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Resolução do Caso (N1) - DIREITO APLICADO À NEGÓCIOS Aluna: Vanessa Bueno Oliveira Américo A empresa Construir Ltda realizou uma cisão parcial, resultando em duas empresas, a Construir Ltda e João Barros Ltda, que dividiram o seu patrimônio e funcionários. Dois funcionários, Robson Cavalcante e Matias Portugal, ambos da área de Supply Chain, foram demitidos. Robson possuía contrato anterior a cisão e Matias posterior a cisão. Eles entraram na justiça contra a João Barros Ltda para receber os direitos rescisórios e no caso de Robson, horas extras que ele possuía antes de ir para a João Barros Ltda. As duas ações foram procedentes em primeira instância, mas não obtiveram sucesso em atingir o patrimônio da empresa Construir Ltda, apenas a João de Barros Ltda. Pois, segundo a Reforma Trabalhista (lei 13.467/17) e a edição do artigo 448-A da CLT, a responsabilidade dos débitos da sucedida ficam de responsabilidade da empresa sucessora, não apenas quanto às obrigações posteriores à sucessão, mas também no que tange a eventuais direitos dos trabalhadores referentes ao momento que antecedeu a sucessão. Cabe ressaltar que as empresas envolvidas se enquadram em uma sucessão fraudulenta, de modo que, tanto a sucessora como sucedida podem responder por débitos trabalhistas originados em processos anteriores à referida operação, à condição da prova de fraude na sucessão. Essa nova regulamentação da sucessão de empregadores veio estabelecer parâmetros claros para a garantia do credor trabalhista, até limitando o alcance de uma eventual responsabilização solidária. No que tange a ação fiscal, João de Barro Ltda é parte legítima para integrar polo passivo para uma ação executiva, pois os dois ex funcionários foram empregados da empresa. Em uma cisão de empresas, se dá a responsabilidade pelos créditos tributários segundo a legislação vigente "Acórdão CSRF/ 03-04.100 em 06.07.2004, CISÃO PARCIAL - RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA - SOLIDARIEDADE - Na cisão parcial a companhia sucessora e a empresa cindida respondem solidariamente pelas obrigações desta última nos termos dos art. 233 da Lei n. º 6.404/76, 124 e art 132, do CTN." Neste caso, a empresa Construir Ltda se enquadra como empresa solidária, e assume parte dos custos tributários e trabalhistas caso a empresa João de Barros não arcar com a dívidas e responsabilidades.
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