Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Clariant Mining 10.04.2018 performance and value delivered Clariant Mining FLOTAÇÃO Clariant Mining performance and value delivered TRATAMENTO DE MINÉRIOS FLOTAÇÃO 3 Minerais de cobre - Os principais minerais de cobre sulfetado com valor econômico: calcopirita: CuFeS2 com 34,6% de Cu bornita: Cu5FeS4 com 63,3% de Cu calcocita: Cu2S com 79,8% de Cu covelita: CuS com 66,4% de Cu Minerais de cobre Bornita Calcopirita • Muitas descobertas químicas importantes foram no século XIX; • Descoberta em 1860, que os minerais têm diferentes características de contato com a água; • Os minerais podem ser tornados hidrofóbicos por meios químicos; • Aplicação comercial desta descoberta ocorreu em 1905; • O processo de flotação foi patenteado; • Tornou-se o significativo foco de litígio industrial da época; • “Flotação de óleo” tornou-se a pedra angular da flotação mineral; • A adoção de flotação permitiu à indústria mineira fornecer grandes quantidades de metais preciosos ao mercado. HISTÓRICO 6 7 • A flotação tornou-se, sem dúvida, o meio mais importante para recuperação e valorização do minério; • Em 1920 os coletores químicos começaram a suplantar os óleos de flotação; • A descoberta dos ditiofosfatos e xantatos orgânicos como coletores tornou o processo eficiente e eficaz para a recuperação de metais de baixos teores; • Os esforços continuados no desenvolvimento de reagentes resultaram na utilização comercial de outros coletores, incluindo tionocarbamato, tiocarbamato, mercaptobenzotiazol, tiofosfato e formiatos de xantógenos para enfrentar os desafios de beneficiamento de minérios mais complexos. INTRODUÇÃO - FLOTAÇÃO 8 • Flotação é um método de separação de espécies, complexo, versátil e eficiente, com ampla aplicação para concentração mineral. O método explora as diferenças nas propriedades superficiais de partículas minerais; • Ocorre em meio aquoso – partículas dispersas na polpa; • Partículas flotadas hidrofóbicas ou tornadas hidrofóbicas - Químicos; • Passagem do ar pela polpa – Partículas hidrofóbicas aderem as bolhas e são conduzidas á superfície; INTRODUÇÃO - FLOTAÇÃO 9 • Flotação – 3 fases (Sólida, liquida e Gasosa); • Cominuição – Moagem – Ruptura Ligações Quimicas; • Formação de superfícies polares (ligações fortes); Apolares (ligações Fracas); • Moléculas de água – Superfície Polar; • Molécula de gás – Superfície Apolar; • Minerais de Superfície Polar – Hidrofílicos; • Minerais de Superfície Apolar – Hidrofóbicos; • Coletores – Adsorvem e alteram a Superfície Mineral. INTRODUÇÃO - FLOTAÇÃO 10 • Flotação – 3 Etapas (Colisão, Adesão e Transporte); • Probabilidade de Flotação (Pf = Pc * Pa * Pt); • Pc - Colisão – Hidrodinâmica – Agitação, Tamanho partícula e Diâmetro da bolha; • Pa - Adesão – Seletividade – Interação Bolha x Partícula Hidrofóbica – Tempo de contato > Tempo de indução; • Pt - Transporte – Não destruição – Agregado forte x Tamanho bolha. INTRODUÇÃO - FLOTAÇÃO 11 • Flotação Industrial inicio em 1906 na Austrália; • Possibilitou aproveitamento de jazidas de baixo teor; • Métodos físicos de concentração (magnética, gravimétrica, eletrostática) se baseiam nas diferenças de propriedades que são imutáveis; • Partículas menores – maior dificuldade de diferenciação das propriedades; • Flotação – propriedade Físico-química – possibilidade de modificar a superfície; O que é Flotação? – Definição – É um processo de separação aplicado a partículas sólidas que explora diferenças nas características de superfície entre várias espécies presentes. Qual é a característica diferenciadora?? Interação das partículas com a água. Hidrofílico Afinidade com a água Hidrofóbico Não se mistura com a água O que é Flotação? – A concentração/separação de minerais requer três condições básicas: 1. Liberabilidade - Liberação ocorre na britagem e moagem; - Na flotação, liberação é a exposição do mineral de interesse para que os reagentes possam se adsorver e modificar a superfície. 2. Diferenciabilidade - Característica diferenciadora que permite a separação; - No caso da flotação, é o grau de hidrofobicidade. 3. Separabilidade dinâmica - Diretamente ligada aos equipamentos empregados; - Máquinas de flotação: mantêm as partículas em suspensão e possibilitam a aeração da polpa. Conceito de Liberação 1. Liberabilidade - Liberação ocorre na britagem e moagem; - Na flotação, liberação é a exposição do mineral de interesse para que os reagentes possam se adsorver e modificar a superfície. Etapa de Liberação Etapa de Separação Como medir a liberação: • Descrição geológica (indicativo); • Caracterização mineralógica (estudos de liberação); • Ensaios de flotação em bancada em diferentes granulometrias de moagem. Conceito de Liberação Testemunhos de sondagem do Bacaba. Descrição geológica: primeiras informações do minério. Conceito de Liberação Associação simples Associação complexa Wang, W. & Fornasiero, D. XXVth IMPC, Brisbane, Sept. 2011, pp 2503-2511 Caracterização mineralógica: informações microscópicas de texturas e associações. Conceito de Liberação Caracterização mineralógica: informações microscópicas de texturas e associações. Butcher, A., Flotation Plant Optimization – Chapter 4, AusIMM, Jan. 2010, p 83-93 • A figura ilustra o efeito da redução do tamanho da partícula e o aumento da liberação de um minério com textura bastante complexa. •A liberação ocorre em 70mm, mas nota-se que mesmo as partículas mais finas ainda contêm partículas inclusas. Mineral de interesse Tamanho de partícula reduz progressivamente. 18 Título da apresentação – 01/12/2010 (opcional) Mineralogia – Concentrado Calcopirita Principais características: • Partículas de calcopirita liberadas; • Pouco conteúdo de ganga; • Pouca associação da calcopirita com minerais de ganga. Calcopirita 19 Título da apresentação – 01/12/2010 (opcional) Mineralogia – Concentrado Bornita-Calcosita Principais características: • Poucas partículas liberadas de calcocita e bornita; • Maior quantidade de minerais de ganga; • Calcocita e bornita estão muito associadas com minerais de ganga. biotita magnetita bornita bornita anfibólio magnetita anfibólio calcocita magnetita calcocita apatita Exemplo de partícula com intercrescimento de sulfetos de cobre com minerais de ganga (Text Cu-sulf/ganga) biotita anfibólio bornita magnetita bornita Exemplo de partícula com intercrescimento de sulfetos de cobre com minerais de ganga (Text Cu-sulf/ganga) Conceito de hidrofobicidade 2. Diferenciabilidade - Característica diferenciadora que permite a separação; - No caso da flotação, é o grau de hidrofobicidade. O que é hidrofobicidade? • A hidrofobicidade se refere a afinidade da água ao material. • A hidrofobicidade ou molhabilidade pode ser quantificada pelo ângulo de contato. Hidrofobicidade 24 Hidrofobicidade Água: espécie polar Ar: espécie apolar Na flotação, as partículas hidrofóbicas são carreadas pelo ar e as hidrofílicas permanecem em suspensão. • Entre os minerais encontrados na natureza muito poucos são naturalmente hidrofóbicos o que seria um indicativo de uma aplicação da flotação muito restrita. • Minerais naturalmente hidrofóbicos: grafita – C; molibdenita – MoS2; talco – Mg3Si4O10(OH)2). • Então, por que a flotação é tão utilizada? - Os minerais naturalmente hidrofílicos podem ter sua superfície tornada hidrofóbica hidrofóbica através da adsorção de reagentes coletores. - Ou seja, a propriedade diferenciadora pode ser induzida. - Os reagentes coletores possuem uma parte hidrofílica (polar) e outra hidrofóbica (apolar). Hidrofobicidade - A propriedade diferenciadora (hidrofobicidade) pode ser induzida através da adição de reagentes coletores - Os coletores possuem uma parte hidrofílica (polar) e outra hidrofóbica (apolar). Reagentes de Flotação - coletores + APOLAR(HIDROFÓBICA) GRUPO POLAR (HIDROFÍLICO) XANTATO Equipamentos de flotação 3. Separabilidade dinâmica - Diretamente ligada aos equipamentos empregados; - Máquinas de flotação: mantêm as partículas em suspensão e possibilitam a aeração da polpa. Ar Alimentação Água de Lavagem Fração Flotada Zona de Limpeza Zona de Coleta ou Recuperação Fração não Flotada 28 Título da apresentação – 01/12/2010 (opcional) Estágios de Flotação O processo de flotação requer vários estágios de concentração. O circuito de flotação do Salobo é composto pelos seguintes estágios: • Estágio Rougher – Rougher 1: é coletado o material que flota bem rápido (cinética rápida). – Rougher 2: é coletado o material com cinética mais lenta. • Remoagem: aumenta a liberação do mineral de interesse para a etapa de concentração seguinte. • Estágio cleaner: aumenta a concentração do mineral de interesse, para atingir a especificação desejada. A etapa cleaner é composta por três etapas de separação: Cleaner 1, 2 e 3. • Estágio scavenger do cleaner: recuperação do material de cinética lenta. - A etapa rougher é o primeiro estágio de flotação. O objetivo é a máxima recuperação (partículas liberadas e mistas). O concentrado desta etapa contém ainda contaminações. 29 Estágios da Flotação Estágio Rougher Alimentação Concentrado Rougher Rejeito RougherRougher Imagens mineralógicas obtidas por QEMSCAN mostrando aspectos texturais e associações minerais observados no rejeito rougher. Este rejeito rougher tinha teor de cobre de 0,2%. • O tracejado azul mostra exemplos de partículas flotáveis de bornita e calcocita; • O tracejado vermelho, exemplos de partículas mistas de sulfetos/ganga. Flotação Caracterização mineralógica do rejeito rougher Os estágios da flotação: - Cleaner: Estágio de limpeza. Tem o principal objetivo de aumentar a concentração do mineral de interesse (seletividade). Na flotação de cobre, geralmente necessita remoer o concentrado rougher para atingir o teor necessário. 31 Estágios de Flotação Concentrado rougher Concentrado Cleaner Rejeito CleanerCleaner Remoagem Os estágios da flotação: - Scavenger: Estágio que visa recuperar as partículas que não flotaram por possuírem cinética lenta ou granulometria ainda grosseira para reduzir as perdas do processo. 32 Flotação Concentrado Scavenger Rejeito ScavengerScavenger do Cleaner Rejeito Cleaner Fatores que influenciam a flotação 33 Para que ocorra a flotação, os seguintes processos devem ocorrer: • Colisão bolha/partícula • Adesão • Permanência • Remoção Colisão 34 • Quantidade de bolhas • Hold up • Tamanho de bolhas • Tamanho de partículas • Concentração de sólidos Fatores que influenciam na probabilidade de colisão: Parâmetros relacionados com as bolhas: dispersão de gás Filme líquido Bolha Partícula Filme líquido Bolha Partícula 600-3000 mm 10-150 mm 600-3000 mm 10-150 mm Aproximação bolha/partícula Etapa de colisão Indução: tempo de adelgaçamento inicial da película líquida ao redor das partículas e bolhas Ruptura do filme líquido e formação de um ângulo de contato • A estabilidade necessita uma força adesiva forte o suficiente para evitar a destruição do agregado sob as condições dinâmicas da flotação. • Condições hidrodinâmicas adequadas ▫ Turbulência ▫ Velocidade de ascensão de bolhas ▫ Aceleração das unidades bolha-partículas Permanência: Estabilidade do agregado bolha-partícula • Após formada uma espuma mineralizada os minerais precisam ser removidos da célula. • O fluxo constante faz com que a espuma transborde pelo topo da célula. Remoção • Utilização de calhas internas para diminuir a distância horizontal que as partículas devem percorrer Remoção Célula mecânica Coluna • Raspadores que auxiliam na remoção da espuma Remoção Dispersão de Gás • Quantidade de bolhas ▫ Quanto maior a quantidade de bolhas maior a probabilidade das bolhas colidirem com as partículas. • Hold up ▫ Quantidade volumétrica de ar presente em uma região da célula. • Tamanho de bolha ▫ Bolhas grandes não conseguem colidir com partículas pequenas. Fatores de dispersão de gás que influenciam na probabilidade de colisão: Velocidade superficial de gas - Jg 41 Vazão de Gás - QGás Volume de gás injetado por unidade de tempo (m3/h) Velocidade Superficial do Gás – Jgás (cm/s) A Q J GásGás Hold Up 42 Hold up do gás é a fração do volume ocupado pelo gás na zona de coleta. Hold Up 43 Hold up do gas é a fração do volume ocupado pelo gás na zona de coleta. A soma do volume de todas as bolhas em relação ao volume total da zona de coleta (não considerando a camada de espuma) 80% 20% Hold Up 44 Medidas do Hold Up Hold up pode ser medido amostrando a polpa com bolhas de ar através de dispositivos que são inseridos na polpa Hold Up 45 Sistema pneumático para fechamento Tamanho de bolha 46 • O tamanho médio das bolhas são importantes devido seu efeito na eficiência de coleta e transporte das partículas. • Bolhas muito pequenas apresentam velocidade de ascensão baixa, podendo ser inferior à velocidade descendente da polpa. • Bolhas muito grandes podem gerar turbulências reduzindo a eficiência da coleta das partículas • Existe um tamanho médio ideal de bolhas em função do tamanho médio das partículas, esse tamanho pode ser ajustado por meio das variáveis operacionais do sistema de aeração e da adição de agentes tensoativos. Flotação Geração de microbolhas para recuperação de partículas grossas. Negeri, CIM/AGM Montreal, 2003 (McGill Short Course presentation) •Coleta de uma partícula de esfalerita de 400μm por múltiplas bolhas pequenas (aprox. 50μm). • As bolhas não coalescem porque estão esbabilizadas pelo reagente espumante. A função do espumante • O aumento na dosagem de espumante reduz a coalescência e diminui o tamanho da bolha; • Após a concentração crítica, a adição de espumante não tem mais nenhum efeito no tamanho da bolha. Efeito da dosagem de MIBC no tamanho médio de bolha Tamanho de bolha 49 Velocidade superficial de gás, Jg cm/s D iâ m et ro d e b ol h a, d b , m m O tamanho médio de bolha em células de flotação situa-se entre 0,5 e 1,5mm Tempo de residência R ec up er ça ão c ob re p or f ra çã o gr an ul om ét ri ca , % Tamanho de Partícula, µm 20 40 60 80 0.5 min 2 min 4 min Calcocita Flotação em bancada 2 5 10 20 50 100 200 500 1000 Trahar, W., Int. J. Miner. Process. 8: 289-327 (1981) Influência do tempo de flotação na recuperação de cobre em cada fração Densidade da polpa •Uma densidade alta inibe a dispersão de ar e uma boa formação de bolhas, conduzindo a uma queda na recuperação. •Maiores densidades da polpa são aceitáveis desde que se aumente a densidade dos sólidos. •Flotação Rougher: 25% - 40% de sólidos. •Flotação Cleaner: Normalmente conduzida a uma densidade mais baixa do que a Rougher. •A densidade mais baixa aumenta o teor do concentrado pela promoção de uma melhor drenagem da espuma. 51 Variáveis Operacionais Tempo Médio de Residência. ( ) = Volume células / Q (vazão) Volume total das Células de flotação por etapa Q vazão de alimentação em m3/h BENEFICIAMENTO DE MINERIOS – FLOTAÇÃO 52 Variáveis Operacionais REAGENTES 53 • Os reagentes são a mais importante parte do processo de flotação, pois de sua escolha adequada depende o rendimento do material flotado • A classificação moderna dos reagentes se baseia na função de um reagente em particular. Os reagentes são divididos em: • Coletores; • Espumantes; • Reguladores; • Depressores; • Dispersantes; • Aditivos. 54 COLETORES 55 Os Coletores são todas substâncias químicas que ao serem adicionadas no processo, interagem com a superfície mineral realizando um processo de adsorção, que pode ser predominantemente eletrostática– Fisisorção - ou predominantemente química (ocorre a formação de composto químico na superfície) denominado de – Quimisorção. A adição de “Coletores” no processo de flotação tem como objetivo explorar as diferenças de superfície presente nos minerais, promover a diferenciação necessária à seletividade do processo e forçar a existência da hidrofobicidade necessária à separação. COLETORES 56 • Substâncias Químicas Orgânicas; • Estrutura Molecular Heteropolar; • Grupo Polar e outro Apolar; • Atua Seletivamente na Superfície da partícula; • Parte Polar – Interage com a Superfície Mineral e água; • Parte Apolar – Não Interage com a água, promove a hidrofobicidade; COLETORES 57 XANTATOS – Ácido Ditiocarbônico • Introduzidos na Flotação de Sulfetos em 1925; • Ainda amplamente utilizado; • Baixa seletividade, alto poder de ionização eletrostática e adsorção química mais fraca, por isso recomendado para flotação de minérios fáceis de tratar, onde a presença de outros sulfetos não seja um problema; • Devido ao alto potencial de oxirredução desses sais, são fornecidos em pellets, pó, para reduzir a cinética de degradação; • Alta Solubilidade; Disponível com comprimentos de cadeia de C2 a C5. (etil-propil- butil-amil) a Cadeia depende do álcool Utilizado • Altamente instável em pH baixo podendo formar gás sulfídrico. Sofre degradação com a temperatura, agrupando o ion de Na ou K ao seu isômero perdendo o poder de coleta, e prejudicando a flotação. COLETORES 58 XANTATOS • Praticamente não apresentam ação espumante (0 que facilita o controle do processo); • Não formam micelas em sistemas de flotação; • Devem ser usados em meio levemente alcalino. Em meio ácido, o xantato é hidrolisado retornando à forma de ácido xântico, que sendo bastante instável, decompõe-se em álcool e disulfeto de carbono. Em meio fortemente alcalino ocorre a estabilidade do hidróxido metálico na superfície dificultando a adsorção química do xantato. • São fortemente redutores, oxidando-se com facilidade na presença de agentes oxidantes. A facilidade de oxidação aumenta com o comprimento da cadeia orgânica, havendo uma relação aproximadamente linear entre o potencial de oxidação e o número de carbonos. COLETORES 59 COLETORES A BASE DE FÓSFORO • Também denominados de ácidos carboxílicos; • Encontrados com uma ampla faixa de nomes comerciais; • Alta seletividade, adsorção química elevada; • Altamente estável, não sofre degradação com a temperatura e pH; • Alta Solubilidade, a redução ou ausência de condicionamento não é um problema; • Devido a grande afinidade química, geralmente boa resposta recuperação de minerais de cobre oxidados; • Mecanismo de ação de coleta por adsorção química, porém uma pequena parcela de ação eletroquímica promove variações de performance de acordo com a mineralogia. Ditiofosfatos – Ditiofosfinatos DTPs COLETORES 60 COLETORES A BASE DE NITROGÊNIO • Considerados coletores auxiliares, geralmente devem ser dosados concomitantes com os Xantatos e ou ditiofosfatos; • Seletividade muito elevada, redução do poder de recuperação; • Alta interação química, estabilidade de coleta elevada. Coletor oleoso, não solúvel.; • Podem substituir seletivamente moléculas previamente adsorvidas no mineral; • Recomendados para aplicação em sulfetos que carregam metal ouro em sua composição; • Custo de produção elevado, sua aplicação depende da relação custo beneficio observada. Tiono-Carbamatos - Mercaptobentiazol IPETC - MBT 61 ESPUMANTES 62 Os Espumantes são todas substâncias químicas que ao serem adicionadas no processo, interagem com as moléculas de água alterando a tensão superficial e permitindo maior resistência do filme de água que reveste uma bolha ou aprisiona um determinado volume de ar. Os espumantes foram os primeiros reagentes desenvolvidos para o processo de flutuação em espuma; eles continuam sendo uma parte crítica do conjunto de reagentes usados hoje. ESPUMANTES 63 • Como uma classe, eles são relativamente simples, correspondem a compostos orgânicos de baixo peso molecular contendo oxigênio ligados a uma cadeia carbônica. Diferente dos coletores, o grupo do oxigênio é não iônico (neutro); • Eles devem ter a propriedade de gerar uma espuma que é capaz de suportar e enriquecer um mineral. Reduz a tensão superficial na interface água-ar, proporcionando um maior “Tempo de Vida” à bolha. Indispensável para que seja possível a terceira etapa da flotação: O transporte. ESPUMANTES 64 • Os surfactantes neutros, com grupo hidroxila (OH-), não costumam adsorver-se na superfície mineral, o que resulta na ausência do poder coletor. • Deve ter uma cadeia carbônica com, no mínimo, 6 átomos de carbono. O abaixamento da tensão superficial da interface liquido-gás e, consequentemente, a espumação tende a crescer com o aumento da cadeia carbônica até um dado limite. ESPUMANTES 65 Requisitos de um Espumante: • Não deve adsorver-se na superfície mineral – não apresentar atividade coletora; • Produzir espumas que permitam a drenagem da água retida entre as bolhas; • Ser, tanto quanto possível, insensível a variação de pH e à presença de sais dissolvidos na polpa; • Ser ativo em pequenas concentrações; • Atender ao requisito de disponibilidade de mercado; • Ter baixo custo. ESPUMANTES 66 A espuma formada, deve ter certas características, tais como: • Deve ter as propriedades corretas no filme aquoso para favorecer que o mineral valioso irá juntar-se às superfícies da bolha, mas as gangas não – (arraste); • Deve ser estável o suficiente para suportar um peso considerável de mineral e móvel o suficiente para transportar esse mineral para a calha da célula e depois para as etapas seguintes; • Deve ser suficientemente transitório para que as bolhas se quebrem e se formem continuamente, de modo que favoreça as etapas de transporte e não perca eficiência;. Influência das partículas na estabilidade da espuma: • Partículas Finas – Provocam uma redução da velocidade de drenagem do líquido, contribuindo para aumentar a estabilidade da espuma. A presença de finos na espuma é verificada com a presença de bolhas grandes, que apresentam dificuldade de quebra. • Partículas Hidrofóbicas – A presença de minerais hidrofóbicos faz com a cinética de flotação se torne elevada, devido ao caráter sinérgico de sua hidrofobicidade, a adesão às bolhas é intensa, produzindo uma espuma bastante mineralizada e muito espessa. ESPUMANTES 67 - Espumantes Sintéticos - Espumantes Alcoólicos; Os espumantes a base de álcool em uso, consistem em hidrocarbonetos de cadeia cíclica ou ramificada, contendo entre cinco e oito átomos de carbono. • Contem uma variedade de outros compostos formados durante a sua fabricação. O tipo e a quantidade desses compostos secundários podem ter um efeito significativo em seu desempenho e tipo de espuma que produzem. • São moderadamente solúveis em água, possuem mais um efeito dispersivo. Devido à sua baixa persistência, eles são frequentemente incorporados ao circuito de flotação. Eles tendem para produzir uma espuma mais seca e fina com baixa drenagem. ESPUMANTES 68 - Espumantes Sintéticos - Espumantes Alcoólicos; • Constituem uma família de espumantes mais utilizados atualmente na flotação; • Composição química definida, contribuindo para facilitar o controle de processo; • Facilidade de controle de espuma devido a baixa persistência da mesma; • Atividade na superfície mineral inexistente – favorece a Seletividade; • Possui Média solubilidade; • Inflamável e volátil; ESPUMANTES 69 Dentre os espumantes alcoólicos mais utilizados estão o MIBC – Metil Isobutil Carbinol e o DIFC - Dimetil Fenil Carbinol. - Espumantes Sintéticos - Espumantes Glicólicos; Os espumantes em uso comum consistem em polipropileno ou polietileno glicóis e seus éteres. • São facilmente solúveis em água, então podem ser diluídospara qualquer concentração; • Além de sua estrutura particular, o seu peso molecular desempenha um papel significativo no seu desempenho. • As espumas de glicol tendem a produzir uma espuma mais espessa e hidratada com elevada drenagem. • Devido à sua persistência, geralmente não se faz dosagem estagiada; • Devido à sua solubilidade e baixo vapor pressão, eles têm uma maior tendência a permanecerem na água de reciclo. ESPUMANTES 70 - Espumantes Sintéticos - Espumantes Glicólicos; • Composição Química Definida (padronização de qualidade); • A solubilidade depende de sua massa molar, moléculas menores são mais solúveis; • Não apresentam ação coletora; Apresentam espuma persistente; • Possui um CCC mais baixo que os espumantes alcoólicos; • Muito utilizado como anticongelante, como hidratante em cosméticos e como lubrificante sexual. ESPUMANTES 71 Dentre os Glicóis mais utilizados estão o PPG 250 e o 400, também se utiliza o Glicerol, um isômero do glicol. 72 MODIFICADORES MODIFICADORES 73 Além coletores e espumantes, um grande numero de outros produtos são utilizados na flotação. Esses reagentes geralmente chamados de "agentes modificadores" são usados no processo com objetivos de melhorar a seletividade, otimiza a recuperação e permitir a flotação seletiva de minérios poli-metálicos. Esses agentes modificadores cobrem uma variedade de funções; por exemplo, modificadores de pH, depressores, ativadores e dispersantes. MODIFICADORES 74 Funções: • Favorecer ou inibir a adsorção de coletores na superfície das partículas de um determinado mineral; • Promover a dispersão das partículas; • Ajustar o pH da polpa. A ação dos modificadores pode ocorrer de diferentes formas: • Diretamente sobre a Superfície Mineral; • Provocando a precipitação do Coletor; • Anulando a ação de outros Íons presentes no sistema; • Promovendo a dispersão das pertículas. MODIFICADORES 75 DEPRESSORES Os depressores são utilizados para promover um incremento de seletividade ao processo, possibilitar ou favorecer a recuperação seletiva de determinada espécie em detrimento de outra. Possibilitam uma elevação do teor do concentrado. São aplicados em processos de separação onde não se possui um coletor com afinidade especifica para o mineral que se deseja extrair. Sua ação consiste em inibir a ação do coletor em determinados minerais, inibindo a hidrofobização da superfície de minerais que não se deseja flotar. MODIFICADORES 76 ATIVADORES São Substâncias químicas, que possuem certas propriedades que ao serem adicionados ao meio, favorecem a flotabilidade de certos minerais, intensificando a adsorção dos coletores sobre a superfície do mineral que se deseja flotar. É utilizado em situações que se deseja um incremento de recuperação. MODIFICADORES 77 ATIVADORES Os ativadores geralmente são reagentes inorgânicos, solúveis em água e podem atuar de 3 maneiras: • Diretamente na superfície do mineral, com a formação de um composto; • Como elo entre a ligação da superficie e o coletor, com formação de dupla camada; • Pela incorporação de um íon (determinante de potencial) na rede cristalina do mineral. MODIFICADORES 78 REGULADORES DE pH pH significa "potencial Hidrogeniônico", uma escala logarítmica que mede o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma determinada solução. Este conceito foi introduzido em 1909 pelo químico dinamarquês Søren Peter Lauritz Sørensen. O pH varia de acordo com a temperatura e a composição de cada substância (concentração de ácidos, metais, sais, etc.). O pH é uma propriedade de soluções aquosas e indica o grau de ionização da solução. A escala compreende valores de 0 a 14, sendo que o 7 é considerado o valor neutro. MODIFICADORES 79 REGULADORES DE pH O valor 0 (zero) representa a acidez máxima e o valor 14 a alcalinidade máxima. Valores abaixo de zero ou superiores a 14 também podem ser verificados em algumas substâncias. As substâncias são consideradas ácidas quando o valor de pH está entre 0 e 7 e alcalinas (ou básicas) entre 7 e 14. Segundo a teori Ácido – Base de Arrhenius: Ácido: Todo Composto que em solução aquosa, se ioniza produzindo como íon positivo apenas o cátion (H+) Base: Todo composto que por dissociação iônica, libera como íon negativo apenas a hidroxila (OH-) MODIFICADORES 80 REGULADORES DE pH A maioria dos minerais exibe uma faixa ótima de pH para um determinado coletor. Alguns minerais podem ser flutuados no pH natural mas, na maioria dos casos o pH tem que ser ajustado para recuperação máxima e seletividade. A necessidade de ajuste do pH do meio se deve a característica de variação da carga elétrica de superfície ao longo da faixa de pH e também pelo favorecimento de ação de adsorção química dos coletores nas espécies em determinados pontos de redução da carga eletrostática. Essa variação pode favorecer a coleta determinada espécie e melhorar a seletividade/recuperação. MODIFICADORES 81 REGULADORES DE pH pH significa "potencial Hidrogeniônico", uma escala logarítmica que mede o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma determinada solução. Os reagentes mais comumente usados para os circuitos básicos são cal (CaO) e Carbonato de sódio – Barrilha – (Na2CO3) e Hidróxido de Sódio (NaOH), Para flotação por circuito ácido, o reagente mais utilizado é o ácido sulfúrico (H2SO4), mas também observa-se o uso do Ácido Ácético (CH3COOH) e o Gás Carbônico (CO2). Um regulador de pH geralmente é escolhido pelo menor custo, mas em alguns casos devido as ações ativadoras e dispersantes determinam a escolha do produto. MODIFICADORES 82 REGULADORES DE pH Ponto isoelétrico, ponto isoeléctrico ou pIE, é o valor de pH onde uma molécula, apresenta carga elétrica líquida igual a zero. O pIE é o pH no qual há equilíbrio entre as cargas negativas e positivas dos grupamentos iônicos. A variação do pH do meio está diretamente relacionado as cargas elétricas superficiais e pode possuir ação dispersante de acordo com a mineralogia. MODIFICADORES 83 DISPERSANTES Dispersantes, são substâncias orgânicas ou inorgânicas que possuem em sua composição agentes surfactantes. Quando aplicado ao processo, promovem uma ação de dispersão de partículas, essa ação seja por alteração das cargas elétricas com variações de pIE ao longo da escala de pH ou por adsorção química com formação de composto superficial desbalanceado eletrostaticamente promovendo a ação de repulsão. MODIFICADORES 84 DISPERSANTES As partículas coloidais tendem a depositar-se na superfície das partículas maiores por atração devido a forças de Van Der Waals (mesma espécie) e forças de Born (espécies diferentes). Esse processo é chamado de Slime Coating e é totalmente indesejado, podendo em alguns casos inviabilizar a recuperação seletiva das espécies. O uso dos Dispersantes é recomendado quando se possui uma quantidade significativa de agilominerais e ou ultrafinos. Ou quando se deseja alterar a reologia do meio para incremento de massa. MODIFICADORES 85 DISPERSANTES A prática usual para minimizar o efeito mencionado "slimes" é conduzir a flotação a uma porcentagem menor de sólidos para reduzir a viscosidade da polpa. No entanto, isso também reduz a residência efetiva de tempo no circuito de flotação. Consequentemente, o uso de dispersantes orgânicos ou inorgânicos e agentes redutores de viscosidade é comumente praticado. Dentre os principais dispersantes utilizados, estão o silicato de sódio, carbonato de sódio, vários polifosfatos e poliacrilatos de baixo peso molecular. 86 OBRIGADO!!!
Compartilhar