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Natureza jurídica 
 
a) Bilateral ou sinalagmático — os direitos e deveres são 
proporcionais para ambas as partes. 
b) Oneroso — o prêmio representa a remuneração a ser paga pelo 
segurado ao segurador. Vigendo o contrato, os prêmios pagos não são 
irrepetíveis, haja vista sua natureza aleatória. 
c) Consensual se forma pela vontade das partes, pelo consenso. 
d) Aleatório — é aquele que sua natureza apresenta o risco. 
Atenção: Parte da doutrina sustenta a natureza comutativa do contrato 
de seguro, tendo em vista que o risco poderia ser determinado com base em 
cálculos. 
e) Adesão — aquele autorizado por autoridade competente ou 
estipulado por uma das partes, em regra a seguradora. 
 
Preceitos do contrato 
 
O contrato de seguro deverá ser feito por escrito, vedada a forma verbal. 
A proposta é fase contratual em que dever estar presente a boa-fé objetiva, 
pois o segurado obriga-se a prestar todas as informações com base na 
lealdade e na confiança, tornando possível à seguradora avaliar os riscos, 
aceitar ou não o contrato e o prêmio a ser pago. 
E a apólice ou o bilhete de seguro serão nominativos, à ordem ou ao 
portador, mencionando os riscos assumidos, o início e o fim de sua validade, o 
limite da garantia e o prêmio devido, e, quando for o caso, o nome do segurado 
e o do beneficiário. 
Assim, esse contrato apresenta uma interpretação restritiva, não sendo 
possível a ampliação da álea e dos termos. 
 
Atenção: No seguro de pessoas, a apólice ou o bilhete não podem ser 
ao portador. 
 
O cosseguro está disciplinado no art. 761, do CC e trata-se de uma 
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operação securitária em que duas ou mais seguradoras, com a concordância 
do segurado, compartilham, em percentuais previamente estabelecidos, os 
riscos de uma apólice de seguro, respondendo cada cossegurador unicamente 
pelo limite da responsabilidade assumida. No cosseguro também é admitida a 
pluralidade de apólices para cada cosseguradora e não existindo 
responsabilidade solidária entre elas. 
É nulo o contrato de seguro em que tenha por objeto a cobertura de 
atividades ilícitas ou de ato doloso do segurado. Nesse caso é atingido o plano 
de validade do negócio jurídico, tratando-se de nulidade textual, consoante a 
conjugação dos artigos 104, 166, VI, e 762 da norma civilista. 
Não terá direito à indenização o segurado que estiver em mora no 
pagamento do prêmio e se ocorrer o sinistro antes de sua purgação. A regra 
em questão é um meio de exceção do contrato não cumprido, e não forma de 
resolução do contrato. 
Salvo disposição especial, o fato de o risco não ter sido verificado, em 
previsão do qual se faz o seguro, não exime o segurado de pagar o prêmio. 
A boa-fé objetiva se encontra destacada nos arts. 765 e 766 do da lei 
civil. Conforme a matéria sob comento, importa mencionar a VII Jornada de 
Direito Civil: 
Arts. 765 e 766 — Impõe-se o pagamento de indenização do seguro 
mesmo diante de condutas, omissões ou declarações ambíguas do segurado 
que não guardem relação com o sinistro. (Enunciado n. 585) 
Atenção: Sobre o tema veja a Súmula n. 302, do STJ — “É abusiva a 
cláusula contratual de plano de saúde que limita no tempo a internação 
hospitalar do segurado”. 
Atenção: Importa ainda mencionar a Súmula n. 469 do STJ dispondo 
que “Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de 
saúde”. 
Conforme o art. 767 do CC, no seguro à conta de outrem, o segurador 
pode opor ao segurado exceções que contra o estipulante, por 
descumprimento das normas de conclusão do contrato, ou de pagamento do 
prêmio. 
O segurado perderá o direito à garantia se agravar intencionalmente o 
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risco objeto do contrato. 
Atenção: Súmula n. 465 do STJ. Ressalvada a hipótese de efetivo 
agravamento do risco, a seguradora não se exime do dever de indenizar em 
razão da transferência do veículo sem a sua prévia comunicação. 
O dever de informação, ligado à boa-fé, está presente no art. 769 do CC. 
Note que, salvo disposição em contrário, a diminuição do risco no curso 
do contrato não acarreta a redução do prêmio estipulado; mas, se a redução do 
risco for considerável, o segurado poderá exigir a revisão do prêmio, ou a 
resolução do contrato. A falta de comunicação do sinistro é apresentada pela 
lei no art. 771, assegurando que: “sob pena de perder o direito à indenização, o 
segurado participará o sinistro ao segurador, logo que o saiba, e tomará as 
providências imediatas para minorar-lhe as consequências. Parágrafo único. 
Correm à conta do segurador, até o limite fixado no contrato, as despesas de 
salvamento consequente ao sinistro.” 
Atenção: O atraso não motivado acarreta a perda do direito à 
indenização. 
Caso haja mora do segurador no pagamento do sinistro, o mesmo será 
obrigado à atualização monetária da indenização devida acordo com índices 
oficiais regularmente estabelecidos, sem prejuízo dos juros moratórios (art. 772 
do CC). 
O art. 773 CC apresenta penalidade à seguradora que age de má-fé. De 
modo a garantir um pacto equilibrado e seja protegida a função social do 
negócio, reza o art. 774 do CC que a recondução tácita do contrato pelo 
mesmo prazo, mediante expressa cláusula contratual, não poderá operar mais 
de uma vez. 
O corretor de seguros é o agente autorizado do segurador e presumem-
se seus representantes para todos os atos relativos aos contratos que 
agenciarem. 
Na hipótese de o corretor causar danos ao segurado, a seguradora 
responderá solidariamente com o mesmo ou por ele. 
O segurador é obrigado a pagar em dinheiro o prejuízo resultante do 
risco assumido, salvo se convencionada a reposição da coisa (art. 776, CC). 
Atenção: Súmula n. 188 do STF. “O segurador tem ação regressiva 
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contra o causador do dano, pelo que efetivamente pagou, até ao limite previsto 
no contrato de seguro”. 
 
Seguro de dano (arts. 778 a 788, CC) 
 
Conforme o art. 778, nos seguros de dano, a garantia prometida não 
pode ultrapassar o valor do interesse segurado no momento da conclusão do 
contrato, sob pena do disposto no art. 766, e sem prejuízo da ação penal que 
no caso couber. Assim, o segurador terá o ônus da prova de que o valor 
excede o do bem e ainda que o segurado agisse de má-fé. 
Atenção: Súmula n. 31 do STJ. “A aquisição, pelo segurado, de mais de 
um imóvel financiado pelo Sistema Financeiro da Habitação, situados na 
mesma localidade, não exime a seguradora da obrigação de pagamento dos 
seguros.” 
O risco do seguro compreenderá todos os prejuízos resultantes ou 
consequentes, como sejam os estragos ocasionados para evitar o sinistro, 
minorar o dano, ou salvar a coisa. Qualquer cláusula que vá contra ao previsto 
na norma será tida como nula. 
Atenção: Súmula n. 402 do STJ. “O contrato de seguro por danos 
pessoais compreende os danos morais, salvo cláusula expressa de exclusão.” 
O contrato coligado está presente no art. 780 do CC e é assim 
denominado, pois se estabelece pela soma do contrato de seguro mais o de 
transporte. 
Os parâmetros para a indenização securitária estão expostos através no 
artigo 781 da legislação civilista Destacamos o princípio do justo ressarcimento, 
pois tal contrato não tem como fim enriquecer o segurado. 
Ainda é possível a cumulação de seguros ou o chamado seguro duplo 
disciplinado no art. 782 do CC. Ainda, conforme o art. 783 do CC pode ser 
realizado o seguro parcial. Nessa hipótese, evidencia-se o dispositivo que 
aborda a chamada cláusula de rateio, quando a cobertura contratada é inferior 
ao valor da coisa e dos danos. 
Fica excluído do dever de indenizar a ocorrência do vício ou defeito 
intrínseco, conforme o disposto no art. 784, segundo o qual não se inclui na 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.brgarantia o sinistro provocado por vício intrínseco da coisa segurada (o defeito 
próprio da coisa, que se não encontra normalmente em outras da mesma 
espécie), não declarado pelo segurado. 
O contrato de seguro não é personalíssimo, portanto, admite-se a 
transferência do contrato a terceiro com a alienação ou cessão do interesse 
segurado. 
A sub-rogação legal está disposta no art. 786, estabelecendo que paga 
a indenização, o segurador sub-roga-se, nos limites do valor respectivo, nos 
direitos e ações que competirem ao segurado contra o autor do dano. Salvo 
dolo, a sub-rogação não tem lugar se o dano foi causado pelo cônjuge do 
segurado, seus descendentes ou ascendentes, consanguíneos ou afins. Sendo 
ineficaz qualquer ato do segurado que diminua ou extinga, em prejuízo do 
segurador, os direitos a que se refere este artigo. 
Atenção: A regra descrita não se aplica ao seguro de pessoas (art. 800, 
CC) 
Sobre a hipótese de o segurado causar danos a terceiros remetemos à 
leitura das regras presentes no art.787 da lei civil. 
Atenção: Sobre o tema, observe: 
Sumula 529, do STJ: “No seguro de responsabilidade civil facultativo, 
não cabe o ajuizamento de ação pelo terceiro prejudicado direta e 
exclusivamente em face da seguradora do apontado causador do dano.” 
Sumula n. 537, STJ: “Em ação de reparação de danos, a seguradora 
denunciada, se aceitar a denunciação ou contestar o pedido do autor, pode ser 
condenada, direta e solidariamente com o segurado, ao pagamento da 
indenização devida a vítima, nos limites contratados na apólice.” 
Ainda veja a VI Jornada de Direito Civil: 
Enunciado n. 544. “O seguro de responsabilidade civil facultativo garante 
dois interesses, o do segurado contra os efeitos patrimoniais da imputação de 
responsabilidade e o da vítima à indenização, ambos destinatários da garantia, 
com pretensão própria e independente contra a seguradora.” 
Enunciado n. 546. “O § 2.º do art. 787 do Código Civil deve ser 
interpretado em consonância com o art. 422 do mesmo diploma legal, não 
obstando o direito à indenização e ao reembolso. Artigos 787, § 2.º, e 422.” 
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Na modalidade dos chamados seguros de responsabilidade legalmente 
obrigatórios, a indenização por sinistro será paga pelo segurador diretamente 
ao terceiro prejudicado. O segurador que for demandado em ação direta pela 
vítima do dano, não poderá opor a exceção de contrato não cumprido pelo 
segurado, sem promover a citação deste para integrar o contraditório. 
 
Seguro de pessoa (arts. 789 a 802, CC) 
 
Nesse seguro, o capital segurado poderá ser livremente pactuado entre 
as partes, não obedecendo ao princípio indenitário. Assim, a indenização pode 
não corresponder ao valor do prejuízo. 
No seguro sobre a vida de outros, o proponente é obrigado a declarar o 
seu interesse pela preservação da vida do segurado, sob pena de falsidade. 
Até prova em contrário, presume-se o interesse, quando o segurado é cônjuge, 
ascendente ou descendente do proponente, conforme a redação do art. 790 do 
CC. 
 
Atenção: A norma omitiu a figura do companheiro. 
 
Trata-se de prerrogativa do segurado a possibilidade de substituir-se a 
qualquer tempo e ainda sem justificação. 
Não sendo indicada a pessoa ou beneficiário, ou por qualquer motivo 
não prevalecer aquela que fora objeto de indicação, o capital segurado será 
pago desta forma: metade ao cônjuge não separado judicialmente, e o restante 
aos herdeiros do segurado, obedecida à ordem da vocação hereditária. Caso 
inexistam tais pessoas, serão beneficiários aqueles que provarem que a morte 
do segurado os privou dos meios necessários à subsistência, conforme o art. 
792 do CC. 
É válida a instituição do companheiro como beneficiário, se ao tempo do 
contrato o segurado era separado judicialmente, ou já se encontrava separado 
de fato. 
Atenção: A lei civil utiliza o termo separação judicial, observe haver o 
entendimento que com a EC n. 66/2010 esta figura foi retirada do nosso 
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ordenamento. 
O capital do seguro de vida pertence ao beneficiário não estando sujeito 
às dívidas do segurado, nem é considerado como herança. 
O art. 795 da lei civil dispõe ser nula, no seguro de pessoa, qualquer 
transação para pagamento reduzido do capital segurado. Trata-se da aplicação 
do princípio da boa-fé nos contratos. 
O prêmio, no seguro de vida, será conveniado por prazo limitado, ou por 
toda a vida do segurado. Em qualquer hipótese, quando for individual, o 
segurador não terá ação para cobrar o prêmio vencido, cuja falta de 
pagamento, nos prazos previstos, acarretará consoante se estipular, a 
resolução do contrato, com a restituição da reserva já formada, ou a redução 
do capital garantido proporcionalmente ao prêmio pago, de acordo o art. 796, 
CC. 
Ocorrendo a morte, é lícito estipular-se um prazo de carência, durante o 
qual o segurador não responde pelo sinistro, ficando este obrigado a devolver 
ao beneficiário o montante da reserva técnica já formada (art. 797). Não há 
fixação legal de um prazo, devendo este ser pautado pelo princípio da 
razoabilidade. 
O beneficiário não tem direito ao capital estipulado quando o segurado 
se suicida nos primeiros dois anos de vigência inicial do contrato, ou da sua 
recondução depois de suspenso, observado o disposto no parágrafo único do 
artigo 797. Será nula a cláusula contratual que exclui o pagamento do capital 
por suicídio do segurado. (art. 798, CC) 
 
Atenção: Sobre o tema, veja: 
Súmula n. 61 do STJ. “O seguro de vida cobre o suicídio não 
premeditado”. 
Súmula n. 105 do STF. “Salvo se tiver havido premeditação, o suicídio 
do segurado no período contratual de carência não exime o segurador do 
pagamento do seguro”.O segurador não pode eximir-se ao pagamento do 
seguro, ainda que da apólice conste a restrição, se a morte ou a incapacidade 
do segurado provier da utilização de meio de transporte mais arriscado, da 
prestação de serviço militar, da prática de esporte, ou de atos de humanidade 
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em auxílio de outrem (art. 799, CC). 
Atenção: A referência aos atos de humanidade em auxílio de outrem 
significa aqueles praticados em estado de necessidade. 
Nos seguros de pessoas, segurador fica proibido de sub-rogar-se nos 
direitos e ações do segurado, ou do beneficiário, contra o causador do sinistro. 
Assim, no seguro de pessoas não há direito de regresso. 
O seguro de pessoas pode ser estipulado por pessoa natural ou jurídica 
em proveito de grupo que a ela, de qualquer modo, se vincule. O estipulante 
não representa o segurador perante o grupo segurado, e é o único 
responsável, para com o segurador, pelo cumprimento de todas as obrigações 
contratuais. A modificação da apólice em vigor dependerá da anuência 
expressa dos segurados que representem 3/4 do grupo. 
A garantia de reembolso de despesas não é objeto do contrato de 
seguro de pessoas, mas sim do seguro de dano às despesas hospitalares ou 
de tratamento médico, bem como as despesas oriundas de luto e funeral do 
segurado. 
 
CONTRATO DE FIANÇA (arts. 818 a 839 do CC) 
 
Trata-se de garantia fidejussória em que um terceiro (fiador) garante 
pessoalmente perante o credor a dívida do devedor com seu patrimônio, tendo 
dessa forma uma responsabilidade sem débito. 
 
Natureza jurídica 
 
a) Gratuito — quem obtém o benefício deste contrato é o credor, que 
tem o seu direito de crédito garantido. Pode ser oneroso, como no caso da 
fiança bancária. Nessa última hipótese será aplicada as regras do CDC. 
 
b) Consensual — atende à autonomia da vontade das partes. 
 
c) Formal — exige, minimamente, documento escrito. 
 
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d) Não solene — não há necessidade de escriturapública. 
 
e) Obrigação acessória — a sua existência depende de um contrato 
principal. 
 
f) Típico — possui previsão legal. 
 
g) Fiduciário — essencialmente decorre da confiança das partes. 
 
Seus efeitos e regras 
 
a) As dívidas futuras podem ser objeto de fiança, mas o fiador, 
nesse caso, não será demandado senão depois que se fizer certa e líquida a 
obrigação do principal devedor (art. 821 do CC). 
 
b) A fiança poderá abranger a totalidade da dívida (total) ou parte da 
dívida (parcial), sendo a primeira ilimitada e a segunda limitada. 
 
c) O credor possui o direito de examinar a idoneidade da fiança, não 
podendo ser obrigado a aceitá-lo se o mesmo não for idôneo, domiciliado no 
município onde tenha de prestar a fiança, e não possua bens suficientes para 
cumprir a obrigação. 
 
d) Se houver insolvência do fiador, o credor poderá exigir a sua 
substituição. 
 
e) É inerente à fiança o benefício de ordem, qual seja, o fiador exigir 
que seja inicialmente executado o bem do devedor para posteriormente ter o 
seu patrimônio atingido. 
 
f) A solidariedade não se presume, decorre da lei ou da vontade das 
partes, logo inexiste diploma legal dizendo que o devedor e o fiador são 
solidários; se inexistir no contrato, não se poderá presumi-los solidários, pois 
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isso violaria a regra legal. 
 
g) A fiança poderá ser prestada conjuntamente a um só débito, por 
mais de uma pessoa, importando o compromisso de solidariedade entre elas 
se declaradamente não se reservarem o benefício da divisão, respondendo 
cada fiador unicamente pela parte que proporcionalmente lhe couber no 
pagamento. 
 
h) O fiador também tem direito perante o devedor de ser ressarcido 
de todas as perdas e danos que vier a sofrer em razão da fiança. 
 
i) Poderá o fiador promover o andamento da execução contra o 
devedor nos casos em que o credor, sem justa causa, demorar a executar. 
 
j) Segundo a doutrina majoritária, a renúncia convencional é nula. 
 
l) A obrigação do fiador passa para os herdeiros, mas fica limitado 
ao quinhão hereditário (forças da herança). 
 
m) É o único contrato em que há compensação sem reciprocidade de 
créditos e débitos, podendo ser compensado com o credor o que este deve ao 
afiançado. 
 
n) A desoneração de fiador em locação urbana é regulada pelo 
artigo 40 da Lei n. 8.245/91, em que o fiador ainda responde no período de 120 
dias após a sua desoneração, enquanto a da lei civil, o fiador ficará obrigado 
por todos os efeitos da fiança, durante 60 dias após a notificação do credor. 
 
o) Não obstante discussões anteriores acerca da constitucionalidade 
da penhora do único bem imóvel do fiador, o STF pacificou este entendimento 
acerca da possibilidade, declarando a constitucionalidade do artigo 3.º, inciso 
VII, da Lei n. 8.009/90. 
 
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Extinção da fiança 
 
São casos de extinção da fiança: 
 
a) resilição unilateral; 
b) morte; 
c) O fiador pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais 
e as extintivas da obrigação que competem ao devedor principal, se não 
provierem simplesmente de incapacidade pessoal, salvo o caso do mútuo feito 
a pessoa menor; 
d) o fiador, ainda que solidário, ficará desobrigado se, sem o seu 
consentimento, o credor conceder moratória ao devedor; se por fato do credor, 
for impossível a sub-rogação nos seus direitos e preferências; se o credor, em 
pagamento da dívida, aceitar amigavelmente do devedor objeto diverso do que 
este era obrigado a lhe dar, ainda que venha depois a perdê-lo por evicção; 
e) em caso de ser invocado o benefício da excussão e o devedor, 
retardando-se à execução, cair em insolvência, ficará exonerado o fiador que o 
invocou, se provar que os bens por ele indicados eram, ao tempo da penhora, 
suficientes para a solução da dívida afiançada; 
 
DA TRANSAÇÃO (arts. 840 a 850, CC) 
 
O contrato de transação está disciplinado nos arts. 840 a 850 da lei civil 
e é o contrato pelo meio do qual as partes convencionam a extinção de uma 
obrigação fazendo concessões mútuas ou recíprocas. 
 
Natureza Jurídica 
 
a) Bilateral; 
b) Comutativo; 
c) Oneroso; 
d) Consensual; 
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e) Têm por objeto apenas direitos obrigacionais de cunho patrimonial 
e de caráter privado (art. 841, do CC); 
f) Não solene, em regra. Todavia poderá revestir-se solenemente, 
conforme o disposto no art. 842, da lei civil. 
 
Espécies 
 
A norma apresenta duas modadalidades de transação: 
 
a) Judicial ou extintiva, realizada perante o juiz, quando existir litígio 
em relação à alguma obrigação. Necessária escritura pública ou de termo nos 
autos, assinado pelas partes e homologado pelo juízo; 
b) Extrajudicial ou preventiva: feita com o objetivo de prevenir 
eventual litígio, não existindo forma solene por determinação legal, mas exige-
se a forma escrita. 
 
Efeitos 
O contrato de transação deve ser interpretado restritivamente, e por ele 
não se transmitem apenas se declaram ou reconhecem direitos. 
Em relação a terceiros, a transação não aproveita, nem prejudica senão 
aos que nela intervierem, ainda que diga respeito a coisa indivisível. Se for 
concluída entre o credor e o devedor, desobrigará o fiador; se entre um dos 
credores solidários e o devedor, extingue a obrigação deste para com os outros 
credores; e, se entre um dos devedores solidários e seu credor, extingue a 
dívida em relação aos codevedores. 
Ocorrendo a evicção da coisa renunciada por um dos transigentes, ou 
por ele transferida à outra parte, não revive a obrigação extinta pela transação; 
mas ao evicto cabe o direito de reclamar perdas e danos. Se um dos 
transigentes adquirir, depois da transação, novo direito sobre a coisa 
renunciada ou transferida, a transação feita não o inibirá de exercê-lo. 
A transação concernente a obrigações resultantes de delito não extingue 
a ação penal pública. É admissível, na transação, a pena convencional. 
No que tange à nulidade de qualquer das cláusulas da transação, esta 
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será tida por nula também. Na hipótese de a transação versar sobre diversos 
direitos contestados, independentes entre si, o fato de não prevalecer em 
relação a um não prejudicará os demais. Será também nula a transação a 
respeito do litígio decidido por sentença transitada em julgado, se dela não 
tinha ciência algum dos transatores, ou quando, por título ulteriormente 
descoberto, se verificar que nenhum deles tinha direito sobre o objeto da 
transação. 
Em se tratando de anulabilidade, a transação só será anulada nos casos 
de dolo, coação, ou erro essencial quanto à pessoa, ou coisa controversa. 
Todavia, não será anulada por erro de direito a respeito das questões que 
foram objeto de controvérsia entre as partes. 
 
 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
 
Por Cristiano Sobral 
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A matéria a ser estudada vincula-se ao dever de não causar prejuízo 
injustamente, buscando-se a indenização pelos danos sofridos, com a 
finalidade de reparação na medida do injusto causado resultante da violação do 
dever de cuidado. 
 
Pressupostos 
 
a) ato ilícito ou conduta; 
b) culpa; 
c) dano; 
d) nexo causal. 
 
Ato ilícito ou conduta 
 
Conduta contrária ao direito positivado, tendo por elementos a 
antijuridicidade, ou seja, o ato ser contrário à ordem jurídica e o agente ser 
imputável, respondendo pelo mesmo por possuir maturidade e sanidade para a 
prática dos atos civis. 
 
Espécies 
 
a) indenizatório — busca a reparação do estado inicial da vítima 
(status quo ante); 
b) invalidante — pretende a invalidade do ato praticado de forma 
ilícita; 
c) caducificante — resultana efetiva perda do direito; 
d) autorizante — a lei autoriza a prática de uma conduta em rejeição 
a um ilícito. 
 
Culpa 
 
A culpa pode ser dividida em dois casos: 
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a) culpa latu sensu: tem o dolo como sua modalidade mais grave, 
podendo o mesmo ser encontrado nas seguintes formas: 
– dolo direto: o agente deseja a prática do ilícito; 
– dolo necessário: fala a respeito de um efeito colateral típico 
decorrente do meio escolhido e admitido, pelo autor, como certo ou necessário; 
– dolo eventual: o agente, com a sua conduta, assume o risco do 
ilícito. 
b) culpa strictu sensu (mera culpa): o agente pratica o ilícito com a 
ausência do dever de cuidado, gerando as seguintes espécies: 
 
– negligência — a conduta é caracterizada pelo desleixo; 
– imprudência — a conduta é omissiva; 
– imperícia — é a falta de habilidade técnica. 
 
Diante do tema abordado, constata-se a existência de uma classificação 
referente à graduação, em que a culpa poderá ser: grave em razão do erro 
grosseiro, leve diante de falta evitável e, ainda, levíssima ante a falta de 
atenção extraordinária. Sendo a indenização obrigatória em qualquer um 
desses graus (in lege Aquilia et levissima culpa venit). 
 
Espécies de culpa strictu sensu 
 
a) contratual — violação de um dever jurídico originariamente 
estabelecido; 
b) extracontratual ou aquiliana — aquela que ocorre sem qualquer 
estabelecimento de relação jurídica originária; 
c) in comitendo — em cometer, culpa por agir com imprudência; 
d) in omitendo — culpa em omitir; 
e) in vigilando — culpa pela vigilância; 
f) in eligendo — culpa pela escolha; 
g) in custodiando — culpa pela custódia, por guardar; 
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h) presumida — a culpa, nesse caso, é essencial para o dever de 
reparar, geralmente a lei já faz o juízo de presunção, não sendo a mesma 
adotada pelo CC/02, e, nas situações de previsão em leis esparsas, a doutrina 
entende que se considera caso de responsabilidade objetiva; 
i) concorrente — hipótese em que o agente e a vítima contribuem 
para a prática do evento danoso, sendo devida, segundo a doutrina, a divisão 
proporcional dos graus de culpa entre eles. 
 
Dano 
 
As espécies de dano existentes são: material, moral, estético, coletivo, 
social e a perda de uma chance. 
 
Espécies 
 
Dano material 
 
Trata-se de uma efetiva lesão patrimonial, podendo ser total ou parcial, 
suscetível de avaliação pecuniária. 
 
Danos emergentes e lucros cessantes 
 
a) danos emergentes — do latim damnum emergens, significa a 
perda efetivamente sofrida; 
b) lucros cessantes — atinge o patrimônio futuro (ganho esperável), 
impedindo seu crescimento. 
 
Dano incerto 
 
Segundo entendimento do STJ, não se pode indenizar um dano incerto, 
em razão da própria natureza da responsabilidade civil, a efetiva reparação de 
dano causado ao patrimônio. 
 
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Dano material futuro 
 
Inexiste a possibilidade desta modalidade, visto que somente se pode 
exigir reparação por danos causados e não por danos a causar, isto é, que 
poderão acontecer futuramente, inexistindo lesão patrimonial. 
 
Dano moral 
 
É uma espécie de dano, extrapatrimonial, por violação aos direitos 
inerentes à pessoa, contidos nos direitos da personalidade. 
Atenção: V Jornada de Direito Civil: Enunciado n. 445 — “Art. 927. O 
dano moral indenizável não pressupõe necessariamente a verificação de 
sentimentos humanos desagradáveis como dor ou sofrimento.” 
 
Formas de fixação 
 
Compensatório 
 
São analisados dois requisitos concomitantemente: extensão do dano + 
condições pessoais da vítima. 
 
Atenção: Sobre o tema, observe os Enunciados da VII Jornada de 
Direito Civil: 
 
Art. 927 — O patrimônio do ofendido não pode funcionar como 
parâmetro preponderante para o arbitramento de compensação por dano 
extrapatrimonial. (Enunciado n. 588) 
Art. 927 — A compensação pecuniária não é o único modo de reparar o 
dano extrapatrimonial, admitida a reparação in natura, na forma de retratação 
pública ou outro meio. (Enunciado n. 589) 
 
Punitiva 
 
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Neste outro ponto, existem dois requisitos: condições econômicas + 
grau de culpa do ofensor. 
 
Punitive damages 
 
Traduzido para a língua portuguesa, danos punitivos, seria aquilo que a 
doutrina chama de “dano moral punitivo”. Defende-se o entendimento de que 
tal instituto seja possível se o juiz entender que diante da proporcionalidade 
entre a culpa e o dano é cabível indenização com o objetivo de punir o agente 
pela prática. 
Todavia, parte da doutrina possui posicionamento diverso, interpretando 
que se inexiste previsão no CC/02, logo, não é possível ser adotado, sob pena 
de configurar enriquecimento sem causa como disposto no artigo 884 do CC. 
 
Dano moral direto e indireto ou ricochete 
 
Ocorre o dano moral direto quando o ofendido é diretamente atingido 
nos seus direitos da personalidade. O sofrimento, a dor e o trauma provocados 
pela morte de um ente querido podem gerar o dever de indenizar. Assim tem 
se posicionado o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao julgar os pedidos de 
reparação feitos por parentes ou pessoas que mantenham fortes vínculos 
afetivos com a vítima. Trata-se de dano moral reflexo ou indireto, também 
denominado dano moral por ricochete. 
 
Atenção: Observe os Enunciados n. 552 e 560 da VI Jornada de Direito 
Civil: 
 
Constituem danos reflexos reparáveis as despesas suportadas pela 
operadora de plano de saúde decorrentes de complicações de procedimentos 
por ela não cobertos. 
No plano patrimonial, a manifestação do dano reflexo ou por ricochete 
não se restringe às hipóteses previstas no art. 948 do Código Civil. 
 
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Dano moral à pessoa jurídica 
 
Não é pacífico o ponto de vista da matéria abordada, majoritário o 
entendimento de que é possível que a pessoa jurídica possa sofrer dano moral, 
conforme dispõe a Súmula n. 227 do STJ: “A pessoa jurídica pode sofrer dano 
moral.” 
 
A não possibilidade de incidência de imposto de renda 
 
O dano moral é uma recomposição de lesão, ainda que extrapatrimonial, 
e por tal motivo a sua indenização não significa um acréscimo patrimonial, não 
incidindo desse modo no imposto de renda sobre as verbas recebidas a título 
de ressarcimento pelos danos causados. 
 
Dano moral coletivo e social. Diferenças. Posicionamento da 
jurisprudência do STJ 
 
O dano moral coletivo é a lesão extrapatrimonial aos direitos da 
personalidade de um determinado grupo, como, por exemplo, discriminação 
sexual, etnia, religião, dentre outras. Já o dano moral social envolve a 
sociedade, ou seja, um grupo indeterminado, não se podendo medir a 
quantidade de pessoas lesionadas. Um grande exemplo, a ação civil pública 
movida pelo MPF/SP, em face da Rede TV, por entrevistar ao vivo a vítima 
Eloá no cativeiro momento antes de seu assassinato. Nesta ocasião, foi 
impossível medir a quantidade de pessoas no país que estavam assistindo ao 
programa, sendo indiscutível, ainda, a exposição da vítima em rede nacional, 
argumentos estes objetos da discussão nos autos do processo n. 
2008.61.00.029505-0, distribuído perante a 6ª Vara Federal Cível de São 
Paulo. 
 
Prova do dano moral 
 
Segundo entendimento pacífico do STJ, o dano moral é chamado de in 
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re ipsa (presumido), ou dano na própria coisa, bastando demonstrar 
unicamente o fato. 
 
Atenção: veja os Enunciados da V e VII Jornadas de Direito Civil: 
 
Art. 944. Embora o reconhecimento dos danos morais se dê, em 
numerosos casos, independentemente de prova (inre ipsa), para a sua 
adequada quantificação, deve o juiz investigar, sempre que entender 
necessário, as circunstâncias do caso concreto, inclusive por intermédio da 
produção de depoimento pessoal e da prova testemunhal em audiência 
(Enunciado n. 455). 
Art. 927. O dano à imagem restará configurado quando presente a 
utilização indevida desse bem jurídico, independentemente da concomitante 
lesão a outro direito da personalidade, dispensável a prova do prejuízo do 
lesado ou do lucro do ofensor para a caracterização do referido dano, por se 
tratar de modalidade de dano in re ipsa. (Enunciado n. 587) 
 
A quantificação dos danos morais 
 
No momento de fixar o quantum debeatur, o magistrado deverá 
estabelecer uma reparação equitativa, baseada na culpa do agente, na 
extensão e na gravidade do prejuízo causado, bem como na capacidade 
econômica das partes. A indenização deve apresentar um critério de 
razoabilidade, proporcionalidade e, ao mesmo tempo, necessária à 
condenação do agente. 
Art. 944. A redução equitativa da indenização tem caráter excepcional e 
será somente realizada quando a amplitude do dano extrapolar os efeitos 
razoavelmente imputáveis à conduta do agente (Enunciado n. 457 da V 
Jornada de Direito Civil). 
Art. 944. O grau de culpa do ofensor, ou a sua eventual conduta 
intencional, deve ser considerado pelo juiz para a quantificação do dano moral 
(Enunciado n. 458 da V Jornada de Direito Civil). 
A quantificação da reparação por danos extrapatrimoniais não deve 
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estar sujeita a tabelamento ou a valores fixos (Enunciado n. 550 da VI Jornada 
de Direito Civil). 
 
Dano estético 
 
É a efetiva lesão à integridade corporal da vítima e, podendo ser 
indenizável, o dano deve ser duradouro ou permanente, ou, em alguns casos, 
impedir as capacidades laborativas. 
O STJ sumulou o seu entendimento no verbete n. 387, em que: “É lícita 
a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral.” 
 
Perda de uma chance 
 
Ocorre quando a vítima possui uma chance séria e real, englobando 
tanto o dano moral quanto o material. Exemplificando: nas Olimpíadas de 
Atenas em 2004, o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima estava liderando a 
prova, até que por volta do 36.º km de prova, um padre irlandês o empurrou 
desconcentrando-o e retirando o ritmo da prova, fazendo com que o atleta 
conquistasse apenas o bronze. 
Outro grande exemplo de perda de uma chance foi caso no programa 
“Show do Milhão” (REsp. n. 788.459/BA), em que foi questionada ao 
participante uma pergunta que não possuía resposta correta. Nesse sentido, o 
STJ entendeu por reduzir a indenização para o valor de R$ 125.000,00 (cento e 
vinte e cinco mil reais) conforme a probabilidade matemática de o participante 
acertar, o que, data vênia, saiu de graça para quem teria o dever de pagar um 
milhão de reais. 
 
Nexo causal 
 
É o vínculo ou relação de causa e efeito entre a conduta e o resultado, 
existindo diversas teorias, adotada pela jurisprudência a Teoria do Dano Direto 
e Imediato. No entanto, é essencial listar as principais teorias existentes: 
– Teoria da equivalência das condições/conditio sinequa non — 
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nesta teoria não há diferença entre os antecedentes do resultado danoso, de 
forma que tudo irá concorrer para o evento considerado causador. Ela não é 
adotada em nosso ordenamento. Teoria da causalidade adequada — adotada 
pelo CC/02 nos artigos 944 e 945, para esta teoria, considera-se como causa 
todo e qualquer evento que haja contribuído para a efetiva ocorrência do 
resultado. Portanto, para ela poder ser adotada, deve-se estar diante de uma 
causa adequada e apta à efetivação do resultado. 
– Teoria do dano direto e imediato — segundo essa teoria, será 
indenizável todo o dano que se filia a uma causa, ainda que remota, desde que 
necessária, encontrando respaldo no artigo 403 do atual Código Civil. 
 
Concorrência de causas 
 
a) Subsequentes — é causado pela prática de conduta oriunda de 
um ato fundamentando por prática posterior. 
b) Complementares — é gerado pela prática da conduta de dois ou 
mais agentes que, sem a ajuda do outro, não seria atingido o fim pretendido. 
c) Cumulativas — não haveria necessidade da conduta dos agentes 
somarem-se, em razão de que ambas atingiriam o objetivo-fim da mesma 
maneira. 
d) Alternativas — não há como definir o agente causador do dano. 
e) Preexistentes — a conduta do agente por si só não atingiria o 
resultado-fim se já existisse outra causa. 
f) Concomitantes — são causas geradoras do dano que são 
produzidas ao mesmo tempo. 
g) Supervenientes — surgem após o evento danoso. 
O risco 
 
Há diversas espécies de risco dispostas no ordenamento jurídico, 
devendo ser mencionadas as principais: 
 
– risco proveito — todo ônus deve ser suportado por quem recebe o 
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bônus; 
– risco profissional — deriva das relações de trabalho; 
– risco excepcional — origina-se de atividades que exigem elevado 
grau de perigo; risco integral — modalidade mais elevada de responsabilidade 
objetiva por não admitir exclusão de culpabilidade, em razão de o agente ser o 
responsável universal, adotado excepcionalmente no ordenamento jurídico nas 
seguintes formas: 
– dano ambiental: art. 225, § 3.º, CF/88 c/c o art. 14, § 1.º, da Lei n. 
6.931/81, defende que o dano ambiental deverá ser reparado 
independentemente de culpa; 
– seguro obrigatório — DPVAT: Lei n. 6.194/74 com posterior 
alteração pela Lei n. 8.441/92 estabelece indenização às vítimas de acidente 
de veículos automotores independente de culpa ou de identificação do veículo 
automotor; 
 
Atenção: 
Súmula n. 405, STJ: “A ação de cobrança do seguro obrigatório 
(DPVAT) prescreve em três anos.” Súmula n. 426, STJ: “Os juros de mora na 
indenização do seguro DPVAT fluem a partir da citação”. 
Súmula n. 474, STJ: “A indenização do seguro DPVAT, em caso de 
invalidez parcial do beneficiário, será paga proporcionalmente ao grau da 
invalidez”. 
Súmula n. 540: “Na ação de cobrança do seguro DPVAT, constitui 
faculdade do autor escolher entre os foros do seu domicílio, do local do 
acidente ou ainda do domicílio do réu. 
Súmula n. 544: “É válida a utilização de tabela do Conselho Nacional de 
Seguros Privados para estabelecer a proporcionalidade da indenização do 
seguro DPVAT ao grau de invalidez também na hipótese de sinistro anterior a 
16/12/2008, data da entrada em vigor da Medida Provisória n. 451/2008”. 
– danos nucleares — art. 21, inciso XXIII, “d”, CF, responsabilidade 
civil por danos nucleares, em que também foi adotada a teoria do risco integral. 
 
Responsabilidade por ato próprio 
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Transcorre por ato do próprio agente, ora causador do dano. Está 
disposta nos artigos 939 e 940 do CC. Conforme o primeiro dispositivo, quem 
demandar judicialmente contra devedor antes de vencida a dívida, fora dos 
casos em que a lei o permita, ficará obrigado a aguardar o vencimento, bem 
como pagar à custa em dobro, obrigada ainda a descontar os juros, por serem, 
até o momento, indevidos. 
Já o segundo dispositivo, quem demandar judicialmente por dívida já 
paga, ainda que parte somente desta, ficará obrigado a pagar ao devedor, no 
primeiro caso, o dobro do que houver cobrado. Ainda, se litigar sem ressalvar 
as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar 
ao devedor o equivalente do que dele exigir. Em ambos os casos, fica 
ressalvado se já tiver ocorrido a prescrição. 
A diferença entre o artigo 940 do Código Civil e o parágrafo único do 
artigo 42 da Lei n. 8.078/90, é que o primeiro somente é aplicável a cobranças 
judiciais e o segundo, as todas as judiciaise extrajudiciais. 
 
Responsabilidade por ato de outrem ou responsabilidade indireta 
 
Conforme os ditames do artigo 932 da norma civilista é o caso que 
terceiros praticam o ilícito e o responsável legal responde pelo fato, isto é, 
responde (Haftung) mesmo sem ter contraído o débito (Schuld). O CC/02 
adotou para esses casos a responsabilidade objetiva, conforme redação do 
artigo 933. 
A responsabilidade solidária prevista no artigo 942 da lei civil é aplicável 
nos casos dos incisos III, IV e V do artigo 932. 
✓ Os pais irão responder pelos atos dos filhos que estiverem sob 
sua guarda e companhia, mesmo que provarem não agir com negligência. A 
responsabilidade será objetiva, e os pais irão substituir os filhos, consoante a 
Teoria da Substituição. 
✓ A responsabilidade do tutor e curador pelos pupilos e curatelados 
que se acharem sob sua autoridade e companhia é aplicada nos mesmos 
moldes que a responsabilidade dos genitores. Importante ressaltar que inexiste 
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proibição legal sobre direito de regresso em face dos pupilos ou curatelados. 
✓ No caso do empregador ou comitente, por seus empregados, 
serviçal e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir ou em razão 
dele, o CC/02 inovou. 
 
Anteriormente, a aplicação do Código Civil de 2002, nesses casos, havia 
a responsabilidade por culpa in elegendo, como culpa presumida na forma da 
Súmula n. 341 do STF que, ao final, resultava nas mesma consequências 
previstas no atual diploma civil, que transformou em responsabilidade objetiva. 
A norma abrange não somente a relação de emprego, mas toda e 
qualquer outra relação empregatícia com subordinação, chamada preposição. 
✓ Referente aos donos de hotéis, hospedarias, casas ou 
estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de 
educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos, alguns pontos 
merecem destaque. 
A responsabilidade é objetiva como acima mencionado. Os hotéis, em 
especial, responderiam também, caso o CC/02 não dispusesse sobre essa 
matéria, de maneira objetiva, por força do artigo 14 da Lei n. 8.078/90, visto 
que está presente o risco da atividade desenvolvida. 
Tanto nos casos dos hospitais, clínicas e outros estabelecimentos 
similares, bem como nas escolas, enquanto estiverem no referido local, aplica-
se a teoria da guarda. 
Quando o paciente nos hospitais for menor ou adolescente, deverá ser 
observado o artigo 12 da Lei n.8.069/90 do ECA: 
Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão 
proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais 
ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente. 
Atualmente, estão na moda os casos de bullying, que consiste em 
apertadíssima síntese, na prática infantil de deboche com isolamento da 
pessoa naquela comunidade, geralmente ocorrendo nos colégios. Logo há 
responsabilidade pedagógica do estabelecimento de ensino, sob pena de 
infração administrativa, conforme artigo 245 do ECA: 
Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento 
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de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de 
comunicar à autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, 
envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou 
adolescente. Pena — multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se 
o dobro em caso de reincidência. 
 
Atenção: Sobre o tema, importa observar a recente Lei n. 13.185, de 
06.11.2015 que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática 
(Bullying). 
 
✓ Em relação aos que houverem gratuitamente participado nos 
produtos do crime, será responsabilizado objetivamente até a concorrente 
quantia da qual tirou o proveito efetivo, consagrando o Princípio da reparação 
do indevido. 
✓ Deve ser ressaltada a norma do artigo 934 da lei civil, que trata do 
direito de regresso. Somente no caso do inciso I do artigo 932 não será cabível 
tal direito. Atenção! 
 
Independência das responsabilidades civil e criminal 
 
A responsabilidade civil e criminal possui comunicação, no entanto, irá 
prevalecer absolutamente o reconhecimento do fato e de autoria na justiça 
penal (art. 935 do CC). Não corre a prescrição antes do trânsito em julgado da 
sentença penal condenatória (art. 200 do CC) e esta formará título executivo 
judicial na jurisdição civil, consoante disposição do CPC. 
 
Responsabilidade por fato da coisa ou do animal 
 
O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem 
de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade seja 
manifesta. 
Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responsabiliza-se pelo dano 
proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. 
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Quando não é possível identificar em um prédio com diversos blocos o 
autor do lançamento de objetos, a doutrina entende que se aplica a Teoria da 
Pulverização dos Danos, respondendo todos os condôminos por não se 
conseguir individualizar a conduta. 
Já a responsabilidade por fato do animal se aplica também a teoria da 
guarda, devendo o dono ou o detentor de animal ressarcir o dano causado por 
este. Essa regra é aplicável tanto ao adestrador quanto aos estabelecimentos 
especializados. Para estes casos, é aplicável a isenção de responsabilidade 
mediante produção probatória da culpa exclusiva da vítima ou força maior. 
Excludentes de ilicitude e excludentes de responsabilidade 
 
As excludentes de ilicitude afastam a ilicitude da conduta, mas não o 
dever de indenizar, respondendo o agente pelos atos lícitos. Têm-se, como 
exemplos, o estado de necessidade, a legítima defesa e o exercício regular do 
direito. 
Por sua vez, as excludentes de responsabilidade rompem o nexo causal 
e afastam o dever de indenizar. 
Exemplos: o caso fortuito, a força maior e a culpa exclusiva da vítima. 
 
Estado de necessidade 
 
Baseia-se na deterioração ou destruição da coisa alheia, ou lesão à 
pessoa, com o fim de remover perigo iminente, quando as circunstâncias não 
autorizarem outra forma de atuação. Nesse caso, o agente irá atuar com o fim 
de resguardar direito seu ou de outra pessoa em situação de perigo concreto. 
Esta excludente foi regulamentada no artigo 188, inciso II, c/c artigo 929, 
ambos do Código Civil. 
 
Legítima defesa 
 
Este instituto preceitua que o agente, diante de situação de injusta 
agressão atual e iminente, a si ou a outra pessoa, age moderadamente a 
repelir o acometido. Tal forma de exclusão de ilicitude encontra-se prevista no 
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artigo 188, inciso I, 1.ª parte, do diploma civil. 
No caso da defesa gerar danos a terceiros, deverá o agente, ainda que 
licitamente em sua defesa ou de outrem, indenizar o terceiro na forma dos 
artigos 929 e 930 do Código Civil. 
 
Exercício regular do direito 
 
Presente no artigo 188, inciso I, 2.ª parte, da norma civilista, consiste na 
extrapolação dos fins colimados pela lei. Quando não for ilícito, será exercício 
regular do direito. Ressalte-se que o estrito cumprimento do dever legal não 
está previsto, dessa forma deve ser encarado como uma espécie de exercício 
regular do direito. 
 
Caso fortuito e força maior 
 
São institutos bem parecidos e podem ser conceituados da seguinte 
maneira: 
a) Caso fortuito — marcado pela imprevisibilidade, advém de causa 
desconhecida. 
b) Força maior — caracterizada pela inevitabilidade, sobrevém de 
causa conhecida. 
 
Culpa exclusiva da vítima 
 
Diferente da culpa concorrente da vítima, a culpa exclusiva da vítima 
ocorrerá quando ela concorrer sozinha para a ocorrência do evento danoso. Há 
previsão legal neste sentido no artigo 14, § 3.º,inciso II, da Lei n. 8.078/90. Um 
exemplo seria um consumidor que compra uma passagem para um 
determinado horário e não comparece. 
A companhia não é obrigada a devolver o valor da passagem em razão 
do serviço ter sido prestado adequadamente e o consumidor não ter se 
beneficiado pelo seu não comparecimento. 
Já a culpa concorrente, prevista no artigo 945 do Código Civil, ocorrerá 
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se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso. A indenização 
será fixa tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do 
autor do dano. 
É importante destacar que se houver previsão legal de responsabilidade 
objetiva não se discute a culpa, exceto quando se tratar de culpa exclusiva da 
vítima ou culpa concorrente. 
 
Fato de terceiro 
 
Como o próprio nome diz um terceiro estranho à relação jurídica entre a 
vítima e o fornecedor de bens ou serviços causa dano. Dessa forma, o fato de 
terceiro não exime o dever de indenizar, mas permite o direito de regresso em 
face do terceiro. 
 
Cláusula de não indenizar 
 
Somente poderá ser utilizada nas hipóteses de responsabilidade 
contratual, em que uma das partes estabelece cláusula visando ao afastamento 
do dever de indenizar quando ocorrer o dano. 
 
Casos em que não será aceite: 
 
a) cada vez que seu conteúdo tiver por fim exonerar devedor que 
incorreria em responsabilidade por dolo ou culpa grave; 
b) se houver violação a interesse de ordem pública; 
c) diante dos hipossuficientes e vulneráveis; 
d) nos casos dos artigos 424 e 734 do Código Civil;nas hipóteses 
dos artigos 25 e 51, inciso I, da Lei n. 8.078/90; 
e) nas condições do artigo 247 da Lei n. 7.565/86 (Código Brasileiro 
de Aeronáutica); 
 
Requisitos para a validade da cláusula de não indenizar: 
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a) bilateralidade do consentimento; 
b) que não colida com preceito de ordem pública; 
c) igualdade das partes; 
d) inexistência do escopo de eximir o dolo ou a culpa grave do 
estipulante; 
e) ausência da intenção de afastar obrigação inerente à função. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ASCENSÃO, José de Oliveira. Direito Civil e Teoria Geral. Vol. 1, Coimbra 
Editora:Coimbra, 2000, pp. 11-19; pp. 21-23; pp. 29-31. 
GORDLEY, James. Foundations of private law: property, tort, contract, unjust 
enrichment. Oxford: OUP, 2006, pp. 7-16 
GORDLEY, James e VON MEHREN, Arthur Taylor. An Introduction to the 
comparative study of private law. Cambridge: CUP, 2006, pp. 46-64. 
 
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