradores, administrando países, coordenando explorações, dirigindo guerras, gerindo os esforços de outros homens. No entanto, de acordo com Gomes (2011), a administração teve seu contexto histórico iniciado em um tempo muito distante, mais exatamente no ano 5.000 A.C., na região da Suméria (Figura 1), quando os antigos sumerianos buscavam aprimorar a maneira de resolver seus problemas práticos, exercitando assim o método de administrar. Ainda, segundo a autora, posteriormente no Egito antigo, quando Ptolomeu começou “a dimensionar um sistema econômico planejado que não poderia ter- se operacionalizado sem uma administração pública sistemática e organizada” (GOMES, 2011, p. 1). Figura 1 – Sumério Fonte: Wikimedia Organização Sistemas e Métodos 13 Para Sobrinho (2010, p. 13), para dar prosseguimento a um “processo de desenvolvimento e adequação do mundo ao processo evolutivo, na China no ano de 500 a. C. houve a necessidade de ser implantado um sistema de governo organizado para o Império Chinês”. Nesse período são conhecidos “oito regulamentos e as Regras de Administração Pública de Confúcio exemplificaram a tentativa chinesa de definir regras e princípios de administração”. (GOMES, 2011, p.1). Rossés (2014), afirma que a administração, tal como conhecemos hoje, é resultado histórico e integrado de numerosos precursores, onde menções históricas mostram que até no contexto contemporâneo, diversos conceitos administrativos de mais de 1.200 a.C. ainda são frequentes e utilizados na civilização moderna. No entendimento de Chiavenato (2003): Referências pré-históricas acerca das magníficas construções erigidas durante a Antiguidade no Egito, na Mesopotâmia, na Assíria testemunharam a existência em épocas remotas de dirigentes capazes de planejar e guiar os esforços de milhares de trabalhadores em monumentais obras que perduram até nossos dias, como as pirâmides do Egito. Os papiros egípcios atribuídos à época de 1300 a.c. já indicam a importância da organização e da administração da burocracia pública no Antigo Egito. Na China, as parábolas de Confúcio sugerem práticas para a boa administração pública (CHIAVENATO, 2003, p. 26). De acordo com Ferreira (2009a), indícios pré-históricos a respeito das extraordinárias construções edificadas durante a Antiguidade no Egito, na Mesopotâmia, na Assíria, atestam a existência, em épocas longínquas, de dirigentes (administradores) com alta capacidade de planejar e conduzir os esforços de milhares de trabalhadores em monumentais obras que perduram até os nossos dias. Os papiros egípcios atribuídos a época de 1300 a.C. indicavam a relevância da organização e a administração da burocracia pública no Antigo Egito. Já na antiga China, as parábolas de Confúcio indicavam práticas para a boa administração pública (FERREIRA, 2009a, p. 1). Organização Sistemas e Métodos14 Segundo Chiavenato (2000, p. 21), a administração representa a consequência histórica e integrada de esforços e contribuições cumulativas de “numerosos precursores, filósofos, físicos, economistas, estadistas e empresários que, no decorrer dos tempos, foram, cada qual em seu campo de atividades, desenvolvendo e divulgando suas obras e teorias”. O Quadro 1, descreve os principais eventos históricos da administração. Quadro 1 - Contexto histórico da administração Anos Autores Eventos 4.000 a.C Egípcios Necessidade de Planejar, Organizar e Controlar 2.600 a.C Egípcios Descentralização da organização 2.000 a.C. Egípcios Necessidade de ordens escritas. Uso de consultorias. 1.800 a.C. Hamurabi (Babilônia) Uso de controle escrito e documental 1.491 a.C. Hebreus Conceito de Organização. Princípio escolar. 600 a.C. Nabucodonosor (Babilônia) Controle de produção. Incentivo salariais. 400 a.C. Sócrates (Grécia) Platão (Grécia) Universidade da administração Enunciado do princípio da especialização. 175 a.C. Cato (Roma) Uso de descrição de funções 284 Dioclécio (Roma) Delegação da autoridade 1436 Arsenal de Veneza Contabilidade de custos, inventários, padronização CRONOLOGIA DOS PRINCIPAIS EVENTOS DOS PRIMÓRDIOS DA ADMINISTRAÇÃO Organização Sistemas e Métodos 15 Fonte: Adaptado pela autora de Chiavenato, 2000. p. 22-23. 1525 Niccoló Machiavelli Princípio do consenso, lideranças, táticas políticas 1767 Sir James Stuart Teoria da fonte de autoridade, automação, especialização 1776 Adam Smith Princípio de especialização dos operários, conceito de controle 1799 Eli Whitney Método científico, controle de qualidade, amplitude de comando 1800 Mathew Boulton Padronização da produção, especializações, métodos de trabalho 1810 Robert Owen Práticas de RH, Treinamento para operários, casas para operários 1832 Charles Babbage Abordagem científica, divisão do trabalho, estudo do tempo 1856 Daniel C. McCallum Organograma, administração em ferrovias 1886 Henry Matcalfe ------------------------ 1900 Frederick W. Taylor Princípios da administração científica Para compreender a administração, deve-se ter um embasamento teórico por meio da perspectiva da histórica dessa área, bem como quais os fatos, acontecimentos e situações e relacioná-las com a necessidades e o contexto da época. Além do mais, quais foram os legados, práticas, experiências e conhecimentos deixados por tais situações e suas respectivas contribuições. Nessa visão, os eventos cronológicos são corroborados por Souza (2015), quando enfatiza que a história da administração se iniciou num tempo muito remoto, mais precisamente no ano 5000 a.C., na Suméria, quando esses povos antigos buscavam exercitar a arte de administrar. A autora ainda elenca e descreve que: Organização Sistemas e Métodos16 • Os babilônios deixaram à humanidade poderoso legado com o Código de Hamurabi (governador da Babilônia - 2000 a 1700 a.C.). Tratava-se de um texto de leis orientadoras do povo no princípio do trabalho; criaram o princípio da paga mínima, os primeiros modelos de contratos de trabalho e recibos de pagamento que permitiam as transações comerciais da época. O Código de Hamurabi cobre assuntos sobre vendas, empréstimos, contratos, sociedades, acordos e notas promissórias. • Dos romanos (Figura 2), herdamos os princípios do sistema semi-industrial de produção, o sistema de manufatura armamentista, a produção de cerâmica para o mercado mundial, a indústria têxtil para exportação, a criação do sistema rodoviário para distribuição de bens. Destacaram- se como grandes administradores, tendo relevante papel nas áreas de direito, administração e estratégias de guerra. O Império Romano e a Igreja Católica são exemplos de administração e competência desse povo. Figura 2 - Senado Romano Fonte: Wikimedia O Estado romano regulava todos os aspectos da vida econômica: determinava as tarefas comerciais, armazenagem, regulava corporações e usava estes rendimentos para a guerra. Era um Estado autoritário e partia de dois conceitos fundamentais: disciplina e funcionalidade; por isso, a Organização Sistemas e Métodos 17 grande contribuição romana está afeta às leis, à ação governamental, manifesta no conceito de ordem. O código do direito romano ainda é modelo para todas as civilizações. • Os gregos, cuja grande contribuição à humanidade se deu nas artes, na literatura, na dramaturgia, na língua e na filosofia, copiaram modelos de administração, direito e disciplina dos romanos. Isso porque sua filosofia de vida era ser contra a atividadeeconômica, considerada indigna para o ideal grego de homem. Assim como o trabalho manual (suar, cansar-se era impróprio de um nobre grego!), o comércio era inconcebível para a aristocracia e os filósofos gregos. Essas atividades eram consideradas inferiores e, por isso, eram realizadas por escravos. Mas, foram pródigos em deixar exemplos de liderança, luta, poder, hierarquia, todos aplicados à administração. A Grécia colaborou com vários conceitos da administração: • Democracia: administração participativa e direta. • Ética: deveria ser garantida pelos executivos. • Método: investigação e análise deveriam ser os principais instrumentos para desenvolver conhecimento. • Estratégia: organizar os meios para chegar aos fins. • Qualidade: a busca incessante do ideal. • A China foi sempre uma nação de homens sábios e proporcionou ao mundo grandes lições de administração. A Constituição CHOW WU KING (fundador da dinastia CHOW), escrita entre 1122 e 1116 a.C. pelo seu fundador, foi um exemplo de competência administrativa. Continha a relação de todo o quadro de pessoal do mais alto escalão até o mais baixo serviçal que trabalhava para o Império, com nome, função e descrição detalhada de tarefas, deveres e responsabilidades de cada um. Organização Sistemas e Métodos18 Chow escreveu: A arte da guerra de Sun Tzu, obra que tem inspirado a administração ao longo dos séculos. Mencius, 129 a.C. deixou sua contribuição através da elaboração de modelos de administração (processos) e seleção científica de trabalhadores (habilidade, traços de personalidade, conhecimento, experiência). • Os hebreus, através da Bíblia, demonstraram princípios básicos de administração. O êxodo de Moisés, por exemplo, é uma grande demonstração de competência gerencial, pois foi utilizado como política de descentralização de decisões com as primeiras ideias de núcleos organizacionais. Os 10 Mandamentos, por sua vez, trazem regras de conduta e comportamento que preservam a possibilitam a vida e a solidariedade do grupo. EXEMPLO: O conselho de Jetro A história mostra que a maioria dos empreendimentos militares, sociais, políticos, econômicos e religiosos teve uma estrutura orgânica piramidal que retrata uma estrutura hierárquica, concentrando no vértice as funções de poder e de decisão. A teoria da estrutura hierárquica não é nova: Platão, Aristóteles e Hamurabi já tratavam dela. A Bíblia relata os conselhos de Jetro, sogro de Moisés (Figura 3) e sacerdote de Midiã, que, notando as dificuldades do genro em atender ao povo e julgar suas lides, após aguardar o líder durante o dia inteiro em uma fila, à espera de suas decisões para cada caso, disse a Moisés: Não é bom o que fazes, pois tu desfalecerás, bem como este povo que está contigo pois isto é pesado demais para ti; tu não o podes fazer assim, sozinho. Organização Sistemas e Métodos 19 Figura 3 - Moisés Fonte: Pixabay Eu te aconselharei, e Deus seja contigo. Representa o povo perante Deus. Leva a Deus as suas causas, ensina-lhes os estatutos e as leis, e faze-lhes saber o caminho em que devem andar e a obra que devem fazer. Procura dentre o povo homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, aos quais aborreça a avareza. Põe-nos sobre elas, por chefes de 1.000, chefes de 100, chefes de 50 e chefes de 10, para que julguem este povo em todo tempo. Toda causa grave, trá-la-ão a ti, mas toda causa pequena, eles mesmos a julgarão. Será, assim, mais fácil para ti, e eles levarão a carga contigo. Se isso fizeres, e assim Deus to mandar, poderás então suportar e, assim, também, todo este povo tomará em paz ao seu lugar. Fonte: Chiavenato (2000, p. 21) - Êxodo (cap. 18, v. 13-27). Nesse contexto bíblico, de acordo com Chiavenato (2000), Moisés atendeu os aconselhamentos do seu sogro e planejou e estabeleceu uma pirâmide hierárquica humana escolhendo homens capazes de todo o Israel, delegando lhes autoridade como se fossem os seus representantes. “Todas as causas simples, julgaram-nas eles mesmos, enquanto apenas as mais graves trouxeram-nas a Moisés” (Idem, 2000, p. 46). Organização Sistemas e Métodos20 RESUMINDO: Conhecer as contribuições históricas de civilizações e personalidades por trás das atividades da administração permite criar um contexto a despeito da evolução das teorias administrativas. Caso você esteja familiarizado com isso, esse tópico veio reforçar seus conhecimentos, incluindo o desenvolvimento de práticas administrativas ao longo da história que trouxeram exemplos contributivos para os campos dos negócios relacionados a gestão organizacional. Dessa forma, pode-se compreender melhor os princípios da administração contemporânea no qual permitirá auxilia na eficiência gerencial. Organização Sistemas e Métodos 21 As Influências Filosóficas e Organizacionais na Administração INTRODUÇÃO: A teoria moderna da administração está diretamente ligada aos conceitos desenvolvidos ao longo da história da humanidade, principalmente nas gêneses do pensamento humano ocorridos na Grécia antiga nas figuras de Sócrates, Platão e Aristóteles. De tempos em tempos surgem novos protagonistas que imbuídos de senso crítico que buscam entender a realidade que os circundam. Esse contexto pode- se ser aplicado aos pensadores “modernos” renascentistas como Karl Max, René Descartes e Friedrich Engels. Não menos importante estão aas contribuições de organizações seculares, que baseados na organização e hierarquia para se atingir a eficiência organizacional, contribuirão com seus exemplos para o aperfeiçoamento das práticas administrativas. Por fim, eventos disruptivos como, por exemplo, a Revolução Industrial, ocorridos na Inglaterra e propagada pelo, no final do século XIX e início do século XX, também podem causar uma transformação conjuntural. Ao término deste capítulo você será capaz de compreender todo esse contexto que será fundamental para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Cronologicamente a idade antiga, ou como mais é conhecida por antiguidade, corresponde ao período histórico que se estendeu desde da criação da escrita que corresponde aos anos de 4000 a.C. a 3500 a.C. estendendo-se até a queda do Império Romano do Ocidente no ano de 476 d.C. dando início a Idade Média no século V. Nesse contexto, desde os tempos antigos, a administração recebeu forte influência da filosofia. Na Grécia antiga o filósofo grego Sócrates que, na sua celebre contenda com Nicomaquides, expõe seu entendimento sobre administração como sendo uma habilidade pessoal separada do conhecimento e da experiência técnica. Organização Sistemas e Métodos22 “Desde a antiguidade, a filosofia sugeriu muitos dos conceitos atuais de administração (CHIAVENATO, 2014, p. 26)”. Segundo Cesar (2011, p. 2), Sócrates observa a “administração como uma habilidade pessoal separada do conhecimento técnico e da experiência” e Platão (429 a.C. – 347 a.C.) discípulo de Sócrates, atentou-se aos problemas políticos e sociais, inerente ao desenvolvimento sociocultural do povo, expondo sua visão acerca da democracia de governo e de administração dos negócios públicos. Já Aristóteles (384-322 a.C.) discípulo de Platão, de acordo com Chiavenato (2014), foi o filósofo mais influente até o princípio da idade moderna, contribuindo com impulso inicial à filosofia, à cosmologia, à nosologia, à metafísica, à lógica e às ciências naturais, abrindo as perspectivas do atual conhecimento humano. De acordo com Da Silva (2017, p. 2), “a idade moderna representou uma ruptura com as estruturas sociais, econômicas, políticas, religiosas e culturais da Idade Média” e, conforme o autor, esse período foi marcado pelo desenvolvimento da ciência e da técnica”. “O Renascimento foi placo de inegáveis avanços, especialmente artísticos – na pintura, na escultura,na arquitetura - mas também científicos e culturais” (COSTA, 2016, p. 4). Segundo Chiavenato (2003, p. 30), “durante os séculos que vão da Antiguidade ao início da Idade Moderna, a Filosofia voltou-se para uma variedade de preocupações distanciadas dos problemas administrativos”. Conforme o autor, os principais dentre os principiais filósofos da idade moderna, destacam-se: • Francis Bacon (1561-1626) - filósofo e estadista inglês e fundador da Lógica Moderna baseada no método experimental e indutivo, mostra a preocupação prática de se separar experimentalmente o que é essencial do que é acidental ou acessório. Bacon antecipou-se ao princípio conhecido em Administração como princípio da prevalência do principal sobre o acessório. • René Descartes (1596-1650) - filósofo, matemático e físico francês, considerado o fundador da Filosofia Organização Sistemas e Métodos 23 Moderna, criou as coordenadas cartesianas e deu impulso à Matemática e à Geometria da época. Na Filosofia, celebrizou-se pelo livro O Discurso do Método no qual descreve seu método filosófico denominado método cartesiano. • Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895) - propõem uma teoria da origem econômica do Estado. O poder político e do Estado nada mais é do que o fruto da dominação econômica do homem pelo homem. O Estado vem a ser uma ordem coativa imposta por uma classe social exploradora. No Manifesto Comunista, afirmam que a história da humanidade é uma história da luta de classes. Homens livres e escravos, patrícios e plebeus, nobres e servos, mestres e artesãos, em uma palavra, exploradores e explorados, sempre mantiveram uma luta, oculta ou manifesta. Marx afirma que os fenômenos históricos são o produto das relações econômicas entre os homens. O marxismo foi a primeira ideologia a afirmar o estudo das leis objetivas do desenvolvimento econômico da sociedade, em oposição aos ideais metafísicos. Tais expoentes filosóficos proporcionaram diversos avanços para o pensamento administrativo para sua época, constituindo-se nos divisores temporais entre a filosofia antiga e a moderna. No entanto, Chiavenato (2014), salienta que a partir dos filósofos modernos, o campo da administração não recebeu mais suas relevantes contribuições e influências, porquanto o campo dos estudos filosóficos se distanciou dos problemas organizacionais. A influência da Igreja Católica Entre as principais organizações sociais, a igreja católica colaborou para o aperfeiçoamento da das atividades administrativas com a sua estrutura, seu método de organização. Silva (2001, p. 19), salienta que a Organização Sistemas e Métodos24 igreja católica, através dos séculos, “vem mostrando e provando a força de atração de seus objetivos, a eficácia de suas técnicas organizacionais e administrativas, espalhando-se por todo o mundo e exercendo influência”, acerca dos comportamentos das pessoas, seus fiéis. De acordo com Portugal (2017, p. 26), através dos tempos “as normas administrativas e os princípios de organização pública foram-se transferindo das instituições dos Estados para as instituições da nascente Igreja Católica e para as organizações militares”. Essa fundamentação baseia-se porque a unidade de propósitos e objetivos, que constituem os princípios fundamentais na organização eclesiástica e militar, na maioria das vezes não são encontradas na ação política dos Estados, motivada por objetivos conflitantes de cada partido, dirigente ou classe social. Ribeiro e Pavarini (2018), esclarece que esta organização denominada de Igreja Católica tem seu próprio estado de governo, constituindo-se em uma monarquia de poder absoluto com característica de um estado teocrático, possuindo suas próprias leis, possuindo como poder soberano o Papa que é nomeado para direcionar, organizar e distribuir funções entre seus subordinados conforme ilustrado na Figura 4. Figura 4: Hierarquia da igreja católica Fonte: Adaptado pela autora, Lopes Organização Sistemas e Métodos 25 A influência da organização militar A organização linear tem suas origens na organização militar dos exércitos da antiguidade e da época medieval. O princípio da unidade de comando, segundo o qual cada subordinado pode ter apenas um superior, é o núcleo das organizações militares (CHIAVENATO, 2003). De acordo com Portugal (2017) A escala hierárquica, ou níveis hierárquicos de comando, com grau de autoridade e responsabilidade, constitui um componente característico da organização militar, que são utilizadas em diversas organizações. Ao longo do tempo, e à medida que a quantidade das operações militares cresceu, aumentou a necessidade de transmitir comando para os níveis mais baixos da organização militar. Nesse contexto, podemos inferir que a organização militar influenciou diretamente no desenvolvimento de teorias da administração, como por exemplo da organização linear que possui suas origens na organização militar dos exércitos da antiguidade e na e na idade média. O princípio da unidade de comando, conforme o qual cada subordinado só pode ter um superior, fundamental para a função de liderança, representa o cerne de todas as organizações militares da época. Tavares (2012, p. 5), corrobora com essa argumentação quando afirma que “os fundamentos militares exerceram enorme influência no desenvolvimento das teorias da administração”. De acordo com a autora, podemos citar: • O princípio da unidade de comando; • A escala hierárquica; • O princípio da centralização do comando; • A descentralização da execução; a evolução do princípio de assessoria e a formação de um estado-maior na Prússia, com Frederico II; • O princípio de direção: “Todo soldado deve saber perfeitamente o que se espera dele e aquilo que ele deve fazer “, que foram os principais legados das organizações militares. Organização Sistemas e Métodos26 Quando se aborda as organizações militares, não se pode ponderar em modelo melhor de organização e administração, uma vez que a séculos vem evidenciando a eficácia de um grupo estrategicamente treinado, e quando bem gerido, se torna capaz de proezas impressionantes, conquistas e vitóriasvitorias que surpreendem até hoje (NICKEL et al, 2016). Para Chiavenato (2014), a organização militar influenciou fortemente o surgimento das teorias da administração, onde o general filósofo chinês Sun Tzu (544-496 a.C.), que ainda é venerado nos dias de hoje, escreveu um livro a respeito da arte de guerrear. Esta obra trata das estratégias para preparação dos “planos, da guerra efetiva, da espada embainhada, das manobras, da variação de táticas, do exército em marcha, do terreno, dos pontos fortes e fracos do inimigo e da organização do exército” (Ibidem, 2014, p. 37). ACESSE: A Arte da Guerra Disponível em: http://bit.ly/3bLb6Db. Acesso em 21 jan. 2020. A influência da revolução industrial A Revolução Industrial ocorrida na Europa, mais precisamente na Inglaterra no final dos anos 1700 e início do século XIX, constituiu a transição de um processo fabril artesanal para um sistema produtivo dinâmico, mecanizado e em massa e se espalhou rapidamente por todo o mundo. Nesse panorama, infere-se que a revolução industrial acarretou o desenvolvimento do sistema fabril, a ampliação dos mercados, a criação de novas tecnologias e a produção em larga escala. Esse novo paradigma incorporou grandes concentrações de trabalhadores e matérias-primas, pondo os problemas de organização, direção e controle do trabalho. Tavares (2012, p. 6), afirma que as “teorias e práticas gerenciais de hoje começaram a surgir apenas a partir da Revolução Industrial, no http://bit.ly/3bLb6Db. Organização Sistemas e Métodos 27 século XVIII”. Assim, para compreender sua concepção e evolução, uma imagem deve vir à mente: a máquina (Ibidem, 2012). Na perspectiva de Chiavenato (2014, p. 40) “a revolução Industrialsurgiu como uma bola de neve em aceleração crescente e alcançou todo seu ímpeto a partir do século XIX” possuindo duas fases: i) 1780 a 1860: Primeira Revolução Industrial ou revolução do carvão e do ferro e ii) 1860 a 1914: Segunda Revolução Industrial ou revolução do aço e da eletricidade. Para Richter e Vicenzi (2016, p. 7) “essas fases são responsáveis pela a celeridade no crescimento e desenvolvimento dos processos produtivos fabris e, por decorrência, a adoção da ciência administrativa nas organizações” e, de acordo com os autores: 1. Os principais destaques da primeira revolução industrial são: • Mecanização da indústria e agricultura, os destaques ficam para as: máquina de fiar, o tear hidráulico, o tear mecânico, o descaroçador de algodão, todas máquinas grandes, porém, foram relevantes para substituir o processo manual pelos primeiros processos industriais. • Adoção da máquina a vapor criada por James Watt, inicia- se grandes transformações nestas empresas recém saídas dos processos manuais, agora ganham ainda mais agilidade para sua produção. • Desaparecem os artesões, que até então auxiliavam de forma significativa no abastecimento de produtos; aparece a produção em larga escala nas organizações, que iniciam o processo de divisão de tarefas, um grande marco para a ciência administrativa. • Os transportes e as comunicações utilizaram a navegação a vapor e logo em seguida surgiram as hélices que substituíram as rodas propulsoras, que foram utilizados em larga escala. Na comunicação destacou-se a criação Organização Sistemas e Métodos28 do telégrafo elétrico, que foi o grande propulsor pelo rápido desenvolvimento econômico, tecnológico, social e industrial. 2. Os principais destaques da segunda Revolução Industrial: • Substituição do ferro pelo aço nos processos de industrialização. • Utilização do vapor, em detrimento da eletricidade e dos derivados de petróleo. • Surgem as primeiras máquinas automáticas e a mão de obra torna-se mais especializada. • Evolução drástica nas comunicações e nos meios de transporte. • Novos modelos organizacionais começam a surgir. • Da Europa ao Extremo Oriente, agora, já, praticamente, com todos os seus processos industrializados. Em resposta a todo esse contexto revolucionário, Marcon (2017, p. 22) salienta que a administração aparece em resposta as duas consequências provocadas pela Revolução Industrial: a) Crescimento acelerado e desorganizado das empresas que passaram a exigir uma administração científicacientifica capaz de substituir o empirismo e a improvisação. b) Necessidade de maior eficiência e produtividade das empresas, para fazer face à intensa concorrência e competição no mercado (Ibidem, 2017, p. 22). A administração como Ciência Social Aplicada Na antiguidade, o entendimento conceitual sobre a administração era que representa um estado de uma arte, tendo em vista que o que se acreditava seria realizar obras e feitos por meio de uma determinada habilidade. Desta forma tinha-se o entendimento que a arte de administrar seria a conquista de resultados por meio da aplicação de certas habilidades Organização Sistemas e Métodos 29 para atingir os objetivos pretendido. Nesse contexto, a administração era definida como sendo uma das artes mais criativas dos seres humanos, pois reunia, organiza e utiliza seus talentos e potenciais. Assim, Mattos (2009, p. 3), indaga “Administração é ciência ou arte?”. O autor esclarece que a dúvida ou necessidade de explicação se justifica pois não se trata de matéria evidente e que não explicasse dissenso, uma vez que “a assimilação do desempenho de um administrador não se faz clara nem imediata para atestar a natureza de seu saber, ao contrário de outros saberes profissionais” (Ibidem, 2009). Na concepção de Chiavenato (2014), o administrador necessita compreender e agrupar ao mesmo tempo conceitos e ação, isto é, atrelar teoria e prática, saber e aplicar, pensar e agir, pois os conceitos sem a necessária atitude não dão resultados e, na mesma relação, a ação sem conceitos necessários não produz efeitos. O autor vai mais longe ao incluir o conceito tecnológico ao caráter cientifico da administração retratando, assim, a evolução e modernização dessa área do conhecimento conforme Figura 5: A administração como ciência aplicada Fonte: Adaptado pela autora Organização Sistemas e Métodos30 Ao fazer essa nova contextualização Chiavenato (2014, p 18), argumenta que “além do mais, pela sua complexidade, a administração é simultaneamente ciência, tecnologia e arte”, esclarecendo que: • Como ciência: a administração repousa em fundamentos científicos e em metodologias e teorias sobre fatos e evidências que são analisados, experimentados e testados na prática cotidiana. Como ciência, ela define o que causa o que, por que causa e quando causa, isto é, as relações de causa e efeito. • Como tecnologia: a administração utiliza técnicas, modelos, práticas e ferramentas conceituais baseadas em teorias científicas que facilitam a vida do administrador e tornam seu trabalho mais eficaz. E como se mede isso? Por meio de resultados. • Como arte: a administração requer do administrador a leitura de cada situação em uma visão abrangente, com intuição e abordagem criativa e inovadora não somente para resolver problemas, mas, principalmente, para criar, mudar, inovar e transformar as organizações. Dessa forma Lacerda (2010) afirma que em um período dinâmico e permeados de complexidades, mudanças e incertezas os atuais, a administração torna-se uma das mais importantes áreas de atividade humana. Em complemento, podemos destacar o declara Idalberto Chiavenato (2014, p. 18), um dos principais expoentes dos estudos administrativos contemporâneos brasileiros: “cada vez mais, a administração está sendo envolvida por assuntos abstratos e complexos. No seu começo, foram eficiência e eficácia. Depois vieram a produtividade e a lucratividade. Mais adiante, mercado, excelência, estratégia, competitividade, sustentabilidade e responsabilidade social”. Organização Sistemas e Métodos 31 RESUMINDO: No contexto moderno, as ciências sociais aplicadas abrangem os estudos das relações sociais, como por exemplo os relacionamentos interpessoais e o comportamento das relações com seus meios, sejam internos ou externos. Devemos considerar que a administração como ciência constitui em uma matéria de extrema importância para a vida acadêmica, e por consequência, na trajetória profissional, tendo em vista que, direta ou indiretamente, aplica-se na no contexto pessoal e dos negócios empresariais/ organizacionais. Isso porque, as ciências sociais incluem, entre outras, economia, política, administração, psicologia, sociologia, antropologia e jurisprudência, história e linguística. As ciências administrativas possibilitam a criação e o aperfeiçoamento das organizações sociais, formais ou informais, mais eficientes e organizadas. Dessa forma, desenvolver estruturas sociais baseadas na ciência, na arte e na tecnologia contribui para que as organizações, por meio dos seus recursos, em especial o humano, consigam a continuidade de suas atividades em um cenário competitivo. As ciências sociais, por meio de suas teorias e métodos, contribuem para um melhor entendimento do contexto sistemático da realidade que envolve a sociedade contemporânea. A finalidade principal da administração como ciência social aplicada é preparar os indivíduos para que sejam profissionais competentes por meio do desenvolvimento de suas habilidades e competências, proporcionando os conhecimentos necessários para que cumpram eficazmente suas atividades ao longo de sua carreira profissional. Organização Sistemas e Métodos32 Abordagem Clássica da Administração, das Relações Humanas e Estruturalista INTRODUÇÃO: Ao término deste capítulo você será capazde compreender os principais conceitos das teorias da administração, sua evolução e aperfeiçoamento ao longo da história, as suas diferentes abordagens, bem como e suas aplicações para um melhor entendimento de suas práticas no ambiente das organizações. Este capítulo permitirá dar embasamento para discutir os fundamentos das teorias administrativas, como também analisar situações reais do seu cotidiano, seja na empresa ou na vida social. Por fim, você conhecerá as tendências atuais dessas abordagens compreendendo, assim, a evolução dos estudos e das práticas administrativas. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! A administração desde a antiguidade vem se constituindo como uma área de estudos organizacionais muito importante para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de todo tipo, segmento e tamanho de empresas públicas e privadas, bem como para a manutenção do crescimento dos negócios de qualquer organização. Sendo assim, o campo dos estudos da administração constitui uma área do conhecimento que tem por finalidade despertar à você, caro aluno, para as competências gerenciais, proporcionando uma abordagem introdutória da evolução do pensamento administrativo, bem como dos principais conceitos, dando os embasamentos necessários relacionados ao campo da administração e apresentando-lhe seus fundamentos. Chiavenato (2014, p. 21), esclarece que à medida que a administração se “defronta com novas situações no decorrer do tempo e do espaço, as doutrinas e as teorias administrativas precisam adaptar suas abordagens ou modificá-las para continuarem úteis e aplicáveis”. Ainda segundo o autor, isso esclarece a constante evolução do pensamento e dos estudos Organização Sistemas e Métodos 33 administrativos, bem como a sua abrangência e complexidade. Com efeito, a Quadro 2, elenca as principais teorias administrativas a partir da revolução industrial ocorridas no século XIX. Quadro 2 - Evolução das Teorias Administrativas Fonte: Adaptado pela autora Abordagem Clássica da Administração – Taylorismo e Fayolismo A abordagem clássica da administração teve seu início a partir do século XX, por meio dos estudos de dois engenheiros Frederick Winslow Taylor (1856- 1915), nos Estados Unidos com a Administração Cientifica e Jules Henri Fayol (1841-1925), na França com a Teoria Clássica. Mesmo sem possuir nenhuma forma de comunicação e com perspectivos e visões diferentes, conseguem desenvolver teorias que constituíram a base da abordagem clássica da administração. Ambos procuraram aumentar a eficiência das empresas, embora enfrentassem a tarefa sob diferentes perspectivas. Em função dessas duas correntes, a Abordagem Clássica da Administração é desdobrada em duas orientações diferentes e, até certo ponto, opostas entre si, mas que se complementam com relativa coerência (CHIAVENATO, 2008, p. 23), onde: De um lado, a Escola da Administração Científica, desenvolvida nos Estados Unidos, a partir dos trabalhos de Taylor. Essa escola era Organização Sistemas e Métodos34 formada principalmente por engenheiros, como Frederick Winslow Taylor (1856- 1915), Henry Lawrence Gantt (1861-1919), Frank Bunker Gilbreth (1868-1924), Harrington Emerson (1853-1931) e outros. Henry Ford (1863- 1947) costuma ser incluído entre eles pela aplicação desses principios em seus negócios. De acordo Hernández y Rodríguez (2011), Frederick W. Taylor investigou sistematicamente o trabalho humano de operações produtivas em empresas por meio de um método científico e observava que as pessoas quando elas elaboraram partes ou peças de metal para construção de edifícios (lingotes), naquele momento, cada trabalhador realizava as tarefas a sua maneira e que cada lingote era diferente um do outro em forma e custo. Não havia padrões, hoje eles são conhecidos como padronização de operações para qualidade, para a produção de um objeto e o serviço que facilita sua medicação. Taylor afirmou assinado: • Não existe um sistema de trabalho eficaz. • Não há incentivos econômicos para os trabalhadores melhorarem seu trabalho. • As decisões são tomadas militarmente e empiricamente, e não pelo conhecimento científico. • Os rabalhadores são contratados independentemente de suas habilidades e aptidões. Para resolver esse problema, ele selecionou os melhores trabalhadores e métodos de trabalho e determinou os tempos que cada movimento ou sub- operação do processo de produção deveria ocupar, para que os fabricantes fossem bem executados, apesar da velocidade. Da mesma forma, estabeleceu postos-chaves ou requisitos de conformidade de qualidade e chamou padrão de indicação de como e em quanto tempo algo deve ser feito a critério da empresa (Hernández y Rodríguez, 2011). No entanto, Maximiano (2000) afirma que, em 1903, Taylor apresentou à Sociedade Americana de Engenheiros Mecânicos o estudo Shop Management um pequeno livro de que foi publicado oito anos Organização Sistemas e Métodos 35 antes de seu famoso livro princípios de administração científica, sendo considerado um verdadeiro clássico das teorias da administração, no qual propunha sua filosofia de administração, que compreendia quatro princípios (Ibidem, 2000, p. 56): 1. O objetivo da boa administração era pagar salários altos e ter baixos custos de produção; 2. Com esse objetivo, a administração deveria aplicar métodos de pesquisa para determinar a melhor maneira de executar tarefas; 3. Os empregados deveriam ser cientificamente selecionados e treinados, de maneira que as pessoas e as tarefas fossem compatíveis; 4. Deveria haver uma atmosfera de íntima e cordial cooperação entre a administração e os trabalhadores, para garantir um ambiente psicológico favorável à aplicação desses princípios. Tais premissas foram melhor expostas no livro, de 1911, sob o título de The Principles of Scientific Management. Nesse livro, Maximiano (2000, p. 57), enfatiza que Taylor ao mesmo tempo apresentou um conceito extremamente importante: “ele insistiu na distinção entre a filosofia (ou conjunto de princípios) e as técnicas (ou mecanismos) da administração científica”, onde os mecanismos, ou técnicas, seriam: os estudos de tempos e movimentos, a padronização de ferramentas e instrumentos, a padronização de movimentos e o sistema de pagamento de acordo com o desempenho. Nessa perspectiva, Taylor compreendia as técnicas da eficiência como maneiras de pôr em prática os princípios da administração científica, a qual seria, no seu entendimento, “uma revolução mental, uma revolução na maneira de encarar o trabalho e as responsabilidades em relação à empresa e aos colegas” (MAXIMIANO, 2000). Organização Sistemas e Métodos36 De outro lado, a corrente dos Anatomistas e Fisiologistas da organização, desenvolvida na França, com os trabalhos pioneiros de Fayol Essa escola teve como expoentes: Henri Fayol (1841-1925), James D. Mooney, Lyndall F. Urwick (1891-1979), Luther Gulick entre outros. A essa corrente chamaremos Teoria Clássica. A preocupação básica era aumentar a eficiência da empresa por meio da forma e disposição dos órgãos componentes da organização (departamentos) e de suas inter- relações estruturais. Daí a ênfase na anatomia (estrutura) e na fisiologia (funcionamento) da organização. Nesse sentido, a abordagem da Corrente Anatômica e Fisiologista é uma abordagem inversa à da Administração Científica: de cima para baixo (da direção para a execução) e do todo (organização) para as suas partes componentes (departamentos). Predominava a atenção para a estrutura organizacional, para os elementos da Administração, os princípios gerais da Administração e a departamentalização. Fayol observou que o empirismo reinou na administração de empresas. Cada gerente (chefe ou diretor) governa ou dirige à sua maneira, sem se preocupar se há leis que regem a boa administração. Épor isso que é conhecida como escola de administração (HERNÁNDEZ Y RODRÍGUEZ; MARTÍNEZ, 2011). No ano de 1916, Fayol publica o livro sob o título de “Administration Industrielle et Générale”. De acordo com Marcon (2017), nessa obra, Fayol expôs as funções universais da Administração, por meio das quais determina o ato de administrar como sendo: Prever, Organizar, Comandar, Coordenar e Controlar. Complementarmente, Alfaya (2015, p. 27), relata que Fayol também “identificou 14 princípios que devem ser adotados para que a administração seja eficaz, se constituindo uma condição prescritiva para a administração universal, que segundo Fayol devem ser aplicadas de modo flexível”. Maximiano (2000, p. 61/62), afirma que “Fayol completa sua teoria com essas 14 princípios que devem ser seguidos para que a administração da empresa se torne eficaz”, são eles: Organização Sistemas e Métodos 37 1. Divisão de trabalho, a designação de tarefas especificas para cada indivíduo, resultando na especialização das funções e separação dos poderes. 2. Autoridade e responsabilidade, sendo a primeira o direito de mandar e o poder de se fazer obedecer, e a segunda, a sanção - recompensa ou penalidade - que acompanha o exercício do poder. 3. Disciplina, o respeito aos acordos estabelecidos entre a empresa e seus agentes. 4. Unidade de comando, de forma que cada indivíduo tenha apenas um superior. 5. Unidade de direção, um so chefe e um so programa para um conjunto de operações que visam ao mesmo objetivo. 6. Subordinação do interesse individual ao interesse geral. 7. Remuneração do pessoal, de forma equitativa e com base tanto em fatores externos quanto internos. 8. Centralização, o equilíbrio entre a concentração de poderes de decisão no chefe, sua capacidade de enfrentar suas responsabilidades e a iniciativa dos subordinados. 9. Cadeia de comando (linha de autoridade), ou hierarquia, a serie dos chefes desde o primeiro ao último escalão, dando-se aos subordinados de chefes diferentes a autonomia para estabelecer relações diretas (a ponte de Fayol). 10. Ordem, um lugar para cada pessoa e cada pessoa em seu lugar. 11. Equidade, o tratamento das pessoas com benevolência e justiça, não excluindo a energia e o rigor quando necessários. 12. Estabilidade do pessoal, a manutenção das equipes como forma de promover seu desenvolvimento. Organização Sistemas e Métodos38 13. Iniciativa, que faz aumentar o zelo e a atividade dos agentes. 14. Espirito de equipe. Fayol destacou enfaticamente que a administração, seus princípios, processos e técnicas têm aplicação universal, não importando qual seja o tipo ou segmento, o tamanho de organização ou empresa, se é pública ou privada, nacional ou internacional, sendo possível aplicar seus princípios e processos administrativos. Abordagem das Relações Humana A Teoria das Relações Humanas, também chamada Escola Humanística da Administração, teve seu início Estados Unidos e possibilitou desenvolvimento das ciências sociais, de maneira especial da psicologia. Surgiu, basicamente, como um movimento de reação e oposição à teoria clássica da administração. Entre seus principais expoentes está George Elton Mayo (1880–1949), psicólogo australiano, professor sociólogo e pesquisador das organizações, como uma referência importante, que conduziu o famoso Experimento Hawthorne. A teoria, desenvolvida a partir de estudos empíricos realizados nas décadas de 1920 e 1930, sustenta que atitudes, relacionamentos e estilos de liderança desempenham um papel fundamental no desempenho de uma organização. Segundo Ferreira (2009b, p. 1), o advento da Teoria das Relações Humanas se deve aos seguintes fatos: • A necessidade de humanizar e democratizar a Administração, libertando-a dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e adequando-a aos novos padrões de vida do povo americano. Nesse sentido, a Teoria das Relações Humanas constitui um movimento tipicamente americano e voltado para a democratização dos conceitos administrativos. • O desenvolvimento das ciências humanas – principalmente a psicologia e a sociologia – sua crescente influência intelectual e suas primeiras aplicações à organização Organização Sistemas e Métodos 39 industrial. As ciências humanas vieram demonstrar a inadequação de alguns princípios da Teoria Clássica. • As ideias da filosofia pragmática de John Dewey (1890- 1952) e da Psicologia Dinâmica de Kurt Lewin (1890- 1947) foram capitais para o humanismo na Administração. Elton Mayo (1880-1949) é o fundador da escola. Dewey e Lewin contribuíram fortemente para a sua concepção. A sociologia de Vilfredo Pareto (1848-1923) foi fundamental. • As conclusões da Experiência de Hawthorne, realizada entre 1927 e 1932, sob a coordenação de Elton Mayo, pondo em xeque alguns postulados da Teoria Clássica da Administração. SAIBA MAIS: A Hawthorne da Western Electric era uma cidade dentro de uma cidade. Uma fábrica com departamentos de polícia e bombeiros, casa de força, usinas de gás e abastecimento de água. A Hawthorne Works era um grande complexo fabril da Western Electric Company em Cicero, Illinois foi inaugurada em 1905 e operou até 1983. No auge de suas operações, Hawthorne empregava 45.000 trabalhadores, produzindo grandes quantidades de equipamentos telefônicos, mas também uma grande variedade de produtos de consumo. Essencialmente, “essas conclusões diziam que o desempenho das pessoas era determinado não apenas pelos métodos de trabalho, segundo a visão da administração cientifica, mas também pelo comportamento” (Ibidem, 2000). Abordagem Estruturalista Ao término da década de 1950, a abordagem das relações humanas começou entrar em decadência, permitindo o começo da abordagem estruturalista, o que consiste uma visão crítica da organização formal. Organização Sistemas e Métodos40 Essas transições entre correntes de pensamentos são normais pois, à medida que a administração se defronta com novas conjunturas no decorrer do tempo e do espaço, as doutrinas e as teorias administrativas necessitam afeiçoar suas abordagens ou modificá-las para permanecerem úteis e aplicáveis.” Isso explica, em parte, os gradativos passos da administração, bem como a sua abrangência e complexidade”. CHIAVENATO (2014, p. 22). Assim, Motta (1970, p. 24), afirma que o termo estrutura pode ser utilizado “tanto nas ciências físicas quanto nas sociais e em termos amplos significa tudo o que a análise interna de uma totalidade revela, ou seja, elementos, suas inter-relações, disposição” e que a definição de estrutura é, de maneira especial, relevante para a ciência já que pode ser aplicado a coisas diferentes, permitindo a comparação. Da Silva (2018), conceitual o estruturalismo como sendo uma metodologia analítica e comparativa que analisa os elementos e os fenômenos correlacionando com a uma totalidade, salientando o seu valor de posição além de que: • Faz uma análise interna de uma totalidade em seus elementos constitutivos, sua disposição, suas inter- relações. • O todo é maior do que a simples soma das partes: para que haja estrutura é necessário que existam entre as partes outras relações que não a simples justaposição, e que uma das partes manifeste propriedades que resultam da sua dependência à totalidade. A estrutura de uma organização é seu próprio modelo, mais ou menos estável, onde fatores como autoridade (hierarquias) e comunicação aparecem. Assim, de acordo com Boteon (2017, p. 10), a abordagem estruturalista se classifica em: • Modelo Burocrático de Organização (Em Busca da Organização Ideal ‐ 1909) - Teoria da Burocracia – ainda considera o sistema fechado (preocupada apenas com os Organização Sistemas e Métodos 41 aspectos internos da organização), forte ênfase na divisão racional do trabalho (regras e normas). • Teoria Estruturalista da Administração (Ampliandoos Horizontes da Empresa - 1947) ‐ Teoria Estruturalista – começa a considerar a relação organização‐ambiente e a concepção de uma organização de sistema aberto, utilizando as visões da teórica clássica, humanística e burocrata. Com o aumento da produção industrial, foi necessário criar modelos para garantir o processo da industrialização, e um dos autores, o economista e sociólogo Max Weber, considerado o “pai” da Teoria Burocrática, teve relevante importância para novos administradores na busca de inspirações para a nova fase da administração. Quando sugeriu esta abordagem, tinha em mente demonstrar que a burocracia continha amplos benefícios e que considerava um modelo para organizar os trabalhos que tinha como propósito de facilitar e melhorar as rotinas trabalho. Devido aos problemas que Weber via com autoridade tradicional, ele favorecia uma abordagem mais racional para administrar uma organização e ajudá-la a alcançar seus objetivos. Há duas partes na Teoria Burocrática de Max Weber: 1. Uma hierarquia organizacional específica - Uma hierarquia organizacional define como as pessoas são estruturadas e se encaixam dentro de uma organização. Weber queria que cada hierarquia tivesse o que chamava de autoridade legal-racional. Isso constitui que a autoridade definida fica com uma posição, não com uma pessoa e, dessa forma, autoridade vem da posição que você ocupa na hierarquia. 2. Regras pré-estabelecida para tomada de decisão - Weber se referiu a isso como regras de tomada de decisão racional-legal. Isso significa que deve haver um conjunto de regras e procedimentos explícitos que definam como a organização funciona e que essas regras devem ser consistentes com as regras e leis da sociedade em geral. Organização Sistemas e Métodos42 RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo desta unidade letiva, vamos resumir tudo o que vimos. Nesta unidade você teve a oportunidade de conhecer os primórdios das teorias administrativas, seus principais expoentes e como e por que eles desenvolveram suas pesquisas. Soube mais sobre a gêneses da administração, ou seja, a Abordagem clássica da administração baseadas nas escolas Taylorista e Fayolista. Conheceu também a transição da abordagem clássica mais mecanicista para a 2.2 Abordagem das Relações Humanas, uma compressão mais humanizada da administração que possibilitou desenvolvimento das ciências sociais, de maneira especial da psicologia. E finalmente compreendeu a abordagem estruturalista que também representou uma nova transição das teorias administrativas. Saiba que transições em corrente de pensamento são normais tendo em vista que a administração sempre se confronta com novas situações e, dessa forma, precisam ser aperfeiçoadas para continuarem a serem úteis e aplicáveis. Organização Sistemas e Métodos 43 Abordagem Sistêmica INTRODUÇÃO: Ao término deste capítulo você será capaz de entender como surgiu a abordagem sistêmica na administração, bem como as definições, conceitos e as premissas sistêmicas. Conhecerá quais são os tipos de sistemas, as classificações hierárquicas dos sistemas e conseguirá compreender como essa abordagem se aplica nas organizações modernas e como sua metodologia contribui para que essas organizações consigam se manter ativas e dinâmicas pois sem o devido embasamento poderiam ter problemas os elementos e fatores que permeio seu meio prejudicando, assim, sua sobrevivência. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Um sistema “é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam determinada função” (OLIVEIRA, 2002, p. 6). Para Chiavenato (2011, p. 380), sistema é “um conjunto de elementos, dinamicamente relacionados, formando uma atividade para atingir um objetivo, operando sobre dados/energia/ matéria para fornecer informação/energia/matéria”. No entanto, para Carpejani e Souza (2013, p. 136), esclarecem que a definição mais apropriada, é quando se considera o sistema como “qualquer entidade conceitual ou física, composta por partes inter-relacionadas, interatuantes ou interdependentes, dotada de um objetivo”. Assim, os autores esclarecem que a Abordagem Sistêmica na administração é uma área específica da teoria geral de sistemas e fundamenta-se em três premissas básicas (IBIDEM, 2013, p, 136): 1. Os sistemas existem dentro de sistemas; 2. Os sistemas são abertos, caracterizados por um processo de intercâmbio com o ambiente e; 3. As funções de um sistema dependem de sua estrutura. Organização Sistemas e Métodos44 O ponto de vista sistêmico busca demonstrar que a organização necessita ser administrada como um todo complexo, em oposição a focar as partes em separado, onde os parâmetros de um sistema são classificados com: entrada, processamento, saída, retroação e ambiente (Ibidem, 2013). NOTA: Empresas são sistemas compostos por muitos subsistemas. Cada subsistema também é um sistema. Os gestores de uma empresa devem ter a visão do conjunto e de suas partes, bem como do inter-relacionamento entre as mesmas. Também precisam levar em consideração que, em um sistema, um evento altera e afeta o todo. Como os sistemas se deterioram, é preciso conhecer as medidas necessárias para evitar a degradação e fazer com que o conjunto sobreviva e obtenha êxito. Verifica-se que as noções sistêmicas, quando presentes nas empresas, as tornam mais preparadas para lidar com suas questões internas, seja qual for seu porte - micro, pequena, média ou grande empresa. Fonte: Silva, Santos e Konrad (2016, p. 1). 1. Insumos (entradas, inputs): energia utilizada para o funcionamento do sistema: recursos humanos, matérias, financeiros e tecnológicos. 2. Processamento (throughput): é o tipo de estrutura ou arrumação adotada pela organização, que viabilize a transformação dos insumos recebidos em algum produto ou item predeterminado. Essa estrutura pode variar de organização para organização em função do tipo, natureza e da tecnologia empregada nos processos. 3. Saídas (produto, output): é o insumo, após ser processado, em forma de produtos para ser colocado no ambiente. Organização Sistemas e Métodos 45 Figura 6 - Estrutura e Componentes de um Sistema Fonte: Adaptado pela autora, Carpejani e Souza 4. Entropia: tendência que os organismos têm em desagregar, diferentemente de uma máquina, que se ao ser usada exaustivamente vai romper e parar de funcionar, sistema fechado, gerando a entropia negativa, sem condições de adequações e/ ou transformações, apenas a ruptura em si. 5. Homeostase: é o inverso da entropia, comparado ao sistema biológico ou social, chamado de sistema aberto, o processo homeostase sempre está presente de forma automática, quando ocorre algum problema no sistema, similar ao nosso organismo, pois quando temos alguma doença o nosso organismo nos avisa com sintomas e imediatamente inicia a produção de anticorpos. Nas organizações esse processo de homeostase também ocorre, porém não de forma automática, como em nosso corpo, cabe à organização criar mecanismos e dispositivos Organização Sistemas e Métodos46 para perceber o problema e efetuar a correção ou reabilitação do processo. 6. Retroalimentação (realimentação, feedback): é a sua capacidade de resposta em relação a um problema já ocorrido. 7. Nesse contexto, Carvalho (2008), que na abordagem administrativa sistêmica, as organizações agem como um sistema, em que o contexto geral se sobrepuja ao individual, permitindo uma visão mais abrangente e, dessa forma, permitindo uma análise, que ao mesmo tempo profunda e mais ampla das organizações. Todavia, Chiavenato (2014, p. 465.), esclarece que existem diversos tipos de sistemas e múltiplastipologias para classificá-los, no qual, os tipos de sistemas são: Quanto à sua constituição, os sistemas podem ser físicos ou abstratos: 1. Sistemas físicos ou concretos: São compostos de equipamentos, maquinaria, objetos e coisas reais. São denominados hardwares. Podem ser descritos em termos quantitativos de desempenho. • Sistemas abstratos ou conceituais: são compostos de conceitos, filosofias, planos, hipóteses e ideias. Aqui, os símbolos representam atributos e objetos, que, muitas vezes, só existem no pensamento das pessoas. São denominados softwares. 2. Quanto à sua natureza, os sistemas podem ser fechados ou abertos: • Sistemas fechados: não apresentam intercâmbio com o meio ambiente que os circunda, pois são herméticos a qualquer influência ambiental. Sendo assim, não recebem influência do ambiente nem o influenciam. Não recebem nenhum recurso externo e nada produzem que seja Organização Sistemas e Métodos 47 enviado para fora. A rigor, não existem sistemas fechados na acepção exata do termo. A denominação sistemas fechados é dada aos sistemas cujo comportamento é determinístico e programado e que operam com pequeno e conhecido intercâmbio de matéria e energia com o meio ambiente. Também o termo é utilizado para os sistemas estruturados, em que os elementos e as relações combinam-se de maneira peculiar e rígida, produzindo uma saída invariável. São os chamados sistemas mecânicos, como as máquinas e os equipamentos. • Sistemas abertos: apresentam relações de intercâmbio com o ambiente por meio de inúmeras entradas e saídas. Os sistemas abertos trocam matéria e energia regularmente com o meio ambiente. São adaptativos, isto é, para sobreviver, devem reajustar-se constantemente às condições do meio. Mantêm um jogo recíproco com o ambiente e sua estrutura é otimizada quando o conjunto de elementos do sistema se organiza por meio de uma operação adaptativa. A adaptabilidade é um contínuo processo de aprendizagem e de auto-organização. Richter e Vicenzi (2016, p. 159), ”tem como base estudos em conceitos e princípios de várias ciências, que são estudados para compreender como um determinado fenômeno”. Assim, Pizza Junior (1986, p. 78), ressalta que quanto a abordagem hierárquica clássica do enfoque sistêmico, são divididos: • Ecossistema - o universo, da maneira mais ampla, e que, como sistema, faz de todos os demais sistemas partes suas. • Metassistema - o sistema que está além do, sistema; tratando-se de organizações, o metassistema é as instituições. • Sistema - conjunto de partes interdependentes que desempenha uma função determinada. Organização Sistemas e Métodos48 • Subsistema - menor conjunto significativo integrante do sistema. Conceito fundamental para os que se utilizam da abordagem sistêmica para a análise e compreensão das organizações; todo sistema é, ao mesmo tempo, sistema e subsistema; todo subsistema é, ao mesmo tempo, subsistema e sistema, sendo uma coisa ou outra, dependendo da referência. De acordo com Chiavenato (1993, p. 409), na abordagem sistêmica, as leis universais que regem os sistemas são: • Todo sistema é composto por subsistemas, ou seja, ele pode ser decomposto em várias partes; • Todo sistema se expande, ou seja, faz parte de um sistema maior; • Homeostase: o sistema sempre tende ao equilíbrio; • Sinergia: as partes do sistema podem interagir para fazer algo que as partes trabalhando isoladamente não conseguiriam. Em complemento, Araujo e Gouveia (2016, p. 11), genericamente, todos os sistemas apresentam 04 propriedades que estão diretamente interrelacionadas com a sua própria acepção, sendo: 1. Propósito ou objetivo: Todo sistema tem um ou alguns propósitos ou objetivos. As unidades ou elementos, bem como os relacionamentos, definem um arranjo que visa sempre a um objetivo a alcançar. Sem esse objetivo definido, as unidades que desempenham tarefas e papéis específicos frutos justamente do objetivo, não sabem porque realizar seu trabalho. Através do objetivo de um sistema, as atividades a serem realizadas são definidas e realizadas. Não podemos trabalhar sem um propósito, senão o sistema corre o risco de não existir. A figura a seguir ilustra com humor, a dificuldade em realizar tarefas quando o objetivo não está claramente definido e entendido por todos os elementos integrantes do sistema. Organização Sistemas e Métodos 49 2. Globalismo ou totalidade: Qualquer estimulação em qualquer unidade do sistema afetará todas as demais unidades, devido ao relacionamento existente entre elas. O efeito total dessas mudanças ou alterações se apresentará como um ajustamento de todo o sistema. 3. Entropia: Originalmente, “entropia” (troca interior) surgiu do grego entrope = uma transformação; em (en - em, sobre, perto de...) e sqopg (tropêe - mudança, o voltar- se, alternativa, troca, evolução...). É a tendência que os sistemas têm para o desgaste, para a desintegração, para o afrouxamento dos padrões e para um aumento da aleatoriedade. À medida que a entropia aumenta, os sistemas se decompõem em estados mais simples, levando-os à degradação, desintegração e ao seu desaparecimento. Segundo Bertalanffy (1977) entropia é um fato observado que, através do Universo, a energia tende a ser dissipada de tal modo que a energia total utilizável se torna cada vez mais desordenada e mais difícil de captar e utilizar. 4. Homeostasia: De origem grega, a palavra homeostasia significa equilíbrio, homeos = semelhante; statis = situação. Hipócrates acreditava que o organismo possuía uma forma de ajuste para manter sua estabilidade, afirmando que as doenças eram curadas por poderes naturais, isto é, dentro dos organismos existiriam mecanismos que tenderiam a ajustar as funções quando desviadas de seu estado natural. Na perspectiva moderna da administração a palavra-chave, e a principal dica, é possuir uma visão aberta sobre as organizações. Sendo assim, Pizza Junior (1986), afirma que a respeito do conceito de sistema aberto, vital para a aplicação da Teoria Geral de Sistemas nas organizações, Buckley (1981, p. 81), destaca que o fato de um “sistema ser aberto significa não apenas que ele se empenha em intercâmbios com o meio, como também que esse intercâmbio é um fator essencial, que Organização Sistemas e Métodos50 lhe sustenta a viabilidade, a capacidade reprodutiva ou continuidade e a capacidade de mudar”. Reconhecendo as significações da abordagem sistêmica, pode-se inferir que, analisando a Figura7, que a empresa é um sistema aberto, em razão da sua interação com o meio ambiente externo. Figura 7 - Organização Moderna - Sistema Aberto Fonte: Adaptado pela autora, Silva Santos e Konrad (2016) “As organizações são abordadas como sistemas abertos, com interação e independência entre as partes e com o ambiente que o envolve” (CHIAVENATO, 2003, p. 496). Assim, Silva, Santos e Konrad (2016, p. 8), esclarecem que: • Sistema aberto em um dinâmico relacionamento com seu ambiente, recebendo vários insumos (entradas), transformando esses insumos de diversas maneiras (processamento ou conversão) e exportando os resultados na forma de produtos ou serviços (saídas); • A empresa capta no meio externo os recursos brutos, processa e devolve ao ambiente externo em forma de Organização Sistemas e Métodos 51 bens, serviços prestados, ou informações, atendendo às necessidades da sociedade; • No decorrer desse processo, podem ocorrer desvios e resultados insatisfatórios; a retroalimentação permite a correção desses desvios, a fim de que se possam alcançar os objetivos satisfatoriamente; • O planejamento estratégico é elaborado sob condições e variáveis ambientais, esse fato só é possível devido à empresa ser um sistema aberto e estar em constante interação com o ambiente. • Toda e qualquer tipo de organizaçãocriados pelo podem ser consideradas um sistema no qual necessita de uma dinâmica interativa com o meio que a cerca, sejam com o governo, sociedade, clientes ou fornecedores. Um sistema em constante integração deve trabalhar de maneira harmoniosa a fim de que se possa atingir os objetivos pela qual foi criada. MODELO DE HOMEM O homem funcional, presente na teoria sistêmica, comporta-se em um dos papéis dentro da organização, inter-relacionando-se com os demais indivíduos, como um sistema aberto. Em suas ações, em um conjunto de funções, mantém expectativas quanto ao papel dos demais participantes e procura enviar aos outros as suas expectativas. Seu comportamento organizacional é traduzido como interativo, participativo e grupal, pois interage como elemento do sistema social existente, de acordo com seus valores, normas e função. O sistema de motivação a ser adotado para incentivar o homem funcional deverá ser o multimotivacional, buscando dessa forma, satisfazer a suas necessidades, expectativas dentro do contexto organizacional em que se encontra. Fonte: Carpejani e Souza (2013, p. 142). Organização Sistemas e Métodos52 RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que que na abordagem sistêmica, um sistema constitui um conjunto de partes interagentes e interdependentes formando um todo com a finalidade pré-determinada para realizar uma função estabelecida. Soube que nessa teoria os sistemas visam evidenciar que uma organização precisa ser administrada como sendo um organismo complexo, focada na individualidade de suas em detrimento de seu todo. Organização Sistemas e Métodos 53 REFERÊNCIAS ALFAYA, T. V. Teoria Geral da Administração. IMES. Instituto Mantenedor de Ensino Superior Metropolitano. 2015. Disponível em: http://bit.ly/2UIIgxb. Acesso em: 18 jan. 2020. ARAUJO, A. C. M. GOUVEIA, L. B. Uma revisão sobre os princípios da teoria geral dos sistemas. Estação Científica - Juiz de Fora, nº 16, julho – dezembro / 2016. 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